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Sem orçamento, Secretaria de Cultura cancela edição 2014 do Festival Nacional

Carlos Carvalho diz que assina embaixo a não realização do FRTN, porque não havia recursos suficientes para fazer um bom festival. Foto: Pollyanna Diniz

Carlos Carvalho diz que assina embaixo a não realização do FRTN, porque não havia recursos suficientes para fazer um bom festival. Foto: Pollyanna Diniz

Agora é oficial. O burburinho que tomava conta das rodas de conversa dos artistas se concretizou: a 17ª edição do Festival Recife do Teatro Nacional (FRTN) não irá acontecer em 2014. Sem que a sociedade civil e a classe artística fossem ouvidas, a Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, decidiu que o FRTN e o Festival Internacional de Dança do Recife serão intercalados. O Festival de Dança terminou este mês e agora só deve acontecer em 2016.

O Festival Nacional, como é chamado pela classe artística, sempre foi em seus bastidores um palco de lutas e afirmações, de buscas de políticas culturais mais amplas e quase nunca de consensos. A exceção talvez esteja no fato de que todos sempre concordaram com a importância da sua realização. Em 16 anos, a mostra ganhou alguns formatos, na busca pela excelência artística e também pelo cumprimento do seu papel social não só para os artistas e amantes do teatro, mas para o público em geral.

No ano passado, o Festival sofreu algumas alterações, na esteira da mudança política decorrente da gestão do PSB, que assumiu a Prefeitura do Recife. Foi uma edição bastante complicada – seja pela falta de planejamento, de orçamento, de qualidade artística. A discussão sobre o festival foi acalorada e pensou-se que iria render frutos, para uma próxima edição. Não foi o que aconteceu na prática. Sem verba, a edição 2014 do festival foi limada do calendário.

Em quase duas horas de conversa, o gerente geral do Centro de Formação e Pesquisa Apolo-Hermilo, Carlos Carvalho, responsável pela realização do festival, tentou explicar a decisão ao blog e reconheceu que a classe artística não foi ouvida, embora afirme que o momento é crucial para discussões.

Conversamos também sobre as ações que estão sendo executadas e planejadas para o Centro Apolo-Hermilo. Como a notícia sobre o cancelamento do festival já foi divulgada, resolvemos publicar logo a última parte da entrevista com Carlos, justamente sobre o FRTN. Logo mais, divulgaremos o restante da conversa.

Gestor garante que quer conversar com as entidades ainda este ano

Gestor garante que quer conversar com as entidades ainda este ano

ENTREVISTA // CARLOS CARVALHO

Isso não foi anunciado oficialmente (não havia sido até que a assessoria de imprensa da Prefeitura do Recife divulgasse uma nota no mesmo momento em que realizávamos a entrevista), mas o que se consta é que este ano não teremos Festival Recife do Teatro Nacional. Qual o motivo? Quem tomou essa decisão? Por quê?
De fato, não vai acontecer. Não há tempo para fazer o festival em 2014. O que levou a essa decisão? Primeiro: a diminuição dos recursos para o evento. Dois: um festival com a história que tem, seriam 17 edições este ano, não tem regularidade de orçamento. Penso também que, sendo coerente com o meu discurso de que gestão é feita não só pelos gestores, mas em parceria com a sociedade, que esse é o momento para sentarmos todos à mesa para discutir o que é esse festival, para quem, para que serve, a que ele atende? Porque, afinal de contas, estamos tratando de recurso público. Não estou pensando em números, números de quantas pessoas assistiram ou não, porque esse é um componente da discussão, mas não é fundamental. Para que serve, pra quem serve, para a cidade, para alguns? Esse debate precisa ser alargado. Essa foi a minha defesa. A decisão não foi minha, porque o festival não pertence ao Centro de Formação e Pesquisa, ele está aqui, por questões que o trouxeram para cá, mas ele pertence à gestão. Claro que todas as avaliações do festival (feitas ao final do festival), são escutas, onde se projetam coisas para o próximo ano; mas há muitas recorrências. Ao olhar as avaliações, de todos os anos, percebemos que, ora se fala mal do curador, ora se fala bem do curador, ora se fala mal do grau de excelência dos espetáculos. Creio que esse momento de não ter o festival, não ter para que no próximo ano ele seja bienal, acho que isso é uma coisa salutar. O fazer tem que ser precedido do planejar. Tem que ser discutido, planejado, consenso, vários olhares. Como agregar valor a esse festival? Tem tantas coisas a serem pensadas, sabe? Penso que a gente, ainda este ano, convide os entes todos, as entidades, e os interessados, os grupos, os artistas, enfim, pra discutir. Fazer talvez um grupo de trabalho para pensar o festival.

Porque isso não aconteceu antes? Tivemos um ano, desde o festival passado, já realizado com muitos problemas e críticas. A classe tem interesse nessa discussão. A avaliação, realizada aqui no Teatro Hermilo, estava lotada. É importante para a classe. De que forma ele vai ser reestruturado, debatemos, mas acho que a importância, não se discute. Tivemos pelo menos um ano para fazer isso. Queria saber o porquê disso não ter sido feito e, claramente, de quem foi a decisão de não ter festival e de ele ser bienal? Foi de Leda Alves?
É da Secretaria, em conjunto com a Fundação. Não teve um herói.

Mas, por exemplo, Romildo Moreira (gerente de artes cênicas da Prefeitura do Recife) foi consultado neste cancelamento?
Não sei lhe dizer. Sinceramente, não sei dizer se ele foi consultado.

Porque como ele é o gerente de artes cênicas, enfim…
Eu sei dizer que isso foi tema e eu participei de discussões, porque a gente estava esperando orçamentos, esperando orçamentos.

Essa decisão foi tomada quando?
Pouco tempo atrás.

