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Inspirações da poesia e da vida cotidiana

Três Mulheres e um bordado de sol, da Compassos Cia.de Danças. Foto: Rogério Alves

Três Mulheres e um bordado de sol, da Compassos Cia.de Danças. Foto: Rogério Alves

mbd-22233Três mulheres e um bordado de sol é uma encenação da Compassos Cia. de Danças, do Recife, que faz uma apresentação hoje, dentro da 12ª Mostra Brasileira de Dança. A montagem persegue as mudanças ocorridas no corpo e na vida de três mulheres emblemáticas do mundo da arte: Clarice Lispector, Edith Piaf e Frida Kahlo. O espetáculo de dança contemporânea é dirigido pelo bailarino e coreógrafo Raimundo Branco.

Durante três anos, os integrantes da Compassos mergulharam nas pesquisas literárias, visuais e corporais dessas três figuras femininas. Para fazer emergir as cicatrizes dessas mulheres e as marcas nos corpos dos bailarinos. Violências, indiferenças e delicadezas, são caminhos tortuosos que elas enfrentaram na vida cotidiana para construir suas obras.

O espetáculo borra as fronteiras entre linguagens artísticas, como teatro literatura e música. Os próprios bailarinos operam a luz. Voz e silêncio, atualidade e memória, um triângulo que se refaz seguidamente no jogo com o público.

FICHA TÉCNICA

Espetáculo de dança teatro Três mulheres e um bordado de sol
Direção geral: Raimundo Branco
Pesquisa histórica, literária e dramatúrgica: Silvia Góes
Concepção dramatúrgica: Raimundo Branco e Silvia Góes, com colaboração artístico-poética de Patrícia Costa
Direção corporal e arrumação cênica: Raimundo Branco e elenco
Bailarinos: Anderson Monteiro, Eron Villar, Gervásio Braz, Marcela Aragão, Marcela Felipe e Patricia Costa
Desenho de luz: Eron Villar
Operação de luz: Eron Villar e elenco
Participaram da pesquisa teórico-prática na construção do espetáculo: Adriana Ayub, Anderson Monteiro, Carolina Montenegro, Eron Villar, Gervásio Braz, Marcela Aragão, Marcela Felipe, Patrícia Costa, Priscilla Figueiroa, Raimundo Branco e Silvia Góes
Cenografia: Raimundo Branco
Figurino e adereços: Beth Galdencio
Trilha sonora (pesquisa e organização): Raimundo Branco
Sonoplastia e operação: Raimundo Branco
Designer gráfico: Iara Sales
Preparação vocal: Carlos Ferrera
Direção vocal (canto final): Kleber Santana
Contrarregra e apoio de produção: Bruna Feitosa, Pascoal Fillizola e Sandra Rino
Assessoria de Imprensa: Silvia Góes (Íntegra Cooperativa de Notícias)
Produção executiva: Patrícia Costa e Raimundo Branco

SERVIÇO

Três mulheres e um bordado de sol
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho
Quando: Hoje às 19h
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)
Indicação: 12 anos

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Gaza também é aqui

No elenco estão as atrizes gaúchas Sandra Dani e Deborah Finocchiaro

No elenco estão as atrizes gaúchas Sandra Dani e Deborah Finocchiaro

logo garanhunsDe cara, o título da peça GPS Gaza remete à ideia do conflito entre árabes e judeus. Mas a montagem da Companhia de Solos & Bem Acompanhados utiliza esse conhecimento que temos sobre a violência naquele território para projetar reflexões de que Gaza pode estar em qualquer lugar. Nas casas protegidas por grades, nas relações superficiais, na ditadura da beleza, onde o menino fuma crack, na adulteração de alimentos.

Com direção de Camila Bauer e atuação das atrizes gaúchas Deborah Finocchiaro e Sandra Dani, GPS Gaza faz sessão única no Festival de Inverno de Garanhuns, hoje, às 19h, no Teatro Luiz Souto Dourado.

A montagem é ambiciosa ao buscar tratar de tantas questões problemáticas ao mesmo tempo. A dramaturgia não está clara e é livremente criada a partir de fragmentos de textos, depoimentos, músicas, filmes, referências e inspirações diversas.

Na montagem, há movimento de construção e desconstrução do chamado exotismo cultural, buscando espelhar no espectador os seus próprios valores e intolerâncias.

