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Olé, olé, olá, Severino, Severino
Critica do espetáculo Estudo Nº1: Morte e Vida,
do Grupo Magiluth

Estudo-N°1- Morte e Vida. Foto: Vitor Pessoa  / Divulgação

Estudo-N°1- Morte e Vida. Mário Sergio e Parmera, Erivaldo no chão. Fotos: Vitor Pessoa  / Divulgação

A montagem do Grupo Magiluth, com direção de Luiz Fernando Marques, o Lubi, explora muitas camadas. 

Giordano Castro, em primeiro plano na peça-palestra

Busco dialogar com o Estudo Nº1: Morte e Vida, espetáculo do pernambucano Grupo Magiluth. Esse desejo de interlocução traça um movimento contrário ao predomínio de intolerância, condenações e cancelamentos desses tempos. Minha vontade é sintonizar com as possibilidades de trocas, perseguindo delicadezas e ludicidade, mesmo para tratar de concretos de durezas, de barbarismos. Esperançando ampliar o círculo. Esse texto que me atravessa, é passado pelo rio Capibaribe, imagino que por outros rios: Tietê, Sena, Tejo, até o Riacho do Ipiranga (onde, conta a História oficial, foi gritada a independência do Brasil) e carrega muito da hidrografia soterrada. É um ensaio ansioso, repleto de incômodos, como o que sinto há semanas no braço direito de tendinite e outras dores de viver mais difíceis de traduzir.

O Grupo Magiluth – com seus atores Bruno Parmera, Erivaldo Oliveira, Giordano Castro, Mário Sergio Cabral, Lucas Torres e Pedro Wagner – é uma trupe de homens, rapazes, meninos que fazem arte, que performam, que jogam cenicamente, posicionados (e movendo-se) de lugares para problematizar as masculinidades, o patriarcado, as questões estruturais que escamam de seus corpos, descontruindo. Observo esse universo, não o capto em sua plenitude movente, não só por ser mulher, mas por toda experiência interseccional de identidade. Somos subjetividades não totalmente decifráveis. E a arte faz um mergulho em águas profundas, oferece e desfaz os sentidos em sequência, em paralelo ou de maneira aleatória.

Os artistas do Magiluth, seu diretor Luiz Fernando Marques, o Lubi, e o assistente de direção e diretor musical Rodrigo Mercadante, essa turma toda cria, de modo arbitrário, os recursos expressivos a partir da peça-poema Morte e Vida Severina – Um Auto de Natal, de João Cabral de Melo Neto (1920-1999) para compor um caleidoscópio das ruínas contemporâneas.

A palavra arbitrariedade vem determinada para falar de escolhas que não seguem réguas, testa outras possibilidades. Tem a ver com impacto da sonoridade da língua no corpo, na caixa preta, nas distorções de vozes da tecnologia digital. Convoca materialidade e seu oposto. Saussure sussurrando. Imagem acústica, representação da palavra. A partir das pontes do Recife desafia regras para desestabilizar certezas – de ideias, de soberanias, das cenas.

Percebo o trabalho do Magiluth erguido feito um ensaio como estimou o filósofo, sociólogo, musicólogo e compositor alemão Theodor W. Adorno: um jogo aberto de linhas temáticas que se cruzam a partir da ideia de migração, que expõe tensões e contradições do real. Tudo isso encarado de frente, sem o impulso de sublimação. Perguntas e provocações são expostas, num caldeirão que ferve naquele território.

E agora me vem fortemente a imagem da intensa Elis Regina (1945 – 1982), uma das maiores cantoras brasileiras de todos os tempos, cantando Aprendendo a jogar, uma música de Guilherme Arantes. [Dig dig dig dig dig dagá ah ah Dig dig dig dig dig dagá ah ah (…) Vivendo e aprendendo a jogar … / Nem sempre ganhando / Nem sempre perdendo / Mas, aprendendo a jogar (…) Água mole em pedra dura / Mais vale que dois voando (…)]. No show Saudade do Brasil, de 1980, Elis usava uma camiseta preta, com a imagem da bandeira do Brasil ao centro, escrito “Elis Regina”, no lugar de “ordem e progresso”. Como acontece com frequência nos regimes autoritários, a Ditadura Militar proibiu a intérprete de usar o figurino, numa demonstração feérica de Censura. Eita danou-se. Estou fazendo a minha dramaturgia. Tem vídeo na internet da cantora, que morreu há 40 anos num 19 de janeiro.

Parmera em primeiro plano e Má´rio Sergio ao fundo

Ao se arriscar, Estudo Nº1: Morte e Vida rejeita as formas bem-acabadas, dá um passo além em alguma direção, mas reaproveita antropofagicamente outros processos / estratégias de montagens anteriores da trupe e os atritos do real. O contato com o objeto disparador – a peça-poema de João Cabral – ganha diversas tessituras, amarrações, entradas, desenvolvendo uma rede que aponta para outras ressonâncias, ampliando alcances da obra cabralina.

Dito de outro jeito, a peça é uma transpiração de vitalidade cênica de artistas que sobreviveram / sobrevivem “agarrados a caixas de isopor” neste país afundado em tantas desgraças. É grito por dignidade, que segue de mãos dadas com poemas de João Cabral de Melo Neto, Morte e Vida Severina e outros como O Rio (ou Relação da Viagem que faz o Capibaribe de Sua Nascente À Cidade do Recife) e O Cão Sem Plumas. É forte nos nexos com o real – de que somos muitos Severinos –, da uberização dos trabalhadores às consequências palpáveis do Antropoceno, essas ações destrutivas cometidas contra o planeta Terra.

O abraço com João Cabral é fato e ficção. Está no tom crítico nos vínculos aos problemas sociais, no mergulho no contexto humano e geográfico do Nordeste brasileiro, que espelha em estilhaços outros nordestes do mundo. As palavras que ressaltam o cotidiano de quem se vira com o mínimo compõem quadros inspirados e inspiradores. O inabalável trabalho artesanal cabralino é destacado pelo Magiluth em idas e vindas de significâncias. A abdicação do sentimentalismo lírico é valorizada pelo grupo.

A experiência de assistir ao espetáculo está plena de pequenos abalos sísmicos e da constatação no que se transformou o humano, do alto de sua arrogância. E vem numa construção de imagens de intensa plasticidade, sejam elas para os olhos, ouvidos ou outros sentidos.

Foto: Vitor Pessoa  / Divulgação

Publicado em 1955, Morte e Vida Severina é um poema de gênero lírico que traça o percurso de Severino, um migrante nordestino que sai do Serra da Costela, (local fictício, mas com características idênticas ao sertão pernambucano) em busca de uma vida menos “Severina” no Recife capital. Na seca região “magra e ossuda” onde a personagem morava, morre-se de “morte Severina”: “que é a morte de que se morre de velhice antes dos trinta, de emboscada antes dos vinte; de fome um pouco por dia (de fraqueza e de doença é que a morte Severina ataca em qualquer idade, e até gente não nascida)”.

