Arquivo da tag: NOTA

O amor que precisa gritar seu nome

Amarílio Sales refaz suas memórias para questionar a sociedade. Foto: Américo Cavalcante

Amarílio Sales refaz suas memórias para questionar a sociedade. Foto: Américo Cavalcante

Oscar Wilde foi condenado a dois anos de prisão – com trabalhos forçados -, por “cometer atos imorais com diversos rapazes”, em 1895. Isso foi há mais de um século. A saúde e a reputação do escritor foram consumidas no cárcere. A situação mudou, mas nem tanto assim. O espetáculo baiano espetáculo Eu em Pessoa leva para o centro da cena as memórias do ator Amarílio Sales, que reflete sobre a sociedade em que vivemos e as posturas diante do amor entre pessoas do mesmo sexo.

A montagem – com roteiro e atuação de Amarílio Sales e direção de Flavia Pucci -foi contemplada com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2014 e faz uma única apresentação neste Sábado, às 20h, no Teatro Capiba- Sesc Casa Amarela.

O personagem Tetê é um homem rejeitado pela família, quando descobre seu desejo por outros homens. Enquadrado pelos seus como um caso de doença e com receio de um possível confinamento numa “casa de repouso”, ele foge para uma cidade distante e assume nova identidade. Os fragmentos de Fernando Pessoa se transformam em um acalanto para o seu desassossego.

Nascido no Ceará e criado em São Paulo, Amarílio Sales se mudou para Bahia há 16 anos. Atuou nos espetáculos Evangelho Segundo Maria (Carmem Paternostro), Policarpo Quaresma (Luiz Marfuz), Jeremias o Profeta da Chuva (Adelice Souza) e Pallhaço… Quem? (Rino Carvalho).

Com Diário do Farol, de João Ubaldo Ribeiro (direção de Fernanda Paquelet), Amarílio foi indicado ao Braskem 2011 como Melhor Ator, prêmio que recebeu por seu trabalho em A Casa de Bernarda Alba, de Lorca (direção de Fabiana Monsalu).

Serviço

Espetáculo EU EM PESSOA
Direção: Flávia Pucci
Texto e Atuação: Amarílio Sales
Quando: 24 de outubro, às 20h.
Onde: Teatro Capiba- Sesc Casa Amarela
Telefone: (81) 3267.4410
Ingresso: R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia)

Postado com as tags: , , ,

Segundo Bazar para Copi

Angu promove segundo encontro para levantar O Homossexual ou a dificuldade de expressar-se

Angu de Teatro promove segundo encontro para levantar O Homossexual ou a dificuldade de expressar-se

A batalha para arrecadar fundos para a encenação O Homossexual ou a dificuldade de expressar-se continua neste sábado. A peça do dramaturgo, performer e artista gráfico franco-argentino Raul Damonte Botana, mais conhecido como Copi (1939-1987) é um dos projetos do Coletivo Angu de Teatro. A primeira edição do Bazar Copi Pop da Madame Garbo ocorreu em junho, na Casa da Encruzilhada, e neste sábado é realizada a segunda edição, das 11 às 20h.

Desta vez as atrações são um pocket show com cantor Gonzaga Leal e participação de Ceronha Pontes. Os DJs Cláude Marmottáge e Marcondes Lima assinam a playlist musical durante o evento. E o bazar disponibiliza novas peças de roupas, sapatos, acessórios, CDs, DVDs.

Serviço
Bazar Copi Pop da Madame Garbo
Quando: Sábado(03/10) das 11h às 20h
Onde: Casa da Encruzilhada (Rua Dr. José de Sá Carneiro, 60, Encruzilhada. Rua da concessionária Renaut Regence)
Entrada gratuita
Informações: 99735.4241

Postado com as tags: , , ,

Um beijo para Wilde

Marco Nanini encabeça elenco de peça de Jô Bilac. Foto: Cabéra

Marco Nanini encabeça elenco de peça de Jô Bilac. Foto: Cabéra

Estava na estreia de Beije Minha Lápide, com Marco Nanini e elenco, no Teatro Ducina, no Rio de Janeiro, no ano passado. Foi lá que avistei pela última vez a crítica teatral Barbara Heliodora. Altiva, como sempre. Um ano depois o espetáculo circula pelo Nordeste com apoio do Programa Petrobras Distribuidora de Cultura, o que possibilita ingressos a preços populares [R$ 25 (inteira) e R$ 12,50 (meia)]. Beije Minha Lápide faz duas sessões no Recife, hoje e amanhã, às 20h30, no Teatro RioMar. Os ingressos estão esgotados.

