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A brincadeira mais querida do Natal
Crítica do Baile do Menino Deus

Foto: Hans von Manteuffel

Os Mateus Arilson Lopes e Sóstenes Vidal com o grupo de bailarinos. Foto: Hans von Manteuffel / Divulgação

Foto: Hans von Manteuffel

Praça do Marco Zero no Recife, elenco e público. Foto: Hans von Manteuffel / Divulgação

O Baile do Menino Deus – uma brincadeira de Natal é um dos mais emblemáticos eventos natalinos do Brasil, quiçá do mundo. Apresentado anualmente há 21 dezembros na Praça do Marco Zero, no centro do Recife, ele atrai milhares de espectadores em busca de uma experiência cultural singular. Escrito por Ronaldo Correia de Brito (também diretor da peça) e Assis Lima e com músicas de Antônio Madureira, esse auto de Natal habilmente entrelaça a narrativa universal do nascimento de Jesus com elementos da cultura popular nordestina. O resultado é irresistível. Então eu digo, o Baile do Menino Deus salva o Natal de muita gente.

Além de oferecer um refúgio coletivo ao calor intenso, com a brisa do mar à beira do Capibaribe, essa obra revitaliza o espírito comunitário. Transformando o espaço público em um palco potente, o espetáculo toca corações e mentes de maneira particular. Ele reúne na plateia pessoas de várias classes sociais, reafirmando a rua como um espaço de pertencimento e expressão popular ao ar livre.

Em um mundo onde o consumismo frequentemente ofusca o verdadeiro espírito do Natal, o espetáculo propõe uma vivência carregada da essência da data: o nascimento de Jesus, simbolizando esperança, renovação e amor. Ao se concentrar nesses valores, o Baile convida o público a refletir sobre o que realmente importa nesta época do ano.

Para tantos, o espetáculo é um elo de conexão com suas raízes e identidade cultural. Ao incorporar elementos das manifestações populares do Nordeste, como o maracatu, o frevo, o cavalo-marinho, o bumba meu boi, a ciranda, o pastoril, o coco, e outros, o Baile fortalece o senso de pertencimento e orgulho de territoridade. Ele salva o Natal ao reafirmar a riqueza e a diversidade da cultura brasileira, em um ato de resistência contra a homogeneização cultural.

Diante de tantos desafios e incertezas, o Baile do Menino Deus oferece uma alegria do presente e esperança renovada. A cada ano, ao atualizar suas referências e adaptar sua narrativa, a encenação reforça a ideia de que, apesar das adversidades, há horizonte. E inspira cada espectador a maravilhar-se com a vida, com cada nascimento.

Pego esse verbo, maravilhar-se para acompanhar essa montagem.

Foto: Hans von Manteuffel

José e Maria, ao fundo, na festa de casamento. Foto: Hans von Manteuffel / Divulgação

Como contar para uma pessoa que não conhece as tradições populares do Nordeste, nunca viu um bumba meu boi, um cavalo-marinho ou um reisado, o que é aquela lindeza do Baile do Menino Deus na Praça do Marco Zero? Seja uma francesa ou uma paulistana, como explicar que magia é essa? Ou mesmo para um recifense que ainda não foi ao Baile? Como traduzir em palavras o que se passa naquele palco imenso, com suas casinhas, com as passagens de tantos personagens, com tantas cenas simultâneas, tanta dança e canto, música e alegria?

A estrutura da peça é baseada no reisado e na lapinha do Cariri, manifestações culturais enraizadas no sertão do Ceará. Estas tradições, que envolvem a encenação do nascimento de Jesus, a adoração dos Reis Magos e a montagem de presépios, que encantaram Ronaldo Correia de Brito em sua infância, serviram como a principal fonte de inspiração para a criação deste trabalho, que agrega elementos de outros brinquedos do Nordeste.

O Baile é para saudar o Menino que nasceu. Os Mateus – um mais lírico, outro mais cômico, assumem um papel central como condutores da brincadeira e são acompanhados por um coro infantil –  Agatha Carille, Alice Vitória de Souza, Ayla Kristie, Ana Kostic, Anna Jardim, Heitor Miranda, João Guilherme, Karina Paes, Luan Rian, Madiba Florentino, Maria Clara Araújo, Rodrigo Travassos- que confere leveza na missão de avançar na história. Juntos, eles buscam abrir a porta fechada que “esconde” a Sagrada Família. Nesta busca, eles convocam um mundaréu de seres, tanto reais quanto fantásticos, cada um contribuindo de maneira única para o desenrolar da trama.

