Pistas de teatro do possível em tempos de pandemia

Peça infantil Coloridos, da cia Os Crespos, que comemora 15 anos de (re)existência)

O mundo encolheu, mas expandiu. E se, o que vale, é aproveitar o lado bom de qualquer situação, é possível com uma boa internet acompanhar experimentos cênicos, teatro adaptado para as plataformas digitais sem limitações de distâncias.

As produções tentam superar a perda de convivência, do contato direto com o público. E vemos uma mesma sessão virtual ser ocupada por pessoas de várias partes do Brasil ou do mundo.

A oferta é grande. Seguimos algumas pistas desses trabalhos artísticos. E anotamos alguns. Da mostra dos 15 anos da cia Os Crespos, que aborda a negritude a partir da afetividade e das estruturas sociais como impedimentos, para a felicidade em quatro montagens do repertório do grupo: Os Coloridos e a Trilogia dos Desmanches aos Sonhos (Além do Ponto; Cartas a Madame Satã, ou me desespero sem notícias suas; Engravidei, Pari Cavalos e Aprendi a Voar sem Asas).

Passando por vozes de mulheres, de luta, confiança e afeto da peça Para não morrer. É consciência histórica e resistência, contra a onda de retrocessos sociais, de que fala a atriz Nena Inoue.

Na nossa listinha tem arte pop de Andy Warhol em Polaroides Secretas – O amor e outros equívocos.

Alice, Retrato de Mulher que Cozinha Ao Fundo é sobre Alice B. Toklas companheira de Gertrude Stein, solo de Nicole Cordery dirigido por Malú Bazan.

Eduardo e Mônica é episódio desta e da próxima semanas do documentário cênico Dois (Mundos), do dramaturgo e diretor Felipe Vidal, numa realização do Complexo Duplo.

O experimento sensorial Todas as Histórias Possíveis, do Grupo Magiluth está na penúltima semana. A parceria com o Sesc Avenida Paulista viabilizou a gratuidade para o público. Mas a concorrência por ingressos é grande. Para a próxima semana as reservas ocorrem na terça-feira, às 14h. Eles disponibilizam 160 ingressos, que acabam rapidinho.

Parece Loucura Mas Há Método é uma peça-jogo on-line da Armazém Companhia de Teatro, com personagens de várias peças de William Shakespeare, dirigida por Paulo de Moraes.

A companhia Os Satyros reflete sobre as mudanças nas relações humanas a partir da pandemia da Covid-19 no trabalho A Arte de Encarar o Medo.

 

Pequena Mostra Virtual Os Crespos 15 Anos – Gratuito

SERVIÇO
Até 19/09/20
do palco Teatro Arthur de Azevedo, transmitido pela página da companhia no Facebook www.facebook.com/cia.oscrespos
Infanto-juvenil Os Coloridos (Domingos: 06 e 13/09, às 16h)
Trilogia dos Desmanches aos Sonhos:
Cartas a Madame Satã, ou me desespero sem notícias suas (Sábado, 05/09), às 21h.
Engravidei, Pari Cavalos e Aprendi a Voar sem Asas (Sábado, 12/09), às 21h.
Além do Ponto (Sábado, 19/09), às 21h.

Os coloridos

Com personagens baseados em mitos e contos africanos, afro-brasileiros e indígenas, a montagem infantil-juvenil Os coloridos reflete sobre diversidade cultural e étnica no Brasil, a partir da história de duas araras: uma vermelha e outra amarela. Elas conhecem somente as suas próprias espécies e disputam o poder julgando uma a outra pelas cores de suas penas. Em um determinado momento, ambas se encontram com a arara azul o que provoca novas reflexões e elas passam a repensar seu comportamento.

Ficha Técnica
Ficha técnica do espetáculo original
Direção: Lucelia Sergio
Texto: Cidinha da Silva
Adaptação para versão on-line: Lucelia Sergio
Dramaturgia: Cidinha da Silva e Os Crespos
Elenco: Lucelia Sergio, Joyce Barbosa e Raphael Garcia
Músicos: Ramon Zago, Bruna Santos e EduLuz
Composição musical:  Belize Pombal, William Simplicio e Ramon Zago
Maquiagem: Tairone Porto
Figurinos – Cleydson Catarina
Orientação musical – Alyson Bruno
Assistência vocal – Lia Aroeira
Ideia Original – Belize Pombal e Os Crespos
Ficha técnica do video:
Direção – Lucelia Sergio
Atuação – Lucelia Sergio, Joyce Barbosa e Raphael Garcia
Luz – Edu Luz
Video e som – Ramon Zago
Produção – Rafa Ferro

Trilogia Dos Desmanches aos Sonhos

A Trilogia Dos Desmanches aos Sonhos, formada pelas montagens Cartas a Madame Satã ou me desespero sem notícias suas; Engravidei, Pari Cavalos e Aprendi a Voar sem Asas e Além do Ponto, averiguam o  impacto da escravidão na jeito de amar dos brasileiros.

Além do Ponto

Além do Ponto mergulha num processo de separação e mostra a possibilidade de virada

A montagem destaca como o processo da escravidão e, portanto o processo de racismo, tem impactado na nossa forma de amar. Na peça, um casal heterossexual se encontra para ensaiar o término do relacionamento. São nove ensaios para o fim. Discutir o emocional mostra-se tão fundamental na vida do indivíduo negro quanto a preocupação material. Trata-se também de um ato político de luta. Os personagens imersos nessa situação limite – que é uma ruptura – olham para seu percurso, seus encontros, já em outro lugar, com o olhar da mudança.

Ficha Ténica:

Elenco: Sidney Sampaio, Lucélia Sérgio
Direção: José Fernando de Azevedo
Direção de arte: Antônio Vanfil
Produção: Eliana Filinto.

Engravidei, Pari Cavalos e Aprendi a Voar sem Asas

Atriz Lucelia Sergio em Engravidei Pari Cavalos…Foto: Ana Zumas

O espetáculo Engravidei, Pari Cavalos e Aprendi a Voar sem Asas trata da afetividade da mulher negra, da família, dos filhos, do amor com o parceiro e a parceira. A privacidade de cinco mulheres negras é exposta em seus cotidianos, revelando seus medos, dores, amores e sonhos. Elas buscam apreender e transformar seus destinos. Por meio de cada história são debatidas questões como as relações familiares, os direitos reprodutivos e a violência contra a mulher.
Ficha Técnica:
Direção: Lucelia Sergio e Sidney Santiago Kuanza com colaborações de Aysha Nascimento
Dramaturgia: Cidinha da Silva e Os Crespos
Atuação: Lucelia Sergio
Atrizes colaboradoras do processo de criação: Dani Nega, Dani Rocha, Darília Lilbé, Dirce Thomaz, Maria Dirce Couto, Nádia Bittencourt.
Produção e assessoria: Rafael Ferro
Cenografia e Figurino: Mayara Mascarenhas
Iluminação: Edu Luz
Trilha sonora: Dani Nega
Direção de Vídeo: Renata Martins
Orientação Teórica: Flávia Rios
Preparadora Corporal: Janette Santiago
Preparador Vocal: Frederico Santiago
Colaboradoras de estudos teóricos: Jackeline Romio, Valéria Alves e Clelia Prestes.

Madame Satã ou me desespero sem notícias suas

Ator criador Sidney Santiago Kuanza

Um homem gay já é pouco aceito pela sociedade, um negro gay é considerado um absurdo, arrisca Lucélia Sergio, da Cia. Os Crespos. Para discutir homoafetividade o grupo convocou a figura e o legado de Madame Satã, como era conhecido o transformista João Francisco dos Santos (1900 – 1976), uma das figuras mais emblemáticas da boemia carioca. Muitos estereótipos não mudaram e essa aceitação do gay no corpo negro também não. O Madame Satã era um homem muito forte, um capoeirista, que vivia como transformista.
Em seu quarto, um homem negro se corresponde com a figura mítica de Madame Satã. O espetáculo parte da pesquisa sobre a homoafetividade de homens negros, sua sociabilidade diante dos estereótipos sexuais de virilidade que cerceiam sua experiência afetiva. São histórias ou pedaços de histórias que ganham vida na pele da personagem  de Sidney Santiago, que é um ator, e que portanto pode viver muitas vidas. 
Ficha técnica:
Direção: Lucélia Sergio
Ator criador: Sidney Santiago Kuanza
Dramaturgia: José Fernando de Azevedo
Direção de arte: Antonio Vanfill
Trilha Sonora: Dani Nega
Direção de Vídeo: Renata Martins
Preparação Vocal: Frederico Santiago
Preparação Corporal: Janette Santiago
Direção de Produção: Eneida de Souza
Assistente de Produção: Guilherme Funari
Atores colaboradores: Vitor Bassi e Luís Navarro
Operador de luz: Aguinaldo Nicoleti

 

