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Indomável Othon Bastos
Crítica do espetáculo Não me entrego não

Não Me Entrego, Não celebra os 91 anos de vida e 70 de carreira de Othon Bastos. Foto: Ivana Moura

Uma peça recheada de histórias de superação e de amor pela arte. Foto: Ivana Moura

O título da peça já diz a que veio. A escolha de Othon Bastos em intitular seu espetáculo com a frase Não me entrego, não ressoa como um manifesto artístico de significância. Esta declaração, extraída do personagem Corisco no filme Deus e o Diabo na Terra do Sol  (1964), de Glauber Rocha, e que também serve como refrão da música-tema composta por Sérgio Ricardo, vai além de sua origem cinematográfica para se tornar um prisma através do qual podemos examinar a longevidade artística de Bastos e a própria essência da resistência cultural no Brasil. A expressão sintetiza uma postura de insubmissão diante das adversidades, sejam elas pessoais, artísticas ou sociopolíticas. 

Não Me Entrego, Não, que enaltece os 91 anos de vida e 70 de carreira de Othon Bastos, pode ser visto como um monólogo híbrido ou “disfarçado”, como afirmou o dramaturgo e diretor Flávio Marinho, devido à presença da atriz Juliana Medella, que atua como uma “memória” em cena, uma espécie de Alexa teatral. 

A peça fez duas apresentações no 23º Festival Recife do Teatro Nacional.

O texto, cronológico e dividido em blocos temáticos, não apresenta ousadias estilísticas. O cenário simples, composto por uma colagem de fotos, amplifica a essência da performance de Othon Bastos. Com um palco despojado, a narrativa pessoal e profissional do ator ganha protagonismo absoluto. Esse dispositivo teatral coloca em primeiro plano a riqueza das experiências de Bastos e a profundidade de sua arte interpretativa. A simplicidade da forma contrasta com a opulência do conteúdo, permitindo que as nuances da atuação, reflexões sobre a vida e a arte, e a reinterpretação de seus papéis marcantes ressoem com maior intensidade.

A peça é predominantemente narrada, com as intervenções da “Memória” (Juliana Medella) abrindo espaço para momentos de humor. Em algumas passagens, as dificuldades enfrentadas pelo ator são expostas de forma quase anedótica, provocando risos na plateia e aliviando a tensão da narrativa.

A jornada de Othon Bastos no mundo das artes começou de maneira inusitada. Na infância, um episódio com sua professora de literatura quase o levou a seguir uma carreira completamente diferente. Durante uma gincana escolar, sua interpretação “brechtiana” de um poema parnasiano desagradou tanto a mestra que ela o fez prometer nunca se envolver com arte. Bastos, obediente, disse que seria dentista e cumpriu a promessa de ficar longe da arte por um tempo, mas o destino tinha outros planos para ele.

O acaso (ou destino), esse diretor invisível da vida, orquestrou sua entrada no mundo teatral quando Bastos foi chamado para substituir um colega (o futuro, diretor-geral da TV Globo,  Walter Clark) em uma adaptação de Otelo, de Shakespeare. Posteriormente, seu talento o levou ao Teatro do Estudante de Pascoal Carlos Magno, proporcionando-lhe uma viagem transformadora a Londres, onde estudou e atuou em “papéis silenciosos”.

Ao retornar à Bahia, Bastos recebeu um convite que mudaria sua vida e a história do cinema brasileiro. Glauber Rocha, o visionário diretor, bateu à sua porta convidando-o para participar das filmagens de Deus e o Diabo na Terra do Sol. Este momento, narrado com especial ênfase na peça, marca um ponto alto da carreira de Bastos e um capítulo crucial do Cinema Novo.

Espetáculo fez duas sessões no 23º Festival Recife do Teatro Nacional. Foto: Ivana Moura

A atuação de Othon Bastos em Não Me Entrego, Não é verdadeiramente magistral e profundamente comovente. Sua interpretação e narração acionam os sentimentos profundos do espectador, funcionando simultaneamente como uma masterclass sobre a arte de interpretar. Com sua autoridade cênica incontestável, Bastos envolve o público, enviando comandos às memórias afetivas.

