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Um voo coletivo pelos territórios da memória
Crítica: Ave, Guriatã!

Turma Citilante encena Ave, Guriatã!. Foto: Widio Joffre / Divulgação

Em tempos de autocentramento digital e relações líquidas, Ave, Guriatã! propõe algo potente: a pausa. A montagem do Curso de Interpretação para Teatro do Sesc Santo Amaro, em sua passagem de formação para profissionalização, convida quem entra no teatro a desacelerar, a sintonizar com outros ritmos – os da terra úmida dos engenhos Laureano e Jaguarana, às margens do Rio Sirigi, no município de Aliança, na Zona da Mata de Pernambuco, territórios da infância de Marcus Accioly.

Inspirado no cordel Guriatã: um cordel para um menino, de Accioly, com dramaturgia de Robson Teles, dramaturgia complementar de José Manoel Sobrinho e Samuel Bennaton, o trabalho habita a poesia, criando um território cênico onde verso e movimento, canto e silêncio se entrelaçam através da invenção teatral.

A Encenação: Encontro de Olhares. Foto: Widio Joffre / Divulgação

Para José Manoel, que já declarou querer “trabalhar a memória, como esse lugar em que todas as histórias estão contidas”, Ave, Guriatã! surge como território ideal para essa investigação. Desta vez, divide a encenação com Samuel Bennaton, diretor com formação em teatro físico e pesquisa em linguagens corporais, criando um encontro de perspectivas que enriquece a proposta cênica.

Os encenadores optam por expandir o tempo dramatúrgico, embaralhando sequências temporais e permitindo que as despedidas e os reencontros aconteçam em camadas, transformando a cena em um espaço onde a memória opera por associações livres, não por cronologia linear – uma escolha que dialoga diretamente com as inquietações de José Manoel sobre a natureza mutante da memória contemporânea.

O País-Infância Como Território Inventado. Foto: Widio Joffre / Divulgação

Ave, Guriatã! constrói cenicamente o que podemos chamar de país-infância, um território onde o imaginário resiste às urgências do tempo produtivo adulto. Sucram – Marcus de cabeça para baixo, como tudo na infância pode ser visto – perambula por esse espaço acompanhado de Leunam, o amigo que virou pássaro, que virou memória, que virou canto.

Experienciar mais do que a compreender linearmente é o convite da dramaturgia, o que se torna uma forma de resistência contemplativa. Em nossa sociedade do cansaço – onde Byung-Chul Han identifica o excesso de positividade e a hiperatividade como fontes de esgotamento mental -, esta resistência se materializa na própria estrutura temporal do espetáculo: em vez de acelerar para atender à urgência contemporânea, Ave, Guriatã! desacelera deliberadamente, criando espaços de silêncio que funcionam como antídoto à cultura da eficiência.

Fios de Enredo: A Jornada da Despedida. Foto: Widio Joffre / Divulgação

O enredo acompanha um jovem da Zona da Mata que se despede de sua infância. Na jornada, perde seu amigo-irmão, mas o leva no coração, nas histórias compartilhadas, nas lembranças. Entre os medos dos seres imaginários que surgem na cena e a busca por colo e proteção da velha curandeira, a narrativa se constrói em camadas de sentimento e em sequências de ação coreografadas com sensibilidade por Mônica Lira, que desenha movimentos que traduzem poeticamente as transformações internas das personagens.

A dimensão artesanal e colaborativa permeia todo o trabalho. Os livros de artista confeccionados pelo elenco, os pássaros criados coletivamente com Colette Dantas, os elementos cenográficos construídos em parceria – tudo respira uma estética do cuidado, do tempo dedicado, do fazer junto.

Nesse universo de memórias, o trabalho do Ateliê da Trama ao Ponto (Francis de Souza, Monique Nascimentos e Álcio Lins) ganha relevância. Há algo de desbotado nos figurinos, como se carregassem o peso do tempo e da nostalgia. Essa qualidade me leva diretamente ao poema Resíduo, de Carlos Drummond de Andrade: “De tudo fica um pouco (…) este segredo infantil…”. As roupas em cena parecem carregar esse “pouco que fica”, esses resíduos de memória que a infância deixa em nós.

Dialogando com essa atmosfera nostálgica, Beto Trindade desenha com a luz espaços que respiram junto com as palavras, formando climas que suspendem o tempo cronológico. Suas atmosferas luminosas criam territórios temporais onde presente e passado coexistem.

