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Agenda – 4ª semana de novembro

AGENDA SÃO PAULO

ESPECIAL

Feminino Abjeto I e Feminino Abjeto 2

Janaina Leite discutiu objeção, feminino e masculino com grupos de performers. Foto: Laio Rocha

Os estudos e experimentos da atriz, diretora e pesquisadora Janaina Leite sobre os conceitos de abjeção, feminino e masculino resultaram em dois trabalhos que poderão ser vistos de maneira sequenciada na mostra A Propósito de Corpos, que está acontecendo no Viga Espaço Cênico, pertinho do Metrô Sumaré, na linha verde.

Feminino Abjeto 2: O Vórtice do Masculino é um turbilhão de cenas performativas que exploram a construção do masculino, desde os discursos até as memórias, os ritos de passagem, as fragilidades, os medos, as violências. São 19 performers que enveredam pelas próprias experiências transformadas em cena, levando o espectador a se questionar – e também se identificar ou repelir – sobre o que é ser um homem nos dias de hoje.

Feminino Abjeto 1, o primeiro experimento do projeto, foi uma construção coletiva com um grupo de mulheres cis e pessoas não-binárias investigando desde o conceito de abjeção até os papeis sociais e de gênero, a violência, a misoginia e os ideais de feminino evocados na nossa sociedade.

Serviço:
Feminino Abjeto 2: O Vórtice do Masculino
Quando: segunda-feira (25/11), às 21h
Feminino Abjeto 1
Quando: terça-feira (26/11), às 21h
Onde: Viga Espaço Cênico (Rua Capote Valente, 1323, Pinheiros)
Quanto: R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada). Os ingressos podem ser comprados antecipadamente pelo Sympla (https://www.sympla.com.br/apropositodecorpos)

Feminino Abjeto II problematiza conceito de masculinidade. Foto: Mateus Capelo

Ficha técnica:

Feminino Abjeto 2: O Vórtice do Masculino
Performers/autores: Alexandre Lindo, André Medeiros Martins, A Saboya, Carlos Jordão, Chico Lima, Dante Paccola, Diego Araújo, Eduardo Joly, Filipe Rossato, Guilherme Reges, Gustavo Braunstein, Jeffe Grochovs, João Duarte, João Pedro Ribeiro, Leonardo Vasconcelos, Lucas Asseituno, Marco Barreto, Nuno Lima e Thompson Loiola
Direção e dramaturgismo: Janaina Leite
Assistência de direção e dramaturgismo: Ramilla Souza
Iluminação: Maíra do Nascimento e Marcus Garcia
Criação e operação de som e trilhas: Eduardo Joly /  Assistência: Felipe Arantes
Fotografia: André Cherri, Michel Igielka, Liz Dórea, Flaviana Benjamin, Carol Rolim, Mateus Capelo
Vídeos: André Cherri; Diego Araújo, Guilherme Dimov, Victor Rinaldi; Filipe Rossato, Gabriel Pessoto, Fernanda Wagner, Marina Rosa, Juba Bezerra (Poro Produções)
Arte original: Miguel Sanchez; Andrés Nigoul (Duo Dinâmico)
Núcleo de comunicação: Thompson Loiola (99 Comunicação) e Alexandre Lindo
Núcleo de produção e projetos: João Pedro Ribeiro, Thompson Loiola, Ramilla Souza, Lucas Asseituno, André Medeiros Martins

Feminino Abjeto I 
Direção e concepção: Janaina Leite
Performers: Bruna Betito, Cibele Bissoli, Débora Rebecchi, Emilene Gutierrez, Florido, Gilka Verana, Juliana Piesco, Letícia Bassit, Maíra Maciel, Oliver Olívia, Ramilla Souza, Sol Faganello e Tatiana Caltabiano
Assistência de direção: Tatiana Caltabiano
Dramaturgismo: Janaina Leite e Tatiana Ribeiro
Preparação Stiletto: Kaval
Preparação Haka: Allan Melo
Iluminação: Afonso Alves Costa
Operação de som: Marina Meyer
Fotografia: Laio Rocha

ESTREIA

Brazyl: Poema Anarco-Tropicalista 

A peça propõe um diálogo entre o movimento tropicalista, iniciado em 1967, com o conceito da antropofagia na Arte Moderna, defendido no Século XX. Foto: Eduardo Petrini 

A desigualdade social, o racismo e a misoginia têm raízes históricas. É o que busca mostrar o espetáculo Brazyl: Poema Anarco-Tropicalista, primeira peça de teatro escrita e dirigida por José Walter Lima, cineasta e artista plástico soteropolitano. A montagem fica em cartaz até 1º de dezembro no Teatro Oficina e faz parte do Projeto Tropicália – Marginália III, que inclui também uma seleção de 10 filmes exibidos antes dos espetáculos.

Segundo o diretor, Brazyl: Poema Anarco-Tropicalista é um teatro de revista anárquico-épico-barroco que flerta com a antropofagia, conceito da arte moderna que defendia a libertação da influência única das vanguardas europeias e a criação artística genuinamente nacional. A peça está dividida em 28 esquetes.

O texto escrito por Walter com colaboração de Júlio Góes investe num novo sentimento de brasilidade. Entre uma cena e outra foram construídos breves números musicais e coreografias assinadas por Luciana Bortoletto. Há marchinhas de carnaval, músicas compostas por Heitor Villa Lobos, canções de Caetano Veloso e funks como Atoladinha e Relaxe na Bica.

A mostra de filmes tem curadoria da cineasta Tamy Marraccini e junta longas-metragens como Cabeças Cortadas, de Glauber Rocha; Rogério Duarte, O Tropikaolista, do próprio José Walter Lima, O Homem do Pau Brasil, de Joaquim Pedro Andrade e O Rei Da Vela, de José Celso Martinez Corrêa, em sessões que acontecem entre quinta e sábado, com entrada gratuita.

Serviço:
Brazyl: Poema Anarco-Tropicalista
Quando: Quintas a sábados, às 21h, e domingos, às 20h. Até 1º de dezembro
Onde: Teatro Oficina (Rua Jaceguai, 520, Bela Vista)
Ingressos: R$ 40 (inteira), R$ 20 (meia) e R$ 15 (moradores do bairro)
Duração: 120 minutos
Classificação indicativa: 16 anos

MOSTRA DE FILMES 

A entrada para a exibição dos filmes é gratuita.

22/11, sexta-feira, 19h
Tropicália
Gênero: Documentário | 2012 | Brasil | 1h 27min
Direção: Marcelo Machado Elenco: Caetano Veloso, Gilberto Gil, Rita Lee
Sinopse: O documentário mostra um olhar contemporâneo deste importante movimento cultural que explodiu no Brasil na década de 1960. Mistura um valioso material de arquivo recuperado especialmente para a produção, com os ícones do movimento.

23/11, sábado, 19h
Hélio Oiticica
Gênero: Documentário | 2014 | Brasil | 1h 34min
Direção: Cesar Oiticica Filho Elenco: Hélio Oiticica
Sinopse: Este documentário conta a história do artista plástico Hélio Oiticica através de fitas que o próprio gravou durante os anos de 1960 e 1970. As Heliotapes foram encontradas por seu sobrinho Cesar Oiticica Filho quando preparava uma exposição sobre a vida e obra do tio. O filme aborda diversos aspectos da biografia de Oiticica, como suas aspirações anarquistas, sua temporada em Nova York e seu contato com as drogas.

28/11, quinta-feira, 19h
Futuro do Pretérito, Tropicalismo Now
Gênero: Documentário | 2012 | Brasil | 1h 16min
Direção: Ninho Moraes, Francisco Cesar Filho Elenco: Alice Braga, Gero Camilo, Helena Albergaria
Sinopse: Este documentário traz um olhar direcionado para um dos movimentos culturais mais efervescentes da história do Brasil, a Tropicália. O filme reúne entrevistas e intervenções artísticas de eventos ocorridos no final da década de 60 até o presente.

29/11, sexta-feira, 19h
Torquato Neto, Todas as horas do Fim
Gênero: Documentário | 2018 | Brasil | 1h 28min
Direção: Eduardo Ades, Marcus Fernando Elenco: Torquato Neto, Caetano Veloso, Gilberto Gil
Sinopse: O documentário explora a vida e as múltiplas frentes do poeta, que atuou ainda no cinema, na música e no jornalismo. O piauiense também se engajou ativamente na revolução que mudou os rumos da cultura brasileira nos anos 1960 e 1970, sendo um dos pensadores e letristas mais ativos da Tropicália, parceiro de Gilberto Gil, Caetano Veloso e Jards Macalé.

30/11, sábado, 19h
O Homem do Pau Brasil
Gênero: Comédia, Aventura, Biografia | 1982 | Brasil | 1h52min
Direção: Joaquim Pedro de Andrade
Elenco: Itala Nandi, Flavio Galvão, Regina Duarte
Sinopse: A trajetória do escritor Oswald de Andrade, ícone do modernismo brasileiro. Lançando-se à busca de mulheres e ideias, está sempre dividido entre diversas figuras femininas.

01/12, domingo
O Rei Da Vela
Gênero: Comédia dramática | 1982 | Brasil | 2h40min
Direção: José Celso Martinez Correa, Noilton Nunes
Elenco: Renato Borghi, José Wilker, Esther Góes
Sinopse: Filmagem da montagem histórica da peça de Oswald de Andrade, onde milionários decadentes, filhos depravados, capitalistas corruptos e implacáveis são os personagens interpretados pelo Grupo Oficina, em uma célebre apresentação teatral realizada no ano de 1967, gravada fundamentalmente em 71 e lançada mais de dez anos depois.

Ficha técnica:
Texto e direção: Walter Lima
Colaboração de texto e co-direção: Júlio Góes
Elenco: Gabi Costa, Lucas Valadares, Rosana Judkowitch, Vanessa Carvalho, Wagner Vaz e Willian Maciel
Coordenação geral: Yael Steiner
Curadoria de filmes: Tamy Marraccini
Assessoria de imprensa: Márcia Marques (Canal Aberto)
Produção: Loukos por Cultura (Márcia Costa e Sidney Werdesheim)
Assistentes de produção: Neusa Barbosa, Daniela Floquet e Lucas Valadares
Preparação corporal e coreografia: Luciana Bortoletto
Figurino: Silvana Gorab
Cenografia: Walter Lima
Trilha sonora: Ordep Lemos
Fotografia: Eduardo Petrini
Iluminação: Décio Filho
Operação de luz: Elizeu Kouyatè
Operação de som: Otávio Cavariani
Operação de maquinário: Maurilio Domiciano

ÚLTIMOS DIAS

As Mãos Sujas

Espetáculo As Mãos Sujas será apresentado até este fim de semana no Sesc Ipiranga. Foto: Padu Palmério

O encenador José Fernando Peixoto de Azevedo utiliza recursos cinematográficos inspirados no filme Terra em Transe, de Glauber Rocha, para propor uma reflexão contemporânea sobre a política, o indivíduo e o coletivo, tendo por base a peça As Mãos Sujas, de Jean Paul Sartre (1905 – 1980). A montagem traça desdobramentos na linguagem de José Fernando e suas investigações que relaciona teatro e cinema.

A peça explora a história de um jovem intelectual que delibera a morte do líder de seu partido quando este propõe uma aliança com partidos conservadores.  A cena surfa em “deslizamentos temporais” e transita entre 1943 (marca em que Sartre situa a ação), o presente e dúvidas sobre um futuro próximo. A guerra ideológica que vivemos nos dias de hoje salta para o centro da cena questionando conceito de partido político, o sentido e as consequências das alianças com forças conservadoras. 

Serviço:
As Mãos Sujas
Quando: Sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 18h. Até 24 de novembro 
Onde: Sesc Ipiranga (Rua Bom Pastor, 822, Ipiranga)
Quanto: R$ 9 (credencial plena), R$ 15 (meia-entrada) e R$ 30
Duração: 180 minutos
Classificação indicativa: 14 anos

Ficha técnica:
Texto: Jean-Paul Sartre
Tradução: Homero Santiago
Atores: Gabriela Cerqueira, Georgina Castro, Paulo Balistrieri, Paulo Vinicius, Rodrigo Scarpelli, Thomas Huszar e Vinicius Meloni.
Câmera e edição: Yghor Boy
Direção musical: Guilherme Calzavara
Desenho de som e sonoplastia: Ivan Garro
Música em cena: Ivan Garro, Rodrigo Scarpelli e Thomas Huszar
Desenho de luz: Guilherme Bonfanti
Figurino: Marcelo Leão e José Fernando Peixoto de Azevedo
Consultoria para o trabalho de voz: Mônica Montenegro
Consultoria teórica: Franklin Leopoldo e Silva
Assistente de direção: Murilo Franco
Operador de luz: David Costa
Assessoria de imprensa: Canal Aberto
Produção: Corpo Rastreado
Direção e dispositivo de cena: José Fernando Peixoto de Azevedo

Condomínio Visniec

A diretora diz que a peça é uma meditação poética sobre a condição humana e a possibilidade de superação dos nossos conflitos. Foto: Ronaldo Gutierrez

O dramaturgo romeno Matéi Visniec é apontado como um dos principais representantes contemporâneos do Teatro do Absurdo. O espetáculo Condomínio Visniec é inspirado em seis monólogos desse autor – O Corredor, O Homem do Cavalo, O Adestrador, O Homem da Maçã, A Louca Tranquila e O Comedor de Carne – reunidos na coletânea de peças O Teatro Decomposto ou O Homem – Lixo. A montagem é fruto de pesquisa sobre a obra do autor romeno, desenvolvido por Clara Carvalho desde 2015 numa oficina de atores profissionais do Grupo TAPA.

As personagens híbridas são criadas por uma escritora que produz compulsivamente e habita o condomínio com figuras de contornos surrealistas. O espetáculo foi contemplado com o edital ProAc nº 01/2018 para Produção de Espetáculo Inédito e Temporada de Teatro.

Serviço:
Condomínio Visniec, com o grupo Tapa
Quando: Quartas e quintas, às 21h. Até 28 de novembro.
Onde: Viga Espaço Cênico (Rua Capote Valente, 1323, Pinheiros)
Quanto: R$ 50 e R$ 25 (meia-entrada)
Duração: 55 minutos
Capacidade: 73 lugares
Classificação: 14 anos
Informações: (11) 3801-1843

Ficha técnica:
Texto: Matéi Visniec
Direção: Clara Carvalho
Elenco: Ana Clara Fischer, Felipe Souza, Mônica Rossetto, Rafael Levecki, Rogério Pércore e Suzana Muniz
Tradução: Luiza Jatobá
Assistente de direção: Mau Machado
Figurino: Marichilene Artisevskis
Música original: Mau Machado
Desenho de luz: Wagner Pinto
Assistente de Iluminação: Carina Tavares
Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli
Preparação corporal e coro cênico: Mau Machado e Suzana Muniz
Design gráfico: Mau Machado
Fotos: Ronaldo Gutierrez
Fotos (registro processo): Roberto Lajolo
Técnica/Operação de luz: Dida Genofre
Operação de som: André Bedurê
Adereços: Luis Carlos Rossi
Costura e modelagem: Judite Gerônimo de Lima
Costura de enchimento: Paula Gaston
Alfaiate: Miguel Angel Arua
Envelhecimento: Foquinha Cris
Direção de produção: Selene Marinho /SM Arte e Cultura
Coordenação de produção: Ariel Cannal
Produção executiva: Marcela Horta / SM Arte e Cultura

Enquanto Ela Dormia

Enquanto Ela Dormia. Fotos Mayra Azzi

A primeira versão de A Bela Adormecida, de 1648, é o disparador da peça, que investiga a violência contra a mulher e as relações de poder entre os gêneros. Enquanto Ela Dormia convoca a personagem Dora, uma professora de literatura, que presencia uma cena de abuso em um ônibus e sofre ao relembrar os traumas de infância.

O monólogo explora uma linha cronológica das dores do feminino, como, por exemplo, os pés de lótus das mulheres chinesas e a expulsão da deusa Lilith do Paraíso. A diretora Eliana Monteiro entende que “o espetáculo é um mergulho na geografia da dor das mulheres e uma provocação ao que está acontecendo na nossa sociedade”.

A montagem questiona os mecanismos usados para minimizar, esconder, disfarçar, apagar essas violências. Enquanto Ela Dormia percorre três eixos temáticos: o dos contos de fadas, que integram o imaginário universal do feminino; as histórias de amputações, para que a mulher coubesse na sociedade patriarcal; e as memórias de uma história de amor.

Contemplada na 9ª edição do Prêmio Zé Renato, a peça faz parte da programação do projeto Teatros em Movimento, que prevê a circulação de companhias teatrais, seus trabalhos e processos criativos pelas sedes de outros grupos, em diferentes bairros da capital paulista.

Serviço:
Enquanto Ela Dormia, do Teatro da Vertigem
Quando: Sextas e sábados, às 21h e domingos, às 19h. Até 24 de novembro
Onde: Sede do Teatro da Vertigem (Rua Treze de Maio, 240, 1º andar – Bela Vista)
Quanto: Ingressos gratuitos, distribuídos 1h antes das sessões
Duração: 70 min
Classificação indicativa: 16 anos
Capacidade: 50 lugares

Ficha técnica:
Diretora artística: Eliana Monteiro
Diretor técnico e light designer: Guilherme Bonfanti
Atriz: Lucienne Guedes
Dramaturgismo: Antonio Duran
Texto: Carol Pitzer
Operador de som: José Mario Tomé e Nayara Konno
Diretor de cena/contrarregra: Evaristo Moura
Operadora de vídeo: Aline Sayuri
Operador de luz: Patricia Amorim
Montador de luz: Diego Soares
Montador de vídeo: Rodrigo Silbat
Trilha sonora: Erico Theobaldo
Figurinista: Marichilene Artisevskis
Cenografia: Marisa Bentivegna
Produção geral: Marcelo Leão
Fotos: Mayra Azzi
Assessoria de Imprensa: Márcia Marques – Canal Aberto

EM CARTAZ 

Erêndira – A Incrível e Triste História de Cândida Erêndira e sua Avó Desalmada

Texto de García Márquez está em cartaz no Centro Cultural Fiesp. Foto: Leekyung Kim

A obra do Nobel colombiano Gabriel García Márquez, que foi publicada em 1972, narra a trajetória de uma menina de 14 anos, que após um incêndio que destrói a casa da família, passa a ser prostituída pela avó. A adaptação para o teatro é de Augusto Boal. Irene Papas defendeu o papel da desalmada e Claudia Ohana fez Erêndira no cinema, no filme de 1983, com direção de Ruy Guerra. A montagem teatral tem direção de Marco Antonio Rodrigues, dramaturgia de Claudia Barral e canções originais compostas por Chico César. Giovana Cordeiro faz seu début no teatro como Erêndira. Com Alessandra Siqueyra, Caio Silviano, Gustavo Haddad, Dagoberto Feliz, Dani Theller, Demian Pinto, Eric Nowinski, Jane Fernandes, Marco França, Maurício Destri e Rafael Faustino. O espetáculo abraça a estética e os recursos do realismo fantástico, seguindo os passos de Gabo.

Serviço:
Erêndira – A Incrível e Triste História de Cândida Erêndira e sua Avó Desalmada
Quando: Quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 19h. Até 08 de dezembro
Onde: Centro Cultural Fiesp – Teatro do SESI (Avenida Paulista 1313, Bela Vista)
Quanto: Grátis / Reserva de ingressos: Centroculturalfiesp.Com.Br
Duração: 120 minutos
Classificação indicativa: 14 anos

Ficha técnica:
Baseado no conto de Gabriel Garcia Márquez
Adaptação: Augusto Boal
Dramaturgia: Claudia Barral
Tradução: Cecília Boal
Direção: Marco Antonio Rodrigues
Elenco: Giovana Cordeiro, Maurício Destri, Chico Carvalho, Dagoberto Feliz, Gustavo Haddad, Marco França, Eric Nowinski, Alessandra Siqueyra, Caio Silviano, Dani Theller, Demian Pinto, Jane Fernandes e Rafael Faustino
Cenografia: Marcio Medina
Figurino: Cássio Brasil
Iluminação: Tulio Pezzoni
Músicas originais compostas: Chico Cesár
Preparadora corporal: Marcella Vincentini
Design gráfico: Zeca Rodrigues
Fotografia: Leekyung Kim
Assessoria de imprensa: Adriana Monteiro
Idealização: Instituto Boal
Assistentes de produção: Diogo Pasquim e Carol Vidotti
Produção executiva: Camila Bevilacqua
Direção de produção: Luís Henrique Luque Daltrozo
Produção: Daltrozo Produções
Realização: SESI São Paulo

Eu de Você

Denise Fraga narra histórias reais no seu novo espetáculo. Fotos: Leo Martins / Divulgação

Sartre pregava, ironicamente, que o inferno são outros. Sim, mas também espelho. A atriz Denise Fraga aposta nesse reflexo, nessa reverberação. A intérprete defende a urgência de ver o outro, olhar pelo olhar do outro.  Ela recebe sempre o público na porta do teatro para reforçar a cumplicidade, o laço de afeto. Denise Fraga gosta de gente e de contar suas histórias. Durante nove anos protagonizou um programa de televisão contando histórias reais: o Retrato Falado, na TV Globo.

No solo Eu de VocêFraga leva ao palco histórias do cotidiano de gente comum e a criatividade para encontrar solução para diversos problemas. O humor é uma ferramenta poderosa nessa montagem. Denise convocou o público a enviar suas histórias para esse projeto, anunciou nos jornais, nas redes sociais. De mais de 400 histórias foram selecionadas 33, costuradas dramaturgicamente com literatura, música, imagens e poesia. Estão em cena em ficção Paulo Leminski, Zezé di Camargo, Tchekhov, Beatles, Chico Buarque, Dostoiévski e Fernando Pessoa.

Serviço:
Eu de Você
Quando: sexta, às 20h, sábado, às 21h, e domingo, às 19h. Até 15 de dezembro
Onde: Teatro Vivo (Av. Dr. Chucri Zaidan, 2.460, Morumbi)
Quanto: De R$ 25 a R$ 70
Duração: 80 minutos
Classificação indicativa: 12 anos

Ficha técnica:
Idealização e criação: Denise Fraga, José Maria e Luiz Villaça
Com Denise Fraga
Direção: Luiz Villaça
Produção: José Maria
Obra inspirada livremente nas narrativas de Akio Alex Missaka, Anas Obaid, Barbara Heckler, Bruno Favaro Martins, Clarice F. Vasconcelos, Cristiane Aparecida dos Santos Ferreira, Deise de Assis, Denise Miranda , Eliana Cristina dos Santos, Enzo Rodrigues, Érico Medeiros Jacobina Aires, Fátima Jinnyat, Felipe Aquino, Fernanda Pittelkow, Francisco Thiago Cavalcanti, Gláucia Faria, José Luiz Tavares, Julio Hernandes, Karina Cárdenas, Liliana Patrícia Pataquiva Barriga, Luis Gustavo Rocha, Maira Paola de Salvo, Marcia Angela Faga, Marcia Yukie Ikemoto, Marlene Simões de Paula, Nanci Bonani, Nathália da Silva de Oliveira, Raquel Nogueira Paulino, Ruth Maria Ferreiro Botelho, Sonia Manski, Sylvie Mutiene Ngkang, Thereza Brown, Vinicius Gabriel Araújo Portela, Wagner Júnior
Dramaturgia: Cassia Conti, André Dib, Denise Fraga, Kênia Dias, Fernanda Maia, Geraldo Carneiro, Luiz Villaça e Rafael Gomes
Texto final: Rafael Gomes, Denise Fraga e Luiz Villaça
Direção de imagens em vídeo: André Dib
Direção de arte: Simone Mina
Direção musical: Fernanda Maia
Direção de movimento: Kenia Dias
Iluminação: Wagner Antônio
Assessoria de Imprensa SP: Morente Forte Comunicações
Projeto realizado através da Lei Federal de Incentivo à Cultura
Coprodução: Café Royal
Produção: NIA Teatro
Patrocínio: BB Seguros
Realização: Secretaria Especial da Cultura, Ministério da Cidadania e Governo Federal

Guerra

Nova espetáculo d’A Próxima Companhia está em cartaz na sede do grupo, no bairro Campos Elíseos. Foto Kamil Kubruk

A dramaturgia de Guerra foi erguida coletivamente pelo grupo A Próxima Companhia nos experimentos cênicos de intervenção urbana efetivados nos territórios em disputa durante a pesquisa – Largo do Arouche, Cracolândia, Santa Efigênia, Favela do Moinho, Luz, Higienópolis e Minhocão. São 12 cenas que focalizam histórias nessas jurisdições. A montagem com direção de Edgar Castro, tem como disparador a tragédia Os Sete Contra Tebas, de Ésquilo. Investe nas questões como apagamento cultural, intolerância, falta de planejamento urbano, homofobia e transfobia, falta de empatia, preconceito estrutural e disputa de território. projeto contemplado pela 32ª edição do Fomento ao Teatro da Cidade de São Paulo.

