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Aquilo que o meu olhar guardou para você, do grupo Magiluth

Aquilo que o meu olhar guardou para você

Aquilo que o meu olhar guardou para você

Aquilo que o meu olhar guardou para você

Aquilo que o meu olhar guardou para você

Aquilo que o meu olhar guardou para você

Aquilo que o meu olhar guardou para você

Aquilo que o meu olhar guardou para você

Aquilo que o meu olhar guardou para você

Aquilo que o meu olhar guardou para você

Aquilo que o meu olhar guardou para você

Aquilo que o meu olhar guardou para você

Aquilo que o meu olhar guardou para você

Fotos do espetáculo Aquilo que o meu olhar guardou para você, do grupo Magiluth, feitas no dia 11 de maio, durante sessão no Teatro de Contêiner Munguzá, em São Paulo, por Blenda Souto Maior.

*Blenda Souto Maior é pernambucana, atualmente moradora de São Paulo. Fotógrafa freelancer, também se dedica à arte-educação. No Recife, atuou como fotojornalista, integrando a equipe do jornal Diario de Pernambuco.

Ficha técnica do espetáculo:

Aquilo que o meu olhar guardou para você
Direção: Luiz Fernando Marques e grupo Magiluth
Dramaturgia: Giordano Castro
Atores: Erivaldo Oliveira, Giordano Castro, Lucas Torres, Mário Sérgio Cabral e Pedro Wagner Direção de Arte: Thaysa Zooby e Guilherme Luigi
Iluminação: Pedro Vilela
Projeto Gráfico: Guilherme Luigi
Produção e Realização: Grupo Magiluth

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Derivas erótico-sociológicas de Túlio Carella

Orgía Ou De Como Os Corpos Podem Substituir As Ideias, do Teatro Kunyn

Orgía Ou De Como Os Corpos Podem Substituir As Ideias, do Teatro Kunyn

Foi nos anos 1960, na cidade do Recife, que um discreto professor universitário deixou emergir seus secretos desejos homoeróticos e mergulhou na prática homossexual registrada em detalhes no seu caderno. Essas memórias são descritas no livro Orgia, Os Diários de Tulio Carella. A publicação inspirou o Teatro Kunyn, dirigido por Luiz Fernando Marques, a montar a peça itinerante Orgia ou De Como os Corpos Podem Substituir as Ideias, que estreou em 2015. A encenação integra a programação do Trema! Festival de Teatro e faz três apresentações na cidade, de hoje a sexta-feira. A peça começa no Espaço Pasárgada e o público segue para um apartamento, onde será encenado o primeiro ato.

Nessa primeira parte, Carella (interpretado por Ronaldo Serruya, Paulo Arcuri e Luiz Gustavo Jahjah), está de malas prontas para viajar ao Brasil. Contratado pela Universidade Federal de Pernambuco, ele deixa a mulher em Buenos Aires e se encanta com os corpos de homens, do cais do porto e de outros pontos da cidade.O público participa dessa festa de despedida. De lá, segue até o Parque 13 de Maio, munido de aparelhos de MP3 para ouvir as falas sobre as descobertas do dramaturgo argentino.

Serruya, Arcuri e Jahjah circulam e contracenam com os 12 atores pernambucanos selecionados para a oficina Deriva. O espetáculo OrgÍa discute a homoafetividade na esfera pública e vasculha a reação da cidade diante da multiplicidade de desejos.

FICHA TÉCNICA
Criação: Teatro Kunyn (Luiz Fernando Marques, Luiz Gustavo Jahjah, Paulo Arcuri e Ronaldo Serruya)
Direção: Luiz Fernando Marques
Atuação: Luiz Gustavo Jahjah, Paulo Arcuri E Ronaldo Serruya
Dramaturgia Ato I e Ato Ii: Teatro Kunyn
Dramaturgia Ato Iii: Alexandre Dal Farra
Direção De Arte: Yumi Sakate
Iluminação: Wagner Antônio
Assistente De Iluminação: Robson Lima
Desenho De Som: Alessa
Produção: Fernando Gimenes
Realização: Teatro Kunyn E Lei De Fomento Ao Teatro Para A Cidade De São Paulo

SERVIÇO
Orgia Ou De Como Os Corpos Podem Substituir As Ideias
Teatro Kunyn (SP)
Quando: 10, 11 e 12 de maio, às 14h30
Onde: Espaço Pasárgada
Quanto: R$ 20 e R$ 10
Duração: 120 minutos
Recomendação: 18 anos

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Tempo de vida

Aquilo que meu olhar guardou para você, do grupo Magiluth, no Trema! Foto: Cecília Gallindo

“Teatro significa um tempo de vida em comum que atores e espectadores passam juntos no ar que respiram juntos daquele espaço em que a peça teatral e os espectadores se encontram frente a frente”. Essa definição de Hans-Thies Lehmann no prólogo do seu necessário Teatro pós-dramático ficou martelando depois da sessão de Aquilo que meu olhar guardou para você, no festival Trema, ontem à noite. Tempo de vida em comum. Vida que se entrelaça. Vida que pode ser real ou ficção, mas que é verdade, como diz o ator-personagem Pedro Vilela. Vida que emerge não só do palco, mas da plateia.