Completando essa trama sensorial, Públius Lentulus compõe músicas originais que, sob a direção musical de Samuel Lira, trazem o universo do cordel para a linguagem contemporânea valorizando a complexidade da experiência infantil. Há algo de nostálgico e doído nessas composições, porque crescer dói. A infância e o crescimento carregam em si uma melancolia profunda, a consciência da perda que é inerente ao amadurecimento. Quando o elenco canta – com preparação vocal de Leila Freitas – suas vozes se somam a esse universo sonoro que se despede do país-infância.

Diversidade em Cena. Foto: Widio Joffre / Divulgação

As asas do Guriatã que Mateus Condé carrega ostentam o desejo de liberdade, respeito e dignidade que o elenco como um todo defende. Apesar de ser uma montagem direcionada preferencialmente para a infância, a peça traz os sinais visíveis da diversidade LGBTQIAPN+ como realidade humana que pode habitar todos palco.

O elenco – Anne Andrade, Bibi Santos, Caví Baso, Diogo Cabral, Djalma Albuquerque, Bruna Flores, Eva Oliveira, Felipe Prado, Fanny França, Igor Henrique, Lívia de Souza, Márcio Allan e Mateus Condé – revela diferentes graus de amadurecimento cênico. Alguns ocupam a cena com mais propriedade, estão mais brilhantes em suas performances, enquanto outros ainda exploram suas descobertas cênicas. Mas o teatro não tem contraindicação. Essa diversidade de momentos formativos enriquece a textura humana do espetáculo. Há uma generosidade cênica que nasce dessa entrega ao experimento coletivo.

Ave, Guriatã! propõe a preservação de certas formas de estar no mundo – aquelas que privilegiam o encontro sobre a eficiência, a poesia sobre a produtividade, a memória ancestral sobre o esquecimento programado. É um trabalho que voa e nos convida a voar junto, redescobrindo a capacidade de habitar o tempo de forma menos utilitária e mais poética.

Elenco e público numa das sessões da temporada no Teatro Marco Camatotti. Foto: Divulgação

FICHA TÉCNICA

Autor – Robson Teles
Obra de referênciaGuriatã, um Cordel para Menino – Marcus Accioly
Encenação e dramaturgia complementar – José Manoel Sobrinho
Encenação, dramaturgia complementar e Oficina O Silêncio no Teatro – Samuel Bennaton
Elenco: Anne Andrade, Bibi Santos, Caví Baso, Diogo Cabral, Djalma Albuquerque, Bruna Flores, Eva Oliveira, Felipe Prado, Fanny França, Igor Henrique, Lívia de Souza, Márcio Allan, Mateus Condé
Músicas Originais – Públius Lentulus
Direção Musical, Arranjos e Canto – Samuel Lira
Preparação Vocal – Leila Freitas
Direção de Arte e Oficina Livros de Artista – Colette Dantas
Assistente de Direção de Arte, Confecção de Cadeiras Artesanais e Expografia de Livros de Artista – Patrícia Lauriana
Confecção de Figurinos e Adereços – Ateliê da Trama ao Ponto: Francis de Souza e Monique Nascimentos (figurinos) e Álcio Lins (adereços)
Confecção de adereços, adornos e mobiliários – Patrícia Lauriana e Elenco
Confecção de Livros de Artista – elenco
Confecção de Pássaros – Colette Dantas e elenco
Projeto de Maquiagem – Mateus Condé
Direção de Movimentos – Mônica Lira
Consultoria em Dança – Rogério Alves
Consultoria em Interpretação (Arquetipia Humanimal) – Murilo Freire
Criação, Design de Luz, Projeto, Montagem e Operação de Iluminação – Beto Trindade
Assistente de Montagem e de Operação de Iluminação – Júnior Brow
Gravação de Trilha Sonora – Estúdio do CDRM – Sesc Casa amarela
Técnico de Gravação e Mixagem – James Azevedo

MÚSICOS NA GRAVAÇÃO:
Samuel Lira – Flauta Transversa e Teclado
Marcelo Cavalcante – Violão
Charly du Q – Percussão
Luiz Rozendo – Violino
Luiz Veloso – Violão de 7 cordas, Violão, Berimbau

