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Formação de ator

Enamorados, a demanda do amor, espetáculo de conclusão de curso do Sesc Santo Amaro, com direção de Galiana Brasil e Marcus Rodrigues. Foto: Alcides Martins Jr

Enamorados, a demanda do amor, espetáculo de conclusão de curso do Sesc Santo Amaro, com direção de Galiana Brasil e Marcus Rodrigues. Foto: Alcides Martins Jr

De tempos em tempos recebemos e-mails de leitores do blog pedindo indicações de cursos de teatro. Então como alguns deles – estes para atores – estão com inscrições abertas, resolvemos reunir algumas opções neste post:

Curso de Interpretação para Teatro Sesc Santo Amaro
O Sesc Santo Amaro fez uma reestruturação recente no curso, coordenada por Roberto Lúcio. Este era o antigo curso regular de teatro. O foco é a formação do ator e é preciso ter experiência comprovada através de currículo. “Não é um curso para iniciantes. Nós também oferecemos cursos de iniciação teatral, mas para este o aluno tem que já ter ao menos um curso de iniciação teatral ou ter feito teatro na escola, na igreja”, explica Rodrigo Cunha, coordenador pedagógico. O curso tem duração de dois anos e meio com aulas de segunda a sexta-feira, das 19h às 22h. No primeiro módulo, além de Roberto Lúcio estão confirmados os professores Rodrigo Cunha, Anamaria Sobral e Flávia Layme. A grade tem 25 disciplinas, sendo que cinco delas devem resultar em apresentações públicas ao longo do curso. As inscrições podem ser feitas na coordenação de cultura do Sesc Santo Amaro até 15 de fevereiro, das 9h às 12h e das 13h às 19h. Há um processo de seleção: os candidatos fazem uma prova escrita no dia 18 de fevereiro; no dia seguinte passam por uma atividade de expressão corporal e nos dias 20 e 21 apresentam cenas solo e são entrevistados. O resultado deve ser divulgado no dia 25 de fevereiro e as aulas já começam no dia 4 de março. São 20 vagas e a mensalidade custa R$ 100 para o público em geral e R$ 50 para comerciários e dependentes. Além do curso de Interpretação para Teatro, o Sesc oferece cursos de Iniciação ao Teatro, Avançado de Teatro, Teatro para Crianças e Teatro para Terceira Idade, nas unidades da capital e do interior. Informações: (81) 3216-1728.

João Pernambuco
A Escola Municipal de Arte João Pernambuco, no bairro da Várzea, enfrentou muitos problemas na gestão João da Costa; mas, depois de um ano e meio, o teatro foi reaberto e trocaram telhado e fiação. Ainda há muitas deficiências, ainda assim a escola continua funcionando e está com inscrições abertas para alguns cursos, como o básico, o profissional de teatro, oficina de teatro e infantil. Para o curso profissional, que é mais o nosso foco, é preciso apresentar uma carta de intenção, currículo artístico e estar cursando no mínimo o ensino médio. Para a seleção, o candidato recebe um texto e deve construir uma pequena cena. São dois anos, com aulas no período da noite, quatro vezes por semana.
Entre as disciplinas, Interpretação I, II e III, Montagem, Encenação, Dramaturgia, História do teatro I e II, Técnica vocal, Filosofia da arte e Sociologia da arte. Os cursos são gratuitos. A turma mais recente do curso profissional terminou em dezembro de 2012. Sob direção e orientação de Fred Nascimento, os alunos montaram um trabalho intitulado Cartografia do Humano, que deve ser apresentado em março. Informações: (81) 3355-4092.

O Casamento do Pequeno Burguês, com alunos da Fiandeiros

O Casamento do Pequeno Burguês, com alunos da Fiandeiros

Escola de Teatro Fiandeiros
A Companhia Fiandeiros tem uma escola desde 2009. No currículo do curso de formação de atores, são disciplinas obrigatórias: Expressão Corporal (Quiércles Santana), História do teatro (Wellington Júnior), Técnica Vocal (Leila Freiras), Interpretação I (Ricardo Mourão) e Interpretação II e montagem (André Filho). As inscrições podem ser feitas pelo site www.fiandeiros.com.br até 10 de março. Este ano, a seleção será realizada entre 11 e 15 de março e as aulas começam no dia 1 de abril, sempre às segundas e quartas-feiras, das 19h às 22h, no Espaço Fiandeiros, na Boa Vista. As inscrições custam R$ 10 e as mensalidades R$ 120. Outras informações: (81) 4141-2431.

