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Artistas realizam ato contra censura

Abrazo terá apresentação gratuita, contra a censura. Foto: Rafael Telles

A temporada do espetáculo Abrazo, da companhia potiguar Clowns de Shakespeare, na Caixa Cultural Recife, ainda foi divulgada por um anúncio no Jornal do Commercio desta sexta-feira (13). O grupo deveria cumprir a última semana de apresentações da peça, com mais quatro sessões, mas a temporada foi cancelada no sábado passado, sem explicações, já com o público aguardando na fila para ver a segunda apresentação do dia. (Confira nossa matéria anterior)

Como resposta à atitude da Caixa Cultural Recife, os artistas do Clowns de Shakespeare e do Recife se mobilizaram. O resultado é uma apresentação única no Teatro Apolo, no bairro do Recife, que vai acontecer neste sábado (14). Todos vão se encontrar na Praça do Arsenal, às 15h, mesmo horário em que deveria começar a primeira sessão na Caixa. De lá, haverá uma caminhada até a instituição, onde será lido um manifesto, e depois o grupo segue para o Apolo. A entrada no teatro municipal será gratuita.

O ato em protesto contra a censura foi uma iniciativa dos movimentos Batendo o Texto na Coxia e Virada Cultural do Teatro do Parque, mas artistas de diversos grupos da cidade, movimentos sociais, e a sociedade em geral devem participar da manifestação. O festival Reside, inclusive, mudou o horário e o local da palestra Festivais e a Economia Criativa, com Márcia Dias, “Para que todos possam estar presentes na manifestação contra a censura e em solidariedade ao grupo Clowns de Shakespeare”, diz a chamada do facebook da Remo Produções. A palestra que seria às 14h, no Sesc Casa Amarela, será às 18h, no Apolo mesmo.

Ontem (13), o Clowns de Shakespeare divulgou uma nota oficial, informando que “foi aberto um processo judicial apresentando um pedido de tutela antecipada em caráter antecedente, junto à 2a Vara Federal da Justiça Federal/PE”.

Confira a nota oficial do grupo:

Este sábado marcará uma semana desde o cancelamento da segunda sessão da obra Abrazo, na Caixa Cultural Recife.

Desde então, as tentativas de comunicação com a Caixa tiveram retornos inconsistentes, resumindo-se a alegar que havíamos infringido o inciso VII da Cláusula Quarta, que prevê que a contratada seja obrigada a “zelar pela boa imagem dos patrocinadores, não fazendo referências públicas de caráter negativo ou pejorativo”, e que isso teria ocorrido no bate-papo realizado após a primeira sessão.

Ainda sem ideia do que poderia ser alegado, uma vez que não reconhecemos nada que pudesse gerar esse tipo de reação, e diante da ausência de informações adicionais, não conseguimos imaginar outra razão para essa recisão que não seja censura ao nosso trabalho e pensamento.

Dessa forma, nesta quinta, 12/09, foi aberto um processo judicial apresentando um pedido de tutela antecipada em caráter antecedente, junto à 2a Vara Federal da Justiça Federal/PE.

Paralelamente, com muita alegria e comoção tomamos conhecimento da criação de uma ação em protesto contra a censura numa iniciativa dos movimentos “Batendo o Texto na Coxia” e “Virada Cultural do Teatro Parque”, que rapidamente ganhou adesão de inúmeros grupos, movimentos sociais, artistas e da população em geral.

Agregando força a esse ato, e graças ao apoio de muitos parceiros, conseguimos uma pauta no Teatro Apolo, e lá faremos uma apresentação do espetáculo ao final do ato, que terá como concentração a Praça do Arsenal, às 15h (horário que iniciaria a primeira sessão), de lá seguiremos para a frente da Caixa Cultural, e então partiremos ao Teatro Apolo, onde faremos a apresentação, com acesso gratuito, mediante a limitação de lugares da casa.

Assim, acreditamos que fecharemos a primeira etapa dessa jornada tão intensa, difícil, mas ao mesmo tempo repleta de suporte e carinho de tanta gente, novos e antigos parceiros, instituições e pessoas que acreditam nos mesmos princípios que nós, e que lutam por um país livre e democrático.

Convocamos todos a juntarem-se a esse movimento neste sábado, 14 de setembro, às 15h, na Praça do Arsenal, Recife, com todos de camisas e bexigas brancas!

Abrazos a todas e todos!

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Caixa Cultural Recife: agente da censura?

 

Abrazo, peça suspensa de se apresentar na Caixa Cultural Recife

Pergunta que martela os miolos: O que vamos fazer diante do avanço do autoritarismo? Os artistas estão preparados para reagir ao alastramento da censura no Brasil? Como armar estratégias de sobrevivência nesses tempos? O episódio do cancelamento do espetáculo infantil Abrazo, do grupo teatral Clowns de Shakespeare, de Natal, capital do Rio Grande do Norte, pela Caixa Cultural Recife, vem na esteira de recentes censuras a montagens teatrais. A Caixa alegou genericamente que a trupe havia descumprido o contrato. A peça expõe um país em que demonstrações de afeto estão proibidas e explora temas da ditadura, censura e repressão.