Ésquilo apresenta a preparação para as batalhas em Os Sete Contra Tebas. Guerra abre para as armações da luta travada cotidianamente na mais rica e mais injusta capital brasileira, uma das maiores do mundo. A cena cutuca o modelo econômico atual para falar de vidas que são afetadas em sua essência.

Serviço:
Guerra, com o grupo A Próxima Companhia
Quando: Sexta a segunda-feira, às 20h. Até 9 de dezembro
Onde: Espaço Cultural A Próxima Companhia (R. Barão de Campinas, 529, Campos Elísios)
Quanto: Contribuição voluntária
Duração: 90 minutos
Capacidade: 40 lugares
Classificação indicativa: 12 anos
Informações: (11) 3331-0653

Ficha técnica:
Direção: Edgar Castro
Dramaturgia: Victor Nóvoa
Elenco: Caio Marinho, Caio Franzolin, Gabriel Küster, Paula Praia, Juliana Oliveira, Rebeka Teixeira e Lígia Campos
Direção musical: Laruama Alves
Edição de som: Leandro Goulart
Cenografia e Iluminação: Julio Dojcsar
Figurino: Magê Blanques
Produção: Catarina Milani
Assistente de produção: Lucas França
Designer gráfico: Rafael Victor
Material audiovisual: Jamil Kubruk

Há Dias Que Não Morro

No elenco estão Aline Olmos, Laíza Dantas e Paula Hemsi. Foto: Paulo Hemsi 

A encenação visa ampliar o debate sobre os aprisionamentos contemporâneos e os corpos em paranoia. Os disparadores são as discussões sobre segurança e liberdade, projetadas na política atual. Três atrizes viram figuras-bonecas em um cubo-jardim, felizes com os dias ensolarados, com o canto dos pássaros e os desenhos das nuvens. Mas alguma coisa está fora da ordem nesse sistema inerte e cíclico, nessa rotina sem acidentes ou perigos. O que há para além desse jardim artificial?

Há Dias Que Não Morro é a segunda parte da Trilogia da Morte, que teve início em 2016 com a estreia de Adeus, Palhaços Mortos. A peça contou com uma pré-estreia em maio na Turquia, tem texto original de Paloma Franca Amorim e direção coletiva de Aline Olmos, José Roberto Jardim, Laíza Dantas e Paula Hemsi.

Serviço:
Há Dias Que Não Morro, da Academia de Palhaços & ultraVioleta_s
Quando: Sábados, às 21h, domingos, às 19h, e segundas, às 21h. Até 02/12
Onde: Galpão do Folias – Rua Ana Cintra, 213 – Campos Elíseos – São Paulo
Quanto: Gratuito
Duração: 50 minutos
Classificação indicativa: 12 anos
Capacidade: 99 lugares
Informações: (11) 3361-2223

Ficha técnica:
Idealização: Academia de Palhaços & ultraVioleta_s
Direção e concepção: Aline Olmos, José Roberto Jardim, Laíza Dantas e Paula Hemsi
Texto: Paloma Franca Amorim
Dramaturgia: Aline Olmos, Laíza Dantas, José Roberto Jardim, Paula Hemsi e Paloma Franca Amorim
Encenação: José Roberto Jardim
Elenco: Aline Olmos, Laíza Dantas e Paula Hemsi
Assistente de direção: Luna Venarusso
Cenografia: Bijari
Direção musical e trilha sonora original: Rafael Thomazini e Vinicius Scorza
Iluminação: Paula Hemsi
Figurino: Carolina Hovaguimiam
Modelista: Juliano Lopes
Visagismo: Leopoldo Pacheco
Cenotecnia: Leo Ceolin
Preparação corporal: Maristela Estrela
Design de sistema de operação sincronizado: Laíza Dantas
Operação de luz, vídeo e som: Murilo Gil e Vinicius Scorza
Técnico de som: Murilo Gil
Técnica de luz: Paula Hemsi
Técnica de vídeo: Laíza Dantas
Técnica de palco: Aline Olmos
Produção executiva: Tetembua Dandara
Direção de produção: ultraVioleta_s
Fotos: Paula Hemsi e Victor Iemini

INTERVENÇÃO
Concepção: ultraVioleta_s e Coletivo Bijari
Assessoria Criativa: Fernando Velázquez

Novos Baianos

Novos Baianos. Foto: André Wanderley

Os Novos Baianos, quinteto formado por Baby do Brasil, Moraes Moreira, Pepeu Gomes, Luiz Galvão e Paulinho Boca de Cantor deixou uma marca especial na Música Popular Brasileira a partir do final da década de 1960. Essa trupe protagonizou uma revolução rítmica e comportamental, pontuada por liberdade, poesia e coletividade.

Com uma original proposta de vida e de arte, inventou um rock brasileiro, “aquele que mistura guitarra com pandeiro e apresenta ao Tio Sam o tamborim”. Essa história é a base do espetáculo Novos Baianos, que tem texto de Lúcio Mauro Filho, direção de Otavio Muller e direção de Davi Moraes e Pedro Baby. No palco, 12 artistas, entre atores, músicos e compositores.

Serviço:
Novos Baianos
Quando: De 9 de novembro a 15 de dezembro. Quinta a sábado, às 21h, e domingo, às 18h.
Onde: Sesc Vila Mariana (Rua Pelotas, 141 – Vila Mariana)
Ingressos: R$50 (inteira), R$25 (meia-entrada) e R$15,00 (Credencial plena)
Classificação indicativa: 14 anos
Informações: (11) 5080-3000

Ficha técnica:
Texto: Lucio Mauro Filho
Direção: Otavio Muller
Direção musical: Davi Moraes e Pedro Baby
Elenco: Ravel Andrade, Beiço, Clara Buarque, Barbara Ferr, João Vitor Nascimento, Gustavo Pereira, João Moreira, Julia Mestre, Miguel Freitas, Mariana Jascalevich, Filipe Pascual e Felipe El
Direção de arte, cenografia e figurino: OPAVIVARÁ
Com colaboração de cenografia de Paula Dager e figurino de Paula Stroher
Assistente de direção e dramaturgia: Fabricio Branco
Iluminação: Tabatta Martins
Coreografia: Johayne Hildefonso e Gisele Bastos
Visagismo: Rafael Fernandez
Direção de produção: Clarice Philigret
Assistente de produção: Fabricio Branco
Produção: Leandro Lapagesse
Produção executiva: Ciça Castro Neves
Operação de som: Marcelo Bezerra
Comunicação: Adriana Vieira
Mídia digital: Fernanda Bravo, Jacidio Junior e Raphael Goes
Design gráfico: Tommy Kenny
Preparação corporal e coreografia: Johayne Hildefonso e Gisele Bastos
Direção de palco: Márcio Mésk (Blau)
Contrarregras: Cris Lisboa e Luan Lima
Consultoria técnica: Andreas Schmidt
Produção: Dueto Produções

Os Sete Afluentes do Rio Ota

Os Sete Afluentes do Rio Ota: Marjorie Estiano e Caco Ciocler Foto: Michele Mifano/ Divulgação

Os Sete Afluentes do Rio Ota é um épico teatral que traça a jornada do soldado estadunidense Luke, que retorna a Hiroshima, em 1945, para fotografar os sobreviventes da guerra. Essas imagens provocam uma viagem no tempo, até chegar ao ano 2000. O espetáculo da diretora Monique Gardenberg fez um memorável sucesso há 15 anos. A encenadora aposta na atualidade da obra de Robert Lepage para tocar em pautas que ainda estão na ordem do dia, como a intolerância, homofobia, feminismo e posições totalitárias.

O espetáculo é composto por sete capítulos e articula histórias de várias épocas em diferentes partes do mundo faladas em cinco idiomas (português, inglês, francês, alemão e japonês), com legendas. O cenário, criado por Hélio Eichbauer, falecido em 2018, é um elemento fundamental à montagem: são três módulos que se deslocam, se transformam, e atravessam os últimos 50 anos do século 20. A peça possui 350 minutos de duração, com intervalo.

Serviço:
Os Sete Afluentes do Rio Ota
Quando: Quinta a domingo, às 18h, até 1 de dezembro. Na quarta-feira, 27 de novembro, haverá sessão às 18h
Onde: Sesc Pinheiros (Rua Paes Leme, 195, Pinheiros)
Quanto: R$ 15 (credencial plena), R$ 25 (meia-entrada) e R$ 50
Informações: (11) 3095-9400

Ficha técnica:
Texto: Robert Lepage
Direção e adaptação: Monique Gardenberg
Elenco: Bel Kowarick, Caco Ciocler, Chandelly Braz, Charly Braun, Giulia Gam, Helena Ignez, Jiddu Pinheiro, Johnny Massaro, Lorena da Silva, Madalena Bernardes, Marjorie Estiano, Sergio Maciel, Silvia Lourenço e Thierry Tremouroux
Cenário: Hélio Eichbauer
Figurino: Marcelo Pies
Iluminação: Maneco Quinderé
Trilha sonora: José Augusto Nogueira
Fotografias: André Gardenberg
Direção movimento: Marcia Rubim
Assistente de direção: Arlindo Hartz
Reconstituição cenografia: Luiz Henrique Sá e Carila Matzenbacher
Reconstituição figurino: Sabrina Leal
Produção executiva: Ciça Castro Neves
Direção de produção: Clarice Philigret
Assessoria Imprensa: Morente Forte Comunicações
Assessoria Jurídica: Olivieri Associados
Produção: Dueto

Quebra-Cabeça

O monólogo documental autobiográfico da atriz Camila dos Anjos Quebra-Cabeça tem encenação de Nelson Baskerville. Foto: Estevan dos Anjos / Divulgação

No solo Quebra-Cabeça, a atriz Camila dos Anjos embaralha suas próprias lembranças às memórias de personagens de Tchekhov e Tennessee Williams. A atriz, que começou a trabalhar aos sete anos na televisão, escancara as frustrações, expectativas e as consequências desse percurso. E engendra com a vida figuras misteriosas do russo Anton Tchekhov e do norte-americano Tennessee Williams, referências para a intérprete ao longa da carreira.

Nelson Baskerville, que assina a orientação de encenação do espetáculo, investe em um cenário leve e etéreo, de véus esvoaçantes, que combina projeções de cenas da atriz nas novelas e séries relatadas, como a visita a um sótão familiar, repleto de cartas, baús e fotografias.

Serviço:
Quebra-Cabeça, de Camila dos Anjos
Quando: De quarta a sexta-feira, às 20h; e aos sábados, às 18h. Até 19 de dezembro
Onde: Oficina Cultural Oswald de Andrade (Rua Três Rios, 363, Bom Retiro)
Quanto: Entrada gratuita. Os ingressos serão distribuídos com uma hora de antecedência
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: 16 anos

Ficha técnica: 
Dramaturgia e atuação: Camila dos Anjos
Orientação de encenação: Nelson Baskerville
Preparação de elenco: César Resende
Iluminação: Marisa Bentivegna
Cenário: César Resende
Figurino: Marichilene Artisevskis
Direção musical: Daniel Maia
Projeções em vídeo: Raimo Benedette
Ilustrações: Nelson Baskerville
Costura: Judite Gerônimo de Lima
Cenotécnico: Fernando Lemos (Zito)
Equipe vídeo: Pedro Cortese e Mariana Bonfanti
Realização vídeo: Estúdio B
Operação de som e luz: Victor Merseguel
Assistente de produção executiva: Laura La Padula
Assistentes de produção: Barbara Berta e Leticia Gonzalez
Fotos: Estevan dos Anjos
Identidade Visual e design gráfico: Lucas Sancho
Assessoria de imprensa e mídias sociais: Pombo Correio
Idealização e produção geral: Camila dos Anjos Produções Artísticas
Produção: Contorno Produções
Direção de produção: Jessica Rodrigues e Victória Martinez
Apoios: Oficina Cultural Oswald de Andrade, Poiesis, THE CITY – Beauty Boutique e Kayomix Japonês

Tio Ivan

Montagem do Núcleo Teatro de Imersão está em cartaz na Oswald de Andrade. Foto: Hernani Rocha

O Tio Vania, do escritor russo Anton Tchekhov (1860-1904), menciona algumas questões que parecem que falam do Brasil contemporâneo: o imperativo de trabalhar para um patrão até o fim da vida, o descaso político com a carreira do professor e do pesquisador acadêmico, a destruição das florestas, as precárias condições da saúde pública. O texto escrito em 1897  assombra por sua atualidade.

No enredo, o administrador de fazenda Ivan, sua sobrinha Sônia e Miguel, o médico da família, têm suas vidas desestabilizadas pela chegada à propriedade do célebre professor Alexandre, agora aposentado, e de sua jovem e bela esposa Helena. Na adaptação da diretora e atriz Adriana Câmara, a fazenda russa cede lugar a uma região rural paulista no início da República Velha. Os espectadores percorrem diversos ambientes, como testemunhas invisíveis dos conflitos dos personagens que os rodeiam, sem separação entre palco e plateia.

Serviço:
Quando: Sábados, às 15h30 e às 18h, até 14 de dezembro
Onde: Oficina Cultural Oswald de Andrade (Rua Três Rios, 363, Bom Retiro)
Quanto: Gratuito. Os ingressos são distribuídos com uma hora de antecedência
Duração: 105 minutos
Classificação: 12 anos
Capacidade: 30 lugares
Informações: (11) 3222-2662

Ficha técnica:
Realização: Núcleo Teatro de Imersão
Direção: Adriana Câmara
Texto: Anton Tchekhov
Adaptação do texto, cenografia, figurino, produção executiva e de arte: Adriana Câmara
Elenco: Adriana Câmara, Áquila Mattos, Ariana Slivah, Glau Gurgel, Klever Ravanelli e Márcio Carneiro
Assistência de palco: Letícia Alves
Programação visual e assistência de cenografia: Hernani Rocha
Confecção do figurino: Ateliê Paz (Samantha Paz e Liduina Paz)
Produção: Menina dos Olhos do Brasil

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Agenda – 2ª semana de Novembro

AGENDA SÃO PAULO

ESTREIA

Guerra

As cidades e nossos pertencimentos nas disputas que se colocam na contemporaneidade são exploradas na peça Guerra. Foto: Divulgação

A dramaturgia de Guerra foi erguida coletivamente pelo grupo A Próxima Companhia nos experimentos cênicos de intervenção urbana efetivados nos territórios em disputa durante a pesquisa – Largo do Arouche, Cracolândia, Santa Efigênia, Favela do Moinho, Luz, Higienópolis e Minhocão. São 12 cenas que focalizam histórias nessas jurisdições. A montagem com direção de Edgar Castro, tem como disparador a tragédia Os Sete Contra Tebas, de Ésquilo. Investe nas questões como apagamento cultural, intolerância, falta de planejamento urbano, homofobia e transfobia, falta de empatia, preconceito estrutural e disputa de território. projeto contemplado pela 32ª edição do Fomento ao Teatro da Cidade de São Paulo.

Ésquilo apresenta a preparação para as batalhas em Os Sete Contra Tebas. Guerra abre para as armações da luta travada cotidianamente na mais rica e mais injusta capital brasileira, uma das maiores do mundo. A cena cutuca o modelo econômico atual para falar de vidas que são afetadas em sua essência.

Serviço:
Guerra, com o grupo A Próxima Companhia
Quando: De 8 de novembro a 9 de dezembro, de sexta a segunda-feira, às 20h
Onde: Espaço Cultural A Próxima Companhia (R. Barão de Campinas, 529, Campos Elísios)
Quanto: Contribuição voluntária
Duração: 90 minutos
Capacidade: 40 lugares
Classificação indicativa: 12 anos
Informações: (11) 3331-0653

Ficha técnica:
Direção: Edgar Castro
Dramaturgia: Victor Nóvoa
Elenco: Caio Marinho, Caio Franzolin, Gabriel Küster, Paula Praia, Juliana Oliveira, Rebeka Teixeira e Lígia Campos
Direção musical: Laruama Alves
Edição de som: Leandro Goulart
Cenografia e Iluminação: Julio Dojcsar
Figurino: Magê Blanques
Produção: Catarina Milani
Assistente de produção: Lucas França
Designer gráfico: Rafael Victor
Material audiovisual: Jamil Kubruk

Novos Baianos

Novos Baianos. Foto: André Wanderley

Os Novos Baianos, quinteto formado por Baby do Brasil, Moraes Moreira, Pepeu Gomes, Luiz Galvão e Paulinho Boca de Cantor deixou uma marca especial na Música Popular Brasileira a partir do final da década de 1960. Essa trupe protagonizou uma revolução rítmica e comportamental, pontuada por liberdade, poesia e coletividade.

Com uma original proposta de vida e de arte, inventou um rock brasileiro, “aquele que mistura guitarra com pandeiro e apresenta ao Tio Sam o tamborim”. Essa história é a base do espetáculo Novos Baianos, que tem texto de Lúcio Mauro Filho, direção de Otavio Muller e direção de Davi Moraes e Pedro Baby. No palco, 12 artistas, entre atores, músicos e compositores.

Serviço:
Novos Baianos
Quando: De 9 de novembro a 15 de dezembro. Quinta a sábado, às 21h, e domingo, às 18h.
Onde: Sesc Vila Mariana (Rua Pelotas, 141 – Vila Mariana)
Ingressos: R$50 (inteira), R$25 (meia-entrada) e R$15,00 (Credencial plena)
Classificação indicativa: 14 anos
Informações: (11) 5080-3000

Ficha técnica:
Texto: Lucio Mauro Filho
Direção: Otavio Muller
Direção musical: Davi Moraes e Pedro Baby
Elenco: Ravel Andrade, Beiço, Clara Buarque, Barbara Ferr, João Vitor Nascimento, Gustavo Pereira, João Moreira, Julia Mestre, Miguel Freitas, Mariana Jascalevich, Filipe Pascual e Felipe El
Direção de arte, cenografia e figurino: OPAVIVARÁ
Com colaboração de cenografia de Paula Dager e figurino de Paula Stroher
Assistente de direção e dramaturgia: Fabricio Branco
Iluminação: Tabatta Martins
Coreografia: Johayne Hildefonso e Gisele Bastos
Visagismo: Rafael Fernandez
Direção de produção: Clarice Philigret
Assistente de produção: Fabricio Branco
Produção: Leandro Lapagesse
Produção executiva: Ciça Castro Neves
Operação de som: Marcelo Bezerra
Comunicação: Adriana Vieira
Mídia digital: Fernanda Bravo, Jacidio Junior e Raphael Goes
Design gráfico: Tommy Kenny
Preparação corporal e coreografia: Johayne Hildefonso e Gisele Bastos
Direção de palco: Márcio Mésk (Blau)
Contrarregras: Cris Lisboa e Luan Lima
Consultoria técnica: Andreas Schmidt
Produção: Dueto Produções

Quebra-Cabeça

O monólogo documental autobiográfico da atriz Camila dos Anjos Quebra-Cabeça tem encenação de Nelson Baskerville. Foto: Estevan dos Anjos / Divulgação

No solo Quebra-Cabeça, a atriz Camila dos Anjos embaralha suas próprias lembranças às memórias de personagens de Tchekhov e Tennessee Williams. A atriz, que começou a trabalhar aos sete anos na televisão, escancara as frustrações, expectativas e as consequências desse percurso. E engendra com a vida figuras misteriosas do russo Anton Tchekhov e do norte-americano Tennessee Williams, referências para a intérprete ao longa da carreira.

Nelson Baskerville, que assina a orientação de encenação do espetáculo, investe em um cenário leve e etéreo, de véus esvoaçantes, que combina projeções de cenas da atriz nas novelas e séries relatadas, como a visita a um sótão familiar, repleto de cartas, baús e fotografias.

Serviço:
Quebra-Cabeça, de Camila dos Anjos
Quando: Dias 8 e 9 de novembro (sexta-feira e sábado), às 20h; e dia 10 de novembro (domingo), às 19h
Onde: Itaú Cultural (Avenida Paulista, 149, Bela Vista)
Quanto: Entrada gratuita. Os ingressos podem ser reservados online pelo site www.itaucultural.org.br. Público beneficiado pelas cotas on-line (obesos, cadeirantes e quem possui mobilidade reduzida): um ingresso + um ingresso para acompanhante. Todos os ingressos serão reservados online. Caso tenha procura presencial no dia do evento, e a pessoa não tenha feito a reserva prévia, haverá fila de espera.
Duração: 60 minutos
Capacidade: 201 lugares (8 de novembro); 224 lugares (9 e 10 de novembro)
Classificação indicativa: 16 anos

Ficha técnica: 
Dramaturgia e atuação: Camila dos Anjos
Orientação de encenação: Nelson Baskerville
Preparação de elenco: César Resende
Iluminação: Marisa Bentivegna
Cenário: César Resende
Figurino: Marichilene Artisevskis
Direção musical: Daniel Maia
Projeções em vídeo: Raimo Benedette
Ilustrações: Nelson Baskerville
Costura: Judite Gerônimo de Lima
Cenotécnico: Fernando Lemos (Zito)
Equipe vídeo: Pedro Cortese e Mariana Bonfanti
Realização vídeo: Estúdio B
Operação de som e luz: Victor Merseguel
Assistente de produção executiva: Laura La Padula
Assistentes de produção: Barbara Berta e Leticia Gonzalez
Fotos: Estevan dos Anjos
Identidade Visual e design gráfico: Lucas Sancho
Assessoria de imprensa e mídias sociais: Pombo Correio
Idealização e produção geral: Camila dos Anjos Produções Artísticas
Produção: Contorno Produções
Direção de produção: Jessica Rodrigues e Victória Martinez
Apoios: Oficina Cultural Oswald de Andrade, Poiesis, THE CITY – Beauty Boutique e Kayomix Japonês

EM CARTAZ

As Crianças

Mario Borges, Andrea Dantas e Analu Prestes na peças As Crianças. Foto: Guga Melgar/ Divulgação

É a primeira montagem brasileira de As crianças, escrita em 2016 pela dramaturga inglesa Lucy Kirkwood. Na peça, três figuras sexagenárias indagam sobre a finitude e se encontram para um insólito acerto de contas.  A produção carioca estreou no começo do ano no Rio de Janeiro e faz uma curta temporada em São Paulo. 

Com direção de Rodrigo Portella, encenador do sucesso Tom na fazenda, o espetáculo expõe as inquietações de um casal de físicos aposentados, que vive numa casa isolada do mundo, depois que a região foi atingida por um acidente nuclear. Rose, uma colega de profissão chega para visitá-los, com um proposta que vai abalar as tênues certezas do trio.  

A peça segue desvendando os sentimentos dessas figuras, traumas afetivos e a crise ética que os assombra na sociedade em que vivem. Além dos diálogos, os personagens também falam  as rubricas da peça, descrevendo ações que não são mostradas.

Serviço:
As Crianças
Quando: Quinta, sexta e sábado, às 21h; e domingo, às 18h. Até 17 de novembro
Onde: Sesc 24 de Maio (Rua 24 de Maio, 109, República)
Ingressos: R$40 (inteira), R$20 (meia-entrada) e R$12 (Credencial plena)
Duração: 100 minutos 
Informações: (11) 3350-6300

Ficha técnica: 
Texto: Lucy Kirkwood
Tradução: Diego Teza
Direção: Rodrigo Portella
Elenco / Personagem: Mario Borges / Robin, Analu Prestes / Dayse e Andrea Dantas / Rose
Assistência de direção: Mariah Valeiras
Cenário: Rodrigo Portella e Julia Deccache
Iluminação: Paulo Cesar Medeiros
Figurino: Rita Murtinho
Trilha sonora original: Marcelo H e Federico Puppi
Preparação corporal: Marcelo Aquino
Programação visual: Fernanda Pinto
Produção executiva: Bárbara Montes Claros
Direção de produção e administração: Celso Lemos

 

As Mãos Sujas

Peça de Sartre escrita em 1943 reflete sobre a política atual. Foto: Yghor-Boy

O encenador José Fernando Peixoto de Azevedo utiliza recursos cinematográficos inspirados no filme Terra em Transe, de Glauber Rocha, para propor uma reflexão contemporânea sobre a política, o indivíduo e o coletivo, tendo por base a peça As Mãos Sujas, de Jean Paul Sartre (1905 – 1980). A montagem traça desdobramentos na linguagem de José Fernando e suas investigações que relaciona teatro e cinema.