Fiandeiros para Crianças
Desde o ano passado a Fiandeiros também está com um curso de Teatro para Crianças. As inscrições estão abertas. As aulas começam em abril e vão até julho, sempre aos sábados, das 10h às 12h. Há uma montagem final dirigida por Daniela Travassos, que também ministra as aulas. As inscrições custam R$ 10 e as mensalidades R$ 80.

Cênicas Cia de Repertório
A Cênicas Cia de Repertório está com inscrições abertas para o módulo 2 do curso de iniciação teatral (é preciso já ter um curso anterior de iniciação, sendo da Cênicas ou não). A carga horária é de 60 horas/aula e ao final os alunos participam de uma montagem, uma prova pública, com direção de Antônio Rodrigues. As aulas são aos sábados, das 9h às 13h, e já começam no dia 16 de fevereiro, mas o curso recebe alunos novos até 2 de março. A matrícula custa R$ 30 e as mensalidades R$ 100. Em abril, o grupo vai abrir inscrições para o módulo 1. Outras informações: (81) 9609-3838.

Nem às paredes confesso, com alunos da Cênicas Cia de Repertório

Nem às paredes confesso, com alunos da Cênicas Cia de Repertório. Foto: Rei San

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# Curtinhas

Aquilo que meu olhar guardou para você. Foto: Ivana Moura

# O Magiluth está terminando uma temporada curtinha de Aquilo que meu olhar guardou pra você neste fim de semana. As apresentações são hoje (9) e amanhã (10) no Teatro Arraial, às 20h. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada). Leia aqui a última crítica que escrevemos sobre o espetáculo.

# A IV Turma de Iniciação Teatral da Cênicas Cia de Repertório apresenta o seu trabalho de conclusão neste domingo (11), às 20h, no Teatro Barreto Júnior. Eles encenam A Incrível Confeitaria do Sr Pellica, texto de Pedro Brício, com direção de Antônio Rodrigues e assistência de Sônia Carvalho. Na montagem, o proprietário de uma confeitaria do século XVIII, a família dele, os criados e amigos pensam numa maneira de salvar o negócio. É uma comédia com arquétipos da sociedade burguesa decadente e um final que promete surpreender. No elenco estão Bárbara Brendel, Cláudia Shinoby, Dani Medeiros, Diego Nascimento, Douglas Dantas Jajá Rodrigues, Jandson Miranda, Lídia Lins, Manoel Francisco, Nice Lima e Pollyanna Cabral. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada).

A incrível confeitaria do Sr Pellica . Foto:Toni Rodrigues

# Com direção de Adriana Madasil e texto de Caio Andrade, o grupo Repertório de Teatro apresenta hoje (9) e amanhã (10), às 20h, o espetáculo Quadro em branco. Será no Teatro Capiba, no Sesc Casa Amarela. A peça retrata as lembranças de Flora, estudante de artes plásticas e filha de militar, que viveu a juventude em plena ditadura, no auge dos movimentos contracultura e da defesa da liberdade de expressão. Juntamente com mais cinco amigos, Flora revive esses momentos de sensibilidade, emoção e tragédia. Ingressos: R$ 10.

Cegonhas e rodovalhos

# Samuel Bennaton apresenta o seu primeiro projeto solo no Teatro Joaquim Cardozo, no Centro Cultural Benfica. Cegonhas e rodovalhos fala sobre um pai que se mantém vivo, personificando as intempéries da vida que acabaram por deixá-lo sozinho e isolado. A obra surgiu a partir do poema homônimo de Machado de Assis. A assistência de sireção é de Samir Benjamim, a assistência de produção de Weldjane Mary e a concepção de iluminação de Natalie Revorêdo, Luiz Gutemberg e César Jeansen. Toda sexta-feira, às 20h, até 14 de dezembro. Ingressos: R$ 7 (preço de meia-entrada para todos).

