Arquivo mensais:janeiro 2012

Baixa no Janeiro

O espetáculo Metaformose Leminski – Reflexões de um herói que não quer virar pedra, do Grupo Delírio Cia de Teatro, não vai mais participar do Janeiro de Grandes Espetáculos. As apresentações estavam previstas para os dias 16 e 17, no Teatro Hermilo Borba Filho, mas o grupo não conseguiu apoio para as passagens. Sim, porque como o orçamento do Janeiro é super reduzido, muitos grupos só vem quando eles mesmos conseguem as passagem. Apesar disso, a produtora Paula de Renor até disse que teria conseguido contornar a situação se isso tivesse sido visto com mais antecedência. Uma pena. Ano passado, o grupo Delírio, que é de Curitiba, participou do Palco Giratório. Eles apresentaram aqui O evangelho segundo São Mateus, no Teatro Apolo. Segundo a produção do Janeiro, o espetáculo não será substituído por nenhum outro.

Grupo Delírio não vai mais participar do Janeiro de Grandes Espetáculos. Foto: Chico Nogueira

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Começa maratona do 18º Janeiro de Grandes Espetáculos

Amour, Acide et Noix, da companhia Daniel Léveillé Danse, de Quebec/Canadá se apresenta nos dias 14 e 15, no Teatro de Santa Isabel. Foto John Morstad/ Divulgação

Ao todo são mais de 100 apresentações. De teatro, dança, circo, intervenção, shows musicais além de uma série de atividades extras, como aula-espetáculo, lançamentos de livros, seminário de dança, mesas de discussão e debates de teatro e dança. Mais de 30 produções pernambucanas, 12 shows e montagens do Rio Grande do Norte, Paraíba, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Porto Alegre e Brasília dão corpo ao festival. O programa também conta com encenações de cinco outros países, Canadá, Argentina, Portugal, Equador e Chile.

O Janeiro de Grandes Espetáculos – Festival Internacional de Artes Cênicas de Pernambuco chega à 18ª edição mais abrangente, ambicioso e com muita vontade de fazer amigos pelo mundo, dialogar com criadores e público.

Começa hoje e segue até o dia 29 de janeiro nos teatros do Recife: Santa Isabel, Apolo, Hermilo Borba Filho, Barreto Júnior, Marco Camarotti, Capiba, Luiz Mendonça e Arraial, além de espaços alternativos como a Casa Mecane, Espaço Muda, Centro Cultural Correios e Espaço Fiandeiros. Em Olinda as montagens serão na rua. Em Caruaru, toda as sessões serão alojadas no Teatro Rui Limeira Rosal, do Sesc Caruaru.

A realização é da Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco (Apacepe), sob a coordenação dos produtores Carla Valença, Paula de Renor e Paulo de Castro.

Os ingressos populares variam de R$ 10 a R$ 20, além de atrações gratuitas.

Grupo Magiluth estreia Aquilo Que Meu Olhar Guardou Para Você no Janeiro de Grandes Espetáculos

Desde que foi criado, o Janeiro investe em dar visibilidade à produção pernambucana, principalmente os destaques do ano anterior. Em 2012, o festival conta também com três estreias: Caxuxa (Duas Companhias – Recife/PE), Aquilo Que Meu Olhar Guardou Para Você (Grupo Magiluth – Recife/PE) e O Pássaro de Papel ((Pedro Portugal E Paulo De Castro Produções – Recife/PE).

As produções locais concorrem ao Troféu Apacepe de Teatro e Dança.

O projeto conta com patrocínio da Chesf, Correios, Governo do Estado de Pernambuco, Prefeituras do Recife e de Olinda, Caixa Econômica Federal e Sesc Pernambuco. A programação internacional conta com o apoio do Programa Iberescena, que fomenta um intercâmbio da produção cultural de países iberoamericanos.

O Janeiro de Grandes Espetáculos também vai sediar o Encontro do Núcleo dos Festivais Internacionais do Brasil, de 25 a 29 de janeiro, em reuniões fechadas. Estão confirmadas as participações de Marcelo Zamora (FIT – Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto/SP), Guilherme Reis (Cena Contemporânea/DF), Paulo Braz (Filo – Festival Internacional de Londrina/PR), Vanise Carneiro (Porto Alegre em Cena/RS), Ricardo Libório (Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia/BA), Marcelo Bones (Festival Internacional de Teatro Palco & Rua de Belo Horizonte/MG), Márcia Dias (Tempo Festival de Artes/RJ) e Carla Valença, Paulo de Castro e Paula de Renor (Janeiro de Grandes Espetáculos – Festival Internacional de Artes Cênicas de Pernambuco/PE).

Estão agendadas três mesas de discussão: “Processo Colaborativo e Resultados” (dia 26), com a presença de Anderson Aníbal (Cia. Clara de Teatro – MG); Pedro Vilela (Grupo Magiluth – PE) e Francis Wilker (Teatro do Concreto – DF); e uma especial sobre “Intercâmbios Internacionais” (dias 27 e 28).

Para debater a ampliação de mercado para as artes cênicas participarão Liliane Rabelo (SP – British Council); Marcelo Castillo (Argentina – Mercado de Las Artes Escénicas y La Música de Argentina e site Girart / Puerta al Mundo); e Mireia Branera (Espanha – A Portada). Dia 27 de janeiro (sexta), das 14h30 às 17h30.

Sobre Intercâmbios Internacionais – Novas Perspectivas irão conversar Celso Curi (SP – La Red – Rede de Promotores Culturais da América Latina e Caribe); Guillermo Heras (Espanha – Programa Iberescena); e Moncho Rodriguez (Portugal – Centro de Criatividade – Póvoa de Lanhoso). Dia 28 de janeiro (sábado), das 9h30 às 12h30. Os debates serão no Centro Cultural Correios, com entrada franca.

Em parceria com o Movimento Dança Recife será realizado ainda no Centro Cultural Correios o Seminário “Dança e Política – Perspectivas para 2012” (dias 16 e 17).

Os homenageados desta edição são o ator Germano Haiut, e o coreógrafo Ubiracy Ferreira, diretor do Bacnaré – Balé de Cultura Negra do Recife.

Abertura oficial do Festival
Dia 11 (quarta) 19h Teatro de Santa Isabel

As Três Velhas (Teatro Pândega – São Paulo/SP)
Dias 11 e 12 (quarta e quinta), às 20h, no Teatro de Santa Isabel.
Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)
Indicação: 18 anos.

9 Mentiras Sobre a Verdade (Cia. Teatro Líquido – Porto Alegre/RS)
Dias 12 e 13 (quinta e sexta), às 19h, no Teatro Marco Camarotti (SESC de Santo Amaro).
Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)
Indicação: 14 anos.

