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Epifania coletiva
Algumas reflexões sobre o espetáculo
Fernanda Montenegro lê Simone de Beauvoir

Fernanda Montenegro do Ibirapuera. Foto: Reprodução

Sim, foi uma noite memorável. Este domingo, 18 de agosto de [ano], entrou para a história do teatro brasileiro com a performance de Fernanda Montenegro lendo Simone de Beauvoir no Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer. A apresentação foi simultaneamente transmitida na parede traseira do prédio para 15 mil espectadores no parque. O contraste entre a intimidade da leitura e a grandiosidade do espaço aberto criou uma atmosfera única e inesquecível. Quase um show de rock, sem rock in roll, mas com filosofia, literatura, teatro, afetos e outras coisinhas, um espetáculo eletrizante, liberdade na veia.

Confesso que o que me inquietava com Fernanda Montenegro lê Simone de Beauvoir para uma multidão no Parque Ibirapuera era que a ação do marketing do banco Itaú  dissipasse a essência teatral, a artesania, o impacto emocional nos espectadores. Enfim, pasteurizasse o ritual.

Por 75 minutos a arte vibrou plena em primeiro plano, que até ingenuamente esqueci da natureza do capital. Com o patrocínio do Itaú, (que sabe que a cultura é um bom negócio), a arte imperou lindamente. Por ser Fernandona imensa, por tudo que ela representa para este país e para a cultura, a política, a cidadania. Por sua postura coerente, por ela estar no imaginário do povo brasileiro como Zulmira (A Falecida, 1965), Romana (Eles Não Usam Black-Tie, 1981), Madame Carlota (A Hora da Estrela, 1985), Dona Margarida (O Que É Isso, Companheiro?, 1997), Dora (Central do Brasil, 1998, papel pelo qual foi indicada ao Oscar), Nossa Senhora (O Auto da Compadecida, 2000), Leocádia Prestes (Olga, 2004), Tránsito Arriza (O Amor nos Tempos do Cólera, 2007), Bibiana Terra Cambará (O Tempo e o Vento, 2013), Dona Matilde (O Beijo no Asfalto, 2018), Eurídice Gusmão (A Vida Invisível, 2019),  Carminha (Piedade, 2021), Eunice Paiva (Ainda Estou Aqui, 2024), para citar alguns filmes.          

Ou das novelas / séries Júlia Albuquerque Soares Camargo (Sangue do Meu Sangue, 1969), Sílvia Toledo (Baila Comigo, 1981), Francisca Newman (Brilhante, 1981), | Charlotte de Alcântara Pereira Barreto- Charlo (Guerra dos Sexos, 1983), Leonarda Furtado Machado-Naná (Cambalacho, 1986), Salomé Szimanski (Rainha da Sucata, 1990), Olga Portela (O Dono do Mundo, 1991),  Jacutinga (Renascer, 1993), Maria Izabel de Souza- Dona Picucha (Doce de Mãe, 2012), Drª. Teresa Petrucceli (Babilônia, 2015), Gilda (Gilda, Lucia e o Bode, 2020) entre muitas outras atuações na telinha.

Ou no palco: Fedra, Dona Doida, The Flash and Crash Days, Dias Felizes, Viver Sem Tempos Mortos, Nelson Rodrigues por Ele Mesmo. Esses são os espetáculos que assisti, da trajetória intensa do teatro da Fernandona. Cada um revestido de seu tempo encarnado de humanidades.

A atriz assina a dramaturgia, baseada no livro A Cerimônia do Adeus de Simone de Beauvoir. Foto: Reprodução

Quando Dona Fernanda começou a ler sua versão de A Cerimônia do Adeus de Simone de Beauvoir tudo se iluminou numa mágica complexa para traduzir. A velha dama do teatro, de cabelos brancos, senhora absoluta da técnica de interpretar magnetizava as plateias do auditório e do parque. A multidão entrou em sintonia profunda com aquelas ideias relevantes da filósofa francesa. O silêncio era atravessado por muitas emoções densas, genuínas, choros, risos, lembranças individuais e coletivas.

