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A Visita da Velha Senhora reacende debate entre ética e sobrevivência

Denise Fraga protagoniza espetáculo de Friedrich Dürrenmatt e divide a cena com mais doze atores, incluindo o pernambucano Tuca Andrada. Foto: Cacá Bernardes

Denise Fraga protagoniza espetáculo de Friedrich Dürrenmatt e divide a cena com mais doze atores, incluindo o pernambucano Tuca Andrada. Foto: Cacá Bernardes

Ao chegar ao Recife em 2016 com a peça Galileu Galilei, de Bertolt Brecht, Denise Fraga disse, em mais de uma entrevista, que encenou o espetáculo para refletir sobre o incômodo que sentia ao ver pessoas justificando o injustificável e fazendo cara de paisagem para os mais diversos absurdos. É com o mesmo espírito que ela vem novamente ao Recife com o espetáculo A Visita da Velha Senhora, peça de Friedrich Dürrenmatt que se tornou um clássico instantâneo do teatro contemporâneo. A peça terá quatro sessões no Teatro de Santa Isabel, desta quinta (24) até o domingo (27). Junto com A alma boa de Setsuan, que a atriz protagonizou em 2008, Denise diz ter encenado uma trilogia que põe no palco o dilema entre ser ético e sobreviver em um mundo que incentiva a injustiça.

Quem conta essa história é um elenco de 13 pessoas, incluindo, além de Denise, o pernambucano Tuca Andrada. A bilionária Claire Zahanassian chega a Güllen, cidade onde viveu os primeiros anos de sua vida, e a encontra falida. Seu objetivo é colocar a localidade inteira a serviço de seu plano de vingança, propondo doar um bilhão aos seus habitantes se eles matarem Alfred Krank, uma antiga paixão que a abandonou grávida para se casar com outra por interesse. De início, todos acham a oferta um absurdo, mas a ricaça desarma, aos poucos, a resistência da cidade com a frase “eu posso esperar”, instalando-se no hotel da cidade com seu séquito. Previsivelmente, a morte de Krank passa de algo absurdo a necessário.

Como poucas coisas no mundo, o humor pode servir, ao mesmo tempo, como instrumento de cumplicidade e reflexão. É o que parece ser a opinião de Denise, mais uma vez mergulhando no teatro épico. “A peça não só é atual como dá a impressão de ser quase encomendada para os dias de hoje. Dürrenmatt escreve uma série de cenas que demonstram como nossos valores morais vão se adequando ao poder econômico. Ele é genial porque escreveu uma tragédia em timing cômico. A Claire é a encarnação do capital na figura de uma mulher que foi massacrada. O autor não a concebeu como uma vilã absoluta. Ela é simpática, espirituosa, muito carismática e, além disso, a dor dela está em cena. Luiz Vilaça [diretor do espetáculo] inclui a plateia como cidadãos dessa cidade. Quem vê a peça fica dividido, pois fica com raiva mas diz entender o lado dela”.

O pernambucano Tuca Andrada, que interpreta Alfred Krank, volta à cidade com A visita da velha senhora após mais de dez anos longe dos palcos locais. De acordo com o ator, o caráter duvidoso do personagem vai sofrer uma transformação profunda ao longo do espetáculo. “Krank é o único personagem verdadeiramente trágico da peça. Os outros são o que são. Ele percebe a amplitude de seu crime e começa a refletir quando não encontra mais saída. É preciso ter muita atenção ao fazer um personagem como esse, pois ele não é vilão e nem mocinho. Todos nós cometemos erros, todos nós somos vítimas. A situação dele é uma metáfora da sociedade, pois o texto traz uma discussão muito inteligente sobre o que é justiça e a quem ela serve. No Brasil, por exemplo, quem rouba milhões não vai preso, mas um pobre que rouba um pão morre dentro da cadeia. São muitas discussões e recusei outros trabalhos para vivenciar isso, especialmente com um elenco tão bom de 13 pessoas. Não sei quando vou ter essa chance de novo”.