Sua performance é um tour de force que demonstra a magnitude de seu talento e a riqueza de sua experiência. A presença cênica de Bastos emana uma vitalidade que desafia sua idade cronológica, enquanto sua versatilidade é evidente na fluidez com que transita entre diferentes registros expressivos. Sua dicção impecável preenche o espaço teatral, e sua expressividade corporal, mesmo com as restrições da idade, transmite nuances sutis de cada personagem e momento retratado.

A habilidade de Bastos em manter o público fascinado durante todo o espetáculo é um testemunho de seu carisma e domínio do palco. Othon pensa que é preciso que um ator carregue uma multidão dentro de si. Seus personagens povoam aquele corpo, estão dentro dele. 

O espetáculo Não Me Entrego, Não é uma manifestação exemplar desse capital cultural, conceito articulado por Pierre Bourdieu. Uma demonstração viva do acúmulo e da aplicação de experiências culturais e artísticas incorporadas ao longo de mais de seis décadas de carreira.

Não me entrego não, com Othon Bastos. Foto: Ivana Moura

Alguns momentos em são excepcionais. Um deles é a recordação da carona com Glauber Rocha para as filmagens de Deus e o Diabo na Terra do Sol, quando passou nove horas em um jipe, em 1963. Simples e impactante. Com o palco na penumbra, uma cadeira sob um foco de luz, e Bastos se sacolejando como se percorresse uma estrada de terra.

Durante o trajeto de Salvador ao sertão baiano, Bastos relembra que ofereceu sugestões cruciais que transformaram a visão do diretor sobre a obra. O ator propôs uma experiência brechtiana. No seu relato, Othon agradece à generosidade de Glauber que, aos 24 anos, aceitou mudar radicalmente a estrutura do roteiro. A interpretação de Bastos como Corisco foi tão impactante que, nos quatro anos seguintes, ele recusou convites para interpretar cangaceiros, bandidos ou estupradores, para fugir da tipificação. 

Outra cena interpretativa marcante é como Augusto de Um grito parado no ar, peça dirigida por Fernando Peixoto (1937-2012) em 1973, durante um dos períodos mais repressivos da ditadura civil militar brasileira. O drama, escrito por Gianfrancesco Guarnieri (1934-2006), é uma obra-prima de subtexto e metáfora que conseguiu, de forma engenhosa, driblar a rigorosa censura da época.

Durante o espetáculo, Othon faz uma tocante menção ao seu casamento com Martha Overbeck, que já dura quase 60 anos, com quem criou um grupo teatral. Ele fala com emoção sobre a robustez desse relacionamento, alicerce também para suas carreiras artísticas. Em um momento particularmente poético, Bastos chama a atenção para uma das fotografias que compõem o cenário, destacando os olhos verdes de Martha.

Juliana Medella, a Memória de Othon Bastos. Foto: Ivana Moura

A frase de Emily Dickinson, “Eu nasço contente todas as manhãs”, adotada por Othon Bastos como um leitmotiv pessoal, ressoa profundamente no contexto do espetáculo Não Me Entrego, Não. Este mantra de otimismo funciona como um contraponto poético à dura realidade enfrentada pelos artistas brasileiros. A falta de patrocínio para uma produção desta magnitude, estrelada por um dos maiores nomes do teatro nacional, é um testemunho eloquente do estado precário do apoio às artes no Brasil, uma situação exacerbada pelo recente desmonte das políticas culturais, feita no governo federal anterior, o pandemônio inelegível. O fato de Bastos persistir, mantendo sua alegria e dedicação à arte apesar desses obstáculos, é uma demonstração vívida da resiliência que sua frase favorita representa.

A emoção intensa dos espectadores, consistentemente relatada após as apresentações, serve como um poderoso lembrete do impacto duradouro do teatro como meio de conexão humana. Esta resposta do público é um indicativo da fome coletiva por experiências artísticas autênticas e significativas. Em um cenário onde o apoio institucional falha, é o encontro direto entre o artista e seu público que reafirma o valor e a necessidade da arte. A justaposição entre a alegria de Bastos, as dificuldades de produção e a resposta emocional do público cria uma narrativa poderosa sobre a persistência da arte em face da adversidade, sublinhando a importância crucial do teatro como um espaço de reflexão, emoção e conexão humana em tempos desafiadores.

