Arquivo da tag: Festival RESIDE

CENA EXPANDIDA em Pernambuco
Iluminando os festivais de artes cênicas

Dançando Villa, da Curitiba Cia de Dança participou do Cena Cumplicidades. Foto: Pedro Portugal / Divulgação

Stabat Mater, um dos destaques da programação do FETEAG. Foto: Pedro Portugal / Divulgação

Leitura dramatizada do texto Planeta Tudo, (planeet Alles), no RESIDE FIT-PE. Em cena Iara Campos, Romualdo Freitas, Edjalma Freitas e Naruna Freitas e o viodeomaker Gabriel de Godoy, Foto: Pedro Portugal / Divulgação

Cordel Estradeiro, Uma Viagem Impressionante ao Sertão, da Escola Municipal Maria De Lourdes Dubeux Dourado do Recife, em apresentação no FETED. Foto: Pedro Portugal / Divulgação

ITAÊOTÁ, do Grupo Totem na programação do Transborda. Foto: Divulgação

Cinco festivais de artes cênicas de Pernambuco participaram de uma experiência inédita e promissora no estado chamada CENA EXPANDIDA. O Cena Cumplicidades – Festival Internacional de Artes da Cena, de Arnaldo Siqueira; o FETEAG – Festival de Teatro do Agreste, de Fábio Pascoal; o FETED  – Festival Estudantil de Teatro e Dança, de Pedro Portugal; o Transborda – As Linguagens da Cena, com curadoria de Ariele Mendes e equipe do Sesc-PE, e o RESIDE FIT-PE – Festival Internacional de Teatro de Pernambuco, de Paula de Renor, se juntaram numa ação conjunta no mês de setembro no intuito de produzir um bom impacto cultural nas cidades envolvidas (Recife e Caruaru)  e seus entornos, testar a força da união de seus realizadores e articular novas possibilidades de futuros a partir das atividades formativas e espetaculares propostas.  

A atriz, curadora e produtora Paula de Renor salienta que a CENA EXPANDIDA deste ano foi uma experiência, um teste, uma espécie de projeto-piloto, já provado em pequenas doses em 2018 e 2019. “Em 2022 fomos bem além! Unimos cinco festivais, ordenamos as programações, distribuindo-as nos teatros (o que acho foi o mais complicado, pelos poucos teatros que dispomos) e tentamos que programações dirigidas a um mesmo público não se chocassem em seus horários”. 

A CENA EXPANDIDA viabilizou uma aproximação e um diálogo mais ampliado entre os produtores dos festivais envolvidos, ressalta Ariele Mendes, do Transborda. O produtor, curador e professor Arnaldo Siqueira considera que foi um passo bem importante, “oxalá tenha continuidade e ampliação do apoio dos poderes públicos”. Fábio Pascoal, produtor e curador do FETEAG,  lembra que projetos como esse são importantes para o fortalecimento da rede produtiva e para ampliar público e o acesso.

“Essa prática tem sido uma constante com o FETEAG”, situa Pascoal, pois assegura que seu festival busca a cada edição construir novas parcerias e fortalecer as existentes. “Em 2013 fizemos uma edição partilhada com o TREMA!, em 2014 com a Mostra Capiba/SESC Casa Amarela e em 2017 com o TEMPO Festival/RJ, FIAC/BA e com a Bienal de Dança do Ceará. Acreditamos em parcerias”.

Ariele reforça o papel desse entrecruzamento. “Nesta rede que se estabeleceu, conseguimos vivenciar uma integração de maneira muito mais efetiva, o que possibilitou, por exemplo, a busca por soluções para imprevistos (eles sempre acontecem) que, normalmente, acarretariam um desgaste muito grande para a equipe de cada festival específico, mas que neste movimento, foi possível compartilhar e buscar apoio junto às lideranças de cada projeto, facilitando os processos”.

Já o Arnaldo Siqueira entende que a relação profissional e solidária dos/entre produtores foi incrível na CENA EXPANDIDA. “Apenas a título de exemplo, o próprio Cena Cumplicidades abriu mão de pautas/dias e horários para oportunizar que colegas de outros festivais pudessem pautar certos trabalhos”. Mas salienta que “de outra parte, o Cena Cumplicidades foi beneficiado com a força comunitária da articulação junto aos teatros e à FCCR (Fundação de Cultura Cidade do Recife).

Outro exemplo de cooperação citado por Siqueira foi a disponibilidade de Pedro Portugal, produtor do FETED e fotógrafo, que substituiu de pronto uma fotógrafa do Cumplicidades, que adoeceu de repente. “Tal comportamento demonstra o nível de entrosamento e colaboração, algo que põe por terra o mito do caranguejo na lata que puxa para baixo o que está subindo”, situa Arnaldo.

Pedro Portugal, mencionado por Siqueira, considera que a CENA EXPANDIDA trouxe benefício para o seu festival estudantil. “Por ser um festival mais ligado às escolas, uma coisa amadora, não é menor (*faz questão de frisar!), mas posso até dizer mais caseira, possibilitou mais visibilidade. Então nós ganhamos uma dimensão maior. Quanto mais estivermos juntos melhor”.