Já se sabe que o orçamento para esse festival é bastante abstrato, assim como para qualquer outro evento de cultura da Prefeitura do Recife. Mas o Festival de Dança foi realizado agora há pouco. Também sabemos, historicamente, que é necessário que tenha alguém que vá atrás da captação de recursos, para que esse festival tenha, digamos, certa autonomia de verba.
A Secretaria tem um captador, que é Wellington (Lima). Onde a gente pode, nos editais, colocar o festival, colocamos, tanto Romildo por sua parte, como eu. Tive pouquíssimo contato com Romildo. Confesso que não era para ser assim. Mas as coisas aqui e lá e ele está distante, ele está no Pátio de São Pedro…

Por que as discussões não aconteceram?
As discussões aconteceram, aconteceram algumas discussões a respeito. Porque a luta continua. Ou seja: você espera que o orçamento seja consolidado em tal época, em tal tempo, aí não é consolidado, mas se abre uma perspectiva, então pra frente, pra frente. Na parte de captação, a gente colocou em vários editais o festival. Alguns não passaram, outros estamos esperando uma resposta.

Mas não dá mais tempo..
Sim, pra 2015. Estamos aguardando ainda alguns e estamos colocando noutros, além da Rouanet. Outro problema que já foi grave ano passado é que o festival estava com algumas pendências no Ministério da Cultura. A Secretaria, enquanto Festival de Dança, e de Teatro, eu soube. Isso teve que ser resolvido, de documentação, coisas desse tipo.

Mas isso foi importante na decisão de cancelar o festival? A Prefeitura não tem verba para fazer o festival? É isso?
A maior coisa foi falta de recursos.

Próximo ano teremos verba para fazer o festival?
Acho que sim. Estamos lutando para isso. Não posso dizer se teremos, porque nenhuma das pessoas pode dizer se próximo ano teremos, nem o prefeito; a não ser que ele diga assim: “eu vou tirar de tal lugar e colocar aqui”. A gente tem um orçamento que vai ser votado. Esse orçamento vai para a Câmara, tem um processo.

Porque Carnaval nós teremos…
Carnaval terá com a Prefeitura ou sem a Prefeitura.

Eu venho acompanhando esse festival desde o início. Em alguns momentos, o secretário de Cultura, ele chegou ao prefeito para garantir a realização do festival. E disse: “você tem que bancar esse festival, porque esse festival é muito importante para a cidade”. Eu acho que, talvez, mas isso é uma suposição, de que Leda não tenha peitado, cobrado isso do prefeito, como prioridade da gestão.
Eu não diria assim. Eu aceito a sua suposição, mas acho que isso é de fato uma suposição. A secretária despacha com o prefeito regularmente. Penso que Leda está puxando todas as questões que são pertinentes à secretaria e à sua gestão junto ao prefeito. Não tenho a menor dúvida disso. Acho que a questão foi exatamente orçamentária. Eu não sei dizer quanto foi que o Festival Internacional de Dança captou ou quanto foi o orçamento definitivo dele, uma vez que é da Fundação, e eu não tenho acesso aos recursos da Fundação. E louvo o festival ter acontecido, como eu louvo ter feito o FRTN ano passado. Foi uma dificuldade enorme para fazer o festival, com aquele dinheiro.

Que foi quanto?
Foi R$ 700 mil. Mas R$ 700 mil para fazer um festival daquele? É uma loucura.

Quanto disso foi recurso próprio?
Teve um patrocínio da Caixa Cultural, acho que era R$ 50 mil. Pouquíssimo foi captado. Acho que esse festival precisa, com todo respeito a tudo que já foi feito, passar por um alargamento do olhar, não só dos que fazem teatro, mas aumentar o olhar sobre o festival, para que ele aumente em importância. Defendo, colaboro, assino em baixo, a não realização, pela razão dos recursos não serem os necessários para se fazer um bom festival. E acho que fazer capenga demais, não é bom, nem para quem está fazendo, nem para o público. Penso que é o momento não só para discutir o festival, mas para discutir política cultural.

Qual é o reflexo para a cidade e para a classe a não realização do festival?
Acho que serão muitas críticas. Tenho certeza que serão muitas críticas. Mas a gente está aqui também para receber críticas.

Mas, além das críticas, quais os reflexos para a nossa formação? Estamos dentro de um Centro de Formação, para a ampliação do olhar…
Eu acho que o Festival ele cumpre um papel. Mas, como ele, tem outros. A gente tem agora a Cena Cumplicidades, o Festival de Circo do Brasil, o Palhaçaria, o Janeiro de Grandes Espetáculos, que é internacional. Essa formação do olhar, a cidade não tem essas carências todas, da formação do olhar, da acuidade dos sentidos. Não vejo como a falta do festival vai influir de forma tamanha que vai ser um desastre para os apreciadores desta arte. Não vejo assim. Acho que não fazer vai gerar alguns desconfortos, mas esse desconforto, até aproveito aqui para convocar: vamos conversar?

O que eu soube era que o festival teoricamente já estava pensado.
Tinha muita coisa que a gente avaliou, a questão da curadoria, a questão do edital, a questão da ocupação dos espaços. Fizemos algumas leituras de como alargar o festival para a cidade, em espaços que habitualmente o festival não foi. Tem uma série de coisas que a gente discutiu e formulou para, exatamente, na deflagração, “vai ter, o orçamento é esse”, a gente trabalhar.

Por que o Festival de Dança aconteceu? De que forma ele conseguiu recursos? Você falou que o Festival de Teatro precisa reencontrar um conceito. E o Festival de Dança?
Não posso te responder isso, infelizmente. Acho que essa é uma pergunta que Romildo (Moreira) deve te responder. Não quero nem tocar nesse assunto. Quando eu digo que o Festival de Teatro precisa ser repensado, é porque acabou o tempo dos sólidos. A gente pode ser mais fluido. Não é porque esse modelo está consolidado ou foi consolidado, que ele não precisa ser revisitado. Não estou dizendo que ele é ruim. Estou dizendo que ele precisa ser revisitado, outros olhares, outras maneiras de ver.