# O Coletivo Lugar Comum estreou espetáculo semana passada, na Casa Mecane (Av. Visconde de Suassuna, 338, Boa Vista). Segunda pele surgiu do estudo do figurino, que se desmembrou em muitos questionamentos sobre aquilo que usamos sobre o corpo, o que nos adorna ou o que vestimos; informações culturais, sociais, políticas, as reivindicações, prisões e liberdades, a identidade de um povo, de uma época ou de um homem, de uma criança, de uma mulher. O espetáculo é das bailarinas Liana Gesteira, Maria Agrelli e Renata Muniz. Fica em cartaz sextas, sábados e domingos de novembro, sempre às 20h. Ingressos: R$ 15 e R$ 7 (meia-entrada).

Segunda pele. Foto: Ju Brainer

# Semana passada também foi inaugurado um espaço novo – o Sobrado das Artes, na Travessa Tiradentes, no Recife Antigo. Afar, da Sete&Oito Companhia de Dança, está em cartaz lá até o dia 25, com sessões sábados, às 20h, e domingos, às 19h. O trabalho é fruto da pesquisa dos bailarinos e arte-educadores Carlla Amaral e Cleisson Barros, que viram no barro um canal ideal para expressar as dúvidas, anseios e conflitos causados pela fome de criação do homem. Ingressos: R$ 10.

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Retrô 2011

Os artistas aguardaram: apoio, resultados dos editais atrasados, pagamento de fomentos. Como – ainda bem-diz a música de Marcelo Camelo (Casa pré-fabricada), “nessa espera, o mundo gira em linhas tortas”. Os caminhos não serem retos não é, definitivamente, ruim para a arte. Se o atraso no resultado do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura) prejudicou a cena teatral pernambucana em 2011, serviu também ao propósito de mostrar que o teatro continua sendo uma arte de resistência; e que é possível sim levar ao palco produções de qualidade, a duras penas, mesmo sem incentivos oficiais. Para 2012, se as promessas e os prazos de editais forem realmente cumpridos, é bem provável que tenhamos um panorama de peças mais amplo, pelo menos em quantidade. Qualidade não foi o problema.

No Janeiro de Grandes Espetáculos, que começa na próxima quarta-feira, teremos pelo menos três estreias: Aquilo que meu olhar guardou para você, do grupo Magiluth, Caxuxa, da Duas Companhias, e O pássaro de papel, com direção de Moncho Rodriguez e produção de Pedro Portugal e Paulo de Castro. Para o Magiluth, que tem sete anos de atividades, 2011 foi um ano de aprimoramento e, mais ainda, de alargar as possibilidades criativas. Estrearam a peça O canto de Gregório, sem apoio estadual ou municipal, “o que não é um mérito, é porque fazer teatro é mais forte do que a gente, mas é muito difícil”, conta Pedro Wagner, que interpreta Gregório. Ainda participaram do projeto Rumos Itaú Cultural, que possibilitou, através de edital, intercâmbios entre grupos.

Magiluth vai estrear Aquilo que meu olhar guardou para você. Foto: Thaysa Zooby

O Magiluth trabalhou com o Teatro do Concreto, de Brasília. E daí surgiu o novo espetáculo, que tem direção de Luis Fernando Marques, do grupo paulista XIX de Teatro. O grupo passa por um momento limite. “Eles já não são um grupo ‘de novos’. E precisam se manter. Espero que eles consigam esse equilíbrio de produção. Além de ser artista, tem que ter estrutura de produção, gestão”, complementa o professor Luís Reis.
Caxuxa, outra estreia, é uma remontagem, uma adaptação do texto de João Falcão. “Foi uma ideia de Claudio Ferrario. Fizemos essa peça, um musical, há 20 anos”, conta Lívia Falcão, que fez parte do elenco de Divinas, ao lado de Fabiana Pirro e Odília Nunes, que estreou ano passado.