Paula de Renor. Foto Pedro Portugal

Paula de Renor, do RESIDE FIT-PE – Festival Internacional de Teatro de Pernambuco. Foto Pedro Portugal

Arnaldo Siqueira. Foto: Christina Rufatto

Arnaldo Siqueira, do Cena Cumplicidades – Festival Internacional de Artes da Cena Foto: Christina Rufatto

Fábio Pascoal, do FETEAG – Festival de Teatro do Agreste. Foto: Reprodução do Facebook

Pedro Portugal, do FETED  – Festival Estudantil de Teatro e Dança. Foto: Divulgação

Breno Fittipaldi, curador e produtor do Transborda Casa Amarela; Luiza Cordeiro, diretora-presidente do Centro Social Dom João Costa e Ariele Mendes, curadora e analista de artes cênicas do Sesc Pernambuco. Foto: Divulgação

Essa edição da CENA EXPANDIDA é só uma parte do que foi idealizado, conta Paula de Renor. “Essa ação de colaboração é mais ampliada, com a participação de mais festivais e uma divulgação potente e eficaz, com grupos de mediação em comunidades, nos teatros, mapeando públicos diversos e oferecendo um cardápio grande de atrações durante um mês em teatros e na rua”, arquiteta.

Mas como todos nós sabemos, as verbas são fundamentais para o bom andamento dos projetos. “Infelizmente sem dinheiro é muito difícil fazer qualquer festival, por menor que seja”, frisa Pedro Portugal. “Também tivemos muito pouco tempo para fazer uma coisa maior, uma cena expandida maior, com mais abrangência e divulgação”, diz ele. 

Paula de Renor fornece outros dados: “Trabalhamos dividindo recursos para pagamento de despesas de divulgação e algumas vezes potencializando ações com o compartilhamento de atrações, sem tirar a autonomia de cada festival”.

Ao ser perguntado o que pode ser melhorado na CENA EXPANDIDA, Arnaldo Siqueira foi bem suscinto: “Proatividade na relação com os entes públicos. E seletividade”. Paula de Renor reconhece que precisava de mais divulgação. A falta de patrocínio dificultou o que foi idealizado. “Conseguimos apoio da Prefeitura do Recife via Secult e FCCR, o que foi decisivo para darmos o ponta pé inicial e apresentar ao público nosso intensão, mas não chega perto dos valores de patrocínio que precisamos para que tenhamos investimento em uma coordenação de produção geral do projeto e divulgação em mídias espontâneas e pagas”, posiciona.

Fábio Pascoal diz que é necessário fazer uma “avaliação precisa do papel de cada festival dentro da rede, respeitando suas individualidades e programações”. Outro ponto que ele visualiza para as próximas edições é o compromisso das instituições parceiras, “que acreditam no potencial da iniciativa e possam apoiar financeiramente a proposta, tendo em vista que é uma iniciativa de produtores independentes, que deve ser reconhecida como tal”. Paula de Renor acrescenta: “Não buscamos captar verbas para cada festival que participe da CENA, esse não é nosso objetivo. Para isso cada festival luta individualmente na procura de recursos para sua realização. E justamente pela falta de verbas de patrocínio vários festivais deixaram de acontecer este ano”.

A experiência suscita diversas reflexões e inquietações que miram o futuro, na opinião de Ariele Mendes. “Entendo a CENA EXPANDIDA como um movimento, e desta forma, não a vejo iniciando ou se encerrando no mês de setembro. Ela precisa permanecer por todo ano, de maneira contínua e articulada, em diálogo com a classe, com as instituições, coletivizando junto a outros produtores, se colocando em atuação nas diversas esferas… A realização dos festivais é o momento de festa, da celebração… Mas para que eles possam acontecer, é necessário uma série de processos e conquistas, que só é possível quando se ocupa certos espaços nos debates contínuos da cultura, construindo pontes estruturadas, no dia a dia…” Ariele entende que “todos os produtores envolvidos já são muito atuantes nestes diálogos. Juntos, conseguiremos ainda mais força”.

“O que propomos”, evidencia Paula de Renor, “é que a CENA EXPANDIDA seja entendida como uma ação que, potencializada, pode entrar no calendário da cidade, movimentando o turismo cultural, atraindo público das cidades vizinhas”. Ela cita como exemplo a cidade de Edimburgo na Escócia. “Durante um mês, Edimburgo envolve uma quantidade enorme de festivais que acontecem simultaneamente e sua população de 500 mil habitantes chega a 1 milhão nesse período. A cidade vive deste turismo cultural. Essa é uma construção de muitos anos, mas se a gente não acreditar e não começar agora, nunca saberemos se em Recife poderá dar certo.
Estamos provocando e motivando Prefeitura e Governo do Estado para que percebam o que estamos oferecendo à cidade!”, alerta.

Se liga Recife!!!  Parodiando Carlos Pena Filho, é do sonho de mulheres como Paula de Renor que uma cidade se inventa.

Poeta Preto, da Trupe Veja Bem Meu Bem no FETEAG. Foto: Pedro Portugal Divulgação

Um Mero Deleite, da Nalini Cia de Dança (Go) , integrou a programação do Cumplicidades. Foto: Ivana Moura

Arnaldo Siqueira – Entrevista

Arnaldo Siqueira. Reprodução de tela do Youtube

Encaminhei perguntas para os representes dos cinco festivais no início da programação. Ariele Mendes respondeu pelo Transborda; Fábio Pascoal pelo seu FETEAG, Pedro Portugal pelo seu FETED, Paula de Renor deu um truque e Arnaldo Siqueira respondeu, agora já como balanço. 