Ficha técnica:
Elenco: Othon Bastos
Texto e Direção: Flávio Marinho
Diretora Assistente e Participação Especial: Juliana Medella
Direção de Arte: Ronald Teixeira
Trilha Sonora: Liliane Secco
Iluminação: Paulo Cesar Medeiros
Programação Visual: Gamba Jr.
Fotos: Beti Niemeyer
Adereços: George Bravo
Visagismo: Fernando Ocazione
Coordenação de Produção: Bianca De Felippes
Consultoria Artística: José Dias
Assessoria de Imprensa: Marrom Glacê Comunicação
Assessoria Jurídica: Roberto Silva
Coordenador de Redes Sociais: Marcus Vinicius de Moraes
Assist. de Diretor de Arte: Pedro Stanford
Design gráfico de Cenografia: Emanuel Orengo
Assistente de Produção: Gabriela Newlands
Administração: Fábio Oliveira
Desenho de Som e Operador: Vitor Granete
Operador de Luz: Eder Nascimento
Contrarregra: Reginaldo Celestino
Realização: Marinho d’Oliveira Produções Artísticas

O Satisfeita, Yolanda? faz parte do projeto arquipélago de fomento à crítica,  apoiado pela produtora Corpo Rastreado, junto às seguintes casas : CENA ABERTA, Guia OFF, Farofa Crítica, Horizonte da Cena, Ruína Acesa e Tudo menos uma crítica

 

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Recife do teatro nacional
11 dias de festival

Peça Traidor, com Marco Nanini, abre Festival Recife do Teatro Nacional. Foto: Annelize Tozetto / Divulgação

A 23ª edição do Festival Recife do Teatro Nacional começa nesta quinta-feira, 21 de novembro, prometendo uma intensa maratona cultural até o dia 1º de dezembro. Este evento, que se firmou como um dos mais significativos no panorama teatral brasileiro, reúne 31 espetáculos de companhias pernambucanas e de outros estados, em diversos teatros e espaços públicos do Recife. A programação inclui apresentações gratuitas, oficinas e rodas de diálogo, com ingressos distribuídos mediante a doação de um quilo de alimento não perecível, promovendo uma ação solidária que beneficia a comunidade local.

Este ano, o festival presta homenagem a Marco Nanini e Ivonete Melo (in memoriam).

Marco Nanini é uma figura icônica no cenário artístico brasileiro, com uma carreira que se estende por mais de seis décadas. Nascido no Recife, Nanini se mudou ainda criança para o Rio de Janeiro, onde iniciou sua trajetória no teatro, televisão e cinema. Ele é amplamente reconhecido por sua versatilidade como ator, capaz de transitar entre o drama e a comédia com maestria. Nanini ganhou destaque nacional por seu papel na série de televisão A Grande Família, onde interpretou o personagem Lineu Silva, conquistando o carinho do público brasileiro.

No teatro, Nanini é conhecido por sua dedicação e paixão pela arte cênica. Ele já participou de inúmeras produções teatrais, muitas delas ao lado de outros grandes nomes do teatro brasileiro. Sua contribuição para as artes cênicas é inestimável, e sua presença no Festival Recife do Teatro Nacional é uma celebração de suas raízes pernambucanas e de sua trajetória.

Ivonete Melo. Foto: Reprodução

Ivonete Melo é lembrada como uma das grandes referências do teatro pernambucano. Com uma carreira marcada pela militância e dedicação, Ivonete presidiu o Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Pernambuco (SATED-PE) por mais de 20 anos. Ela foi uma figura central no grupo Vivencial, conhecido por sua atuação inovadora e provocativa no teatro entre as décadas de 1970 e 1980, frequentemente desafiando normas sociais e artísticas da época.

A influência de Ivonete Melo no teatro pernambucano é inegável, refletindo seu compromisso inabalável com a defesa dos direitos dos artistas e a promoção da cultura local. Admirada por sua habilidade em inspirar e liderar, ela desempenhou um papel crucial no fortalecimento da comunidade artística. A homenagem a Ivonete no festival celebra sua dedicação e militância, ao mesmo tempo em que reconhece o impacto duradouro de seu legado na cena teatral pernambucana.

Foto: Matheus José Maria / Divulgação

Traidor é uma peça que marca a abertura do Festival Recife do Teatro Nacional, estrelada por Marco Nanini e dirigida por Gerald Thomas.