Cordões e Sob a Pele (Grupo Peleja – Olinda/PE e Dante Cia. de Dança e Teatro – Recife/PE)
Dia 13 (sexta), às 21h, no Teatro Hermilo Borba Filho.
Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)
Direção: Black Escobar.
Indicação: 12 anos.

Tango, Bolero e Cha Cha Cha (Brainstorming Entretenimento – Rio de Janeiro/RJ)
Dias 13 e 15 (sexta e domingo), às 21h, e dia 14 (sábado), às 21h30, no Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu).
Ingresso: R$ 20 e R$ 10 (estudantes, professores, artistas e maiores de 60 anos com identificação)
Indicação: 14 anos.

O Urubu Cor de Rosa (Grupo Scenas – Olinda/PE)
Dia 14 (sábado), às 16h, no Teatro Marco Camarotti (SESC de Santo Amaro).
Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)

Amour, Acide et Noix (Daniel Léveillé Danse – Quebec/Canadá) (Espetáculo internacional)
Dias 14 e 15 (sábado e domingo), respectivamente às 21h e 19h, no Teatro de Santa Isabel.
Ingresso: R$ 20 e R$ 10 (estudantes, professores, artistas e maiores de 60 anos com identificação)
Indicação: 18 anos.

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Mostra Iberoamericana de Artes Cênicas

Tercer Cuerpo (Teatro Timbre 4 – Buenos Aires/Argentina)
Dias 14 e 15 (sábado e domingo), às 19h, no Teatro Barreto Júnior
Ingresso: R$ 20 e R$10 (estudantes, professores, artistas e maiores de 60 anos com identificação)
Indicação: 13 anos.

Karaoke (Orquestra Vacía) (El Muégano Teatro – Guayaquil/Equador)
Dias 17 e 18 (terça e quarta), às 19h, no Teatro Marco Camarotti (SESC de Santo Amaro).
Ingresso: R$ 20 e R$10 (estudantes, professores, artistas e maiores de 60 anos com identificação)
Indicação: 12 anos.

Carnes Tolendas – Retrato Escénico de un Travesti (Grupo Banquete Escénico – Córdoba/Argentina)
Dias 19 e 20 (quinta e sexta), às 21h, no Teatro Apolo. Ingresso: R$ 20 e R$10 (estudantes, professores, artistas e maiores de 60 anos com identificação)
Indicação: 16 anos.

Sin Testear Al Outro Lado (Cia. Sin Testear – Santiago/Chile)
Dias 21 e 22 (sábado e domingo), às 20h30, no Teatro Barreto Júnior. Ingresso: R$ 20 e R$10 (estudantes, professores, artistas e maiores de 60 anos com identificação)

A Bailarina vai às compras, com Júnior Sampaio. Foto Divulgação


A Bailarina Vai às Compras (ENTREtanto TEATRO – Valongo/Portugal)
Dias 24 e 25 (terça e quarta), às 20h30, no Teatro Barreto Júnior.
Ingresso: R$ 20 e R$10 (estudantes, professores, artistas e maiores de 60 anos com identificação)
Indicação: 16 anos.

Niñas Araña (Compañía CIT/Centro de Investigación Teatral – Santiago/Chile)
Dias 28 e 29 (sábado e domingo), às 19h, no Teatro Hermilo Borba Filho. Ingresso: R$ 20 e R$10 (estudantes, professores, artistas e maiores de 60 anos com identificação)
Indicação: 14 anos.

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Nem Sempre Lila (Grupo Quadro de Cena – Recife/PE)
Dia 15 (domingo), às 16h, no Teatro Marco Camarotti (SESC de Santo Amaro).
Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)

Metaformose Leminski foto Chico Nogueira. ESPETÁCULO FOI CANCELADO


<strong>Metaformose Leminski – Reflexões de Um Herói Que Não Quer Virar Pedra (Grupo Delírio Cia. de Teatro – Curitiba/PR)
Dias 16 e 17 (segunda e terça), às 19h, no Teatro Hermilo Borba Filho. Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)
Indicação: 16 anos.

Ballet Coppélia (Escola de Ballet Cláudia São Bento – Recife/PE)
Dia 17 (terça), às 20h, no Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu). Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)

R&J de Shakespeare – Juventude Interrompida (Turbilhão de Ideias, Cultura e Entretenimento – Rio de Janeiro/RJ)
Dias 17 e 18 (terça e quarta), às 20h30, no Teatro de Santa Isabel. Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)
Indicação: 16 anos.

Palhaços – O Reverso do Espelho (Dramart Produções – Recife/PE)
Dia 18 (quarta), às 20h30, no Teatro Barreto Júnior.
Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)
Indicação: 14 anos.


Gerlane Lops Festeja o DVD “Da Branca”
(Produção Gil Lisboa – Recife/PE)
Dia 18 (quarta), às 21h, no Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu). Ingresso: R$ 20 e R$10 (estudantes, professores, artistas e maiores de 60 anos com identificação)

Allexa, Num Instante o Dia Fica Rosa (Produção Juliana Viana – Recife/PE)
Dia 19 (quinta), às 21h, no Teatro de Santa Isabel. Ingresso: R$ 20 e R$10 (estudantes, professores, artistas e maiores de 60 anos com identificação)

Rei e Menestrel, Gonzaga e Noel (Banda Som da Terra – Olinda/PE)
Dia 19 (quinta), às 21h, no Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu). Ingresso: R$ 20 e R$10 (estudantes, professores, artistas e maiores de 60 anos com identificação)

Capiba, Valsas e Choros (Produção Elyanna Caldas – Recife/PE)
Dia 20 (sexta), às 20h, no Teatro Capiba (SESC de Casa Amarela). Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)
Indicação: 12 anos.

O Canto de Gregório (Grupo Magiluth – Recife/PE)
Dia 19 (quinta), às 19h e 21h, no Teatro Marco Camarotti (SESC de Santo Amaro). Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)
Indicação: 16 anos.
* O espetáculo tem capacidade para 50 pessoas por sessão.

Aluga-se Um Coração
(Qualquer Um Dos 2 Cia. de Dança – Petrolina/PE)
Dia 19 (quinta), às 20h30, no Teatro Barreto Júnior. Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)
Indicação: 16 anos.

Manual Prático de Felicidade (Teodora Lins e Silva Cia. de Teatro – Recife/PE)
Dia 20 (sexta), às 19h, no Teatro Marco Camarotti (SESC de Santo Amaro). Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)
Indicação: 12 anos.