Foto: Hans von Manteuffel

Coro infantil. Foto: Hans von Manteuffel / Divulgação

Essa celebração da cultura brasileira é uma produção grandiosa. Realizada pela Relicário Produções sob a liderança de Carla Valença, a obra reúne um impressionante contingente de cerca de 300 profissionais, dos quais 70 são artistas, entre performers e criadores. Os realizadores afirmam que a encenação é assistida anualmente por mais de 70 mil pessoas.

A sacada genial deste espetáculo, concebido em 1981 (texto original e letras das canções de Ronaldo Correia de Brito e Assis Lima, e música de Antônio Madureira), foi eleger o Brasil como cenário e imaginário central. Os criadores devem ter visto pouco sentido em adotar elementos como neve, típicos de representações natalinas tradicionais de outros países, no Nordeste brasileiro. Em uma decisão deliberada e inovadora, os criadores excluíram figuras como Papai Noel com seus trenós, optando por valorizar as expressões dos três principais povos formadores da identidade brasileira: indígenas, negros e ibéricos. 

Desde sua estreia, – em 1983 , no  Teatro Valdemar de Oliveira lotado -, o Baile do Menino Deus passou por diversas fases e locais de apresentação. Mas foi a partir de 2004, com a mudança para o Marco Zero do Recife que o espetáculo ganhou a magnitude e a visibilidade que possui hoje. Neste ano de 2024 o Baile do Menino Deus foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Recife, título concedido pela Câmara Municipal. A encenação ocorre todos os anos nos dias 23, 24 e 25 de dezembro.

Lia de Itamaracá pela primeira no palco do Baile. Na foto, ao lado de Lucas dos Prazeres. Foto: Hans von Manteuffel

Maestros Forró e Spok. Foto: Hans von Manteuffel / Divulgação

Uma constelação de talentos garante o primor artístico do Baile, que inclui os atores Arilson Lopes e Sóstenes Vidal como os Mateus, com Paulo de Pontes e Daniel Barros como seus substitutos. Arilson e Sóstenes brilharam no primeiro e terceiro dias de apresentação, enquanto Paulo e Daniel assumiram os papéis com maestria no segundo dia, mantendo a energia e o carisma característicos dos personagens.

Os músicos estão posicionados no palco, integrando a música de forma mais direta à narrativa. A equipe musical, em plena vista do público, é composta pelos instrumentistas Karol Maciel no acordeom, João Pimenta no contrabaixo, Laila Campelo na viola, e Aristide Rosa alternando entre violão e viola nordestina formam o núcleo harmônico. A percussão, essencial para o ritmo pulsante do espetáculo, fica a cargo de Emerson Coelho, Jerimum de Olinda e José Emerson. Alexandre Rodrigues (Copinha) e Henrique Albino nos sopros adicionam camadas melódicas, enquanto o próprio Rafael Marques alterna entre bandolim e cavaco, dirigindo o conjunto do palco. Esta disposição cênica permite intercâmbios interessantes  entre músicos e atores. Um exemplo é a interação cômica entre um dos Mateus e um músico careca.

Foto: Hans von Manteuffel

Coreografias assinadas por Sandra Rino. Foto: Hans von Manteuffel / Divulgação

A coreógrafa Sandra Rino integra diferentes estilos de dança, do tradicional ao contemporâneo, criando uma movimentação visualmente fascinante. O elenco de dança, composto por Beatriz Gondra, Fernando Gomes, Gabi Carvalho, Isabela Loepert, Jonas Alves, José Valdomiro, Marcela Aragão, Marina Vidal, Pinho Fidelis e Tiago Vieira, ocupa o palco com graça e energia.