Foi batido o martelo que o festival vai ser bienal? Ou isso ainda vai ser definido?
Acho que está consolidado que será bienal, alternadamente, um ano um, um ano outro.

A Secretaria já tomou essa decisão, isso já está consolidado?
É.

Próximo ano a gente não vai ter Festival de Dança?
Não.

A sociedade civil foi consultada para essa decisão, a classe artística?
Acho que não.

Quando a gente diz que a gestão é compartilhada, que tinha que ter o diálogo…
Eu estou dizendo que é preciso ter. Estou dizendo que é preciso a gente avançar nisso. Acho que é bom, é salutar.

A não realização do festival de teatro, em parte, seria uma responsabilidade da sociedade civil, das entidades, que não estão acompanhando…?
Não estou dizendo que a culpa é de ninguém. Estou dizendo que aconteceu.

Se as pessoas estivessem mais atentas…
Pode ser. Ou pelo menos a explicação de que não tem. Você só faz feira se tiver dinheiro. Então, se você não tem o dinheiro… Agora, no ano passado, já foi muito difícil fazer. A gente emprestou a nossa competência pessoal nos diálogos para diminuir cachê, diminuir custo de transporte. Foi muito difícil fazer.

Você como gestor, e como artista, se sente frustrado, pela não realização do festival?
Não. Sinto que foi necessário. É uma decisão madura, pelo menos minha. Penso que essa é uma atitude honrada. Acho que é uma atitude de quem tem responsabilidade, entendeu? E acho que, aproveitando esse momento, que provavelmente será de insatisfação de muitos, vamos pensar juntos e aí avançar para o próximo ano. Penso que esse festival pode ser muito melhor do que foi. Penso que o festival pode ser mais propositivo em várias questões.

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E começou o Festival Recife do Teatro Nacional

Os gigantes da montanha, do grupo Galpão. Foto: Pollyanna Diniz

Os gigantes da montanha, do grupo Galpão. Foto: Pollyanna Diniz

O Festival Recife do Teatro Nacional começou neste último fim de semana com duas das suas principais atrações de fora: o Galpão, de Minas Gerais, e a Armazém Cia de Teatro, do Rio de Janeiro. A abertura foi com Os gigantes da montanha, do Galpão, na sexta-feira, para um bom público no Sítio da Trindade, depois de um discurso breve da secretária de Cultura Leda Alves. “Esta gestão tem uma política cultural traçada e que, aos pouquinhos, a gente está cumprindo, implantando, na medida do possível, uma cultura comprometida com a democracia, com possibilidades e oportunidades”, afirmou.

Foi um início de altos e baixos, tanto na qualidade da programação quanto com relação à lotação das casas. Se a Armazém teve um bom público no sábado no Teatro Barreto Júnior, sem nenhuma dificuldade para que as pessoas conseguissem ingresso, a montagem infantil pernambucana De Íris ao arco-íris, por exemplo, levou só 22 pessoas ao teatro no sábado. As Bufa, no Santa Isabel, teve pouca gente na plateia tanto no sábado quanto no domingo.

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Os gigantes da montanha – Grupo Galpão (MG)

Definitivamente, o texto de Luigi Pirandello não é fácil. Principalmente para uma montagem de rua, em que a dispersão se dá facilmente. Tanto em Garanhuns quanto aqui no Recife, no Sítio da Trindade, a proximidade com a plateia diminuiu a dificuldade de imersão na obra, mesmo que ela seja intrincada, tenha várias camadas: a realidade, o sonho, a loucura, a ficção, o mito, a peça dentro da peça. O Galpão não abriu concessões, não seguiu o caminho mais fácil, ao montar Os gigantes da montanha. Ao mesmo tempo, criou uma peça que encanta os sentidos – é plasticamente bela, com seus cenários e figurinos; e a trilha sonora tocada e cantada ao vivo é de músicas italianas.

Montagem tem texto de Pirandello

Montagem tem texto de Pirandello

A marca da água – Armazém Cia de Teatro (RJ)

A peça que comemora os 25 anos da Armazém Cia de Teatro nos surpreende pela plasticidade. O cenário tem um espelho de água, uma piscina em que os atores se molham, jogam água para cima e acabam construindo imagens que se somam às projeções e à iluminação de Maneco Quinderé. Apuro técnico e delicadeza visual que não necessariamente encontram paridade no texto. É a história de uma mulher, dos seus traumas e tragédias familiares, das suas relações, da memória, da loucura. Mas o texto não consegue de fato se aproximar do público, há um desnível nessa recepção. Patrícia Selonk assume o papel chave da montagem e a responsabilidade de segurar um elenco disperso, sem brilho, sem composições de destaque.

Armazém Cia de Teatro voltou ao Recife com A marca da água. Foto: Pollyanna Diniz

Armazém Cia de Teatro voltou ao Recife com A marca da água. Foto: Pollyanna Diniz

Luiz Lua Gonzaga – Magiluth (PE)

O Magiluth sempre foi um grupo de temáticas e escolhas muito “urbanas”. Então era mesmo um grande desafio falar sobre Luiz Gonzaga, mesmo que grande parte dos seus integrantes tenha vindo de lugares do interior, onde São João, forró e sanfona são elementos tão fortes. O Magiluth se aproxima de Gonzaga de maneira muito despretensiosa e conquista o público aos pouquinhos, com a inteligência na costura do enredo, que parte do mote de uma espera. Todos aguardam a chegada de um homem; enquanto isso, preparam a festa, desfiam memórias de lugares, de tradições, de cotidianos simples. O São João da infância de Giordano Castro serve para falar dos nossos próprios ou, porque não, a aversão à festa que tinha Pedro Wagner. Todos sentimos saudades e bebemos o morto. Celebramos a fartura e ficamos tristes na sequidão. Rimos e cantamos juntos as músicas tão clássicas que compõem o espetáculo. Mais uma vez, o que se sobressai no palco é o jogo entre os atores e a sensação de que eles nasceram para fazer aquilo. Que não estariam mais felizes em nenhum outro lugar, senão ali, fazendo o que acreditam. Ainda quero voltar a esse trabalho!