Eu fiquei entre as 800 pessoas do auditório; minha amiga Gracinha Melo estava junto às 15 mil pessoas do gramado. A experiência dela foi mais ritual, pelo que ela (e outras pessoas contam) e absolutamente deslumbrante. O domingo foi ensolarado, com um final de tarde com temperaturas amenas e uma lua imensa parecia abençoar a atriz e seu público naquele encontro.

Marcado para começar às 19h, o evento iniciou por volta das 19h30, com a participação de Fernanda Torres, filha de Montenegro, que se dirigiu à multidão no parque (com transmissão para a plateia do auditório) para discorrer sobre a relação da mãe com a literatura de Beauvoir. “Essa obra fala, acima de tudo, da liberdade e de sua importância em nossas vidas, não importa a idade ou a origem de cada um”. Fernandinha mencionou que, apesar das vidas diferentes, a liberdade também guiou o percurso de Fernandona. Em seguida, contou que sua mãe foi impactada por O Segundo Sexo quando tinha 20 anos e que, quando ela, a filha, completou 17 anos, a mãe fez questão de lhe dar uma edição de presente.

Ao se aproximar dos 80 anos, Fernanda Montenegro levou a obra de Beauvoir para o palco. Com base no livro A Cerimônia do Adeus e trechos de outras obras foi encenado Viver Sem Tempos Mortos. A atriz enfrentava o luto pela perda de seu marido, o ator Fernando Torres, e de vários companheiros de sua geração artística, e no palco fazia uma poderosa reflexão sobre o passar do tempo, e a finitude.

Fernanda Torres e Fernanda Montenegro. Foto: Ivana Moura

O espetáculo Fernanda Montenegro lê Simone de Beauvoir teve uma origem intimista, como relatou Fernanda Torres. Inicialmente concebido para ser apresentado no auditório da Academia Brasileira de Letras, onde Fernanda Montenegro ocupa uma cadeira como imortal, o projeto rapidamente ganhou vida própria.

Após as primeiras apresentações em um pequeno teatro no Rio de Janeiro, o espetáculo conquistou o público de forma surpreendente. O sucesso crescente demandou espaços cada vez maiores para acomodar a audiência entusiasmada. Esta trajetória ascendente culminou na grandiosa apresentação no Parque Ibirapuera, em São Paulo.

Esta evolução do espetáculo – de um ambiente íntimo da ABL para um dos maiores parques urbanos do Brasil – reflete a popularidade de Fernanda Montenegro e o interesse duradouro nas ideias de Simone de Beauvoir. Demonstra, ainda, como uma performance aparentemente simples – uma atriz lendo os escritos de uma filósofa – pode ressoar profundamente com um público diverso e numeroso.

Junto com Fernanda, o público atravessa a infância, adolescência e juventude de Simone de Beauvoir, suas descobertas, aventuras e vida sexual. A narrativa passa pelo horror da Segunda Guerra Mundial e pela juventude contestatória do Maio de 1968, que sacudiu a França e mudou o mundo. Com o filósofo Jean-Paul Sartre sempre presente, Simone vive uma vida intensa até se aproximar da finitude do companheiro intelectual e de seu próprio fim, repleto de novas redescobertas.

Com seu registro único, a atriz magnetizou as paleias. Foto: Reprodução de tela

A apresentação de Fernanda Montenegro extrapolou o espetáculo cultural para se configurar como um poderoso ato político e social. O historiador Eric Hobsbawm, em suas obras, argumentava que a cultura é tanto um reflexo quanto um agente das condições sociais e políticas de seu tempo. Escutar as palavras da filósofa feminista reflete as discussões contemporâneas sobre igualdade de gênero e direitos das mulheres, temas que estão no centro do debate político atual.

Ao refletirmos sobre os avanços e recuos no campo comportamental e as tensões do século 21, é fascinante revisitar o pensamento de Beauvoir sobre o amor. Fernanda Montenegro apresentou a visão ampla e complexa de Beauvoir sobre o amor, começando pelo amor próprio – uma jornada de autodescoberta como mulher e ser pensante. O amor carnal, ou amor sexual, tema recorrente na obra da filósofa, foi abordado com nuances surpreendentes. Com destaque para a relação de Beauvoir com Jean-Paul Sartre, descrita como um amor livre e intelectualmente estimulante. 