As Levianas em Cabaré Vaudeville (Cia. Animé – Recife/PE)
Dia 20 (sexta), às 21h, no Teatro de Santa Isabel. Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)
Indicação: 14 anos.

Assim Me Contaram, Assim Vou Contando… (Enlassos Cia. de Teatro – Recife/PE)
Dia 21 (sábado), às 16h, no Teatro Marco Camarotti (SESC de Santo Amaro). Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)

O Circo do Futuro – Uma Aventura Musical (Ilusionistas Corporação Artística e Chocolate Produções Artísticas – Recife/PE)
Dia 21 (sábado), às 17h30, no Teatro de Santa Isabel.
Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)

Divinas (Duas Companhias – Recife/PE)
Dia 21 (sábado), às 19h, no Teatro Hermilo Borba Filho.
Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)

Geraldo Maia Canta Chico (Produção Geraldo Maia – Recife/PE)
Dia 21 (sábado), às 20h, no Teatro Capiba (SESC de Casa Amarela). Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)
Indicação: 10 anos. Direção musical: Geraldo Maia.

Fábrica de Canções com Isabela Moraes (Produção Pablo Patriota – Caruaru/PE)
Dia 21 (sábado), às 20h, no Teatro Apolo. Ingresso: R$ 20 e R$10 (estudantes, professores, artistas e maiores de 60 anos com identificação)

Caxuxa (Duas Companhias – Recife/PE) – estreia nacional
Dia 22 (domingo), às 10h30, no Teatro de Santa Isabel.
Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)

O Pirata Tubarão e o Índio Xavante (Circus Produções Artísticas – Recife/PE)
Dia 22 (domingo), às 16h, no Teatro Marco Camarotti (SESC de Santo Amaro). Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)
* O espetáculo vai contar com tradução em Libras.

Pluft, o Fantasminha (Cênicas Núcleo Paralelo – Recife/PE)
Dia 22 (domingo), às 16h, no Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu). Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)

AbraCASAbra! – A Mágica Mora Aqui
(Produção Christianne Galdino – Recife/PE)
Dia 22 (domingo), às 20h, no Teatro Capiba (SESC de Casa Amarela). Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)

Heróis – O Caminho do Vento (Grupo Cena – Brasília/DF)
Dias 23 e 24 (segunda e terça), às 19h, no Teatro Hermilo Borba Filho. Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)
Indicação: 14 anos.

Espaçamento (Cláudio Lacerda/Dança Amorfa – Recife/PE)
Dia 24 (terça), às 19h, no Centro Cultural Correios. Gratuito

Dolores (Ronaldo Negromonte Produções – Natal/RN)
Dia 24 (terça), às 20h, no Teatro de Santa Isabel. Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)
Indicação: 12 anos.

Noturnos (Cia. Fiandeiros de Teatro – Recife/PE)
Dia 25 (quarta), às 19h, no Teatro Marco Camarotti (SESC de Santo Amaro). Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)
Indicação: 16 anos.


Noite de Performances Corpos Compartilhados
(Coletivo Lugar Comum – Recife/PE)
Dia 25 (quarta), às 19h, na Casa Mecane. Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)

Todos Cantam Pra Gonzaga (Produção Fernanda Santiago e Gil Cordas – Recife/PE)
Dia 25 (quarta), às 20h, no Teatro de Santa Isabel. Ingresso: R$ 20 e R$10 (estudantes, professores, artistas e maiores de 60 anos com identificação)
Indicação: 10 anos.

Cantigas do Sol – Dom Quixote de Cordel (Edgar Albuquerque e Marcus Siqueira Produções Artísticas – Recife/PE)
Dias 25 e 26 (quarta e quinta), às 20h30, no Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu). Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)
Indicação: 14 anos.

Ilhados: Encontrando as Pontes (Grupo Experimental – Recife/PE)
Dia 25 (quarta), às 21h, no Teatro Hermilo Borba Filho. Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)

Essa Febre Que Não Passa (Coletivo Angu de Teatro – Recife/PE)
Dia 26 (quinta), às 19h, no Teatro Hermilo Borba Filho.
Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)
Indicação: 16 anos.

Ceronha Pontes e Hermila Guedes em Essa febre que não passa, do Coletivo Angu de Teatro. Foto: Ivana Moura

Dark Room (Cia. Etc – Recife/PE)
Dia 26 (quinta), às 19h e 21h, na Casa Mecane. Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)
Indicação: 18 anos. Direção: Marcelo Sena.

E Sentirás o Meu Cuidado: Gonzaga Leal Canta Capiba (Leal Produções Artísticas – Recife/PE)
Dia 26 (quinta), às 20h, no Teatro de Santa Isabel. Ingresso: R$ 20 e R$10 (estudantes, professores, artistas e maiores de 60 anos com identificação)

Continue Reto, Sempre em Linha Reta! E Vai com Deus… (Camaleão Grupo de Dança – Belo Horizonte/MG)
Dia 26 (quinta), às 20h30, no Teatro Barreto Júnior. Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)
Indicação: 14 anos.

Aquilo Que Meu Olhar Guardou Para Você (Grupo Magiluth – Recife/PE) – estreia nacional
Dia 27 (sexta), às 19h, no Teatro Hermilo Borba Filho. Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)
Indicação: 16 anos.

O Pranto de Maria Parda, com Gilberto Brito, é uma coprodução entre Brasil e Portugal.Sessões marcdas para os diaas 27, 28 e 29, no Teatro Capiba (SESC de Casa Amarela). Foto Rui Pitaes

O Pranto de Maria Parda (Centro de Criatividade – Póvoa de Lanhoso e Paulo de Castro Produções – Póvoa de Lanhoso/Portugal e Recife/PE)
Dias 27, 28 e 29 (sexta a domingo), às 20h, no Teatro Capiba (SESC de Casa Amarela).
Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)
* Coprodução internacional Brasil/Portugal.
Indicação: 10 anos.


Caetana
(Duas Companhias – Recife/PE)
Dia 27 (sexta), às 20h30, no Teatro Barreto Júnior. Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)

O Solo do Outro (Centro de Formação e Pesquisa das Artes Cênicas Apolo-Hermilo – Recife/PE)
Dia 27 (sexta), às 22h, na Casa Mecane. Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)
Indicação 16 anos.

Valentim e o Boizinho de São João (Cia. Máscaras de Teatro – Recife/PE)
Dia 28 (sábado), às 16h, no Teatro Marco Camarotti (SESC de Santo Amaro). Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)

O Pássaro de Papel (Pedro Portugal E Paulo De Castro Produções – Recife/PE) – estreia nacional
Dias 28 (sábado), às 16h, e dia 29 (domingo), às 18h, no Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu).
Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)

Diálogos Sobre Nijinsky (Virtual Companhia De Dança – São José do Rio/SP)
Dias 28 e 29 (sábado e domingo), às 20h30, no Teatro Barreto Júnior. Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)
Indicação: 12 anos.