A peça explora a história de um jovem intelectual que delibera a morte do líder de seu partido quando este propõe uma aliança com partidos conservadores.  A cena surfa em “deslizamentos temporais” e transita entre 1943 (marca em que Sartre situa a ação), o presente e dúvidas sobre um futuro próximo. A guerra ideológica que vivemos nos dias de hoje salta para o centro da cena questionando conceito de partido político, o sentido e as consequências das alianças com forças conservadoras. 

Serviço:
As Mãos Sujas
Quando: De 1º de novembro até 24 de novembro de 2019. Sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 18h. No dia 15/11, a sessão será às 18h
Onde: Sesc Ipiranga (Rua Bom Pastor, 822, Ipiranga)
Quanto: R$ 9 (credencial plena), R$ 15 (meia-entrada) e R$ 30
Duração: 180 minutos
Classificação indicativa: 14 anos

Ficha técnica:
Texto: Jean-Paul Sartre
Tradução: Homero Santiago
Atores: Gabriela Cerqueira, Georgina Castro, Paulo Balistrieri, Paulo Vinicius, Rodrigo Scarpelli, Thomas Huszar e Vinicius Meloni.
Câmera e edição: Yghor Boy
Direção musical: Guilherme Calzavara
Desenho de som e sonoplastia: Ivan Garro
Música em cena: Ivan Garro, Rodrigo Scarpelli e Thomas Huszar
Desenho de luz: Guilherme Bonfanti
Figurino: Marcelo Leão e José Fernando Peixoto de Azevedo
Consultoria para o trabalho de voz: Mônica Montenegro
Consultoria teórica: Franklin Leopoldo e Silva
Assistente de direção: Murilo Franco
Operador de luz: David Costa
Assessoria de imprensa: Canal Aberto
Produção: Corpo Rastreado
Direção e dispositivo de cena: José Fernando Peixoto de Azevedo

Brian ou Brenda?

Brian ou Brenda?, direção de Yara de Novaes e Carlos Gradim. Foto: Heloísa Bortz

O caso ocorreu em meados de 1960, no Canadá. Na trama, os gêmeos Brian e Bruce são circuncidados por volta dos oito meses de idade, por orientação médica. Durante o procedimento, o pênis de Brian é acidentalmente cauterizado. O psiquiatra John Money – que defende a tese de que os bebês nasceriam neutros e teriam seu gênero definido pela criação – aconselha a operação de redesignação sexual. E os pais educam Brian como uma menina. A criança cresce infeliz naquele corpo; só depois de uma tentativa de suicídio, os pais contam a verdade, e Brenda vai em busca de sua real identidade.

A violência sofrida por David Reimer é um dos episódios mais polêmicos da psiquiatria mundial. Os conservadores usam o caso com escudo para argumentar que uma pessoa biologicamente nascida com o sexo masculino sempre se identificará como homem. Já os teóricos de gênero defendem que o sofrimento causado pela tentativa de impor uma identidade a David é idêntico ao que pessoas transgêneras passam na sociedade conservadora.

Com direção de Yara de Novaes e Carlos Gradim, a montagem propõe uma reflexão sobre gênero e o direito de escolhas e desejos de cada um e os limites dos tratamentos médicos e psiquiátricos.

Serviço:
Brian ou Brenda
Quando: sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 19h. Até 17/11
Onde: Viga Espaço Cênico, Rua Capote Valente, 1323 – Pinheiros – São Paulo
Quanto: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada)
Duração: 100 min
Classificação indicativa: 14 anos
Informações: (11) 3801-1843

Ficha técnica:
Texto: Franz Keppler
Direção: Yara de Novaes e Carlos Gradim
Assistência de direção: Ronaldo Jannotti
Elenco: Augusto Madeira, Daniel Tavares, Giovanni Venturini, Jimmy Wong, Kay Sara, Lavínia Pannunzio, Fabia Mirassos e Paulo Campos
Cenário: André Cortez
Figurino: Cassio Brasil
Iluminação: Aline Santini
Trilha sonora original: Dr. Morris
Preparação corporal: Ana Paula Lopez
Visagismo: Louise Helène
Direção de produção: Ronaldo Diaféria e Kiko Rieser
Produção executiva: Marcos Rinaldi
Assistente administrativa: Juliana Rampinelli
Fotografia: Heloísa Bortz
Design gráfico: Angela Ribeiro
Assessoria de imprensa: Pombo Correio (Douglas Picchetti e Helô Cintra)
Realização: Rieser Produções Artísticas, Diaferia Produções e Da Latta Cultura

Condomínio Visniec

A diretora diz que a peça é uma meditação poética sobre a condição humana e a possibilidade de superação dos nossos conflitos. Foto: Ronaldo Gutierrez

O dramaturgo romeno Matéi Visniec é apontado como um dos principais representantes contemporâneos do Teatro do Absurdo. O espetáculo Condomínio Visniec é inspirado em seis monólogos desse autor – O Corredor, O Homem do Cavalo, O Adestrador, O Homem da Maçã, A Louca Tranquila e O Comedor de Carne – reunidos na coletânea de peças O Teatro Decomposto ou O Homem – Lixo. A montagem é fruto de pesquisa sobre a obra do autor romeno, desenvolvido por Clara Carvalho desde 2015 numa oficina de atores profissionais do Grupo TAPA.

As personagens híbridas são criadas por uma escritora que produz compulsivamente e habita o condomínio com figuras de contornos surrealistas. O espetáculo foi contemplado com o edital ProAc nº 01/2018 para Produção de Espetáculo Inédito e Temporada de Teatro.

Serviço:
Condomínio Visniec, com o grupo Tapa
Quando: Quartas e quintas, às 21h. Até 28 de novembro.
Onde: Viga Espaço Cênico (Rua Capote Valente, 1323, Pinheiros)
Quanto: R$ 50 e R$ 25 (meia-entrada)
Duração: 55 minutos
Capacidade: 73 lugares
Classificação: 14 anos
Informações: (11) 3801-1843

Ficha técnica:
Texto: Matéi Visniec
Direção: Clara Carvalho
Elenco: Ana Clara Fischer, Felipe Souza, Mônica Rossetto, Rafael Levecki, Rogério Pércore, Suzana Muniz
Tradução: Luiza Jatobá
Assistente de direção: Mau Machado
Figurino: Marichilene Artisevskis
Música original: Mau Machado
Desenho de luz: Wagner Pinto
Assistente de Iluminação: Carina Tavares
Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli
Preparação corporal e coro cênico: Mau Machado e Suzana Muniz
Design gráfico: Mau Machado
Fotos: Ronaldo Gutierrez
Fotos (registro processo): Roberto Lajolo
Técnica/Operação de luz: Dida Genofre
Operação de som: André Bedurê
Adereços: Luis Carlos Rossi
Costura e modelagem: Judite Gerônimo de Lima
Costura de enchimento: Paula Gaston
Alfaiate: Miguel Angel Arua
Envelhecimento: Foquinha Cris
Direção de produção: Selene Marinho /SM Arte e Cultura
Coordenação de produção: Ariel Cannal
Produção executiva: Marcela Horta / SM Arte e Cultura

Enquanto Ela Dormia

Enquanto Ela Dormia. Fotos Mayra Azzi

A primeira versão de A Bela Adormecida, de 1648, é o disparador da peça, que investiga a violência contra a mulher e as relações de poder entre os gêneros. Enquanto Ela Dormia convoca a personagem Dora, uma professora de literatura, que presencia uma cena de abuso em um ônibus e sofre ao relembrar os traumas de infância.

O monólogo explora uma linha cronológica das dores do feminino, como, por exemplo, os pés de lótus das mulheres chinesas e a expulsão da deusa Lilith do Paraíso. A diretora Eliana Monteiro entende que “o espetáculo é um mergulho na geografia da dor das mulheres e uma provocação ao que está acontecendo na nossa sociedade”.

A montagem questiona os mecanismos usados para minimizar, esconder, disfarçar, apagar essas violências. Enquanto Ela Dormia percorre três eixos temáticos: o dos contos de fadas, que integram o imaginário universal do feminino; as histórias de amputações, para que a mulher coubesse na sociedade patriarcal; e as memórias de uma história de amor.

Contemplada na 9ª edição do Prêmio Zé Renato, a peça faz parte da programação do projeto Teatros em Movimento, que prevê a circulação de companhias teatrais, seus trabalhos e processos criativos pelas sedes de outros grupos, em diferentes bairros da capital paulista.

Serviço:
Enquanto Ela Dormia, do Teatro da Vertigem
Quando: Sextas e sábados, às 21h e domingos, às 19h. Até 24 de novembro
Onde: Sede do Teatro da Vertigem (Rua Treze de Maio, 240, 1º andar – Bela Vista)
Quanto: Ingressos gratuitos, distribuídos 1h antes das sessões
Duração: 70 min
Classificação indicativa: 16 anos
Capacidade: 50 lugares

Ficha técnica:
Diretora artística: Eliana Monteiro
Diretor técnico e light designer: Guilherme Bonfanti
Atriz: Lucienne Guedes
Dramaturgismo: Antonio Duran
Texto: Carol Pitzer
Operador de som: José Mario Tomé e Nayara Konno
Diretor de cena/contrarregra: Evaristo Moura
Operadora de vídeo: Aline Sayuri
Operador de luz: Patricia Amorim
Montador de luz: Diego Soares
Montador de vídeo: Rodrigo Silbat
Trilha sonora: Erico Theobaldo
Figurinista: Marichilene Artisevskis
Cenografia: Marisa Bentivegna
Produção geral: Marcelo Leão
Fotos: Mayra Azzi
Assessoria de Imprensa: Márcia Marques – Canal Aberto

Erêndira – A Incrível e Triste História de Cândida Erêndira e sua Avó Desalmada

Texto de García Márquez está em cartaz no Centro Cultural Fiesp. Foto: Leekyung Kim

A obra do Nobel colombiano Gabriel García Márquez, que foi publicada em 1972, narra a trajetória de uma menina de 14 anos, que após um incêndio que destrói a casa da família, passa a ser prostituída pela avó. A adaptação para o teatro é de Augusto Boal. Irene Papas defendeu o papel da desalmada e Claudia Ohana fez Erêndira no cinema, no filme de 1983, com direção de Ruy Guerra. A montagem teatral tem direção de Marco Antonio Rodrigues, dramaturgia de Claudia Barral e canções originais compostas por Chico César. Giovana Cordeiro faz seu début no teatro como Erêndira. Com Alessandra Siqueyra, Caio Silviano, Gustavo Haddad, Dagoberto Feliz, Dani Theller, Demian Pinto, Eric Nowinski, Jane Fernandes, Marco França, Maurício Destri e Rafael Faustino. O espetáculo abraça a estética e os recursos do realismo fantástico, seguindo os passos de Gabo.

Serviço:
Erêndira – A Incrível e Triste História de Cândida Erêndira e sua Avó Desalmada
Quando: Quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 19h. Até 08 de dezembro
Onde: Centro Cultural Fiesp – Teatro do SESI (Avenida Paulista 1313, Bela Vista)
Quanto: Grátis / Reserva de ingressos: Centroculturalfiesp.Com.Br
Duração: 120 minutos
Classificação indicativa: 14 anos

Ficha técnica:
Baseado no conto de Gabriel Garcia Márquez
Adaptação: Augusto Boal
Dramaturgia: Claudia Barral
Tradução: Cecília Boal
Direção: Marco Antonio Rodrigues
Elenco: Giovana Cordeiro, Maurício Destri, Chico Carvalho, Dagoberto Feliz, Gustavo Haddad, Marco França, Eric Nowinski, Alessandra Siqueyra, Caio Silviano, Dani Theller, Demian Pinto, Jane Fernandes e Rafael Faustino
Cenografia: Marcio Medina
Figurino: Cássio Brasil
Iluminação: Tulio Pezzoni
Músicas originais compostas: Chico Cesár
Preparadora corporal: Marcella Vincentini
Design gráfico: Zeca Rodrigues
Fotografia: Leekyung Kim
Assessoria de imprensa: Adriana Monteiro
Idealização: Instituto Boal
Assistentes de produção: Diogo Pasquim e Carol Vidotti
Produção executiva: Camila Bevilacqua
Direção de produção: Luís Henrique Luque Daltrozo
Produção: Daltrozo Produções
Realização: SESI São Paulo

Eu de Você

Denise Fraga narra histórias reais no seu novo espetáculo. Fotos: Leo Martins / Divulgação

Sartre pregava, ironicamente, que o inferno são outros. Sim, mas também espelho. A atriz Denise Fraga aposta nesse reflexo, nessa reverberação. A intérprete defende a urgência de ver o outro, olhar pelo olhar do outro.  Ela recebe sempre o público na porta do teatro para reforçar a cumplicidade, o laço de afeto. Denise Fraga gosta de gente e de contar suas histórias. Durante nove anos protagonizou um programa de televisão contando histórias reais: o Retrato Falado, na TV Globo.

No solo Eu de VocêFraga leva ao palco histórias do cotidiano de gente comum e a criatividade para encontrar solução para diversos problemas. O humor é uma ferramenta poderosa nessa montagem. Denise convocou o público a enviar suas histórias para esse projeto, anunciou nos jornais, nas redes sociais. De mais de 400 histórias foram selecionadas 33, costuradas dramaturgicamente com literatura, música, imagens e poesia. Estão em cena em ficção Paulo Leminski, Zezé di Camargo, Tchekhov, Beatles, Chico Buarque, Dostoiévski e Fernando Pessoa.

Serviço:
Eu de Você
Quando: sexta, às 20h, sábado, às 21h, e domingo, às 19h. Até 15 de dezembro
Onde: Teatro Vivo (Av. Dr. Chucri Zaidan, 2.460, Morumbi)
Quanto: De R$ 25 a R$ 70
Duração: 80 minutos
Classificação indicativa: 12 anos

Ficha técnica:
Idealização e criação: Denise Fraga, José Maria e Luiz Villaça
Com Denise Fraga
Direção: Luiz Villaça
Produção: José Maria
Obra inspirada livremente nas narrativas de Akio Alex Missaka, Anas Obaid, Barbara Heckler, Bruno Favaro Martins, Clarice F. Vasconcelos, Cristiane Aparecida dos Santos Ferreira, Deise de Assis, Denise Miranda , Eliana Cristina dos Santos, Enzo Rodrigues, Érico Medeiros Jacobina Aires, Fátima Jinnyat, Felipe Aquino, Fernanda Pittelkow, Francisco Thiago Cavalcanti, Gláucia Faria, José Luiz Tavares, Julio Hernandes, Karina Cárdenas, Liliana Patrícia Pataquiva Barriga, Luis Gustavo Rocha, Maira Paola de Salvo, Marcia Angela Faga, Marcia Yukie Ikemoto, Marlene Simões de Paula, Nanci Bonani, Nathália da Silva de Oliveira, Raquel Nogueira Paulino, Ruth Maria Ferreiro Botelho, Sonia Manski, Sylvie Mutiene Ngkang, Thereza Brown, Vinicius Gabriel Araújo Portela, Wagner Júnior
Dramaturgia: Cassia Conti, André Dib, Denise Fraga, Kênia Dias, Fernanda Maia, Geraldo Carneiro, Luiz Villaça e Rafael Gomes
Texto final: Rafael Gomes, Denise Fraga e Luiz Villaça
Direção de imagens em vídeo: André Dib
Direção de arte: Simone Mina
Direção musical: Fernanda Maia
Direção de movimento: Kenia Dias
Iluminação: Wagner Antônio
Assessoria de Imprensa SP: Morente Forte Comunicações
Projeto realizado através da Lei Federal de Incentivo à Cultura
Coprodução: Café Royal
Produção: NIA Teatro
Patrocínio: BB Seguros
Realização: Secretaria Especial da Cultura, Ministério da Cidadania e Governo Federal

Há Dias Que Não Morro

No elenco estão Aline Olmos, Laíza Dantas e Paula Hemsi. Foto: Paulo Hemsi 

A encenação visa ampliar o debate sobre os aprisionamentos contemporâneos e os corpos em paranoia. Os disparadores são as discussões sobre segurança e liberdade, projetadas na política atual. Três atrizes viram figuras-bonecas em um cubo-jardim, felizes com os dias ensolarados, com o canto dos pássaros e os desenhos das nuvens. Mas alguma coisa está fora da ordem nesse sistema inerte e cíclico, nessa rotina sem acidentes ou perigos. O que há para além desse jardim artificial?

Há Dias Que Não Morro é a segunda parte da Trilogia da Morte, que teve início em 2016 com a estreia de Adeus, Palhaços Mortos. A peça contou com uma pré-estreia em maio na Turquia, tem texto original de Paloma Franca Amorim e direção coletiva de Aline Olmos, José Roberto Jardim, Laíza Dantas e Paula Hemsi.

Serviço:
Há Dias Que Não Morro, da Academia de Palhaços & ultraVioleta_s
Quando: Sábados, às 21h, domingos, às 19h, e segundas, às 21h. Até 02/12
Onde: Galpão do Folias – Rua Ana Cintra, 213 – Campos Elíseos – São Paulo
Quanto: Gratuito
Duração: 50 minutos
Classificação indicativa: 12 anos
Capacidade: 99 lugares
Informações: (11) 3361-2223

Ficha técnica:
Idealização: Academia de Palhaços & ultraVioleta_s
Direção e concepção: Aline Olmos, José Roberto Jardim, Laíza Dantas e Paula Hemsi
Texto: Paloma Franca Amorim
Dramaturgia: Aline Olmos, Laíza Dantas, José Roberto Jardim, Paula Hemsi e Paloma Franca Amorim
Encenação: José Roberto Jardim
Elenco: Aline Olmos, Laíza Dantas e Paula Hemsi
Assistente de direção: Luna Venarusso
Cenografia: Bijari
Direção musical e trilha sonora original: Rafael Thomazini e Vinicius Scorza
Iluminação: Paula Hemsi
Figurino: Carolina Hovaguimiam
Modelista: Juliano Lopes
Visagismo: Leopoldo Pacheco
Cenotecnia: Leo Ceolin
Preparação corporal: Maristela Estrela
Design de sistema de operação sincronizado: Laíza Dantas
Operação de luz, vídeo e som: Murilo Gil e Vinicius Scorza
Técnico de som: Murilo Gil
Técnica de luz: Paula Hemsi
Técnica de vídeo: Laíza Dantas
Técnica de palco: Aline Olmos
Produção executiva: Tetembua Dandara
Direção de produção: ultraVioleta_s
Fotos: Paula Hemsi e Victor Iemini

INTERVENÇÃO
Concepção: ultraVioleta_s e Coletivo Bijari
Assessoria Criativa: Fernando Velázquez

Heather

Laís Marques e Paulo Marcello apresentam texto inédito do autor britânico Thomas Eccleshare. Foto: João Caldas

Uma reclusa autora de livros juvenis vira, do dia para a noite, um fenômeno de vendas. Os jovens leitores se identificam com a heroína Greta, o que é um combustível para outras obras lançadas com tesouros no mercado editorial. Mas o recolhimento da escritora pode esconder razões estranham ou obscuras.

A peça Heather, idealizada pela atriz Laís Marques junto a Cia Razões Inversas, com direção de Marco Aurélio, investe na pergunta: “o que interessa mais: o autor ou sua obra?”

Com texto do britânico Thomas Eccleshare Heather, envereda por um surpreendente jogo de aparências na arte que pode contrastar com fatos da vida cotidiana de uma escritora de sucesso. E questiona até que ponto é real a imagem do artista mitificado pelo público.

Serviço:
Heather, da Cia Razões Inversas
Quando: Quinta, sexta e sábado, às 20h30. Nos feriados (2 e 15/11), às 18h. Até 16 de novembro
Onde: Sesc Pinheiros (Rua Paes Leme, 195, Pinheiros)
Quanto: R$ 9 (credencial plena), R$ 15 (meia-entrada) e R$ 30
Duração: 80 minutos
Classificação indicativa: 12 anos
Informações: (11) 3095-9400

Ficha técnica:
Texto: Thomas Eccleshare
Encenação: Marcio Aurelio
Atuação: Laís Marques e Paulo Marcello
Direção de Arte e Trilha sonora: Marcio Aurelio
Figurino: Cia Razões Inversas
Preparação Corporal: Luciana Hoppe
Produção: Andréa Marques
Fotos: João Caldas
Idealização: Laís Marques

Os Sete Afluentes do Rio Ota

Os Sete Afluentes do Rio Ota: Marjorie Estiano e Caco Ciocler Foto: Michele Mifano/ Divulgação

Os Sete Afluentes do Rio Ota é um épico teatral que traça a jornada do soldado estadunidense Luke, que retorna a Hiroshima, em 1945, para fotografar os sobreviventes da guerra. Essas imagens provocam uma viagem no tempo, até chegar ao ano 2000. O espetáculo da diretora Monique Gardenberg fez um memorável sucesso há 15 anos. A encenadora aposta na atualidade da obra de Robert Lepage para tocar em pautas que ainda estão na ordem do dia, como a intolerância, homofobia, feminismo e posições totalitárias.

O espetáculo é composto por sete capítulos e articula histórias de várias épocas em diferentes partes do mundo faladas em cinco idiomas (português, inglês, francês, alemão e japonês), com legendas. O cenário, criado por Hélio Eichbauer, falecido em 2018, é um elemento fundamental à montagem: são três módulos que se deslocam, se transformam, e atravessam os últimos 50 anos do século 20. A peça possui 350 minutos de duração, com intervalo.

Serviço:
Os Sete Afluentes do Rio Ota
Quando: Quinta a domingo, às 18h, até 1 de dezembro. Na quarta-feira, 27 de novembro, haverá sessão às 18h
Onde: Sesc Pinheiros (Rua Paes Leme, 195, Pinheiros)
Quanto: R$ 15 (credencial plena), R$ 25 (meia-entrada) e R$ 50
Informações: (11) 3095-9400

Ficha técnica:
Texto: Robert Lepage
Direção e adaptação: Monique Gardenberg
Elenco: Bel Kowarick, Caco Ciocler, Chandelly Braz, Charly Braun, Giulia Gam, Helena Ignez, Jiddu Pinheiro, Johnny Massaro, Lorena da Silva, Madalena Bernardes, Marjorie Estiano, Sergio Maciel, Silvia Lourenço, Thierry Tremouroux
Cenário: Hélio Eichbauer
Figurino: Marcelo Pies
Iluminação: Maneco Quinderé
Trilha sonora: José Augusto Nogueira
Fotografias: André Gardenberg
Direção movimento: Marcia Rubim
Assistente de direção: Arlindo Hartz
Reconstituição cenografia: Luiz Henrique Sá e Carila Matzenbacher
Reconstituição figurino: Sabrina Leal
Produção executiva: Ciça Castro Neves
Direção de produção: Clarice Philigret
Assessoria Imprensa: Morente Forte Comunicações
Assessoria Jurídica: Olivieri Associados
Produção: Dueto

Res Publica 2023

Res Publica 2023. Foto: Karina Lumina / Divulgação

O mundo está tão estranho que uma ficção como Res Publica 2023, uma distopia sobre um futuro próximo no Brasil parece uma visada pela janela ou uma espiada na TV. Escrita e dirigida por Biagio Pecorelli, a peça projeta um Brasil de outro milagre econômico – não para todos, é claro; da valorização de milícias paramilitares conservadoras por meio do poder central e, lógico, a tentativa de banimento e perseguição de qualquer posição crítica. Alguma identificação com a barbárie do presente não é mera coincidência.

Um bando de jovens, que não se sente contemplado com a “prosperidade” do país, vive na pindaíba. Perseguidos justamente por buscarem a liberdade, eles coabitam numa república e trazem da rua entulhos que utilizam para enfrentamento e amparo. Enquanto buscam formas de sobreviver,  erguem manifestos performáticos e exibem números musicais.

Res Pública 2023 foi recentemente censurada pela Funarte, um indício de perseguição do governo da vez à cultura e às artes. A decisão da instituição foi baseada exclusivamente em uma sinopse, com uma explicação que dizia que “o espetáculo não reúne as qualidades artísticas para ocupar o espaço pretendido”.