A peça mostra a história de um fã de Oscar Wilde (1854-1900), que quebra a barreira de vidro que isola o túmulo do escritor no cemitério Père Lachaise, em Paris. E é preso por isso. O admirador exaltado (Bala) é interpretado por Nanini. O protagonista está encarcerado em uma cela de vidro. Foi numa prisão que Wilde escreveu De Profundis, que traduz a conturbada relação de amor e ódio que manteve com Lord Alfred Douglas.

Beije Minha Lápide tem texto de Jô Bilac (autor de Cachorro!, Rebu e Cucaracha), que se inspirou nas mudanças de sentimentos e temperatura da criação wildeana, no fato de existir uma proteção real da sepultura do escritor irlandês para controlar os fãs ardorosos, e nos desvaneios do autor quando estava confinado.

A direção é de Bel Garcia e a produção é assinada por Fernando Libonati (Pequena Central). Além de Nanini, estão no elenco Julia Lund (advogada de Bala), Júlia Marini (filha do prisioneiro) e Paulo Verlings (carcereiro).

Serviço

Beije Minha Lápide
Quando: Dia 30 de setembro (quarta) e 1º de outubro (quinta), às 20h30
Onde: Teatro RioMar: 4º piso do RioMar Shopping – Av. República do Líbano, 251, Pina, Recife
Informações: (81) 4003.1212
Ingressos: R$ 25 (inteira) e R$ 12,50 (meia)
À venda na bilheteria do teatro, lojas Reserva dos shoppings Recife e Plaza, Livraria Jaqueira e site Ingresso Rápido.
* Meia-entrada válida para maiores de 60 anos, professores, estudantes e assinantes do Jornal do Commercio. Sócios do Náutico têm 20% de desconto sobre o valor da inteira na bilheteria do teatro.
Classificação: 16 anos
Duração: 80 minutos

FICHA TÉCNICA

Texto: Jô Bilac
Direção: Bel Garcia
Com: Marco Nanini, Julia Lund, Julia Marini, Paulo Verlings
Produzido por Fernando Libonati
Idealização: Marco Nanini e Felipe Hirsch
Figurino: Antônio Guedes
Iluminação: Beto Bruel
Cenografia: Daniela Thomas
Concepção e Direção de Vídeo: Julio Parente e Raquel André
Videografismo: Júlio Parente
Trilha Sonora: Rafael Rocha
Design Gráfico: Felipe Braga
Fotografia: Cabéra
Visagismo: Ricardo Moreno
Visagismo Marco Nanini: Graça Torres
Assistente de Direção: Raquel André
Equipe de Produção:
Coordenação e Gestão de Projetos: Carolina Tavares
Direção de Produção: Leila Maria Moreno
Produção: Pequena Central
Produção Local: Art Rec Produções

Postado com as tags: , , ,

Balé de São Paulo em três movimentos

Coreografia Balcão do amor. Foto: Sylvia Masini

Coreografia Balcão do amor. Foto: Sylvia Masini

mbd-22233A longevidade e o rigor técnico do elenco e da equipe artística são marcas reconhecidas do Balé da Cidade de São Paulo. Na 12ª Mostra Brasileira de Dança a companhia apresenta três coreografias: Uneven, de Cayetano Soto; O Balcão de Amor, do israelense Itzik Galili e Cantata, do italiano Mauro Bigonzetti. O programa expõe três facetas desse grupo de 47 anos de trajetória. As sessões são hoje, às 20h30 e amanhã, às 20h, no Teatro de Santa Isabel.