Denise também diz ser questionada pelas pessoas sobre o porquê de ser vista muito mais em trabalhos cômicos. Embora, em A visita da velha senhora, o tema tenha um quê trágico, a atriz afirma que o humor é uma escolha ética, além de estética, para sua carreira. “Acredito no humor e na ironia como trilha para o pensamento. A peça diverte e, ao mesmo tempo, dá voz à nossa angústia. Talvez essa seja uma das maiores funções do teatro hoje: dar a palavra às pessoas. A arte funciona como um espelho para a gente se ver”.

Serviço:
A Visita da Velha Senhora, de Friedrich Dürrenmatt
Quando: Dias 24, 25, 26 e 27 de maio – quinta a sábado, às 20h; domingo, às 18h
Onde: Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n, Santo Antônio)
Classificação indicativa: 14 anos
Duração: 120 min
Gênero: Comédia Trágica
Ingressos: R$ 70 e R$ 35 (meia) para a plateia e R$ 50 e R$ 25 (meia) para o terceiro piso
Informações: (81) 3355-3323

Ficha Técnica: 
Autor: Friedrich Dürrenmatt
Stage rights by Diogenes Verlag AG Zürich
Tradução: Christine Röhrig
Adaptação: Christine Röhrig, Denise Fraga e Maristela Chelala
Direção Geral: Luiz Villaça
Direção de Produção: José Maria
Elenco: Denise Fraga, Tuca Andrada, Fábio Herford, Romis Ferreira, Eduardo Estrela, Maristela Chelala, Renato Caldas, Beto Matos, David Taiyu, Luiz Ramalho, Fernando Neves, Fábio Nassar e Rafael Faustino
Direção de Arte: Ronaldo Fraga
Direção Musical: Dimi Kireeff
Trilha Sonora Original: Dimi Kireeff e Rafael Faustino
Desenho de Luz: Nadja Naira
Produção Executiva: Marita Prado
Preparação Corporal e Coreografias: Keila Bueno
Direção Vocal: Lucia Gayotto
Preparação Vocal: Andrea Drigo
Visagismo: Simone Batata
Assistente de Direção: André Dib
Assistente de Produção Musical: Nara Guimarães
Engenheiro de Mixagem: Fernando Gressler
Camareira: Cristiane Ferreira
Assistente de Iluminação e Operador de Luz: Robson Lima
Operador de Som: Janice Rodrigues
Cenotécnicos: Jeferson Batista de Santana, Edmilson Ferreira da Silva
Assessoria Financeira: Cristiane Souza
Fotografia: Cacá Bernardes
Making Of: Pedro Villaça e Flávio Torres
Redes Sociais: Nino Villaça
Programação visual: Gustavo Xella
Assessoria de Imprensa BH: Personal Press
Projeto realizado através da Lei Federal de Incentivo à Cultura
Produção Original: SESI São Paulo
Patrocínio Exclusivo: Bradesco
Realização: NIA Teatro, Ministério da Cultura e Governo Federal

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Os Embromation no Barreto Júnior

Evilásio Andrade, Mauro Monezi e Tiago Gondim são Os embromation. Foto: Maira Arrais

Há muito tempo devo uma visita ao espetáculo Os embromation – Jogos de improviso. Sempre adorei o trio de atores – Tiago Gondim, Mauro Monezi e Evilásio Andrade. Lembro de entrevistas divertidíssimas que fiz com os meninos. Acho que eles são empolgados, atirados; não ficam esperando acontecer. Vão lá e lotam o teatro. E não é necessariamente um “público de teatro” que vai ver o espetáculo deles. Principalmente depois que fizeram sucesso na Tv participando do programa da Ana Hickmann.