Serviço: 
Res Pública 2023, d’A Motoserra Perfumada
Quando: De quinta a sábado, às 21h, e aos domingos, às 20h. Até 10 de novembro
Onde: Centro Cultural São Paulo )Rua Vergueiro, 1000, Paraíso)
Quanto: R$40 e R$20 (meia-entrada). Os ingressos são vendido pela internet no site Ingresso Rápido, e na bilheteria do teatro duas horas antes do início da peça
Duração: 100 minutos
Classificação indicativa: 16 anos
Capacidade: 100 pessoas

Ficha técnica:  
Texto e direção artística: Biagio Pecorelli
Elenco: Biagio Pecorelli, Bruno Caetano, Camila Rios, Edson Van Gogh, Jonnata
Doll e Leonarda Glück
Diretora de produção: Danielle Cabral
Desenho de luz: Cesar Pivetti
Assistente de iluminação e operador de luz: Rodrigo Pivetti.
Preparação Viewpoints: Guilherme Yazbek
Assistente de direção: Dugg Monteiro
Cenário e figurinos: Rafael Bicudo e Coko
Design de som/sonoplastia/trilha sonora: Dugg Monteiro
Produtoras de operações: Victória Martinez e Jessica Rodrigues
Arte de divulgação: Bruno Caetano
Fotos de divulgação: Priscila Prade
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Realização: A MOTOSSERRA PERFUMADA
Produção geral: DCARTE E CONTORNO

Tio Ivan

Montagem do Núcleo Teatro de Imersão está em cartaz na Oswald de Andrade. Foto: Hernani Rocha

O Tio Vania, do escritor russo Anton Tchekhov (1860-1904), menciona algumas questões que parecem que falam do Brasil contemporâneo: o imperativo de trabalhar para um patrão até o fim da vida, o descaso político com a carreira do professor e do pesquisador acadêmico, a destruição das florestas, as precárias condições da saúde pública. O texto escrito em 1897  assombra por sua atualidade.

No enredo, o administrador de fazenda Ivan, sua sobrinha Sônia e Miguel, o médico da família, têm suas vidas desestabilizadas pela chegada à propriedade do célebre professor Alexandre, agora aposentado, e de sua jovem e bela esposa Helena. Na adaptação da diretora e atriz Adriana Câmara, a fazenda russa cede lugar a uma região rural paulista no início da República Velha. Os espectadores percorrem diversos ambientes, como testemunhas invisíveis dos conflitos dos personagens que os rodeiam, sem separação entre palco e plateia.

Serviço:
Quando: Sábados, às 15h30 e às 18h, até 14 de dezembro
Onde: Oficina Cultural Oswald de Andrade (Rua Três Rios, 363, Bom Retiro)
Quanto: Gratuito. Os ingressos são distribuídos com uma hora de antecedência
Duração: 105 minutos
Classificação: 12 anos
Capacidade: 30 lugares
Informações: (11) 3222-2662

Ficha técnica:
Realização: Núcleo Teatro de Imersão
Direção: Adriana Câmara
Texto: Anton Tchekhov
Adaptação do texto, cenografia, figurino, produção executiva e de arte: Adriana Câmara
Elenco: Adriana Câmara, Áquila Mattos, Ariana Slivah, Glau Gurgel, Klever Ravanelli e Márcio Carneiro
Assistência de palco: Letícia Alves
Programação visual e assistência de cenografia: Hernani Rocha
Confecção do figurino: Ateliê Paz (Samantha Paz e Liduina Paz)
Produção: Menina dos Olhos do Brasil

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Agenda – Primeira semana de novembro

AGENDA SÃO PAULO

ESTREIA

As Mãos Sujas

Peça de Sartre escrita em 1943 reflete sobre a política atual. Foto: Yghor-Boy

O encenador José Fernando Peixoto de Azevedo utiliza recursos cinematográficos inspirados no filme Terra em Transe, de Glauber Rocha, para propor uma reflexão contemporânea sobre a política, o indivíduo e o coletivo, tendo por base a peça As Mãos Sujas, de Jean Paul Sartre (1905 – 1980). A montagem traça desdobramentos na linguagem de José Fernando e suas investigações que relaciona teatro e cinema.

A peça explora a história de um jovem intelectual que delibera a morte do líder de seu partido quando este propõe uma aliança com partidos conservadores.  A cena surfa em “deslizamentos temporais” e transita entre 1943 (marca em que Sartre situa a ação), o presente e dúvidas sobre um futuro próximo. A guerra ideológica que vivemos nos dias de hoje salta para o centro da cena questionando conceito de partido político, o sentido e as consequências das alianças com forças conservadoras. 

Serviço:
As Mãos Sujas
Quando: De 1º de novembro até 24 de novembro de 2019. Sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 18h. No dia 15/11, a sessão será às 18h
Onde: Sesc Ipiranga (Rua Bom Pastor, 822, Ipiranga)
Quanto: R$ 9 (credencial plena), R$ 15 (meia-entrada) e R$ 30
Duração: 180 minutos
Classificação indicativa: 14 anos

Ficha técnica:
Texto: Jean-Paul Sartre
Tradução: Homero Santiago
Atores: Gabriela Cerqueira, Georgina Castro, Paulo Balistrieri, Paulo Vinicius, Rodrigo Scarpelli, Thomas Huszar e Vinicius Meloni.
Câmera e edição: Yghor Boy
Direção musical: Guilherme Calzavara
Desenho de som e sonoplastia: Ivan Garro
Música em cena: Ivan Garro, Rodrigo Scarpelli e Thomas Huszar
Desenho de luz: Guilherme Bonfanti
Figurino: Marcelo Leão e José Fernando Peixoto de Azevedo
Consultoria para o trabalho de voz: Mônica Montenegro
Consultoria teórica: Franklin Leopoldo e Silva
Assistente de direção: Murilo Franco
Operador de luz: David Costa
Assessoria de imprensa: Canal Aberto
Produção: Corpo Rastreado
Direção e dispositivo de cena: José Fernando Peixoto de Azevedo

ESPECIAL

Sangoma

Sangoma, da Capulanas Cia de Arte Negra, faz sessão única no Sesc Interlagos

Sangoma é um convite a um universo místico cercado de histórias de dor, superação, amores verdadeiros e possibilidades de cura. Dentro das comunidades, Sangomas são as mulheres escolhidas espiritualmente por seus ancestrais para darem continuidade aos trabalhos de cura espiritual e física.

A peça é ambientada dentro de uma casa; os espectadores percorrem cada cômodo, encarando o depoimento das seis personagens que ali vivem. São vozes muitas vezes caladas, que despertaram do silêncio para brotar vida e relatar as enfermidades, consequências das suas relações com o mundo, com o outro, e os caminhos que percorreram para chegar à cura.

A construção dos personagens e das suas histórias de vida foram compiladas a partir de atividades de formação realizadas pelo grupo em 2012. Temas como saúde cultural, física e psíquica de mulheres negras foram fundamentais para o desenvolvimento dos textos, criados em parceria com a escritora Cidinha da Silva.

A peça integra a programação do último final de semana da mostra Dona Ruth: Festival de Teatro Negro de São Paulo que, desde o dia 19 de outubro, ocupou o Sesc Interlagos.

Serviço:
Sangoma, da Capulanas Cia de Arte Negra
Quando: sábado (2/11), às 16h
Onde: Sesc Interlagos (Avenida Manuel Alves Soares, 1100, Parque Colonial)
Quanto: Distribuição gratuita
Duração: 75 minutos
Classificação indicativa: 16 anos

Ficha técnica:
Elenco: Adriana Paixão, Carol Ewaci Rocha, Débora Marçal, Flávia Rosa, Priscila Obaci, Rosse de Oyá
Direção: Kleber Lourenço
Texto: Cidinha da Silva e Capulanas Cia da Arte Negra
Direção musical: Naruna Costa
Produção: Euler Alves e Renan Jordan
Designer e operação de luz: Clébio Ferreira (Dedê)
Operação de luz: Thiago Faustino
Cenário: Rodrigo Bueno
Figurino: Ligia Passos e Shirley Rosa

EM CARTAZ

Brian ou Brenda?

Brian ou Brenda? Foto: Heloisa Bortz

O caso ocorreu em meados de 1960, no Canadá. Na trama, os gêmeos Brian e Bruce são circuncidados por volta dos oito meses de idade, por orientação médica. Durante o procedimento, o pênis de Brian é acidentalmente cauterizado. O psiquiatra John Money – que defende a tese de que os bebês nasceriam neutros e teriam seu gênero definido pela criação – aconselha a operação de redesignação sexual. E os pais educam Brian como uma menina. A criança cresce infeliz naquele corpo; só depois de uma tentativa de suicídio, os pais contam a verdade, e Brenda vai em busca de sua real identidade.

A violência sofrida por David Reimer é um dos episódios mais polêmicos da psiquiatria mundial. Os conservadores usam o caso com escudo para argumentar que uma pessoa biologicamente nascida com o sexo masculino sempre se identificará como homem. Já os teóricos de gênero defendem que o sofrimento causado pela tentativa de impor uma identidade a David é idêntico ao que pessoas transgêneras passam na sociedade conservadora.

Com direção de Yara de Novaes e Carlos Gradim, a montagem propõe uma reflexão sobre gênero e o direito de escolhas e desejos de cada um e os limites dos tratamentos médicos e psiquiátricos.

Serviço:
Brian ou Brenda
Quando: sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 19h. Até 17/11
Onde: Viga Espaço Cênico, Rua Capote Valente, 1323 – Pinheiros – São Paulo
Quanto: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada)
Duração: 100 min
Classificação indicativa: 14 anos
Informações: (11) 3801-1843

Ficha técnica:
Texto: Franz Keppler
Direção: Yara de Novaes e Carlos Gradim
Assistência de direção: Ronaldo Jannotti
Elenco: Augusto Madeira, Daniel Tavares, Giovanni Venturini, Jimmy Wong, Kay Sara, Lavínia Pannunzio, Marcella Maia e Paulo Campos
Cenário: André Cortez
Figurino: Cassio Brasil
Iluminação: Aline Santini
Trilha sonora original: Dr. Morris
Preparação corporal: Ana Paula Lopez
Visagismo: Louise Helène
Direção de produção: Ronaldo Diaféria e Kiko Rieser
Produção executiva: Marcos Rinaldi
Assistente administrativa: Juliana Rampinelli
Fotografia: Heloísa Bortz
Design gráfico: Angela Ribeiro
Assessoria de imprensa: Pombo Correio (Douglas Picchetti e Helô Cintra)
Realização: Rieser Produções Artísticas, Diaferia Produções e Da Latta Cultura

Buraquinhos ou O vento é inimigo do picumã

Espetáculo conta a história de um garoto negro de 12 anos que sai para comprar pão. Foto: Alessandra Nohvais

A história não é nova, nem incomum: um garoto negro de 12 anos sai de casa, na periferia, para comprar pão. Tido como suspeito em frente à padaria, corre para não ser baleado pela polícia.Foto: Alessandra Nohvais

Buraquinhos ou O vento é inimigo do picumã carrega poesia e delicadeza para falar de um dos graves problemas brasileiros: a morte de jovens negros da periferia. O coletivo Carcaça de Poéticas Negras desenvolve uma pesquisa de linguagem sobre o corpo negro urbano e suas diásporas, o genocídio e o etnocentrismo.

Com uma narrativa em primeira pessoa, abraçada ao universo do realismo fantástico, o espetáculo apresenta um garoto negro de periferia – personagem nascido e criado em Guaianases, zona leste de São Paulo – que, no primeiro dia do ano, recebe um bacolejo de um policial quando chega à padaria.

Ciente do que acontece com gente preta e pobre diante dessas autoridades, o miúdo começa a correr e sai numa viagem sem rumo certo, passando por países da América Latina e da África, buscando sempre dispositivos de sobrevivência para continuar existindo.

A peça idealizada por Jhonny Salaberg foi contemplada com prêmio de montagem na Mostra CCSP de Pequenos Formatos Cênicos do ano passado.

Serviço:
Buraquinhos ou O vento é inimigo do picumã, do coletivo Carcaça de Poéticas Negras
Quando: Sexta (1/11) e sábado (2/11), às 20h, e domingo (3/11), às 19h [sessões com interpretação em Libras]
Onde: Itaú Cultural (Avenida Paulista, 149, Bela Vista)
Quanto: Gratuito. Distribuição de ingressos para público preferencial: uma hora antes do espetáculo, com direito a um acompanhante – ingressos liberados apenas na presença do preferencial e do acompanhante. Para público não preferencial: uma hora antes do espetáculo, sendo 1 ingresso por pessoa
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: 14 anos
Capacidade: 244 lugares

Ficha técnica:
Idealização, coordenação e dramaturgia: Jhonny Salaberg
Direção: Naruna Costa
Elenco: Ailton Barros, Clayton Nascimento e Jhonny Salaberg
Instrumentistas: Erica Navarro e Giovani Di Ganzá
Preparação corporal: Tarina Quelho
Direção musical: Giovani Di Ganzá
Cenografia e figurino: Eliseu Weide
Assistência de cenografia e figurino: Carolina Emídio
Criação de luz: Danielle Meireles
Operação de luz: Danielle Meireles e Thays do Valle
Artista gráfico: Murilo Thaveira
Fotos: Alessandra Nohvais e João Luiz Silva
Vídeos: Lucas Cândido e David Costa
Produção: Bia Fonseca e Iza Marie
Contrarregragem: Douglas Vendramini e Patrick Carvalho
Realização: Carcaça de Poéticas Negras

Enquanto Ela Dormia

Enquanto Ela Dormia. Fotos Mayra Azzi

A primeira versão de A Bela Adormecida, de 1648, é o disparador da peça, que investiga a violência contra a mulher e as relações de poder entre os gêneros. Enquanto Ela Dormia convoca a personagem Dora, uma professora de literatura, que presencia uma cena de abuso em um ônibus e sofre ao relembrar os traumas de infância.

O monólogo explora uma linha cronológica das dores do feminino, como, por exemplo, os pés de lótus das mulheres chinesas e a expulsão da deusa Lilith do Paraíso. A diretora Eliana Monteiro entende que “o espetáculo é um mergulho na geografia da dor das mulheres e uma provocação ao que está acontecendo na nossa sociedade”.

A montagem questiona os mecanismos usados para minimizar, esconder, disfarçar, apagar essas violências. Enquanto Ela Dormia percorre três eixos temáticos: o dos contos de fadas, que integram o imaginário universal do feminino; as histórias de amputações, para que a mulher coubesse na sociedade patriarcal; e as memórias de uma história de amor.

Contemplada na 9ª edição do Prêmio Zé Renato, a peça faz parte da programação do projeto Teatros em Movimento, que prevê a circulação de companhias teatrais, seus trabalhos e processos criativos pelas sedes de outros grupos, em diferentes bairros da capital paulista.

Serviço:
Enquanto Ela Dormia, do Teatro da Vertigem
Quando: Sextas e sábados, às 21h e domingos, às 19h. Até 24 de novembro
Onde: Sede do Teatro da Vertigem (Rua Treze de Maio, 240, 1º andar – Bela Vista)
Quanto: Ingressos gratuitos, distribuídos 1h antes das sessões
Duração: 70 min
Classificação indicativa: 16 anos
Capacidade: 50 lugares

Ficha técnica:
Diretora artística: Eliana Monteiro
Diretor técnico e light designer: Guilherme Bonfanti
Atriz: Lucienne Guedes
Dramaturgismo: Antonio Duran
Texto: Carol Pitzer
Operador de som: José Mario Tomé e Nayara Konno
Diretor de cena/contrarregra: Evaristo Moura
Operadora de vídeo: Aline Sayuri
Operador de luz: Patricia Amorim
Montador de luz: Diego Soares
Montador de vídeo: Rodrigo Silbat
Trilha sonora: Erico Theobaldo
Figurinista: Marichilene Artisevskis
Cenografia: Marisa Bentivegna
Produção geral: Marcelo Leão
Fotos: Mayra Azzi
Assessoria de Imprensa: Márcia Marques – Canal Aberto

Erêndira – A Incrível e Triste História de Cândida Erêndira e sua Avó Desalmada

Texto de García Márquez está em cartaz no Centro Cultural Fiesp. Foto: Leekyung Kim

A obra do Nobel colombiano Gabriel García Márquez, que foi publicada em 1972, narra a trajetória de uma menina de 14 anos, que após um incêndio que destrói a casa da família, passa a ser prostituída pela avó. A adaptação para o teatro é de Augusto Boal. Irene Papas defendeu o papel da desalmada e Claudia Ohana fez Erêndira no cinema, no filme de 1983, com direção de Ruy Guerra. A montagem teatral tem direção de Marco Antonio Rodrigues, dramaturgia de Claudia Barral e canções originais compostas por Chico César. Giovana Cordeiro faz seu début no teatro como Erêndira. Com Alessandra Siqueyra, Caio Silviano, Gustavo Haddad, Dagoberto Feliz, Dani Theller, Demian Pinto, Eric Nowinski, Jane Fernandes, Marco França, Maurício Destri e Rafael Faustino. O espetáculo abraça a estética e os recursos do realismo fantástico, seguindo os passos de Gabo.

Serviço:
Erêndira – A Incrível e Triste História de Cândida Erêndira e sua Avó Desalmada
Quando: Quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 19h. Até 08 de dezembro
Onde: Centro Cultural Fiesp – Teatro do SESI (Avenida Paulista 1313, Bela Vista)
Quanto: Grátis / Reserva de ingressos: Centroculturalfiesp.Com.Br
Duração: 120 minutos
Classificação indicativa: 14 anos

Ficha técnica:
Baseado no conto de Gabriel Garcia Márquez
Adaptação: Augusto Boal
Dramaturgia: Claudia Barral
Tradução: Cecília Boal
Direção: Marco Antonio Rodrigues
Elenco: Giovana Cordeiro, Maurício Destri, Chico Carvalho, Dagoberto Feliz, Gustavo Haddad, Marco França, Eric Nowinski, Alessandra Siqueyra, Caio Silviano, Dani Theller, Demian Pinto, Jane Fernandes e Rafael Faustino
Cenografia: Marcio Medina
Figurino: Cássio Brasil
Iluminação: Tulio Pezzoni
Músicas originais compostas: Chico Cesár
Preparadora corporal: Marcella Vincentini
Design gráfico: Zeca Rodrigues
Fotografia: Leekyung Kim
Assessoria de imprensa: Adriana Monteiro
Idealização: Instituto Boal
Assistentes de produção: Diogo Pasquim e Carol Vidotti
Produção executiva: Camila Bevilacqua
Direção de produção: Luís Henrique Luque Daltrozo
Produção: Daltrozo Produções
Realização: SESI São Paulo

Eu de Você

Denise Fraga narra histórias reais no seu novo espetáculo. Fotos: Leo Martins / Divulgação

Sartre pregava, ironicamente, que o inferno são outros. Sim, mas também espelho. A atriz Denise Fraga aposta nesse reflexo, nessa reverberação. A intérprete defende a urgência de ver o outro, olhar pelo olhar do outro.  Ela recebe sempre o público na porta do teatro para reforçar a cumplicidade, o laço de afeto. Denise Fraga gosta de gente e de contar suas histórias. Durante nove anos protagonizou um programa de televisão contando histórias reais: o Retrato Falado, na TV Globo.

No solo Eu de VocêFraga leva ao palco histórias do cotidiano de gente comum e a criatividade para encontrar solução para diversos problemas. O humor é uma ferramenta poderosa nessa montagem. Denise convocou o público a enviar suas histórias para esse projeto, anunciou nos jornais, nas redes sociais. De mais de 400 histórias foram selecionadas 33, costuradas dramaturgicamente com literatura, música, imagens e poesia. Estão em cena em ficção Paulo Leminski, Zezé di Camargo, Tchekhov, Beatles, Chico Buarque, Dostoiévski e Fernando Pessoa.

Serviço:
Eu de Você
Quando: sexta, às 20h, sábado, às 21h, e domingo, às 19h. Até 15 de dezembro
Onde: Teatro Vivo (Av. Dr. Chucri Zaidan, 2.460, Morumbi)
Quanto: De R$ 25 a R$ 70
Duração: 80 minutos
Classificação indicativa: 12 anos

Ficha técnica:
Idealização e criação: Denise Fraga, José Maria e Luiz Villaça
Com Denise Fraga
Direção: Luiz Villaça
Produção: José Maria
Obra inspirada livremente nas narrativas de Akio Alex Missaka, Anas Obaid, Barbara Heckler, Bruno Favaro Martins, Clarice F. Vasconcelos, Cristiane Aparecida dos Santos Ferreira, Deise de Assis, Denise Miranda , Eliana Cristina dos Santos, Enzo Rodrigues, Érico Medeiros Jacobina Aires, Fátima Jinnyat, Felipe Aquino, Fernanda Pittelkow, Francisco Thiago Cavalcanti, Gláucia Faria, José Luiz Tavares, Julio Hernandes, Karina Cárdenas, Liliana Patrícia Pataquiva Barriga, Luis Gustavo Rocha, Maira Paola de Salvo, Marcia Angela Faga, Marcia Yukie Ikemoto, Marlene Simões de Paula, Nanci Bonani, Nathália da Silva de Oliveira, Raquel Nogueira Paulino, Ruth Maria Ferreiro Botelho, Sonia Manski, Sylvie Mutiene Ngkang, Thereza Brown, Vinicius Gabriel Araújo Portela, Wagner Júnior
Dramaturgia: Cassia Conti, André Dib, Denise Fraga, Kênia Dias, Fernanda Maia, Geraldo Carneiro, Luiz Villaça e Rafael Gomes
Texto final: Rafael Gomes, Denise Fraga e Luiz Villaça
Direção de imagens em vídeo: André Dib
Direção de arte: Simone Mina
Direção musical: Fernanda Maia
Direção de movimento: Kenia Dias
Iluminação: Wagner Antônio
Assessoria de Imprensa SP: Morente Forte Comunicações
Projeto realizado através da Lei Federal de Incentivo à Cultura
Coprodução: Café Royal
Produção: NIA Teatro
Patrocínio: BB Seguros
Realização: Secretaria Especial da Cultura, Ministério da Cidadania e Governo Federal

Há Dias Que Não Morro

No elenco estão Aline Olmos, Laíza Dantas e Paula Hemsi. Foto: Paulo Hemsi 

A encenação visa ampliar o debate sobre os aprisionamentos contemporâneos e os corpos em paranoia. Os disparadores são as discussões sobre segurança e liberdade, projetadas na política atual. Três atrizes viram figuras-bonecas em um cubo-jardim, felizes com os dias ensolarados, com o canto dos pássaros e os desenhos das nuvens. Mas alguma coisa está fora da ordem nesse sistema inerte e cíclico, nessa rotina sem acidentes ou perigos. O que há para além desse jardim artificial?

Há Dias Que Não Morro é a segunda parte da Trilogia da Morte, que teve início em 2016 com a estreia de Adeus, Palhaços Mortos. A peça contou com uma pré-estreia em maio na Turquia, tem texto original de Paloma Franca Amorim e direção coletiva de Aline Olmos, José Roberto Jardim, Laíza Dantas e Paula Hemsi.

Serviço:
Há Dias Que Não Morro, da Academia de Palhaços & ultraVioleta_s
Quando: Sábados, às 21h, domingos, às 19h, e segundas, às 21h. Até 02/12
Onde: Galpão do Folias – Rua Ana Cintra, 213 – Campos Elíseos – São Paulo
Quanto: Gratuito
Duração: 50 minutos
Classificação indicativa: 12 anos
Capacidade: 99 lugares
Informações: (11) 3361-2223

Ficha técnica:
Idealização: Academia de Palhaços & ultraVioleta_s
Direção e concepção: Aline Olmos, José Roberto Jardim, Laíza Dantas e Paula Hemsi
Texto: Paloma Franca Amorim
Dramaturgia: Aline Olmos, Laíza Dantas, José Roberto Jardim, Paula Hemsi e Paloma Franca Amorim
Encenação: José Roberto Jardim
Elenco: Aline Olmos, Laíza Dantas e Paula Hemsi
Assistente de direção: Luna Venarusso
Cenografia: Bijari
Direção musical e trilha sonora original: Rafael Thomazini e Vinicius Scorza
Iluminação: Paula Hemsi
Figurino: Carolina Hovaguimiam
Modelista: Juliano Lopes
Visagismo: Leopoldo Pacheco
Cenotecnia: Leo Ceolin
Preparação corporal: Maristela Estrela
Design de sistema de operação sincronizado: Laíza Dantas
Operação de luz, vídeo e som: Murilo Gil e Vinicius Scorza
Técnico de som: Murilo Gil
Técnica de luz: Paula Hemsi
Técnica de vídeo: Laíza Dantas
Técnica de palco: Aline Olmos
Produção executiva: Tetembua Dandara
Direção de produção: ultraVioleta_s
Fotos: Paula Hemsi e Victor Iemini

INTERVENÇÃO
Concepção: ultraVioleta_s e Coletivo Bijari
Assessoria Criativa: Fernando Velázquez

Heather

Laís Marques e Paulo Marcello apresentam texto inédito do autor britânico Thomas Eccleshare. Foto: João Caldas

Uma reclusa autora de livros juvenis vira, do dia para a noite, um fenômeno de vendas. Os jovens leitores se identificam com a heroína Greta, o que é um combustível para outras obras lançadas com tesouros no mercado editorial. Mas o recolhimento da escritora pode esconder razões estranham ou obscuras.