Este ano, a estreia de Lia de Itamaracá – nossa rainha cirandeira –  brilhou com intensidade singular (antes ela tinha atuado no no segundo filme do Baile). Sua presença magnética tocou fortemente a plateia, transformando sua participação em um momento verdadeiramente histórico para o Baile. Ao lado de Lucas dos Prazeres, Lia interpretou a música da burrinha Zabilin. O figurino de Lia, elaborado com as sete saias mencionadas na própria letra da música, acrescentou uma camada visual à sua performance.

As participações dos maestros de frevo Spok e Forró contribuíram para elevar o calibre musical desta edição. Spok, reconhecido por sua maestria instrumental, também apresentou suas habilidades vocais, na canção Romã, Romã. Ele confessou que sempre quis participar desse espetáculo. O Baile tem essa coisa desejante. Paralelamente, Forró, fiel à sua essência, impregnou o espetáculo com generosas doses de irreverência, adicionando um toque de humor e espontaneidade que se harmonizou perfeitamente com o espírito do Baile.

A riqueza musical do Baile foi ainda mais evidenciada pela atuação de diversos solistas. Silvério Pessoa, Isadora Melo, Surama Ramos, Carlos Filho, Sarah Leandro, Sue Ramos, Cláudio Rabeca, Elon Damaceno e Ricardo Pessoa criaram momentos de puro deleite sonoro. A jovem Júlia Souza, como solista adolescente, adiciona uma camada de frescor à produção.

Surama Ramos, preparadora vocal e solista. Foto: Hans von Manteuffel / Divulgação

Foto: Hans von Manteuffel

Laís Senna, a Maria do Baile do Menino Deus. Foto: Hans von Manteuffel / Divulgação

Nos papéis de Maria e José, temos a atriz, cantora e compositora Laís Senna e o poeta, brincante e sanfoneiro Lucas Dan.

Laís Senna, em sua segunda participação no espetáculo desde sua estreia em 2023, demonstra um crescimento significativo em sua performance. Sua presença cênica  mostra-se mais confiante e expressiva. Como atriz e cantora, ela consegue transmitir a complexidade emocional de Maria com delicadeza. Sua interpretação da música Acalanto é particularmente comovente, revelando suas habilidades vocais, como também sua capacidade de incorporar a essência maternal de sua personagem.

Por outro lado, Lucas Dan traz uma ternura ao papel de José. Sua formação como poeta, brincante e sanfoneiro enriquece sua interpretação. A cumplicidade e o entrosamento entre os atores são evidentes em cada interação, cada olhar trocado, cada gesto sutil. Esta sintonia expande a qualidade da atuação, reforça a credibilidade da narrativa, e envolve emocionalmente o público com a jornada do casal.

A sequência do casamento entre José e Maria exibe o casal sob uma luz mais romântica e humana. Ao fazê-lo, a produção consegue um equilíbrio delicado entre o sagrado e o secular, permitindo que o público se conecte com José e Maria não apenas como figuras divinas, mas como um casal enfrentando desafios e emoções muito humanos.

Hip hop do Okado do Canal e seu grupo PE Original Style. Foto: Hans von Manteuffel / Divulgação

O Baile do Menino Deus, embora profundamente enraizado na cultura nordestina e comprometido com a preservação de suas tradições, não se fecha para o mundo. Desde o ano passado, e com maior amplitude neste ano, a inclusão de bailarinos de breakdance, componentes centrais do movimento cultural do hip hop, trouxe um impacto visual e cultural significativo ao espetáculo, com Okado do Canal, nome artístico do multiartista Ellan Barreto, e seu grupo PE Original Style.

A integração do hip hop adiciona dinamismo ao espetáculo e traça uma ponte entre gerações. Os passos de break da Favela do Canal, no bairro do Arruda, trazem uma autêntica representatividade da periferia ao Baile.

Nos bastidores, o estafe de profissionais dedicados assegura a excelência em cada aspecto da produção. Quiercles Santana lidera a preparação de elenco e atua como assistente de direção; e Célia Oliveira faz a preparação do elenco infantil. Sandra Rino é responsável pela coreografia, enquanto Marcondes Lima e Sephora Silva comandam a direção de arte e cenografia. A iluminação cênica fica a cargo de Jathyles Miranda, e Tomás Brandão assume a direção técnica. Juntos, esses artistas e suas equipes contribuem para criar uma experiência visual e sensorial ampla.