Os números do Cena Cumplicidades chegaram a 23 trabalhos artísticos, em 40 apresentações de 3 Países (Portugal/Moçambique/Brasil), 6 estados da federação (PE/ RN /PB/ GO/ PR/ RJ), sendo de Pernambuco obras de Recife e Jaboatão dos Guararapes. Além disso o Cumplicidades teve como atividades complementares 5 workshops, uma residência artística de videodança (on line e presencial) e uma mostra de videodança. “Certamente não teria sido assim sem a articulação da CENA EXPANDIDA”, destaca.

Arnaldo, o Cumplicidades já levou espetáculos incríveis para os palcos de Pernambuco,
montagens internacionais ousadas, que contribuíram para a ampliação do olhar sobre a cena contemporânea. Pergunta: o que te motiva, o que te move a tocar o Cumplicidades? O que você busca com isso?
O que me motiva é fomentar as artes da cena, sobretudo a dança que, sendo uma arte da juventude, como tal, necessita de doses regulares de informações artísticas. Num mundo de acessos fáceis e reprodutibilidade, onde a cópia deu lugar à reprodução do original, sendo ela
mesma um (outro) original. Acredito que as artes do corpo, e a dança em especial, é a joia rara que só se capta na presencialidade (por isso joia, e também rara). Não há meio termo possível (a tela não dá conta disso), é preciso que súbito se tenha a impressão de ver e sentir algo que só naquele momento de presencialidade foi possível. E que um rosto adquira de vez em quando uma expressão só encontrável no orgasmo. É preciso que tudo isso que está na cena seja sem ser, mas que desabroche no olhar do espectador. E se plasme no encontro com o inesperado.

Qual a posição do seu festival no mapa da cidade (e do país) no que se refere à formação de público, a balançar as estruturas, a honrar a tradição nas artes cênicas ou traçar pontes com o contemporâneo?
O festival enfoca as artes da cena com atenção à singularidade da dança, do corpo e da performance. Desde 2008 o festival cultiva a experimentação de linguagem, a formação de plateias no Recife (que já foi um dos centros das artes cênicas), mas também se dedica ao
fomento de novos talentos na cidade, e à cooperação dos artistas locais e regionais com estrangeiros, dando ênfase ao intercâmbio com a produção ibero-americana. Enfim, busca a atualização estética tanto do público quanto dos artistas de cena, principalmente os da dança.

Como você interpreta as políticas públicas para as artes da cena do Recife e de Pernambuco? O que é prioritário e urgente?
Indiferente e sem compreensão NENHUMA do papel dos festivais.

Fale brevemente do cardápio dessa edição, os trabalhos. E como foi viabilizada a produção?
A edição de 2022 enfocou à produção artística considerada de superação e enfrentamento tanto dos impactos da pandemia do Covid 19, como das agruras do atual cenário de descaso e precariedade do país no âmbito da cultura. O Festival deu visibilidade a uma produção local que investiu em criação artística presencial, oportunizou a contratação de coreógrafos, técnicos e bailarinos locais, e, assim, contribuiu com a cadeia produtiva da dança do Recife. No âmbito internacional (e seguindo o mesmo raciocínio de consideração de investimento na produção local) o Festival programou os trabalhos desenvolvidos na Região NE (PB e PE) por artistas estrangeiros com artistas brasileiros (Oráculo do Corpo e Orivayá – o vento pediu para a folha dançar), ou trabalhos desenvolvidos fora do país por artistas nordestinos (Pin Dor Ama primeira lição e Santa Barba, ambos de Portugal, são alguns exemplos).
A formação da equipe atendeu aos mesmos requisitos de quem, a despeito das necessidades, manteve-se na produção cultural, resistindo. Diferentemente de anos melhores, nas últimas edições venho, eu mesmo, fazendo a produção executiva. “Bato o escanteio e corro para
cabecear para o gol”.

A praxe dos festivais em Pernambuco é tocar essas iniciativas “na raça”. Isso é motivo de orgulho ou preocupação? E como você vem realizando nos últimos anos?
É motivo de preocupação sobretudo para os festivais consolidados como o Cena
Cumplicidades. Nos últimos anos estamos realizando “na raça” como vc disse.

Neste ano, com previsão para os seguintes, o seu festival integra o CENA EXPANDIDA com mais quatro festivais. O que as artes da cena (e seu público) da cidade do Recife e de Pernambuco ganham com essa ação?
Uma pluralidade incrível de opções e a oportunidade de perceber a força das artes da cena da cidade.

Qual a pergunta que não quer calar?
Quando o poder público vai atentar para o valor de festivais consagrados? Tem resposta? Está no tempo…

 

Deslenhar, do Teatro Miçanga, se apresentou no Transborda

José Neto Barbosa, na leitura Os Titãs, de Paola Trazuk, com direção de Monina Bonelli, na programação do RESIDE FIT-PE. Foto: Pedro Portugal / Divulgação

Outros textos sobre o CENA EXPANDIDA postados:

Cena Expandida na reta final

Festival RESIDE avança na internacionalização com dramaturgia holandesa e proposta argentina *Ação Cena Expandida*

A resistência dos vaga-lumes Feteag chega à 31ª edição*Ação Cena Expandida*

Transborda integra o Cena Expandida

Festival Estudantil garimpa artistas e investe na formação de público *Ação Cena Expandida*

Cena Expandida em Pernambuco Uma ação articulada com cinco festivais

Postado com as tags: , , , , , , , , , , , , , , ,

Cena Expandida na reta final

Um Mero Deleite, com a Nalini Cia de Dança, está no Cena CumpliCidades. Foto Daniel Calvet / Divulgação

Gabriela Holanda é atração do Feteag – Festival de Teatro do Agreste com Sopro D’Água. 

