A longevidade e o rigor técnico do elenco e da equipe artística são marcas reconhecidas do Balé da Cidade de São Paulo. Na 12ª Mostra Brasileira de Dança a companhia apresenta três coreografias: Uneven, de Cayetano Soto; O Balcão de Amor, do israelense Itzik Galili e Cantata, do italiano Mauro Bigonzetti. O programa expõe três facetas desse grupo de 47 anos de trajetória. As sessões são hoje, às 20h30 e amanhã, às 20h, no Teatro de Santa Isabel.
O espanhol Soto é conhecido por suas coreografias complexas e imprevisíveis. Em Unevem os bailarinos executam movimentos minuciosos para projetar a sensação de estar fora do eixo, ressaltando no desenho de palco o sentido do desequilíbrio. A música de David Lang é tocada pelo violoncelista Raïf Dantas.
A música O Balcão de Amor, do cantor cubano Pérez Valdez (1916-89) é a inspiração direta da coreografia O Balcão do Amor, de Itzik Galili. O mambo impulsiona essa peça sexy, repleta de energia, alegre, ágil e com toques de humor. O espetáculo ausculta o sentimento do título que move o ser humano.
Pense numa paixão explosiva! Cantata cria em gestos e movimentos a atração física e os atritos de uma relação caliente no Mediterrâneo. Com as cores vibrantes do sul da Itália.
SERVIÇO Uneven, do espanhol Cayetano Soto; O Balcão de Amor, do israelense Itzik Galili e Cantata, do italiano Mauro Bigonzetti Grupo: Balé da Cidade de São Paulo – BCSP (São Paulo/SP) dirigido por Iracity Cardoso Quando: Hoje, 20h30 e amanhã, às 20h Onde: Teatro de Santa Isabel Quanto: R$ 20 e R$ 10
Grupo mineiro abre programação com espetáculo Entre os Céus e as Serras. Foto: Guto Muniz
A 12ª edição da Mostra Brasileira de Dança começa hoje com uma programação que inclui mais de 30 apresentações de grupos e companhias de nove estados brasileiros. A abertura oficial no Santa Isabel, às 20h, conta com o espetáculo Entre os Céus e as Serras, com direção cênica de Cristina Machado. A Cia. de Dança Palácio das Artes explora diversas referências culturais do período barroco e da formação da identidade do povo mineiro. A religiosidade, o domínio português e a resistência da cultura negra, o contato do homem com a natureza e os desdobramentos dessas vivências ganham forma nos corpos dos bailarinos e nas coreografias do grupo.
Desde o dia 27 de julho que a Mostra Brasileira de Dança (MBD) realiza algumas atividades culturais como parte da movimentação pré-Mostra. Até 15 de agosto serão totalizadas cerca de 50 atividades culturais em nove equipamentos da cidade. Confira as programação completa dos espetáculos abaixo.
Paulo de Castro e Íris Macedo, produtores da MBD. Foto: Rogério Alves
Nesse momento de crise é um feito manter a estrutura do festival, organizado pela diretora Íris Macedo e pelo produtor cultural Paulo de Castro. A iniciativa conseguiu R$ 650 mil em dinheiro e em serviços: Patrocínio master dos Correios, no valor de R$ 350 mil, e apoios em serviços da Prefeitura do Recife (R$ 40 mil) e do Governo do Estado (R$ 30 mil), além de incentivo da Fundação Nacional de Arte (Funarte).
O evento preza pela diversidade, inclui na programação grupos locais e grandes companhias que têm dificuldade de acesso e circulação. A maior característica da mostra é não ter caráter competitivo. A expectativa de público é de 15 mil pessoas, contra 12 mil do ano passado. Os ingressos para todos os espetáculos custam R$ 20 e R$ 10 (meia).
Saudades de mim é dirigido pelo coreógrafo Alex Neoral Foto: Paula Kossatz
Saudade de mim, é uma montagem que faz parte das celebrações de 15 anos da Focus Cia de Dança. Nessa encenação, o coreógrafo Alex Neoral junta vários personagens de várias músicas de Chico Burarque. Pedro, Maria, Bárbara, Juca, Nina, entre outros que passam a se relacionar entre as canções Construção, Olha Maria, Trocando em miúdos, Valsinha. O espetáculo cruza pinturas históricas de Cândido Portinari – como O espantalho, Casamento na roça e O mestiço – para construir a narrativa.