Cláudio Rabeca e Lucas D’Ann  na abertura do espetáculo. Foto: Foto: Hans von Manteuffel / Divulgação

Silvério Pessoa, o Boi e Carlos Filho, observados pelos Mateus, Maria e José. Foto: Hans von Manteuffel

O Baile do Menino Deus inicia-se com um arranjo nordestino da festiva Hevenu Shalom Aleichem, tradicional canção folclórica hebraica cujo significado é “Trouxemos paz sobre vocês”. A parceria entre Cláudio Rabeca e Lucas D’Ann cria uma atmosfera de celebração, que segue até o término do espetáculo.

Uma série de cenas memoráveis trouxe esse Baile do Menino Deus de 2024. O dueto entre Carlos Filho e Silvério Pessoa, interpretando o Boi, é um ponto alto, complementado pela formosura da nova versão do boi confeccionada para esta edição. O solo de saxofone do maestro Spok, acompanhado por um passista lírico executando um frevo, cria um momento de pura magia cênica. A chegada majestosa dos Reis Magos e a risada contagiante do Mateus adicionam doses de encantamento à montagem, além de lances já citados e outros fragmentos que me abraçarão depois. Cada espectador tem a liberdade de eleger suas cenas prediletas dentre esse rico mosaico de momentos. Ao final, o público já anseia pela próxima edição em 2025, renovando a esperança que o espetáculo tão engenhosamente cultiva.

O Satisfeita, Yolanda? faz parte do projeto arquipélago de fomento à crítica,  apoiado pela produtora Corpo Rastreado, junto às seguintes casas : CENA ABERTA, Guia OFF, Farofa Crítica, Horizonte da Cena, Ruína Acesa e Tudo menos uma crítica

 

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Algumas opções teatrais do fim de semana

O-Lançador de Foguetes faz sessão gratuita domingo às 16h30, no Marco Zero, no Bairro do Recife. Foto: Raquel Durigon/ Divulgação

Espetáculo gaúcho faz sessão gratuita domingo às 16h30, no Marco Zero. Foto: Raquel Durigon

O Lançador de Foguetes integra o repertório do Grupo de Teatro De Pernas pro Ar – da cidade gaúcha de Canoas – desde 2006. A montagem com o ator Luciano Wieser (que também assina a direção e cenografia) está na programação do 18º Circuito Palco Giratório Sesc.

A trupe faz várias apresentações gratuitas em Pernambuco e a primeira delas é no domingo às 16h30, no Marco Zero, no Bairro do Recife.

O bando borra as fronteiras de técnicas circenses, formas animadas e música para realizar seus experimentos de linguagens. Em O lançador de foguetes a cenografia, figurinos excêntricos e bonecos com mecanismos de manipulação únicos colaboram para a comunicação com o espaço urbano. O protagonista procura um lugar ideal para sua experiência cientifica. Ele anda no seu triciclo abarrotado de elementos cênicos, calcula os fenômenos físicos e busca encontrar a energia da plateia.

SERVIÇO
Espetáculo gaúcho O Lançador de Foguetes
Quando: domingo às 16h30
Onde: Marco Zero, no Bairro do Recife
Quanto: Grátis

Outras apresentações do espetáculo O Lançador de Foguetes em PERNAMBUCO – Palco giratório 2015
02/06 – BELO JARDIM (PE)
03/06 – BUIQUE (PE)
05/06 – BODOCÓ (PE)
06/06 – OURICURI (PE)
07/06 – ARARIPINA (PE)
11/06 – PETROLINA (PE)

Algodão doce faz apresentação dentro do projeto Palco Giratório. Foto: Ivana Moura

Algodão doce faz apresentação no Teatro Marco Camarotti. Foto: Ivana Moura

O grupo Mão Molenga (PE), também está no Palco Giratório com a encenação em teatro de bonecos Algodão doce. A apresentação está marcada para às 16h do sábado, no Teatro Marco Camarotti (Rua do Pombal, s/n, Santo Amaro).

A montagem foi erguida a partir da chamada Civilização de Açúcar e da textura de algodão dos bonecos, em variados tamanhos e técnicas de manipulação. Além da dança inspirada na tradição cultural pernambucana, principalmente o cavalo-marinho São narradas três histórias de assombração, Comadre Fulozinha, As desventuras de Ioiozinho e O Negrinho do Pastoreio.