Leitura dramatizada do Festival Reside, com direção de Rodolfo García Vázquez

Com leituras de peças, lançamento de livros da dramaturgia holandesa, shows, espetáculos de teatro e dança, três dos festivais que integram o Cena Expandida finalizam a edição de 2022 nesta semana. São eles: CenaCumplicidades, Feteag – Festival de Teatro do Agreste e Reside Festival. Também integram o Cena Expandida, ação de articulação e colaboração entre os festivais, o Transborda -as linguagens da cena, do Sesc/PE e o Festival Estudantil de Teatro e Dança, todos eles realizados neste mês de setembro.

O Cena CumpliCidades, que privilegia a dança e a performance, oferece no seu quadro de programação Um Mero Deleite, da Nalini Cia de Dança, na quinta-feira (29/09) e na sexta-feira (30/09) no Teatro Hermilo Borba Filho, O espetáculo que resgata o Mito do Andrógino, do livro  O Banquete de Platão, para discutir a busca inquietante pelo amor conjugal.

O Mito do Andrógino fala de seres completos e quase perfeitos, que foram partidos ao meio pelos deuses e, se sentindo mutilados, vagam por toda a vida em busca da sua outra metade. O trabalho cutuca essa característica humana de buscar no outro uma completude. Um Mero Deleite pergunta em movimentos coreográficos se a solução para a inquietude humana é o amor romântico.

Na sexta-feira (30/09) tem uma obra inspirada em Heitor Villa-Lobos (1887-1959), o mais importante e reconhecido maestro brasileiro, chamado Dançando Villa, do Curitiba Cia de Dança, no Teatro de Santa Isabel. Villa-Lobos alargou o imaginário do Brasil para os brasileiros, valorizando a diversidade cultural, identitária e sonora. No espetáculo de dança contemporânea, as coreógrafos Nicole Vanoni e Rosa Antuña levam ao palco partituras que destacam um corpo coletivo desejoso, que comungam alegria e fé de suas origens, das expressões das danças brasileiras.

Ainda na sexta ((30/09), tem Santa Barba, com Paulo Emílio, de Portugal, no Museu de Artes Afro-Brasil Rolando Toro. Culmina com uma festa, no próprio museu, o MUAFRO, com as participações de Santa Barba, Dinian Calazans e Samba no Canavial.

Desde março de 2017, que Santa Barba (Paulo Emílio) circula por cafés e espaços culturais do Porto e Coimbra, em Portugal, semeando seu universo poético performativo de canções e muitas memórias. Essa curadoria artística carrega uma mistura de alegria e dor, reminiscências da descoberta da sexualidade e a consciência de abusos sexuais e morais sofridos na infância e adolescência. Acompanhada por dois amigos, músico e DJ, a artista projeta as referências impregnadas na corpa, como Santa Paula Barbada, de Ávila, Espanha; Carmen Miranda; Clovis Bornay; Elke Maravilha; Ney Matogrosso; Dzi Croquetes; Frenéticas…, e suas vivências religiosas, amorosas, etc. etc. etc.

Ivam Cabral, tradutor; Esther Gerritsen, dramaturga e Rodolfo García Vázquez, tradutor e diretor da leitura

Os atores Romualdo Freitas, Iara Campos e Edjalma Freitas. Foto: Divulgação

Já o trunfo da 4ª edição do Reside Festival é o Projeto de Internacionalização de Dramaturgias, que ganha duas ações nesta quarta-feira (28/09) no Teatro Hermilo Borba Filho, às 19h. A leitura dramatizada de Planeta Tudo, de Esther Gerritsen, com tradução de Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez. E o lançamento da coleção de cinco textos de autores holandeses contemporâneos, traduzidos por artistas brasileiros e editados pela editora Cobogó.

A leitura, com o Coletivo Caverna, é resultado de uma residência artística com o diretor Rodolfo García Vázquez, da Cia Os Satyros, de São Paulo.

Planeta Tudo –  Alles (planeet Alles) é uma comédia absurda, crítica do comportamento  dos  humanos. A lupa de aumento sobre os procedimentos dos terráqueos ocorre quando três alienígenas, do Planeta Tudo, chegam à Terra para arranjar uma pecinha para um botão de volume deles. Como no território desses ETs tem de tudo, mas apenas uma unidade, quando quebra eles correm o universo para consertar. No caso, a Terra, que tem uma abundância de trecos diferentes.

A autora de Planeta Tudo –  Alles (planeet Alles), a holandesa Esther Gerritsen, além de dramaturga é romancista e roteirista. Em 2014 recebeu o prêmio Frans Kellendonk pelo conjunto de sua obra. Ela assina o roteiro do filme Instinct (Instinto), de 2019.

Semana passada, o Reside apresentou dois textos criados dentro do contexto do Bombón Gesell-Violência e Justiça na Ibero-América, outro projeto curatorial colaborativo internacional esse realizado em parceria com o Festival de Teatro Bombón, da Argentina. Foram lidos os textos O Aquário, de Janaína Leite e Colors Bars, de Giordano Castro, ambos com direção Juliana Piesco e elenco formado por alunos de Artes Cênicas da UFPE. Além de Os Titãs, da dramaturga argentina Paola Trazuk, com o ator potiguar José Neto Barbosa e direção de Monina Bonelli.