SERVIÇO
Espetáculo GPS Gaza
Quando:
Quarta-feira, 22 de julho, às 19h
Onde: Teatro Luiz Souto Dourado
Duração:
60 minutos

FICHA TÉCNICA
GPS Gaza
Direção: Camila Bauer
Atuação: Deborah Finocchiaro e Sandra Dani
Assistência de Direção: Kevin Brezolin
Direção de Vídeo: Luiz Alberto Cassol
Direção de Fotografia: Lucas Tergolina
Câmeras: Lucas Tergolina e Mano (Josias Salvaterra)
Produção de Vídeo: Deborah Finocchiaro, Camila Bauer e Luiz Alberto Cassol
Montagem e Finalização: Lucas Tergolina
Som Direto: Kevin Brezolin, Sue Gotardo e Antonio Perra
Assistentes de Produção de vídeo: Daniela Lopes, Débora Nunes e Sue Gotardo
Entrevistas e Imagens Adicionais: Kevin Brezolin
Participação em Vídeo: Antonio Perra, Deborah Finocchiaro, João Schoninger, Leonardo Jorgelewicz, Luiz Paulo Vasconcelos e Sandra Dani
Depoimentos em Vídeo: Daisy Barella e Débora Nunes
Voz em Off: Deborah Finocchiaro e Kevin Brezolin
Trilha Sonora: Fernando Lewis de Mattos e Kevin Brezolin (com exceção das Músicas Dinheiro de Laura Finocchiaro e Leca Machado e Aestas Phantasie de Guilherme Tavares). Participação nas gravações do Grupo Música Mundana: Flávia Domingues Alves, Helena Oliveira Nunes, Lucas Alves, Fernando Lewis de Mattos
Iluminação: Carol Zimmer
Operação de Luz: Carol Zimmer e Leandro Roos Pires
Cenografia: Rodrigo Xalaco
Instalação: Tete Barachini
Figurinos: O grupo, Ricardo Santanna e Vera Santanna
Confecção de Figurinos: Naray Pereira, Ricardo Santanna e Vera Santanna
Programação Gráfica: Sandro Ká
Assessoria digital: Sue Gotardo e Vítor Leal
Produção Executiva: Daniela Lopes e Débora Nunes/Lucida Cultura
Coordenação de Produção: Daniela Lopes
Coordenação Geral: Deborah Finocchiaro
Realização: Companhia de Solos & Bem Acompanhados

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Seja um intérprete-pesquisador em dança

Professores  do curso de Acupe de Dança

Professores do curso Acupe de Dança, que será ministrado em quatro cidades pernambucanas


O Curso Acupe Formação do Intérprete-Pesquisador em Dança pretende trilhar uma investigação da linguagem da dança, criando condições para que o aluno-intérprete possa formular, transformar e refletir sua prática. E com esse empoderamento realize diálogos com a sociedade. Com incentivo cultural do Funcultura, o programa será desenvolvido gratuitamente pelo Acupe Grupo de Dança em quatro cidades pernambucanas: Triunfo, Goiana, Recife e Garanhuns.

Bailarinos, atores, performers, artistas plásticos, circenses e interessados afins com experiência em artes cênicas que tenham, no mínimo, 16 anos até a data de início das aulas podem se candidatar. A única fase eliminatória formada por uma prova de aptidão, entrevista e análise do currículo. A coordenação do projeto é do bailarino, coreógrafo e arte educador Paulo Henrique Ferreira.

Danças Tradicionais, Ballet Clássico, Dança Contemporânea, Teatro, Pesquisa em Dança e Demonstração de Trabalho são as disciplinas oferecidas, com carga horária total de 90 horas/aulas por cidade. O corpo docente é formado pelos professores convidados, Paulo Henrique Ferreira, José Manoel Sobrinho, Marcelo Sena, Fred Nascimento, Luiz Roberto, Taveira Júnior e Pedro Salustiano.

Confira cronograma, etapas e locais dos cursos

Triunfo
Inscrições: De 29 de junho a 3 de julho, das 14 às 21 horas.
Local de inscrição e realização do curso: Fábrica de Criação Popular – SESC Triunfo, Praça Dr. Artur Viana Ribeiro, 59, Boa Vista. Fone (87) 3846 1341.
Período do curso: 6/7/15 a 14/8/15, de segunda a sexta-feira, das 18 às 21h.

Goiana
Inscrições: de 17 a 26 de julho, das 14 às 21 horas.
Local de inscrição e realização do curso: SESC Ler Goiana, Rua do Arame, s/nº, Centro. Fone: (81) 3262 8400.
Período do curso: 29/7/15 a 05/9/15, das 18h30 às 22h (quarta a sexta), e das 13h30 às 18h (sábados).

Recife
Inscrições: somente no dia 31 de julho, das 14 às 21 horas.
Local de inscrição e realização do curso: Teatro Arraial. Rua da Aurora, 457, Boa Vista. Fone: (81) 3184 3057.
Período do curso: 4/8/15 a 25/9/15, de terça a sexta-feira, das 19 às 22h.