Ainda não vai ser desta vez que pago minha promessa, porque estou fora da cidade, mas continuo indicando! 😉 Então vamos lá: sexta-feira (31) será o último dia para conferir a 5ª temporada do espetáculo. No palco do Teatro Barreto Júnior (Rua Estudante Jeremias Bastos, s/n, Pina), os três atores do grupo fazem improvisos a partir de jogos teatrais e da participação da plateia. Todo espetáculo é tudo novo, de novo. Nesta sexta, os garotos convidaram ainda o ator e comediante Múcio Eduardo, do grupo Os Magros em Cena, para participar do espetáculo. Também estão em cena os músicos Tibério Valença, da banda Fiddy, e Diego Perez, da Mr. Peter. O espetáculo começa às 20h e os ingressos custam R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada). Vão e depois contem por aqui como foi!

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Edwin Luisi é o show

Edwin Luisi em Tango, bolero e cha cha cha. Fotos: Pollyanna Diniz

Da primeira vez que protagonizou Tango Bolero e Cha Cha Cha, em 2000, Edwin Luisi arrebatou cinco prêmios de melhor ator (Associação Paulista dos Críticos de Arte-APCA, SHELL, Quality Brasil, Governador Estado Rio de Janeiro e o Mambembe). Ao completar 40 anos de carreira o artista volta com Lana Lee/Daniel, transexual que magnetiza o espetáculo. A montagem faz a terceira apresentação hoje, no Teatro Luiz Mendonça, do Parque Dona Lindu, dentro do projeto Janeiro de Grandes Espetáculos.

O texto é de Eloy Araújo e a direção de Bibi Ferreira. Na trama, Daniel abandonou a família 10 anos antes e volta como o transexual Lane Lee para dar explicações à família sobre o que aconteceu. Ele se transformou numa estrela nos palcos de Paris e Nova York. A mulher mora no mesmo lugar, mudou pouco a disposição dos móveis e é meio lentinha para entender as coisas (ah, está também mais gordinha). O filho, agora adolescente, é revoltado com a atitude do pai, mas ao mesmo tempo mostra-se imaturo e carente.

Esse conflito perde o ar grave com a interpretação de Edwin Luisi – o Genaro da novela Rebelde (Record) – “sarocoteando daqui pra acolá”. Ele pula, dança, grita, explora tiques, e se diverte neste espetáculo.

Edwin Luisi já fez personagens inesquecíveis na televisão, como o protagonista Álvaro da primeira versão de A Escrava Isaura ou o assassino do personagem Salomão Hayala na primeira versão da novela O Astro. A última vez que esteve no Recife, que me lembro, foi com Eu Sou a Minha Própria Mulher, peça em que se multiplicava em 22 papéis diferentes, entre eles, um travesti.

Em Tango Bolero e Cha Cha Cha ele expõe seu talento e o sacrifício de passar quase duas horas “amarrado” por meias, espartilho, sutiã, em cima de um salto. Sua diva é cheia de cacoetes. O humor cáustico e a ironia da protagonista provocam gargalhadas que têm um efeito de onda na plateia.

Daniel volta ao Brasil como Lana Lee e trazendo o noivo Peter

Confesso que não achei tanta graça assim. Apesar de reconhecer o talento, o valor interpretativo do ator principal, prefiro um humor mais sofisticado, mais ao tipo de O deus da carnificina.

Mas o público adora Lana Lee e suas excentricidades. E se diverte com uma dramaturgia que transforma um problema grave em comédia para rir mesmo. Embarca nas tiradas previsíveis, nas piadas infames.

O elenco usa e abusa das gags com alto teor sexual. São personagens caricatas. A que mais se destaca é Carolina Loback, no papel da empregada doméstica “folgada” Genevra, que lembra algum personagem do Sai de Baixo. Ela provoca muitos mal entendidos no espetáculo. O ator que interpreta o filho (Johnny Massaro) é o mais fraco e não dá contraponto a esse humor escrachado, de ritmo frenético.