Peça Luiz Lua Gonzaga foi apresentada no Sítio da Trindade. Foto: Pollyanna Diniz

Peça Luiz Lua Gonzaga foi apresentada no Sítio da Trindade. Foto: Pollyanna Diniz

As Bufa – Casa de Madeira (RS)

Aline Marques e Simone De Dordi são as intérpretes de duas mendigas que ocupam um teatro abandonado. Um local de ratos, sujeira e decadência. Apesar do vigor das duas atrizes e da intensidade com quem se jogam nos papeis, é no texto que está o principal problema de As bufa. Nas escolhas dramatúrgicas que não vão além do óbvio, na costura de críticas tão claras e rasas que perdem o vigor. São caricaturas pelas caricaturas. A massificação, o consumismo, a falsa religiosidade, a globalização. Tudo isso de uma forma rasteira, sem raízes, sem aprofundamentos, sem sutilezas, nuances ou surpresas para o público.

As bufa fez humor raso e sem consistência. Foto: Pollyanna Diniz

As bufa fez humor raso e sem consistência. Foto: Pollyanna Diniz

Agenda desta noite:

Vestígios (Relicário / PE)
Onde: Teatro Apolo, às 19h

Hospital da gente (Grupo Clariô de Teatro / SP)
Onde: Espaço Fiandeiros, às 20h

As Três Irmãs (Traço Cia de Teatro / Companhia Zero/ SC)
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho, às 21h

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Festival Recife de teatro – tempo de editais

Galpão apresenta Os Gigantes da Montanha no Sítio Trindade, dia 22, na abertura do festival

A programação do Festival Recife do Teatro Nacional – FRTN foi anunciada nesta quinta-feira. A curadoria, que atuou nos últimos anos com recortes para a formação de sentidos, ficou para trás. A 16º edição é norteada por editais – instrumento defendido pela atual gestão como a forma mais democrática de formatar os eventos promovidos pela Prefeitura do Recife.

A grade da programação inclui 18 espetáculos em dez dias de apresentações – do dia 22 deste mês a 1º de dezembro. O mineiro Galpão abre o festival, às 20h, no Sítio da Trindade, com a peça Os gigantes da montanha, participação que o Satisfeita, Yolanda? anunciou ainda em julho. A secretária Leda Alves assistiu à peça no Festival de Inverno de Garanhuns e após a sessão fez o convite à trupe.

Os outros grupos foram garimpados de 150 projetos inscritos, segundo informou o gerente do Centro Apolo- Hermilo, Carlos Carvalho, que coordena o FRTN. Trinta e seis passaram na peneira e uma comissão formada pelo ator Paulo Mafe, representante do Conselho Municipal de Política Cultural do Recife; o diretor do Teatro Williams Santanna; e a diretora e pesquisadora Clara Camarotti, fechou os grupos.

Gustavo Catalano, Carlos Carvalho e Leda Alves durante coletiva do festival

“Fizemos um edital para dar a possibilidade de as pessoas se oferecerem para vir ao Recife. Isso despertou o interesse dos grupos”, disse Carlos Carvalho.

Bem, dessas companhias, algumas ainda não passaram pelo Recife com os espetáculos que trazem. O próprio Galpão, a carioca Armazém Cia. de Teatro com A Marca da Água; a gaúcha Casa de Madeira com As Bufa; as catarinenses Traço Cia de Teatro/Companhia Zero com As Três Irmãs, o grupo paulista Clariô de Teatro, com Hospital da Gente; a mineira Cia. Pierrot Lunar com Acontecimento em Vila Feliz. Além da outra mineira, Cortejo Cia de Teatro, com Uma História Oficial.

O Coletivo Cênico Joanas Incendeiam, de São Paulo, apresentou recentemente Homens e Caranguejos na cidade. E Agitada Gang – Trupe de Atores e Palhaços da Paraíba vem com um espetáculo de repertório, Como Nasce um Cabra da Peste, que esteve no Recife há muitos anos.

Das montagens locais para o público adulto, todas já fizeram temporada ou foram vistas algumas vezes na cidade. São elas Vestígios (Relicário/PE), com texto de Aimar Labaki e direção de Antonio Cadengue; Luiz Lua Gonzaga, do Grupo Magiluth; O Beijo no Asfalto, com texto de Nelson Rodrigues e direção de Claudio Lira; As Confrarias, da Companhia Teatro de Seraphins, com texto de Jorge Andrade e Antonio Cadengue. E Cafuringa, com o Grupo Cafuringa.

As peças infanto-juvenis também já estiveram em cartaz no Recife. São elas As Levianinhas em Pocket Show para Crianças, da Cia Animée; De Íris ao Arco-Íris, de Produtores Independentes e O Menino da Gaiola, Bureau de Cultura e Turismo.

O espetáculo Coisas do Mar, do Grupo Teatral Ariano Suassuna e Escola Estadual Santos Cosme e Damião, de Igarassu, ganhou visibilidade ao conquistar vários prêmios no 11º Festival Estudantil de Teatro e Dança, realizado em setembro, na categoria Teatro Para Crianças. A encenação levou para casa os troféus de melhor espetáculo, direção (Albanita Almeida e André Ramos), ator (Elton Daniel), cenário (André Ramos), figurino (Kattianny Torres) e texto inédito (o grupo).

O orçamento desta edição encolheu em R$ 400 mil em relação ao do ano passado. Ficou em R$ 700 mil – sendo R$ 50 mil da Caixa Econômica Federal e o restante dos cofres da Prefeitura. A Prefeitura não conseguiu renovar o Pronac – Lei Rouanet, nem a prestação de contas da Funarte e por isso não pode concorrer a esses incentivos.

