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Retrô 2011

Os artistas aguardaram: apoio, resultados dos editais atrasados, pagamento de fomentos. Como – ainda bem-diz a música de Marcelo Camelo (Casa pré-fabricada), “nessa espera, o mundo gira em linhas tortas”. Os caminhos não serem retos não é, definitivamente, ruim para a arte. Se o atraso no resultado do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura) prejudicou a cena teatral pernambucana em 2011, serviu também ao propósito de mostrar que o teatro continua sendo uma arte de resistência; e que é possível sim levar ao palco produções de qualidade, a duras penas, mesmo sem incentivos oficiais. Para 2012, se as promessas e os prazos de editais forem realmente cumpridos, é bem provável que tenhamos um panorama de peças mais amplo, pelo menos em quantidade. Qualidade não foi o problema.

No Janeiro de Grandes Espetáculos, que começa na próxima quarta-feira, teremos pelo menos três estreias: Aquilo que meu olhar guardou para você, do grupo Magiluth, Caxuxa, da Duas Companhias, e O pássaro de papel, com direção de Moncho Rodriguez e produção de Pedro Portugal e Paulo de Castro. Para o Magiluth, que tem sete anos de atividades, 2011 foi um ano de aprimoramento e, mais ainda, de alargar as possibilidades criativas. Estrearam a peça O canto de Gregório, sem apoio estadual ou municipal, “o que não é um mérito, é porque fazer teatro é mais forte do que a gente, mas é muito difícil”, conta Pedro Wagner, que interpreta Gregório. Ainda participaram do projeto Rumos Itaú Cultural, que possibilitou, através de edital, intercâmbios entre grupos.

Magiluth vai estrear Aquilo que meu olhar guardou para você. Foto: Thaysa Zooby

O Magiluth trabalhou com o Teatro do Concreto, de Brasília. E daí surgiu o novo espetáculo, que tem direção de Luis Fernando Marques, do grupo paulista XIX de Teatro. O grupo passa por um momento limite. “Eles já não são um grupo ‘de novos’. E precisam se manter. Espero que eles consigam esse equilíbrio de produção. Além de ser artista, tem que ter estrutura de produção, gestão”, complementa o professor Luís Reis.
Caxuxa, outra estreia, é uma remontagem, uma adaptação do texto de João Falcão. “Foi uma ideia de Claudio Ferrario. Fizemos essa peça, um musical, há 20 anos”, conta Lívia Falcão, que fez parte do elenco de Divinas, ao lado de Fabiana Pirro e Odília Nunes, que estreou ano passado.

Luiza Fontes, Regina Medeiros e Sofia Abreu estão no elenco de O pássaro de papel. Foto: Pedro Portugal

Ao longo de 2012, outras produções estão previstas. Jorge de Paula, Thay Lopes e Kleber Lourenço devem trabalhar a partir de um texto de Luiz Felipe Botelho, com direção de Tiche Vianna, do Barracão Teatro, de Campinas. Rodrigo Dourado está na direção de Olivier e Lili – Uma história de amor em 900 frases, que tem no elenco Fátima Pontes e Leidson Ferraz. A Cênicas Companhia de Repertório, que fez o infantil Plutf – O fantasminha, está em fase de pré-produção do espetáculo baseado na formação de clowns, e deve montar outro infantil.

Cinema é uma coprodução entre a Cia Clara e o Espaço Muda. Foto: Nilton Leal

Jorge Féo, do Espaço Muda, está trabalhando em parceria com Anderson Aníbal, da Cia Clara, no projeto Cinema, com estreia prevista para abril. A Fiandeiros deve abrir o seu espaço, na Boa Vista, para a realização de temporadas, planeja fazer o infantil Vento forte para água e sabão, e ainda vai lançar o Núcleo de Teatro Novelo, com alunos saídos dos cursos ministrados pela companhia. Breno Fittipaldi e Ana Dulce Pacheco devem estrear, em maio, Encontro Tchekhov, também sem incentivos.