Para Não Morrer – Gratuito

Solo da atriz Nena Inoue. Foto: Lidia Ueta.j

No livro Mulheres, de 1997, o escritor Eduardo Galeano, recupera a biografia de várias personagens históricas cujo valor e luta a mirada dominante reduziu, deturpou ou simplesmente ignorou. Inspirado na obra de Galeano, o espetáculo Para Não Morrer, da atriz e diretora Nena Inoue, investe em temáticas feministas e femininas atreladas a questões políticas. Sentada em uma poltrona, a atriz rememora os grandes feitos de perseverança contra a opressão. Com dramaturgia de Francisco Mallmann e parceria de criação de Babaya Morais, o monólogo celebra as mulheres – notáveis e anônimas – em especial da América Latina.
Ficha Técnica
Dramaturgia: Francisco Mallmann, a partir da obra de Eduardo Galeano
Direção e Atuação: Nena Inoue
Direção de Texto: Babaya Morais
Iluminação: Beto Bruel
Figurino: Carmen Jorge
Cenário: Ruy Almeida
Gravação: Alan Raffo
Transmissão on-line: Lídia Ueta e Alan Raffo
Técnico Operador: Vinícius Sant
Tradutora Libras: Talita Sharon Simões
Espaço Teatral para transmissão: Ave Lola Espaço de Criação
SERVIÇO
Quando: 5, 11 e 12/9, às 20h.
Inscrição online e gratuita via site: https://bit.ly/32tW6Wn
Também é possível assistir as exibições nas páginas:
5/9: MST Nacional – https://www.facebook.com/MovimentoSemTerra/
11/9: Mães pela Diversidade – https://www.facebook.com/MaespelaDiversidade/
12/9: Bicicletaria Cultural – https://www.facebook.com/bicicletariacultural/
As exibições GRATUITAS e fechadas para parceiros acontecerão nos dias: 6, 7, 10, 12, 13, 14, 16, 18, 19/9.
https://www.facebook.com/watch/?v=486051222141281&extid=WVqJlnhsbJHN2JKC

 

POLAROIDES SECRETAS – O amor e outros equívocos

O espetáculo teatral online Polaroides Secretas se joga na arte pop. Inspirado na obra do artista norte-americano Andy Warhol (1928-1987), em especial na série cliques registrados com câmeras polaroides. Os solos perfilam figuras que revisam suas vidas na busca de um sentido. A dramaturgia da peça foi criada coletivamente a partir de temas recorrentes na obra de Andy Warhol, como consumismo, alienação, identidade e temporaneidade. Outra referência foram textos do dramaturgo irlandês Samuel Beckett (1906-1989). Com direção de Renato Andrade e trilha sonora de sucessos dos anos 1980, a montagem reúne personagens solitárias em uma sociedade líquida e midiática, que compartilham suas angústias e o vazio de uma existência que anseia por alguns minutinhos de fama.
Ficha técnica
Elenco: Leo Marcondes, Marília Viana, Nina Marqueti e Roberta Azevedo
Dramaturgia: Criação coletiva a partir de textos de Samuel Beckett e da obra de Andy Warhol
Direção: Renato Andrade
Assistência de Direção: Drica Czech
Figurinos: Criação Coletiva
Cenário e Trilha sonora: Drica Czech e Renato Andrade
Design e Instagram: Drica Czech, Maíra Machado, Marília Viana, Renato Andrade, Roberta Figueira e Stephanie Degreas,
Vídeos: TV Cutícula, Stephanie Degreas e Guilherme Barcelos Realização: Cutícula Produções
SERVIÇO
Quando: Sábados, às 20h, até 3 de outubro. NÃO É POSSÍVEL ENTRAR NA SALA APÓS O INÍCIO DA SESSÃO!
Onde: Videoconferência via Sympla Streaming (Beta)
Contribuição: “pague quanto puder” R$ 0,00 a R$ 30,00 (+ R$ 3,00 taxa), https://www.sympla.com.br/polaroides
Duração: 36min.
Classificação Indicativa: 12 anos

 

Alice, Retrato de Mulher que Cozinha Ao Fundo – Gratuito

A companheira de Gertrude Stein, Alice B. Toklas está em primeiro plano neste solo de Nicole Cordery.

Na efervescente Paris dos anos de 1920 e 1930, Gertrude Stein recebia aos sábados em sua casa na 27 Rue de Fleurus os escritores Ernest Hemingway, Guillaume Apollinaire e James Joyce, os pintores Pablo Picasso, Georges Braque e Henri Matisse, enfim a nata intelectual europeia da época. Na peça Alice, Retrato de Mulher que Cozinha Ao Fundo, a relação de amor entre a poeta Gertrude Stein (1874-1946) e a cozinheira e escritora Alice B. Toklas (1877-1967) é contada na perspectiva da figura menos famosa do casal.

Alice B. Toklas preparava a comida e distraia as esposas dos convidados para que Gertrude pudesse brilhar no universo masculino criativo. Toklas mantinha tudo nos eixos dos bastidores. Com a morte de Gertrude, em 1946, Alice fica sem nada. Os bens materiais que pertenciam a Gertrude (quadros, dinheiro, casa, ações) vão para o sobrinho de Stein, que era o herdeiro legal. Mesmo assim, Alice dedicou os últimos 21 anos de sua vida à divulgação da obra de sua companheira.

Com uma dramaturgia fragmentada, o solo peregrina por vários tempos e espaços da vida delas, narrados por Alice a partir de trechos de cartas, poesias e receitas culinárias.
As principais referências da montagem são os livros The Alice B. Toklas Cookbook, em que Alice conta quais receitas eram servidas na casa da Rue de Fleurus e histórias fascinantes sobre a época; e A autobiografia de Alice B. Toklas, de Stein.

Ficha Técnica
Dramaturgia: Marina Corazza
Direção: Malú Bazán
Atuação: Nicole Cordery
SERVIÇO
Teatro Vivo – Transmitido via Zoom – Gratuito
Acesse o site www.teatrovivoonline.com.br ou o link do perfil no Instagram;@vivo.cultura e preencha as informações solicitadas; O link será enviado para o e-mail cadastrado no momento do resgate do ingresso e via WhatsApp
Quando: Sábado 5 de setembro às 20h
ÚNICA APRESENTAÇÃO!
Classificação: 14 anos

 

Dois (Mundos)

Documentário cênico Dois mundos Créditos: Complexo Duplo

Inspirado em canções da banda Legião Urbana, do álbum Dois, o dramaturgo Felipe Vidal criou o documentário cênico Dois (Mundos), concebido em seis episódios independentes. Na trama, os impasses de 2020 são lançados para o ano 2054, numa proposta de cápsula do tempo. Essa distância temporal lança luzes sobre os desdobramentos da COVID-19.

Dois (mundos) arma o desafio de um possível diálogo com canções do disco icônico da Legião Urbana com as experiências e histórias pessoais dos oito integrantes do elenco. A peça-espelho conversa com Cabeça (um documentário cênico). Enquanto o primeiro parte de um importante disco de rock dos Titãs, traçando uma ponte entre o ano de lançamento até 2016, olhando para trás, Dois (mundos) parte de outro álbum fundamental de 1986 – Dois, para olhar para frente. O modo de comunicação com as próximas gerações são as cápsulas do tempo, onde são colocados registros do atual momento pandêmico da humanidade.

Ficha Técnica
Dramaturgia e direção: Felipe Vidal
Colaboração dramatúrgica: Leonardo Corajo (textos construídos com a participação do elenco)
Elenco (em ordem alfabética): Felipe Antello, Felipe Vidal, Guilherme Miranda, Gui Stutz, Leonardo Corajo, Lucas Gouvêa, Luciano Moreira, Sergio Medeiros + convidadas
Direção musical e arranjos: Luciano Moreira e Felipe Vidal
Mixagem: Gui Stutz
Edição de vídeos de música: Guilherme Miranda
Edição de vídeos: Felipe Vidal
Concepção de iluminação: Felipe Antello
Videografismo: Eduardo Souza – Pavê
Interlocução crítica: Daniele Avila Small
Produção: Luísa Barros
Redes sociais: Lucas Gouvêa
Assessoria de imprensa: JSPontes – João Pontes e Stella Stephany
Realização: Complexo Duplo
SERVIÇO
Episódio Eduardo e Mônica.
Quando: sábado, dia 05/09; e na sexta e sábado dias 11 e 12/09, às 21:30 no Zoom
Ingressos a venda pelo SYMPLA: www.sympla.com.br/complexoduplo, a partir de R$ 10 (+ taxa de R$ 2,50)
O episódio 1 (Daniel na cova dos leões) está disponível no canal do Complexo Duplo no YouTube:
www.youtube.com/complexoduplo
Outros episódios
Episódio 5 : 18, 19, 25 e 26 de setembro (sextas e sábados), às 21h30
Episódio 6 : 02, 03, 09 e 10 de outubro (sextas e sábados), às 21h30

 

Todas as histórias possíveis – Grátis

Experimento sensorial do Grupo Magiluth. Reservas na terça-feira. os ingressos acabam rapidinho

Em Todas as Histórias Possíveis a estrutura dramatúrgica percorre múltiplas plataformas digitais. Há algo que resgata resquícios do experimento anterior, Tudo que coube numa VHS. Fragmentos de memória ganham novos trechos, que preenchem lacunas e abrem outras. A criação artística é matéria dessa investigação.