A Mulher Sem Pecado (Cia. Arlecchino de Teatro – Belo Horizonte/MG)
Dia 28 (sábado), às 21h, e dia 29 (domingo), às 19h, no Teatro de Santa Isabel. R$ 10 (preço único promocional)
Indicação: 14 anos

Algodão Doce (Mão Molenga Teatro de Bonecos – Recife/PE)
Dia 29 (domingo), às 16h, no Teatro Marco Camarotti (SESC de Santo Amaro). Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)
Indicação: 8 anos.

Prêmio APACEPE de Teatro e Dança – Entrega e Confraternização
Dia 29 (domingo), às 20h30, na Praça do Arsenal (Bairro do Recife). Gratuito. Coordenação artística: Coletivo Angu de Teatro.


PROGRAMAÇÃO DE RUA EM OLINDA

Gratuito. Parceria da Apacepe com a Prefeitura Municipal de Olinda/Secretaria de Patrimônio e Cultura.

A inconveniência de ter coragem foto Erivaldo Carvalho



A Inconveniência de Ter Coragem
(Centro de Criação Galpão das Artes – Limoeiro/PE)
Dia 14 (sábado), às 16h, na Praça do Carmo. Gratuito

Exaltação a Olinda (Associação de Teatro de Olinda – ATO – Olinda/PE)
Dia 21 (sábado), às 16h, na Praça Laura Nigro (Ribeira). Gratuito

Eu Vim da Ilha (Companhia de Dança do SESC Petrolina – Petrolina/PE)
Dia 21 (sábado), às 20h, na Praça Laura Nigro (Ribeira). Gratuito
Direção e coreografia: Jailson Lima.

Horas Possíveis… Enquanto Seu Lobo Não Vem (Camaleão Grupo de Dança – Belo Horizonte/MG)
Dias 28 e 29 (sábado e domingo), às 16h, no Alto da Sé. Gratuito

Flor de Macambira (Grupo Ser Tão Teatro – João Pessoa/PB)
Dia 28 (sábado), às 20h, na Praça Lauro Nigro (Ribeira). Gratuito

Estar Aqui Ou Ali? (Visível Núcleo de Criação – Recife/PE)
Dia 28 (sábado), às 18h, no Alto da Sé. Gratuito

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PROGRAMAÇÃO PRAÇA DO ARSENAL (BAIRRO DO RECIFE)
Gratuito. Parceria da Apacepe com a Secretaria de Turismo da Prefeitura do Recife.

100 Anos de Gonzagão (Ed Carlos – Recife/PE)
Dia 13 (sexta), às 20h

Projeto Alegres Bandos – Encontro de Blocos (Homenagem ao Bloco da Saudade) (Claudionor Germano e Pedro Castro Produções – Recife/PE)
Dia 14 (sábado), às 17h

Noel Dá Samba (Cláudia Beija e Quarteto – Recife/PE)
Dia 14 (sábado), às 20h

Quatro (Cia. Brincantes de Circo – Recife/PE)
Dia 15 (domingo), às 16h30

Nosso Forró (Spok e Orquestra Forrobodó – Recife/PE)
Dia 20 (sexta), às 20h

Projeto Alegres Bandos – Encontro de Blocos (Homenagem ao Bloco das Ilusões) (Claudionor Germano e Pedro Castro Produções – Recife/PE)
Dia 21 (sábado) 17h

No Tablado do Véio Mangada (Paulo de Castro Produções – Recife/PE)
Dia 21 (sábado), às 20h
Texto: Romildo Moreira e Walmir Chagas. Direção cênica: Romildo Moreira.

Os Três Porquinhos (Pedro Portugal e Paulo De Castro Produções – Recife/PE)
Dia 22 (domingo), às 17h

Capiba: Madeira que o Cupim Não Rói (Paulo de Castro Produções – Recife/PE)
Dia 27 (sexta), às 20h

Projeto Alegres Bandos – Encontro de Blocos (Homenagem ao Bloco Carnavalesco Amante das Flores) (Claudionor Germano e Pedro Castro Produções – Recife/PE)
Dia 28 (sábado), às 17h

As Mônicas (Monica Tomasi e Mônica Feijó – Porto Alegre/RS e Recife/PE)
Dia 28 (sábado), às 20h
Direção musical: Monica Tomasi e Mônica Feijó.

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PROGRAMAÇÃO CARUARU

Parceria da Apacepe com o SESC Pernambuco
Teatro Rui Limeira Rosal (SESC Caruaru – Av. Rui Limeira Rosal, s/n, Petrópolis. Tel. 3721 3967)

Amour, Acide et Noix (Daniel Léveillé Danse – Quebec/Canadá)
Dia 21 (sábado), às 20h. Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)
Indicação: 18 anos.

O Pranto de Maria Parda (Centro de Criatividade – Póvoa de Lanhoso e Paulo de Castro Produções – Póvoa de Lanhoso/Portugal e Recife/PE)
Dia 22 (domingo), às 20h. Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)
Indicação: 10 anos.
* Coprodução internacional Brasil/Portugal.

Munganga (documentário) e Guarda Sonhos (Grupo Peleja – Olinda/PE)
Dias 25 e 26 (quarta e quinta), às 20h. Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)

A Bailarina Vai às Compras (ENTREtanto TEATRO – Valongo/Portugal)
Dia 27 (sexta), às 20h. Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)
Indicação: 16 anos.

O Amor de Clotilde Por Um Certo Leandro Dantas (Trupe Ensaia Aqui e Acolá – Recife/PE)
Dia 28 (sábado), às 20h. Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)

Reprilhadas e Entralhofas – Um Concerto para Acabar com a Tristeza (Cia. 2 Em Cena de Teatro, Circo e Dança – Recife/PE)
Dia 29 (domingo), às 16h30. Ingresso: R$ 10 (preço único promocional)
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PROJETOS SOCIAIS

Strega
(Companhia Maria Sem-Vergonha de Teatro e Circo e Centro de Diversidade Cultural Teatro Armazém – Recife/PE)
Dia 26 (quinta), às 19h, no Teatro Marco Camarotti (SESC de Santo Amaro). Gratuito
Indicação: 14 anos.

Ainda Há Cristais nas Flores do Sal (Companhia Maria Sem-Vergonha de Teatro e Circo e Centro de Diversidade Cultural Teatro Armazém – Recife/PE)
Dia 27 (sexta), às 20h, no Teatro Arraial. Gratuito
Indicação: 14 anos.