O teatrólogo Samuel Campelo é o homenageado desta edição

O homenageado deste ano é o diretor Samuel Campelo, fundador do Grupo Gente Nossa no Recife dos anos 1930. A pesquisadora Ana Carolina Miranda da Silva vai lançar um livro sobre Campelo e também vai fazer palestra sobre O Grupo Gente Nossa e o Movimento Teatral no Recife.

“Vamos ter um grande festival, que oportuniza espetáculos que não teriam oportunidade de estar aqui. A gente tem grupos que nunca vieram ao Recife e tem grupos que já vieram como a Cia. Armazém ou o Galpão. E ter a possibilidade de ter os que já vieram com aqueles que nunca vieram isso nos enriquece. Isso abre pra gente uma felicidade de dizer nos estamos abrindo o FRTN para o Brasil, pelo meio mais democrático, que é o edital”, entusiasma-se Carvalho.

16º Festival Recife do Teatro Nacional

Programação

Sexta-feira (22)
Os Gigantes da Montanha (Grupo Galpão/MG)
Local: Sítio da Trindade, às 20h
Duração: 80 minutos

Sábado (23)

As Bufa (Casa de Madeira/RS)
Local: Teatro de Santa Isabel, às 21h
Duração: 55 minutos

As bufa. Foto: Mariana Rocha

As Levianinhas em Pocket Show para Crianças (Cia Animée/PE)
Local: Teatro Hermilo Borba Filho, às 18h
Duração: 60 minutos

Banda de palhaças mostram repertório para crianças. Foto: Lana Pinho

Marca da Água (Armazém Cia de Teatro/RJ)
Local: Teatro Barreto Junior, às 20h
Duração: 75 minutos

Montagem comemora 25 anos da Armazém Companhia de Teatro

De Íris ao Arco-Íris (Produtores Independentes/PE)
Local: Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro), às 16h
Duração: 50 minutos

História da curiosa lagarta, que quer chegar ao reino encantado. Foto: Angélica Gouveia

Domingo (24)

As Bufa (Casa de Madeira/RS)
Local: Teatro de Santa Isabel, às 21h
Duração: 55 minutos

As Levianinhas em Pocket Show para Crianças (Cia Animée/PE)
Local: Teatro Hermilo Borba Filho, às 18h
Duração: 60 minutos

A Marca da Água (Armazém Cia de Teatro/RJ)
Local: Teatro Barreto Junior, às 20h
Duração: 75 minutos

De Íris ao Arco-Íris (Produtores Independentes/PE)
Local: Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro), às 16h
Duração: 50 minutos

Vestígios (Relicário/PE)
Local: Teatro Apolo, às 19h
Duração: 55 minutos

Dois policiais e um professor de história numa peça sobre a tortura. Foto: Américo Nunes

Luiz Lua Gonzaga (Grupo Magiluth/PE)
Local: Sítio da Trindade, às 16h
Duração: 50 minutos

Homenagem do Grupo Magiluth ao rei do baião

Segunda-feira (25)

Vestígios (Relicário/PE)
Local: Teatro Apolo, às 19h
Duração: 55 minutos

Luiz Lua Gonzaga (Grupo Magiluth/PE)
Local: Bomba do Hemetério, às 16h
Duração: 50 minutos

As Três Irmãs (Traço Cia de Teatro/Companhia Zero/SC)
Local: Teatro Hermilo Borba Filho, às 21h
Duração: 80 minutos

Obra do dramaturgo Anton Tchékhov a partir da técnica do clown. Foto: Nassau Souza

Hospital da Gente (Grupo Clariô de Teatro/SP)
Local: Espaço Fiandeiros, às 20h
Duração: 90 minutos

A partir dos contos de Marcelino Freire, Grupo Clariô de Teatro/SP mostra a vida dura de vários personagens

Acontecimento em Vila Feliz (Cia. Pierrot Lunar/MG)
Local: Sítio da Trindade, às 16h
Duração: 55 minutos

Versão teatral da Cia. Pierrot Lunar para o conto homônimo de Aníbal Machado

Terça-feira (26)

As Três Irmãs (Traço Cia de Teatro/Companhia Zero/SC)
Local: Teatro Hermilo Borba Filho, às 21h
Duração: 80 minutos

Hospital da Gente (Grupo Clariô de Teatro/SP)
Local: Espaço Fiandeiros, às 20h
Duração: 90 minutos

Acontecimento em Vila Feliz (Cia. Pierrot Lunar/MG)
Local: Bomba do Hemetério, às 16h
Duração: 55 minutos

Cafuringa (Grupo Cafuringa/PE)
Local: Sítio da Trindade, às 16h
Duração: 60 minutos

Conhecido como Homem da Cobra, o mestre Cafuringa é acompanhado por vários bonecos

Quarta-feira (27)

Acontecimento em Vila Feliz (Cia. Pierrot Lunar/MG)
Local: Coque/Joana Bezerra, às 16h
Duração: 55 minutos

Cafuringa (Grupo Cafuringa/PE)
Local: Bomba do Hemetério, às 16h
Duração: 60 minutos

O Menino da Gaiola (Bureau de Cultura e Turismo/PE)
Local: Teatro Barreto Junior, às 16h
Duração: 50 minutos

O Beijo no Asfalto (Claudio Lira/PE)
Local: Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro), às 20h
Duração: 90 minutos

Quinta-feira (28)

Luiz Lua Gonzaga (Grupo Magiluth/PE)
Local: Coque/Joana Bezerra, às 16h
Duração: 50 minutos

O Menino da Gaiola (Bureau de Cultura e Turismo/PE)
Local: Teatro Barreto Junior, às 16h
Duração: 50 minutos

O protagonista, o garoto Vito, de 9 anos, quer libertar o sonho das pessoas

O Beijo no Asfalto (Claudio Lira/PE)
Local: Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro), às 20h
Duração: 90 minutos

Como Nasce um Cabra da Peste (Agitada Gang – Trupe de Atores e Palhaços/PB)
Local: Teatro Luiz Mendonça, às 20h
Duração: 60 minutos

Sexta-feira (29)