O espanhol Soto é conhecido por suas coreografias complexas e imprevisíveis. Em Unevem os bailarinos executam movimentos minuciosos para projetar a sensação de estar fora do eixo, ressaltando no desenho de palco o sentido do desequilíbrio. A música de David Lang é tocada pelo violoncelista Raïf Dantas.

A música O Balcão de Amor, do cantor cubano Pérez Valdez (1916-89) é a inspiração direta da coreografia O Balcão do Amor, de Itzik Galili. O mambo impulsiona essa peça sexy, repleta de energia, alegre, ágil e com toques de humor. O espetáculo ausculta o sentimento do título que move o ser humano.

Pense numa paixão explosiva! Cantata cria em gestos e movimentos a atração física e os atritos de uma relação caliente no Mediterrâneo. Com as cores vibrantes do sul da Itália.

SERVIÇO
Uneven, do espanhol Cayetano Soto; O Balcão de Amor, do israelense Itzik Galili e Cantata, do italiano Mauro Bigonzetti
Grupo: Balé da Cidade de São Paulo – BCSP (São Paulo/SP) dirigido por Iracity Cardoso
Quando: Hoje, 20h30 e amanhã, às 20h
Onde: Teatro de Santa Isabel
Quanto: R$ 20 e R$ 10

Postado com as tags: , , , , , , , , ,

De olho no retrovisor

Alessandro Moura no monólogo O Velho Diário da Insônia. Foto: Divulgação

Alessandro Moura no monólogo O Velho Diário da Insônia. Foto: Divulgação


A preocupação do espetáculo O Velho Diário da Insônia é com o inexorável tempo, que no seu rastro deixa memórias recentes e longínquas. E às vezes acende dúvidas se aquele desenho de lembrança foi a melhor escolha. A narrativa é de um velho insone, à beira da loucura de tanto pensar na vida que levou e na que poderia ter usufruído. Ele pensa nos seus três filhos, nos seus cinco netos. A peça estreia nesta quinta no espaço O Poste Soluções Luminosas, no Recife, onde fica em cartaz todas as quintas-feiras de agosto.

A tragicomédia, como é definida pelo autor, encenador e ator Alessandro Moura é costurada com poesias e canções. A supervisão artística é de Márcia Cruz. O monólogo traz as histórias vividas pelo intérprete em sua infância e adolescência e faz uma homenagem ao seu avô Sebastião.

O pano de fundo de O Velho Diário da Insônia, é o abandono, a velhice e o tempo que se esvai. Por conta da temática a peça propõe uma campanha para ajudar um asilo da cidade. Quem levar um quilo de alimento não perecível ou um pacote de fraldas geriátricas, pagará apenas R$ 10.

Ficha técnica
Encenação, texto e interpretação: Alessandro Moura
Supervisão Cênica: Márcia Cruz
Cenografia e Figurino: Toninho Miranda
Produção executiva: Raoni Velozo
Projeto Gráfico: Nathan Lucas
Desenho de luz: Fábio Calamy
Fotos de divulgação: Mylena Freitas e Richard Matias
Teaser: Aratu Produções
Assessoria de imprensa: Cínthia Carvalho
Apoio: Duo Designer, Aratu Produções, Cia Maravilhas, Mel de Engenho Produções, DouxBike, Os Caras de Pau do Vestibular
Realização: Alessandro Moura

Serviço
O Velho Diário da Insônia
Quando: Quintas-feiras de agosto (06/08, 13/08, 20/08 e 27/08), às 20h
Onde: O Poste Soluções Luminosas (Rua da Aurora, 529, Boa Vista, cruzamento com a Princesa Isabel)
Quanto: R$ 30 (inteira), R$ 15 (meia), R$ 10 (ingresso social: com um 1 kg de alimento não perecível ou fralda geriátrica, que serão doados para um asilo)
Informações e reservas: www.ovelhodiariodainsonia.com / ovelhodiariodainsonia@gmail.com

Postado com as tags: , ,