“Isto é ficção. Obras ficcionais podem ser parcialmente baseadas em fatos. E por que criamos ficção? Porque a realidade é insustentável. A distração de um motorista por dois segundos em um veículo a 60 km/h faz com que o carro percorra um trajeto de 37 metros às cegas. Estamos suspensos. Ninguém morre. Ninguém nasce. Não andamos. E partir de agora eu começo a reconfigurar histórias reais, já que todas as histórias são possíveis. Esta é a sua primeira viagem no tempo”.

A temporada vai até 13/9, com sessões gratuitas, de quinta a domingo, agendadas previamente. As inscrições são abertas todas as terças, a partir das 14h, que se esgotam rapidinho.

A experiência dura 30 minutos, executada em plataformas como Whatsapp, Instagram, e-mail, YouTube, Spotify ou Deezer e contato telefônico.

Assim como Tudo que coube numa VHS, a dramaturgia é assinada por por Giordano Castro, e narra uma história de amor, que ocorre num dia específico de um acidente.

FICHA TÉCNICA
Direção e Dramaturgia: Giordano Castro
Performers: Bruno Parmera, Erivaldo Oliveira, Giordano Castro, Lucas Torres, Mário Sergio Cabral e Pedro Wagner
Design de Som: Kiko Santana
Vídeo: Juliana Piesco
SERVIÇO
Todas as histórias possíveis
Quando: Quinta-feira a domingo, a partir das 18h, pela internet
Quanto: Gratuito
Informações e retirada de ingressos: www.sescsp.org.br/avenidapaulista
Indicação etária: 16 anos

 

Parece Loucura Mas Há Método

crédito: Armazém Companhia de Teatro

Parece Loucura Mas Há Método é uma peça-jogo on-line da Armazém Companhia de Teatro , apresentada pelo Zoom, dirigida por Paulo de Moraes. Dez atores transformam o espaço virtual num campo de duelos. No tablado digital, nove personalidades shakespearianas se enfrentam numa arena de ideias, com um Mestre de Cerimônias regendo as intervenções. Ele sorteia os personagens que devem expor suas historias. O trabalho explora a essência da internet, a interação e o público é instigado a eliminar um dos jogadores. A trama rejeitada fica fora da narrativa. Então o público vai definindo a sequência dos duelos e e encadeamento da fábula. Também movimenta o jogo a busca por descobrir de onde vem cada figura que aparece na tela. Podem passear por lá Ricardo II, Henrique V, Iago e muitos outros personagens shakespearianos

Ficha Técnica:
a partir de personagens da obra de William Shakespeare
Roteiro: Paulo de Moraes e Jopa Moraes
Direção: Paulo de Moraes
Elenco: Charles Fricks, Isabel Pacheco, Jopa Moraes, Kelzy Ecard, Liliana de Castro, Luis Lobianco, Marcos Martins, Patrícia Selonk, Sérgio Machado, Vilma Melo
Música: Ricco Viana
Design Gráfico: Jopa Moraes e Paulo de Moraes
Colaborações artísticas: Carol Lobato e Lúcio Zandonadi
Assistente de Produção: Malu Selonk
Produção: Armazém Companhia de Teatro
Assessoria de Imprensa: Ney Motta

 

A Arte de Encarar o Medo

Cia Os Satyros. Foto: André Stefano

O modo como estamos vivendo e como ficam os laços afetivos nesta época de pandemia de Covid-19 são vasculhados no espetáculo online A Arte de Encarar o Medo, da Cia. Os Satyros. Dirigida por Rodolfo García Vázquez, que divide o roteiro com Ivam Cabral, a peça ocorre num futuro ainda mais distópico, quando os terráqueos buscam regatar histórias de um tempo anterior à pandemia. Isolados há 5.555 dias, antigos camaradas desejam se conectar à internet para retomar suas relações.

Entre os nomes chamados para esse reencontro, estão os atores da peça e alguns amigos do grupo que morreram e são convocados para o encontro, como o jornalista Gilberto Dimenstein, que partiu no dia 29 maio; a atriz Maria Alice Vergueiro, que faleceu no dia 3 de junho; o cenógrafo Carlos Colabone, que morreu no dia 27 de maio; e o jornalista e dramaturgo Alberto Guzik, que integrou a companhia e faleceu em 2010.

Os desafios de manter a saúde mental no isolamento e os questionamentos políticos ao atual contexto brasileiro como a necropolítica, o autoritarismo, a violência governamental, também estão na pauta dos assuntos abordados.

Os atores se apresentam de diferentes cidades brasileiras – de onde passam a quarentena – e até da Suécia, onde mora a atriz Ulrika Malmgren, que já participou de outros trabalhos da companhia.

Ficha Técnica
Roteiro: Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez
Direção: Rodolfo García Vázquez
Elenco: Ivam Cabral, Eduardo Chagas, Nicole Puzzi, Ulrika Malmgren, Diego Ribeiro, Dominique Brand, Fabio Penna, Gustavo Ferreira, Henrique Mello, Julia Bobrow, Ju Alonso, Marcelo Thomaz, Marcia Dailyn, Mariana França, Sabrina Denobile e Silvio Eduardo
Ator convidado: César Siqueira
Atores mirins convidados: Nina Denobile Rodrigues e Pedro Lucas Alonso
Orientação visual: Adriana Vaz e Rogério Romualdo
Fotos: Andre Stefano
Produção: Os Satyros
Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany
SERVIÇO
Quando: sextas e aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 16h.
Plataforma Zoom
Ingresso Sympla
: a partir de R$ 10 (+ taxa de 2,50)

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Terceira semana do Festival Arte como Respiro
com dança e teatro para adultos e crianças

Camila Pitanga em Duelo, peça inspirada em Thechov Foto Renato Mangolin

Lucimélia Romão com Josefa Ambrósio de Souza e Maria Lúcia de Souza em Mil Litros de Preto: A Maré está cheia,.  Foto: Edouard Fraipont. 

Maurício Soares é Baiana Rica do Maracatu Nação Estrela Brilhante do Recife. Foto: Gabriel Albertin

Atriz Lívia Falcão como Zanoia. Foto: Reprodução do YouTube

– Salve, salve Xamãe Zanoia. Quais as novas?

Para quem não sabe ainda, essa figura é uma índia que reside em terras distantes e manda uns recadinhos para os terráqueos. E sabemos que essa turma do planetinha azul está precisado de todo tipo de ajuda, vinda de qualquer lugar do espaço.

Zanoia realiza uma vídeo-chamadas para a Terra para compartilhar saberes e melhorar as percepções desse momento. São dicas preciosas que esquecemos nas raias da corrida  capitalista. O resumo dessa 4ª ligação: omar é para lembra ao povo deste mundo que amar é uma decisão. A melhor escolha, penso. Sua benção Xamãe Zanoia!

A semana do Festival Arte como Respiro – Edição Cênicas, começa nesta fase com os Rezos da Xamãe Zanoia, quarto vídeo da série da atriz pernambucana Lívia Falcão, nesta quarta-feira, dia 2, às 20h.

O Festival reúne nessa leva 16 espetáculos contemplados no edital de emergência. De 2 a 6 de setembro (quarta-feira a domingo) estão disponíveis para serem assistidos por 24h, no site do Itaú Cultural (www.itaucultural.org.br) espetáculos completos, cenas teatrais, performances, quadros de dança e circo, para o público adulto e infanto-juvenil, registrados antes ou durante o período da quarentena.

Neste recorte podem ser vistas várias modalidades de dança – do breaking (Pediu pra Parar, Parou, de Brasília) e maracatu ( Mestre Mauricio Soares Arte e Vida) ao vogue (17 Dia #40tena) – teatro (com registro atual encenado em prédio vazio (Shakespeare Isolado), assim como registro pré-pandemia como a adaptação de Anton Tchekhov (Duelo), com Camila Pitanga no elenco) e performance que condena as mortes da população negra (Mil Litros de Preto: A Maré está cheia). As produções nasceram no Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.

Breaking, comicidade e fotografia são ingredientes de Pediu pra Parar, Parou, criação coletiva dos intérpretes criadores brasilienses Júlia Maia e Mirley Allef com a alemã Viola Luba, repensado para o espaço doméstico. São três solos de dança e uma série de batalhas show com a contribuição de oito dançarinos convidados da cena breaking nacional, vindos de seis estados do país.

Os atores Cícero Neves e Patrícia Ragazzon ensaiam-apresentam-experimentam trechos de peças de Shakespeare, explorando os espaços disponíveis de um prédio vazio, numa proposta de encenação que se ajuste ao cotidiano.  Shakespeare Isolado, da Ato Espelhado Companhia Teatral, da Bahia,busca pensar a produção nas condições atuais de Isolamento social, convidando o público a um exercício de criação e imaginação.

Rezo de verdade, simplicidade e amor é a 5ª ligação: unidade, que faz parte dos Rezos da Xamãe Zanoia, personagem de Lívia Falcão, que entra no ar na quinta-feira, dia 3. Nessa chamada, ela convida todos a fazerem sua parte na grande transição e a confiar na Guiança do Amor.