– Colaborou Tatiana Meira

Alguns registros:

Carla Denise fez documentário sobre Hermilo Borba Filho

Leda Alves, viúva de Hermilo Borba Filho, acalenta o projeto de lançar um livro sobre a obra de Hermilo e o Teatro Popular do Nordeste (TPN). “Seria uma obra envolvendo vários pesquisadores”, conta. No último mês de dezembro, a dramaturga e jornalista Carla Denise lançou o DVD Coleção Teatro – Volume 3 – Hermilo Borba Filho, que além de entrevistas com atores, diretores, pessoas que conviveram com Hermilo, traz ainda uma entrevista antiga com o próprio diretor.

O livro TAP – Sua cena & sua sombra: O Teatro de Amadores de Pernambuco (1941-1991), de Antonio Edson Cadengue, foi lançado em novembro. Esse regaste, fundamental para entender a trajetória do teatro em Pernambuco, está disponível em edição rica em detalhes e fotos. Outra publicação importante foi o livro Transgressão em 3 atos: Nos abismos do Vivencial, escrito por Alexandre Figueirôa, Stella Maris Saldanha e Cláudio Bezerra.

O Teatro Experimental de Arte de Caruaru comemora 50 anos em 2012 com muitos motivos para comemorar. Se neste ano o Festival de Teatro do Agreste (Feteag) não ocorreu por falta de apoio e recursos, a Câmara Municipal de Caruaru já aprovou, no mês de novembro, uma verba de R$ 100 mil para que a mostra seja realizada. O grupo deve ainda estrear O pagador de promessas e lançar um livro. Neste ano, pela primeira vez, o TEA participou do Festival de Curitiba.

A publicitária Lina Rosa Vieira está com a agenda lotada para 2012. Em junho, o Festival Internacional de Teatro de Objetos (Fito) será realizado em Belo Horizonte e deve passar por Florianópolis e Curitiba. Está quase certo que o Fito, que foi sucesso de público no Marco Zero, seja realizado aqui, em setembro, trazendo o espetáculo francês Transports Exceptionnels. Já está confirmado é que o Sesi Bonecos do Mundo virá a Pernambuco em novembro.

Lina Rosa Vieira deve trazer o Sesi Bonecos do Mundo e o Fito novamente ao Recife


Pé na estrada

O compromisso com o teatro de grupo está levando as produções pernambucanas para outras cercanias. Não são peças organizadas apenas para cumprir uma temporada, mas fruto da pesquisa, da investigação de uma linguagem e estéticas próprias de cada coletivo. O amor de Clotilde por um certo Leandro Dantas, que estreou em 2010, da Trupe Ensaia Aqui e Acolá, rodou vários festivais do país e deve circular em 2012.

O grupo já está em fase de pesquisa para o novo projeto, que encerra a trilogia em homenagem ao diretor e professor Marco Camarotti. “Crescemos esteticamente. Começamos como um coletivo, mas não tínhamos organização de grupo, gestão. E conseguimos perceber o quanto isso é importante. Nós nos mobilizamos e conseguimos levar o público ao teatro”, conta o diretor Jorge de Paula.

Já o grupo O Poste Soluções Luminosas está comemorando a aprovação nos editais do Myriam Muniz e Procultura, que vão possibilitar que o espetáculo Cordel do amor sem fim, que estreou também em 2010 e passou por vários festivais, faça circulação por lugares cortados pelo Rio São Francisco. Nessas cidades, o grupo também fará formação e já deve começar a pesquisar sobre os jogos e brincadeiras das crianças do Nordeste e as africanas.

Circuito

Valmir Santos, curador deste ano do Festival Recife do Teatro Nacional, fez uma mostra ousada. Em vez de trazer grupos renomados, que de alguma forma sempre fazem parte do festival, como o Galpão e a Armazém Companhia de Teatro, optou por trazer peças que dificilmente viriam ao Recife, por conta da falta de apoio e das distâncias, e que compõem o repertório de alguns grupos com propostas e trabalhos estéticos interessantes. Vimos por aqui, por exemplo, duas montagens que depois foram premiadas pela Associação Paulista de Críticos de Arte: Luis Antonio – Gabriela, da Cia Munguzá, e O jardim (Cia Hiato).