Idealizado por Márcia Dias, diretora e curadora do TEMPO_FESTIVAL, o Projeto de Internacionalização de Dramaturgias foi fortalecido com o envolvimento do Núcleo dos Festivais. O Núcleo produziu as duas primeiras edições, que traduziram as obras de autores espanhóis e franceses contemporâneos seguidas de encenação.

A diretora do Reside, Paula de Renor, insiste que seu festival oferece um contato estreito do público e dos artistas pernambucanos com expressões dramáticas contemporâneas. Com a residência do coletivo A Caverna com o diretor Rodolfo Garcia Vazquez e o workshop Arte e Comunidade com Monina Bonelli  e Sol Salinas, do Teatro Bombón, na Argentina, o Reside planta outras sementes e faz articulações para verticalizar sua vocação de difusão, formação e  reflexão da cena teatral.

A´s situações hídricas estão no centro da pesquisa de Gabriela Holanda. Foto Divulgação

Estudo N°1 Morte e Vida, do Grupo Magiluth. Foto: Vitor Pessoa / Divulgação

Rubi. Foto Victor Soldano / Divulgação

Em Caruaru, a preocupação com as mudanças climáticas ganha potência de arte. Sopro D’Água, com Gabriela Holanda (Olinda/PE) é exibido no Teatro Rui Limeira Rosal, nesta quarta-feira (28/09) às 20h. Essa peça reivindica a reconexão com o mundo aquático e pergunta:  qual o lugar da água numa sociedade à beira de um colapso ambiental? A dança de Gabi Holanda parte da tríade água-corpo-ambiente, e se sustenta na compreensão de que somos e viemos da água,

A questão da migração motivada por condições “melhores”, a  relação do ser com a a terra, com o trabalho, com a morte e com o poder político estão na base do espetáculo Estudo Nº1: Morte e Vida, do Grupo Magiluth, do Recife. As urgências alarmantes dos últimos tempos atravessam essa peça-palestra, que dialoga com João Cabral de Melo Neto, e segue tecendo sua própria linguagem teatral. Com posicionamento político, com alegrias estéticas.  “Olé, Olé, Olé, Olá, Severino, Severino”. Está na programação do Feteag desta quinta-feira (29/09), às 20h, no Teatro Rui Limeira Rosal em Caruaru

Nem toda pausa é espera, do cantor Rubi faz o show de despedida da Feteag deste ano, na sexta (30/09), às 20h, no  Teatro Rui Limeira Rosal, em Caruaru. Dono de voz afinadíssima e forte presença de palco, Rubi ganha relevo no cenário nacional por saber editar a vida, isso inclui a escolha de repertório, que revisita a tradição da música brasileira e adota compositores contemporâneos. Impressionou positivamente por sua força cênica e vocal quando participou de shows de Elza Soares, A Mulher do Fim do Mundo e Deus é mulher.

 

Reside Festival

Dia 28/09 

Teatro Hermilo Borba Filho, às 19h
Leitura dramatizada do texto Planeta Tudo(planeet Alles), 
de Esther Gerritsen/Holanda,
com tradução de Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez – Satyros (Brasil-São Paulo).
Direção de Rodolfo García Vázquez com Coletivo Caverna/PE.
Elenco: Edjalma Freitas, Iara Campos, Mozart Oliveira e Naruna Freitas. 
Iluminação: João Guilherme de Paula, 
Vídeo: Gabriel de Godoy, 
Adereços: Romualdo  Freitas, 
Produção: Luiz  Manuel.
Transmissão da leitura ao vivo, pelo canal no YouTube do RESIDE, com a participação da dramaturga holandesa Esther Gerritsen, direto da Holanda, e com Ivam Cabral (um dos tradutores), que estará em Estocolmo.

Lançamento da Coleção Holandesa: após a leitura, haverá o lançamento da coleção de livros com cinco volumes, editada pela editora Cobogó:
– Ressaca de palavras, (Spraakwater) de Frank Siera, tradução: Cris Larin
– No canal à esquerda (Bij het kanaal naar links), de Alex van Warmerdam, tradução: Giovana Soar
– Planeta tudo (Alles – planeet Alles),  de Esther Gerritsen; tradução: Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez
– Eu não vou fazer Medeia (I won’t play Medea), de Magne van den Berg, tradução Jonathan Andrade
– A Nação – Uma peça em seis episódios ( The Nation), de Eric de Vroedt / Het Nationale Theater, tradução: Newton Moreno e Almir Martines

Cena CumpliCidades

29/09, quinta-feira, às 19h
30/09, sexta-feira, às 19h

UM MERO DELEITE
com Nalini Cia de Dança
Teatro Hermilo Borba Filho
55 minutos
Classificação: 10 anos
FICHA TÉCNICA
Direção Geral e Coreografia: Valeska Vaishnavi (Valeska Gonçalves)
Assistente de Direção e Produção: Gandha Leite
Intérpretes Criadores: Isabel Mamede, Inaê Silva, Roh Witcth, Gandha Leite, Gabriela Neri
Trilha Sonora Original: Erick Galdino
Desenho de Luz e Figurino: Gandha Leite e Valeska Vaishnavi
Produção Executiva: Marcilene Dornelas
Apoio: World Group Company e Centro Cultural UFG