Sabemos que migrações existem desde sempre. Nas melhores hipóteses, por curiosidade, pela aventura, pela descoberta. Há outras, não tão prazenteiras. Situações de seca ou alterações climáticas graves e ausência de políticas públicas de enfrentamento dessas situações, a exclusão social e a falta de condições para a sobrevivência. As migrações, que são também movimentos, revelam múltiplas “geometrias do poder”. A montagem do Magiluth obliqua que as mobilidades dos sujeitos contemporâneos são desiguais e faz cintilar palavras como injustiça, miséria, fome, política, violência, fronteiras materiais e simbólicas, poder, uberização.

Pensado em fragmentos, que reflete de maneira multifacetada um painel de forma espiralar (salve Leda Maria Martins),– do cruzamento de ciclos do passado, presente e futuro – esse Ensaio nº 1 desmantela a obviedade do que se pode se entender como Severino, Morte e Vida, Nordeste, nordestino, artista nordestino, João Cabral de Melo Neto. De novo o farol de Adorno: para o filósofo o ensaio se situa na fronteira entre a filosofia e a arte. Rigor e representação não-idêntica, revelando na porosidade as contradições.

Em estudo publicado em 1950, que pensava a pintura de Joan Miró, João Cabral já disse que desaprender é fundamental, sair do automatismo da tradição. Quebrar com procedimentos e hierarquias de valor na arte e na vida. Desaprendo frente à cena do Magiluth.

No campo do poema, João Cabral traça uma constelação de elementos heterogêneos. Ao estudar a obra do poeta pernambucano, o filósofo Benedito Nunes detecta que nesta máquina do mundo, que é o poema, Melo Neto trabalha à maneira de um tear que tece num sentido e destece noutro os fios de diversas tramas complicadas. Em O dorso do tigre (1969) Nunes aponta que Cabral fabrica e destrói, agrega e desagrega, mediante operações diferentes, as várias peças da realidade social e humana. Enxergo essas ações cabralinas no palco.

Acompanhemos o curso do rio, o discurso-rio do Marigluth.

Os microfones, as projeções, o Magiluth joga com a ideia de peça-palestra

A bandeira de Kiribati e as mãos levantadas num pedido de socorro em referência a outro espetáculo do grupo

Na peça são explorados quatro marcos estilísticos: Metateatro, Épico, Documental e pós-contemporâneo, em acúmulos e partículas. Nessa dança estética, a correnteza traz memória de outras obras magiluthianas: Viúva, porém honesta; O ano que sonhamos perigosamente; Dinamarca; Aquilo que meu olhar guardou para você; 1 Torto. São muitas camadas, numa polifonia que aponta para dentro, como a cena do modo de viver hygge (um bem-estar tão acolhedor dos privilegiados) ou o foco de luz, uma reivindicação de Mário Sergio em outra encenação que agora chega tranquilo.

A polifonia aponta para Kiribati (ou Quiribati), na real um arquipélago no Pacífico Central, com quase 120.000 habitantes. Assinala também os Severinos-Thiagos, Severinos-Galos, Severinas-Pretas. Dos rios que correm dentro de cada um de nós. De Kiribati, já em 1989, um relatório da ONU alertou, que esse seria o primeiro país a ser devorado, em decorrência da elevação do nível dos mares, ou seja pela mudança climática. Existem outras correspondências com o Severino saído da seca, como a escassez de água potável.

Um humor carregado da gozação pernambucana (irônico, sagaz, malicioso, diria autoimune, cruel, que manga inclusive de nossa impotência; talvez Roger de Renor possa traduzir melhor essa especificidade de humor), abarca o palco, em fluxos, mirando efeitos variados: gerar reflexões e críticas sociais, produzir jogos num cruzamento dos procedimentos cênicos das peças contemporâneas, desafiar qualquer método absolutista.

Quando navega nas águas épicas traça um paralelo ente a palavra fome como necessidade de comer e o estado de morrer de fome, defendido como um assassinato. O tom mais político lembra da montagem de Morte e Vida Severina, pelo TUCA, em 1965, que ganhou prêmio no festival de Nancy, na França. Esquadrinha que os privilégios de hoje são consequência da usurpação de antes.

Punk rock, hardcore, sabe onde é que faz?
Lá no alto José do Pinho. É do caralho!
Tem Devotos, 3° Mundo que botam pra fuder
Todo sentimento obtido em seu viver…

Quando chegar ao Recife essa cena deve explodir. O cenário é… Em 1988, Cannibal, Neilton e Celo Brown, formaram a banda de punk rock e hard-core Devotos do Ódio (tempos depois o ódio do nome foi suprimido), no Alto José do Pinho, bairro da zona norte do Recife. A atuação do grupo foi fundamental para a mudança do perfil do morro. Com a assinatura de contrato com a Gravadora BMG, e o lançamento do disco Agora tá valendo, de 1997, a banda chega ao sucesso. Mais de 20 anos depois, o Grupo Magiluth constata que os direitos e lucros desse disco estão reservados à gravadora Sony Music, que em 2004 comprou a BMG. O Magiluth assinala: “Nem tudo o que o trabalhador produz a ele pertence.”

É tudo muito engenhoso. A trupe convoca Marx, sem citar o Karl, expõe os paradoxos e contradições do capitalismo com os jogos do próprio teatro. Somos atingidos, alguns de nós, pela ave-bala. O ouro-azul do jeans vem problematizar a noção de independência econômica, de autonomia financeira.

O polo industrial de jeans, em Toritama, é uma espécie de China com um carnaval no meio. Esse ouro-azul está na roupa dos rapazes, e está repleto dos questionamentos levantados pelo documentário Estou me guardando para quando o Carnaval chegar, de Marcelo Gomes. O filme não é uma apologia ao empreendedorismo, ou não somente, nem um réquiem saudosista de uma Toritama mais rural. Seus produtores de jeans batem no peito com orgulho que são “donos do próprio tempo”, mesmo trabalhando 12 horas ou mais por dia. É… são muitas dobras.

Em uma potência assombrosa, o ouro-azul se congrega com os entregadores de aplicativo, entre eles Thiago Dias, que trabalhava 12 horas por dia e morreu durante uma entrega aos 33 anos, vítima de AVC. Fato que se conecta com as Ligas Camponesas e os assassinatos de seus líderes.

Essa cena do canavial, que cruza Michael Jackson com maracatu rural, vale muitas teses

Michael Jackson do Canavial, um vídeo que pode ser encontrado no Youtube, fornece rico material da cultura que se movimenta, sem abandonar totalmente a tradição, mas utilizando as possiblidades do presente. O Magiluth confronta o caboclo de lança com o vídeo, em que a voz do astro do pop anima o trabalhador rural a seguir seus passos na dança. Ele canta que “Billie Jean is not my lover”, ela é apenas uma garota e o menino não é seu filho. Mais uma questão das mulheres não reconhecidas, e essa e uma problemática muito complexa, que apenas pontuo.

O Estudo Nº1: Morte e Vida utiliza as tecnologias, as projeções, justaposições. Quebras de fronteiras se alimentam das práticas teatrais, subverte, testa combinações. É interessante saber que numa entrevista 1998, João Cabral disse que “gostaria de ter sido cineasta”. Sua composição poética aproxima-se das teorias da montagem do cineasta Eisenstein ou do teatrólogo Bertolt Brecht.