Cantata é inspirada na cultura italiana. Foto: Mauro Bigonzetti / Divulgação
O Balé da Cidade de São Paulo comparece com três coreografias: Uneven, do catalão Cayetano Soto; o duo O Balcão de Amor, do israelense Itzik Galili; e Cantata, do italiano Mauro Bigonzetti. Convite praticamente irresistível. Uneven apresenta o sentimento de estar fora do eixo, esboçando o sentido de desequilíbrio físico. O Balcão de Amor é peça cheia de energia, um dueto sexy e com ingredientes absurdos, inspirada pela música homônima, do cantor cubano Pérez Valdez (1916-89). Já Cantata é uma explosão coreográfica com as cores vibrantes do sul da Itália. A relação amorosa é repleta de gestos apaixonados que evocam uma beleza selvagem do Mediterrâneo.
A MBD também é uma oportunidade de conferir espetáculos pernambucano que estiveram por pouco tempo em cartaz. Três Mulheres e Um Bordado de Sol, da Compassos Cia. de Danças investe em três personalidades femininas da música, das artes plásticas e da literatura. Uma pernambucana nascida na Ucrânia, Clarice Lispector; a francesa Edith Piaf e Frida Kahlo, que transformou sua dor em cores do México.
O Grupo Experimental de dança faz sessões do Breguetu (brega é tu). O espetáculo investiga, a partir de uma narrativa de dança-teatro o universo brega na música, moda ou dança, buscando também despertar um pensamento crítico sobre o gênero.
Imagens Não Explodidas, da Cia. Etc. com direção de Marcelo Sena (E)
Imagens Não Explodidas, da Cia Etc tem como uma das inspirações o livro Filosofia da Música, do filósofo Giovanni Piana. O espetáculo busca estabelecer um diálogo entre o pensamento musical e o coreográfico, a partir das experiências e estudos do bailarino Marcelo Sena.
A religiosidade do compositor baiano Dorival Caymmi, filho de Xangô, menino abandonado pela mãe quando contava três anos e que foi educado num terreiro de candomblé para ser o obá (um tipo de coordenador do terreiro), são ingredientes do espetáculo Dorival Obá. A coreografia do grupo Vias da Dança é assinada pelo ator e bailarino Juan Guimarães. No elenco estão Thomas de Aquino Leal, Júlia Franca, Natália Brito, Rayssa Carvalho e Simone Carvalho.
PROGRAMAÇÃO
Entre o Céu e as Serras tem direção de Cristina Machado. Foto: Guto Muniz
05/08 – 20h Onde: Teatro de Santa Isabel Entre o Céu e as Serras
Cia. de Dança Palácio das Artes (Belo Horizonte/MG)
Direção: Cristina Machado
06/08- 19h Onde: Teatro Hermilo Borba Filho Três Mulheres e Um Bordado de Sol
Compassos Cia. de Danças (Recife/PE)
Direção: Raimundo Branco
06/08 – 20h30 Onde: Teatro de Santa Isabel Entre o Céu e as Serras Grupo: Cia. de Dança Palácio das Artes (Belo Horizonte/MG) Direção: Cristina Machado
07/08 – 19h Onde: Teatro Hermilo Borba Filho Caminhos Grupo:Fábio Soares (Condado/PE) Direção: Fábio Soares (Fabinho)
Dança embalada pelos sons de Chico e os tons de Portinari. Foto: Bel Acosta
07/08 – 21h Onde: Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu) Saudade de Mim Grupo:Focus Cia. de Dança (Rio de Janeiro/RJ) Direção: Alex Neoral
08/08- 19h Onde: Teatro Apolo Toque Grupo: Aria Social (Jaboatão dos Guararapes/PE) Direção: Carla Machado
08/08- 19h Onde: Teatro Apolo Les Sylphides Grupo: Academia Fátima Freitas (Recife/PE) Direção: Fátima Freitas