 

30/09, sexta-feira, às 20h

Dançando Villa. Foto: Divulgação

DANÇANDO VILLA
Curitiba Cia de Dança

Teatro de Santa Isabel
50 minutos
Classificação: Livre
FICHA TÉCNICA
Direção Artística e Geral: Nicole Vanoni
Coreografia: Rosa Antuña
Produção: Flávia Sabino
Direção de Produção: Augusto Ribeiro
Assistente de Direção: Hamilton Felix
Iluminação: Fábia Regina
Integrantes da Companhia: Patrich Freire, Nicole Vanoni, Rubens, Jackson, Giulia Santos, Julia Melo, Davi Nascimento, Nathalia Tedeschi, Fábia Regina, Lucília Maria, Leonardo Kabitschke, Isabela Venâncio, Isaías Estevam, Hamilton Felix, Vanessa Santos, Tatiana Araújo

30/09, sexta-feira, 22h

Santa Barba. Foto: Dori Nigro

SANTA BARBA
Paulo Emílio (Portugal)
Museu de Artes Afro-Brasil Rolando Toro
90 minutos
FICHA TÉCNICA
Criação e performance: Paulo Pinto
Músico: Maurício Alfaya
Dj: Coby
Produção: Dori Nigro e Patrícia Alfaya

FESTA
Santa Barba / Dinian Calazans / Samba no Canavial
Local: MUAFRO

Feteag – Festival de Teatro do Agreste 

28/09, quarta-feira, 20h

Gabriela Holanda. Foto: Divulgação

Sopro D’Água
Gabriela Holanda( PE)
Teatro Rui Limeira Rosal (Rua Rui Limeira Rosal, s/n, Petrópolis – Caruaru)

29/09, quinta-feira, 20h

A bandeira de Kiribati e as mãos levantadas como pedido de socorro, no espetáculo do Magiluth

Estudo Nº1: Morte e Vida
Grupo Magiluth (Recife/PE)
Teatro Rui Limeira Rosal (Rua Rui Limeira Rosal, s/n, Petrópolis – Caruaru)

30/09, sexta-feira, 20h 

Show – Nem toda pausa é espera
Rubi (Brasília/DF)
Teatro Rui Limeira Rosal (Rua Rui Limeira Rosal, s/n, Petrópolis – Caruaru)

Postado com as tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , ,

Festival RESIDE avança na internacionalização
com dramaturgia holandesa e proposta argentina
*Ação Cena Expandida*

As argentinas Monina Bonelli e Sol Salinas. Foto: Divulgação

A dramaturga holandesa Esther Gerritsen. Foto Paul Rapp / Divulgação

O RESIDE FESTIVAL na sua quarta edição aposta suas fichas na difusão, formação e reflexão da cena teatral através de residências artísticas, oficinas e encontros. Com isso, o público pernambucano tem oportunidade de compartilhar experiências, ideias e processos criativos. O programa ocorre de 20 a 28 de setembro de 2022, no Teatro Apolo Hermilo, no centro do Recife.

No foco estão o resultado de dois projetos de colaboração internacional que o RESIDE realizou entre 2021 e 2022, com a Holanda e com a Argentina. Um é o Projeto de Internacionalização de Dramaturgias/Coleção Holandesa e o outro é Projeto Bombón Gesell- Violência e Justiça na Ibero-América.

Os frutos são quatro leituras dramatizadas; um workshop intitulado “Arte e Comunidade”; uma residência artística; e o lançamento de uma coleção de livros de dramaturgia holandesa. São ações “para estreitar os laços de convivência e estimular a quebra de eventuais barreiras territoriais e linguísticas”, diz a diretora do festival, Paula de Renor.

O RESIDE integra a CENA EXPANDIDA, uma ação de articulação e colaboração entre os festivais CenaCumplicidades, Festival de Teatro do Agreste, Festival Estudantil de Teatro e Dança e Transborda—as linguagens da cena, do Sesc/PE. A CENA EXPANDIDA acontece durante todo mês de setembro de 2022.

O RESIDE tem apoio da Copergás, Sesc/PE e Prefeitura do Recife através da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura da Cidade do Recife.

Edjalma Freitas, Iara Campos, Mozart Oliveira e Naruna Freitas participam da leitura. Foto: Divulgação

Rodolfo Garcia Vazquez tradutor de Planeta Tudo. Foto: Andre Stefano (@fotosdeteatro) / Divulgação

Ivam Cabral, tradutor de Planeta Tudo –  Alles (planeet Alles). Foto: Andre Stefano @fotosdeteatro / Divulgação

Dramaturgia Holandesa

Disfarçados de humanos, três alienígenas, do Planeta Tudo, chegam à Terra para conseguir uma mola para o botão de volume, pois a deles quebrou.  E no planeta Tudo, há apenas um de tudo. Quando pifa, eles têm que batalhar em outro planeta uma peça de substituição.

Sylpia, Jan e Bavo vão parar em um escritório com uma pessoa super organizada. Eles se esforçam para parecer o mais humano possível. Não é fácil. Jan se apaixona, Sylpia experimenta o ciúme e Bavo é apenas ele mesmo: um quadrado azul perfeito disfarçado, que ninguém leva muito a sério.