Luiza Fontes, Regina Medeiros e Sofia Abreu estão no elenco de O pássaro de papel. Foto: Pedro Portugal

Ao longo de 2012, outras produções estão previstas. Jorge de Paula, Thay Lopes e Kleber Lourenço devem trabalhar a partir de um texto de Luiz Felipe Botelho, com direção de Tiche Vianna, do Barracão Teatro, de Campinas. Rodrigo Dourado está na direção de Olivier e Lili – Uma história de amor em 900 frases, que tem no elenco Fátima Pontes e Leidson Ferraz. A Cênicas Companhia de Repertório, que fez o infantil Plutf – O fantasminha, está em fase de pré-produção do espetáculo baseado na formação de clowns, e deve montar outro infantil.

Cinema é uma coprodução entre a Cia Clara e o Espaço Muda. Foto: Nilton Leal

Jorge Féo, do Espaço Muda, está trabalhando em parceria com Anderson Aníbal, da Cia Clara, no projeto Cinema, com estreia prevista para abril. A Fiandeiros deve abrir o seu espaço, na Boa Vista, para a realização de temporadas, planeja fazer o infantil Vento forte para água e sabão, e ainda vai lançar o Núcleo de Teatro Novelo, com alunos saídos dos cursos ministrados pela companhia. Breno Fittipaldi e Ana Dulce Pacheco devem estrear, em maio, Encontro Tchekhov, também sem incentivos.

– Colaborou Tatiana Meira

Alguns registros:

Carla Denise fez documentário sobre Hermilo Borba Filho

Leda Alves, viúva de Hermilo Borba Filho, acalenta o projeto de lançar um livro sobre a obra de Hermilo e o Teatro Popular do Nordeste (TPN). “Seria uma obra envolvendo vários pesquisadores”, conta. No último mês de dezembro, a dramaturga e jornalista Carla Denise lançou o DVD Coleção Teatro – Volume 3 – Hermilo Borba Filho, que além de entrevistas com atores, diretores, pessoas que conviveram com Hermilo, traz ainda uma entrevista antiga com o próprio diretor.

O livro TAP – Sua cena & sua sombra: O Teatro de Amadores de Pernambuco (1941-1991), de Antonio Edson Cadengue, foi lançado em novembro. Esse regaste, fundamental para entender a trajetória do teatro em Pernambuco, está disponível em edição rica em detalhes e fotos. Outra publicação importante foi o livro Transgressão em 3 atos: Nos abismos do Vivencial, escrito por Alexandre Figueirôa, Stella Maris Saldanha e Cláudio Bezerra.

O Teatro Experimental de Arte de Caruaru comemora 50 anos em 2012 com muitos motivos para comemorar. Se neste ano o Festival de Teatro do Agreste (Feteag) não ocorreu por falta de apoio e recursos, a Câmara Municipal de Caruaru já aprovou, no mês de novembro, uma verba de R$ 100 mil para que a mostra seja realizada. O grupo deve ainda estrear O pagador de promessas e lançar um livro. Neste ano, pela primeira vez, o TEA participou do Festival de Curitiba.

A publicitária Lina Rosa Vieira está com a agenda lotada para 2012. Em junho, o Festival Internacional de Teatro de Objetos (Fito) será realizado em Belo Horizonte e deve passar por Florianópolis e Curitiba. Está quase certo que o Fito, que foi sucesso de público no Marco Zero, seja realizado aqui, em setembro, trazendo o espetáculo francês Transports Exceptionnels. Já está confirmado é que o Sesi Bonecos do Mundo virá a Pernambuco em novembro.

Lina Rosa Vieira deve trazer o Sesi Bonecos do Mundo e o Fito novamente ao Recife


Pé na estrada

O compromisso com o teatro de grupo está levando as produções pernambucanas para outras cercanias. Não são peças organizadas apenas para cumprir uma temporada, mas fruto da pesquisa, da investigação de uma linguagem e estéticas próprias de cada coletivo. O amor de Clotilde por um certo Leandro Dantas, que estreou em 2010, da Trupe Ensaia Aqui e Acolá, rodou vários festivais do país e deve circular em 2012.