O Magiluth expõe dados de pesquisa da internet sobre refugiados e migrantes que tentam fugir de guerras e tentar asilo oficial em países europeus. Em botes e em embarcações superlotadas e sem as mínimos condições de segurança, esses humanos arriscam as próprias vidas (muitos barcos afundaram) sem nenhuma garantia de asilo oficial. Para outros, a travessia é um negócio altamente lucrativo, que pode render por embarcação US$ 1 milhão. São muitos tentáculos do capitalismo, em que a vida importa pouco. Ponte com Brecht.

Deslocamento é uma questão discutida na peça

Em uma cena, depois de anunciar que Kiribati sumiu do mapa, afundou e de já ter citado um trecho do poema O Rio (Para os bichos e rios / nascer já é caminhar), Giordano propõe um jogo a Mário Sergio e Parmera. Os dois, como representantes das duas maiores potências, terão que chegar a um acordo para salvar o mundo. É um diálogo surreal, em que nenhuma parte cede, e a conversa vai ficando cada vez mais insana, com proposta de matar populações inteiras de uma determinada região. Em um jogo de afrontamento direto, o coletivo expõe o esfacelamento da ética, as engrenagens de manutenção de poder e a guerra como saída para o impasse defendida sempre pelos capitalistas.

Todos os dias temos notícias de demonstrações de desumanidades. Em 24 de janeiro o congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, de 24 anos, foi assassinado a pauladas por um grupo de homens, na barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Moïse teria ido cobrar o pagamento de diárias atrasadas no quiosque em trabalhava por comissão. No dia 19 de janeiro, o fotógrafo suíço René Robert morreu aos 84 anos de hipotermia, após longa exposição ao frio intenso. Ele desmaiou em uma rua de Paris e ficou sem ajuda por nove horas. Esses dois fatos não são citados na cena do Magiluth. Mas ecoa no ar como espirito desse tempo, sim. 

A humanidade está doente, não há dúvidas. Intolerância, racismo e xenofobia são sintomas dessa deterioração.

Mas apesar de todo esse quadro difícil, Estudo Nº1: Morte e Vida aponta para / e aposta na vida. No seu desejo de convívio, o grupo convoca o espectador a atuar no jogo cênico no entusiasmado grito dos grevistas. Severino está sinalizando alguma saída. Olé, olé, olá, Severino, Severino.

Depois de tantas palavras, o espetáculo prossegue reverberando de afetos.

 

* Assisti ao espetáculo Estudo Nº1: Morte e Vida na estreia, dia 28 de janeiro e no domingo, dia 30 de janeiro.
** Nessas duas sessões, o diretor-assistente/ diretor musical Rodrigo Mercadante substituiu Lucas, que estava positivado com Covid-19 naquela semana. 

Ficha técnica:
Criação e realização: Grupo Magiluth
Direção: Luiz Fernando Marques
Assistente de direção e direção musical: Rodrigo Mercadante
Dramaturgia: Grupo Magiluth
Elenco: Bruno Parmera, Erivaldo Oliveira, Giordano Castro, Lucas Torres e Mário Sergio Cabral
Produção: Grupo Magiluth e Amanda Dias Leite
Produção local: Roberto Brandão

Estudo Nº 1: Morte e Vida, com o grupo Magiluth
Quando: De 28 de janeiro a 6 de março de 2022, sextas e sábados às 21h, domingos, às 18h
Onde: Sesc Ipiranga (Rua Bom Pastor, 822 – Ipiranga – São Paulo SP)
Quanto: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)
Classificação indicativa: 16 anos

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DocumentaCena ministra oficina na Mostra Capiba

Entre os dias 17 e 21 de outubro, a DocumentaCena – Plataforma de Crítica realiza a primeira ação na capital pernambucana: uma oficina de crítica teatral. Formada pelo site Horizonte da Cena (Belo Horizonte/MG), pelo blog Satisfeita, Yolanda? (Recife/PE) e pela revista eletrônica Questão de Crítica (Rio de Janeiro/RJ), a DocumentaCena é uma iniciativa de intercâmbio entre críticos, jornalistas e pesquisadores de teatro de diferentes estados do Brasil. Juntos, os profissionais dos três veículos já fizeram coberturas críticas, oficinas e debates em eventos como a Mostra Internacional de Teatro de São Paulo (MITsp, em 2014, 2015 e 2016), a II Bienal de Teatro da USP (2015) e o Festival de Cenas Curtas do Galpão Cine Horto (2013), em Belo Horizonte.

O Ateliê de Crítica e Reflexão Teatral, que integra a programação formativa da Mostra Capiba de Teatro, realizada pelo Sesc Casa Amarela, será ministrado por Ivana Moura, do Satisfeita, Yolanda?, e Luciana Romagnolli, crítica, pesquisadora e jornalista, uma das idealizadoras e editoras do site Horizonte da Cena. A oficina é uma realização do Cena em Questão, da programação sistemáticas dos Núcleos de Pesquisa e Memória das Artes Cênicas do Sesc Nacional.

Ivana Moura ministra Ateliê de crítica ao lado de Luciana Romagnolli. Foto: Guto Muniz

Ivana Moura ministra Ateliê de crítica ao lado de Luciana Romagnolli. Foto: Guto Muniz

Especialista em Literatura Dramática e Teatro (UTFPR), mestre em Artes (EBA-UFMG) e doutoranda em Artes Cênicas (ECA-USP), Luciana Romagnolli foi repórter nos jornais O Tempo (MG) e Gazeta do Povo (PR). Já Ivana Moura possui mestrado em Teoria da Literatura (Letras – UFPE) e especialização em Jornalismo e Crítica Cultural (UFPE). No Diario de Pernambuco, foi repórter e editora do caderno de Cultura entre os anos de 1989 e 2013.

Luciana Romagnolli é uma das idealizadoras e editoras do site Horizonte da Cena. Foto: Guto Muniz

Luciana Romagnolli é uma das idealizadoras e editoras do site Horizonte da Cena. Foto: Guto Muniz

As discussões no Ateliê pretendem contemplar apontamentos sobre a história da crítica de teatro no Brasil, a função da crítica, os problemas dos juízos de valor, a produção de subjetividade, além de questões bastante em voga no teatro contemporâneo, como o lugar do espectador. O lugar da crítica de teatro e o jornalismo cultural também devem ser abordados durante as aulas, que acontecem sempre das 14h às 18h, no Cineclube Coliseu, no Sesc Casa Amarela.

Os participantes da oficina terão a chance de discutir a produção cênica pernambucana e experimentar a prática da crítica, a partir da programação da Mostra Capiba, que vai de 14 a 22 de outubro. As inscrições para a oficina terminam nesta sexta-feira (14).

Confira também a matéria sobre a programação da Mostra Capiba.