Operador de Som (no espetáculo) – Saw
Criação e Designer Gráfico – Mateus Condé
Gravuras – Eduardo Montenegro
Mídia Social – Igor Henrique
Grupo de Alunos do CIT – Citilantes
Direção de Produção – Ailma Andrade e Anderson Damião
Assistentes de Produção – Patrícia Lauriana e Camila Mendes
Produção – Serviço Social do Comércio – Sesc – Unidade Santo Amaro: Curso de Interpretação para Teatro – CIT

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Festival Reside Amaro
Uma experiência artística inovadora no Recife

Vizinhos no bairro de Santo Amaro participam de ações artísticas. Foto: Rogério Alves

O Festival Reside Amaro, que ocorre nestes dias 7, 8 e 9 de fevereiro de 2025, é mais que um evento no calendário cultural do Recife; é um manifesto vivo, uma declaração ousada sobre o potencial transformador da arte quando esta pulsa organicamente com o tecido social de uma comunidade.

Paula de Renor, uma produtora cultural com uma visão ousada, sempre sonhou em realizar um festival teatral inovador, diferente dos modelos tradicionais. A inspiração que faltava surgiu quando ela conheceu o trabalho do Teatro Bombón e o conceito de “teatro vecinal” (teatro de vizinhança) da artista argentina Monina Bonelli. Com essa nova perspectiva, Paula uniu forças com Bonelli e o curador Celso Curi para dar vida ao Reside Amaro, um projeto que leva o teatro para o coração do bairro de Santo Amaro, no Recife. Essa proposta única transforma a comunidade no centro pulsante da experiência teatral, promovendo uma colaboração íntima entre artistas e moradores locais para criar performances autênticas e envolventes.

A escolha de Santo Amaro como palco para esta experiência não foi aleatória. O bairro, com sua rica vivência histórica e cultural, serve como um microcosmo perfeito do Recife e, por extensão, do Brasil urbano contemporâneo.

“Santo Amaro é um paradoxo vivo,” aponta Roger de Renor, produtor e ativista cultural e vizinho inspirador. Neste território, casarões coloniais expõem a luta pelo espaço urbano com prédios altíssimos. Comunidades de pescadores, cujas tradições remontam a séculos, convivem lado a lado com startups de tecnologia de ponta.

Esta complexidade sociocultural de Santo Amaro serve como um terreno fértil para o tipo de narrativas plurais que o Reside Amaro busca explorar.

Monina Bonelli_Paula de Renor_Celso Curi._Foto Rogério Alves

O Reside Amaro destaca-se por sua natureza site-specific, onde cada apresentação é cuidadosamente elaborada para se integrar e dialogar com o ambiente específico em que ocorre. Esta técnica transforma espaços cotidianos – desde casas particulares até bares locais – em cenários teatrais singulares, criando uma experiência imersiva tanto para os artistas quanto para o público.

O aspecto comunitário do festival é igualmente central. Ao envolver ativamente os moradores de Santo Amaro no processo criativo, o Reside Amaro opera essa via de mão dupla: traz o teatro para a comunidade, mas também traz a comunidade para o teatro. Esta abordagem resulta em performances que são autênticas reflexões das histórias, culturas e experiências locais.

A maioria das performances é criação original, desenvolvida especificamente para o festival. Outra característica marcante do Reside Amaro é seu caráter processual. Muitas das ações e performances começaram a ser desenvolvidas apenas nas últimas semanas antes do festival. Este curto período de gestação confere às apresentações um frescor e uma espontaneidade raramente vistos em produções teatrais tradicionais. 

“É fascinante ver como as técnicas de teatro comunitário desenvolvidas em Buenos Aires se adaptam e ganham novos significados no contexto de Recife”, observa Monina Bonelli. “Há um diálogo intercultural acontecendo aqui que é verdadeiramente enriquecedor”.

Espetáculos internacionais Rainha, com Maiamar Abrodos e Da Melhor Maneira com Federico Liss e David Rubinstein. Foto: Divulgação

O festival apresenta duas peças argentinas em espanhol com legendas em português. Rainha (Reina en el Gondo), dirigida e escrita por Natalia Villamil e estrelada por Maiamar Abrodos, retrata a vida de uma mulher transgênero idosa no Gondolín, um hotel-refúgio em Buenos Aires, explorando suas memórias e reflexões sobre identidade. Já Da Melhor Maneira (De la mejor manera) é uma obra de Jorge Eiro, Federico Liss e David Rubinstein, dirigida por Eiro e atuada por Liss e Rubinstein. Esta peça acompanha dois irmãos que retornam ao bar da família durante o velório do pai, enfrentando o vazio deixado por sua perda e o desafio de seguir em frente diante de um “abismo silencioso”.