A direção cênica e direção de arte são de Marcondes Lima. O argumento e roteiro são assinados por Marcondes Lima e Carla Denise. O elenco é formado por Elis Costa, Íris Campos, Fábio Caio, Fátima Caio e Marcondes Lima. O espetáculo é indicado para crianças a partir de 8 anos. O ingresso custa R$ 20 e R$ 10 (meia).

SERVIÇO
Espetáculo Algodão doce
Quando: Sábado (30/05) às 16h
Onde: Teatro Marco Camarotti (Rua do Pombal, s/n, Santo Amaro)
Quanto: R$ 20 e R$ 10 (meia)

Espetáculo Acontece enquanto você não quer ver inicia nova temporada

Espetáculo Acontece enquanto você não quer ver inicia nova temporada

ACONTECE ENQUANTO VOCÊ NÃO QUER VER
A nova temporada do espetáculo Acontece enquanto você não quer ver, começa amanhã, no Espaço Caramiolas (Avenida Dantas Barreto, 324, 7º andar, Santo Antônio). A encenação foi criada para um espaço de teatro domiciliar, e está dividida em dois atos: Bem guardado e Rua Garopaba, 410. A produção avisa que a peça faz um desafio à moralidade vigente e mostra situações que podem ser consideradas desagradáveis. No elenco estão Daniel Barros e Fábio Calamy
SERVIÇO
Espetáculo Acontece enquanto você não quer ver
Onde: Espaço Caramiolas (Avenida Dantas Barreto, 324, 7º andar, Santo Antônio)
Quando: 30 de maio, 06, 13 e 20 de junho, sextas, às 20h.
Ingresso: R$ 20 e R$ 10 (meia).
Informações: 9790-8251.

NA BEIRA
Amanhã, sábado, às 19h30, é a última sessão desta temporada do monólogo Na beira. A peça é inspirada em histórias risíveis e comoventes da vida do ator Plínio Maciel. As reservas devem ser feitas pelo email teatrodefronteirape@gmail.com. O endereço completo do espetáculo, na Boa Vista, será fornecido na confirmação da reserva. A capacidade da casa é de 20 espectadores.Ingresso: R$ 20 (inteira).

OBSESSÃO
A rivalidade entre duas ex-amigas chega às raias da desrazão. A vingança é o tema da comédia Obsessão, com texto de Carla Faour e direção de Henrique Tavares, em cartaz no Teatro Boa Vista. Com Simone Figueiredo, Nilza Lisboa, Silvio Pinto, Diógenes Lima e Tarcísio Vieira.
SERVIÇO
Espetáculo Obsessão
Onde: Teatro Boa Vista (Colégio Salesiano)
Quando: sábado (30), às 21h.
Ingressos: R$ 60, R$ 30 (meia) e R$ 20 (promocional, à venda na bilheteria do teatro até às 17h).
Informações: 2129-5961.

H(EU)STÓRIA – O TEMPO EM TRANSE
A partir das cartas escritas para o poeta Jomard Muniz de Britto e o ex-governador Miguel Arraes foi erguido o espetáculo, que projeta as relações do cineasta baiano Glauber Rocha com o estado de Pernambuco.
SERVIÇO
Espetáculo H(Eu)stória – O Tempo em Transe
Onde: Teatro Arraial (Rua da Aurora, 457, Boa Vista).
Quando: Sextas e sábados, às 20h (até o dia 20 de junho).
Ingresso: R$ 20 (inteira) R$ 10 (meia).
Informações: 3184-3057

A RECEITA
A receita apresenta uma mulher que tempera sua vida de abandono e violência com comida. O solo é com a atriz Naná Sodré, do grupo O Poste Soluções Luminosas. O texto e a encenação são de Samuel Santos.
SERVIÇO
Espetáculo A receita
Onde: Espaço O Poste (Rua da Aurora, 529, loja 1, Boa Vista).
Quando: De 29 de maio a 26 de junho, todas as sextas, às 20h.
Ingresso: R$ 20 e R$ 10 (meia).
Informações: 8484-8421.