O grupo já está em fase de pesquisa para o novo projeto, que encerra a trilogia em homenagem ao diretor e professor Marco Camarotti. “Crescemos esteticamente. Começamos como um coletivo, mas não tínhamos organização de grupo, gestão. E conseguimos perceber o quanto isso é importante. Nós nos mobilizamos e conseguimos levar o público ao teatro”, conta o diretor Jorge de Paula.

Já o grupo O Poste Soluções Luminosas está comemorando a aprovação nos editais do Myriam Muniz e Procultura, que vão possibilitar que o espetáculo Cordel do amor sem fim, que estreou também em 2010 e passou por vários festivais, faça circulação por lugares cortados pelo Rio São Francisco. Nessas cidades, o grupo também fará formação e já deve começar a pesquisar sobre os jogos e brincadeiras das crianças do Nordeste e as africanas.

Circuito

Valmir Santos, curador deste ano do Festival Recife do Teatro Nacional, fez uma mostra ousada. Em vez de trazer grupos renomados, que de alguma forma sempre fazem parte do festival, como o Galpão e a Armazém Companhia de Teatro, optou por trazer peças que dificilmente viriam ao Recife, por conta da falta de apoio e das distâncias, e que compõem o repertório de alguns grupos com propostas e trabalhos estéticos interessantes. Vimos por aqui, por exemplo, duas montagens que depois foram premiadas pela Associação Paulista de Críticos de Arte: Luis Antonio – Gabriela, da Cia Munguzá, e O jardim (Cia Hiato).

O Jardim, da Cia Hiato, de São Paulo, emocionou o público. Foto: Ivana Moura

Ainda assim, os grupos tradicionais não deixaram de vir ao Recife. A Armazém trouxe o novo trabalho Antes da coisa toda começar; bem antes disso, Marieta Severo e Andrea Beltrão apresentaram, finalmente, a peça de Newton Moreno, com direção de Aderbal Freire-Filho, As centenárias; Marco Nanini trouxe sua premiada Pterodátilos; e Júlia Lemmertz, Paulo Betti e Débora Evelyn vieram ao Recife com Deus da carnificina.

Para 2012, a produtora Denise Moraes já promete novas produções. Velha é a mãe, com Louise Cardoso e Ana Baird, e direção de João Fonseca, deve ser apresentada no Recife de 9 a 11 de março, no Teatro de Santa Isabel. Já de 11 a 13 de março, Denise Fraga encena Sem pensar, direção de Luiz Villaça.

Muitos planos, pouco tempo

Muitas promessas e projetos, mas um prazo apertado. Afinal, este ano é de eleição municipal. Só no último mês de agosto, o diretor de teatro Roberto Lúcio assumiu oficialmente a Gerência Operacional de Artes Cênicas da Fundação de Cultura da Cidade do Recife, e agora a correria é grande para que os projetos possam sair do plano das ideias. No fim de novembro, a gerência fez uma reunião com a classe (João da Costa nem de longe tem a aprovação dos artistas, como ficou claro nesse encontro). Maria Clara Camarotti, gerente de serviço de teatro, apresentou um plano que contempla, entre muitas ações, um seminário de políticas públicas para as artes cênicas, o lançamento de edital específico para ensaios dos grupos nos equipamentos da prefeitura, a elaboração de uma proposta de criação de uma escola técnica (que será apresentado ao governo do estado), a realização do Mascate: Mercado das Artes Cênicas, ações formativas em gestão, produção e elaboração de projetos, e a realização do Fórum dos Teatros.

Perdemos

José Renato Pécora
Faleceu em maio, aos 85 anos. Fundador do Teatro de Arena de São Paulo e responsável pela peça Eles não usam black-tie, que marcou os anos 1950. Morreu após sessão de 12 homens e uma sentença, dirigida por Eduardo Tolentino.

No mês de agosto, perdemos Ítalo Rossi


Ítalo Rossi

Mais de 400 montagens e 50 anos de carreira estão no legado de Ítalo Rossi, que morreu aos 80 anos, em agosto. Nascido em Botucatu, em São Paulo, seu último personagem foi no humorístico Toma lá dá cá, da Globo.

Enéas Alvarez
Jornalista, crítico de teatro, ator do Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP), advogado, padre da Igreja Siriana Ortodoxa de Olinda, Enéas Alvarez morreu aos 64 anos, em 21 de novembro. Há 20 anos, sofria com problemas de saúde agravados pela obesidade.