Como Nasce um Cabra da Peste (Agitada Gang – Trupe de Atores e Palhaços/PB)
Local: Teatro Luiz Mendonça, às 20h
Duração: 60 minutos

Cafuringa (Grupo Cafuringa/PE)
Local: Coque/Joana Bezerra, às 16h
Duração: 60 minutos

Sábado (30)

Uma História Oficial (Cortejo Cia de Teatro/MG)
Local: Teatro Luiz Mendonça, às 20h
Duração: 70 minutos

Espetáculo de estreia da Cortejo Cia de Teatro reflete sobre os autoritarismos

Coisas do Mar (Grupo Teatral Ariano Suassuna/PE)
Local: Teatro Apolo, às 16h
Duração: 50 minutos

Homens e Caranguejos (Coletivo Cênico Joanas Incendeiam/SP)
Local: Teatro Hermilo Borba Filho, às 21h
Duração: 90 minutos

Família foge da seca e chega à cidade e aos mangues do Recife

As Confrarias (Companhia Teatro de Seraphins/PE)
Local: Teatro Barreto Junior, às 20h
Duração: 70 minutos

A Conspiração Mineira por um ângulo incomum, com texto de Jorge Andrade e direção de Antonio Cadengue.

Domingo (1)

Uma História Oficial (Cortejo Cia de Teatro/MG)
Local: Teatro Luiz Mendonça, às 20h
Duração: 70 minutos

Coisas do Mar (Grupo Teatral Ariano Suassuna/PE)
Local: Teatro Apolo, às 16h
Duração: 50 minutos

Homens e Caranguejos (Coletivo Cênico Joanas Incendeiam/SP)
Local: Teatro Hermilo Borba Filho, às 21h
Duração: 90 minutos

As Confrarias (Companhia Teatro de Seraphins/PE)
Local: Teatro Barreto Junior, às 20h
Duração: 70 minutos

Oficinas:

Por uma Metodologia da Encenação Teatral
Ministrante: Antonio Edson Cadengue
Local: Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (a confirmar)
Data: De 25 a 29 de novembro, das 13h às 17h

Oficina de Teatro de Rua
Ministrante: Lindolfo Amaral
Local: Escola Pernambucana de Circo (a confirmar)
Data: De 25 a 29 de novembro, das 13h às 17h

Exercícios para uma Cena Dialética
Ministrante: Márcio Marciano
Local: Museu Murilo La Greca (a confirmar)
Data: De 25 a 27 de novembro, das 13h às 17h

Palestras:

A Experiência do Cooperativismo em São Paulo
Palestrante: Ney Piacentini
Data: 26 (terça-feira)
Local: Espaço Fiandeiros, às 18h0

O Grupo Gente Nossa e Movimento Teatral no Recife
Palestrante: Ana Carolina Miranda da Silva
Data: 26 (terça-feira)
Local: Salão Nobre do Teatro de Santa Isabel, às 18h

Tecendo Redes – A Redemoinho no Recife
Palestrante: Fernando Yamamoto e Ney Piacentini
Data: 28 (quinta-feira)
Local: Teatro Hermilo Borba Filho, às 18h

Serviço
Ingressos espetáculos nos teatros: R$ 10 e R$ 5 (meia entrada).
Os espetáculos de rua são gratuitos

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Convocatória urgente!

Já são oito meses de gestão e, até agora, não sabemos qual a política pública para as artes cênicas da capital pernambucana. Nem os gerentes da área – circo e teatro – foram nomeados pela Prefeitura do Recife. Se na gestão passada houve muita lentidão até que se engatasse um trabalho, quando finalmente Roberto Lúcio assumiu a Gerência de Artes Cênicas e começou a promover discussões com a classe, a história agora caminha para a repetição.

No mês de outubro, teoricamente, deveria acontecer o Festival Internacional de Dança do Recife; e, em novembro, o Festival Recife do Teatro Nacional. Mas até agora, não há nenhuma informação concreta para a classe artística sobre a realização desses eventos – e olhe que, é consenso, política pública não pode se resumir à produção de eventos – mas eles são sim muito importantes para a cidade.

Diante de tudo isso e de mais um sem número de problemas – vide Teatro do Parque e equipamentos culturais – será realizada hoje à tarde (14), às 15h, uma reunião do Fórum de Artes Cênicas, no auditório do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam), na Rua da União, 265, Boa Vista.

Na pauta, os festivais de Dança e de Teatro. Devem participar da reunião o gerente de Dança, Fred Salim (o único que foi definido), Gustavo Catalano, gerente geral de ações culturais e infraestrututra da Fundação de Cultura da Prefeitura do Recife e os representantes das Artes Cênicas do Conselho Municipal de Cultura, Marcelo Sena (titular) e Samuel Santos (suplente), mediando o debate.

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Centro Apolo-Hermilo já tem diretor

Carlos Carvalho

Carlos Carvalho aceita convite de Leda Alves para assumir Centro Apolo-Hermilo

Carlos Carvalho é o novo diretor Centro de Formação e Pesquisa das Artes Cênicas dos Teatros Apolo e Hermilo Borba Filho. Sua nomeação saiu nesta quinta-feira no Diário Oficial do Recife, assinada pelo prefeito Geraldo Julio. Ele foi convidado pela secretária de Cultura do Recife, Leda Alves. Ontem pela manhã fez suas despedidas do cargo anterior, de diretor da Diretoria de Políticas Culturais e se colocou à disposição do secretário Fernando Duarte para fazer a transição. “Fiz uma reunião com todas as coordenadorias”, contou. “Ainda não sei quem irá para o cargo que eu exercia na Fundarpe, mas já separei todos os arquivos e estou disponível para auxiliar no que for preciso”, garante.

Para ele é um desafio assumir a direção do Apolo-Hermilo. “O ponto-chave da minha decisão foi ajudar Leda (Alves) a colocar o Centro de Pesquisa na missão que ele tem desde seu nascedouro. Não estou dizendo que ele nunca esteve ou não está, mas é preciso cumprir essa função na íntegra, desde o organograma, discutir com grupos e associações e que não seja só um repassador de pauta”, argumenta.