Além das performances, o Reside Amaro tem um forte componente educacional. Alunos do Curso de Interpretação para Teatro do Sesc Santo Amaro estão ativamente envolvidos em todas as etapas do festival, desde a concepção até a execução. Esta iniciativa aprimora o aprendizado dos estudantes, contribuindo para a formação de uma nova geração de artistas.

Com mais de 70 apresentações distribuídas ao longo de três dias, o festival oferece uma programação diversificada e acessível. Todas as apresentações são gratuitas, com ingressos distribuídos uma hora antes de cada sessão. O evento também prioriza a acessibilidade, oferecendo tradução em Libras para várias performances e garantindo que os espaços sejam acessíveis para pessoas com deficiência.

PROGRAMAÇÃO

CASA 1 (Rua Capitão Lima) CENTRAL DE INFORMAÇÕES

Casa 2 Rua (Rua Capitão Lima) LENE CONVIDA
Performance participativa onde Lene estreia um programa de entrevistas intimista. Recebe personalidades para conversas sinceras e inspiradoras sobre Pernambuco.
Dramaturgia/Direção: Giordano Castro, Mateus Condé.
Atuação: Lene Maria.
07/02: 19h30-22h, 08-09/02: 18h30-21h30. Fluxo contínuo.

Casa 3 (Rua Capitão Lima) COMUNHÃO MUSICAL
Espetáculo musical que une diferentes gerações e histórias de vida. Performances de um padre, uma cozinheira e um cantor profissional.
Direção musical: Douglas Duan.
Vozes: Padre Caetano, Alê Maria, Carlinhos Monteverde.
07/02: 19h, 08-09/02: 18h.

Casa 4 (Rua da Piedade) ÁLBUM DOS VIZINHOS
Projeção de retratos que capturam a essência dos moradores da vila. Transformação de memórias em arte, reforçando laços comunitários.
Fotos: Rogério Alves. Coordenação: Ingredy Barbosa.
07/02: 19h30-22h, 08-09/02: 18h30-21h. Fluxo contínuo.

Casa 5 (Rua Capitão Lima) SOM NA RURAL
Festa itinerante que transforma as ruas em palco de celebração. Picadeiro sonoro que constrói novas histórias e memórias.
comunicação: Roger de Renor. DJ: Dj Vibra.
07/02: 22h-23h.

Casa 6 (Travessa do Ferreira) HEY, HEY, HEY! ROBERTO É O NOSSO REI!
Karaokê em homenagem a Roberto Carlos, realizando o sonho de João Paulo. Inclui mural no Beco do Roberto, multiplicando a presença do Rei.
Artista vizinho: João Paulo Silva. Artista ativador: Douglas Duan.
07/02: 20h-22h, 08-09/02: 19h-21h30. Fluxo contínuo.

Casa 7 (Rua da Piedade) ALTA VIGILÂNCIA
Instalação dramatúrgica que explora a cultura da fofoca em Pernambuco. Narradoras compartilham histórias bisbilhotadas na rua Piedade.
Dramaturgia: Newton Moreno. Narradoras: Amanda Menelau, Márcia Luz.
07/02: 20h-22h, 08-09/02: 19h-21h30.

Casa 8 (Rua da Piedade) CASINHA DE ROGÊ
Instalação/performance que convida à intimidade da casa de Roger de Renor. Reflexões sobre cidades horizontais, utopias e memória. Performance: Roger de Renor.
Duração: 30min.
Capacidade: 20 pessoas/sessão.
07/02: 20h e 21h, 08-09/02: 19h e 20h.

Casa 9 (Rua da Piedade) INDO PARA LÁ
Performance documental sobre uma travessia imaginária de barco. Explora conversas, histórias e imagens que permanecem na memória. Direção: Quiercles Santana. Atuação: Clau Barros, Dorgival Fraga. Duração: 30min. Capacidade: 20 pessoas/sessão. 07/02: 20h e 21h, 08-09/02: 19h e 20h.