A Quase Morte de Zé Malandro (Grupo de Teatro Drão e Movimento Cultural Fazendo Arte – Recife/PE)
Dia 28 (sábado), às 20h, no Teatro Arraial. Gratuito

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Retrô 2011

Os artistas aguardaram: apoio, resultados dos editais atrasados, pagamento de fomentos. Como – ainda bem-diz a música de Marcelo Camelo (Casa pré-fabricada), “nessa espera, o mundo gira em linhas tortas”. Os caminhos não serem retos não é, definitivamente, ruim para a arte. Se o atraso no resultado do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura) prejudicou a cena teatral pernambucana em 2011, serviu também ao propósito de mostrar que o teatro continua sendo uma arte de resistência; e que é possível sim levar ao palco produções de qualidade, a duras penas, mesmo sem incentivos oficiais. Para 2012, se as promessas e os prazos de editais forem realmente cumpridos, é bem provável que tenhamos um panorama de peças mais amplo, pelo menos em quantidade. Qualidade não foi o problema.

No Janeiro de Grandes Espetáculos, que começa na próxima quarta-feira, teremos pelo menos três estreias: Aquilo que meu olhar guardou para você, do grupo Magiluth, Caxuxa, da Duas Companhias, e O pássaro de papel, com direção de Moncho Rodriguez e produção de Pedro Portugal e Paulo de Castro. Para o Magiluth, que tem sete anos de atividades, 2011 foi um ano de aprimoramento e, mais ainda, de alargar as possibilidades criativas. Estrearam a peça O canto de Gregório, sem apoio estadual ou municipal, “o que não é um mérito, é porque fazer teatro é mais forte do que a gente, mas é muito difícil”, conta Pedro Wagner, que interpreta Gregório. Ainda participaram do projeto Rumos Itaú Cultural, que possibilitou, através de edital, intercâmbios entre grupos.

Magiluth vai estrear Aquilo que meu olhar guardou para você. Foto: Thaysa Zooby

O Magiluth trabalhou com o Teatro do Concreto, de Brasília. E daí surgiu o novo espetáculo, que tem direção de Luis Fernando Marques, do grupo paulista XIX de Teatro. O grupo passa por um momento limite. “Eles já não são um grupo ‘de novos’. E precisam se manter. Espero que eles consigam esse equilíbrio de produção. Além de ser artista, tem que ter estrutura de produção, gestão”, complementa o professor Luís Reis.
Caxuxa, outra estreia, é uma remontagem, uma adaptação do texto de João Falcão. “Foi uma ideia de Claudio Ferrario. Fizemos essa peça, um musical, há 20 anos”, conta Lívia Falcão, que fez parte do elenco de Divinas, ao lado de Fabiana Pirro e Odília Nunes, que estreou ano passado.

Luiza Fontes, Regina Medeiros e Sofia Abreu estão no elenco de O pássaro de papel. Foto: Pedro Portugal

Ao longo de 2012, outras produções estão previstas. Jorge de Paula, Thay Lopes e Kleber Lourenço devem trabalhar a partir de um texto de Luiz Felipe Botelho, com direção de Tiche Vianna, do Barracão Teatro, de Campinas. Rodrigo Dourado está na direção de Olivier e Lili – Uma história de amor em 900 frases, que tem no elenco Fátima Pontes e Leidson Ferraz. A Cênicas Companhia de Repertório, que fez o infantil Plutf – O fantasminha, está em fase de pré-produção do espetáculo baseado na formação de clowns, e deve montar outro infantil.

Cinema é uma coprodução entre a Cia Clara e o Espaço Muda. Foto: Nilton Leal

Jorge Féo, do Espaço Muda, está trabalhando em parceria com Anderson Aníbal, da Cia Clara, no projeto Cinema, com estreia prevista para abril. A Fiandeiros deve abrir o seu espaço, na Boa Vista, para a realização de temporadas, planeja fazer o infantil Vento forte para água e sabão, e ainda vai lançar o Núcleo de Teatro Novelo, com alunos saídos dos cursos ministrados pela companhia. Breno Fittipaldi e Ana Dulce Pacheco devem estrear, em maio, Encontro Tchekhov, também sem incentivos.

– Colaborou Tatiana Meira

Alguns registros:

Carla Denise fez documentário sobre Hermilo Borba Filho

Leda Alves, viúva de Hermilo Borba Filho, acalenta o projeto de lançar um livro sobre a obra de Hermilo e o Teatro Popular do Nordeste (TPN). “Seria uma obra envolvendo vários pesquisadores”, conta. No último mês de dezembro, a dramaturga e jornalista Carla Denise lançou o DVD Coleção Teatro – Volume 3 – Hermilo Borba Filho, que além de entrevistas com atores, diretores, pessoas que conviveram com Hermilo, traz ainda uma entrevista antiga com o próprio diretor.

O livro TAP – Sua cena & sua sombra: O Teatro de Amadores de Pernambuco (1941-1991), de Antonio Edson Cadengue, foi lançado em novembro. Esse regaste, fundamental para entender a trajetória do teatro em Pernambuco, está disponível em edição rica em detalhes e fotos. Outra publicação importante foi o livro Transgressão em 3 atos: Nos abismos do Vivencial, escrito por Alexandre Figueirôa, Stella Maris Saldanha e Cláudio Bezerra.

O Teatro Experimental de Arte de Caruaru comemora 50 anos em 2012 com muitos motivos para comemorar. Se neste ano o Festival de Teatro do Agreste (Feteag) não ocorreu por falta de apoio e recursos, a Câmara Municipal de Caruaru já aprovou, no mês de novembro, uma verba de R$ 100 mil para que a mostra seja realizada. O grupo deve ainda estrear O pagador de promessas e lançar um livro. Neste ano, pela primeira vez, o TEA participou do Festival de Curitiba.

A publicitária Lina Rosa Vieira está com a agenda lotada para 2012. Em junho, o Festival Internacional de Teatro de Objetos (Fito) será realizado em Belo Horizonte e deve passar por Florianópolis e Curitiba. Está quase certo que o Fito, que foi sucesso de público no Marco Zero, seja realizado aqui, em setembro, trazendo o espetáculo francês Transports Exceptionnels. Já está confirmado é que o Sesi Bonecos do Mundo virá a Pernambuco em novembro.