Serviço:
Ateliê de Crítica e Reflexão Teatral, com Ivana Moura e Luciana Romagnolli
Quando: De 17 a 21 de outubro, das 14h às 18h
Onde: Cineclube Coliseu (Sesc Casa Amarela)
Quanto: Gratuito
Inscrições: Podem ser feitas até o dia 14, através do link: https://docs.google.com/forms/d/1383c1symrs2ByZrCFvMJdTqBVuBv6zxmEOxPEZAYnms/viewform?edit_requested=true

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Mostra Capiba chega à 9ª edição

Atriz Augusta Ferra ministra oficina de . Foto:Reprodução do Facebook

Atriz Augusta Ferraz ministra oficina A Narrativa do Contador de Histórias na Construção da Personagem

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Fotos: Reprodução do Facebook

A extensão do ator solitário e a amplitude ensejada pelo palco são ganchos da 9ª Mostra Capiba de Teatro, do Sesc Casa Amarela, que aglutina nove espetáculos de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Sergipe. Em comum, as questões que pulsam na contemporaneidade na construção dessas figuras que abarcam universos tão distintos. O braço formativo do evento é destaque com o oferecimento de três oficinas, duas delas voltadas para o intérprete, além de uma aula-espetáculo. A atriz Augusta Ferraz vai tratar de A Narrativa do Contador de Histórias na Construção da Personagem, que vislumbra compreensão psicológica e afetiva da alma da personagem, entre os dias 18 e 21. O investimento é de R$ 20.

O Ator no Século XXI – Uma proposta de encontro entre o Ocidente e o Oriente, comandada por Samir Murad, combina as técnicas de yoga, taichichuen, kempô e meditações ativas na busca de proporcionar novas experiências corporais, vocais e emocionais nos intérpretes.  Nos dias 22 e 23 de outubro. O investimento também é de R$ 20. Samir também participa da programação de espetáculo com a encenação Para Acabar de Vez com o Julgamento de Artaud.

A terceira oficina desta edição do Capiba é o Ateliê de Crítica e Reflexão Teatral, com as jornalistas e críticas Luciana Romagnolli e Ivana Moura. Busca fomentar o olhar crítico a partir de exercícios práticos e da teoria teatral. O programa ocorre entre os dias 17 a e 21. Neste a inscrição é gratuita. As vagas para todas as atividades são limitadas.

Além das três oficinas, haverá a aula-espetáculo Como era bonito lá, na segunda-feira (17), às 14h, com a atriz, diretora, pesquisadora e professora Nara Keiserman. A entrada é gratuita e a ação acontece no Teatro Capiba.

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Espetáculo é uma ode aos textos de amor de Caio Fernando Abreu. Foto: Demetrio Nicolau / Divulgação

A Mostra começa na sexta-feira (14/10) com No Se Puede Vivir Sin Amor, da companhia carioca Atores Rapsodos. Na peça, a atriz Nara Keiserman celebra a obra de seu amigo e conterrâneo, Caio Fernando Abreu (1948-1996), e como sugere o título tem os escritos de amor como foco. A atriz reúne textos como Metâmeros, Mergulho II, Como Era Verde Meu Vale, Fotografias e Creme de Alface, além de textos inéditos escritos especialmente para ela. A direção é de Demétrio Nicolau.

“A Mostra Capiba surgiu sem grandes pretensões, para agregar valor à programação do Teatro Capiba, do Sesc Casa Amarela. Um teatro pequeno, de estrutura técnica limitada. Mas, aos poucos foi ganhando dimensão, recebendo a produção do estado e do Brasil”, explica o encenador José Manoel Sobrinho, gerente de Cultura do Sesc Pernambuco. “Na última versão serviu como espaço para a pré-estreia do espetáculo Ledores do Breu, da paulistana Companhia do Tijolo. Uma Mostra para espetáculos solo, espaço para experimentações mais individuais. Local de trocas e vivências e que tem servido como ambiente para se pensar o teatro em seus vários aspectos” pontua o diretor.

A programação prossegue com O Açougueiro, defendido por Alexandre Guimarães, sobre sonhos individuais e o poder do preconceito social para empurrar pessoas para o abismo e destruir vidas;  A Mulher Monstro, inspirada em texto de Caio Fernando Abreu e que trata dos demônios conservadores, discriminatórios e a visão equivocada (para melhor) de si mesma. A protagonista interpretada por José Neto Barbosa transita por esse Brasil atual, tão potente de ódio e hipocrisias.

Também estão na programação Histórias Bordadas em Mim, em que a atriz Agrinez Melo passeia por sua biografia com leveza e humor. Já Soledad – A Terra é Fogo Sob Nossos Pés, com a atriz Hilda Torres, leva ao palco a trajetória da militante paraguaia Soledad Barrett Viedma (1945-1973), que foi morta no Recife durante o regime militar. A Receita, com Naná Sodré, percorre as inquietações de uma mulher oprimida, que na cozinha prepara sua libertação. Com elementos de teatro de objetos, Diógenes D. Lima faz de Olinda e Recife um casal muito engraçado em O Mascate, a Pé Rapada e os Forasteiros.

Abalo sensorial 

O dramaturgo, ensaísta, ator e diretor de teatro, o francês Antonin Artaud compreendia que arte e vida estão emaranhadas pela mesma força metafísica. A arte para ele é algo para ser vivido. O ator Samir Murad, da companhia carioca Cambaleei, Mas Não Caí, segue essa vertente no monólogo performático Para Acabar de Vez com o Julgamento de Artaud.  A peça mistura cartas, poemas, manifestos e pensamentos do artista, que por suas ideias foi internado por nove anos em manicômios na França. A peça explora sua relação com o movimento surrealista, o teatro, as drogas, a política e o misticismo.

No encerramento, a Mostra terá Vulcão em que Diane Velôso defende o papel de uma cantora de punk rock que tem um surto mental dissociativo durante um show e mergulha em delírios poéticos, misturando lembranças, desejos e a dura realidade. A direção é do carioca, Sidnei Cruz e a dramaturga é de Lucianna Mauren.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA

Nara. Foto: Demétrio

Atriz Nara Keiserman. Foto: Demetrio Nicolau / Divulgação

14/10 – (Sex) – No Se Puede Vivir Sin Amor – (Atores Rapsodos) – Rio de Janeiro –   RJ
Quando: Nesta sexta, às 20h
Onde: Teatro Capiba. SESC Casa Amarela (Av. Professor José dos Anjos, 1190. Bairro: Mangabeira)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10
teatrocapiba@gmail.com
81 – 3267-4410
Duração: 60’
Classificação etária: 16 anos
Sinopse:
O espetáculo é uma homenagem da atriz Nara Keiserman ao seu amigo e conterrâneo, Caio Fernando Abreu. O trabalho nasceu de pesquisa artística e acadêmica conectada ao tema Teatro e Espiritualidade.
A amizade entre a atriz e o autor determinou alguns aspectos do trabalho, como a predominância do tom afetivo e a escolha dos textos, tematizando o amor e seus derivativos.
No se puede vivirsin amor promove um momento para além do cotidiano, em que a energia promovida pela imantação da cena alcança o espectador. Nara Keiserman pontua: “É claro que sei de cor (de coração) os textos do Caio que escolhi e que são os que mais gosto. Mas os movimentos que vou fazer, o modo como vou falar, como vou cantar melodias que são como sortilégios, são resultado do aqui-agora e acredito que o que partilhamos durante o acontecimento teatral corresponde ao que todos nós, juntos, estamos precisando viver naquele momento preciso.”
Ficha Técnica
Textos: Caio Fernando Abreu
Dramaturgia e atuação: Nara Keiserman
Direção, Iluminação e Arte: Demetrio Nicolau
Cinografia e Figurino: Carlos Alberto Nunes
Orientação Musical: Alba Lírio
Maquiagem: Mona Magalhães
Fotos: Demetrio Nicolau
Filmagem: Daniel Ribeiro
Assessoria de Imprensa: Sheila Gomes
Mídias Sociais: Marina Murta
Produção e Realização: Atores Rapsodos