Carvalho deixou a Diretoria de Políticas Culturais da Secretaria de Cultura do Estado

Carvalho deixou a Diretoria de Políticas Culturais da Secretaria de Cultura do Estado

Carvalho elencou para Leda uma série de ações que deseja realizar ou potencializar. Como o Centro de Documentação Osman Lins, a Semana Hermilo Borba Filho e os projetos O Solo do Outro, e Aprendiz em Cena. “Com um GT vamos discutir a formação e a pesquisa. Leda está disposta e aberta. Ela quer ações estruturadoras, quer abrir a casa para o diálogo e trabalhar tanto com a tradição como a contemporaneidade e deixar o Centro em condições técnicas para novas experiências”.

Carlos Alberto Carvalho Correia começou a fazer teatro aos 11 anos, no grupo teatral do Colégio Castro Alves. A equipe era orientada pela atriz e professora de teatro Ruth Bandeira, que era do elenco do Teatro Popular do Nordeste (TPN). De lá para cá não parou mais, como ator e depois como diretor de teatro.

Como intérprete, participou de várias montagens na cidade. Entre elas, Sobrados e Mocambos, de Hermilo Borba Filho, dirigido por Guilherme Coelho, com o Grupo de Teatro Vivencial; Viúva, porém Honesta, de Nelson Rodrigues, dirigida por Antonio Cadengue, Galileu Galilei, de Bertolt Brecht, e É…, de Millôr Fernandes, ambas encenadas por Milton Baccarelli. Também participou dos elencos da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém e do Mamulengo Só-Riso.

Como diretor assinou montagens como Duelo, adaptado do conto O Duelo, de Guimarães Rosa, Zumba, a Gloriosa Vida e o Triste Fim de Zumba-sem-Dente, primeira peça da trilogia baseada em contos de Hermilo Borba Filho. As outras duas foram Mucurana, o Peixe, a partir do conto O Peixe e O Palhaço Jurema e os Peixinhos Dourados, elaborado com base em O Palhaço.

Novo diretor está envolvido com as artes cênicas há quase 50 anos

Novo diretor está envolvido com as artes cênicas há quase 50 anos

Dança ou retorno às cadeiras – No Diário Oficial da Prefeitura do Recife de ontem foram publicados outras nomeações. Essas portarias começam a mapear os cargos ligados à Cultura, já que todos os servidores comissionados foram exonerados pela nova gestão de Geraldo Julio. Alguns voltam nas mesmas ou em outras funções. Os nomeados da Secretaria de Cultura são:

LEONOR MESEL, cargo de provimento em comissão de Assessor Técnico I, símbolo “CAA-1”

MARIA DO CARMO CONCEIÇÃO LÉLIS, cargo de provimento em comissão de Assessor Técnico I, símbolo “CAA-1”

SEBASTIÃO ALBEMAR GONÇALVES DE ARAÚJO, cargo de provimento em comissão de Assessor Técnico I, símbolo “CAA-1”

SOLANGE MARIA PIMENTA, cargo de provimento em comissão de Assessor Técnico, do Gabinete, símbolo “CAA-3”

MARIA JOSÉ DE OLIVEIRA, cargo de provimento em comissão de Assistente de Serviços do Gabinete, símbolo “CAA 4”

RITA DE KÁSSIA CANDEAS NERY, cargo de provimento em comissão de Assistente do Conselho Municipal de Política Cultural, símbolo “CAA-1”

OSMAM GIUSEPPE GIÓIA, cargo de provimento em comissão de Regente Titular da Orquestra Sinfônica do Recife, símbolo “CDA-1”

MARIA DA CONCEIÇÃO FARIAS TABOSA, cargo de provimento em comissão de Gerente de Preservação de Equipamentos Culturais da Diretoria de Administração Setorial, símbolo “CAA-2”

MARIA DA CONCEIÇÃO SOARES MARQUES DA CUNHA, cargo de provimento em comissão de Gerente de Administração e Serviços da Diretoria de Administração Setorial, símbolo “CAA -2”

EVANDRO DA SILVA SOUZA, cargo de provimento em comissão de Assistente de Serviços da Diretoria de Administração Setorial, símbolo “CAA-4”

ZÉLIA RAMOS SALES, cargo de provimento em comissão de Gerente de Controle de Preservação do Patrimônio Cultural Imaterial, símbolo “CAA-2”

MÁRIO RIBEIRO DOS SANTOS, cargo de provimento em comissão de Gerente Operacional do Centro de Formação, Pesquisa e Memória Cultural, símbolo “CAA-3”

PERÁCIO GONDIM GUIMARÃES JÚNIOR, cargo de provimento em comissão de Assistente de Serviços de Preservação do Patrimônio Cultural, símbolo “CAA-4”

MARIA DE BETÂNIA CORRÊA DE ARAÚJO, cargo de provimento em comissão de Diretor do Museu da Cidade do Recife, símbolo “CAA-1”

SANDRO VASCONCELOS DA SILVA, cargo de provimento em comissão de Gerente de Serviços de Iconografia e Museologia do Museu da Cidade do Recife, símbolo “CAA-4”

CARLOS TORRES DA SILVA, cargo de provimento em comissão de Gerente de Serviços de Montagem do Museu da Cidade do Recife, símbolo “CAA-4”

JUDITH ELIZABETH MATTA RIBEIRO, cargo de provimento em comissão de Diretor do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, símbolo “CAA-1”

CRISTIANE MABEL MEDEIROS VERÍSSIMO DO NASCIMENTO, cargo de provimento em comissão de Gerente de Conservação e Acervo do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, símbolo “CAA-2”

WILTON ANDRADE DE SOUZA, cargo de provimento em comissão de Gerente de Serviços de Manutenção do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, símbolo “CAA-4”