Casa 10 (Rua da Piedade) PRONTA PRA GUERRA; PULANDO FOGUEIRAS E DECORANDO O TEXTO COM FUXICOS
Performance inspirada na vida de Joana d’Arc e Ivete Alves de Mesquita. Explora a luta pela existência através de costura, fuxicos e memórias.
Dramaturgia/Encenação: Anderson Leite.
Atuação: Augusta Ferraz.
Duração: 30min.
Capacidade: 20 pessoas/sessão. 07/02: 20h30 e 21h30, 08-09/02: 19h30 e 20h30.

Casa 11 (Rua da Piedade) NO FRIGIR DOS OVOS TUDO TEM SOM
Performance documental que explora os sons e aromas da cozinha. Inspirada na vida de Geraldo Maximiano de Lima, o Rei do Omelete.
Direção: Quiercles Santana. Atuação: Djalma Albuquerque, Anne Andrade, Lua Alves.
Duração: 30min.
Capacidade: 20 pessoas/sessão.
07/02: 20h30 e 21h30, 08-09/02: 19h30 e 20h30.

Casa 12 (Rua Capitão Lima) SABOR DO DESTINO
Audioguia e experiência sensorial baseada na vida de Detinha. Percurso sonoro guiado pelos sabores, com participantes de olhos vendados.
Dramaturgia/Direção: Júnior Sampaio.
Narração: Fabiana Pirro.
Duração: 30min.
Capacidade: 20 pessoas/sessão.
07/02: 20h e 21h, 08-09/02: 19h e 20h.

Casa 13 ((Rua Capitão Lima) RITO DE PASSAGEM
Performance em movimento conduzida por HBlynda até a casa de Reina. Compartilha desafios enfrentados na jornada de reafirmação de identidade.
Criação/Performance: HBlynda Morais.
Duração: 30min.
Capacidade: 30 pessoas/sessão.
08-09/02: 19h.

Casa 14 (Rua Capitão Lima) AMARO
Exibição do curta-metragem desenvolvido durante a residência do festival. Retrata um dia na vida de Amaro, homem emocionalmente contido.
Roteiro/Direção: Diogo Cabral.
09/02: 19h-21h. Fluxo contínuo.

Casa 15 (Rua Capitão Lima) RECEITA PARA CONTAR HISTÓRIAS
Performance documental sobre histórias familiares e receitas. Mistura memórias do Maranhão a Pernambuco através do doce de banana.
Dramaturgia/Direção: João Pedro Pinheiro, Larissa Pinheiro. Com: Lannje Falcão, Aurian Falcão.
Duração: 30min.
Capacidade: 20 pessoas/sessão.
07/02: 20h30 e 21h30, 08-09/02: 19h30 e 20h30.

Casa 16 (Rua Capitão Lima, 410) UMA DOR MENOR
Teatro documental sobre impasses de um enterro familiar. Explora o conflito entre luto pessoal e cerimônia pública de um político.
Dramaturgia/Atuação: Ivana Moura.
Direção: Luiz Felipe Botelho.
Duração: 30min.
Capacidade: 20 pessoas/sessão.
07/02: 20h30 e 21h30, 08-09/02: 19h e 20h30.

Casa 17 (Rua Capitão Lima, 408) RAINHA
Peça argentina sobre a vida de uma mulher transgênero idosa. Explora memórias e reflexões sobre identidade no hotel Gondolín.
Dramaturgia/Direção: Natalia Villamil. Atuação: Maiamar Abrodos.
Duração: 60min.
Capacidade: 30 pessoas/sessão.
08-09/02: 19h30.

Casa 18 (Rua Capitão Lima – auditório da TV Jornal) NOS BASTIDORES DOS PROGRAMAS DE AUDITÓRIO: CONHEÇA A HISTÓRIA DA TV JORNAL
Vídeo que relembra 65 anos da TV Jornal pernambucana. Destaca programas de auditório e participações importantes.
Criação/Produção: TV Jornal.
Duração: 5min. Capacidade: 20 pessoas/sessão.
07/02: 19h, 19h15, 19h30 e 19h45.

Casa 19 (Rua Capitão Lima) CASAR, PARA QUE?
Quadrilha que desafia superstições sobre casamento. Celebra o casamento de dona Neta e Luiz com pompa e circunstância.
Direção/Coreografia: Mônica Lira. Casal: Erivonete Barbosa, Luiz Elias.
08/02: 21h30-23h.