Alexandre Guimarães. Foto:

Ator Alexandre Guimarães. Foto: Divulgação

15/10 – (Sab) – O Açougueiro – (Alexandre Guimarães) – Recife – PE
Quando: Sábado, às 20h
Onde: Teatro Capiba. SESC Casa Amarela (Av. Professor José dos Anjos, 1190. Bairro: Mangabeira)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10
teatrocapiba@gmail.com
81 – 3267-4410
Duração: 45’
Classificação etária: 16 anos
Sinopse:
Boi de cercado, boi de abate, carro de boi e o amor proibido entre o açougueiro Antônio, homem simples, cujo sonho de infância era ter um açougue para matar a fome, e a jovem Nicinha. O ator se desdobra em sete personagens para narrar, entre aboios e toadas, uma história de paixão e intolerância que pode se passar na aridez do sertão pernambucano ou, em qualquer lugar, onde a dor e o preconceito são o prato principal das relações.
Ficha Técnica
Intérprete: Alexandre Guimarães
Texto, encenação e plano Luz: Samuel Santos
Preparação vocal: Nazaré Sodré
Preparação corporal e figurino: Agrinez Melo
Maquiagem: Vinicius Vieira
Fotos/Ilustração: Lucas Emanuel

Foto: Ivana Moura

Ator José Neto Barbosa. Foto: Ivana Moura

16/10 – (Dom) – A Mulher Monstro – (S.E.M Cia. de Teatro – Sentimento, Estética e Movimento) – Natal/Recife – RN/PE
Quando: Domingo, às 20h
Onde: Teatro Capiba. SESC Casa Amarela (Av. Professor José dos Anjos, 1190. Bairro: Mangabeira)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10
teatrocapiba@gmail.com
81 – 3267-4410
Duração: 60’
Classificação etária: 16 anos
Sinopse:
Uma mulher perseguida pela sua própria visão intolerante da sociedade, com características infelizmente não singulares a milhares de brasileiros. Racista, machista, sexista, gordofóbica, homofóbica, reacionária e fundamentalista religiosa são alguns dos adjetivos que descrevem a burguesa decadente. Apesar de seu pensamento político equivocado, A Mulher Monstro ainda sim é uma humana com suas inquietudes e peculiaridades como qualquer pessoa.
A protagonista apresenta dificuldades nas relações, sem saber lidar com a solidão. Vive uma traição e rejeição do marido diagnosticado com câncer. Além de não superar a morte do único filho, vítima de seu preconceito. Ela insiste em não aceitar emergências sociais, as questões políticas ou até mesmo pessoais: como por exemplo, sua própria idade, um governo progressista ou sua atual condição financeira.
A obra é baseada no conto Creme de Alface, de Caio Fernando Abreu, escrita em 1975, em plena ditadura militar, mas só publicado em 1995.
Ficha Técnica
Dramaturgia, encenação e atuação: José Neto Barbosa
Iluminação: Sergio Gurgel Filho e José Neto Barbosa
Maquiagem: Diógenes e José Neto Barbosa
Cenografia e figurino: José Neto Barbosa
Assistência de cenografia: Anderson Oliveira e Diego Alves
Sonoplastia: Diógenes, Mylena Sousa e José Neto Barbosa
Registro: Mylena Sousa
Produção: SEM Cia de Teatro

Agri Melo em tom confessional. Foto: Rubens Henrique/ Divulgação

Agri Melo em tom confessional. Foto: Rubens Henrique/ Divulgação

17/10 – (Seg) – Histórias Bordadas em Mim – (Agrinez Melo – Doceagri) – Recife – PE
Quando: Segunda, às 20h
Onde: Teatro Capiba. SESC Casa Amarela (Av. Professor José dos Anjos, 1190. Bairro: Mangabeira)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10
teatrocapiba@gmail.com
81 – 3267-4410

Duração: 60’
Classificação etária: Livre
Sinopse:
Um baú, uma borboleta e uma conversa… é assim que se inicia Histórias Bordadas em Mim. Um convite para um chá acompanhado de tareco e um alinhavar de histórias reais, vividas no passado e no presente. A personagem é por acaso a própria atriz e sentada em um baú conta histórias que viveu em sua vida, bebe da fonte de uma pesquisa no griot, povo ancestral que passava conhecimento através da oralidade, vai através da narrativa e numa proposta de encenação enxuta, incluindo o público em suas histórias. Uma pausa para um chá, uma musica e um mergulho nas histórias de alegrias, amor, dor, morte, vida e saudade…

Ficha técnica
Atuação, Produção, Dramaturgia, Figurino, Cenografia e Direção: Agrinez Melo
Assessoria em Dramaturgia: Ana Paula Sá
Assessoria em Direção: Naná Sodré, Quiercles Santana e Samuel Santos
Concepção Musical e Sonoplastia: Cacau Nóbrega
Assessoria em toadas: Maria Helena Sampaio (YaKêkêrê do Terreiro Ilê Oba Aganju Okoloyá)
Maquiagem: Vinicius Vieira
Execução Figurino: Agrinez Melo e Vilma Uchôa
Aderecista: Álcio Lins
Cenotécnico: Felipe Lopes
Foto, Áudio e Filmagem de teaser campanha do catarse: Lucas Hero
Direção e edição de vídeo teaser campanha catarse: Taciana Oliveira (Zest Artes e Comunicação)
Assistente de produção: Nayara Oliveira
Designer: Curinga Comuniquê
Filmagem do espetáculo na integra:Aratu Produções
Fotografia: Rubens Henrique

Naná Sodré. Foto: Thais Lima.

Naná Sodré defende papel que engloba as mulheres humilhadas do mundo. Foto: Thais Lima.

18/10 – (Ter) – A Receita – (O Poste Soluções Luminosas) – Recife – PE
Quando: Terça, às 20h
Onde: Teatro Capiba. SESC Casa Amarela (Av. Professor José dos Anjos, 1190. Bairro: Mangabeira)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10
teatrocapiba@gmail.com
81 – 3267-4410

Duração: 40’
Classificação etária: 16 anos
Sinopse
A todas as mulheres do mundo! Grita com o corpo a atriz Naná Sodré, na obra tragicômica que descreve um universo de uma mulher num processo de libertação. Num acerto de contas, a anônima confessa como passou a maior parte do tempo temperando suas ilusões com sal, alho e coentro com cebolinha… até mesmo em momentos desatinados. O espetáculo funciona como um refletor que revela as situações vividas no ambiente domiciliar/social de várias mulheres pelo mundo a fora.