Marco Nanini, em uma performance tour de force, encarna um náufrago da própria mente, isolado em uma ilha que é tanto física quanto metafórica. Seu personagem, batizado com seu próprio sobrenome, “Nanini”, navega por um mar de memórias fragmentadas e delírios vívidos, confrontando sua identidade como ator e a própria essência do que significa ser humano em um mundo cada vez mais desconexo.

A frase que norteia Traidor, citada várias vezes ao longo da peça, é justamente aquela que encerrava Um Circo de Rins e Fígados, outra parceria Nanini Thomas: “A gente se emociona, a gente se emociona sim.” Esta declaração ressoa como um manifesto da arte da interpretação, ecoando através do tempo e das obras de Gerald Thomas. Em Traidor, que estreou em novembro de 2023 em São Paulo, essa afirmação ganha novas camadas de significado, transformando-se em um farol que ilumina a jornada labiríntica de um ator perdido entre realidade e ficção.

A dramaturgia fragmentada de Thomas encontra em Nanini um intérprete capaz de dar corpo e voz às angústias e contradições de um artista acusado de um crime que não cometeu, mas que talvez tenha cometido em alguma de suas múltiplas personas teatrais. A peça trata de muitos assuntos, refletindo o caos contemporâneo, a ansiedade gerada pelo excesso de informações e o uso viciante das redes sociais, enquanto simultaneamente se apresenta como uma declaração de amor ao ofício da representação. 

Programação Diversificada

Édipo Rec. Foto: Camila Macedo / Divulgação

Márcia Luz em Antígona – A Retomada. Foto: Divulgação

Othon Bastos em Não me entrego não. Foto: Beti Niemeyer/ Divulgação

Rei Lear. Foto: Mariana Chama / Divulgação

A programação diversificada do festival inclui 13 espetáculos nacionais e 18 locais na programação principal (ver programação completa abaixo), abrangendo desde peças infantis e sátiras até musicais e dramas. Entre as produções estão Édipo REC; Eu Não Me Entrego, Não; Antígona , Rei Lear.

Édipo REC, produção do grupo recifense Magiluth, é uma releitura contemporânea da tragédia grega de Sófocles. Ambientada em um imaginário Recife de 2024, a peça explora temas como o excesso de produção de imagens e a manipulação da realidade nas redes sociais. A direção de Luiz Fernando Marques traz elementos do cinema, com referências a filmes como Édipo Rex de Pasolini. O espetáculo brinca com a cronologia e questiona a noção de tempo no teatro. 

Solo da atriz pernambucana Márcia Luz, Antígona – A Retomada reinterpreta a clássica tragédia grega de Sófocles sob uma perspectiva contemporânea e afro-brasileira. A montagem radicaliza o protagonismo feminino já presente na obra original, entrelaçando a voz da personagem Antígona com as vivências da própria atriz como mulher negra. Dirigida por Quiercles Santana, a peça busca fazer reflexões sobre raça, gênero e poder na sociedade atual.

Eu Não Me Entrego, Não marca a estreia solo do veterano ator Othon Bastos. Escrita e dirigida por Flávio Marinho, a peça percorre os principais momentos da carreira de Othon, incluindo seu papel icônico em Deus e o Diabo na Terra do Sol. E utiliza um formato  descrito como “monólogo híbrido”, onde a atriz Juliana Medella atua como uma “memória” em cena, interagindo com Othon. 

Adaptação ousada da Cia. Extemporânea, Rei Lear traz a tragédia de Shakespeare para o universo das drag queens. Com um elenco composto inteiramente por artistas drag, o trabalho funde a estética drag com a poesia trágica shakespeariana. Dirigida por Ines Bushatsky e adaptada por João Mostazo, o espetáculo utiliza elementos como lipsync (Sincronia Labial) e performances de boate para reinterpretar cenas clássicas. A produção celebra a arte drag, destaca sua capacidade de expressar emoções complexas e desafiar normas de gênero, oferecendo uma visão contemporânea de Rei Lear.

Jéssica Teixeira em Monga. Foto: Ligia Jardim / Divulgação

O evento também marca a estreia do OffREC, uma agenda dedicada a experimentos e espetáculos em processo, que ocorrerá no Teatro Hermilo Borba Filho, de 25 a 30 de novembro. Na programação estão a provocante peça Monga, da cearense radicada em São Paulo Jéssica Teixeira, o  espetáculo itinerante ONÁ DÚDÚ: Caminhos Negros no Bairro do Recife, com Marconi Bispo e Coletivos e a Roda de Diálogo Vedetes e Vivecas: Mulheres do Vivencial, uma homenagem a Ivonete Melo, com as atrizes Suzana Costa, Auriceia Fraga e Zélia Sales, com mediação de Hilda Torres. A curadoria do OffREC é assinada por Rodrigo Dourado.

