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Convocatória urgente!

Já são oito meses de gestão e, até agora, não sabemos qual a política pública para as artes cênicas da capital pernambucana. Nem os gerentes da área – circo e teatro – foram nomeados pela Prefeitura do Recife. Se na gestão passada houve muita lentidão até que se engatasse um trabalho, quando finalmente Roberto Lúcio assumiu a Gerência de Artes Cênicas e começou a promover discussões com a classe, a história agora caminha para a repetição.

No mês de outubro, teoricamente, deveria acontecer o Festival Internacional de Dança do Recife; e, em novembro, o Festival Recife do Teatro Nacional. Mas até agora, não há nenhuma informação concreta para a classe artística sobre a realização desses eventos – e olhe que, é consenso, política pública não pode se resumir à produção de eventos – mas eles são sim muito importantes para a cidade.

Diante de tudo isso e de mais um sem número de problemas – vide Teatro do Parque e equipamentos culturais – será realizada hoje à tarde (14), às 15h, uma reunião do Fórum de Artes Cênicas, no auditório do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam), na Rua da União, 265, Boa Vista.

Na pauta, os festivais de Dança e de Teatro. Devem participar da reunião o gerente de Dança, Fred Salim (o único que foi definido), Gustavo Catalano, gerente geral de ações culturais e infraestrututra da Fundação de Cultura da Prefeitura do Recife e os representantes das Artes Cênicas do Conselho Municipal de Cultura, Marcelo Sena (titular) e Samuel Santos (suplente), mediando o debate.

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É tempo de chutar o pau da barraca

Reunião vai discutir situação do Centro Apolo-Hermilo. Foto: Arquivo PCR

Que os teatros do Recife estão acabados, todo mundo sabe. Não há nem como disfarçar. Onde chegamos, não só os artistas, mas agora até o público comenta. As deficiências são de todas as ordens: estrutura física, manutenção, de pessoal. O Teatro do Parque – parece piada, e de péssimo gosto – está fechado. Há quanto tempo? Por quanto mais quanto tempo?

Só para se ter uma ideia comparativa, desde 2008 para cá, o orçamento do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam), gerenciado pela Prefeitura do Recife e que, como o nosso Festival Recife do Teatro Nacional, está completando 15 anos, caiu em 70%. E os teatros? De quanto mesmo terá sido essa redução? E a classe artística? Qual o papel dela nisso tudo? Ir para a avaliação do festival e ficar com a cara mexendo de raiva quando dizem que…”ah..a situação não é tão ruim assim como vocês fazem parecer”? Ruim não. É péssima.

Mas parece que há alguma luz no fim do túnel – ou ao menos uma tentativa de mobilização para discutir esse caos. Está circulando na internet uma convocatória para uma reunião que vai debater a atuação do Centro Apolo-Hermilo. Claro que as Yolandas apoiam e estarão lá para contar tudo por aqui. Segue a convocatória na íntegra:

“Convocamos atores, bailarinos, músicos, coreógrafos, diretores, professores, produtores, técnicos, iluminadores, cenógrafos, figurinistas e público em geral, para reunião na próxima quarta-feira, dia 15, às 18h30, no Teatro Hermilo Borba Filho (Sala Beto Diniz), Rua do Apolo, 121 – Recife Antigo, para discutirmos a atual gestão do Centro de Formação e Pesquisa das artes Cênicas Apolo-Hermilo, propondo formas de atuação que melhorem o seu funcionamento.

Grande parte dos artistas, que nos últimos anos apresentaram as suas obras no referido Centro Apolo-Hermilo, deparam-se com inúmeras dificuldades: a falta de manutenção do material técnico dos seus dois teatros, a escassez de refletores, o não cumprimento dos horários de trabalho e disponibilidade da equipe técnica e administrativa, e a ausência de um direcionamento, no que diz respeito ao fomento das reflexões e das práticas cênicas.

Sabemos todos que é de responsabilidade dos centros artísticos oferecerem as mínimas condições de funcionamento, e também temos consciência de que o atual momento brasileiro não nos permite responsabilizar a possível precariedade de recursos como o motivo do abandono. É preciso vontade política e um plano de trabalho.

Ao pensarmos que teatros são espaços públicos de potência, de encontros, e de criação de possíveis, devemos exigir da Prefeitura da Cidade do Recife o maior comprometimento das condições que oferece à pesquisa e à criação artística para proporcionar resultados satisfatórios à sociedade.

São muitos os artistas, jovens ou com larga trajetória, descontentes com esta situação. Compreendemos que as razões são variadas e propomos este encontro, objetivando juntar forças e defender este espaço privilegiado que é o Centro de Formação e Pesquisa das artes Cênicas Apolo-Hermilo, que com sua história, localização e características arquiteturais é de extremo valor para a cidade do Recife, enquanto polo irradiador de conhecimento e transformação.

Segue ordem de trabalhos do encontro:

1. Leitura de partes do Regimento do Centro de Formação e Pesquisa das artes Cênicas Apolo-Hermilo;

2. Ponto de situação (identificação das dificuldades, problemas e virtudes do Centro Apolo-Hermilo);

3. Espaço de fala para Gestão e/ou representantes da Prefeitura do Recife;

4. Sugestões para o melhor funcionamento do Centro Apolo-Hermilo;

5. Formas de atuação;

5. Redação de carta, a apresentar na prefeitura.

Recife, 12 Agosto 2012”

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