Ficha Técnica
Direção, autoria, adereços, sonoplastia e iluminação: Samuel Santos
Atuação, figurino e maquiagem: Naná Sodré
Técnica em rolamento: Mestre Sifu Manoel

Hilda Torres. Foto: Rick de Eça

Hilda Torres assume papel de guerrilheira paraguaia. Foto: Rick de Eça

19/10 – (Qua) – Soledad – A Terra é Fogo Sob Nossos Pés – (Cria do Palco) – Recife – PE19.10 –
Quando: Quarta, às 20h
Onde: Teatro Capiba. SESC Casa Amarela (Av. Professor José dos Anjos, 1190. Bairro: Mangabeira)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10
teatrocapiba@gmail.com
81 – 3267-4410
Duração: 70’
Classificação etária: 14 anos
Sinopse:
O espetáculo conta a história de Soledad Barrett Viedma (1945-1973), militante paraguaia, que após ter lutado na América Latina, vem militar no Brasil. No Recife, teve sua história de luta contra as opressões de classes sociais e em busca de liberdade e igualdade, interrompida. A obra, não assume tão somente um caráter memorialista e de denúncia, mas sobre algo que se quer contar hoje, traçando uma analogia com os períodos políticos do regime militar e o presente.

Ficha Técnica:
Atriz, idealizadora e coordenadora do Projeto: Hilda Torres
Direção: Malú Bazán
Dramaturgia: Hilda Torres e Malú Bazán
Pesquisa histórica: Hilda Torres, Márcio Santos e Malú Bazán
Pesquisa cênica: Hilda Torres e Malú Bazán
Concepção de cenário e figurino: Malú Bazán
Execução de cenário e figurino: Felipe Lopes e Maria José Lopes (Lopes Designer)
Iluminação: Eron Villar
Operação de luz: Eron Villar, Gabriel Feliz e Nadjecksom Lacerda
Direção musical: Lucas Notaro
Operação de som: Márcio Santos
Arte visual: Ñasaindy Lua (filha de Soledad)
Teaser: Ivich Barrett (neta de Soledad)
Vídeo: Flávia Gomes
Diagramação: Pedro Xavier
Assessoria de imprensa: Márcio Santos
Consultoria do idioma guarani: Adrián Morínigo Villalba
Produção: Márcio Santos
Realização: Cria do Palco.

Foto: Tony Rodrigues

Diógenes D. Lima Foto: Tony Rodrigues

20/10 – (Qui) – O Mascate, a Pé Rapada e os Forasteiros – (Cia. de Artes Cínicas com Objetos) – Recife – PE
Quando: Quinta, às 20h
Onde: Teatro Capiba. SESC Casa Amarela (Av. Professor José dos Anjos, 1190. Bairro: Mangabeira)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10
teatrocapiba@gmail.com
81 – 3267-4410
Duração: 60’
Classificação etária: 16 anos
Sinopse:
O Mascate, a Pé rapada e os Forasteiros é um espetáculo que utiliza-se da linguagem do teatro de objetos para contar uma versão histórica/fictícia sobre as cidades de Olinda e Recife. Na trama, estas cidades são um casal (Olinda, a mulher e Recife, o homem) que com a chegada de forasteiros exploradores (Portugal e Holanda), se vêem corrompidos por sentimentos de ganância e cobiça.
Ficha Técnica
Texto e Atuação: Diógenes D. Lima
Supervisão Artística: Marcondes Lima e Jaime Santos
Coreografias: Jorge Kildery
Adereços: Triell Andrade e Bernardo Júnior
Iluminação: Jathyles Miranda
Execução de Iluminação: Rodrigo Oliveira
Execução de sonoplastia: Junior Melo
Programação Visual: Arthur Canavarro
Fotografia: Ítalo lima, Toni Rodrigues, Sayonara Freire e Sócrates Guedes
Cenotécnico: Gustavo Oliveira
Assessoria de impressa: Cleyton Cabral
Coordenação de Produção: Luciana Barbosa

Samir. Foto: Reprodução da Internete

Samir Murad leva Artaud ao palco. Foto: Reprodução da Internet

21/10 – (Sex) – Para Acabar de Vez com o Julgamento de Artaud – (Cia. Cambaleei, mas não caí…) – Rio de Janeiro – RJ
Quando: Sexta, às 20h
Onde: Teatro Capiba. SESC Casa Amarela (Av. Professor José dos Anjos, 1190. Bairro: Mangabeira)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10
teatrocapiba@gmail.com
81 – 3267-4410
Duração: 60’
Classificação etária: 16 anos
Sinopse:
Solo-performático-processual, que tem como argumento básico, a narrativa de algumas passagens de distintos momentos da vida de Antonin Artaud, supostamente reveladores de sua trama pessoal, que são transportados para a cena a partir de possibilidades de linguagem vislumbradas pelo próprio Artaud.
A valorização do trabalho do intérprete, toma forma a partir de experimentações corporais e textuais que se inspiraram em técnicas e conceitos orientalistas e se desdobra em outros elementos da cena, tais como os objetos, as projeções e a música, que devem funcionar com extensão do universo simbólico, proposto pelo foco inicial centrado no ator.
Ficha técnica
Textos: Antonin Artaud
Concepção, Atuação e Trilha Sonora: Samir Murad
Supervisão: Paulo Cerdeira
Cenário original: Milena Vugman
Figurino: Pamela Vicenta
Reazlização: Cia. Cambaleei, mas não caí…

Foto: Marcelino Hora

Atriz Diane Velôso. Foto: Marcelino Hora

22/10 – (Sab) – Vulcão – (Grupo Caixa Cênica) – Aracaju – SE
Quando: Sábado, às 20h
Onde: Teatro Capiba. SESC Casa Amarela (Av. Professor José dos Anjos, 1190. Bairro: Mangabeira)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10
teatrocapiba@gmail.com
81 – 3267-4410
Duração: 40’
Classificação etária: 14 anos
Sinopse:
Os 20 cantos que compõem a cerimônia teatral Vulcão podem ser apreciados como fotogramas descontínuos, como flaches autônomos de um diário sobre o subterrâneo da alma humana no purgatório do teatro. Oferecemos ao público uma experiência de vivência de uma espécie de teatro primordial – um meio de expansão do imaginário através do corpo, do som, da palavra, da respiração, do silêncio e da música – onde os espectadores entram em contato com a matéria da poesia, cujo mistério transborda pelas veias do sublime.

Ficha Técnica:
Atuação: Diane Velôso
Direção: Sidnei Cruz
Assistência de Direção: Olga Gutierrez e Amanda Steinbach
Texto: Lucianna Mauren
Iluminação: Sergio Robson
Produção: Nah Donato e Diane Velôso
Figurino: Vivy Cotrim e Roberto Laplagne
Sombrinha: Luna Safira
Adereço de cabeça: Roberto Laplagne
Cenário: Sidnei Cruz, Denver Paraízo e Manoel Passos Filho
Arte plástica: Fábio Sampaio
Fotografia de espetáculo e foto design: Marcelinho Hora
Arte design: Gabi Etinger
Trilha sonora: Alex Sant’Anna e Leo Airplane
Operador de luz: Audevan Caiçara
Operação Audiovisual, Vídeo e Assessoria: Manoela Veloso Passos Colaboração: Maicyra Leão
Produção PE: Fabiana Pirro

  • Todos os espetáculos acontecem no Teatro Capiba, no SESC Casa Amarela, às 20h.