GUSTAVO NEVES DE SÁ ALBUQUERQUE, cargo de provimento em comissão de Gerente de Montagem do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, símbolo “CAA-4”

TEREZA JANAÍNA FREITAS, cargo de provimento em comissão de Assistente de Serviços do Centro de Documentação e Biblioteca Lígia Celeste, símbolo “CAA-4”

JULIANA LINS DE SIQUEIRA TELES, cargo de provimento em comissão de Gerente de Serviços de Arte Educação do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, símbolo “CAA-4”

MARIA DA PAZ DOS SANTOS BRANDÃO, cargo de provimento em comissão de Diretor do Espaço Cultural Pátio de São Pedro, símbolo “CAA-1”

BRUNO PADILHA CASTANHA, cargo de provimento em comissão de Gerente de Operação e Manutenção do Espaço Cultural Pátio de São Pedro, símbolo “CAA-3”

PATRÍCIA REIS DE FREITAS, cargo de provimento em comissão de Diretor do Sítio da Trindade, símbolo “CAA-1”

LAUDINIZ GABRIEL DE OLIVEIRA JÚNIOR, de provimento em comissão de Gerente de Operação e Manutenção do Sítio da Trindade, símbolo “CAA-3”

VIVIANE BARBOSA DA CRUZ, cargo de provimento em comissão de Assistente de Serviços do Sítio da Trindade, símbolo “CAA-4”

ARNALDO JOSÉ DE SIQUEIRA JUNIOR, cargo de provimento em comissão de Gerente de Atividade Pedagógica do Centro de Formação e Pesquisa das Artes Cênicas Apolo/Hermilo, símbolo “CAA-2”

ELIANE CÂNDIDA DO NASCIMENTO, cargo de provimento em comissão de Assistente de Serviços do Centro de Formação e Pesquisa das Artes Cênicas dos Teatros Apolo/Hermilo, símbolo “CAA 4”

ALFREDO SÉRGIO FREIRE BORBA, cargo de provimento em comissão de Gerente de Serviços de Patrimônio e Documentação do Centro de Formação e Pesquisa das Artes Cênicas Apolo/Hermilo, símbolo “CAA-4”

JOSÉ JORGE CORDEIRO DA COSTA, cargo de provimento em comissão de Gerente de Serviços de Operação e Manutenção do Teatro Apolo, símbolo “CAA-4”

GENILDO MARTINS MONTEIRO, cargo de provimento em comissão de Gerente de Serviços de Operação e Manutenção do Teatro Hermilo Borba Filho, símbolo “CAA-4”

ÉRIKA KARLA GOMES LEITE, cargo de provimento em comissão de Gerente de Serviço de Contrato e Locação do Centro de Formação e Pesquisa das Artes Cênicas Apolo/Hermilo, símbolo “CAA-4”

IZOLDA SOARES BARRETO cargo de provimento em comissão de Gerente de Serviços de Finanças do Centro de Formação e Pesquisa das Artes Cênicas Apolo/Hermilo, símbolo “CAA-4”

JOÃO DO CARMO B. CAVALCANTI, cargo de Assistente de Serviço do Teatro de Santa Isabel, símbolo “CAA-4”

ADRIANA MÁRCIA PAZ DE LIMA, cargo de provimento em comissão de Assessor Técnico do Centro de Artes Cênicas dos Teatros Apolo e Hermilo Borba Filho, símbolo “CAA-1”

EUCLIDES VIEIRA DA SILVA, cargo de provimento em comissão de Assessor Técnico II do Teatro Luiz Mendonça no Parque Dona Lindu, símbolo “CAA-2”

RODRIGO DE MORAES SOBRAL, cargo de provimento em comissão de Assistente Técnico da Área Externa no Parque Dona Lindu, símbolo “CAA-4”

JOANA D’ARC DE SOUZA LIMA, cargo de provimento em comissão de Diretor da Galeria Janete Costa no Parque Dona Lindu, símbolo “CAA-1”

MARIA ELIZABETE RAPOSO SOARES BITTENCOURT, cargo de provimento em comissão de Assessor Técnico I da Janete Costa no Parque Dona Lindu, símbolo “CAA-1”

SIMONE FERREIRA LUIZINES, cargo de provimento em comissão de Assessor Técnico II da Galeria Janete Costa no Parque Dona Lindu ,símbolo “CAA-2”

ROBERTO CARLOS AVELINO DE PONTES, cargo de provimento em comissão de Assessor Técnico II do Teatro Luiz Mendonça no Parque Dona Lindu, símbolo “CAA-2”

TIAGO DE ARAÚJO SANTOS, cargo de provimento em comissão de Assistente Técnico do Teatro Luiz Mendonça do Parque Dona Lindu, símbolo ” CAA-3

SEBASTIÃO FELICIANO DO VALE FILHO, cargo de provimento em comissão de Assistente Técnico do Teatro Luiz Mendonça do Parque Dona Lindu, símbolo “CAA-3

EDUARDO DE ALBUQUERQUE AUTRAN, cargo de provimento em comissão de Assistente Técnico do Teatro Luiz Mendonça do Parque Dona Lindu, símbolo “CAA-3”

FERNANDO FÉLIX ALCÂNTARA, cargo de provimento em comissão de Assistente Técnico do Teatro Luiz Mendonça do Parque Dona Lindu, símbolo “CAA-3”

E alguns cargos da Fundação de Cultura Cidade do Recife:

IVISON DE CASTRO SILVA NOGUEIRA, cargo de provimento em comissão de Gerente Operacional de Gestão de Pessoas, símbolo “CAA-3”, da Diretoria de Administração e Finanças da Fundação de Cultura Cidade do Recife

ANA BEATRIZ DE ALCÂNTARA FARIAS, cargo de provimento em comissão de Assessor Técnico

VALDETE MARIA SILVA RODRIGUES, cargo de provimento em comissão de Gerente de Serviços de Controle Orçamentário, símbolo “CAA-4”, da Diretoria de Administração e Finanças da Fundação de Cultura Cidade do Recife.

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