Garanhuns
Inscrições: de 3 a 7 de agosto, das 14 às 17 horas.
Local de inscrição e realização do curso: SESC Garanhuns, R. Manoel Clemente, 136, Santo Antônio. Fone: (87) 3761 2658.
Período do curso: 10/8/15 a 18/9/15, de segunda a sexta-feira, das 14 às 17h.

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A brincante-errante joga com memórias e subjetividades

Iara Sales em PEBA. Foto: Renata Pires

Iara Sales em PEBA. Foto: Renata Pires

Andanças, cicatrizes e memórias compartilhadas da bailarina e performer Iara Sales e do músico-performer Tonlin Cheng e Sérgio Andrade (RJ/BA), dramaturgista e diretor da obra, são inspirações do espetáculo Peba. A encenação começa sua temporada itinerante com duas apresentações, hoje e amanhã, às 18h, na Galeria Capibaribe, no Centro de Arte e Comunicação. As sessões encerram a programação do projeto Solo no CAC, da Universidade Federal de Pernambuco. A temporada soma 12 exibições, contando com a realização do seminário Fuleiragens na fronteira, marcado para setembro, também na UFPE. Também estão agendadas duas apresentações nos dias 26 e 28 de agosto, no Daruê Malungo, durante a 25ª Semana Afro.

Uma coisa “peba”, nas gírias entre Pernambuco e Bahia, é algo precário ou de baixa qualidade, como um produto de fabricação ruim e barata, mas que resolve provisoriamente uma demanda emergente. Ao adotar esse nome, a produção de Peba faz emergir uma fuleiragem boa, uma proposta entre dança, performance e arquitetura sonora montadas a partir de amarrações, gambiarras, reaproveitamento de caixas de som e outros objetos rearranjáveis em cada espaço.

O espetáculo transita entre corporeidade, folguedos e festas de rua dos estados de Pernambuco (PE) e Bahia (BA). A explosão de um botijão de gás está cravada nas cicatrizes desenhadas na pele de Iara Sales, que redirecionou a pesquisa. Peba fala de trânsito e transitoriedade de fronteiras.

“Nesse ir e vir fui intensificando meu olhar sobre o corpo brincante, suas festas, seus modos de mover-se e organizar-se. Percebi relações entre a capoeira e o frevo, samba de roda e cavalo-marinho, o trio elétrico baiano e os blocos de rua pernambucanos, entre outros pontos de convergências e singularidades que formam as identidades locais. Foi nesse entremanifestações culturais que passei a mergulhar nos elementos do corpo festivo, me entendendo como uma brincante-errante que joga com gestualidades, territórios, memórias e subjetividades. Foi no trânsito entre danças, cidades e estudos que vivi experiências impulsionadoras dessa pesquisa, na busca por problematizar referenciais sobre as chamadas Danças Populares”, conta Iara Sales.

FICHA TÉCNICA:
Espetáculo Peba
Concepção e performance: Iara Sales
Trilha, arquitetura sonora e performance: Tonlin Cheng
Citações musicais: Assanhado, de Ramiro Musotto; Lavagem de São Bartolomeu, da Orquestra Popular de Maragogipe.
Dramaturgia: Iara Sales e Sérgio Andrade
Direção Artística: Sérgio Andrade
Assessoria artística e preparação corporal: Gabriela Santana
Gambiarras, instalações e objetos cênicos: Tonlin Cheng
Figurino: Iara Sales e Maria Agrelli
Dramaturgista ao longo do projeto PEBA: transmutações
do corpo brincante entre Pernambuco e Bahia: Sérgio Andrade
Duração: 40 min
Classificação: Livre

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Vagas no Festival de Dança de Londrina

Espetáculo Ecos, da cia Fragmentos de São Paulo

Espetáculo Ecos, da cia Fragmentos de São Paulo. Foto: Fábio Alcover

Sexta, 3 de julho é o prazo final para artistas e companhias do Brasil e do exterior enviarem propostas de espetáculos para o 13º Festival de Dança de Londrina. Os grupos selecionados terão cachê e logística pagos pelo evento. O programa ocorre em outubro no Paraná e reúne montagens de palco e de rua de variadas vertentes da arte do movimento, além de trabalhos ligados ao teatro, ao circo e à performance que estabeleçam diálogos com a dança. O edital, em português e em inglês, está disponível no site www.festivaldedancadelondrina.art.br. Em agosto será divulgado o resultado. Informações pelo telefone (43) 3342-2362.

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