Lina Rosa Vieira deve trazer o Sesi Bonecos do Mundo e o Fito novamente ao Recife


Pé na estrada

O compromisso com o teatro de grupo está levando as produções pernambucanas para outras cercanias. Não são peças organizadas apenas para cumprir uma temporada, mas fruto da pesquisa, da investigação de uma linguagem e estéticas próprias de cada coletivo. O amor de Clotilde por um certo Leandro Dantas, que estreou em 2010, da Trupe Ensaia Aqui e Acolá, rodou vários festivais do país e deve circular em 2012.

O grupo já está em fase de pesquisa para o novo projeto, que encerra a trilogia em homenagem ao diretor e professor Marco Camarotti. “Crescemos esteticamente. Começamos como um coletivo, mas não tínhamos organização de grupo, gestão. E conseguimos perceber o quanto isso é importante. Nós nos mobilizamos e conseguimos levar o público ao teatro”, conta o diretor Jorge de Paula.

Já o grupo O Poste Soluções Luminosas está comemorando a aprovação nos editais do Myriam Muniz e Procultura, que vão possibilitar que o espetáculo Cordel do amor sem fim, que estreou também em 2010 e passou por vários festivais, faça circulação por lugares cortados pelo Rio São Francisco. Nessas cidades, o grupo também fará formação e já deve começar a pesquisar sobre os jogos e brincadeiras das crianças do Nordeste e as africanas.

Circuito

Valmir Santos, curador deste ano do Festival Recife do Teatro Nacional, fez uma mostra ousada. Em vez de trazer grupos renomados, que de alguma forma sempre fazem parte do festival, como o Galpão e a Armazém Companhia de Teatro, optou por trazer peças que dificilmente viriam ao Recife, por conta da falta de apoio e das distâncias, e que compõem o repertório de alguns grupos com propostas e trabalhos estéticos interessantes. Vimos por aqui, por exemplo, duas montagens que depois foram premiadas pela Associação Paulista de Críticos de Arte: Luis Antonio – Gabriela, da Cia Munguzá, e O jardim (Cia Hiato).

O Jardim, da Cia Hiato, de São Paulo, emocionou o público. Foto: Ivana Moura

Ainda assim, os grupos tradicionais não deixaram de vir ao Recife. A Armazém trouxe o novo trabalho Antes da coisa toda começar; bem antes disso, Marieta Severo e Andrea Beltrão apresentaram, finalmente, a peça de Newton Moreno, com direção de Aderbal Freire-Filho, As centenárias; Marco Nanini trouxe sua premiada Pterodátilos; e Júlia Lemmertz, Paulo Betti e Débora Evelyn vieram ao Recife com Deus da carnificina.

Para 2012, a produtora Denise Moraes já promete novas produções. Velha é a mãe, com Louise Cardoso e Ana Baird, e direção de João Fonseca, deve ser apresentada no Recife de 9 a 11 de março, no Teatro de Santa Isabel. Já de 11 a 13 de março, Denise Fraga encena Sem pensar, direção de Luiz Villaça.

Muitos planos, pouco tempo

Muitas promessas e projetos, mas um prazo apertado. Afinal, este ano é de eleição municipal. Só no último mês de agosto, o diretor de teatro Roberto Lúcio assumiu oficialmente a Gerência Operacional de Artes Cênicas da Fundação de Cultura da Cidade do Recife, e agora a correria é grande para que os projetos possam sair do plano das ideias. No fim de novembro, a gerência fez uma reunião com a classe (João da Costa nem de longe tem a aprovação dos artistas, como ficou claro nesse encontro). Maria Clara Camarotti, gerente de serviço de teatro, apresentou um plano que contempla, entre muitas ações, um seminário de políticas públicas para as artes cênicas, o lançamento de edital específico para ensaios dos grupos nos equipamentos da prefeitura, a elaboração de uma proposta de criação de uma escola técnica (que será apresentado ao governo do estado), a realização do Mascate: Mercado das Artes Cênicas, ações formativas em gestão, produção e elaboração de projetos, e a realização do Fórum dos Teatros.

Perdemos

José Renato Pécora
Faleceu em maio, aos 85 anos. Fundador do Teatro de Arena de São Paulo e responsável pela peça Eles não usam black-tie, que marcou os anos 1950. Morreu após sessão de 12 homens e uma sentença, dirigida por Eduardo Tolentino.

No mês de agosto, perdemos Ítalo Rossi


Ítalo Rossi

Mais de 400 montagens e 50 anos de carreira estão no legado de Ítalo Rossi, que morreu aos 80 anos, em agosto. Nascido em Botucatu, em São Paulo, seu último personagem foi no humorístico Toma lá dá cá, da Globo.

Enéas Alvarez
Jornalista, crítico de teatro, ator do Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP), advogado, padre da Igreja Siriana Ortodoxa de Olinda, Enéas Alvarez morreu aos 64 anos, em 21 de novembro. Há 20 anos, sofria com problemas de saúde agravados pela obesidade.

Sérgio Britto
Considerado um mestre do teatro brasileiro, o ator e diretor Sérgio Britto faleceu no dia 17 de dezembro, de problemas cardiorrespiratórios. Tinha 88 anos e 60 anos de carreira. Atuou e dirigiu mais de 130 peças e apresentava na TV o programa Arte com Sérgio Britto.

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Universo de Antunes Filho no Sesc TV

Antunes Filho no Recife, em 2009. Foto Marcelo Lyra

No aniversário dos seus 80 anos – e 60 anos de teatro – , em 2009, Antunes Filho deu um grande presente ao Recife. Fez a estreia nacional de Vapt-vupt: A falecida e ganhou uma série de homenagens com ciclo de palestras, exposição, oficina, exibição do único filme dirigido pelo diretor, Compasso de Espera (1970), além de apresentação dos espetáculos Foi Carmen e três Prêt-à-Porter (Estrela da manhã, Bibelô de estrada, O poente do sol nascente).

O programa O Universo de Antunes Filho, foi um evento criado e produzido pela atriz e produtora Simone Figueiredo, da Ilusionistas Corporação Artística, e realizado entre 21 e 29 de março 2009, nos teatros de Santa Isabel, Hermilo e Armazém, além da Torre Malakoff.

À época o encenador paulista comentou surpreso com as celebrações. “Vim ao Recife para a estreia nacional da peça Vapt-vupt: A falecida, uma adaptação do texto de Nelson Rodrigues, e quando chego, me deparo com tudo isso”, falou. “Estou muito grato e sensibilizado”. Ele também disse que a lição mais importante em seis décadas de teatro foi o autoconhecimento. “O teatro me obrigou a fazer uma reflexão constante sobre mim mesmo, a entender que tenho que amar a vida e continuar sendo feliz”, contou.