Mil Litros de Preto (a maré está cheia), da artista mineira Lucimélia Romão, faz uma crítica contundente ao extermínio da juventude preta no Brasil. Para isso ela traça uma analogia dos sete litros sangue que escoam de cada corpo, enquanto a vida se esvai, e enche uma piscina de mil litros. No entendimento da artista, a necropolítica – com escolhas de corpos que devem sobreviver e dos que não-, é uma tática de guerra travada contra o povo preto.

O Híbrido é uma videoperformance criada pelo do paulista Robson Catalunha que traduz na cena suas impressões e sensações vividas durante a pandemia, como um ser em mutação. Ainda nessa linha mais pessoal e subjetiva, o o ator-dançarino Eduardo Colombo, da cidade paulista de Mogi das Cruzes, exibe VISITAÇÃO – Jornada à Natureza de si mesmo, uma série de performances e videodanças inspiradas na exuberância da Mata Atlântica.

Vem da natureza a inspiração do espetáculo Quem anda no chão, quem anda nas árvores, quem tem asas, do artista carioca Gustavo Ciríaco. O mundo à beira do colapso é visto como tragédia nesse musical distópico, encenado em um diorama em movimento. Comuns nos museus de história natural, os dioramas são reproduções realistas de paisagens.

Também para os pequenos

No fim de semana tem programação infanto-juvenil, livre de restrições etárias.
Circo Valise é teatro de formas animadas e mostra uma misteriosa elefanta que entrega a um caixeiro viajante uma pequena mala, o Circo Valise, que ele carrega consigo desde então e que guarda uma surpresa. A criação é do paulista Eduardo Salzane.

Rio 2066, da companhia carioca Guimarães Produções, tem como protagonista Hugo, que vive no ano de 2066. Nessa ficção, o avanço tecnológico convive com uma paisagem cinza e árida. Os rios estão poluídos, mas o personagem avista uma raposa e a esperança nas margens do Rio Carioca. Hugo passa a ser treinado para assumir o papel de guardião de uma floresta preservada e escondida dos homens.

Um grupo de pessoas trans conta suas histórias por meio da dança Vogue (estilo de dança que empodera e fortalece artistas LGBTQI+ do mundo todo, surgido nos 1960 pelas mãos, pernas e quadris da cena gay periférica dos Estados Unidos). 17 Dia #40tena é projeto da Luna Akira Produções, de São Paulo, que foca no uso da dança como entretenimento para essa época de transformação.

Duelo é uma adaptação de novela de Anton Tchekhov feita pela Andara Filmes sob direção de Georgette Fadel. Existe uma atmosfera de ódio crescente entre o zoólogo e o funcionário, que culmina numa luta. Narrada a partir de diversas perspectivas, Duelo, explora a tentativa dos personagens de esquecer os dias que eles perderam, para aproveitar da melhor maneira os que ainda têm para viver. O elenco é liderado por Camila Pitanga e Pascoal da Conceição.

Lá vem o Rio, é o espetáculo amazonense do Coletivo Experimental de Teatralidades que trata da relação entre a garça e a capivara. Ambientada nas águas dos rios Negro e Solimões, a história faz uma menção à parcela da população que resiste às recomendações da saúde púbica de distanciamento social devido ao Covid-19, e por sua vez insiste em práticas nada cidadãs, como a poluição do meio ambiente.

Brincadeiras, imagens e sonoridades da infância no interior, a partir do universo imaginativo, compõe O Barquinho Amarelo, dos catarinenses da Associação Eranos – Círculo de Arte. O espetáculo é baseado no livro homônimo de Iêda Dias da Silva, referência na alfabetização em escolas públicas no Brasil, nas décadas de 1970 a 1990.

Baiana Rica é o personagem que o pernambucano Mauricio Soares encarna há mais de 20 anos no Maracatu Nação Estrela Brilhante, no Recife. No quadro de dança Mestre Mauricio Soares Arte e Vida, ele expõe a sua vivência no maracatu e a influência dos saberes orais, corporais, espirituais e ancestrais na construção da figura.

A pegada da cultura e saberes populares também está presente no espetáculo A Carroça é Nossa, do grupo maranhense Xama Teatro. Quatro personagens viram o mundo no intuito de encontrar um animal perfeito para conduzir uma carroça mágica até os seus sonhos. O registro exibido foi feito em 2013, na comunidade do Renascer, zona rural de São Luís, com os artistas acolhidos, sintonizados e em exercício dialógico com os moradores que trabalham na terra.

Na segunda quinzena do mês, mais 24 obras das artes cênicas entram no ar.

PROGRAMAÇÃO, SINOPSES E SERVIÇO – SEMANA 3

Festival Arte como Respiro – Edição Cênicas
De 2 a 6 de setembro (quarta-feira a domingo)
No site do Itaú Cultural: www.itaucultural.org.br

2 de setembro, quarta-feira

Lívia Falcão em Rezos da Xamae. Foto: Divulgação

Às 20h

Para adultos: Rezos da Xamãe Zanoia – 4ª ligação: omar (PE)
De Lívia Falcão (PE)
Nesse encontro, a Xamãe Zanoia recebe uma ligação importante do invisível, que nos lembra
que amar é uma decisão.
Duração: 5 minutos
Classificação indicativa: Livre
Em www.itaucultural.org.br 
Ficha Técnica:
Palhaça, produtora, roteirista: Lívia Falcão
Direção, edição e câmera: Dea Ferraz
Câmeras adicionais (celular): Hugo Coutinho, Olga Ferrario e Lívia Falcão
Trilhas incidentais: Beto Lemos, Johann Bremer, Hugo Coutinho, Narciso Fernandes, Siba e
Gui Amabis

Pediu Pra Parar Parou Foto: Mirley Allef

Às 20h

Para adultos: Pediu pra parar, parou (DF)
De Julia Maia
O espetáculo é composto por três solos que mesclam a dança breaking, a comicidade e a fotografia, mais a apresentação de quatro Batalhas Show, com a participação especial de oito dançarinos convidados da cena breaking nacional, de seis estados diferentes.
Duração: 23 minutos
Classificação indicativa: livre
Em www.itaucultural.org.br
Ficha técnica:
Produção e Direção artística: Júlia Maia
Direção de Vídeo, Filmagem e Edição: Mirley Allef
Intérpretes Criadores: Júlia Maia, Mirley Allef e Viola Luba
Dançarinos Convidados:
Fabiana Balduina (Bgirl Fabgirl)
Lucas Ferreira (Bboy Perninha)
Isabela Gonçalves (Bgirl Itsa)
Rodnei Miranda (Bboy Ruddy)
Carolaine Navarro (Bgirl Karolzinha)
Yuri da Silva (Bboy Yuri)
João Marcos Saboia (Bboy Zulu-Fu)
Cleidson Seabra de Almeida (Bboy Kley)

Shakespeare Isolado. Foto: Divulgação

Às 20h

Para adultos: Shakespeare Isolado (BA)
De Ato Espelhado Companhia Teatral

Os atores Cícero Neves e Patricia Ragazzon experimentam Shakespeare a partir de trechos de algumas de suas peças. Ocupando um um prédio de seis apartamentos, exploram os espaços
disponíveis, ressignificando os lugares em uma proposta de encenação que se mistura ao
cotidiano. Um recorte da quarentena,
Duração: 24 minutos
Classificação indicativa: livre (recomendado a partir de 12 anos para melhor fruição da obra)
Em www.itaucultural.org.br

Ficha Técnica:
Concepção, captação de imagens e atuação: Cícero Neves e Patrícia Ragazzon
Textos: Willian Shakespeare – Seleção: Patrícia Ragazzon
Músicas: Patrícia Ragazzon
Montagem das cenas: Cícero Neves
Realização: Ato Espelhado Companhia Teatral

3 de setembro, quinta-feira

Ligação de Zanoia

Às 20h

Para adultos: Rezos da Xamãe Zanoia | 5ª ligação : unidade (PE)

Nessa ligação, a Xamãe Zanoia traz seu rezo de verdade, simplicidade e amor, e convida todes
a fazer a sua parte na grande transição e confiar na Guiança do Amor.
De Lívia Falcão (PE)
Duração: 6 minutos
Classificação indicativa: Livre
Em www.itaucultural.org.br
Ficha Técnica:
Palhaça, produtora, roteirista: Lívia Falcão
Direção, edição e câmera: Dea Ferraz
Câmeras adicionais (celular): Hugo Coutinho, Olga Ferrario e Lívia Falcão
Trilhas incidentais: Beto Lemos, Johann Bremer, Hugo Coutinho, Narciso Fernandes, Siba e Gui
Amabis

Mil Litros De Preto Foto: Edouard Fraipon

Às 20h

Para adultos: Mil litros de preto (a maré está cheia) (MG)
De Lucimélia Romão

O primeiro tiro fere, o segundo causa dificuldade de respirar e o terceiro mata! Então, para
que serve o quarto? O quinto? O sexto? O sétimo? O oitavo? O nono? E o décimo tiro? A maré
está cheia de balas e de corpos. Cheia de corpos negros atravessados pelas balas.
Transbordam dor, morte, lágrimas dos olhos das mães periféricas, que sabem que colocaram
seus filhos no mundo para serem alvejados pelo estado e pela polícia racista brasileira. É nesse
cenário estratégico de abandono que o estado mantém a população negra, em condições sub-
humanas.
Duração: 16 minutos
Classificação indicativa: 12 anos
Em www.itaucultural.org.br

Ficha Técnica:
Concepção, direção, Iluminação: Lucimélia Romão
Performer: Lucimélia Romão
Orientadora: Juliana Monteiro
Sonoplastia: Matheus Correa e Lucimélia Romão
Produtora executiva e bióloga: Liliane Crislaine
Filmagem: Priscila Natany

MIL LITROS DE PRETO: A MARÉ ESTÁ CHEIA

Uma performance que ecoa dias, uma instalação que perpetua. MIL LITROS DE PRETO. É uma performance instalação que dimensiona a mortandade do jovem negro brasileiro.