A peça Heather, idealizada pela atriz Laís Marques junto a Cia Razões Inversas, com direção de Marco Aurélio, investe na pergunta: “o que interessa mais: o autor ou sua obra?”

Com texto do britânico Thomas Eccleshare Heather, envereda por um surpreendente jogo de aparências na arte que pode contrastar com fatos da vida cotidiana de uma escritora de sucesso. E questiona até que ponto é real a imagem do artista mitificado pelo público.

Serviço:
Heather, da Cia Razões Inversas
Quando: Quinta, sexta e sábado, às 20h30. Nos feriados (2 e 15/11), às 18h. Até 16 de novembro
Onde: Sesc Pinheiros (Rua Paes Leme, 195, Pinheiros)
Quanto: R$ 9 (credencial plena), R$ 15 (meia-entrada) e R$ 30
Duração: 80 minutos
Classificação indicativa: 12 anos
Informações: (11) 3095-9400

Ficha técnica:
Texto: Thomas Eccleshare
Encenação: Marcio Aurelio
Atuação: Laís Marques e Paulo Marcello
Direção de Arte e Trilha sonora: Marcio Aurelio
Figurino: Cia Razões Inversas
Preparação Corporal: Luciana Hoppe
Produção: Andréa Marques
Fotos: João Caldas
Idealização: Laís Marques

Os Sete Afluentes do Rio Ota

Os Sete Afluentes do Rio Ota: Marjorie Estiano e Caco Ciocler Foto: Michele Mifano/ Divulgação

Os Sete Afluentes do Rio Ota é um épico teatral que traça a jornada do soldado estadunidense Luke, que retorna a Hiroshima, em 1945, para fotografar os sobreviventes da guerra. Essas imagens provocam uma viagem no tempo, até chegar ao ano 2000. O espetáculo da diretora Monique Gardenberg fez um memorável sucesso há 15 anos. A encenadora aposta na atualidade da obra de Robert Lepage para tocar em pautas que ainda estão na ordem do dia, como a intolerância, homofobia, feminismo e posições totalitárias.

O espetáculo é composto por sete capítulos e articula histórias de várias épocas em diferentes partes do mundo faladas em cinco idiomas (português, inglês, francês, alemão e japonês), com legendas. O cenário, criado por Hélio Eichbauer, falecido em 2018, é um elemento fundamental à montagem: são três módulos que se deslocam, se transformam, e atravessam os últimos 50 anos do século 20. A peça possui 350 minutos de duração, com intervalo.

Serviço:
Os Sete Afluentes do Rio Ota
Quando: Quinta a domingo, às 18h, até 1 de dezembro. Na quarta-feira, 27 de novembro, haverá sessão às 18h
Onde: Sesc Pinheiros (Rua Paes Leme, 195, Pinheiros)
Quanto: R$ 15 (credencial plena), R$ 25 (meia-entrada) e R$ 50
Informações: (11) 3095-9400

Ficha técnica:
Texto: Robert Lepage
Direção e adaptação: Monique Gardenberg
Elenco: Bel Kowarick, Caco Ciocler, Chandelly Braz, Charly Braun, Giulia Gam, Helena Ignez, Jiddu Pinheiro, Johnny Massaro, Lorena da Silva, Madalena Bernardes, Marjorie Estiano, Sergio Maciel, Silvia Lourenço, Thierry Tremouroux
Cenário: Hélio Eichbauer
Figurino: Marcelo Pies
Iluminação: Maneco Quinderé
Trilha sonora: José Augusto Nogueira
Fotografias: André Gardenberg
Direção movimento: Marcia Rubim
Assistente de direção: Arlindo Hartz
Reconstituição cenografia: Luiz Henrique Sá e Carila Matzenbacher
Reconstituição figurino: Sabrina Leal
Produção executiva: Ciça Castro Neves
Direção de produção: Clarice Philigret
Assessoria Imprensa: Morente Forte Comunicações
Assessoria Jurídica: Olivieri Associados
Produção: Dueto

Res Publica 2023

Res Publica 2023. Foto: Priscila Prade

O mundo está tão estranho que uma ficção como Res Publica 2023, uma distopia sobre um futuro próximo no Brasil parece uma visada pela janela ou uma espiada na TV. Escrita e dirigida por Biagio Pecorelli, a peça projeta um Brasil de outro milagre econômico – não para todos, é claro; da valorização de milícias paramilitares conservadoras por meio do poder central e, lógico, a tentativa de banimento e perseguição de qualquer posição crítica. Alguma identificação com a barbárie do presente não é mera coincidência.

Um bando de jovens, que não se sente contemplado com a “prosperidade” do país, vive na pindaíba. Perseguidos justamente por buscarem a liberdade, eles coabitam numa república e trazem da rua entulhos que utilizam para enfrentamento e amparo. Enquanto buscam formas de sobreviver,  erguem manifestos performáticos e exibem números musicais.

Res Pública 2023 foi recentemente censurada pela Funarte, um indício de perseguição do governo da vez à cultura e às artes. A decisão da instituição foi baseada exclusivamente em uma sinopse, com uma explicação que dizia que “o espetáculo não reúne as qualidades artísticas para ocupar o espaço pretendido”.

Serviço: 
Res Pública 2023, d’A Motoserra Perfumada
Quando: De quinta a sábado, às 21h, e aos domingos, às 20h. Até 10 de novembro
Onde: Centro Cultural São Paulo )Rua Vergueiro, 1000, Paraíso)
Quanto: R$40 e R$20 (meia-entrada). Os ingressos são vendido pela internet no site Ingresso Rápido, e na bilheteria do teatro duas horas antes do início da peça
Duração: 100 minutos
Classificação indicativa: 16 anos
Capacidade: 100 pessoas

Ficha técnica:  
Texto e direção artística: Biagio Pecorelli
Elenco: Biagio Pecorelli, Bruno Caetano, Camila Rios, Edson Van Gogh, Jonnata
Doll e Leonarda Glück
Diretora de produção: Danielle Cabral
Desenho de luz: Cesar Pivetti
Assistente de iluminação e operador de luz: Rodrigo Pivetti.
Preparação Viewpoints: Guilherme Yazbek
Assistente de direção: Dugg Monteiro
Cenário e figurinos: Rafael Bicudo e Coko
Design de som/sonoplastia/trilha sonora: Dugg Monteiro
Produtoras de operações: Victória Martinez e Jessica Rodrigues
Arte de divulgação: Bruno Caetano
Fotos de divulgação: Priscila Prade
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Realização: A MOTOSSERRA PERFUMADA
Produção geral: DCARTE E CONTORNO

Tio Ivan

Montagem do Núcleo Teatro de Imersão está em cartaz na Oswald de Andrade. Foto: Hernani Rocha

O Tio Vania, do escritor russo Anton Tchekhov (1860-1904), menciona algumas questões que parecem que falam do Brasil contemporâneo: o imperativo de trabalhar para um patrão até o fim da vida, o descaso político com a carreira do professor e do pesquisador acadêmico, a destruição das florestas, as precárias condições da saúde pública. O texto escrito em 1897  assombra por sua atualidade.

No enredo, o administrador de fazenda Ivan, sua sobrinha Sônia e Miguel, o médico da família, têm suas vidas desestabilizadas pela chegada à propriedade do célebre professor Alexandre, agora aposentado, e de sua jovem e bela esposa Helena. Na adaptação da diretora e atriz Adriana Câmara, a fazenda russa cede lugar a uma região rural paulista no início da República Velha. Os espectadores percorrem diversos ambientes, como testemunhas invisíveis dos conflitos dos personagens que os rodeiam, sem separação entre palco e plateia.

Serviço:
Quando: Sábados, às 15h30 e às 18h, até 14 de dezembro
Onde: Oficina Cultural Oswald de Andrade (Rua Três Rios, 363, Bom Retiro)
Quanto: Gratuito. Os ingressos são distribuídos com uma hora de antecedência
Duração: 105 minutos
Classificação: 12 anos
Capacidade: 30 lugares
Informações: (11) 3222-2662

Ficha técnica:
Realização: Núcleo Teatro de Imersão
Direção: Adriana Câmara
Texto: Anton Tchekhov
Adaptação do texto, cenografia, figurino, produção executiva e de arte: Adriana Câmara
Elenco: Adriana Câmara, Áquila Mattos, Ariana Slivah, Glau Gurgel, Klever Ravanelli e Márcio Carneiro
Assistência de palco: Letícia Alves
Programação visual e assistência de cenografia: Hernani Rocha
Confecção do figurino: Ateliê Paz (Samantha Paz e Liduina Paz)
Produção: Menina dos Olhos do Brasil

 

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Agenda de Outubro – primeira semana

AGENDA SÃO PAULO

ESPECIAL

Ocupação Arena Conta AI-5

A peça AI-5, uma Reconstituição Cênica traça paralelos com o momento atual. Fotos: Felipe Sales / Divulgação

Temporada de peça, leituras dramáticas, bate-papos e oficinas estão na agenda a Ocupação Arena Conta AI-5, que põe em discussão o período histórico da ditadura civil-militar no Brasil e suas sequelas sentidas pelos cidadãos na atual conjuntura reacionária-conservadora. A programação, organizada pelos artistas do Coletivo Ato de Resistência, ocorre desde o dia 1º de outubro nos espaços do Teatro de Arena Eugênio Kusnet e da Cia. do Feijão. São muitas atividades gratuitas ou de contribuição livre que seguem até o dia 29 de outubro. “Todas as ações criam pontes políticas de reflexão entre o passado e o que acontece em nossos dias, pois acreditamos que a arte e a discussão sobre a arte são bases para uma sociedade mais justa e democrática”, defende Paulo Maeda, um dos curadores da programação e diretor do espetáculo AI-5, uma reconstituição cênica.

Os questionamentos atuais da sociedade e censuras cada vez mais dissimuladas estão na pauta do programa que promove todas às sextas o Arena Aberta, um espaço democrático e poético de manifestações artísticas aberto com prioridade para grupos e artistas periféricxs convidadxs.

A peça AI-5, uma Reconstituição Cênica foi construída em 2016, pós-golpe da presidenta Dilma Roussef, a partir da leitura da ata original e da escuta dos áudios da reunião do dia 13 de dezembro de 1968. Nos documentos constam registro da reunião de leitura e aprovação do então presidente Costa e Silva com seus ministros do projeto do Ato Institucional número 5. A partir da ata e dos áudios dessa reunião 21 artistas reproduzem e se valem de licenças poéticas para criar uma ponte com o momento político atual.

Desde então, o espetáculo atualiza em sua dramaturgia a normatização da violência e dos discursos fascistas, preconceituosos, misóginos que surgem semanalmente na cobertura jornalística do cenário político brasileiro. “Do desgoverno Michel Temer e do atual presidente “democraticamente eleito” Jair Bolsonaro a peça ganha mais importância e uma urgência maior de que a história deve ser lembrada e de que paralelos devem ser feitos para reflexão e crítica entre artistas e espectadores”, alerta o diretor Paulo Maeda.

Espetáculo AI-5: Uma Reconstituição Cênica
Quando: 05/10 – Sábado, 20h30; 06/10 – Domingo, 19h: seguido de conversa, 20h30, com Adriano Diogo, Amelinha Teles e Rosalina Santa Cruz
Onde: Teatro de Arena – Eugênio Kusnet (Rua Teodoro Baima, 98, República)
Capacidade: 99 lugares
Entrada: Ingresso Consciente
Classificação: 14 anos
Duração: 100 minutos

Direção: Paulo Maeda
Assistência de Direção: Letícia Negretti e Rodolfo Morais
Elenco: André Castelani, Michel Galiotto, Felipe Lima, Thales Alves, Renato Mendes, Danilo Minharro, Lucas Scandura, Lui Seixas, Gero Santana, Dover Buzoni, Eluane Fagundes, Rafael Augusto, Renan Alves, Felipe Tercetto, Rafael Castro, Mario Panza, Rodolfo Morais, Thiago Marques, Paulo Gircys, Luiz Campos, Silvia Souza, Ricardo Socalschi, Fernando Pernambuco, Dover Buzoni, Renato Mendes, Mario Panza, Thales Alves, Plínio Flima, Rafael Augusto, Renan Alves, Felipe Tercetto, Ramon Gustaff, Rodolfo Morais, Thiago Marques, Roberto Mello, Grasielli Gontijo

08/10 – Terça-feira
Extensão Arena Conta AI-5 – Cia. do Feijão
Ciclo de Leituras Dramáticas – A Política em Cena
A ação se passa em 1955, numa ilha, dentro de um apartamento cujas paredes estão permanentemente quentes. A peça – que por vezes entra em clima de fantasia – mostra um contexto sócio-político premonitório aos acontecimentos que culminariam no Golpe de 1964.

20h: Um Elefante no Caos(Millôr Fernandes)
Direção: Lucas Scandura
Elenco: Ana Pereira, Gero Santana, Michele Rodrigues, Pedro Stempniewski, Ricardo Socalschi e Rodolfo Morais
Duração: 120 minutos
Classificação: 12 anos
Entrada Franca

09/10 – Quarta-feira
19h: Debate-papo: Formas de Produção, Formas de (R)Existência – Quem somos? O que produzimos?
com Rodrigo Mercadante, Vera Lamy, Caio Marinho, Luiz Carlos Moreira
Entrada Franca
Onde: Cia. do Feijão (Rua Teodoro Baima, 68, República)
Capacidade: 70 lugares

ESTREIA

Especial Koffi Kwahulé: Jazz e Big Shoot

Dois textos do dramaturgo franco-marfinense Koffi Kwahulé, Jaz e Big Shoot (imagem abaixo) Foto: Ligia Jardim

 

O projeto concebido por Janaína Suaudeau e Sofia Boito leva à cena dois textos do dramaturgo franco-marfinense Koffi Kwahulé, autor de mais de 30 obras traduzido para 15 línguas. É a primeira vez que duas peças suas, Jaz e Big Shoot, são montadas no Brasil.

Jaz narra a violência que uma mulher sofreu num banheiro público. Sofia Boito divide o palco com o videomaker Flavio Barollo e a cantora Ligiana Costa, que injetam outras camadas de tensão dramática. Com um forte apelo ao ritmo jazzístico no discurso, a peça discute a violência em um modelo de sociedade que historicamente subjuga a mulher. O cenário faz alusão a um canteiro de obras, remetendo a um lugar precário, que pode ser onde Jaz mora ou um banheiro público onde ela foi estuprada. É o espaço do trauma.

Big Shoot põe o público na condição da plateia de uma sessão de tortura promovida pelo algoz autodenominado Senhor (Daniel Costa) e sua vítima Stan (Daniel Infantini). Passagens bíblicas sobre os irmãos Caim e Abel são citadas durante a peça. O cenário é formado por uma arena quadrada, com duas cadeiras metálicas do tipo utilizadas nas salas de interrogatórios dos EUA. Janaína Suaudeau que além da tradução, também assina direção da obra, destaca o perigo da espetacularização da violência: “Uma reflexão indigesta que a peça propõe é de que o carrasco só existe devido à presença de um público que aplaude matanças”.

FICHAS TÉCNICAS
ESPECIAL KOFFI KWAHULÉ
Concepção: Janaína Suaudeau e Sofia Boito
Dramaturgia: Koffi Kwahulé
Registro em vídeo e teaser: Diogo de Nazaré
Fotografia: Lígia Jardim
Design: Guto Yamamoto
Assessoria de imprensa: Márcia Marques – Canal Aberto
Produção: Mariana Novais e Larissa Maine – Ventania Cultural
Apoio: Institut Français du Brésil, Consulado Geral da França em São Paulo
Agradecimentos: Aliança Francesa de São Paulo e Cité Internationale des Arts.

Jaz
Concepção geral e atuação: Sofia Boito
Tradução: Sofia Boito e Mariana Camargo
Direção: Joana Dória
Composição e performance musical: Ligiana Costa
Vídeo / Operação de vídeo: Flavio Barollo
Coach corporal: Flávia Pinheiro
Cenografia: Flávio Barollo, Joana Dória e Sofia Boito
Figurino: Erika Grizendi
Iluminação: Lucas Pradino e Sofia Boito
Operação de luz: Lucas Pradino
Operação de som: Don Lino
Estagiárias de cenografia e contrarregragem: Ana Suzano, Clara Boucher e Fernanda Marinho.
Produção: Mariana Novais e Larissa Maine – Ventania Cultural

Big Shoot
Direção geral: Janaína Suaudeau
Tradução: Janaína Suaudeau
Colaboração na tradução: Rafael Morpanini
Elenco: Daniel Costa, Daniel Infantini
Músicos: Conrado Goys e Pedro Gongom
Direção musical: Conrado Goys
Trilha sonora: Conrado Goys e Pedro Gongom
Assistente de direção: Victor Abrahão
Cenografia: Ulisses Cohn
Iluminação: Sofia Boito
Figurino: Daniel Infantini
Operação de som: Don Lino
Operação de luz: Priscila Carla
Produção: Mariana Novais e Larissa Maine – Ventania Cultural

SERVIÇO
Jaz
Quando: De 4 a 20 de outubro de 2019. Sextas e sábados, 21h30. Domingos e feriados, 18h30
Onde: Sesc Belenzinho (Sala de Espetáculos I – 60 lugares)
Duração: 60 minutos
Não recomendado para menores de 18 anos
Ingresso: R$ 9,00 (credencial plena do Sesc – trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc e dependentes) | R$ 15 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor de escola pública com comprovante) | R$ 30,00 (inteira).
Ingressos disponíveis pelo portal Sesc SP (www.sescsp.org.br) a partir de 24/9, às 12h, e nas bilheterias das unidades do Sesc a partir de 25/9, às 17h30.

Big Shoot
Quando: De 25 de outubro a 10 de novembro de 2019. Sextas e sábados, 21h30. Domingos e feriados, 18h30.
Onde: Sesc Belenzinho (Sala de Espetáculos I- 60 lugares) Rua Padre Adelino, 1000.
Duração: 90 minutos
Não recomendado para menores de 18 anos
Ingresso: R$ 9,00 (credencial plena do Sesc – trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc e dependentes) | R$ 15 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor de escola pública com comprovante) | R$ 30,00 (inteira).
Ingressos disponíveis pelo portal Sesc SP (www.sescsp.org.br) a partir de 15/10, às 12h, e nas bilheterias das unidades do Sesc a partir de 16/10, às 17h30.

Há Dias Que Não Morro

No elenco estão Aline Olmos, Laíza Dantas e Paula Hemsi. Foto: Paulo Hemsi

A encenação visa ampliar o debate sobre os aprisionamentos contemporâneos e os corpos em paranoia. Os disparadores são as discussões sobre segurança e liberdade, projetadas na política atual. Três atrizes viram figuras-bonecas em um cubo-jardim, felizes com os dias ensolarados, com o canto dos pássaros e os desenhos das nuvens. Mas alguma coisa está fora da ordem nesse sistema inerte e cíclico, nessa rotina sem acidentes ou perigos. O que há para além desse jardim artificial?

Há Dias Que Não Morro é a segunda parte da Trilogia da Morte, que teve início em 2016 com a estreia de Adeus, Palhaços Mortos. A peça contou com uma pré-estreia em maio na Turquia, tem texto original de Paloma Franca Amorim e direção coletiva de Aline Olmos, José Roberto Jardim, Laíza Dantas e Paula Hemsi.

Serviço:
Há Dias Que Não Morro
da Academia de Palhaços & ultraVioleta_s
Quando: De 3 a 27 de outubro. Quinta a sábado, às 21h30, e aos domingos, às 18h30
Onde: Sesc Pompeia/Espaço Cênico (Rua Clélia, 93, Água Branca)
Ingressos: R$30 (inteira), R$15 (meia-entrada) e R$9 (credencial plena)
Duração: 50 minutos
Classificação indicativa: 12 anos
Capacidade: 50 lugares
Informações: (11)3871-7700

Ficha técnica:
Idealização: Academia de Palhaços & ultraVioleta_s
Direção e concepção: Aline Olmos, José Roberto Jardim, Laíza Dantas e Paula Hemsi
Texto: Paloma Franca Amorim
Dramaturgia: Aline Olmos, Laíza Dantas, José Roberto Jardim, Paula Hemsi e Paloma Franca Amorim
Encenação: José Roberto Jardim
Elenco: Aline Olmos, Laíza Dantas e Paula Hemsi
Assistente de direção: Luna Venarusso
Cenografia: Bijari
Direção musical e trilha sonora original: Rafael Thomazini e Vinicius Scorza
Iluminação: Paula Hemsi
Figurino: Carolina Hovaguimiam
Modelista: Juliano Lopes
Visagismo: Leopoldo Pacheco
Cenotecnia: Leo Ceolin
Preparação corporal: Maristela Estrela
Design de sistema de operação sincronizado: Laíza Dantas
Operação de luz, vídeo e som: Murilo Gil e Vinicius Scorza
Técnico de som: Murilo Gil
Técnica de luz: Paula Hemsi
Técnica de vídeo: Laíza Dantas
Técnica de palco: Aline Olmos
Produção executiva: Tetembua Dandara
Direção de produção: ultraVioleta_s
Fotos: Paula Hemsi e Victor Iemini

INTERVENÇÃO
Concepção: ultraVioleta_s e Coletivo Bijari
Assessoria Criativa: Fernando Velázquez

Refúgio

Refúgio, com texto e direção de Alexandre Dal Farra, Foto: Otávio Dantas

Várias pessoas começam a desaparecer sem um motivo aparente e isso muda o cotidiano de uma pacata cidade. Uma mulher e seu marido veem parentes, amigos e desconhecidos sumirem do mapa, sem se saber se por vontade própria ou forçados. As pessoas passam a viver um misto de melancolia, desassossego, insegurança, com o sentimento de não pertencerem a nada. A realidade é indefinida e os acontecimentos nebulosos.

A linguagem lacunar das personagens não se deve às suas características psicológicas, mas sim a uma indefinição objetiva da própria realidade. Nada do que é dito ou executado faz sentido. Em busca de respostas para o desmoronamento de suas vidas, eles acabam voltando, sem mais nem menos, sem entender aonde e como foram parar lá. A trama da peça flerta com o ambiente do thriller, por um lado, e, por outro, com o teatro do pós-guerra europeu.

Serviço:
Refúgio
Quando: De 3 a 6 de outubro. De quinta a sábado, às 21h; e no domingo, às 20h
Onde: Itaú Cultural
Quanto: Entrada gratuita
Reserva online: A partir de 25 de setembro
Para o dia 3 de outubro (quinta-feira): www.eventbrite.com.br/e/refugio-tickets-74029872341
Para o dia 4 de outubro (sexta-feira): www.eventbrite.com.br/e/refugio-tickets-74036821125
Para o dia 5 de outubro (sábado): www.eventbrite.com.br/e/refugio-tickets-74037055827
Para o dia 6 de outubro (domingo): www.eventbrite.com.br/e/refugio-tickets-74040951479
Apresentar o comprovante da reserva (impresso ou no celular) a partir de três horas antes do início do espetáculo. Os ingressos digitais só valem até dez minutos antes do início do espetáculo. Depois disso, os lugares serão liberados
Duração: 80 minutos
Classificação indicativa: 14 anos

Ficha técnica:
Texto e direção: Alexandre Dal Farra
Atores: Fabiana Gugli, Marat Descartes, André Capuano, Carla Zanini e Clayton Mariano
Cenário e luz: Marisa Bentivegna
Direção musical: Miguel Caldas
Operação de som: Tomé de Souza
Produção: Alexandre Dal Farra e Maria Fernanda Coelho

EM CARTAZ

A Cobradora

A Cobradora tem dramaturgia de Claudia Barral. Foto: Christiane Forcinito

Faz 12 anos que a Trupe Zózima realiza suas investidas e pesquisas cênicas a bordo de um ônibus que circula por São Paulo. No espetáculo A Cobradora, o coletivo teatral adota o palco italiano para tratar da personagem Maria das Dores, que prefere ser chamada de Dolores. Com dramaturgia de Claudia Barral e direção de Anderson Maurício, a atriz Maria Alencar leva ao palco histórias de Marias reais, trançadas umas às outras, permeadas pela violência, por mortes, pela sobrevivência diária em busca do sustento e de dignidade.