Para quem já está com saudades do trabalho de Antunes ou para quem ainda não conhece um boa oportunidade é conferir a partir de amanhã uma programação especial que o Sesc TV exibe para celebrar um dos diretores fundamentais do teatro brasileiro.

Espetáculo Foi Carmen é exibido amanhã pelo Sesc TV

Foi Carmen, Policarpo Quaresma e Lamartine Babo são as três peças filmadas e podem iluminar as escolhas estéticas do criador do CPT (Centro de Pesquisas Teatrais), que faz suas experimentações na unidade do Sesc Consolação. Os programas, que serão apresentados amanhã e nos próximos domingos, vem com comentários e análises de Antunes Filho sobre o processo de encenação.

A poética concebida pelo diretor sobre o imaginário popular a respeito de Carmen Miranda inicia hoje a faixa Especial. Idealizado para comemorar o centenário de Kazuo Ohno ((1903 – 2010), mestre do butô, o espetáculo estreou no Japão, em 2005.

Antunes Filho dá um precioso testemunho sobre o mestre japonês. “Em Foi Carmen, eu faço um estudo sobre o tempo, do tempo largo oriental. Fiz o espetáculo, que é considerado um dos melhores da minha trajetória, em 25 dias. É uma homenagem a Kazuo Ohno, mestre espiritual da minha obra”, revela Antunes. A encenação também pretende estimular a reflexão sobre o fetichismo e os estereótipos.

Atriz vestida de colegial e adereço na cabeça à la Carmen Miranda, com o coro de velhas/gueixas ao fundo. Foto: Divulgação

Os tempos “oriental” e “ocidental” se entrelaçam na narrativa já nos primeiros momentos. Transpira de beleza a relação de uma atriz vestida de colegial com o universo musical de Carmen Miranda (1887 – 1938), sob o olhar de um coro de gueixas, representadas por três velhas.

O ator goiano Lee Taylor revelado por Antunes (que estreou profissionalmente em 2006, como Quaderna, protagonista da versão da obra de Ariano Suassuna, A Pedra do Reino),celebra o criador japonês. E faz um diálogo entre Carmen e a bailarina argentina Antonia Mercé y Luque (1890 -1936).

Próximas semanas

Com texto de Antunes Filho e direção de Emerson Danesi, o musical dramático Lamartine Babo é a atração do próximo domingo, dia 15. A montagem narra acontecimentos que se passam no ensaio das canções do compositor – rei das marchinhas cariocas e hinos de times de futebol (Flamengo), quando uma banda recebe a misteriosa visita de um senhor e sua sobrinha, que parecem vindos de outra época. É nesse ponto que a encenação flerta com o universo do dramaturgo Luigi Pirandello (1867 – 1936).

O herói ingênuo de Lima Barreto (1881-1922) é o protagonista da última peça dessa trilogia filmada. No dia 22 é a vez de Policarpo Quaresma (2010). “É um personagem que tem a estatura de Macunaíma e Riobaldo”, já disse Antunes com relação ao personagem central do clássico Triste Fim de Policarpo Quaresma. Quaresma é uma figura pacata que tem arroubos nacionalistas. Para engrandecer o Brasil faz inúmeras ações, como aprender tupi, mas se desencanta com o país.

SERVIÇO

Amanhã, Foi Carmem.
Dia 15, Lamartine Babo.
Dia 22, Policarpo Quaresma.
Sempre às 21h (horário de verão) 22h (horário de Brasília
No canal Sesc TV (Sky, Net, Oi TV e GVT).
Para sintonizar o SescTV
Canal 3, da Sky
Nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro
Canal 137, da NET Digital
Canal 28, da Oi TV
Canal 228, da GVT
Em outras cidades consulte: www.sesctv.org.br

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Escracho e purpurina contra a caretice

Grupo Vivencial surgiu nas barbas da Igreja Católica. Foto: Ana Farache/Divulgação

Quatro décadas depois do surgimento dos grupos teatrais Dzi Croquettes e Vivencial, suas histórias peculiares ganham homenagens, livros e filmes

Eles queriam fazer diferente. E conseguiram. As afinidades entre dois grupos que apontaram novos caminhos para o fazer teatral começam com o direito que deram a si mesmos de questionar o estabelecido, no momento em que a repressão vinda com o AI-5 (1968) ainda reverberava.

Purpurina, cílios postiços, salto alto e escracho. O Dzi Croquettes surgiu no Rio de Janeiro, em 1972, por iniciativa de pessoas que já estavam próximas da arte, como Wagner Ribeiro, que queria reunir os amigos da escola de teatro para fazer um espetáculo.

Cláudio Gaya e Cláudio Tovar, atores do Dzi Croquettes

O Vivencial foi criado dois anos depois, em Olinda, nas barbas da Igreja Católica. O líder e mentor Guilherme Coelho era um paraibano que queria ser monge no Tibet, mas foi parar no Mosteiro de São Bento. Encontrou outros “desindexados”, como costuma dizer, e, para celebrar os 10 anos da Associação de Moças e Rapazes do Amparo (Arma), montou um espetáculo. A tensão libertária que havia em cada um dos grupos manifestou-se no palco. “Em Vivencial I, nossa primeira montagem, a proposta era ‘seja você mesmo, busque seu eixo, saia de casa, construa, mude o mundo’”, conta.

Mesmo tendo surgido depois, com proposta estética e conceitual semelhante, o Vivencial não tomou o grupo carioca como modelo. “Era a voz da contracultura. O teatro de revista, por exemplo, era muito forte aqui, com Barreto Júnior. Era pornochanchada, eles faziam coisas muito engraçadas e esse escracho a gente achava interessante. Mas não copiava. Tinha o teatro de revista, Nelson Rodrigues, Maria Bethânia, Secos & Molhados, o próprio Dzi Croquettes, a androginia. O mundo estava respirando isso”, avalia Guilherme Coelho. “Acho que fomos muito mais influenciados pelo Dzi Croquettes na época do Diversiones, que era um café-concerto que abrimos. Os números de plateia, por exemplo, eram uma influência descarada do Dzi, embora não copiássemos, era inspiração”, reconhece o ator Henrique Celibi.

Quase 40 anos depois da explosão em cena do grupo carioca e do pernambucano, suas experiências são lembradas em livros, filmes, menções. Em novembro de 2011, o Vivencial foi o homenageado do Festival Recife do Teatro Nacional, promovido pela Prefeitura do Recife, quando houve também o lançamento da obra Transgressão em 3 atos – nos abismos do Vivencial, assinada pelos jornalistas Alexandre Figueirôa, Cláudio Bezerra e Stella Maris Saldanha. Nos próximos meses, deverá ser relembrado no cinema, já que é “referência afetiva” para o filme Tatuagem, primeiro longa dirigido por Hilton Lacerda, que tem como protagonista Irandhir Santos.