Publicado por Mil Litros De Preto em Quinta-feira, 29 de agosto de 2019

 

4 de setembro, sexta-feira

Híbrido Foto: Robson Catalunha

Às 20h

Para adultos – Abertura: O Híbrido (SP)
De Robson Catalunha

Videoperformance de um ser em mutação criada a partir de impressões, sensações e observações vividas durante quarentena. 
Duração: 5 minutos
Classificação indicativa: livre
Em www.itaucultural.org.br
Ficha Técnica:
Concepção e performance: Robson Catalunha

Às 20h

Visitacao. Foto: Divulgacao

Para adultos: VISITAÇÃO – Jornada à Natureza de si mesmo (SP)
De Eduardo Colombo

Uma série de performances e vídeodanças criadas pelo ator e dançarino Eduardo Colombo em contato com a exuberância da Mata Atlântica. O trabalho é fruto do Programa Práticas do Presente de pesquisa em artes performativas, conduzido pelo artista desde 2015, em colaboração com o músico Victor Kinjo, na SAMAUMA Residência Artística Rural, em Mogi das Cruzes (SP).
Duração: 10 minutos
Classificação indicativa: livre
Em www.itaucultural.org.br

Ficha Técnica:
Concepção e Dança: Eduardo Colombo
Assessoria Musical: Victor Kinjo
Música: Song of the Stars (Dead Can Dance/Spiritchaiser, 1996)
Produção: ÁGUA VIVA Cultura

Quem anda no chão

Às 20h

Para adultos: Quem anda no chão, quem anda nas árvores, quem tem asas (RJ)
De Gustavo Ciríaco

Quem anda no chão, quem anda nas árvores, quem tem asas, quem mora na água, assim os
povos amazônicos descrevem os seres da floresta. Na origem dos tempos, eram todos
humanos: as onças, as araras, as antas, os porcos-do-mato, os pirarucus. Depois, se
transformaram em outra coisa e viraram caça. 
Duração: 69 minutos
Classificação indicativa: livre
Em www.itaucultural.org.br
Ficha Técnica:
Concepção e direção: Gustavo Ciríaco
Assistência de direção: Priscila Maia
Performers e colaboradores: António Pedro Lopes, Fred Araújo, Isabel Zuaa, Leo Nabuco,
Luciana Fróes, Priscila Maia e Tiago Cadete
Cenografia: Dina Salem Levy e Pedro Rivera
Desenho de luz: Tomás Ribas
Operação de luz: Hermes Ericeira
Figurino: Paula Stroher
Fotos: Gustavo Ciríaco, Paula Kossatz e Diana Sandes
Vídeo: Leo Nabuco
Cameramen: Joaquim Castro e André Mantelli
Direção de produção: Anna Ladeira
Assistência de produção: Gabrielle Barbosa e Arantxa Cianfrino
Administração e realização: Curto-Circuito Produções
Patrocínio: Oi Futuro e Secretaria de Cultura de Estado do Rio de Janeiro – SEC

5 de setembro, sábado

CircoValise. Foto: Gabriel Albertini

Às 15h

Para Crianças: Circo Valise (SP)
De Eduardo Salzane

Em um tempo não muito distante, uma misteriosa elefanta encontra um caixeiro viajante e lhe
entrega uma pequena mala. Daquele dia em diante, o caixeiro carrega consigo o Circo Valise,
mas uma surpresa o espera depois de muitos anos e apresentações.
Duração: 9 minutos
Classificação indicativa: livre
Em www.itaucultural.org.br
Ficha Técnica
Criação, construção e manipulação: Eduardo Salzane

Rio 2066 Foto Ayrton

Às 15h

Para Crianças: Rio 2066 (RJ)
De A Guimaraes Produções Ltda

O ano é 2066 e tudo é desenvolvido tecnologicamente. Apesar de tanto progresso, a paisagem é cinza e árida, os mares, rios e lagos são totalmente poluídos, a atmosfera se tornou irrespirável. Quem quer respirar ar puro, beber água potável e apreciar as plantas tem de comprá-los em garrafas. Tudo pode ser comprado. Até sonhos e felicidade. Só que, por trás dessa realidade distópica, a natureza segue viva, longe da percepção das pessoas. 

Duração: 32 minutos
Classificação indicativa: Livre
Em www.itaucultural.org.br
Ficha Técnica:
Concepção e direção geral: Áurea Bicalho Guimarães
Texto: Andrea Batitucci e Gustavo Bicalho
Direção: Gustavo Bicalho e Henrique Gonçalves
Elenco: Lívia Guedes, Márcio Nascimento, Marise Nogueira e Tatá Oliveira
Produção: Kátia Camello
Cenografia: Karlla de Luca
Criação dos bonecos: Bruno Dante
Adereços de cena: Karlla de Luca e Bruno Dante
Assistente de confecção de bonecos: Cleyton Kirr
Figurino: Fernanda Sabino
Música original e som cênico: Eric Camargo
Assistente de produção: Dayse Mendonça
Operador de som: Adolfo Cruz
Contrarregra: Carlos Gil e Andre Santana Franco
Registro do Espetáculo em vídeo – Chamon Audiovisual
Imagens – Eduardo Chamon, Luís Simpson, Vitor Aguiar
Edição – Hugo Rocha
Direção e montagem – Eduardo Chamon
Legendas – STN Caption
Videografismo: Gabriela Alcoar

17 Dia Yamakasi Foto: Cintia Rizoli

Às 20h

Para adultos: 17 Dia #40tena (SP)
De Luna Akira Produções

Em tempos de #40tena, as pessoas buscam entretenimento através da dança, do trabalho,
esporte e momento de diversão. É por meio da dança Vogue que as pessoas trans estão
movimentando o corpo e mantendo a mente saudável. No vídeo, um pouco dessa história por
meio da dança.
Duração: 2 minutos
Classificação indicativa: livre
Em www.itaucultural.org.br
Ficha Técnica:
Projeto: Vogue For Live
Direção: Luna Ákira Lopes da Silva
Gravação: Ruda Almeida Silveira
Edição: Luna Ákira Lopes da Silva
Dancers: Yamakazi Velvet Zion e Luna Ákira Lopes da Silva
Modalidade: Vogue
Música: IronsHade (Kill Bill Vogue Edit)

Às 20h

Peça dirigida por Georgette Fadel. Camila Pitanga e Guilherme Calzavara. Foto: Renato Manolin 

Para adultos: Duelo (SP)
De Andara Filmes

O Duelo é uma novela narrada na perspectiva de diversas personagens reunidas no
mesmo objetivo: esquecer os dias que perderam e aproveitar da melhor forma os que ainda
têm para viver. Tchekhov coloca em confronto um funcionário e a sua jovem mulher, um
médico militar, um zoólogo de ideias radicais e um diácono dado ao riso. É nesse ambiente que
o ódio crescente entre o zoólogo e o funcionário culmina em um duelo e, consequentemente,
em uma espécie de redenção.
Duração: 120 minutos
Classificação indicativa: 14 anos
Em www.itaucultural.org.br
Ficha Técnica:
Produção: Andara Filmes e mundana companhia
Adaptação da novela de Anton Tchekhov
Elenco: Aury Porto (Ivan Laiévski), Camila Pitanga (Nadiejda Fiódorovna), Carol Badra (Mária
Bitiugova), Fredy Állan (Diácono Pobêdov), Guilherme Calzavara (Atchmiánov), Pascoal da
Conceição (Nikolai von Koren), Sergio Siviero (Fantasma de Dímov / Kirílin), Vanderlei
Bernardino (Aleksandr Samóilenko) e Rafael Matede (Serviçal Reginaldo)
Direção: Simone Elias
Co-direção e montagem: Juliana Munhoz
Produção: Andara Filmes
Produzido por: Aury Porto e Julia Bock
Fotografia: Leonardo Maestrelli, Tomaz Viola e Carol Quintanilha
Som direto: Juliano Zoppi e Tiago Bittencourt
Consultoria de áudio: Fernando Henna
Equipe do espetáculo O Duelo
Direção do espetáculo: Georgette Fadel
Assistente de Direção: Diego Moschkovich
Direção de Arte / Cenografia: Laura Vinci
Iluminação: Guilherme Bonfanti
Direção Musical: Otávio Ortega e Lucas Santtana
Operação de Som / Música ao Vivo: Otávio Ortega
Direção Vocal e Interpretativa: Lucia Gayotto
Preparação Corporal: Tarina Quelho
Figurino: Diogo Costa
Estilistas Convidados: Alexandre Herchcovitch, Paula Pinto, Lino Villaventura
Produção: Camila Pitanga e Aury Porto
Direção de Produção: Bia Fonseca e Aury Porto