Fernanda Montenegro completa 95 anos em outubro; o público cantou parabéns para você. 

O evento no Ibirapuera, com sua produção de alto nível, criou uma atmosfera especial. A qualidade do som permitiu uma boa recepção, enquanto a iluminação gerou intimidade apesar da vastidão do espaço. Momentos de humor provocaram risos coletivos, criando uma sensação de comunhão, enquanto as passagens introspectivas foram recebidas com um silêncio reverente.

Foi inspirador observar a reação do público no gramado. Jovens, possivelmente sem contato prévio com Beauvoir, ouviam atentos. A menção ao livro O Segundo Sexo foi recebida com aplausos entusiasmados, por quem reconhece a importância da obra.

O clímax emocional veio no final, quando as cortinas se abriram revelando a multidão. Nos últimos dez minutos, Fernanda se dirigiu diretamente ao público. Suas palavras sobre o poder do teatro na era digital ressoaram profundamente: “O teatro é uma arte arcaica, primitiva, um ser humano diante de outro trazendo a presença de uma terceira dimensão. Isso está acontecendo em uma era eletrônica.”

As últimas frases do monólogo ganharam relevo, traçando um paralelo entre a trajetória da atriz e os motivos para revisitar Beauvoir: “Não sou escrava do meu passado. O que sempre quis foi comunicar da maneira mais direta o sabor da minha vida. Eu acredito que consegui fazê-lo. Não desejo nada mais do que viver sem tempos mortos.”

“O acaso existe e tem sempre a última palavra”, frase dita nos primeiros minutos do espetáculo, apontam para outras possibilidades e torço que inspire os jovens presentes a fazerem a diferença no mundo, abraçando a liberdade tão celebrada no palco.

Um momento particularmente tocante ocorreu os agradecimentos, quando o público de praticamente 16 mil pessoas espontaneamente cantou “Parabéns para Você” para Fernanda. Emocionada, a atriz declarou que esse era um grande presente, sua grande festa de aniversário, demonstrando sua profunda conexão com o público e sua gratidão pela vida e carreira extraordinárias que tem vivido.

 

 

Este texto integra o projeto arquipélago de fomento à crítica, com apoio da Corpo Rastreado.

 

 

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Sérgio Britto, um artista brasileiro

Em Jung e Eu, Britto interpretava o ator Leonardo Svoba, que desejava encenar um espetáculo sobre Jung. Monólogo com dramaturgia e direção de Domingos Oliveira ficou em cartaz no Sesc Belenzinho, em São Paulo, em 2006.

O sábado foi dia de perdas de pessoas caras para a cultura. O Brasil perdeu o ator e diretor Sérgio Britto e Joãozinho Trinta, a música ficou de luto por Cesária Évora. O ator pernambucano Ronaldo Brian, da Tropa do Balaco Baco foi assassinado em Arcoverde. Fiquei triste, de luto. O corpo de Sérgio Britto foi enterrado nesta manhã, no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, zona portuária do Rio de Janeiro.

Fico aqui pensado nele. Como vai fazer falta. Não tive a mesma sorte que a querida Deolinda Vilhena que gozou da companhia e assistiu a praticamente todas as peças de Britto (depois que ela se entendeu por gente). Assisti a alguns espetáculos, poucos de sua profícua carreira, o suficiente para virar fã de carteirinha. Admirava aquele ator que se dedicou ao teatro como poucos, aquele homem apaixonado por essa arte e dono de uma vasta cultura, mas sem o pedantismo de alguns. Fiquei especialmente tocada ao ver pela televisão e nas fotos a minha musa Nathália Thimberg quase desabando e confessando que morria um pouco com ele.

No velório hoje pela manhã na Assembleia Legislativa do Rio, Nathália com aquela sua generosidade comentou: “Que de seu legado brote algo bom para as novas gerações. Tive muito prazer de estar com ele. Ele tinha sede de conhecimento. Acompanhou sua geração e se adiantou a ela”.