Serviço:
A Cobradora
Trupe Zózima
Quando: Sextas, às 20h, e sábados, às 18h. Até 19 de outubro
Onde: Sesc Vila Mariana (Rua Pelotas, 141, Vila Mariana)  
Quanto: R$ 6 (credencial plena), R$ 10 (meia-entrada), R$ 20 (inteira) 
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: 16 anos

Ficha técnica
Atriz criadora: Maria Alencar
Encenação: Anderson Maurício
Dramaturgia: Cláudia Barral
Vídeo mapping: Leonardo Souzza e Otávio Rodrigues
Preparação corporal e movimento: Natalia Yuki
Preparação vocal: Marilene Grama
Trilha sonora original: Rodrigo Florentino
Iluminação: Tomate Saraiva e Otávio Rodrigues
Operadora de luz: Fernanda Cordeiro
Operadora de som: Wayra Arendartchuk Castro
Cenografia: Anderson Maurício e Nathalia Campos
Adereços cenográficos: Nathalia Campos
Construtor Cênico: Alício Silva
Figurino: Tatiana Nunes
Conteúdo de vídeo: Leonardo Souzza
Orientação de vídeo mapping: Ana Beraldo e Ihon Yadoya
Produção geral: Tatiane Lustoza
Assistente de produção: Amanda Azevedo e Jonathan Araújo
Fotografia: Leonardo Souzza
Assessoria de imprensa: Canal Aberto

Brian ou Brenda?

Brian ou Brenda?, de Franz Keppler, discute identidades a partir do polêmico caso real de David Reimer. Foto: Heloisa Bortz

O caso ocorreu em meados de 1960, no Canadá. Na trama, os gêmeos Brian e Bruce são circuncidados por volta dos oito meses de idade, por orientação médica. Durante o procedimento, o pênis de Brian é acidentalmente cauterizado. O psiquiatra John Money – que defende a tese de que os bebês nasceriam neutros e teriam seu gênero definido pela criação – aconselha a operação de redesignação sexual. E os pais educam Brian como uma menina. A criança cresce infeliz naquele corpo; só depois de uma tentativa de suicídio, os pais contam a verdade, e Brenda vai em busca de sua real identidade.

A violência sofrida por David Reimer é um dos episódios mais polêmicos da psiquiatria mundial. Os conservadores usam o caso com escudo para argumentar que uma pessoa biologicamente nascida com o sexo masculino sempre se identificará como homem. Já os teóricos de gênero defendem que o sofrimento causado pela tentativa de impor uma identidade a David é idêntico ao que pessoas transgêneras passam na sociedade conservadora.

Com direção de Yara de Novaes e Carlos Gradim, a montagem propõe uma reflexão sobre gênero e o direito de escolhas e desejos de cada um e os limites dos tratamentos médicos e psiquiátricos.

Serviço:
Brian ou Brenda
Quando: sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 20h. Até 20 de outubro
Onde: Centro Cultural São Paulo (CCSP) / Sala Jardel Filho (Rua Vergueiro, 1000, Paraíso)
Quanto: ingressos gratuitos, distribuídos uma hora antes de cada sessão
Classificação indicativa: 14 anos
Duração: 100 min

Ficha técnica:
Texto: Franz Keppler
Direção: Yara de Novaes e Carlos Gradim
Assistência de direção: Ronaldo Jannotti
Elenco: Augusto Madeira, Daniel Tavares, Giovanni Venturini, Jimmy Wong, Kay Sara, Lavínia Pannunzio, Marcella Maia e Paulo Campos
Cenário: André Cortez
Figurino: Cassio Brasil
Iluminação: Aline Santini
Trilha sonora original: Dr. Morris
Preparação corporal: Ana Paula Lopez
Visagismo: Louise Helène
Direção de produção: Ronaldo Diaféria e Kiko Rieser
Produção executiva: Marcos Rinaldi
Assistente administrativa: Juliana Rampinelli
Fotografia: Heloísa Bortz
Design gráfico: Angela Ribeiro
Assessoria de imprensa: Pombo Correio (Douglas Picchetti e Helô Cintra)
Realização: Rieser Produções Artísticas, Diaferia Produções e Da Latta Cultura

Chão de Pequenos

Concepção e atuação de Felipe Soares e Ramon Brant. Foto Lucas Brito

O espetáculo Chão de Pequenos, da Companhia Negra de Teatro, é, antes de tudo, sobre amizade. A camaradagem entre dois jovens negros abandonados pela família e o grito da necessidade de ser visto num mundo de visão anestesiada.

Lucas Silva e Pedro Henrique, entre a infância e a adolescência, são marcados pela orfandade. Dos orfanatos às ruas das grandes cidades, a fábula dos garotos mostra a importância da empatia, do diálogo e do afeto nos dias de hoje, numa sociedade marcada pela intolerância e pelo preconceito.

A dramaturgia é baseada em histórias reais colhidas em pesquisas e entrevistas da equipe com várias famílias e pessoas relacionadas com o tema da adoção. Em Chão de Pequenos destaca-se a colaboração da escritora Ana Maria Gonçalves – autora do premiado romance Um Defeito de Cor – que tem textos utilizados na peça.

Serviço:
Chão de Pequenos
da Companhia Negra de Teatro (Belo Horizonte, MG)
Quando: Quinta a sábado, às 20h30. Até 12 de outubro. Nos dias 21 de setembro e 12 de outubro, sábados, as sessões serão às 18h
Onde: Sesc Pinheiros / Auditório 3º andar (Rua Paes Leme, 195, Pinheiros)
Quanto: R$ 25 (inteira), R$ 12,50 (meia-entrada) e R$ 7,50 (credencial plena)
Duração: 55 minutos
Classificação indicativa: 12 anos
Informações: (11) 3095-9400

Ficha técnica:
Concepção e atuação: Felipe Soares e Ramon Brant
Direção: Tiago Gambogi e Zé Walter Albinati
Dramaturgia: Coletiva
Textos: Ana Maria Gonçalves, Felipe Soares e Ramon Brant
Provocação dramatúrgica: Grace Passô
Direção de movimento e preparação corporal: Tiago Gambogi
Iluminação: Cristiano Diniz
Operação de luz: Cristiano Diniz / Thiago Rosado
Trilha sonora original: GA Barulhista
Operação de som: Sammer Iêgo Lemos
Figurino: Bárbara Toffanetto
Cenografia: José Soares da Cunha e Zé Walter Albinati
Cenotecnia: José Soares da Cunha
Direção de produção: Gabrielle Araújo
Projeto gráfico: Estúdio Lampejo e Ramon Brant
Fotografia: Lucas Brito
Escrita poética do processo: Bremmer Guimarães
Assessoria de imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques
Realização: Companhia Negra de Teatro
Produção: Caboclas Produções

Chernobyl

Chernobyl está em cartaz às segundas e terças-feiras. Foto: Guy Pichard

O espetáculo leva ao palco as lembranças de 30 anos do maior acidente nuclear da história, quando a usina número quatro explodiu em Chernobyl. A notícia correu o mundo daquele fatídico 26 de abril de 1986, de uma explosão que havia destruído o reator nuclear da usina de Chernobyl, próxima à cidade de Pripyat, na Ucrânia. Após o desastre, a região foi esvaziada e a população nunca mais voltou, abandonando seus bens materiais e suas histórias. O texto foi escrito em 2017 pela dramaturga francesa Florence Valéro, nascida no mesmo ano do acidente nuclear. A boneca Antonia, protagonista-narradora conta o que vê com seus olhos de vidro cor esmeralda. Com direção de Bruno Perillo, Carolina Haddad, Joana Dória, Manuela Afonso e Nicole Cordery revezam-se entre nove personagens, que têm suas rotinas brutalmente alteradas.

Serviço:
Chernobyl
Quando: segundas e terças, às 20h. Até 22 de outubro
Onde: Sesc Consolação – Espaço Beta/3º andar ( Rua Dr. Vila Nova, 245, Vila Buarque)
Quanto: R$ 6 (credencial plena), R$ 10 (meia-entrada) e R$ 20 (inteira)
Duração: 95 minutos
Classificação: 14 anos

Ficha técnica:
Dramaturgia: Florence Valéro (com excertos do livro Vozes de Chernobyl, de Svetlana Aleksiévitch inseridos por elenco e direção)
Tradução: Carolina Haddad
Direção: Bruno Perillo
Elenco: Carolina Haddad, Joana Dória, Manuela Afonso e Nicole Cordery
Trilha sonora e operação de som: Pedro Semeghini
Iluminação e vídeo: Grissel Pinguillem
Cenário e figurinos: Chris Aizner
Preparação corporal: Marina Caron
Visagismo: Cristina Cavalcanti
Operação de luz: Michelle Bezerra
Contrarregra: Júlia Temer
Assistente de produção: Marcelo Leão
Estagiária de direção: Madu Arakaki
Fotos de Chernobyl: Duca Mendes e Carol Thomé
Fotos do espetáculo: Guy Pichard e Felipe Cohen
Produção: Anayan Moretto

Dona Ivone Lara – Um sorriso negro

Aspectos da vida pessoal da sambista, como a formação em Serviço Social, o casamento, a maternidade e o racismo que enfrentou ao longo da vida se sobressaem na trama. Foto: Divulgação

A força da mulher negra no Brasil é ressaltada no musical, carregado de críticas sociais e políticas. Dona Ivone Lara (1922-2018) foi a primeira mulher a integrar a ala de compositores de uma escola de samba e abriu muito caminhos. A autora de Acreditar e Sonho Meu é retratada em três momentos da vida, aos 12, 26 e 80 anos.

Serviço:
Dona Ivone Lara – Um sorriso negro
Quando: Quinta a sábado, às 20h, domingo, às 17h. Até 20 de outubro
Onde: Teatro Sérgio Cardoso (Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista)
Quanto: R$ 40 a R$ 150 (ingressos pelo site http://ingressorapido.com.br)

Ficha técnica:
Idealização e direção geral: Jô Santana
Dramaturgia e direção artística: Elisio Lopes Jr.
Direção musical: Rildo Hora
Codireção musical: Jarbas Bittencourt
Direção coreográfica: José Carlos Arandiba Zebrinha
Direção assistente/residente: Ricardo Gamba
Assistente de coreografia: Arismar Santos
Elenco: André Muato, Belize Pombal, Beto Mettig, Bruno Quixote, Di Ribeiro, Diogo Lopes Filho, Felipe Adetokumbo, Felipe Gomes Moreira, Fernanda Cascardo, Fernanda Jacob, Fernanda Ventura, Heloisa Jorge , Flavia Souza, Francisco Salgado, Guilherme Silva, Jeff Pereira, Larissa Noel, Larissa Carneiro, Nara Couto, Pedro Caetano, Rafa Leal, Sylvia Nazareth, Udilê Procópio
Cenografia: Paula de Paoli
Figurino: Carol Lobato
Desenho de Luz: Valmyr Ferreira
Pesquisa: Nilcemar Nogueira

Enquanto Ela Dormia

O espetáculo Enquanto Ela Dormia, do Teatro da Vertigem, volta em temporada gratuita. Foto Mayra Azzi

A primeira versão de A Bela Adormecida, de 1648, é o disparador da peça, que investiga a violência contra a mulher e as relações de poder entre os gêneros. Enquanto Ela Dormia convoca a personagem Dora, uma professora de literatura, que presencia uma cena de abuso em um ônibus e sofre ao relembrar os traumas de infância.

O monólogo explora uma linha cronológica das dores do feminino, como, por exemplo, os pés de lótus das mulheres chinesas e a expulsão da deusa Lilith do Paraíso. A diretora Eliana Monteiro entende que “o espetáculo é um mergulho na geografia da dor das mulheres e uma provocação ao que está acontecendo na nossa sociedade”.

A montagem questiona os mecanismos usados para minimizar, esconder, disfarçar, apagar essas violências. Enquanto Ela Dormia percorre três eixos temáticos: o dos contos de fadas, que integram o imaginário universal do feminino; as histórias de amputações, para que a mulher coubesse na sociedade patriarcal; e as memórias de uma história de amor.

Contemplada na 9ª edição do Prêmio Zé Renato, a peça faz parte da programação do projeto Teatros em Movimento, que prevê a circulação de companhias teatrais, seus trabalhos e processos criativos pelas sedes de outros grupos, em diferentes bairros da capital paulista.

Serviço:
Enquanto Ela Dormia
do Teatro da Vertigem
Quando: De 27 de setembro a 24 de novembro (Obs: o final de semana entre 18 e 20 de outubro não haverá apresentações). Sextas e sábados, às 21h e domingos, às 19h
Onde: Sede do Teatro da Vertigem (Rua Treze de Maio, 240, 1º andar – Bela Vista)
Quanto: Ingressos gratuitos, distribuídos 1h antes das sessões
Duração: 70 min
Classificação indicativa: 16 anos
Capacidade: 50 lugares

Ficha técnica:
Diretora artística: Eliana Monteiro
Diretor técnico e light designer: Guilherme Bonfanti
Atriz: Lucienne Guedes
Dramaturgismo: Antonio Duran
Texto: Carol Pitzer
Operador de som: José Mario Tomé e Nayara Konno
Diretor de cena/contrarregra: Evaristo Moura
Operadora de vídeo: Aline Sayuri
Operador de luz: Patricia Amorim
Montador de luz: Diego Soares
Montador de vídeo: Rodrigo Silbat
Trilha sonora: Erico Theobaldo
Figurinista: Marichilene Artisevskis
Cenografia: Marisa Bentivegna
Produção geral: Marcelo Leão
Fotos: Mayra Azzi
Assessoria de Imprensa: Márcia Marques – Canal Aberto

Erêndira – A Incrível e Triste História de Cândida Erêndira e sua Avó Desalmada

Treze atores contam a trajetória de Erêndira, do deserto habitado pelo ‘vento da sua desgraça’ até os ‘entardeceres de nunca acabar’. Foto: Leekyung Kim

A obra do Nobel colombiano Gabriel García Márquez, que foi publicada em 1972, narra a trajetória de uma menina de 14 anos, que após um incêndio que destrói a casa da família, passa a ser prostituída pela avó. A adaptação para o teatro é de Augusto Boal. Irene Papas defendeu o papel da desalmada e Claudia Ohana fez Erêndira no cinema, no filme de 1983, com direção de Ruy Guerra. A montagem teatral tem direção de Marco Antonio Rodrigues, dramaturgia de Claudia Barral e canções originais compostas por Chico César. Giovana Cordeiro faz seu début no teatro como Erêndira. Com Alessandra Siqueyra, Caio Silviano, Gustavo Haddad, Dagoberto Feliz, Dani Theller, Demian Pinto, Eric Nowinski, Jane Fernandes, Marco França, Maurício Destri e Rafael Faustino. O espetáculo abraça a estética e os recursos do realismo fantástico, seguindo os passos de Gabo.

Serviço:
Erêndira – A Incrível e Triste História de Cândida Erêndira e sua Avó Desalmada
Quando: Quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 19h. Até 08 de dezembro 
Onde: Centro Cultural Fiesp – Teatro do SESI (Avenida Paulista 1313, Bela Vista)
Quanto: Grátis / Reserva de ingressos: Centroculturalfiesp.Com.Br
Duração: 120 minutos
Classificação indicativa: 14 anos

Ficha técnica:
Baseado no conto de Gabriel Garcia Márquez  
Adaptação: Augusto Boal 
Dramaturgia: Claudia Barral 
Tradução: Cecília Boal 
Direção: Marco Antonio Rodrigues 
Elenco: Giovana Cordeiro, Maurício Destri, Chico Carvalho, Dagoberto Feliz, Gustavo Haddad, Marco França, Eric Nowinski, Alessandra Siqueyra, Caio Silviano, Dani Theller, Demian Pinto, Jane Fernandes e Rafael Faustino 
Cenografia: Marcio Medina  
Figurino: Cássio Brasil 
Iluminação: Tulio Pezzoni 
Músicas originais compostas: Chico Cesár 
Preparadora corporal: Marcella Vincentini 
Design gráfico: Zeca Rodrigues 
Fotografia: Leekyung Kim 
Assessoria de imprensa: Adriana Monteiro 
Idealização: Instituto Boal 
Assistentes de produção: Diogo Pasquim e Carol Vidotti  
Produção executiva: Camila Bevilacqua 
Direção de produção: Luís Henrique Luque Daltrozo 
Produção: Daltrozo Produções 
Realização: SESI São Paulo

Eu de Você

Denise Fraga narra histórias reais no seu novo espetáculo. Fotos: Leo Martins / Divulgação

Sartre pregava, ironicamente, que o inferno são outros. Sim, mas também espelho. A atriz Denise Fraga aposta nesse reflexo, nessa reverberação. A intérprete defende a urgência de ver o outro, olhar pelo olhar do outro.  Ela recebe sempre o público na porta do teatro para reforçar a cumplicidade, o laço de afeto. Denise Fraga gosta de gente e de contar suas histórias. Durante nove anos protagonizou um programa de televisão contando histórias reais: o Retrato Falado, na TV Globo.

No solo Eu de Você, Fraga leva ao palco histórias do cotidiano de gente comum e a criatividade para encontrar solução para diversos problemas. O humor é uma ferramenta poderosa nessa montagem. Denise convocou o público a enviar suas histórias para esse projeto, anunciou nos jornais, nas redes sociais. De mais de 400 histórias foram selecionadas 33, costuradas dramaturgicamente com literatura, música, imagens e poesia. Estão em cena em ficção Paulo Leminski, Zezé di Camargo, Tchekhov, Beatles, Chico Buarque, Dostoiévski e Fernando Pessoa.

Serviço:
Eu de Você
Quando: sexta, às 20h, sábado, às 21h, e domingo, às 19h. Até 15 de dezembro
Onde: Teatro Vivo (Av. Dr. Chucri Zaidan, 2.460, Morumbi)
Quanto: De R$ 25 a R$ 70
Duração: 80 minutos
Classificação indicativa: 12 anos

Ficha técnica:
Idealização e criação: Denise Fraga, José Maria e Luiz Villaça
Com Denise Fraga
Direção: Luiz Villaça
Produção: José Maria
Obra inspirada livremente nas narrativas de Akio Alex Missaka, Anas Obaid, Barbara Heckler, Bruno Favaro Martins, Clarice F. Vasconcelos, Cristiane Aparecida dos Santos Ferreira, Deise de Assis, Denise Miranda , Eliana Cristina dos Santos, Enzo Rodrigues, Érico Medeiros Jacobina Aires, Fátima Jinnyat, Felipe Aquino, Fernanda Pittelkow, Francisco Thiago Cavalcanti, Gláucia Faria, José Luiz Tavares, Julio Hernandes, Karina Cárdenas, Liliana Patrícia Pataquiva Barriga, Luis Gustavo Rocha, Maira Paola de Salvo, Marcia Angela Faga, Marcia Yukie Ikemoto, Marlene Simões de Paula, Nanci Bonani, Nathália da Silva de Oliveira, Raquel Nogueira Paulino, Ruth Maria Ferreiro Botelho, Sonia Manski, Sylvie Mutiene Ngkang, Thereza Brown, Vinicius Gabriel Araújo Portela, Wagner Júnior
Dramaturgia: Cassia Conti, André Dib, Denise Fraga, Kênia Dias, Fernanda Maia, Geraldo Carneiro, Luiz Villaça e Rafael Gomes
Texto final: Rafael Gomes, Denise Fraga e Luiz Villaça
Direção de imagens em vídeo: André Dib
Direção de arte: Simone Mina
Direção musical: Fernanda Maia
Direção de movimento: Kenia Dias
Iluminação: Wagner Antônio
Assessoria de Imprensa SP: Morente Forte Comunicações
Projeto realizado através da Lei Federal de Incentivo à Cultura
Coprodução: Café Royal
Produção: NIA Teatro
Patrocínio: BB Seguros
Realização: Secretaria Especial da Cultura, Ministério da Cidadania e Governo Federal

Lela & Cia

Inspirado em fatos reais, Lela & Cia, da dramaturga britânica Cordelia Lynn tem montagem brasileira dirigida por Alvise Camozzi, 

Uma personagem que quer desesperadamente contar sua história. Mas Lela é constantemente interrompida por vozes masculinas. Lela & Cia é um grito, em primeiro plano, sobre o que é ser mulher; mas também é a comprovação de que, mais do que falar, é preciso ser ouvida. Segundo o diretor diretor Alvise Camozzi, a verdadeira história da Lela acontece num país que não tem nome, numa época de conflitos. “No mundo da Lela os conflitos são a alma dos negócios, e os negócios, no mundo da Lela definem tudo, até a livre circulação dos homens. Já as mulheres, no mundo da Lela, não podem escolher, decidir livremente por si só, decidir o que fazer quando adultas, crescer, se tornar independentes, aliás essa palavra: independente, no mundo da Lela não existe. Tudo depende de alguma coisa, que depende dos negócios, que dependem dos conflitos, que dependem dos homens que escolhem as mulheres”.

Há um trecho na peça de Cordelia Lynn que diz: “A vida tem uma maneira engraçada de te dar sorte. Agora eu sei o bastante para pensar em termos de boa sorte ou má sorte, ou fazer exatamente o oposto e não pensar em termos de sorte mas sim, das coisas que te acontecem”.

Serviço:
Lela & Cia
Quando: Sextas, sábados e segundas, às 21h; domingos, às 18h. Até 14 de outubro
Onde: SP Escola de Teatro, unidade Roosevelt (Praça Roosevelt, 210, Consolação)
Quanto: R$40 (inteira), R$20 (meia-entrada) e R$10 (classe artística e aprendizes)
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: 14 anos
Capacidade: 60 lugares
Informações: (11) 3775-8600

Ficha técnica
Texto: Cordelia Lynn
Direção: Alvise Camozzi
Tradução: Malu Bierrenbach
Elenco: Malu Bierrenbach e Conrado Caputo
Direção de produção: ;Alexandre Brazil
Iluminação: Mirella Brandi
Trilha sonora: Dan Maia
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Assistência de produção e administração temporada: Vanda Dantas
Produção cultural: Joana Pegorari
Idealização:Malu Bierrenbach

Neste Mundo Louco, Nesta Noite Brilhante

Yara de Novaes e Deborah Falabela. Foto: Sérgio Silva

Quando o público adentra o teatro Anchieta já se depara com Yara de Novaes, Debora Falabella e mais quatro musicistas em coreografias de aquecimento com varas de bambu, exercícios de luta oriental, movimentos criados por Ana Paula Lopez. Sinal de que é preciso coragem para seguir, para viver e lutar. Em Neste Mundo Louco, Nesta Noite Brilhante, dirigido pelo encenador Gabriel Fontes Paiva, o Km 23, de uma estrada qualquer, é o local de embate e de empatia. Lá, uma garota delira após ter sido violentada por um grupo de homens. O lugar abandonado fica perto de um aeroporto e outras meninas também já foram violentadas

O texto de Silvia Gomez, autora de O Céu Cinco Minutos Antes da TempestadeO Amor e Outros Estranhos RumoresMarte, Você Está Aí? e Mantenha Fora do Alcance do Bebê, é inspirado numa tragédia sucedida no Piauí, em 2015, quando quatro garotas foram estupradas e arremessadas em um abismo.

As personagens encontram-se em situações-limite: L, personagem de Falabella, estuprada nas cenas iniciais, e a Vigia do pedaço, interpretada por Novaes, enveredam por uma linguagem não realista para tratar desse tema duro e delicado. A Vigia também dá pitacos na direção, iluminação, pede canções para a banda  boliviana Las Majas, que toca a trilha composta por Lucas Santtana dialogando com as personagens. 