A leitura dramatizada do texto Planeta Tudo –  Alles (planeet Alles) ocorre no dia 28 de setembro às 19h, no Teatro Hermilo. A peça é de autoria de Esther Gerritsen, dramaturga, romancista e roteirista do filme Instinct, que concorreu ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2019 e foi premiado em festivais como Locarno, Toronto e Londres. A direção é assinada por Rodolfo García Vázquez, da Cia Os Satyros, de São Paulo e o elenco é formado pelo Coletivo Caverna de Olinda. A peça tem tradução de Ivam Cabral e Rodolfo García Vásquez.

Capas da coleção Dramaturgia Holandesa, da Editora Cobogó

Depois da França em 2019, o RESIDE trabalha neste ano com projeto de internacionalização da Dramaturgia Holandesa. Cinco textos de autores holandeses contemporâneos, que foram traduzidos por artistas brasileiros, fazem parte do programa.

A partir de residência, os diretores brasileiros, os autores holandeses e companhias de teatro convidadas, compartilham o processo criativo e apresentam as leituras de texto em cinco programas que integram o Núcleo dos Festivais Internacionais de Artes Cênicas do Brasil.

Alguns critérios foram eleitos para a seleção de textos e de autores: peças escritas no século 21, de autores vivos com pelo menos um prêmio importante de dramaturgia, textos que despertem interesse e tenham viabilidade econômica, e, que essa escritura gerasse um movimento de aproximação com o público não especializado em dramaturgia contemporânea holandesa.

Os tradutores convidados para o projeto são Cris Larin – Spraakwater (Ressaca de palavras), de Frank Siera; Giovana Soar – Bij het kanaal naar links (No canal à esquerda), de Alex van Warmerdam; Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez –  Alles (planeet Alles)  (Planeta tudo), de Esther Gerritsen; Jonathan Andrade – I won’t play Medea (Eu não vou fazer Medeia), de Magne van den Berg; e Newton Moreno e Almir Martines – The Nation (A Nação – Uma peça em seis episódios), de Eric de Vroedt/Het Nationale Theater.

O Projeto de Internacionalização de Dramaturgias foi idealizado por Márcia Dias, diretora e curadora do TEMPO_FESTIVAL, que envolveu o Núcleo dos Festivais no projeto. Para Márcia Dias, a atuação do Núcleo ampliou a abrangência e agregou mais artistas e públicos. Como resultados diretos da cooperação estão o estímulo ao intercâmbio, os processos colaborativos de criação e a internacionalização de artistas e obras de artes cênicas.

 O Núcleo produziu as duas primeiras edições que traduziram as obras de autores espanhóis e franceses contemporâneos seguidas de encenação.

A Coleção da Dramaturgia Espanhola gerou desdobramentos em 2015. Foram quatro montagens teatrais, uma indicação a prêmio e a produção de um filme de longa-metragem exibido por diversos festivais.

Já em 2019 foi efetivada a Nova Dramaturgia Francesa e Brasileira. A segunda experiência do projeto ergueu uma via de mão dupla, traduziu e difundiu a dramaturgia francesa para o português (Coleção Dramaturgia Francesa, Editora Cobogó), e textos brasileiros para o francês.

A diretora editorial da Cobogó, Isabel Diegues, encara a Coleção Dramaturgia Holandesa como um desafio saboroso e instigante. “Traduzir é parte da prática teatral. Traduzem-se os textos para a cena. Gestos, falas, cenários, figurinos, luz, movimentos são todos, de certo modo, traduzidos a partir de ideias da dramaturgia, além de tantas outras que se constroem na prática teatral”.

O Projeto de Internacionalização de Dramaturgias/Dramaturgia Holandesa tem o apoio do Performing Arts Fund NL  e Dutch Foundation for Literature.

 

Projeto Teatro Bombón Gesell-Violência e Justiça na Ibero-América

Giordano Castro, Janaína Leite, Paola Trazuk terão leituras de suas dramaturgias

A pandemia da Covid-19 instigou muitos artistas a se reinventarem. A curadora, produtora, diretora e atriz argentina Monina Bonelli pensou um novo projeto para o Teatro Bombón, que pudesse acontecer durante a época mais severa do distanciamento social, mas que tivesse fôlego de existir na presencialidade.

Monina foi construindo essa nova caixa de bombons teatrais em conexões da Argentina com Chile, Brasil, Peru, México, Portugal e Espanha. Um mosaico de vozes ibero-americanas foi traçado para discutir violência e Justiça com procedimentos dramáticos e pós-dramáticos, ativadas pelo  “site-specific” câmera Gesell.

Essas dramaturgias a Ibero-América se erguem a partir de um ato fundacional de violência: a colonização.

No Processo foram convocados 12 artistas de sete países para participarem de uma residência virtual de dramaturgia, sendo quatro da Argentina, dois do México, um do Chile, um da Espanha, um de Portugal, um do Peru e dois do Brasil.

A colaboração se deu entre o Festival de Teatro Bombón (Argentina), Centro Cultural Gabriela Mistral (Chile), Teatro La Plaza (Peru), Organização teatral da Universidade Veracruzana (México), Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (Portugal) e Antic Teatre (Espanha).

Do Brasil, foram escolhidos para participar do projeto Giordano Castro, de Pernambuco e  Janaína Leite, de São Paulo. 