6 de setembro, domingo

 

La Vem o Rio Foto Victor Lucas Olivera

Às 15h

Para crianças – Abertura: Lá vem o Rio (AM)
De Coletivo Experimental de Teatralidades

Narra a relação da garça e da capivara, representantes da fauna amazônica, no período da cheia do rio. A história, que se passa nas águas dos rios Negro e Solimões, é uma alusão aos tempos de COVID-19 em que parte da população resiste em fazer o distanciamento social na pandemia e insiste em práticas condenáveis, como a poluição do meio ambiente.
Duração: 10 minutos

Classificação indicativa: livre
Em www.itaucultural.org.br

Ficha Técnica:
Direção, Edição, Dramaturgia e Sonoplastia: Iris Brasil
Direção de Arte, Manipulação, Concepção e Dramaturgia: Victor Lucas Oliver
Manipulação e Iluminação: Matheus Fortes

Barquinho Amarelo; Foto Kamila Souza

Às 15h

Para crianças: O barquinho amarelo (SC)
De Associação Eranos – Círculo de Arte

Faz uma ponte entre gerações, traz ao público brincadeiras, imagens e sonoridades da infância no interior, atravessada por aquilo que é comum em todas as crianças: o universo imaginativo. Conta com dramaturgia livremente inspirada no livro homônimo de Iêda Dias da Silva, referência na alfabetização em escolas públicas no Brasil, nas décadas de 1970 a 1990.
Duração: 37 minutos
Classificação indicativa: Livre
Em www.itaucultural.org.br
Ficha técnica:
Direção: Leandro Maman
Elenco: Sandra Coelho e João Freitas
Dramaturgia original: Sandra Coelho e Leandro Maman
Bonecos: João Freitas e Leandro Maman
Ambientação Sonora: Hedra Rockenbach
Coreografias: Mauro Filho
Figurinos e Cenário: o Grupo
Design de projeção: Leandro Maman
Execução de figurinos: Angela Borges
Filmagem: Leonam Nagel

Mestre Mauricio Soares. Foto Rafaela Catao

Às 20h

Para adultos: Mestre Mauricio Soares Arte e Vida (PE)
De Mestre Mauricio Soares

Um pouco da vivência de Mestre Maurício Soares no Maracatu, a influência dos saberes orais,
corporais, espirituais e ancestrais na construção da personagem Baiana Rica, que interpreta para defender o Pavilhão azul e branco do Maracatu Nação Estrela Brilhante do Recife há mais de 20 anos.
Duração: 8 minutos
Classificação indicativa: livre
Em www.itaucultural.org.br
Ficha Técnica:
Roteiro, Coreografia, Cenário e Figurino: Mestre Maurício Soares
Filmagem: Joyce Ara’i Firmiano
Produção e Edição de vídeo: Renata Andrade

A Carroça e Nossa Foto: Beto Pio

Às 20h

Para adultos: A carroça é nossa (MA)
De Grupo Xama Teatro

O espetáculo foi organizado a partir das etapas de apresentação das toadas do bumba-meu-boi, no Maranhão. Nessa obra teatral, quatro personagens, Pedoca (Lauande Aires), Cecé (Renata Figueiredo), Toinha (Gisele Vasconcelos) e Joaninha (Cris Campos), partem em uma jornada em busca do animal para puxar uma carroça mágica até os seus sonhos. Durante a busca, percebem que precisam desvendar um enigma.
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: Livre
Em www.itaucultural.org.br
Ficha Técnica:
Dramaturgia, Encenação e Música: Lauande Aires; Elenco: Gisele Vasconcelos, Renata
Figueiredo, Lauande Aires e Cris Campos
Figurino: Cacau de Aquino
Concepção Original: Claudio Vasconcelos
Técnica: Cid Campelo
Vídeo do espetáculo na íntegra: Beto Pio
Fotografia: Márcio Vasconcelos

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Centro de Pesquisa Teatral – CPT
retoma atividades em formato digital

Legado de Antunes Filho é tema de seminário Foto: Emidio Luisi / Divulgação

A Pedra do Reino, montagem de 2006. Foto Isabel DElia / Divulgação

O escritor Ariano Suassuna e Antunes Filho na estreia d’A Pedra do Reino. Foto: Emidio Luisi / Divulgação

Última peça de Antunes, Eu Estava em Minha Casa e Esperava que a Chuva Chegasse. Foto: Matheus José Maria

Antunes dirigindo Xica da Silva, em 1988

Desde a década de 1980 que muitos aspirantes a atrizes e atores de todo Brasil sonhavam ou se arriscavam na concorrida seleção para integrar as turmas de formação do Centro de Pesquisa Teatral – CPT-Sesc. Criado em 1982 e coordenado por Antunes Filho, até a morte do encenador, em maio do ano passado, o laboratório permanente de concepções teatrais, aprendizado de atores e de dramaturgos ganhou corpo e fez história. Virou referência no Brasil e exterior. O trabalho inestimável de Antunes é destacado neste momento em que o CPT investe na expansão de ações para o digital, numa busca de ampliação de acesso.

O CPT-SESC formou mais de mil profissionais das artes cênicas entre atores, dramaturgos, cenógrafos e iluminadores e criou 46 espetáculos – Macunaíma, Antígona, Xica da Silva, A Pedra do Reino, Blanche, Eu Estava em Minha Casa e Esperava que a Chuva Chegasse, entre outros.

No material de divulgação, o diretor regional do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda destaca esse momento urgente de valorização do teatro. “É num mundo que exclama por autocrítica e autorreflexão que o CPT-SESC, inspirado no legado do eterno Antunes Filho e irmanado a tantas mentes talentosas, reitera a força transformadora e necessária do teatro”.

Disposta em cinco frentes, a programação, está dividida em Formação de Atores; Criação e Experimentação; Dramaturgia; Cenografia; e Memória, Acervo e Pesquisa.

As atividades começam já nesta terça-feira, 1º de setembro, e abrangem seminários, bate-papos, debates, ateliês de dramaturgia, mostras digitais do acervo, laboratórios, cursos, entre outras. Alguns profissionais que participam dessas jornadas e que nutrem ligações com o CPT são os fotógrafos Emídio Luisi, Lenise Pinheiro e Bob Sousa, as dramaturgas Silvia Gomez e Michelle Ferreira e o cenógrafo JC Serroni.

O seminário CPT 2020 é a primeira ação desta nova fase e ocorre desta terça a quinta, dias 1º, 2 e 3 de setembro, às 11h, com transmissão pelas redes do CPT-SESC. Os assuntos devem rondar o legado de Antunes e as novas perspectivas para a criação e experimentação teatrais.

Samir Yazbek, Marcio Abreu, Gabriel Villela, Bia Lessa, Christiane Jatahy e Janaina Leite participam do seminário

No primeiro dia, participam os diretores Samir Yazbek, Gabriel Villela e Bia Lessa e o diretor regional do Sesc-SP, Danilo Santos de Miranda. Na quarta-feira, dia 2, o foco é a teatralidade nos dias de hoje, com Marcio Abreu (diretor-encenador da Cia Brasileira de Teatro), Christiane Jatahy (diretora-encenadora) e Grace Passô (atriz, diretora e dramaturga). Na quinta, dia 3, encerrando o seminário está agendada a primeira edição do Diálogos e Intercâmbios, evento mensal criado para promover o intercâmbio entre diretores de coletivos ibero-americanos -, este dia com conversa entre os colombianos Rolf Abderhalden e Ximena Vargas, do Mapa Teatro, e os brasileiros Marcos Felipe (diretor da Cia Mungunzá) e Janaina Leite (pesquisadora e fundadora do Grupo XIX).