O Dzi, por sua vez, teve sua história recontada em detalhes e muitos depoimentos no documentário que leva o nome do grupo, assinado por Tatiana Issa e Raphael Alvarez. Dzi Croquettes estreou no Brasil no Festival do Rio, em outubro de 2009, e saiu de lá como o melhor documentário, segundo o júri popular e também o oficial. Levou, ainda, o prêmio do público na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, no Cine Fest Goiânia, no Torino GLBT Film Festival, e no Los Angeles Brazilian Film Festival.

Para sempre

“A gente não deixa de ser Dzi Croquettes. A gente não é ex-Dzi Croquettes, a gente é pra sempre. A maneira de pensar, agir, fazer, continua comigo”, diz o ator Cláudio Tovar. “Não existe ex-Viveca”, confirma Suzana Costa, uma das musas do Vivencial, ao lado da bailarina clássica que, quando percebeu, estava nos palcos “com os peitos de fora”, Ivonete Melo.

Vivencial não queria saber de rótulos - nem na vida, nem no palco. Foto: Gilberto Marcelino/Divulgação

Enquanto o Dzi Croquettes era formado só por homens – 13, no total (embora as mulheres, fossem namoradas, tietes, estivessem sempre rondando) –, o Vivencial tinha garotas na sua formação. Agregou, aliás, não só as mulheres. Quando, em 1978, no meio do mangue, no bairro de Salgadinho, construíram o Vivencial Diversiones, havia show de variedades e muitos travestis também se apresentavam. “Além de dar visibilidade positiva ao universo homossexual e se impor contra o autoritarismo político e moral da época, o Vivencial realizou um trabalho de inclusão social, oferecendo aos travestis uma oportunidade de seguir carreira artística. Ao instalar um café-concerto numa comunidade pobre de Olinda, o grupo não só incorporou aquela realidade à dramaturgia vivencial como também incluiu jovens do local nos seus espetáculos”, aponta Cláudio Bezerra.

Havia no Vivencial certo empirismo que se refletia na cena. “O teatro não era aquela coisa acadêmica. Quando você perguntava pelo método e ninguém respondia, é porque não tinha método nenhum. Mas, como salvação pela palavra, foi a melhor coisa que aconteceu”, avalia Suzana Costa. Já os Dzi tiveram a sorte de contar com o americano Lennie Dale, “pai do grupo”, embora eles também estivessem longe de qualquer fórmula acadêmica. “Quando fui assistir ao ensaio, notei que os meninos tinham, assim, uma garra, uma força de vontade tão grande. O que faltava neles era uma técnica de dança”, contou Dale, numa antiga entrevista. “Então, Lennie pegou os brasileiros ‘mocoronga’ e mandou pau em cima, oito horas de trabalho”, confirmou Wagner Ribeiro, também em antigo depoimento – tanto Lennie quanto Wagner já são falecidos.

O Dzi e o Vivencial tinham em comum, no entanto, o improviso, o humor, o sentido crítico no que levavam ao palco. Além, claro, da revolução comportamental vivida nos palcos e fora deles. Eram contra o maniqueísmo. “A cultura dizia que homem era assim, mulher era assim e quem fosse diferente não tinha vez. E a gente disse não: ‘Ser humano é para brilhar e não para morrer de fome’. As pessoas que eram diferentes eram obrigadas a entrar em papéis sociais restritos”, pontua Guilherme Coelho. “O espetáculo deles não era um espetáculo gay. Havia uma sexualidade boa, masculina, feminina, homossexual. Havia uma possibilidade absoluta do exercício da sexualidade”, depõe Pedro Cardoso, no documentário Dzi Croquettes.

Afetividades

Dzi Croquettes, as internacionais

Essa liberdade, os dois grupos levaram para a vida que, nem de longe, foi pacífica, sem conflitos. Até porque tanto os integrantes do Dzi Croquettes como do Vivencial moraram juntos. As relações eram intensas, as emoções viviam à flor da pele. Algumas Vivecas moraram juntas, antes mesmo da criação do café-concerto.
Até por conta do Dzi Croquettes ter surgido no Rio de Janeiro, o alcance que os dois grupos tiveram foi diferente. Os Dzi foram à Europa, tinham em Liza Minelli uma madrinha, fizeram temporada com teatro lotado em Paris. Com Repúblicas independentes, darling, que estreou em 1978, o Vivencial fez apresentações em São Paulo, no Teatro de Arena Eugênio Kusnet, e no Rio de Janeiro, no Teatro Cacilda Becker. Era uma colagem de textos de jornais, crônicas, contos e poesias de Carlos Drummond de Andrade, Carlos Eduardo Novaes, Luís Fernando Veríssimo e ainda depoimentos dos próprios atores.

“O nome do espetáculo era uma coisa extremamente engajada e depois vinha uma ‘pinta’. A gente relativizava tudo. Em São Paulo, lembro o Plínio Marcos, o Antunes Filho na plateia. E, depois, eles queriam saber como aquilo acontecia, porque para a gente era muito natural fazer teatro daquele jeito, usando todos os subsídios para fazer cenário, figurino. Transformando lixo em arte”, conta Fábio Coelho, bailarino do Vivencial.

Tanto o Dzi Croquettes quanto o Vivencial foram sucesso de público, nem sempre de crítica, embora os talentos fossem inegáveis. Talvez por isso mesmo, por reunir tantas possibilidades artísticas, os dois grupos acabaram se desagregando. O Dzi começou a ruir por conta de uma briga que tomou proporções muito maiores do que a sua causa: um cenário que Cláudio Tovar fez para uma apresentação e Lennie Dale não gostou. O Vivencial também se desfez por conta de conflitos. “Não podia faltar céu para tanta estrela brilhar. Todos eram muito brilhantes, com muito ego. Cada um era uma entidade, todos tinham projetos, e nós demos corda para esses projetos. Sempre poli o ego de todo mundo: ‘Você é linda, vai arrasar’, enchia de purpurina. O Vivencial nasceu para brilhar’, afirma Guilherme Coelho. Há um ditado, entre o cômico e o malicioso, que afirma, bem ao estilo de deboche dos dois grupos: “Bicha não morre, vira purpurina”. O Dzi Croquettes e o Vivencial, nesse caso, só nesse, não fugiram à regra.

(Matéria publicada na edição de Janeiro da Revista Continente)

Henrique Celibi, Fábio Costa e Guilherme Coelho. Foto: Henrique Celibi/acervo pessoal

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