VIVA RAUL – O TRIBUTO
A carreira de Raul Seixas é revisitada pelo ator e músico Renato Ignácio, junto com uma banda no espetáculo Viva Raul – o Tributo.
SERVIÇO
Espetáculo Viva Raul – O tributo
Quando: 30 de maio, às 21h.
Onde: Teatro Guararapes (Avenida Professor Andrade Bezerra, S/N, Salgadinho, Olinda).
Ingresso: Plateia R$ 120 e R$ 60 (meia). Balcão: R$ 100 e R$ 50 (meia).
Informações: 3182-8020

Última semana desta temporada de Em Nome do pai. Foto: Zé Barbosa

Última semana desta temporada de Em Nome do pai. Foto: Zé Barbosa

EM NOME DO PAI
Os caminhos tortuosos para estabelecer uma relação amorosa entre pai e filho é exibida no drama Em nome do pai, escrito pelo mineiro Alcione Araújo. O espetáculo marca a estreia na direção de Cira Ramos. Última semana.
SERVIÇO
Espetáculo Em nome do pai
Onde: Teatro Eva Herz (Livraria Cultura do RioMar Shopping. Avenida República do Líbano, 251, Pina).
Quando: De 25 de abril a 31 de maio. Sextas e sábados, às 20 horas.
Ingresso: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).
Informações: 3256-7500 ou 9157-5555

DANÇA

Percussionista Lucas dos Prazeres e Anne Costa em Abô

Percussionista Lucas dos Prazeres e Anne Costa em Abô

ABÔAbô é o nome do banho de ervas que purifica o corpo e afugenta os maus espíritos na prática do candomblé e umbanda. O espetáculo Abô tem direção e coreografia de Maria Paula Costa Rêgo e conta com o percussionista Lucas dos Prazeres, estreando como bailarino profissional e a bailarina Anne Costa no elenco.

O Grupo Grial leva para a cena um olhar bem peculiar sobre os movimentos das celebrações religiosas afro-brasileiras, mas tendo como base a estética e a linguagem da dança contemporânea. Fala sobre a poética dos orixás. O trabalho recebeu patrocínio do Prêmio Afro 2014, da Petrobras.
SERVIÇO
Espetáculo Abô
Onde: Sítio Trindade (Estrada do Arraial, s/nº, Casa Amarela).
Quando: de 28 a 31 de maio, às 19h30.
Ingresso: Entrada gratuita

ELÉGÙN – UM CORPO EM TRÂNSITO
A corporeidade e a performatividade são os dois elementos de pesquisa do espetáculo Elégùn. O título remete àquele que incorpora um arquétipo em sete cenas.
SERVIÇO
Espetáculo Elégùn
Onde: Teatro Arraial (Rua da Aurora, 457, Boa Vista).
Quando: Sextas e sábados (até o dia 18 de julho), sempre às 19h.
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).
Informações: 3184-3057

Espetáculo retrata vida e obra de Dorival Caymmi. Foto: Paula Alencastro/ Divulgação

Espetáculo retrata vida e obra de Dorival Caymmi. Foto: Paula Alencastro/ Divulgação

DORIVAL OBÁ
O compositor baiano Dorival Caymmi cresceu dentro de um terreiro de candomblé, onde era preparado para ser o obá (um tipo de coordenador do terreiro). Abandonado pela mãe quando tinha 3 anos, foi no candomblé que ele praticou sua religiosidade, e se descobriu filho de Xangô.

O grupo Vias da Dança homenageia o baiano no espetáculo Dorival Obá, que tem coreografia do ator e bailarino Juan Guimarães. No elenco estão Thomas de Aquino Leal, Júlia Franca, Natália Brito, Rayssa Carvalho e Simone Carvalho.

O Vias da Dança, da diretora Heloísa Duque, utiliza depoimentos de Dorival em áudio, a partir de entrevistas, além de músicas e trechos de percussão do repertório do cantor como É doce morrer no mar, Samba da minha terra, O que é que a baiana tem e Canto de Nanã.
SERVIÇO
Espetáculo Dorival Obá
Onde: Espaço Experimental (Rua Tomazina, 199, 1º andar, Bairro do Recife).
Quando: 30 de maio, às 20h.
Ingresso: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).
Informações: 3224-1482.

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