AÇÕES FORMATIVAS

Aula-Espetáculo

Como Era Bonito Lá – Nara Keiserman
A Aula-Espetáculo parte de uma versão sintetizada do espetáculo Como Era Bonito Lá, em que são expostos os modos de criação e antecedentes do trabalho e trechos encenados dos contos e cartas relacionadas.

Nara Keiserman
É atriz, diretora, pesquisadora e professora na Escola de Teatro da UNIRIO. Atriz e co-fundadora do Núcleo Carioca de Teatro (1991 – 2001), dirigido por Luís Artur Nunes. Diretora artística do grupo Atores Rapsodos (desde 2000). Preparadora Corporal e Diretora de Movimento da Companhia Pop de Teatro Clássico (desde 1999), no Rio de Janeiro.
Mestre em Teatro pela USP, com a dissertação A preparação corporal do ator – uma proposta didática e Doutora pela UNIRIO, com a tese Caminho pedagógico para a formação do ator narrador. Pós-doutorada na Universidade de Lisboa, com pesquisa sobre Aspectos da cena narrativa portuguesa contemporânea.
Desenvolve Pesquisa Institucional na UNIRIO, denominada Ator rapsodo: pesquisa de procedimentos para uma linguagem gestual. Professora Associada  na Escola de Teatro da UNIRIO, responsável pelas disciplinas de Movimento na Graduação e professora efetiva na Pós-Graduação.
Tem artigos publicados em revistas especializadas e ministra Cursos, Oficinas e Workshops sobre o Teatro Narrativo e sobre o Corpo Infinito do Ator.

Quando: 17/10 – (seg), às 14h
Local: Teatro Capiba

OFICINAS

A Narrativa do Contador de Histórias na Construção da Personagem – Augusta Ferraz

Oficina direcionada para o ator-narrador. O ator contador de histórias. O intérprete que se utiliza das três pessoas do singular (eu, tu e ele), do tempo presente, para narra/contar a mesma história por óticas diferenciadas. O foco é buscar na narrativa do contador de histórias a compreensão psicológica e afetiva da alma da personagem.

Quando: 18 a 21 – (ter a sex), das 9h às 12h
Local: Sala de Dança
Vagas: 10 alunos
Publico dirigido: estudantes e artistas de teatro
Inscrição pelo Link:
https://docs.google.com/forms/d/12-UZ3s2JLGQuUGIwWZoMeD535kOTnDkz33VqbmowHOo/edit

O ATOR NO SÉCULO XXI – Uma proposta de encontro entre o Ocidente e o Oriente – Samir Murad

É a partir dessa premissa artaudiana que o curso será pautado. Com  um intenso trabalho físico e vocal utilizando técnicas psicofísicas direcionadas para o trabalho do Ator, tais como Yoga, Taichichuen, kempô e meditações ativas, tendo como referências os trabalhos desenvolvidos por Peter Brook, Grotowski, Eugenio Barba e Tadeus Kantor, o aluno-ator será levado a experienciar novas possibilidades expressivas corporais, vocais e emocionais, estabelecendo novos limites, desconstruindo barreiras e edificando uma nova base interna mais íntegra e essencial para a sua atuação.

Quando: 22 e 23 – (sab e dom), das 9h às 12h
Local: Sala de Dança – Sesc Casa Amarela
Vagas: 15 alunos
Público dirigido: estudantes e artistas de teatro
Inscrição pelo Link:
https://docs.google.com/forms/d/1nuPQ4Hbdld0UKuxqYRybjtXDCBuRxsQ5j3Io1BqSfRk/edit

Ateliê de Crítica e Reflexão Teatral – Luciana Romagnolli e Ivana Moura

O Ateliê de Crítica e Reflexão Teatral é um espaço de encontro para a discussão crítica sobre teatro e para o exercício da escrita de textos críticos a partir da programação da Mostra Capiba de Teatro, realizada pelo Sesc Casa Amarela, no Recife. O objetivo do ateliê é desenvolver o pensamento crítico e teórico sobre teatro, propiciar olhares sobre a produção cênica pernambucana e proporcionar experiências práticas de crítica que possam reverberar para além dos encontros. As discussões contemplam apontamentos sobre a história e o presente da crítica de teatro no Brasil, o contexto recifense, a função da crítica, os problemas dos juízos de valor, da verdade e da produção de subjetividade, e questões sobre o teatro contemporâneo e o lugar do espectador.

Quando: 17 a 21 – (seg e sex), das 14h às 18h
Local: Cineclube Coliseu
Vagas: 15 alunos
Publico dirigido: artistas de teatro, curadores, programadores, jornalistas, estudantes
Inscrição pelo Link:
https://docs.google.com/forms/d/1383c1symrs2ByZrCFvMJdTqBVuBv6zxmEOxPEZAYnms/edit

SERVIÇO

Mostra Capiba – De 14 a 22 de outubro

Onde: Teatro Capiba. SESC Casa Amarela (Av. Professor José dos Anjos, 1190. Bairro: Mangabeira)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10
teatrocapiba@gmail.com
81 – 3267-4410

teatrocapiba@gmail.com

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15 minutos de Arrocho

Lorena López interpreta Pink e Leonardo Leitão o gato. Foto: Vanessa Alcântara

Lorena López interpreta Pink e Leonardo Leitão, o gato. Foto: Vanessa Alcântara

Arrocho é uma micropeça sobre o amor em tempos de guerra, sintetiza a diretora colombiana Diana Giraldo, que assina  ainda o roteiro e a produção do espetáculo.  A encenação, que será apresentada nesta quarta (6) e quinta-feira (7), em duas sessões cada dia, às 20h30 e 21h, é um exemplar do que chamamos MicroTeatro. “É um teatro de formato reduzido, com obras cênicas de 15 minutos para poucas pessoas, em salas ou habitações pequenas de 15 a 20 m2” .

A montagem é fruto da oficina de MicroTeatro Multimídia, realizada entre abril e maio, com o apoio do Edifício Texas e da Produtora Audiovisual TRESCARAS.

No elenco, uma figura mais do que conhecida deste blog. A jornalista e crítica Ivana Moura, que também é atriz e escritora, volta aos palcos depois de longos anos dedicada ao pensamento sobre teatro e ao jornalismo. “É um desafio. Há mais de de 20 anos que não sinto o sangue ferver diante do público”, conta Ivana Moura.

Ivana fez o Curso de Formação do Ator da UFPE, uma referência teatral no final do século 20 e atuou em peças como Calderón, de Pier Paolo Pasolini, com encenação de João Denys; além de experimentos no Tucap, como Os Escolhidos, de Hilda Hilst, com direção de Carlos Varela. Nem tão longe do palco, escreveu O Crepúsculo de Van Gogh, para o projeto Iluminuras, desenvolvido por Gonzaga Leal, no Hospital da Tamarineira. E adaptou e dirigiu, junto com Lúcia Machado, o espetáculo Os Desastres de Sofia.

Arrocho terá apenas quatro sessões. Foto: Ivana Moura

No elenco de Arrocho estão também Lorena López, artista visual colombiana que experimenta pela primeira vez o universo da atuação; e Leonardo Leitão, estudante de teatro da Escola de Artes João Pernambuco.