O Jardim, da Cia Hiato, de São Paulo, emocionou o público. Foto: Ivana Moura

Ainda assim, os grupos tradicionais não deixaram de vir ao Recife. A Armazém trouxe o novo trabalho Antes da coisa toda começar; bem antes disso, Marieta Severo e Andrea Beltrão apresentaram, finalmente, a peça de Newton Moreno, com direção de Aderbal Freire-Filho, As centenárias; Marco Nanini trouxe sua premiada Pterodátilos; e Júlia Lemmertz, Paulo Betti e Débora Evelyn vieram ao Recife com Deus da carnificina.

Para 2012, a produtora Denise Moraes já promete novas produções. Velha é a mãe, com Louise Cardoso e Ana Baird, e direção de João Fonseca, deve ser apresentada no Recife de 9 a 11 de março, no Teatro de Santa Isabel. Já de 11 a 13 de março, Denise Fraga encena Sem pensar, direção de Luiz Villaça.

Muitos planos, pouco tempo

Muitas promessas e projetos, mas um prazo apertado. Afinal, este ano é de eleição municipal. Só no último mês de agosto, o diretor de teatro Roberto Lúcio assumiu oficialmente a Gerência Operacional de Artes Cênicas da Fundação de Cultura da Cidade do Recife, e agora a correria é grande para que os projetos possam sair do plano das ideias. No fim de novembro, a gerência fez uma reunião com a classe (João da Costa nem de longe tem a aprovação dos artistas, como ficou claro nesse encontro). Maria Clara Camarotti, gerente de serviço de teatro, apresentou um plano que contempla, entre muitas ações, um seminário de políticas públicas para as artes cênicas, o lançamento de edital específico para ensaios dos grupos nos equipamentos da prefeitura, a elaboração de uma proposta de criação de uma escola técnica (que será apresentado ao governo do estado), a realização do Mascate: Mercado das Artes Cênicas, ações formativas em gestão, produção e elaboração de projetos, e a realização do Fórum dos Teatros.

Perdemos

José Renato Pécora
Faleceu em maio, aos 85 anos. Fundador do Teatro de Arena de São Paulo e responsável pela peça Eles não usam black-tie, que marcou os anos 1950. Morreu após sessão de 12 homens e uma sentença, dirigida por Eduardo Tolentino.

No mês de agosto, perdemos Ítalo Rossi


Ítalo Rossi

Mais de 400 montagens e 50 anos de carreira estão no legado de Ítalo Rossi, que morreu aos 80 anos, em agosto. Nascido em Botucatu, em São Paulo, seu último personagem foi no humorístico Toma lá dá cá, da Globo.

Enéas Alvarez
Jornalista, crítico de teatro, ator do Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP), advogado, padre da Igreja Siriana Ortodoxa de Olinda, Enéas Alvarez morreu aos 64 anos, em 21 de novembro. Há 20 anos, sofria com problemas de saúde agravados pela obesidade.

Sérgio Britto
Considerado um mestre do teatro brasileiro, o ator e diretor Sérgio Britto faleceu no dia 17 de dezembro, de problemas cardiorrespiratórios. Tinha 88 anos e 60 anos de carreira. Atuou e dirigiu mais de 130 peças e apresentava na TV o programa Arte com Sérgio Britto.

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Pra curtir o restinho do fim de semana

Cênicas Cia de Repertório estreou Pluft - O fantasminha. Foto: Valdemir Rodrigues

O fim de semana está já acabando, mas ainda dá pra curtir a programação nos teatros da cidade! Tem muita coisa legal, inclusive opções de dança:

Divinas – Lívia Falcão (a palhaça Zanoia) divide a cena com Fabiana Pirro (Uruba) e Odília Nunes (Bandeira) no ambiente circense. As palhaças contam histórias, seguindo em uma estrada, em busca de seus sonhos e crenças. Teatro Barreto Júnior. Hoje, às 20h. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada). Informações: (81) 3355-6398.