Serviço:
Neste Mundo Louco, Nesta Noite Brilhante
Com Grupo 3 de Teatro
Quando: Sexta e sábado, às 21h, e domingos, às 18h. Até 6 de outubro
Onde: Teatro Anchieta, Sesc Consolação (Rua Dr. Vila Nova, 245)
Quanto: R$ 20 (inteira) e R$10 (credencial plena e meia-entrada) 
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: 16 anos

Ficha Técnica:
Elenco: Débora Falabella e Yara de Novaes
Texto: Silvia Gomez
Direção: Gabriel Fontes Paiva
Banda Las Majas: Mayarí Romero, Lucia Dalence, Lucia Camacho e Isis Alvarado, além do diretor Marvin Montes
Cenografia: André Cortez
Vídeo cenário: Luiz Duva
Figurino: Fabio Namatame
Iluminação: Gabriel Fontes Paiva e André Prado
Trilha sonora original: Lucas Santtana e Fábio Pinczowisk
Assistência de direção: André Prado e Ana Paula Lopez
Assistente de cenário e produção de objetos: Carol Bucek
Assistente de figurinos: Juliano Lopez
Preparadora vocal: Ana Luiza
Preparadora e direção de movimento: Ana Paula Lopez
Oficinas: Dione Carlos
Workshops: Maria Thais
Direção de palco: Diego Dac
Operação de luz e vídeo: André Prado
Operação de som: Thiago Rocha
Design de som: André Omote
Cenotécnicos: Alexandre da Luz Alves e Murilo Alves
Assistência de produção: Cadu Cardoso e Letícia Gonzalez
Assistente administrativo: Rogério Prudêncio
Assessoria de imprensa: Pombo Correio e Sesc
Identidade gráfica: Patrícia Cividanes
Fotos de material gráfico e divulgação: Fábio Audi
Gestão de projeto: Luana Gorayeb
Direção de produção: Jessica Rodrigues e Victória Martinez
Produção: Contorno Produções e Fontes Realizações
Grupo 3 de Teatro:Débora Falabella, Gabriel Fontes Paiva e Yara de Novaes
Realização: Sesc SP, 9º Prêmio Zé Renato e Secretaria da Cultura

Quarto 19

Com atuação de Amanda Lyra, Quarto 19 conta a história de uma mulher que se vê despersonalizada pelo casamento, pela maternidade e pela fragmentação de sua identidade feminina. Foto: Cris Lyra

Inspirado no conto No Quarto Dezenove (To Room Nineteen), da escritora britânica Doris Lessing (1919-2013), a trama aborda com simplicidade e força alguns dos temas mais persistentes de Lessing, como o cabo de força entre o desejo humano e os imperativos do amor, da traição e da ideologia, as tensões entre o doméstico e a liberdade, a responsabilidade e a independência.

“É doloroso perceber a universalidade e atemporalidade desse texto. Perceber que estamos nos debatendo com as mesmas questões tantos anos depois, com o movimento feminista já em sua quarta onda”, contata a atriz Amanda Lyra.

A personagem do conto está consciente de que é prisioneira de alguma coisa maior e, em seu discernimento embotado, passa a acreditar que está doente. O quarto 19, aqui, é mais do que um espaço físico. Ele é uma metáfora de libertação. A direção é de Leonardo Moreira, dramaturgo e diretor da Companhia Hiato, de São Paulo.

Serviço:
Quarto 19
Quando: Sextas-feiras, às 21h. Até 18 de outubro
Onde: Teatro Eva Herz – Av. Paulista, 2073 – Cerqueira César, São Paulo – SP, 01311-940
Quanto: R$50 (inteira) e R$25 (meia-entrada)
Duração: 75 minutos
Classificação indicativa: 16 anos
Capacidade do teatro: 168 lugares
Informações: (11) 3170-4059

Ficha técnica:
Idealização, tradução e atuação: Amanda Lyra
Direção: Leonardo Moreira
Cenário e iluminação: Marisa Bentivegna
Figurino: Amanda Lyra
Criação de som: Miguel Caldas
Preparação corporal: Tarina Quelho
Assistente de cenário: Amanda Vieira
Cenotécnico: César Rezende
Fotos: Cris Lyra
Direção de produção: Aura Cunha

Villa

A memória coletiva da Ditadura Militar no Chile é tema de Villa, de Guillermo Calderón. Fotos: Leekyung Kim

Em torno de uma mesa, três mulheres (interpretadas por Flávia Strongolli, Rita Pisano e Angela Ribeiro) avaliam diferentes propostas sobre o que fazer com a Villa Grimaldi, um dos mais famosos centros de tortura e extermínio na ditadura do chileno Augusto Pinochet (1915-2006). O dramaturgo Guillermo Calderón, baseado em fatos históricos,
elabora ficcionalmente o embate das três arquitetas escaladas para decidir sobre o destino de uma área semidestruída em Santiago (Chile), que ficou conhecida como Villa Grimaldi.

Reconstruir? Erguer um museu ultramoderno? Ou deixar como está, nivelando o terreno e plantando grama de ponta a ponta? Como explicar o horror do passado sem cair em uma produção de parque temático ou na fria reprodução de um museu de arte contemporânea? Entre debates objetivos, o diálogo traz à tona o trauma coletivo enfrentado pelo povo chileno e suas sequelas.

Serviço:
Villa
Quando:Sextas e sábados, às 21h; e domingos, às 19h. Até 6 de outubro
Onde:Teatro Arthur Azevedo / Sala Multiuso (Av. Paes de Barros, 955 – Mooca)
Quanto:R$30 (inteira) e R$15 (meia-entrada)
Duração:60 minutos
Classificação indicativa:livre
Capacidade:40 lugares
Informações:(11) 2604-5558

Ficha técnica:
Texto: Guillermo Calderón
Tradução: Maria Soledad Más Gandini
Historiadora: Sonia Brandão
Direção: Diego Moschkovich
Assistente de direção: Diego Chillio
Elenco: Flávia Strongolli, Rita Pisano e Angela Ribeiro
Iluminação e vídeo: Amanda Amaral
Trilha sonora: LP Daniel
Figurino: Diogo Costa
Cenografia: Flora Belotti
Maquete: Guilherme Tanaka – goma oficina plataforma criativa?
Animação 3D: Caio Mamede
Designer gráfico: Angela Ribeiro
Fotos: Leekyung Kim
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Produção: Bia Fonseca e Iza Marie Micele

Vozes

Cia Coexistir de Teatro apresenta Vozes em sua sede, no Paraíso. Foto: Reprodução do Facebook

Desde 2009 o grupo investe no estudo de mitos gregos. Em Vozes, sete atores enveredam por histórias s trágicas traçando um diálogo entre a representação arquetípica desses mitos, a dramaturgia pessoal do ator, e reflexões de temas contemporâneos. O elenco aponta para desejos reprimidos que compromete a vida. Na peça, Cassandra pleiteia seu lugar de fala e Fedra quer amar e ser amada.

Vozes
Cia Coexistir de Teatro
Dramaturgia e Direção: Patrícia Teixeira
Classificação 14 anos
Duração: 70 minutos.
Onde: Casa das Artes Coexistir – Rua Alcino Braga, 178 – Paraíso.
Quando: Sábado 20h e Domingo 19h (De 28 de Setembro a 10 de Novembro)
Ingressos: 50,00 / 25,00 (meia entrada para estudantes, idosos, professores da Rede Pública de ensino e atores (apresentar comprovante na entrada.)
Venda online pelo site Sympla ou no local da peça com abertura da bilheteria 1h antes do espetáculo (pagto em cartão ou dinheiro).
Limitação de 20 pessoas por sessão.

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Agenda de Setembro – quarta semana

AGENDA SÃO PAULO

ESTREIA

Brian ou Brenda?

Brian ou Brenda?, de Franz Keppler, discute identidades a partir do polêmico caso real de David Reimer. Foto: Heloisa Bortz

O caso ocorreu em meados de 1960, no Canadá. Na trama, os gêmeos Brian e Bruce são circuncidados por volta dos oito meses de idade, por orientação médica. Durante o procedimento, o pênis de Brian é acidentalmente cauterizado. O psiquiatra John Money – que defende a tese de que os bebês nasceriam neutros e teriam seu gênero definido pela criação – aconselha a operação de redesignação sexual. E os pais educam Brian como uma menina. A criança cresce infeliz naquele corpo; só depois de uma tentativa de suicídio, os pais contam a verdade, e Brenda vai em busca de sua real identidade.

A violência sofrida por David Reimer é um dos episódios mais polêmicos da psiquiatria mundial. Os conservadores usam o caso com escudo para argumentar que uma pessoa biologicamente nascida com o sexo masculino sempre se identificará como homem. Já os teóricos de gênero defendem que o sofrimento causado pela tentativa de impor uma identidade a David é idêntico ao que pessoas transgêneras passam na sociedade conservadora.

Com direção de Yara de Novaes e Carlos Gradim, a montagem propõe uma reflexão sobre gênero e o direito de escolhas e desejos de cada um e os limites dos tratamentos médicos e psiquiátricos.

Serviço:
Brian ou Brenda
Quando: sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 20h. Até 20 de outubro
Onde: Centro Cultural São Paulo (CCSP) / Sala Jardel Filho (Rua Vergueiro, 1000, Paraíso)
Quanto: ingressos gratuitos, distribuídos uma hora antes de cada sessão
Classificação indicativa: 14 anos
Duração: 100 min

Ficha técnica:
Texto: Franz Keppler
Direção: Yara de Novaes e Carlos Gradim
Assistência de direção: Ronaldo Jannotti
Elenco: Augusto Madeira, Daniel Tavares, Giovanni Venturini, Jimmy Wong, Kay Sara, Lavínia Pannunzio, Marcella Maia e Paulo Campos
Cenário: André Cortez
Figurino: Cassio Brasil
Iluminação: Aline Santini
Trilha sonora original: Dr. Morris
Preparação corporal: Ana Paula Lopez
Visagismo: Louise Helène
Direção de produção: Ronaldo Diaféria e Kiko Rieser
Produção executiva: Marcos Rinaldi
Assistente administrativa: Juliana Rampinelli
Fotografia: Heloísa Bortz
Design gráfico: Angela Ribeiro
Assessoria de imprensa: Pombo Correio (Douglas Picchetti e Helô Cintra)
Realização: Rieser Produções Artísticas, Diaferia Produções e Da Latta Cultura

Enquanto Ela Dormia

O espetáculo Enquanto Ela Dormia, do Teatro da Vertigem, volta em temporada gratuita. Foto Mayra Azzi

A primeira versão de A Bela Adormecida, de 1648, é o disparador da peça, que investiga a violência contra a mulher e as relações de poder entre os gêneros. Enquanto Ela Dormia convoca a personagem Dora, uma professora de literatura, que presencia uma cena de abuso em um ônibus e sofre ao relembrar os traumas de infância.

O monólogo explora uma linha cronológica das dores do feminino, como, por exemplo, os pés de lótus das mulheres chinesas e a expulsão da deusa Lilith do Paraíso. A diretora Eliana Monteiro entende que “o espetáculo é um mergulho na geografia da dor das mulheres e uma provocação ao que está acontecendo na nossa sociedade”.

A montagem questiona os mecanismos usados para minimizar, esconder, disfarçar, apagar essas violências. Enquanto Ela Dormia percorre três eixos temáticos: o dos contos de fadas, que integram o imaginário universal do feminino; as histórias de amputações, para que a mulher coubesse na sociedade patriarcal; e as memórias de uma história de amor.

Contemplada na 9ª edição do Prêmio Zé Renato, a peça faz parte da programação do projeto Teatros em Movimento, que prevê a circulação de companhias teatrais, seus trabalhos e processos criativos pelas sedes de outros grupos, em diferentes bairros da capital paulista.

Serviço:
Enquanto Ela Dormia
do Teatro da Vertigem
Quando: De 27 de setembro a 24 de novembro (Obs: o final de semana entre 18 e 20 de outubro não haverá apresentações). Sextas e sábados, às 21h e domingos, às 19h
Onde: Sede do Teatro da Vertigem (Rua Treze de Maio, 240, 1º andar – Bela Vista)
Quanto: Ingressos gratuitos, distribuídos 1h antes das sessões
Duração: 70 min
Classificação indicativa: 16 anos
Capacidade: 50 lugares

Ficha técnica:
Diretora artística: Eliana Monteiro
Diretor técnico e light designer: Guilherme Bonfanti
Atriz: Lucienne Guedes
Dramaturgismo: Antonio Duran
Texto: Carol Pitzer
Operador de som: José Mario Tomé e Nayara Konno
Diretor de cena/contrarregra: Evaristo Moura
Operadora de vídeo: Aline Sayuri
Operador de luz: Patricia Amorim
Montador de luz: Diego Soares
Montador de vídeo: Rodrigo Silbat
Trilha sonora: Erico Theobaldo
Figurinista: Marichilene Artisevskis
Cenografia: Marisa Bentivegna
Produção geral: Marcelo Leão
Fotos: Mayra Azzi
Assessoria de Imprensa: Márcia Marques – Canal Aberto

Há Dias Que Não Morro

No elenco estão Aline Olmos, Laíza Dantas e Paula Hemsi. Foto: Paulo Hemsi

A encenação visa ampliar o debate sobre os aprisionamentos contemporâneos e os corpos em paranoia. Os disparadores são as discussões sobre segurança e liberdade, projetadas na política atual. Três atrizes viram figuras-bonecas em um cubo-jardim, felizes com os dias ensolarados, com o canto dos pássaros e os desenhos das nuvens. Mas alguma coisa está fora da ordem nesse sistema inerte e cíclico, nessa rotina sem acidentes ou perigos. O que há para além desse jardim artificial?

Há Dias Que Não Morro é a segunda parte da Trilogia da Morte, que teve início em 2016 com a estreia de Adeus, Palhaços Mortos. A peça contou com uma pré-estreia em maio na Turquia, tem texto original de Paloma Franca Amorim e direção coletiva de Aline Olmos, José Roberto Jardim, Laíza Dantas e Paula Hemsi.

Serviço:
Há Dias Que Não Morro
da Academia de Palhaços & ultraVioleta_s
Quando: De 3 a 27 de outubro. Quinta a sábado, às 21h30, e aos domingos, às 18h30
Onde: Sesc Pompeia/Espaço Cênico (Rua Clélia, 93, Água Branca)
Ingressos: R$30 (inteira), R$15 (meia-entrada) e R$9 (credencial plena)
Duração: 50 minutos
Classificação indicativa: 12 anos
Capacidade: 50 lugares
Informações: (11)3871-7700

Ficha técnica:
Idealização: Academia de Palhaços & ultraVioleta_s
Direção e concepção: Aline Olmos, José Roberto Jardim, Laíza Dantas e Paula Hemsi
Texto: Paloma Franca Amorim
Dramaturgia: Aline Olmos, Laíza Dantas, José Roberto Jardim, Paula Hemsi e Paloma Franca Amorim
Encenação: José Roberto Jardim
Elenco: Aline Olmos, Laíza Dantas e Paula Hemsi
Assistente de direção: Luna Venarusso
Cenografia: Bijari
Direção musical e trilha sonora original: Rafael Thomazini e Vinicius Scorza
Iluminação: Paula Hemsi
Figurino: Carolina Hovaguimiam
Modelista: Juliano Lopes
Visagismo: Leopoldo Pacheco
Cenotecnia: Leo Ceolin
Preparação corporal: Maristela Estrela
Design de sistema de operação sincronizado: Laíza Dantas
Operação de luz, vídeo e som: Murilo Gil e Vinicius Scorza
Técnico de som: Murilo Gil
Técnica de luz: Paula Hemsi
Técnica de vídeo: Laíza Dantas
Técnica de palco: Aline Olmos
Produção executiva: Tetembua Dandara
Direção de produção: ultraVioleta_s
Fotos: Paula Hemsi e Victor Iemini

INTERVENÇÃO
Concepção: ultraVioleta_s e Coletivo Bijari
Assessoria Criativa: Fernando Velázquez

Refúgio

Refúgio, com texto e direção de Alexandre Dal Farra, Foto: Otávio Dantas

Várias pessoas começam a desaparecer sem um motivo aparente e isso muda o cotidiano de uma pacata cidade. Uma mulher e seu marido veem parentes, amigos e desconhecidos sumirem do mapa, sem se saber se por vontade própria ou forçados. As pessoas passam a viver um misto de melancolia, desassossego, insegurança, com o sentimento de não pertencerem a nada. A realidade é indefinida e os acontecimentos nebulosos.

A linguagem lacunar das personagens não se deve às suas características psicológicas, mas sim a uma indefinição objetiva da própria realidade. Nada do que é dito ou executado faz sentido. Em busca de respostas para o desmoronamento de suas vidas, eles acabam voltando, sem mais nem menos, sem entender aonde e como foram parar lá. A trama da peça flerta com o ambiente do thriller, por um lado, e, por outro, com o teatro do pós-guerra europeu.

Serviço:
Refúgio
Quando: De 3 a 6 de outubro. De quinta a sábado, às 21h; e no domingo, às 20h
Onde: Itaú Cultural
Quanto: Entrada gratuita
Reserva online: A partir de 25 de setembro
Para o dia 3 de outubro (quinta-feira): www.eventbrite.com.br/e/refugio-tickets-74029872341
Para o dia 4 de outubro (sexta-feira): www.eventbrite.com.br/e/refugio-tickets-74036821125
Para o dia 5 de outubro (sábado): www.eventbrite.com.br/e/refugio-tickets-74037055827
Para o dia 6 de outubro (domingo): www.eventbrite.com.br/e/refugio-tickets-74040951479
Apresentar o comprovante da reserva (impresso ou no celular) a partir de três horas antes do início do espetáculo. Os ingressos digitais só valem até dez minutos antes do início do espetáculo. Depois disso, os lugares serão liberados
Duração: 80 minutos
Classificação indicativa: 14 anos

Ficha técnica:
Texto e direção: Alexandre Dal Farra
Atores: Fabiana Gugli, Marat Descartes, André Capuano, Carla Zanini e Clayton Mariano
Cenário e luz: Marisa Bentivegna
Direção musical: Miguel Caldas
Operação de som: Tomé de Souza
Produção: Alexandre Dal Farra e Maria Fernanda Coelho

EM CARTAZ

A Cobradora

A Cobradora tem dramaturgia de Claudia Barral. Foto: Christiane Forcinito

Faz 12 anos que a Trupe Zózima realiza suas investidas e pesquisas cênicas a bordo de um ônibus que circula por São Paulo. No espetáculo A Cobradora, o coletivo teatral adota o palco italiano para tratar da personagem Maria das Dores, que prefere ser chamada de Dolores. Com dramaturgia de Claudia Barral e direção de Anderson Maurício, a atriz Maria Alencar leva ao palco histórias de Marias reais, trançadas umas às outras, permeadas pela violência, por mortes, pela sobrevivência diária em busca do sustento e de dignidade.

Serviço:
A Cobradora
Trupe Zózima
Quando: Sextas, às 20h, e sábados, às 18h. Até 19 de outubro
Onde: Sesc Vila Mariana (Rua Pelotas, 141, Vila Mariana)  
Quanto: R$ 6 (credencial plena), R$ 10 (meia-entrada), R$ 20 (inteira) 
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: 16 anos

Ficha técnica
Atriz criadora: Maria Alencar
Encenação: Anderson Maurício
Dramaturgia: Cláudia Barral
Vídeo mapping: Leonardo Souzza e Otávio Rodrigues
Preparação corporal e movimento: Natalia Yuki
Preparação vocal: Marilene Grama
Trilha sonora original: Rodrigo Florentino
Iluminação: Tomate Saraiva e Otávio Rodrigues
Operadora de luz: Fernanda Cordeiro
Operadora de som: Wayra Arendartchuk Castro
Cenografia: Anderson Maurício e Nathalia Campos
Adereços cenográficos: Nathalia Campos
Construtor Cênico: Alício Silva
Figurino: Tatiana Nunes
Conteúdo de vídeo: Leonardo Souzza
Orientação de vídeo mapping: Ana Beraldo e Ihon Yadoya
Produção geral: Tatiane Lustoza
Assistente de produção: Amanda Azevedo e Jonathan Araújo
Fotografia: Leonardo Souzza
Assessoria de imprensa: Canal Aberto

Aquele Momento Em Que…

Doutores da Alegria fazem apresentações gratuitas no Folias d’Artes. Foto: Lana Pinho

Os palhaços do Doutores da Alegria enfrentam desafios diários em hospitais públicos de São Paulo e do Recife. O riso, a palavra de motivação nos encontros, chegadas e despedidas. Mas humanos que são às vezes bate Aquele Momento Em Que… Nessa montagem, o elenco de São Paulo buscar levantar algumas reflexões que movem a existência da organização, fundada em 1991.

“O novo espetáculo quer abrir diálogos que sejam potentes para a construção de uma sociedade mais igualitária”, aposta o diretor artístico da Doutores da Alegria, Ronaldo Aguiar. O grupo fala sobre a existência em um lugar em que a própria vida está sempre em momento de tensão, que precisa ser defendida gota a gota. Na peça, a trupe revela anseios, desejos e preocupações enquanto cidadãos, sem a máscara.

Serviço:
Aquele Momento Em Que…
do Doutores Da Alegria
Quando: sexta, sábado e segunda, às 21h; domingo, às 20h. Até 30 de setembro
Onde: Galpão do Folias (Rua Ana Cintra, 213, Santa Cecília)
Quanto: Ingressos gratuitos
Capacidade: 99 lugares
Duração: 70 minutos
Classificação indicativa: 12 anos

Ficha técnica:
Direção: Val Pires
Dramaturgia: Nereu Ramos
Direção de movimento: Ronaldo Aguiar
Elenco
Cenário: Bira Nogueira
Figurino: Cleuber Gonçalves
Assistentes de figurino: Glória Amaral, Leninha Castilho
Desenho de luz: Giuliana Cerchiari
Assistente de Iluminação: Emerson Fernandes
Trilha sonora: Leandro Simões
Coordenação de produção: Marcela Castilho
Assistente de produção: Suenne Sotero
Realização: Doutores da Alegria

Chão de Pequenos

Concepção e atuação de Felipe Soares e Ramon Brant. Foto Lucas Brito

O espetáculo Chão de Pequenos, da Companhia Negra de Teatro, é, antes de tudo, sobre amizade. A camaradagem entre dois jovens negros abandonados pela família e o grito da necessidade de ser visto num mundo de visão anestesiada.

Lucas Silva e Pedro Henrique, entre a infância e a adolescência, são marcados pela orfandade. Dos orfanatos às ruas das grandes cidades, a fábula dos garotos mostra a importância da empatia, do diálogo e do afeto nos dias de hoje, numa sociedade marcada pela intolerância e pelo preconceito.

A dramaturgia é baseada em histórias reais colhidas em pesquisas e entrevistas da equipe com várias famílias e pessoas relacionadas com o tema da adoção. Em Chão de Pequenos destaca-se a colaboração da escritora Ana Maria Gonçalves – autora do premiado romance Um Defeito de Cor – que tem textos utilizados na peça.

Serviço:
Chão de Pequenos
da Companhia Negra de Teatro (Belo Horizonte, MG)
Quando: Quinta a sábado, às 20h30. Até 12 de outubro. Nos dias 21 de setembro e 12 de outubro, sábados, as sessões serão às 18h
Onde: Sesc Pinheiros / Auditório 3º andar (Rua Paes Leme, 195, Pinheiros)
Quanto: R$ 25 (inteira), R$ 12,50 (meia-entrada) e R$ 7,50 (credencial plena)
Duração: 55 minutos
Classificação indicativa: 12 anos
Informações: (11) 3095-9400

Ficha técnica:
Concepção e atuação: Felipe Soares e Ramon Brant
Direção: Tiago Gambogi e Zé Walter Albinati
Dramaturgia: Coletiva
Textos: Ana Maria Gonçalves, Felipe Soares e Ramon Brant
Provocação dramatúrgica: Grace Passô
Direção de movimento e preparação corporal: Tiago Gambogi
Iluminação: Cristiano Diniz
Operação de luz: Cristiano Diniz / Thiago Rosado
Trilha sonora original: GA Barulhista
Operação de som: Sammer Iêgo Lemos
Figurino: Bárbara Toffanetto
Cenografia: José Soares da Cunha e Zé Walter Albinati
Cenotecnia: José Soares da Cunha
Direção de produção: Gabrielle Araújo
Projeto gráfico: Estúdio Lampejo e Ramon Brant
Fotografia: Lucas Brito
Escrita poética do processo: Bremmer Guimarães
Assessoria de imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques
Realização: Companhia Negra de Teatro
Produção: Caboclas Produções

Chernobyl

Chernobyl está em cartaz às segundas e terças-feiras. Foto: Guy Pichard

O espetáculo leva ao palco as lembranças de 30 anos do maior acidente nuclear da história, quando a usina número quatro explodiu em Chernobyl. A notícia correu o mundo daquele fatídico 26 de abril de 1986, de uma explosão que havia destruído o reator nuclear da usina de Chernobyl, próxima à cidade de Pripyat, na Ucrânia. Após o desastre, a região foi esvaziada e a população nunca mais voltou, abandonando seus bens materiais e suas histórias. O texto foi escrito em 2017 pela dramaturga francesa Florence Valéro, nascida no mesmo ano do acidente nuclear. A boneca Antonia, protagonista-narradora conta o que vê com seus olhos de vidro cor esmeralda. Com direção de Bruno Perillo, Carolina Haddad, Joana Dória, Manuela Afonso e Nicole Cordery revezam-se entre nove personagens, que têm suas rotinas brutalmente alteradas.