Ontem a atriz Fernanda Montenegro disse que havia perdido um irmão. “Ele é uma peça que não tem reposição. Do seu legado fica um acervo maravilhoso. Vai fazer uma eterna falta”.

Sabíamos que Britto estava doente, internado desde novembro no Hospital Copa D’or, no Rio. Mas sempre existe a esperança de que o quadro se reverta. E ele tinha tantos planos, tanta garra e tanto amor pelo teatro. Afinal, era um vulcão criativo. Nos últimos anos, trabalhou com linguagens e dramaturgias diferentes. De 2002 até 2009, fez Longa jornada dia e noite adentro (do norte-americano Eugene O’Neill), As pequenas raposas (da norte-americana Lilian Helman), Sérgio 80 (monólogo do carioca Domingos de Oliveira), Outono e inverno (do sueco Lars Norén) e Jung e eu (também de Domingos Oliveira). Este ano, dividiu os palcos com Suely Franco em Recordar é viver, dirigida por Eduardo Tolentino, texto de Hélio Sussekind. Planejava um Tchekhov. Mas saiu de cena, sábado, aos 88 anos.

O sobrinho do artista, Paulo Brito disse que “agora é cuidar de sua memória e de seu acervo”. O Teatro dos Quatro, localizado no Shopping da Gávea, no Rio de Janeiro, um dos teatros que o ator e diretor criou em vida passará a se chamar Teatro Sérgio Britto, segundo informou a gestora do espaço, Lúcia Freitas. “O Teatro dos Quatro sempre será a casa de Sérgio Britto”, afirmou ela.

Longa jornada do dia noite adentro, do norte-americano Eugene O'Neill, com Cleyde Yáconis no centro e Britto à direita

ATO EM PALAVRAS – SÉRGIO BRITTO from Célia Freitas on Vimeo.

Imagens da preparação e do espetáculo Ato sem Palavras I e A Última Gravação de Krapp, de Samuel Beckett, dirigido por Isabel Cavalcanti.
Edição e imagens de Isabel Cavalcanti, Célia Freitas e João Araújo.

Sérgio Brito convidou o diretor Gerald Thomas para dirigir Quatro Vezes Beckett, em 1985, no Teatro dos Quatro. Foi a primeira montagem de Thomas no Rio de Janeiro, que acrescentou o texto Nada à Trilogia Beckett,.No elenco estavam Rubens Corrêa, o próprio Britto e Ítalo Rossi.

Entrevista de Gerald Thomas com Sérgio Britto. Aula de teatro. Aula de cultura. Aula de história. Feita para o UOL

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Robert Wilson em Porto Alegre

Robert Wilson assina a direção e atua na peça de Beckett

O Porto Alegre em Cena – Festival Internacional de Artes Cênicas chega à maioridade. E em setembro a capital gaúcha se transforma num verdadeiro paraíso para os amantes das artes.

A programação é extensa e ocupa muitos espaços entre os dias 6 e 27 de setembro. É quase um mês inteiro de apresentações de peças teatrais, show musicais, espetáculos de dança. A diversidade é um reflexo da coerência estética do curador Luciano Alabarse.

Ano passado assisti no Poa em Cena o espetáculo Dias felizes, com direção de Bob Wilson e atuação de Adriana Asti. Dias felizes é uma das principais peças do irlandês Samuel Beckett. Fernanda Montenegro, que já havia feito a peça na década de 1970, traduzida Oh! Que belos dias, ao lado de Sadi Cabral, voltou a interpretar Winnie na década de 1990, ao lado do marido, Fernando Torres. E tenho impressão que a peça foi apresentada no Teatro de Santa Isabel, no Recife.