Foram realizados encontros virtuais com pensadores das ciências sociais e da filosofia, militantes dos direitos humanos e artista no Fórum Ibero-Americano sobre Violência e Justiça. Dessa experiência brotaram 12 textos de e 13 vídeos que estão disponíveis. https://www.teatrobombon.com/copia-de-bomb%C3%B3n-gessel

Três leituras dramatizadas dos textos criados por autores da Argentina, São Paulo e Pernambuco estão na 4ª edição do RESIDE, articuladas com grupos locais e no workshop Arte e Comunidade ministrado por Monina Bonelli. São elas: O Aquário, de Janaína Leite, com direção de Juliana Piesco; Colors Bars, de Giordano Castro com direção Juliana Piesco e Os Titãs, da argentina Paola Trazuk com direção de Monina Bonelli.

Para conhecer Teatro Bombón siga o link https://www.teatrobombon.com/

 

PROGRAMAÇÃO

Entrada gratuita. Os ingressos estão disponíveis no local, uma hora antes do início de cada apresentação. 

Dias 20 e 21

Workshop Arte e Comunidade
Com Monina Bonelli / Sol Salinas ( Teatro Bombón/ Argentina)
Das 14h às 18h
Local: Dia 20 no SESC Casa Amarela e dia 21 no SESC Santo Amaro
* Direcionada a Gestores culturais, produtores, agentes comunitários, arte educadores
* Haverá uma parte prática entregue como trabalho pelo aluno, virtualmente, após os encontros presenciais.
GRATUITO
Selecionades por inscrição (20 vagas)
*Foca nas alternativas às estratégias centralizadoras e top-down que se baseiam em ações como levar cultura aos bairros ou que a apresentam como objeto estático e luxuoso . Uma reflexão sobre território, para compreender e promover seus espaços de expressão, sua própria cultura e sua memória coletiva.

Dia 22/09

Teatro Apolo, às 19h

Apresentação do Projeto  Bombón Gesell,  por Monina Bonelli (AR)
Leitura do texto O Aquário, de Janaína Leite/Brasil/SP. Direção Juliana Piesco/PE 
Elenco: Clara Lucena, Erique Nascimento, José Eudes, Ton de Souza, Joaquim Ângelo/PE (atores ligados ao Núcleo de Pesquisa Pindorama / Graduação em Teatro CAC-UFPE). Participação especial: Ivo Barreto/PE

Janaína Leite apresenta dentro da programação do  FETEAG (Festival de Teatro do Agreste)  seu espetáculo Stabat Mater, no Teatro Hermilo. A apresentação ocorre logo após a leitura.  Com essa obra, Janaína ganhou o Shell de Melhor Dramaturgia / 2019.   

Juliana Piesco, mora atualmente no Recife. Coordena as atividade de extensão do CAC-UFPE.  Trabalhou com Janaína em alguns projetos, inclusive Stabat Mater. Foi assistente de direção e desenvolveu o conteúdo audiovisual dos experimentos sensoriais Tudo que coube numa VHS, Todas as histórias e Virá, do Grupo Magiluth. 

Dia 23/09 

Teatro Hermilo Borba Filho, às 19h

Leituras Dramatizadas dos textos do Projeto Bombón Gesell: 
Colors Bars, de Giordano Castro/Brasil/PE. Direção Juliana Piesco/PE
Elenco: Alice Portela, Ariane Fernandes e Lucas Carvalho/PE (atores ligados ao Núcleo de Pesquisa Pindorama / Graduação em Teatro CAC-UFPE).
Os Titãs, de Paola Trazuk/AR. Direção: Monina Bonelli/AR
Ator: José Neto Barbosa/PE

De 24 a 28/09 

Centro Apolo-Hermilo/Coletivo Caverna
Residência de Rodolfo García Vázquez (Os Satyros/SP) com o Coletivo Caverna/PE

Dia 28/09 

Teatro Hermilo Borba Filho, às 19h

Leitura dramatizada do texto Planeta Tudo, (planeet Alles), de Esther Gerritsen/Holanda, com tradução de Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez – Satyros (Brasil-São Paulo). Direção de Rodolfo García Vázquez com Coletivo Caverna/PE.
Elenco: Edjalma Freitas, Iara Campos, Mozart Oliveira e Naruna Freitas. Iluminação: João Guilherme de Paula, Vídeo: Gabriel de Godoy, Adereços: Romualdo  Freitas, Produção: Luiz  Manuel.
Transmissão da leitura ao vivo, pelo canal no YouTube do RESIDE, com a participação da dramaturga holandesa Esther Gerritsen, direto da Holanda, e com Ivam Cabral (um dos tradutores), que estará em Estocolmo.

Lançamento da Coleção Holandesa: após a leitura, haverá o lançamento da coleção de livros com cinco volumes, editada pela editora Cobogó.

* Além de dramaturga e romancista, Esther Gerritsen é roteirista.  É co-autora da série Red Light [Luz vermelha] (2020) e roteirista do filme Instinct [Instinto] (2019), premiado em festivais como Locarno, Toronto e Londres, e concorrente holandês ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2019.

FICHA TÉCNICA- RESIDE FESTIVAL

Realização: Remo Produções Artísticas

Produção: Paula de Renor
Curadoria: Celso Curi e Paula de Renor
Consultoria: Fervo Projetos Culturais
Produção Residência/Leitura Dramaturgia Holandesa: Luiz Manuel/Coletivo Caverna

Postado com as tags: , , , , , , , , ,