 

Outras ações

        • Videodepoimento Antunes Filho em Primeira Pessoa concedido em 2014 ao CPF – Centro de Pesquisa e Formação do Sesc, entra no ar, na plataforma do Sesc Digital, no dia 9 de setembro, quarta-feira
      •  
        • De 5 de setembro a 29 de novembro, sábados e domingos, às 14h, quinzenalmente ocorre a primeira etapa do Círculo de Dramaturgia, a ser desenvolvido por sete dramaturgos convidados – entre eles Dione Carlos e Francisco Carlos. Eles conduzirão um ateliê imersivo de criação dramatúrgica, com duração de um final de semana, inspirado em seus próprios conceitos e metodologias de escrita.
      •  
        • Cenografia Contemporânea em Primeira Pessoa tem organização e mediação de Aby Cohen. A série de debates acontece de 8 de setembro a 15 de dezembro, terças-feiras, às 20h, e e vai mergulhar no pensamento cenográfico contemporâneo, seus entrecruzamentos e especificidades.
      •  
        • No dia 14 de setembro, acontece o primeiro debate da série Círculo de Debates – Memória, Acervo e Pesquisa, A Pedra do Reino, peça baseada na obra de Ariano Suassuna, que esteve em cartaz em 2006. No primeiro encontro-preservação de acervos teatrais, estarão Chico Pelúcio, Elisabeth Azevedo e Fausto Vianna e a mediação será de Ilona Hertel. Os temas seguintes – Fotografia de Teatro, Crítica Teatral e Dramaturgia – acontecem nos dias 21, 28 de setembro e 5 de outubro.
      •  
        • Até dezembro, ficam em cartaz mostras digitais do acervo de peças encenadas pelo CPT, com figurinos, cartas, peças gráficas e outros itens. Integram a mostra:
          de 14 de setembro a 13 de outubro A Pedra do Reino (de 2006);
          de 14 de outubro a 13 de novembro, A Hora e a Vez de Augusto Matraga (de 1986);
          de 14 de novembro a 13 de dezembro, Xica da Silva (de 1988);
          e de 10 a 31 de dezembro, Tragédias (de 2001, 2002 e 2005), acompanhadas por novos encontros que compõem o Círculo de Debates – Memória, Acervo e Pesquisa. 
      •  
        • Uma série de minicursos individuais e complementares de iniciação às técnicas e recursos tecnológicos que podem ser empregados na criação de espetáculos online e presenciais, é a proposta dos Minicursos Laboratórios, de 15 de setembro a 5 de novembro, terças e quintas-feiras, às 19h. Entre os temas estão: Videoatuação – O uso da câmera de vídeo em cena e no ambiente virtual, com Yghor Boy; Iluminação, com Aline Santini; Ambiência Sonora, com Julia Zakia e Guile Martins; e Zoom – A Quinta Parede, com Bruno Kott. As atividades estarão conectadas ao programa do Espaço de Tecnologias e Artes do Sesc – ETA.
      •  
        • A partir do dia 16 de setembro, acontece o laboratório cênico Vagamundos coordenado pela diretora Maria Thais. Com duração de nove meses, a residência artística terá três etapas. Os primeiros encontros, virtuais, compõem o “Abrindo Terreiros” e contam com participantes de diversos saberes e fazeres. Acontecerão às quartas e quintas-feiras, às 15h e estarão abertos a todos, no canal do CPT no YouTube. A partir da segunda parte, denominada “Talhar”, um grupo inscrito e selecionado participa de um ateliê prático para criação e fabricação de estudos cênicos a partir de materiais narrativos diversos. 
        • Em Decupando Espetáculos, que acontece a partir do dia 18 de setembro, artistas que foram cocriadores nos espetáculos do CPT selecionaram trechos das obras disponíveis na plataforma do Sesc Digital para tecer comentários sobre suas participações nessas realizações. O primeiro deles é Eu Estava em Minha Casa e Esperava que a Chuva Chegasse – último espetáculo dirigido por Antunes e estreado em 2018. Entre os comentadores das peças estão Simone Mina, Suzan Damasceno, Marcos de Andrade, Raul Teixeira, Telumi Hellen, Rodrigo Mercadante e Fernanda Maia.
      •  
        • No curso livre Primeiro Recorte – Corpo, de 20 de outubro a 5 de novembro, o conhecimento de diferentes linguagens – dança, performance, ioga – amplia o corpo cênico/poético do intérprete no teatro.
      •  
        • Ex-integrantes que participaram de processos e pesquisas no CPT e seguiram caminhos diferentes que não só o teatro, dividem suas experiências no Outras Trajetórias, vídeo que será lançado a partir de novembro.
      •  
        • Reforçando o intercâmbio e o incentivo à circulação de informações, serão realizadas Aproximações Pedagógicas com entrevistas exclusivamente sonoras com profissionais ligados às coordenações pedagógicas das escolas de formação em teatro. Serão disponibilizados oito episódios, no período de 28 de outubro a 16 de dezembro.
      •  
        • De 7 de novembro a 19 de dezembro (sábados, às 13h, quinzenalmente), quatro mestres, ex-integrantes do CPT, participam da série Pílulas de Pesquisas Acadêmicas, na qual falarão sobre suas teses. Seus estudos tratam justamente sobre essa formação e a pesquisa acerca do trabalho de Antunes Filho e do próprio CPT.

PROGRAMAÇÃO DE ABERTURA

SEMINÁRIO CPT 2020
Atividade online no youtube.com/cptsesc
Série de três encontro: reflexão sobre o legado de Antunes Filho com as perspectivas para a criação e experimentação nas artes cênicas.

1º setembro – terça-feira, às 11h
O LEGADO DE ANTUNES FILHO
Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Sesc-SP, recebe os diretores Samir Yazbek, Gabriel Villela e Bia Lessa para uma conversa sobra a influência de Antunes Filho no processo criativo deles.
apresentação e mediação: Sérgio Luís

2 setembro – quarta-feira, às 11h
NOVAS TEATRALIDADES E ESTRATÉGIAS PARA A EXISTÊNCIA DO TEATRO
Marcio Abreu (diretor-encenador da Cia Brasileira de Teatro), Christiane Jatahy (diretora-encenadora) e Grace Passô (atriz, diretora e dramaturga) discutem a continuidade e transformação de seus fundamentos nos novos tempos.
apresentação e mediação: Tommy Pietra

3 setembro – quinta-feira, às 11h
DIÁLOGOS E INTERCÂMBIOS
Estreia da série Diálogos e Intercâmbios – atividade mensal para promover o intercâmbio entre diretores de coletivos ibero-americanos – com a participação dos diretores Rolf Abderhalden e Ximena Vargas, do Mapa Teatro (Colômbia) e dos encenadores brasileiros Marcos Felipe, diretor da Cia Mungunzá e Janaina Leite, pesquisadora e fundadora do Grupo XIX.
apresentação e mediação: Emerson Pirola

PROGRAMAÇÃO CPT 2020

5 e 6 setembro – sábado e domingo, às 14h
UMA DRAMATURGIA – ATELIÊ DE ESCRITA
com Silvia Gomez, dramaturga e jornalista, mineira de Belo Horizonte, radicada em São Paulo desde o início dos anos 2000. Autora das peças O céu cinco minutos antes da tempestade (2008) e Mantenha fora do alcance do bebê (2015), prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) de melhor texto, entre outas.

8 setembro a 15 dezembro – terças-feiras, às 17h [quinzenalmente]
CENOGRAFIA CONTEMPORÂNEA EM PRIMEIRA PESSOA
atividade online no youtube.com/cptsesc
Coordenada por Aby Cohen, a série de oito encontros discute temas do pensamento cenográfico contemporâneo, seus entrecruzamentos e especificidades

9 de setembro – quarta-feira, às 11h
ANTUNES FILHO EM PRIMEIRA PESSOA
disponível na plataforma Sesc Digital
Registrado em 2014 pelo Centro de Produção Audiovisual do Sesc, esse depoimento em áudio revela os processos, os objetivos e os caminhos do trabalho realizado no CPT.

14 setembro a 13 outubro
A PEDRA DO REINO – coleções e acervos históricos CPT_SESC
disponível na plataforma Sesc Digital
Figurinos, objetos de cena, materiais gráficos em coleção virtual que apresenta o acervo do espetáculo A Pedra do Reino, romance homônimo de Ariano Suassuna, montado em 2006 pelo CPT/Sesc, com direção de Antunes Filho.

14 setembro – segunda-feira, às 18h
CIRCULO DE DEBATES

MEMÓRIA, ACERVO E PESQUISA – PRESERVAÇÃO DE ACERVOS TEATRAIS
atividade online no youtube.com/cptsesc
com Elisabeth Azevedo, Fausto Vianna e Chico Pelúcio
apresentação e mediação: Ilona Hertel

15 a 24 setembro – terças e quintas-feiras, às 19h
MINICURSO LABORATÓRIO – ILUMINAÇÂO

atividade online na plataforma Teams
coordenado por Aline Santini, o curso oferece iniciação à técnica e recursos tecnológicos de iluminação que podem ser empregados na criação de espetáculos online e presenciais
Inscrições a partir de 8 de setembro

Serviço
Reabertura do Centro de Pesquisa Teatral CPT_SESC
A partir de 1º de setembro de 2020
www.sescsp.org.br/cpt | instagram/cptsesc

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Teatro para os ouvidos e outros sentidos
Crítica da peça sonora “Maré”

A atriz Cássia Damasceno, da companhia brasileira de teatro.