Lasanha e Ravioli in casa – Conduzido pela atrizes Ana Barroso e Mônica Biel, que formam a dupla Lasanha e Ravioli, peça narra o cotidiano de duas palhaças que decidem comemorar dez anos de carreira montando uma nova peça. Teatro Apolo (Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife). Hoje, às 16h30. Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (crianças, artistas, estudantes e maiores de 60 anos). Informações: (81) 3355-3318.

Pluft – O fantasminha – Pirata rapta a Menina Maribel e a esconde no sótão de uma casa abandonada, onde vive uma família de fantasmas. Produção da Cênicas Companhia de Repertório. Teatro Barreto Júnior (Rua Estudante Jeremias Bastos, Pina). Hoje, às 16h30. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada). Informações: (81) 3355-6398.

Amanhã é depois, hoje é brinquedo – Espetáculo tem como foco as brincadeiras de criança e a interação coma plateia. Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu, Boa Viagem). Hoje, às 16h30. Ingressos: R$ 10 e R$ 5. Informações: (81) 3355-9821.

Lua Cambará – Espetáculo de dança contemporânea do grupo Ária Social. A história de sofrimento, morte e vingança de Lua Cambará, é contada por 52 bailarinos. Nesta semana, montagem integra o projeto Luz para a Psiquiatria. Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n – Centro). Hoje, às 16h. Ingressos a partir de R$ 20, na bilheteria do teatro. Informações: (81) 3355-3324.

Palhaças Lasanha e Ravioli fazem última sessão de espetáculo. Foto: Daniel Torres

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Teatro fast

Veio de Manaus, a partir do Festival Breves Cenas de Teatro, a ideia para a criação do RecifeFastTeatro, uma mostra nacional de cenas curtas, que está na programação do Seminário Internacional de Crítica Teatral. Em dois dias, hoje e amanhã, às 19h, onze cenas curtas de grupos de São José do Rio Preto, Rio de Janeiro, Manaus, Recife e Jaboatão dos Guararapes, serão exibidas. O palco escolhido foi o Teatro Capiba, no Sesc de Casa Amarela. A entrada é gratuita.

@.com é cena curta apresentada por ator de Manaus. Foto: Ruth Juca

Além do RecifeFastTeatro, amanhã, às 14h, a Cênicas Cia de Repertório vai participar de uma demonstração de trabalho com o tema Memórias delicadas (in process). Essa deve ser a nova montagem do grupo. A mediação desse open space, às 14h, no mini-auditório do Centro de Artes e Comunicação da UFPE, será de Luís Reis. (A produção do Seminário informou que a demonstração de trabalho não vai mais acontecer.)

Também amanhã, os críticos convidados pelo seminário vão para Limoeiro assistir ao espetáculo A inconveniência de ter coragem, texto de Ariano Suassuna que tem direção de Fábio André, às 20h. A apresentação é gratuita. Depois, será realizada uma noite gastronômica só com comidas regionais.

Seminário será realizado também em Limoeiro. Foto: Jorge Farias

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Uma década de companhia

Cênicas realiza nova leitura de Mamãe não pode saber

A Cênicas Cia. de Repertório faz dez anos no dia 12 de junho. Para comemorar (até porque não é todo dia que um coletivo teatral completa uma década!), o grupo montou uma programação especial que começa hoje, no Espaço Muda. A companhia decidiu repetir a leitura de Mamãe não pode saber, realizada no dia 26 de abril. O texto é de João Falcão, foi montado na capital pernambucana na década de 1990, e tinha no elenco nomes como Aramis Trindade, Lívia Falcão e Magdale Alves.

Na leitura da Cênicas, o elenco é formado por Alexandre Guimarães, Ana Souza, Antônio Rodrigues, Bruna Castiel, Sônia Carvalho e Vinícius Vieira, com direção de Antônio Rodrigues. É um jogo divertido que consiste basicamente na interpretação de mais de um personagem por ator. Além disso, a história é cheia de personagem querendo se dar bem! Bruna Castiel se destaca. A jovem atriz tem uma voz forte e talento de sobra para ser lapidado. Uma grande aposta do nosso teatro nos próximos anos! A leitura será às 20h, com contribuição espontânea.