Projeto Arquipélago de Critica

Nesta 23ª edição do Festival Recife do Teatro Nacional quatro profissionais ligados ao Projeto Arquipélago participam de uma ação de  prática da crítica. Kil Abreu, da Cena Aberta, Heloisa, da Farofa Crítica, Fredda Amorim (convidada) e Ivana Moura, do Satisfeita, Yolanda? tod_s com ampla experiência na produção de conteúdos críticos. 

O projeto arquipélago é uma iniciativa coletiva inovadora de fomento à crítica apoiado pela produtora Corpo Rastreado, de São Paulo, que surgiu em novembro de 2022 para fortalecer a crítica teatral independente no Brasil. Atualmente, seis casas virtuais participam do projeto: Guia Off, Farofa Crítica, ruína acesa, Satisfeita, Yolanda?, Tudo, Menos Uma Crítica, Cena Aberta e Horizonte da Cena.

Programação Principal

Quinta-feira (21 de novembro)

19h30 – Traidor, com Marco Nanini (direção: Gerald Thomas/RJ), no Teatro do Parque.

Sexta-feira (22 de novembro)

15h – Palhaçadas – História de um Circo sem Lona (Cia. 2 em Cena/PE), no Teatro Barreto Júnior.
18h – Cara do Pai (Coletivo Opte/PE), no Teatro Hermilo Borba Filho.
20h – Édipo REC (Magiluth/PE), no Teatro Luiz Mendonça.
20h – Traidor, com Marco Nanini (direção: Gerald Thomas/RJ), no Teatro do Parque.
20h – Eu no Controle (Cia da Baju/PE), no Teatro Apolo.

Sábado (23 de novembro)

17h – As Charlatonas (Trupe-Açu Cia. de Circo/TO), no Parque da Macaxeira.
18h – Sinapse Darwin (Cia. Casa de Zoé/RN), na Rua da Aurora.
18h – Antígona – A Retomada (Luz Criativa/PE), no Teatro Hermilo Borba Filho.
19h – 2 Mundos (Lumiato Formas Animadas/DF), no Teatro Apolo.
20h – Rei Lear (Cia. Extemporânea/SP), no Teatro de Santa Isabel.
20h – Traidor (RJ), no Teatro do Parque.
20h – Édipo REC (Magiluth/PE), no Teatro Luiz Mendonça.

Domingo (24 de novembro)

16h – Hélio, o Balão que não consegue voar (Coletivo de Artistas/PE), no Teatro do Parque.
17h – As Charlatonas (Trupe-Açu Cia. de Circo/TO), no Parque da Tamarineira.
17h – Frankinh@ (Coletivo Gompa/RS), no Teatro Apolo.
18h – Mulheres de Nínive (Nínive Caldas/PE), no Teatro Hermilo Borba Filho.
18h – Sinapse Darwin (Cia. Casa de Zoé/RN), na Rua da Aurora.
20h – Rei Lear (Cia. Extemporânea/SP), no Teatro de Santa Isabel.

Segunda-feira (25 de novembro)

20h – Instinto (Coletivo Gompa/RS), no Teatro Apolo.

Terça-feira (26 de novembro)

20h30 – Não me entrego não (Othon Bastos/RJ), no Teatro do Parque.

Quarta-feira (27 de novembro)

15h – Malassombros – Contos do Além Sertão (Grupo Teatro de Retalhos/PE), no Teatro Barreto Júnior.
20h30 – Não me entrego não (Othon Bastos/RJ), no Teatro do Parque.

Quinta-feira (28 de novembro)

20h – Kalash – Ensaio sobre a Extinção do Outro (Coletivo Opte/PE), no Teatro Apolo.

Sexta-feira (29 de novembro)

20h – Inacabado (Grupo Bagaceira/CE), no Teatro Luiz Mendonça.