Bem, além da peça com Asti, Bob Wilson também mandou para Porto Alegre sua exposição Video Portraits, videorretratos curiosos de Brad Pitt, Johnny Depp, Isabelle Huppert, Norman Fleming, Black Panther, Isabella Rosellini, Mikhail Baryshnikov, Robin Wright Penn, Jeanne Moureau, Steve Buscemi, Gao Xingjian, Lucinda Childs, Dita Von Teese, Zhang Huan, William Pope L e Mariane Faithfull. Numa junção de fotografia, filme, literatura e som, com uma linguagem de movimentos mínimos e gestos coreografados.

Wilson é uma das principais atrações do festival gaúcho

Mas neste ano é o próprio Wilson quem comparece com um dos mais conhecidos textos de Samuel Beckett, Krapp’s last tape, numa coprodução Itália/Eua. As sessões estão marcadas para os dias 23 e 24 às 21h; e 25 às 18h, no Theatro São Pedro. Robert Wilson é ator e diretor do solo. O protagonista mantém uma conversação com o seu passado através de uma gravação que fez 30 anos antes. Já velho, no dia do seu aniversário, ele prepara uma nova gravação e se depara com o passado, talvez feliz. E já com outras qualidades – azedo e irônico e às vezes engraçado, ele não se reconhece naquela voz de juventude.

“Eu sempre senti uma afinidade com o mundo de Beckett. De certa forma, é muito próximo ao meu trabalho. Mas agora, depois de 35 anos, decidi enfrentar o desafio e fazê-lo”, escreveu o multiartista no programa do 50st International Theatre Festival MESS, Sarajevo, Bosna i Hercegovina.

“Quando eu dirijo um trabalho, eu crio uma estrutura no tempo. Finalmente, quando todos os elementos visuais estão no lugar, eu crio uma estrutura para os artistas preencherem. Se a estrutura é sólida, então se pode estar livre nele. Aqui, na sua maior parte, a estrutura é dada, e eu devo encontrar a minha liberdade dentro da estrutura de Beckett. Tudo está escrito.”

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Três divas reabrem teatro no Rio

Teatro Dulcina será reaberto hoje. Foto: S.Castellano

O Teatro Dulcina, no Centro do Rio de Janeiro, será reaberto nesta terça-feira com um espetáculo criado especialmente para a ocasião: Um brinde a Dulcina!, reunindo no mesmo palco as atrizes Bibi Ferreira, Nathália Timberg e Marília Pêra. O teatro está sob a administração da Funarte desde 2008, mas estava em péssimas condições.

Em agosto de 2010, começaram as obras de recuperação da casa, cujo projeto original é do estilo art déco. De acordo com a Funarte, o investimento foi de R$ 2,3 milhões. As informações são de que foi um “extreme makeover”: fachada, foyer, instalações prediais e de ar condicionado, poltronas da plateia, camarins, balcões e frisas, equipamentos cênicos e de cenotécnica. Tudo estaria novinho!

Programação – Para o público, a casa reabre no dia 5 de agosto, com a apresentação Bibi in concert IV, com a atriz e diretora Bibi Ferreira. A programação já está delineada pelo até setembro. Depois disso, o teatro deve passar a ser ocupado por projetos selecionados através de editais.

Bom, pelo menos até lá, a programação já me fez olhar os sites de todas as companhias aéreas em busca de passagens em promoção para o Rio!!! No dia 19 de agosto, por exemplo, Fernanda Montenegro vai reestrear o monólogo Viver sem tempos mortos, com direção de Felipe Hirsch e direção de arte de Daniela Thomas. Serão três apresentações até o dia 21 de agosto, sempre às 19h.

No dia 26 de agosto, Os Fodidos Privilegiados, companhia que apresentou os seus espetáculos entre 1991 e 2001 no Dulcina, comemoram 20 anos de companhia com Uma festa privilegiada!.

Já em setembro, nos dias 7, 8 e 9, o grande destaque é Peter Brook. O inglês faz a estreia sul-americana de Uma flauta mágica, adaptação da ópera de Mozart. A montagem ganhou o Prêmio Molière de melhor espetáculo musical da França em 2010 e será apresentada também no Porto Alegre em Cena nos dias 21, 22 e 23 de setembro.

Fernanda Montenegro volta a apresentar espetáculo com direção de Felipe Hirsch

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