Serviço:
Chernobyl
Quando: segundas e terças, às 20h. Até 22 de outubro
Onde: Sesc Consolação – Espaço Beta/3º andar ( Rua Dr. Vila Nova, 245, Vila Buarque)
Quanto: R$ 6 (credencial plena), R$ 10 (meia-entrada) e R$ 20 (inteira)
Duração: 95 minutos
Classificação: 14 anos

Ficha técnica:
Dramaturgia: Florence Valéro (com excertos do livro Vozes de Chernobyl, de Svetlana Aleksiévitch inseridos por elenco e direção)
Tradução: Carolina Haddad
Direção: Bruno Perillo
Elenco: Carolina Haddad, Joana Dória, Manuela Afonso e Nicole Cordery
Trilha sonora e operação de som: Pedro Semeghini
Iluminação e vídeo: Grissel Pinguillem
Cenário e figurinos: Chris Aizner
Preparação corporal: Marina Caron
Visagismo: Cristina Cavalcanti
Operação de luz: Michelle Bezerra
Contrarregra: Júlia Temer
Assistente de produção: Marcelo Leão
Estagiária de direção: Madu Arakaki
Fotos de Chernobyl: Duca Mendes e Carol Thomé
Fotos do espetáculo: Guy Pichard e Felipe Cohen
Produção: Anayan Moretto

Dona Ivone Lara – Um sorriso negro

Aspectos da vida pessoal da sambista, como a formação em Serviço Social, o casamento, a maternidade e o racismo que enfrentou ao longo da vida se sobressaem na trama. Foto: Divulgação

A força da mulher negra no Brasil é ressaltada no musical, carregado de críticas sociais e políticas. Dona Ivone Lara (1922-2018) foi a primeira mulher a integrar a ala de compositores de uma escola de samba e abriu muito caminhos. A autora de Acreditar e Sonho Meu é retratada em três momentos da vida, aos 12, 26 e 80 anos.

Serviço:
Dona Ivone Lara – Um sorriso negro
Quando: Quinta a sábado, às 20h, domingo, às 17h. Até 20 de outubro
Onde: Teatro Sérgio Cardoso (Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista)
Quanto: R$ 40 a R$ 150 (ingressos pelo site http://ingressorapido.com.br)

Ficha técnica:
Idealização e direção geral: Jô Santana
Dramaturgia e direção artística: Elisio Lopes Jr.
Direção musical: Rildo Hora
Codireção musical: Jarbas Bittencourt
Direção coreográfica: José Carlos Arandiba Zebrinha
Direção assistente/residente: Ricardo Gamba
Assistente de coreografia: Arismar Santos
Elenco: André Muato, Belize Pombal, Beto Mettig, Bruno Quixote, Di Ribeiro, Diogo Lopes Filho, Felipe Adetokumbo, Felipe Gomes Moreira, Fernanda Cascardo, Fernanda Jacob, Fernanda Ventura, Heloisa Jorge , Flavia Souza, Francisco Salgado, Guilherme Silva, Jeff Pereira, Larissa Noel, Larissa Carneiro, Nara Couto, Pedro Caetano, Rafa Leal, Sylvia Nazareth, Udilê Procópio
Cenografia: Paula de Paoli
Figurino: Carol Lobato
Desenho de Luz: Valmyr Ferreira
Pesquisa: Nilcemar Nogueira

Erêndira – A Incrível e Triste História de Cândida Erêndira e sua Avó Desalmada

Treze atores contam a trajetória de Erêndira, do deserto habitado pelo ‘vento da sua desgraça’ até os ‘entardeceres de nunca acabar’. Foto: Leekyung Kim

A obra do Nobel colombiano Gabriel García Márquez, que foi publicada em 1972, narra a trajetória de uma menina de 14 anos, que após um incêndio que destrói a casa da família, passa a ser prostituída pela avó. A adaptação para o teatro é de Augusto Boal. Irene Papas defendeu o papel da desalmada e Claudia Ohana fez Erêndira no cinema, no filme de 1983, com direção de Ruy Guerra. A montagem teatral tem direção de Marco Antonio Rodrigues, dramaturgia de Claudia Barral e canções originais compostas por Chico César. Celso Frateschi interpreta a cruel avó e Giovana Cordeiro faz seu début no teatro como Erêndira. Com Alessandra Siqueyra, Caio Silviano, Gustavo Haddad, Dagoberto Feliz, Dani Theller, Demian Pinto, Eric Nowinski, Jane Fernandes, Marco França, Maurício Destri e Rafael Faustino. O espetáculo abraça a estética e os recursos do realismo fantástico, seguindo os passos de Gabo.

Serviço:
Erêndira – A Incrível e Triste História de Cândida Erêndira e sua Avó Desalmada
Quando: Quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 19h. Até 08 de dezembro 
Onde: Centro Cultural Fiesp – Teatro do SESI (Avenida Paulista 1313, Bela Vista)
Quanto: Grátis / Reserva de ingressos: Centroculturalfiesp.Com.Br
Duração: 120 minutos
Classificação indicativa: 14 anos

Ficha técnica:
Baseado no conto de Gabriel Garcia Márquez  
Adaptação: Augusto Boal 
Dramaturgia: Claudia Barral 
Tradução: Cecília Boal 
Direção: Marco Antonio Rodrigues 
Elenco: Giovana Cordeiro, Maurício Destri, Chico Carvalho, Dagoberto Feliz, Gustavo Haddad, Marco França, Eric Nowinski, Alessandra Siqueyra, Caio Silviano, Dani Theller, Demian Pinto, Jane Fernandes e Rafael Faustino 
Cenografia: Marcio Medina  
Figurino: Cássio Brasil 
Iluminação: Tulio Pezzoni 
Músicas originais compostas: Chico Cesár 
Preparadora corporal: Marcella Vincentini 
Design gráfico: Zeca Rodrigues 
Fotografia: Leekyung Kim 
Assessoria de imprensa: Adriana Monteiro 
Idealização: Instituto Boal 
Assistentes de produção: Diogo Pasquim e Carol Vidotti  
Produção executiva: Camila Bevilacqua 
Direção de produção: Luís Henrique Luque Daltrozo 
Produção: Daltrozo Produções 
Realização: SESI São Paulo

Eu de Você

Denise Fraga estreia espetáculo Eu de Você. Foto: Bruna Paulin 

Sartre pregava, ironicamente, que o inferno são outros. Sim, mas também espelho. A atriz Denise Fraga aposta nesse reflexo, nessa reverberação. A intérprete defende a urgência de ver o outro, olhar pelo olhar do outro.  Ela recebe sempre o público na porta do teatro para reforçar a cumplicidade, o laço de afeto. Denise Fraga gosta de gente e de contar suas histórias. Durante nove anos protagonizou um programa de televisão contando histórias reais: o Retrato Falado, na TV Globo.

No solo Eu de Você, Fraga leva ao palco histórias do cotidiano de gente comum e a criatividade para encontrar solução para diversos problemas. O humor é uma ferramenta poderosa nessa montagem. Denise convocou o público a enviar suas histórias para esse projeto, anunciou nos jornais, nas redes sociais. De mais de 400 histórias foram selecionadas 33, costuradas dramaturgicamente com literatura, música, imagens e poesia. Estão em cena em ficção Paulo Leminski, Zezé di Camargo, Tchekhov, Beatles, Chico Buarque, Dostoiévski e Fernando Pessoa.

Serviço:
Eu de Você
Quando: sexta, às 20h, sábado, às 21h, e domingo, às 19h. Até 15 de dezembro
Onde: Teatro Vivo (Av. Dr. Chucri Zaidan, 2.460, Morumbi)
Quanto: De R$ 25 a R$ 70
Duração: 80 minutos
Classificação indicativa: 12 anos

Ficha técnica:
Idealização e criação: Denise Fraga, José Maria e Luiz Villaça
Com Denise Fraga
Direção: Luiz Villaça
Produção: José Maria
Obra inspirada livremente nas narrativas de Akio Alex Missaka, Anas Obaid, Barbara Heckler, Bruno Favaro Martins, Clarice F. Vasconcelos, Cristiane Aparecida dos Santos Ferreira, Deise de Assis, Denise Miranda , Eliana Cristina dos Santos, Enzo Rodrigues, Érico Medeiros Jacobina Aires, Fátima Jinnyat, Felipe Aquino, Fernanda Pittelkow, Francisco Thiago Cavalcanti, Gláucia Faria, José Luiz Tavares, Julio Hernandes, Karina Cárdenas, Liliana Patrícia Pataquiva Barriga, Luis Gustavo Rocha, Maira Paola de Salvo, Marcia Angela Faga, Marcia Yukie Ikemoto, Marlene Simões de Paula, Nanci Bonani, Nathália da Silva de Oliveira, Raquel Nogueira Paulino, Ruth Maria Ferreiro Botelho, Sonia Manski, Sylvie Mutiene Ngkang, Thereza Brown, Vinicius Gabriel Araújo Portela, Wagner Júnior
Dramaturgia: Cassia Conti, André Dib, Denise Fraga, Kênia Dias, Fernanda Maia, Geraldo Carneiro, Luiz Villaça e Rafael Gomes
Texto final: Rafael Gomes, Denise Fraga e Luiz Villaça
Direção de imagens em vídeo: André Dib
Direção de arte: Simone Mina
Direção musical: Fernanda Maia
Direção de movimento: Kenia Dias
Iluminação: Wagner Antônio
Assessoria de Imprensa SP: Morente Forte Comunicações
Projeto realizado através da Lei Federal de Incentivo à Cultura
Coprodução: Café Royal
Produção: NIA Teatro
Patrocínio: BB Seguros
Realização: Secretaria Especial da Cultura, Ministério da Cidadania e Governo Federal

Gomorra – Crime, Revolta e Dor (Tragédia Urbana em único ato)

Espetáculo se baseia na tragédia de Eurípedes para retratar personagens marginalizados pela sociedade. Foto: Leekyung Kim

Em um ambiente insalubre, personagens sem escrúpulos, imorais, amorais e marginalizados tentam sobreviver. Mas em meio a tudo isso, um amor adolescente emerge, em sua carga bruta, sem sutilezas. Escrita e dirigida por Jean Dandrah, Gomorra – Crime, Revolta e Dor (Tragédia Urbana em Único Ato) retrata a trajetória de um grupo morando em uma ocupação em meados da década de 1970, buscando sobreviver e lidar com a convivência entre si. O espetáculo se inspira na tragédia Hécuba (424 a.C.), do escritor e poeta grego Eurípedes, que trata da destruição e desencanto deixados no rastro da Guerra de Tróia.

Serviço:
Gomorra – Crime, Revolta e Dor (Tragédia Urbana em Único Ato)
Quando: segunda, terça e quarta, às 20h. Até 2 de outubro
Onde: Oficina Cultural Oswald de Andrade – Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro – São Paulo
Quanto: Gratuito Retirar ingressos com uma hora de antecedência.
Duração: 1h35minutos
Classificação indicativa: 18 anos

Ficha técnica:
Texto e direção geral: Jean Dandrah
Assistente de direção: Milene Haddad
Iluminação: Alexandre Zullu
Trilha Sonora: Lucas Guerreiro
Figurino: Andrea Pera
Cenografia: Lisandro Leite
Visagismo e make up: Alex Arimatéia
Designer gráfico: Tobias Luz
Operador de Luz: Roberto Herrera
Preparação psicológica dos atores: Psicóloga Clínica Fernanda Gregório
Foto: Leekyung Kim
Produção Geral: Sem abacaxi
Agência e tecnologia: Ton Andrade
Elenco: Alessandra Catarina, Elizeu Costa, Giovanna Colacicco, Jean Dandrah, Lisandro Leite, Litta Mogoff, Luciano Rocha, Maria Luiza Castelar, Mauricio Fiori Junior, Milene Haddad, Pedro Bonilha, Renata Bittencourt e Wilton Walban
Realização: Núcleo Palco Meu de Artes de São Paulo

Lela & Cia

Inspirado em fatos reais, Lela & Cia, da dramaturga britânica Cordelia Lynn tem montagem dirigida por Alvise Camozzi. Foto: Leekyung Kim / Divulgação

Uma personagem que quer desesperadamente contar sua história. Mas Lela é constantemente interrompida por vozes masculinas. Lela & Cia é um grito, em primeiro plano, sobre o que é ser mulher; mas também é a comprovação de que, mais do que falar, é preciso ser ouvida. Segundo o diretor diretor Alvise Camozzi, a verdadeira história da Lela acontece num país que não tem nome, numa época de conflitos. “No mundo da Lela os conflitos são a alma dos negócios, e os negócios, no mundo da Lela definem tudo, até a livre circulação dos homens. Já as mulheres, no mundo da Lela, não podem escolher, decidir livremente por si só, decidir o que fazer quando adultas, crescer, se tornar independentes, aliás essa palavra: independente, no mundo da Lela não existe. Tudo depende de alguma coisa, que depende dos negócios, que dependem dos conflitos, que dependem dos homens que escolhem as mulheres”.

Há um trecho na peça de Cordelia Lynn que diz: “A vida tem uma maneira engraçada de te dar sorte. Agora eu sei o bastante para pensar em termos de boa sorte ou má sorte, ou fazer exatamente o oposto e não pensar em termos de sorte mas sim, das coisas que te acontecem”.

Serviço:
Lela & Cia
Quando: Sextas, sábados e segundas, às 21h; domingos, às 18h. Até 14 de outubro
Onde: SP Escola de Teatro, unidade Roosevelt (Praça Roosevelt, 210, Consolação)
Quanto: R$40 (inteira), R$20 (meia-entrada) e R$10 (classe artística e aprendizes)
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: 14 anos
Capacidade: 60 lugares
Informações: (11) 3775-8600

Ficha técnica
Texto: Cordelia Lynn
Direção: Alvise Camozzi
Tradução: Malu Bierrenbach
Elenco: Malu Bierrenbach e Conrado Caputo
Direção de produção: ;Alexandre Brazil
Iluminação: Mirella Brandi
Trilha sonora: Dan Maia
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Assistência de produção e administração temporada: Vanda Dantas
Produção cultural: Joana Pegorari
Idealização:Malu Bierrenbach

Neste Mundo Louco, Nesta Noite Brilhante

Yara de Novaes e Deborah Falabela. Foto: Sérgio Silva

Quando o público adentra o teatro Anchieta já se depara com Yara de Novaes, Debora Falabella e mais quatro musicistas em coreografias de aquecimento com varas de bambu, exercícios de luta oriental, movimentos criados por Ana Paula Lopez. Sinal de que é preciso coragem para seguir, para viver e lutar. Em Neste Mundo Louco, Nesta Noite Brilhante, dirigido pelo encenador Gabriel Fontes Paiva, o Km 23, de uma estrada qualquer, é o local de embate e de empatia. Lá, uma garota delira após ter sido violentada por um grupo de homens. O lugar abandonado fica perto de um aeroporto e outras meninas também já foram violentadas

O texto de Silvia Gomez, autora de O Céu Cinco Minutos Antes da TempestadeO Amor e Outros Estranhos RumoresMarte, Você Está Aí? e Mantenha Fora do Alcance do Bebê, é inspirado numa tragédia sucedida no Piauí, em 2015, quando quatro garotas foram estupradas e arremessadas em um abismo.

As personagens encontram-se em situações-limite: L, personagem de Falabella, estuprada nas cenas iniciais, e a Vigia do pedaço, interpretada por Novaes, enveredam por uma linguagem não realista para tratar desse tema duro e delicado. A Vigia também dá pitacos na direção, iluminação, pede canções para a banda  boliviana Las Majas, que toca a trilha composta por Lucas Santtana dialogando com as personagens. 

Serviço:
Neste Mundo Louco, Nesta Noite Brilhante
Com Grupo 3 de Teatro
Quando: Sexta e sábado, às 21h, e domingos, às 18h. Até 6 de outubro
Onde: Teatro Anchieta, Sesc Consolação (Rua Dr. Vila Nova, 245)
Quanto: R$ 20 (inteira) e R$10 (credencial plena e meia-entrada) 
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: 16 anos

Ficha Técnica:
Elenco: Débora Falabella e Yara de Novaes
Texto: Silvia Gomez
Direção: Gabriel Fontes Paiva
Banda Las Majas: Mayarí Romero, Lucia Dalence, Lucia Camacho e Isis Alvarado, além do diretor Marvin Montes
Cenografia: André Cortez
Vídeo cenário: Luiz Duva
Figurino: Fabio Namatame
Iluminação: Gabriel Fontes Paiva e André Prado
Trilha sonora original: Lucas Santtana e Fábio Pinczowisk
Assistência de direção: André Prado e Ana Paula Lopez
Assistente de cenário e produção de objetos: Carol Bucek
Assistente de figurinos: Juliano Lopez
Preparadora vocal: Ana Luiza
Preparadora e direção de movimento: Ana Paula Lopez
Oficinas: Dione Carlos
Workshops: Maria Thais
Direção de palco: Diego Dac
Operação de luz e vídeo: André Prado
Operação de som: Thiago Rocha
Design de som: André Omote
Cenotécnicos: Alexandre da Luz Alves e Murilo Alves
Assistência de produção: Cadu Cardoso e Letícia Gonzalez
Assistente administrativo: Rogério Prudêncio
Assessoria de imprensa: Pombo Correio e Sesc
Identidade gráfica: Patrícia Cividanes
Fotos de material gráfico e divulgação: Fábio Audi
Gestão de projeto: Luana Gorayeb
Direção de produção: Jessica Rodrigues e Victória Martinez
Produção: Contorno Produções e Fontes Realizações
Grupo 3 de Teatro: Débora Falabella, Gabriel Fontes Paiva e Yara de Novaes
Realização: Sesc SP, 9º Prêmio Zé Renato e Secretaria da Cultura

Ovelha Negra

O universo de Rita Lee é a inspiração do espetáculo teatral da Cia PeQuod . Foto: Luiz Alves / Divulgação

O diferente, o que não se adapta, o que está fora da curva, já foi chamado de ovelha negra. A peça da Cia PeQuod (Rio de Janeiro/RJ), Ovelha Negra, fala sobre um tema relevante que é o de aceitarmos as diferenças.

Com direção de Miguel Vellinho, o espetáculo reúne oito bonecos de manipulação direta, apresentados em forma de ovelhas para contar a história dos personagens ficcionais Rita e Beto. Os dois não se enquadram muito bem nas estruturas sociais. O encontro dá um novo alento para os dois, que passam a criar outras possibilidades de viver.

As canções de Rita Lee são entoadas ao vivo pelos músicos-atores-manipuladores da PeQuod em clima de Rock and Roll, como Agora Só Falta Você, Ando Meio Desligado e a própria Ovelha Negra.

O espetáculo integra a primeira edição da MiriM – Mostra Nacional de Teatro para Crianças Grandes e Pequenas na área externa do CCBB São Paulo, região central da cidade, que segue até 15 de dezembro. Participam companhias de quatro estados brasileiros Rio de Janeiro, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Bahia: Cia PeQuod (RJ), Teatro Faces (MT), Rococó Produções (RS) e Ateliê Voador (BA). A curadoria é do jornalista e crítico de teatro infantil Dib Carneiro Neto.

Serviço:
Ovelha Negra
da Cia PeQuod – Teatro de Animação (Rio de Janeiro/RJ)
Quando: sábado e domingo, às 15h30. Até 29 de setembro
Onde: CCBB São Paulo (Rua Álvares Penteado, 112, Centro), na área externa
Quanto: Gratuito
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: Livre

Ficha técnica:
Direção e texto: Miguel Vellinho
Elenco: Liliane Xavier, Gustavo Barros, Miguel Araújo, Julia Ludolf e Laura Becker
Direção musical: José Roberto Crivano
Cenário e figurinos: Carla Ferraz e Kika de Medina
Iluminação: Renato Machado
Bonecos: Carla Ferraz, Marcio Newlands, Liliane Xavier e Miguel Vellinho
Adereços: Celestino Sobral
Operador de som: Leonardo Magalhães
Operador de luz: Pablo Cardoso
Produção: Lilian Bertin e Liliane Xavier
Realização: Cia PeQuod – Teatro de Animação

Quarto 19

Com atuação de Amanda Lyra, Quarto 19 conta a história de uma mulher que se vê despersonalizada pelo casamento, pela maternidade e pela fragmentação de sua identidade feminina. Foto: Cris Lyra

Inspirado no conto No Quarto Dezenove (To Room Nineteen), da escritora britânica Doris Lessing (1919-2013), a trama aborda com simplicidade e força alguns dos temas mais persistentes de Lessing, como o cabo de força entre o desejo humano e os imperativos do amor, da traição e da ideologia, as tensões entre o doméstico e a liberdade, a responsabilidade e a independência.

“É doloroso perceber a universalidade e atemporalidade desse texto. Perceber que estamos nos debatendo com as mesmas questões tantos anos depois, com o movimento feminista já em sua quarta onda”, contata a atriz Amanda Lyra.

A personagem do conto está consciente de que é prisioneira de alguma coisa maior e, em seu discernimento embotado, passa a acreditar que está doente. O quarto 19, aqui, é mais do que um espaço físico. Ele é uma metáfora de libertação. A direção é de Leonardo Moreira, dramaturgo e diretor da Companhia Hiato, de São Paulo.

Serviço:
Quarto 19
Quando: Sextas-feiras, às 21h. Até 18 de outubro
Onde: Teatro Eva Herz – Av. Paulista, 2073 – Cerqueira César, São Paulo – SP, 01311-940
Quanto: R$50 (inteira) e R$25 (meia-entrada)
Duração: 75 minutos
Classificação indicativa: 16 anos
Capacidade do teatro: 168 lugares
Informações: (11) 3170-4059

Ficha técnica:
Idealização, tradução e atuação: Amanda Lyra
Direção: Leonardo Moreira
Cenário e iluminação: Marisa Bentivegna
Figurino: Amanda Lyra
Criação de som: Miguel Caldas
Preparação corporal: Tarina Quelho
Assistente de cenário: Amanda Vieira
Cenotécnico: César Rezende
Fotos: Cris Lyra
Direção de produção: Aura Cunha

Villa

A memória coletiva da Ditadura Militar no Chile é tema de Villa, de Guillermo Calderón. Foto: Leekyung Kim

Em torno de uma mesa,  três mulheres (interpretadas por Flávia Strongolli, Rita Pisano e Angela Ribeiro) avaliam diferentes propostas sobre o que fazer com a Villa Grimaldi, um dos mais famosos centros de tortura e extermínio na ditadura do chileno Augusto Pinochet (1915-2006). O dramaturgo Guillermo Calderón, baseado em fatos históricos,  elabora ficcionalmente o embate das três arquitetas escaladas para decidir sobre o destino de uma área semidestruída em Santiago (Chile), que ficou conhecida como Villa Grimaldi.

Reconstruir? Erguer um museu ultramoderno? Ou deixar como está, nivelando o terreno e plantando grama de ponta a ponta? Como explicar o horror do passado sem cair em uma produção de parque temático ou na fria reprodução de um museu de arte contemporânea? Entre debates objetivos, o diálogo traz à tona o trauma coletivo enfrentado pelo povo chileno e suas sequelas.

Serviço:
Villa
Quando: Sextas e sábados, às 21h; e domingos, às 19h. Até 6 de outubro
Onde: Teatro Arthur Azevedo / Sala Multiuso (Av. Paes de Barros, 955 – Mooca)
Quanto: R$30 (inteira) e R$15 (meia-entrada)
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: livre
Capacidade: 40 lugares
Informações: (11) 2604-5558

Ficha técnica:
Texto: Guillermo Calderón
Tradução: Maria Soledad Más Gandini
Historiadora: Sonia Brandão
Direção: Diego Moschkovich
Assistente de direção: Diego Chillio
Elenco: Flávia Strongolli, Rita Pisano e Angela Ribeiro
Iluminação e vídeo: Amanda Amaral
Trilha sonora: LP Daniel
Figurino: Diogo Costa
Cenografia: Flora Belotti
Maquete: Guilherme Tanaka – goma oficina plataforma criativa?
Animação 3D: Caio Mamede
Designer gráfico: Angela Ribeiro
Fotos: Leekyung Kim
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Produção: Bia Fonseca e Iza Marie Micele

 

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