A folgada empregada Genevra entendeu tudo errado

É demorada demais a revelação. Fica parecendo que a mulher (Alice Borges) que foi trocada pelo bofe é um pouco retardada ou não vive neste mundo. Estica demais o que está óbvio. E o final também promete bem mais do que dá. E aquela enrolação do Peter (Pedro Bosnich) na frente das cortinas como apresentador é demais.

Clarice quase não consegue entender que Lana Lee é Daniel

A peça é recheado de clichês. Mas pode ser encarada como uma comédia de costumes, que questiona com humor o preconceito, inclusive dos que estão rindo.

Lana Lee fazendo sucesso nos palcos de Paris

Momento "eu sou é macho"

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As centenárias

Marieta Severo e Andréa Beltrão trazem ao Recife semana que vem a premiada montagem As centenárias, com texto de Newton Moreno. Lembro que conversei com Moreno meses atrás, antes do lançamento do blog, e ele me falava da trajetória dessa peça e do quanto essas duas atrizes, principalmente Andréa, por quem o dramaturgo é especialmente “apaixonado”, conseguiram interprertar essas carpideiras.

Eu ainda não vi a peça, embora tenha estreado em 2007, mas li o livro e me diverti muito com Socorro e Zaninha, que são chamadas para rezar os defuntos da cidade, vivem grudadas com a morte, até porque descobriram que esse seria o melhor jeito de fugir da “indesejada”.

Marieta Severo e Andréa Beltrão interpretam as antigas carpideiras

Zaninha – Eita, fome. Socorro, mulé, eu já tou palestrando com minha barriga. Ela tá falano comigo de tanta fome. Tu ouviu?

Socorro – Quieta! (Pausa.) Zaninha, eu tô com um sentimento que ela está por aqui.

Zaninha – Mas ela nunca aparece, a não ser que seja assunto sério. Da última vez que ela apareceu para nóis, tu te alembra bem o que se assucedeu…Será que ela adescobriu que…?

Socorro (Tapando-lhe a boca.) – Silêncio, Tô que só me arrepio, mulé. Num tem um pelo meu quieto no seu canto.

Zaninha – Eita, Socorro.

Socorro – Eita, Zaninha. Tu já pensou numa coisa, Zaninha?

Zaninha – Pensei em duas: cuscuz e buchada.

Socorro – Eita, mulé, tu num tira comida da cabeça.

Zaninha – Só tiro quando ela chega no bucho.

Socorro – O defunto num morreu, mulé. Ora e entonce dessa vez nóis encontra ela.

Zaninha – Ai, mulé, pior. Ela encontra nóis.

Socorro – Viuge, chegou o dia. Hoje faiou o jeito que nóis achô de num cruzar nossos caminho.

Zaninha – Um encontro medonhamente terrorífico como aquele dois ido de irgulino nunca mais, Socorro. A tinhosa mordida que nem ficô naquele encontro tá cum nóis nos ódio dela.

Socorro – Mas desde aquele dia nóis semo esperta. Ela sai nóis chega. Nóis descobriu o único lugar onde ela num tá.

Zaninha – Num tá pruquê já teve.

Socorro – Isso té os home dotô tem que aprender cum nóis. O lugar mais seguro de fugir dum cabra é ficano do lado dele.

Zaninha – O lugar mais longe é o lugar mais perto.

Socorro – Num qué vê a Morte, vai num velório. A esconjurada já agarrou um freguê, já tá levando ele pros confins, já tá ocupada, vortá traveiz pro mermo lugar ela num vorta.

(Trecho de As Centenárias, de Newton Moreno)

Montagem é uma comédia divertidíssima com texto de Newton Moreno

Serviço:
As centenárias, com Marieta Severo, Andrea Beltrão e Sávio Moll
Quando: sexta e sábado, às 21h e domingo, às 17h
Ingressos: R$ 100 (plateia) e R$ 80 (balcão). Para todos os ingressos há meia-entrada disponíveis. À venda na bilheteria do teatro e nas Lojas Toli do Shopping Recife e do Plaza Casa Forte
Informações: (81) 3207-5757

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A gaiola das loucas sem os números musicais

Miguel Falabella comanda elenco

A família reunida em A gaiola das loucas

O enredo de A gaiola das loucas tinha um componente explosivo quando foi escrita por Jean Poiret e estreou em 1973, no Théâtre du Palais Serrault, em Paris. Trazia a carga crítica contra a hipocrisia. A peça fez tanto sucesso que cinco anos depois foi levada às telas numa produção franco-italiana.