08/08- 19h Onde: Teatro Apolo Pé de Raiz Grupo: Step Evolution (Recife/PE) Direção: Levi Costa
08/08 – 19h Onde: Teatro Apolo Mostra Coreográfica de Grupos Em Formação – Tudo Em Um Corpo Por Liberdade Grupo: Grupo InterCruzados (Recife/PE) Direção: Carla Santana
08/08 – 19h Onde: Teatro Apolo Mostra Coreográfica de Grupos Em Formação – La Fille Mal Gardée / II Ato Grupo: Ballet Cláudia São Bento (Recife/PE) Direção: Cláudia São Bento
08/08 – 19h Onde: Teatro Apolo Nêga, Que Baque é Esse? Grupo: Núcleo de Formação de Bailarinos da Cia. Nós em Dança (Paulista/PE) Direção: Élide Leal
08/08- 19h Onde: Teatro Apolo Alegria Em Movimento Grupo: Rafael Guimarães (Recife/PE) Direção: Rafael Guimarães
08/08 – 19h Onde: Teatro Apolo Suíte Clássica Grupo: Grupo de Ballet Stúdio de Danças (Recife/PE) Direção: Cláudia São Bento
08/08 – 19h Onde: Teatro Apolo Catirinada Grupo: Cia. Pé-Nambuco de Dança (Recife/PE) Direção: Wagner Max
08/08 – 19h Onde: Teatro Apolo O Duelo Grupo: Cia. Cadências (Recife/PE) Direção: Liliana Martins
08/08 – 19h Onde: Teatro Apolo Muito Obrigado Axé Grupo: Cia. Malungo (Recife/PE) Direção: Marina Souza
08/08 – 19h Onde: Teatro Apolo Mostra Coreográfica de Grupos Em Formação – Variações Clássicas Grupo: Aria Social (Jaboatão dos Guararapes/PE) Direção: Maria Inêz Lima
08/08 – 20h30 Onde: Teatro de Santa Isabel Uneven – O Balcão do Amor – Cantata Grupo: Balé da Cidade de São Paulo – BCSP (São Paulo/SP) Direção: Iracity Cardoso
09/08 – 16h30 Onde: Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu) Lágrimas da Lua – Um Musical Villa-Lobos Grupo: Cia. Sopro-de-Zéfiro/Cecília Brennand e Aria Social (Jaboatão dos Guararapes/PE) Direção: Cecília Brennand
09/08 – 18h e 20h Onde:: Espaço Experimental Breguetu Grupo: Grupo Experimental (Recife/PE) Direção: Mônica Lira
09/08 – 20h Onde: Teatro de Santa Isabel Uneven – O Balcão do Amor – Cantata Grupo: Balé da Cidade de São Paulo – BCSP (São Paulo/SP) Direção: Iracity Cardoso
12/08 – 19h Onde: Teatro Apolo Imagens Não Explodidas Grupo: Cia. Etc. (Recife/PE) Direção: Marcelo Sena
12/08 – 20h Onde: Teatro de Santa Isabel Plagium? Grupo: Cia. Dançurbana (Campo Grande/MS) Direção: Marcos Mattos
13/08 – 19h Onde: Teatro Hermilo Borba Filho Dorival Obá Grupo: Cia. Vias da Dança (Recife/PE) Direção: Juan Guimarães
13/08 – 20h Onde: Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu) Naipí & Tarobá – A Lenda das Cataratas do Iguaçú Grupo: Cia. Eliane Fetzer de Dança Contemporânea (Curitiba/PR) Direção: Eliane Fetzer
14/08 – 19h Onde: Teatro Hermilo Borba Filho Diafragma: Dispositivo Versão Beta Grupo: Coletivo Mazdita (Recife/PE) Direção: Flávia Pinheiro
14/08 – 21h Onde: Teatro de Santa Isabel A Sagração da Primavera Grupo: Corpo de Dança do Amazonas – CDA (Manaus/AM) Direção: Getúlio Lima
15/08 – 19h Onde: Teatro Apolo Mostra Coreográfica de Grupos Profissionais – Suíte Clássica Grupo: Ballet Cláudia São Bento (Recife/PE) Direção: Jane Dickie
15/08 – 19h Onde: Teatro Apolo Mostra Coreográfica de Grupos Profissionais – 8 BITZ Grupo: Animatroonicz (Recife/PE) Direção: Will Robison da Silva
15/08 – 19h Onde:: Teatro Apolo Mostra Coreográfica de Grupos Profissionais – Trecho do espetáculo Pangeia Grupo: Grupo Acaso (Recife/PE) Direção: Bárbara Aguiar e Fran Nunez
15/08 – 19h Onde: Teatro Apolo Mostra Coreográfica de Grupos Profissionais – Ausências Grupo: Grupo Peleja (Recife/PE) Direção: Tainá Barreto