A programação continua no dia 11, também no Muda, às 21h, com ingressos a R$ 10. O grupo apresenta Que muito amou, uma adaptação do livro Os dragões não conhecem o paraíso, de Caio Fernando Abreu. A peça estreou em 2004. Nesse mesmo dia, a partir das 23h, será realizada a festa de dez anos e o lançamento Jornal Virtual – Cênicas Acontece, um informativo sobre as atividades do grupo. A festa é gratuita e outros artistas podem participar com performances.

No dia 18, o grupo reapresenta Que muito amou, às 21h. E no dia 22, às 20h, com contribuição espontânea, Bruna Castiel apresenta Natureza morta, com direção de Antônio Rodrigues. É o lançamento do projeto Cênicas Em Cena, solos construídos a partir das improvisações dos atores do grupo. Esse é ainda um experimento do que será um espetáculo com estréia prevista para agosto.

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Cênicas Cia faz leitura de João Falcão

Texto Mamãe não pode saber foi montado em 1993

O texto Mamãe não pode saber, de João Falcão, tem 12 personagens. É daquelas histórias onde cada um que tente tirar mais vantagem em cima do outro. Tem, por exemplo, a Dona Glória, que presta, sem o menor talento, um serviço de autoajuda pelo telefone e encara a filha, uma aspirante a modelo de 13 anos, como uma salvação para os problemas financeiros. Há ainda amiga invejosa, o político corrupto. E muita confusão. Será da Cênicas Cia de Repertório a divertida tarefa de fazer uma leitura dramatizada desse texto hoje, às 20h, no Espaço Muda, no Recife, dentro do projeto Leia-se: terça!.

O texto já foi montado aqui no Recife, com direção do próprio João Falcão, em 1993. Tinha no elenco atores como Lívia Falcão, Aramis Trindade e Magdale Alves. Antônio Rodrigues, que assina a direção da leitura que será feita pela Cênicas, diz que viu a montagem nessa época. “A comédia é um estilo que nos interessa muito, principalmente sendo um bom texto como esse. E quase todos do grupo já conheciam o texto. Foi aí que entrei em contato com o João para pedir autorização para fazer a leitura”, conta.

No elenco, além do próprio Rodrigues, Alexandre Guimarães, Ana Souza, Bruna Castiel, Sônia Carvalho e Vinícius Vieira. De acordo com o ator e diretor, o texto já foi escrito para ser encenado por menos atores do que são os personagens. “O texto brinca com isso, inclusive dando características comuns aos personagens indicados para serem feitos por um mesmo ator”.

A Cênicas Cia de Repertório não fazia uma leitura dramatizada aberta ao público desde 2007, quando dentro do festival Recife do Teatro Nacional, eles leram Mura outside, do amazonense Francisco Carlos. “Geralmente quando estudamos um texto e pesquisamos para uma leitura dramatizada, fica sempre um gostinho de se fazer a montagem. Mas daí para a viabilização da produção tem outras peculiaridades. Existem várias etapas a se cumprir entre a realização da leitura e a montagem. Mas era um desejo fazer esse texto”, complementa.

Cênicas Cia de Repertório tem a intenção de montar a peça. Fotos: Luciana Dantas

Uma década – No dia 12 de junho deste ano, a Cênicas Cia de Repertório completa dez anos. O primeiro espetáculo foi Um gesto por outro. Para comemorar, o grupo está montando uma programação especial, que deve contar com a reapresentação de algumas peças do repertório (inclusive da peça de estreia), um ciclo de debates, um documentário e ainda uma exposição de fotografias e figurinos na sede do grupo, no Recife Antigo, espaço que a companhia mantém há um ano. Há também a intenção de reler o texto Mamãe não pode saber.

O último espetáculo do grupo foi Senhora dos afogados, com direção de Érico José, que estreou ano passado no Recife.

Mamãe não pode saber, com a Cênicas Cia de Repertório, no Leia-se: terça!
Quando: nesta terça-feira, às 20h
Onde: Espaço Muda (Rua do Lima, 280, Santo Amaro)
Quanto: contribuição espontânea
Informações: 81 3032-1347

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