A companhia brasileira de teatro propõe um encontro diferente. Em vez de reforçar o apelo feito à exaustão para os olhos, o grupo privilegia outro sentido: a audição. É a partir do ato de ouvir – se quiser, de olhos fechados, e imaginar e compor e criar as paisagens sussurradas nessas Escutas Coletivas – que se instala o ato teatral

A primeira edição apresenta a peça sonora Maré, com dramaturgia e direção de Marcio Abreu; desenho sonoro do músico e compositor Felipe Storino; e conduzido pelas vozes de Cássia Damasceno, Fabio Osório Monteiro, Felipe Storino, Giovana Soar, Grace Passô, Key Sawao e Nadja Naira.

É uma criação cênica fincada na dimensão sonora. As falas, nas quatro perspectivas do acontecimento, foram gravadas pelos atores individualmente, com seus celulares e enviadas a Abreu e Storino.

Com os espectadores, cada qual no seu canto, com seus fones de ouvidos ou caixas de sons de olhos fechados, ou abertos (naveguei melhor com os olhos cerrados), acomodados em sofás, camas, chão ou onde preferisse, sentados, de pé, deitados, de lado, do jeito que quisesse, durante 40 minutos, ouvimos uma história.

O episódio está dividido em três movimentos. Um prólogo em que o diretor expõe e contextualiza a ação, a escuta sonora compartilhada ao mesmo tempo pelas pessoas presentes na sala virtual e a conversa entre a equipe artística e o público.

Maré foi escrita em 2015 por Marcio Abreu a pedido do mineiro Grupo Espanca. É situada como uma reação artística ao real: uma chacina ocorrida na Maré em 2013. O Complexo da Maré é um dos maiores conglomerados de favelas do Rio de Janeiro, na zona norte da cidade. Naquele ano, o Brasil foi sacudido por uma série de protestos e manifestações de reivindicações várias, que ficaram conhecidas como Jornadas de Junho.

Infelizmente esse não é um caso isolado. Extermínios e carnificinas são comuns nas áreas mais periféricas e empobrecidas, não só do Rio de Janeiro, como nas diversas cidades do país. São crimes cometidos normalmente pela polícia ou pela milícia. Atrocidades frequentemente acobertadas ou não combatidas com eficácia pelo Estado.

As figuras desta peça sonora moram num espaço exíguo – “uma lata de sardinha”, o que não facilita a intimidade do casal: “Esse homem é gostoso me pega quietinho” – expõe a alta voltagem de amorosidade dos seus integrantes. Os adultos trabalham longe de casa e perdem muito tempo no trajeto. A avó assume a ancestralidade, a viga mestra; as crianças, os tesouros; a mãe e o pai.

Cada um desses quatro focos narra, do seu ângulo, a violência policial em um dia de brincadeiras, televisão apaziguadora, “o melhor feijão do mundo”, o chamego no canto.

O fenômeno teatral se confere pela escuta. A dimensão acústica se faz corpo, que quase podemos tocar. Os materiais sonoros sobrepondo em camadas sucessivas, entrecruzadas pela entendimento individualizado num presente compartilhado. Imersos nessas sonâncias, cargas mnésicas pessoais, imaginação, marcas na carne, pele e osso se cruzam para cortar resquícios de indiferença. É pela escuta que poderemos transformar o espaço público.

A Avó, de Grace Passô, traça uma musicalidade tão própria, tão acolhedora, quase uma cantilena que brinca com fluxos vocais de espacialidade, temperatura, texturas. Todas as quatro perspectivas de Maré incitam a raras percepções e sensações de pertencimento a uma presença coletiva costurada pelo tempo de comunhão pelas vozes, pelo som.

As escolhas sonoras do músico Felipe Storino para materializar a chegada da polícia, levam a lugares mais poéticos, menos óbvios do que uma representação hiperrealista que inunda os noticiários, das imagens sonoras exatas. É uma fábula contada com paleta de tons acústicos mais sutis.

Maré nos chega como insights performativos de uma experiência relacional. De um tempo que ativa o entrecruzamento de universos individuais sensíveis, compartilhados um pouco na conversa depois da audição. No primeiro dia, uma das participantes levantou uma questão interessante dessa partilha do sensível carregada por memórias ditas ou silenciadas, que permitem a criação de sentidos tão particulares, íntimos até. No segundo dia, um homem cego comentou como foi afetado pela obra. Sua fala destaca o quanto precisamos ampliar nossa percepção do mundo, para além de nós mesmos.

Ouvir como exercício revolucionário, que tanto precisamos, nesses tempos de lacração. Possibilidade de expandir o fio do diálogo humano. Na oitiva grupal a arte assume papel político, convocando para o presente essa necessidade de sentir o outro. Ou tentar, ao menos.

A dramaturgia textual do Marcio Abreu, sem pontuação intermediando as intenções, faz jorrar sentidos diversos. A primeira edição da série Escutas Coletivas enfrenta o paradigma da supremacia do olhar, desde sua etimologia de ser o teatro o lugar onde (e de onde) se vê, para deslocar a possibilidade de “ver” com os ouvidos, sentir com o som, ser tocado pelo invisível, ser afetado pelo audição, por uma dramaturgia sensorial.

Mergulhar nessa Maré com seus timbres e texturas, ritmos sonoros, camadas, dinâmicas e insubordinações do encontro e do toque energético, tensiona a linguagem por ser ainda e mais música e poesia.  

Escutas Coletivas
peça sonora MARÉ
Quando: dias 29, 30 e 31 de agosto, às 20h30
Contribuição: R$ 25, à venda no Sympla

Ficha técnica:

Dramaturgia e direção: Marcio Abreu
Desenho sonoro:  Felipe Storino
Vozes: Cássia Damasceno, Fabio Osório Monteiro, Felipe Storino, Giovana Soar, Grace Passô, Key Sawao, Nadja Naira.

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Encontro com o bailarino de butoh Tadashi Endo e exibição do solo Fukushima Mon Amour

Tadashi Endo em Fukushima mon amour. Foto: Reprodução do YouTube

Espetáculo fal da dor provocada pelo desastre nuclear ocorrido no Japão em 2011. Foto: Maciej Rusinek

A produtora Périplo faz um convite irresistível. Celebrar a vida do artista japonês Tadashi Endo, prestes a completar 73 anos. Além de circular pelo Brasil com espetáculos como Maboroshi, IKIRU – Réquiem para Pina Bausch, One-Nine-Four Seven e MA, Endo dirigiu peças do LUME Teatro e do Bando de Teatro de Olodum e ministrou oficinas de Butoh-MA. A proposta para este domingo, dia 30 de agosto às 19h, inclui uma conversa ao vivo entre Tadashi Endo e alguns convidados, pelo site www.periplo.com.br. E, a partir das 19h30, a transmissão por streaming do espetáculo Fukushima Mon Amour.

O bailarino Tadashi Endo sempre maravilha o público com a maestria dos seus trabalhos solos. Em Fukushima Mon Amour o artista traduz com seu corpo, gestos, movimentos a dor de uma tragédia para não esquecer. O desastre nuclear ocorrido no Japão em 2011 – um tsunami que sacudiu parte da costa do Japão e fez explodir a Central Nuclear de Fukushima – e a esperança de reconstrução alimentam o espetáculo. Mas também questiona o que o ser humano está fazendo para a preservação da vida. Endo dança a sensibilidade dos japoneses, o sentido de cooperação, a resistência e a resiliência frente aos desastres naturais. Mas também pergunta “por que o homem nunca aprende com os desastres causados por ele mesmo”.

O título do solo remete ao filme Hiroshima, mon amour (1959), do cineasta francês Alain Resnais – a história de amor de uma atriz francesa com um arquiteto japonês, após o ataque das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki. Mas a montagem não faz menção direta ao filme.

Endo reside na Alemanha desde a década de 1980. Bailarino de Butô, coreógrafo e diretor do “MAMU – Butoh Center” em Göttingen, Alemanha, ele acumula em sua carreira a sabedoria das tradições do teatro e da dança, ocidental e oriental. Kazuo Ohno (1906-2010) foi seu mestre.

Com uma trilha sonora composta pelo brasileiro Daniel Maia, a dramaturgia de Fukushima Mon Amour busca levar ao palco as sensações do impacto provocado pelo desastre (que deixou centenas de mortos e feridos, além da liberação de material radioativo) utilizando projeções como elemento cênico.

A dança Butoh-MA, trabalha com o mínimo de movimentos para alcançar elevada intensidade da expressão dos sentimentos, cultivando um equilíbrio entre energia, controle e tensão. A obra de Tadashi destaca questões essenciais do amor, da vida e da morte.

Essa programação se articula à ação da FarOFFa solidária que solicita ao público que faça doações para apoiar 14 instituições que trabalham com pessoas em situação de vulnerabilidade por conta dos efeitos da pandemia. Para obter mais informações de como doar acesse faroffasolidaria.

Em 2015, escrevi sobre Fukushima Mon Amour, ocasião em que Tadashi Endo levou o espetáculo ao Recife.
Confira a crítica!

SERVIÇO
Conversa com Tadashi Endo + exibição de Fukushima Mon Amour
Quado: 30 de agosto, às 19h
A exibição será feita pelo site e pelo YouTube da Périplo.

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