Casa 20 (Rua Capitão Lima – na rua) BOI MARINHO
Cortejo que mistura tradições populares, com destaque para o Cavalo Marinho. Ativação com alunos da Escola Sylvio Rabello e vizinhos.
Mestre/Direção: Helder Vasconcelos. Contra mestra: Laura Tamiana.
09/02: 18h-18h40.

Casa 21 (Rua Capitão Lima – Restaurante Casa Capitão) DA MELHOR MANEIRA
Peça argentina sobre dois irmãos lidando com a perda do pai. Explora o luto e o desafio de seguir em frente após uma perda.
Dramaturgia: Jorge Eiro, Federico Liss, David Rubinstein. Direção: Jorge Eiro.
Duração: 60min.
Capacidade: 30 pessoas/sessão.
08-09/02: 20h.

FICHA TÉCNICA

Idealização
Monina Bonelli

Criação
Monina Bonelli e Celso Curi

Artista criador convidado
Quiercles Santana

Curadores
Paula de Renor e Celso Curi

Vizinho inspirador
Roger de Renor

Vizinha embaixadora
Ingredy Barbosa

Assistente de criação
Márcio Allan

Artistas convidados
Álefe Passarin, Amanda Menelau, Anderson Leite, Augusta Ferraz, Bailarinos da Quadrilha Evolução (Damas – Giovanna Seabra Paiva Carneiro, ⁠Hellen Cavalcante, Perollah Hair, Rayssa Gomes de Vasconcelos, Thadgya Dos Santos Silva e Thais Maely Sidronio. Cavalheiros – Adones Vasconcelos, Aleson Willam Souza, Anthony Matheus de Aquino, Lourival Rodrigues, Rodrigo de Oliveira e ⁠Wladiel Queiroz), Boris Trindade Júnior (palhaço Tapioca), Carlinhos Lua, Carlinhos Monteverde, Carlos Santos, Clau Barros, David Rubinstein, Dj Vibra, Douglas Duan, Fabiana Pirro, Federico Liss, Giordano Castro, HBlynda Morais, Helder Vasconcelos e o Boi Marinho, Ivana Moura, Jeison Wallace, Jerlane Silva (palhaça Bilack), João Pedro Pinheiro, Jorge Eiro, Júlio Brito, Júnior Sampaio, Jurema Fox, Kleber Santana, Larissa Pinheiro, Luiz Felipe Botelho, Maiamar Abrodos, Mônica Lira, Natalia Villamil, Newton Moreno, Pinho Fidelis, Rafael Chamié e Roger de Renor.

Vizinhos artistas
Alê Maria, Alice Barbosa, Aurian Falcão, Dorgival Fraga (Paizinho), Erivonete Barbosa (dona Neta), Everton de Holanda Júnior, Geraldo Maximiano de Lima (Rei do Omelete), Ivete Alves de Mesquita, Joana d’Arc Dantas Mesquita, João Paulo Silva, Lannje Falcão, Lene Maria, Ligia Vieira, Luiz Elias, Maria José (dona Detinha), Maria Laura (Laurinha), Padre Caetano e Thiago Santos.

Artistas Residentes
Alunos do CIT / Sesc Santo Amaro – Anne Andrade, Bibi Santos, Caví Baso, Diogo Cabral, Djalma Albuquerque, Fanny França, Lua Alves, Márcio Allan e Mateus Condé.

Beco do Roberto
Produção: Arte da Imagem Produções
Apoio: Gabinete de Inovação Urbana

Fotos álbum dos vizinhos
Rogério Alves

Fotos registro
Gianny Melo

Fotos e vídeos making of
Ivo Barreto e Wesley Kawaai

Comunicação comunitária
Djalma Albuquerque

Designer
Clara Negreiros

Assessoria de imprensa
Márcio Bastos

Gestão de redes sociais
Cognos Comunicação – Luiza Maia e Tiago Barbosa

WebDesigner / Front-End
Sandro Araújo (SandroWeb)

Acessibilidade comunicacional
CENTRAE

Coordenador de produção
Ivo Barreto

Produção
Remo Produções Artísticas
Paula de Renor e Wesley Kawaai

Assistente de produção
Elias Vilar

Coordenador técnico
Eron Villar

Assistente técnico
Caví Baso

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