De acordo com Diana Giraldo, Arrocho traz o contexto social da América Latina, fala sobre abuso, repressão e o mundo que queremos construir, a partir do microcosmo de uma garota. Pink vive presa dentro de sua própria casa, supostamente possui um amante “gato” e uma vizinha de alma revolucionária.

Ivana Moura faz a vizinha, Dona Fina. Foto: Vanessa Alcântara

Ivana Moura faz a vizinha, Dona Fina. Foto: Vanessa Alcântara

Ficha artística
Roteiro, direção e produção: Diana Giraldo
Elenco: Ivana Moura, Lorena López e Leonardo Leitão
Diretor Técnico: Artur Rocha
Fotografia: Vanessa Alcântara e Lorena Lopez

Serviço:
Arrocho
Quando: Quarta (6) e Quintta (7), em duas sessões cada dia, às 20h30 e 21h
Onde: Edifício Texas (Rua Rosário da Boa Vista, 163, Boa Vista)
Quanto: R$ 5 (preço único)

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Esse silêncio grita por humanidade

Nina Caetano denuncia omissão da violência contra a mulher. Foto: Frederico Chigança e equipe

Nina Caetano denuncia omissão da violência contra a mulher. Foto: Frederico Chigança e equipe

bienal-usp2Em média, 13 mulheres são assassinadas por dia no Brasil. Uma a cada duas horas, segundo o Mapa da Violência Contra a Mulher. Os dados são alarmantes, mas essa realidade pode ser ainda pior. As políticas públicas são insuficientes para barrar a cultura machista, apesar de alguns avanços, como a lei do feminicídio. A indiferença da maioria da população é um grave problema. Como em outros quesitos da vida contemporânea, o entorpecimento da sensibilidade chega a patamares tão elevados que cada um só se preocupa com os seus problemas. Mas violência que fere ou abate as mulheres não distingue classe social, nem idade. Todas podem ser vítimas. E isso é assustador.

Mas as estatísticas revelam que as mais atingidas são as pobres e negras. A elite brasileira, que poderia contribuir mais, aparenta se importar pouco, de verdade, com isso. Parece que as figuras encasteladas, sob as vigilâncias de todas as ordens,  – e principalmente que ocupam posições de poder – só são tocadas quando lhes rasgam a carne: matam seu filho, sequestram seu neto, estupram sua filha. Quando uma infelicidade dessa acontece, atinge os nervos, os ossos, os músculos e o coração dessa gente.

Talvez esse não seja o principal público da performance Espaço de Silêncio, da dramaturga, professora e atriz mineira Nina Caetano, que se insurge contra esse quadro aterrador. Mas outra plateia, subjugada pelo capitalismo e desatenta ao poder submerso dentro de si, que em dinâmica coletiva seria (será) capaz de provocar mudanças. Espaço de Silêncio é uma atuação política, de denúncia e repulsa pelas mulheres mortas. Mostra-se necessária e comovente. Normalmente é apresentada em lugares de intenso fluxo de pedestres.

Na sexta-feira em que parte do país saiu às ruas em manifestação contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, Nina Caetano estava na Praça da República, no centro de São Paulo. Sua performance integrou a programação da II Bienal Internacional de Teatro da USP. Era um dia especial. As pessoas passavam apressadas. Umas para correr da passeata, outras para engrossar a mobilização.

Uma pausa para ler o manifesto. Foto: Ivana Moura

Uma pausa para ler o manifesto. Foto: Ivana Moura

Os transeuntes pareciam em dúvida se era um protesto, uma dessas pegadinhas da TV ou até mesmo teatro. Uma ação de poucos gestos, nenhuma fala, vários textos escritos, como listagem de mulheres mortas, micro obituários e manifesto poético. Vestida de vermelho, com um turbante também vermelho na cabeça, a atriz e cofundadora do agrupamento mineiro Obscena traçava seu ritual pagão.

Durante quase uma hora, um lençol branco é seu palco. A atriz aparece com uma fita vermelha em cruz afixada na boca. Desprende a fita adesiva dos lábios. Corta com os dentes outros pedaços de fita para formar cruzes sobre o tecido branco. Um cemitério simbólico, com suas histórias de massacres que a omissão covarde quer fazer parecer banal, uma consequência “natural” da postura da mulher vítima da violência de pessoas que deveriam cuidar delas, como maridos, noivos e namorados.

Representação de um cemitério sobre o lençol branco.

Representação de um cemitério sobre o lençol branco. Foto: Ivana Moura

Esse ritual silencioso vocifera de historicidade e traça seu legado de injustiças. O gestual é suave e decidido. O olhar duro carrega uma revolta contida. Quem cruzou o olhar com a atriz sente que ela cobra a parcela que cabe a cada um da responsabilidade de estar no mundo. Essa performance atesta que essa brutalidade não pode ficar por isso mesmo. Perturbadora.

É artivismo vigoroso e contundente. Chega a ser lancinante. A cada nova cruz posta no chão amplifica a potência desse grito. Aquelas mulheres simbolizadas ali insuflam os pedidos de socorro. Com os sentidos débeis, fala-se em demasia. Vivemos saturados pela superprodução mercantil de signos, de informações descartáveis. Espaço do Silêncio vem interromper o falatório vazio das coisas. Nesse espaço-gesto que ressalta a omissão adotada em torno dessa violência, a intervenção explode de indignação na paisagem urbana. A performance foi criada a partir da Ideia-Situação do artista visual Artur Barrio, uma proposta feita para a Documenta 11.

Nessa atuação performativa e micropolítica prevalece a arte do inacabado. A poesia que se instaura a cada nova ação. Temporária e nômade. Na Praça da República, a artista encarou e desafiou os presentes. Um homem tentava fazer um discurso inócuo sobre como ele valoriza a mulher. Nina Caetano pegou o cabra pela mão e “ordenou” que ele lesse o manifesto. O rapaz não suportou. Uma mulher apareceu e queria explicações sobre o trabalho. Outros paravam um minutinho, eram tocados e partiam. E Espaço do Silêncio segue afrontando as estruturas de controle. Investe na provocação para despertar os desejos de que somos todos humanos.

Dramaturgia contundente para tirar os sentidos da letargia cotidiana. Foto: Ivana Moura

Dramaturgia contundente para tirar os sentidos da letargia cotidiana. Foto: Ivana Moura

Escrito no contexto da II Bienal Internacional de Teatro da USP (27/11 a 18/12).

DocumentaCena – Plataforma de Crítica articula ideias e ações do site Horizonte da Cena, do blog Satisfeita, Yolanda?, da Questão de Crítica – Revista Eletrônica de Críticas e Estudos Teatrais e do site Teatrojornal – Leituras de Cena. Esses espaços digitais reflexivos e singulares foram consolidados por jornalistas, críticos ou pesquisadores atuantes em Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. A DocumentaCena realizou cobertura da Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, a MITsp (2014 e 2015); do Cena Contemporânea – Festival Internacional de Teatro de Brasília (2014 e 2015); da Mostra Latino-Americana de Teatro de Grupo, em São Paulo (2014 e 2015); e do Festival de Cenas Curtas do Galpão Cine Horto, em Belo Horizonte (2013).

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