Sérgio Britto
Considerado um mestre do teatro brasileiro, o ator e diretor Sérgio Britto faleceu no dia 17 de dezembro, de problemas cardiorrespiratórios. Tinha 88 anos e 60 anos de carreira. Atuou e dirigiu mais de 130 peças e apresentava na TV o programa Arte com Sérgio Britto.

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Pra curtir o restinho do fim de semana

Cênicas Cia de Repertório estreou Pluft - O fantasminha. Foto: Valdemir Rodrigues

O fim de semana está já acabando, mas ainda dá pra curtir a programação nos teatros da cidade! Tem muita coisa legal, inclusive opções de dança:

Divinas – Lívia Falcão (a palhaça Zanoia) divide a cena com Fabiana Pirro (Uruba) e Odília Nunes (Bandeira) no ambiente circense. As palhaças contam histórias, seguindo em uma estrada, em busca de seus sonhos e crenças. Teatro Barreto Júnior. Hoje, às 20h. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada). Informações: (81) 3355-6398.

Lasanha e Ravioli in casa – Conduzido pela atrizes Ana Barroso e Mônica Biel, que formam a dupla Lasanha e Ravioli, peça narra o cotidiano de duas palhaças que decidem comemorar dez anos de carreira montando uma nova peça. Teatro Apolo (Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife). Hoje, às 16h30. Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (crianças, artistas, estudantes e maiores de 60 anos). Informações: (81) 3355-3318.

Pluft – O fantasminha – Pirata rapta a Menina Maribel e a esconde no sótão de uma casa abandonada, onde vive uma família de fantasmas. Produção da Cênicas Companhia de Repertório. Teatro Barreto Júnior (Rua Estudante Jeremias Bastos, Pina). Hoje, às 16h30. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada). Informações: (81) 3355-6398.

Amanhã é depois, hoje é brinquedo – Espetáculo tem como foco as brincadeiras de criança e a interação coma plateia. Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu, Boa Viagem). Hoje, às 16h30. Ingressos: R$ 10 e R$ 5. Informações: (81) 3355-9821.

Lua Cambará – Espetáculo de dança contemporânea do grupo Ária Social. A história de sofrimento, morte e vingança de Lua Cambará, é contada por 52 bailarinos. Nesta semana, montagem integra o projeto Luz para a Psiquiatria. Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n – Centro). Hoje, às 16h. Ingressos a partir de R$ 20, na bilheteria do teatro. Informações: (81) 3355-3324.

Palhaças Lasanha e Ravioli fazem última sessão de espetáculo. Foto: Daniel Torres

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Teatro fast

Veio de Manaus, a partir do Festival Breves Cenas de Teatro, a ideia para a criação do RecifeFastTeatro, uma mostra nacional de cenas curtas, que está na programação do Seminário Internacional de Crítica Teatral. Em dois dias, hoje e amanhã, às 19h, onze cenas curtas de grupos de São José do Rio Preto, Rio de Janeiro, Manaus, Recife e Jaboatão dos Guararapes, serão exibidas. O palco escolhido foi o Teatro Capiba, no Sesc de Casa Amarela. A entrada é gratuita.

@.com é cena curta apresentada por ator de Manaus. Foto: Ruth Juca

Além do RecifeFastTeatro, amanhã, às 14h, a Cênicas Cia de Repertório vai participar de uma demonstração de trabalho com o tema Memórias delicadas (in process). Essa deve ser a nova montagem do grupo. A mediação desse open space, às 14h, no mini-auditório do Centro de Artes e Comunicação da UFPE, será de Luís Reis. (A produção do Seminário informou que a demonstração de trabalho não vai mais acontecer.)

Também amanhã, os críticos convidados pelo seminário vão para Limoeiro assistir ao espetáculo A inconveniência de ter coragem, texto de Ariano Suassuna que tem direção de Fábio André, às 20h. A apresentação é gratuita. Depois, será realizada uma noite gastronômica só com comidas regionais.

Seminário será realizado também em Limoeiro. Foto: Jorge Farias

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