15/08 – 19h Onde: Teatro Apolo Mostra Coreográfica de Grupos Profissionais – Clown Grupo: Cia. de Dança Fátima Freitas (Recife/PE) Direção: Fátima Freitas
15/08 – 20h Onde: Área externa do Parque Dona Lindu Performance Reflexos Grupo: Acupe Grupo de Dança (Recife/PE) Direção: Paulo Henrique Ferreira
15/08 – 21h Onde: Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu) Zhu Grupo: Cia. Mário Nascimento (Belo Horizonte/MG) Direção: Mário Nascimento
Flavia Pinheiro em Diafragma – Ensaio sobre a Impermanência. Foto: Martin Raabe
Corpo e tecnologia ajustados para produzir ruídos, imagens e sensações. Terreno fértil da arte contemporânea, que desafia subjetividade e inventa outras funções para o artefato material. Os artistas Flavia Pinheiro e Leandro Olivan (do Coletivo Mazdita) trafegam por interfaces interativas para gerar, compor e subverter performances, intervenções urbanas, instalações e vídeos. Flavia Pinheiro entra com a concepção e performance. Leandro Olivan com a programação de imagens e software.
Em Diafragma – Ensaio sobre a Impermanência a arte atravessa o território da virtualidade. Um sensor (Kinect) fisga os movimentos do corpo da artista e lança imagens dos deslocamentos.
Hoje e amanhã e nos dias 6 e 7 de agosto, sempre às 19h, o Coletivo Mazdita faz apresentações gratuitas desse experimento no Porto Mídia, no Bairro do Recife.
Ensaio sobre a Impermanência conjectura com as noções de tempo, espaço, duração, matéria e energia. Diafragma é exibido como o motor de uma grande máquina. Nos procedimentos Diafragma é arrastado da materialidade para o universo da imagem digital. Nessa simulação é possível conceber as relações manifestas entre matéria e energia. O fenômeno é aplicado através da plataforma Openframeworks para evidenciar uma animação. Com o movimento dos olhos (fechado e entreabertos) a performer procura acionar a conexão entre o interno e o externo.
Essa percepção dos acontecimentos do interior funciona como uma tentativa de dilatar o tempo através de rastro de sua permanência. A ação da gravidade sobre as substâncias em circulação no interior do corpo projeta o imaginário visual do universo. Segundo a performer Flavia Pinheiro, esse ensaio busca torna visível os micro movimentos invisíveis e questionar as possibilidades de existência na virtualidade.
Serviço Diafragma, Ensaio sobre a impermanência Onde: Porto Mídia (Galeria de exposições) – Rua do Apolo 181 Quando: 30 e 31 de julho, às 19h; 6 e 7 de agosto, às 19h Entrada gratuita ( máximo 50 pessoas) Duração: 33 minutos
Ficha técnica Produção e Criação: Coletivo Mazdita
Concepção e Performance: Flavia Pinheiro Programação de imagens e software: Leandro Olivan Fotografia e video: Martin Raabe
Marcos Breda e Luciana Fávero em Oleanna. Foto: Monica Vilela/ Divulgação
Um duelo entre professor e aluna. Ela, prestes a ser reprovada, cria uma argumentação para culpar o mestre por uma suposta negligência (do ponto de vista dela) da arte de ensinar. Ele, numa posição hierárquica superior, tenta sair da situação sem ser atingido no seu posto. Esses são os dois personagens do espetáculo Oleanna, que faz única apresentação hoje, às 19h, no Teatro Luiz Souto Dourado, dentro do Festival de Inverno de Garanhuns.