Albin e Georges são casados há mais de duas décadas. Eles mantêm A gaiola das loucas – “a jóia e o orgulho de St. Tropez” – que tem como estrela Zazá, o Albin travestido no cabaré, dirigido por Georges. A gaiola das loucas é famosa pelos seus shows de transformistas.

Tudo está naquela pasmaceira que o tempo instala, quando Laurent, de 24 anos, fruto de um breve caso de Georges com uma corista do Lido de Paris, surge para comunicar que vai se casar com Anne. Isso já seria motivo para abalar as estruturas da casa. Mas o mais grave é que a moça é filha única de Édouard Dindon, presidente do PFTM, Partido da Família, Tradição e Moralidade, que prometeu – se eleito – varrer do mapa os homossexuais da Riviera. O político pai da noiva quer conhecer a família do noivo. E isso gera uma série de confusões.

Trinta e oito anos depois aporta no Recife uma montagem carioca, em sua versão para viagem. Os 16 números musicais foram limados e Diogo Vilela não veio com o elenco. Então ficamos sem Vilela e sem as canções.

Estão lá os quiprocós para fazer rir. E Falabella comanda a brincadeira. A montagem aproxima demais a peça da linguagem da TV. E tudo é fabricado, padronizado, o que não deixa ninguém esquecer das performances do humorísticos globais Sai de baixo e Toma lá da cá.

Algo mudou no mundo desde a estreia de A gaiola das loucas. As relações homoeróticas conquistaram espaço, mas ainda brigam por respeito em qualquer lugar do planeta. Sabemos que a hipocrisia e a discriminação não evaporaram. Talvez isso faça o sucesso do texto, que exalta que “qualquer maneira de amor vale a pena”.

Temporada no Recife de A gaiola das loucas

Falabella é um ator de potência, carismático e com domínio cênico impressionante. Mas não sai da zona de conforto. Repete os velhos truques que surtem efeito na plateia. Cai no clichê, na caricatura de si mesmo. Os outros atores seguem o mesmo caminho do estereótipo, dos lugares-comuns.

Mas o público adora a comédia fácil, o riso solto, as gags, os gestos previsíveis e as piadas surradas.

E enquanto Georges (Falabella) fala do preto, do gay, e aparentemente ri de si mesmo, a plateia é contagiada por essa onda de humor rasteiro. Quando o protagonista fala “viado não se reproduz, se alastra”, o público exercita sua pretensa superioridade nas poltronas nem tão confortáveis da Teatro da UFPE. São muitas frases de efeito, ditas com uma autoridade por Falabella, que chega a dar medo. Em “Lição de masculinidade”, ele dá uma aula do que seria um homem de verdade, que anda trincado, aperta a mão do outro com violência e tem pouca sensibilidade.

As tintas são bastante exageradas. E tudo é de um mau gosto de doer.

Mas ninguém pode negar que eles sabem jogar. O elenco – formado por, além de Miguel, Sandro Christopher (Albin), Jorge Maya (Jacó), Davi Guilherme (Lourenço), Carla Martelli (Anne Dieulafoi), Eliana Rocha (Xavière), Carlos Leça (Sr. Dieulafoi), Keila Bueno (Sra. Dieulafoi) e Gustavo Klein (Francis, Mercedes e Cagelles) mostra entrosamento e garante o alcance de suas tiradas com os microfones sem fio.

Sandro Christopher (Albin) e Miguel Falabella (Georges) em ação

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