A montagem foi barrada no sábado, 7 de setembro. A primeira sessão foi apresentada às 15h. Logo depois, foi realizado um debate com a plateia. Poucos minutos antes da sessão das 18h, o público – que já estava na fila – foi avisado da suspensão da peça sem maiores explicações. Próximo das 20h, funcionários da CEF chamaram um representante do grupo para uma reunião. Foi Fernando Yamamoto, que ainda tentou levar o produtor Rafael Telles, mas a senhora disse que só se reuniria com apenas um. Eram três representantes da CEF. Táticas de intimidação usam do expediente de deixar o oponente em menor número.

Vinte minutos depois, Yamamoto retorna ao teatro da Caixa Cultural Recife, onde estão os integrantes do grupo, além dos produtores locais Tadeu Gondim e André Brasileiro. Disse que iria conversar com o grupo para tomar alguma decisão.

O grupo não se pronunciou oficialmente nas primeiras horas depois do cancelamento, mas nas na internet as demonstrações de solidariedade e de indignação contra a ação arbitrária da Caixa começaram a circular. O diretor do espetáculo Marco França, que atualmente mora em São Paulo, divulgou em suas redes sociais que a Caixa Cultural censurou as sessões. “Uma censura travestida com argumentos jurídicos. Vivemos um momento de barbárie no país, onde a verba pública para pesquisa e educação são cortadas, onde livros são censurados, onde artistas estão sendo perseguidos e tendo suas obras censuradas. Não nos calarão! Enquanto houver espaço para falar, estaremos aqui denunciando.”

A Caixa Cultural não assume a pecha de censura e atesta ter cancelado as sessões de Abrazo por um “descumprimento contratual”. Mas não especifica qual ou quais as cláusulas desrespeitadas pelo grupo Clowns de Shakespeare. A trupe teatral, que ficou perplexa com a suspensão do contrato, classifica a justificativa da instituição de “genérica”.  “Não reconhecemos qualquer indício de infração que pudesse ter sido eventualmente cometida, pois cumprimos com tudo que estava contratualmente previsto”, divulgou o Clowns de Shakespeare em nota oficial.

Abrazo é inspirado em O Livro dos Abraços, do jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano (1940-2015), e o contrato para apresentações na Caixa Cultural Recife estava firmado para os fins de semana 7, 8 e 14 e 15 de setembro. A narrativa mostra um país onde não é permitido às pessoas se abraçar ou demonstrar qualquer tipo de afeto.

Sem uma palavra falada sequer – porque também é proibido falar, a fábula infantil, expõe o efeito das guerras e proibições na vida das pessoas através de mímicas, desenhos e projeções. Com roteiro dramatúrgico de César Ferrario e direção de Marco França, a peça tem no elenco os atores Dudu Galvão, Camille Carvalho e Paula Queiroz, que se revezam entre os personagens do rapaz, da florista, do soldado, do índio, da avó, de um general e do menino.

Cena da peça Arena Conta Zumbi

Na década de 1960, uma das respostas do Teatro de Arena à feroz censura da representação de peças brasileiras realistas foi a estreia em 1965 e temporada de dois anos do espetáculo Arena Conta Zumbi, de Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal, com música de Edu Lobo. A peça narrava a saga dos quilombolas no Brasil-Colônia, em resistência ao domínio português. Defendia a construção de uma outra realidade, mais justa e igualitária.

Eu vivo num tempo de guerra
Eu vivo num tempo sem sol
Só quem não sabe das coisas
É um homem capaz de rir

Ah, triste tempo presente
em que falar de amor, de flor
é esquecer que tanta gente
está sofrendo tanta dor

Tempo de Guerra é um dos momentos mais emblemáticos do musical Arena Conta Zumbi, um desafio à ditadura militar. A canção de Augusto Boal, Edu Lobo, Gianfrancesco Guarnieri é inspirada no poema Aos que virão depois de nós, de Brecht, música posteriormente gravada por Maria Bethânia.

É um tempo de guerra
é um tempo sem sol
É um tempo de guerra
é um tempo sem sol

Veja bem que preparando
o caminho da amizade
não podemos ser amigos ao mal
ao mal vamos dar maldade!

Desde o golpe de 2016 que a cultura brasileira vem sendo alvo de perseguições políticas, veladas ou escancaradas. O governo e seus asseclas nas instâncias federal, estadual e municipal e outras figuras situadas em pontos estratégicos buscam desestabilizar todo e qualquer pensamento crítico com cortes de verbas, de editais, com a divulgação de fake news. A principal estratégia é atacar pelo lado econômico, minando as condições de sobrevivência.