Geralmente digo isso quando escrevo sobre o Magiluth: como é bom vê-los em cena. Porque eles fazem por completo. São inteiros, se jogam sem rede de proteção. São fieis ao que defendem, não abrem concessões. E assumem as consequências disso.

Nessa montagem, que surgiu a partir de uma troca de fotografias com o grupo Teatro do Concreto, de Brasília, o ponto de partida até poderia ser a memória do lugares pelos quais eles passaram; seja a boate Metrópole ou a Estação Central do metrô do Recife. Essas referências estão lá. Mas são meros detalhes para uma colcha de retalhos; várias cenas curtas que vão compondo um dramaturgia fragmentada, não-linear, que se apoia no episódico e na ação daquele momento.

A dramaturgia é formada por várias cenas curtas

Pode ser um encontro, um desencontro, as partidas, o afeto imediato, a perda, a ilusão de completude, a memória da infância, a música que me traz tanta coisa à mente. Não é novela. Não precisa ter início-meio-fim.

No jogo teatral que se instala no palco e na plateia há cumplicidade. Tudo ali pode ser teatro (ou não, esse é o jogo) – mas é como se ainda houvesse, por parte do público, uma necessária busca pela ficção, por um história a ser contada. E aí nem sempre esses nós se amarram em Aquilo que meu olhar guardou para você. Talvez não fosse necessária a obrigatoriedade de usar o nome dos atores em cena. Pra quê eu preciso saber que aquele personagem é Giordano, Pedro, Erivaldo? Sim, em determinados momentos, quando o jogo se coloca mais declaradamente e eles até trocam de lugar, sim. Mas logo no começo da montagem, já que não é pra ter personagem tradicional, também não preciso de um nome. Seja um nome ficcional ou real.

Também não é sempre que as cenas conseguem convencer. Que o público consegue esquecer do jogo e, numa linha muito tênue, se entregar. Senti isso ontem no abraço entre Pedro Vilela e Giordano Castro; e, mais uma vez, na briga fake no meio do espetáculo. É como se descolasse da dramaturgia. E nesse espetáculo especificamente (senti isso bem menos no mais recente, Viúva, porém honesta, por exemplo) o elenco está em níveis diferentes. Pedro Wagner e Giordano Castro dão um salto na montagem quando estão em primeiro plano. Há ainda no elenco Pedro Vilela, Lucas Torres e Erivaldo Oliveira. A direção é de Luiz Fernando Marques, do grupo XIX.

Talvez o maior mérito da montagem é o que ela consegue fazer com o público. As surpresas que pode causar. A ida ao palco nos faz ver as coisas sob outro ângulo – mesmo que talvez isso pudesse ser melhor resolvido. (É preciso ser convidado a ir ao palco? Ou já estou no palco? Tenho que me predispor a levantar e a aceitar um convite? Ou poderia já estar lá de qualquer maneira? Não tenho nenhuma certeza sobre isso!). Mas ouvir a música predileta, ler uma carta endereçada a alguém da plateia, ter a oportunidade de estar no meio da dramaturgia – tudo isso encanta muito. E ver todo aquele público no Teatro Apolo numa terça-feira para um festival de teatro de grupo é muito, muito bom.

Pedro Vilela

Notes – Já vi Aquilo que meu olhar guardou pra você três vezes. No Hermilo Borba Filho, no Joaquim Cardozo e agora no Apolo. O melhor lugar é definitivamente o Hermilo. O público ganha muito com a proximidade maior com o espetáculo. Ontem a iluminação – que é linda; não funcionou como geralmente funciona. Talvez por problemas técnicos e do teatro mesmo.

Ficha técnica – Aquilo que meu olhar guardou para você

Direção: Grupo Magiluth e Luiz Fernando Marques
Dramaturgia: Giordano Castro
Atuação: Erivaldo Oliveira, Giordano Castro, Lucas Torres, Pedro Wagner e Pedro Vilela
Direção de arte: Guilherme Luigi e Thaysa Zooby
Iluminação: Pedro Vilela
Sonoplastia: Grupo Magiluth e Luiz Fernando Marques

Serviço:
Aquilo que meu olhar guardou para você
Trema! Festival de Teatro de Grupo do Recife
Quando: quinta-feira (11), às 21h
Onde: Teatro Apolo (Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife)
Quanto: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada)

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