Sábado (30 de novembro)

17h – Paraíso (Grupo Teatro Máquina/CE), no Teatro Apolo.
19h – Pequeno Monstro (Quintal Produções Artísticas, com Silvero Pereira/RJ), no Teatro do Parque.
20h – Inacabado (Grupo Bagaceira/CE), no Teatro Luiz Mendonça.
20h30 – Brás Cubas (Armazém Cia. de Teatro/RJ), no Teatro de Santa Isabel.

Domingo (1º de dezembro)

17h – Quatro Luas (O Bando Coletivo de Teatro/PE), no Teatro Apolo.
18h – Esquecidos por Deus (Cícero Belmar/PE), no Teatro Hermilo Borba Filho.
19h – Pequeno Monstro (Quintal Produções Artísticas, com Silvero Pereira/RJ), no Teatro do Parque.
20h30 – Brás Cubas (Armazém Cia. de Teatro/RJ), no Teatro de Santa Isabel.

Programação OffREC (25 a 30 de novembro, no Teatro Hermilo Borba Filho)

25 de novembro

16h às 18h – Roda de Diálogo Corporalidades e Estranhamentos, com Johnelma Lopes (UFPE), Ana Marques (UFPE) e Alexsandro Preto (Vale PCD). Mediação: Clara Camarotti.
20h – Espetáculo Monga, de Jéssica Teixeira (CE).

26 de novembro

9h às 12h – Vivência de Teatro Hip Hop, com o coletivo À Margem (PE) e Bento Francisco (PE).
15h às 17h – Espetáculo ONÁ DÚDÚ: Caminhos Negros no Bairro do Recife, com Marconi Bispo e Coletivos (PE). Espetáculo itinerante, com concentração no Teatro Apolo.
17h30 às 19h – Roda de Diálogo Teatro Negro em Perspectiva, com Marcos Alexandre (UFMG). Mediação: Jefferson Vitorino (Cia. Máscara Negra).
20h – Espetáculo Xirê, do Coletivo À Margem.

27 de novembro

9h às 12h – Vivência Criando Autoficções, com a Cia. Teatro da UFPE (PE).
16h às 17h30 – Roda de Diálogo Processos Criativos Autoficcionais, com Marcondes Lima (UFPE) e Rodrigo Dourado (UFPE). Mediação: Fátima Pontes (Escola Pernambucana de Circo).
18h – Espetáculo Não. Tá. Fácil, do Coletivo À Margem (PE).
20h – Espetáculo Palestra Babau, Pancadaria e Morte, com Marcondes Lima e Mão Molenga (PE).

28 de novembro

9h às 12h – Vivência Contornos do Tempo: Ensaio na Terceira Idade, com o grupo Memória em Chamas (PE).
16h às 18h – Roda de Diálogo Teatro, Memória e Envelhecimento, com Rodrigo Cunha (IFPB) e equipe do espetáculo Senhora. Mediação: Manu de Jesus, da Creative’se Cultural.
18h – Espetáculo Baba Yaga, da Cênicas Cia. de Repertório (PE).
20h – Espetáculo Senhora, de João Pedro Pinheiro (UFPE).

29 de novembro

9h às 12h – Vivência Dramaturgias Urgentes: Escritas e Cenas Negras, com Kléber Lourenço (PE).
18h – Espetáculo Poema – Desmontagem, da Cia do Ator Nu (PE).
20h – Espetáculo Negro de Estimação – Desmontagem, com Kléber Lourenço (PE).

30 de novembro

10h às 12h – Abertura de Processo Senhora dos Sonhos, com Ceronha Pontes e Gonzaga Leal (PE).
14h às 17h – Roda de Diálogo Teatro e Comunicação na Era Digital: por e para onde caminhamos, com Aline (Vendo Teatro), Fernanda (Teatralizei), Ricardo Maciel (Palco Pernambuco). Mediação: Márcio Bastos.
18h – Performance O Problema é a Cerca, com Renna Costa (PE).
20h – Roda de Diálogo Vedetes e Vivecas: Mulheres do Vivencial, uma homenagem a Ivonete Melo, com Suzana Costa, Auriceia Fraga e Zélia Sales. Mediação: Hilda Torres.

O Satisfeita, Yolanda? faz parte do projeto arquipélago de fomento à crítica,  apoiado pela produtora Corpo Rastreado, junto às seguintes casas : CENA ABERTA, Guia OFF, Farofa Crítica, Horizonte da Cena, Ruína Acesa e Tudo menos uma crítica

 

 

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