O texto do norte-americano David Mamet leva para a cena a impossibilidade de comunicação entre pessoas com processos de raciocínio díspares. Existe uma tensão nessa relação de poder. A aluna habita o mundo da metonímia, enquanto o professor habita o mundo da metáfora.
Contada em três cenas, Oleanna expõe e questiona uma antiga regra de que o mestre tem o poder de avaliar e consequentemente aprovar ou não seu discípulo. Ao aluno cabe o papel de estudar e esperar pela nota.
A estudante universitária do espetáculo tem dificuldade de aprender. E vai tomar satisfação com o professor pela baixa nota de seu trabalho. Nesse jogo é feita uma série de insinuações de competências, que abala as posições de poder.
O texto de Mamet fala sobre poder e os pontos que estruturam a “verdade” e os preconceitos
A peça da Cia Teatro Epigenia, sob a direção de Gustavo Paso, tem no elenco Luciana Fávero, como a estudante; e Marcos Breda e Miwa Yanagizawa se revezam na função do professor, ou podem atuar juntos.
SERVIÇO
Espetáculo Oleanna Quando: Segunda-feira, 20 de julho, às 19h Onde: Teatro Luiz Souto Dourado (Garanhuns) Tempo de Duração: 75 minutos Classificação: Não recomendado para menores de 14 anos
Ficha técnica Texto: David Mamet Tradução: Marcos Daud Direção: Gustavo Paso Elenco: Marcos Breda e/ou Miwa Yanagizawa e Luciana Fávero Cenário: Gustavo Paso e Teca Fichinski Figurinos: Teca Fichinski Iluminação: Paulo Cesar Medeiros Trilha Composta: Andre Poyart Assistente de direção: Mônica Vilela
Atriz Quitéria Kelly no espetáculo Jacy, do Grupo Carmin de Natal (RN). Foto: Vlademir Alexandre
Jacy é a primeira investigação de Teatro Documental do Grupo Carmin. A peça narra a história real (com doses de ficção) da existência de uma mulher nascida em 1920, que atravessou a Segunda Guerra Mundial e a ditadura no Brasil, teve um amor no exterior e acabou os dias vivendo sozinha em Natal, capital do Rio Grande do Norte. O espetáculo é apresentado hoje, dentro da programação do 25º Festival de Inverno de Garanhuns, no Teatro Luiz Souto Dourado.
A pesquisa do grupo nasceu de um acaso. Henrique Fontes, diretor e ator da encenação, encontrou no lixo uma maleta com fotos, cartas, objetos e documentos – vestígios da biografia de Jacy. Fontes ficou curioso e acreditou que dali poderia nascer um espetáculo. Nas buscas do grupo foram detectados paralelos entre a trajetória da protagonista e história da capital potiguar.
A narrativa dessa mulher, que, se viva fosse, teria hoje 94 anos, foi escrita pelos filósofos Iracema Macedo e Pablo Capistrano, com dramaturgia de Henrique Fontes, que divide o palco com a atriz Quitéria Kelly. O cineasta Pedro Fiuza projeta imagens que auxiliam na composição da peça. O produtor Daniel Torres completa o núcleo duro de Jacy.
O projeto foi desenvolvido com a verba do prêmio Funarte Myriam Muniz 2012 e estreou em 2013. Jacy explora também a problemática do abandono dos idosos, a política e o crescimento desenfreado das cidades.
Serviço
Espetáculo Jacy Quando: 19 de julho, domingo,às 19h Onde: Teatro Luiz Souto Dourado Quanto: Grátis
Henrique Fontes achou vestígios da vida de Jacy dentro de uma frasqueira
Ficha técnica Texto: Iracema Macedo e Pablo Capistrano Dramaturgia: Henrique Fontes Direção: Henrique Fontes Assistente de direção: Lenilton Teixeira Consultoria: Marcio Abreu Atores: Quitéria Kelly e Henrique Fontes Videomaker: Pedro Fiúza Designer de Luz: Ronaldo Costa Direção Artística e Cenografia: Mathieu Duvignaud Trilha sonora original: Luiz Gadelha e Simona Talma Coordenação de Produção: Quitéria Kelly Assistente de produção e Desenhista: Daniel Torres Designer gráfico: Vitor Bezerra Fotógrafo: Vlademir Alexandre