Montagem do combatente grupo Clowns de Shakespeare, de Natal, Rio Grande do Norte

Nota da Caixa Cultural Recife / Caixa Econômica Federal

A Caixa informa que por descumprimento contratual cancelou o espetáculo Abrazo, com apresentações programadas no espaço cultural do banco. O contrato com o Clowns de Shakespeare foi rescindido, conforme comunicado ao grupo nesta data

Nota do grupo Clowns de Shakespeare

No último sábado, dia 7 de setembro de 2019, após haver realizado a primeira apresentação do espetáculo Abrazo na Caixa Cultural Recife, fomos surpreendidos com o cancelamento da segunda sessão do dia, assim como das demais apresentações que seriam realizadas no dia seguinte.

Nesta segunda-feira recebemos um comunicado oficial da Caixa Econômica Federal informando a rescisão do contrato relativo ao restante desta temporada, que se estenderia até o próximo domingo, 15 de setembro, sob a genérica alegação de descumprimento contratual.

Nenhum esclarecimento adicional nos foi dado, o que nos moveu a solicitar da Caixa o parecer jurídico e a decisão administrativa relativos a essa rescisão, com detalhamento para que possamos analisar e nos posicionar apropriadamente sobre o caso.

Até o momento estamos perplexos diante dessa atitude, uma vez que não reconhecemos qualquer indício de infração que pudesse ter sido eventualmente cometida, pois cumprimos com tudo que estava contratualmente previsto.

O contrato de patrocínio celebrado com a Caixa decorreu de edital no qual se habilitou e foi selecionado o Grupo Clowns de Shakespeare, dentro das normas legais de seleção de projetos.

Esperamos que essa justificativa, genérica e lacônica, seja esclarecida pela Caixa, de forma a possibilitar ao grupo defender-se de tal alegação.

Agradecemos o apoio maciço que estamos recebendo de diversos setores da sociedade, e voltaremos a nos pronunciar tão logo a nossa solicitação de esclarecimentos seja atendida pela Caixa.

 

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Uma Sereia no teatro de sombras

Iara - O encanto das águas, da Cia. Lumiato (DF), explora várias técnicas de sombras, deslizando entre as escalas entre o grande e pequeno Foto: Diego Bresani Os dois manipuladores desvendam a construção da manipulação diante da plateia. Foto: Diego Bresani

Iara – O encanto das águas, da Cia. Lumiato (DF), desliza nas escalas entre o grande e pequeno 

Os dois manipuladores desvendam a construção da manipulação diante da plateia. Foto: Diego Bresani

E trabalha com várias técnicas de sombras, como  foco e desfocado. Fotos: Diego Bresani

Conta a lenda que Iara ou Uiara (do tupi y-îara, “senhora das águas”) é uma sedutora sereia que encanta pescadores. Mais que isso, acalenta nossa imaginação com imagens de moços fascinados que acabaram afogados de paixão. Essa narrativa dos povos indígenas do Brasil se funde com outras referências estrangeiras no espetáculo de teatro de sombras Iara – O encanto das águas, da Cia Lumiato de Formas Animadas/DF, dirigida pelo sombrista Alexandre Fávero. A peça faz curta temporada na CAIXA Cultural Recife, de 9 a 11 e de 16 a 18 de junho de 2017.

O grupo utiliza linguagem milenar do teatro de sombras, da arte tradicional às técnicas contemporâneas, híbridas e performáticas como a da “bolha de sombra”, que possibilita um efeito cinematográfico. Dois manipuladores – Thiago Bresani e Soledad Garcia – executam a ação quase sem palavras, amparados por uma trilha sonora.

Os mitos fantásticos sobre a origem do mundo e da natureza estão nessa dramaturgia que trata de um índio que sonha com uma mulher sobrenatural. Para descortinar os mistérios dessa figura ele se entende com o Pajé. E mergulha com Iara nas profundezas do seu próprio destino.Vários personagens de cores e tamanhos divrsos são apresentados ao público, num jogo mágico de luz e sombra.

Iara - O encanto das águas, da Cia. Lumiato (DF), explora várias técnicas de sombras, deslizando entre as escalas entre o grande e pequeno Foto: Diego Bresani Os dois manipuladores desvendam a construção da manipulação diante da plateia.

Os dois artistas desvendam a construção da manipulação diante da plateia.

E os manipuladores invertem o sentido da manipulação e expõe os segredos e técnicas para produzir as imagens. A trupe também defende que a montagem toca nas questões de preconceitos étnicos e culturais.

Uma oficina de teatro de sombras também integra essa passagem da Cia Lumiato pelo Recife. Thiago Bresani e Soledad Garcia vão ministrar o curso nos dias 16 e 17 de junho, das 9h às 13h. Serão abordados diferentes estilos de teatro de sombras, desde a tradição oriental até os nossos dias, com exercícios práticos. São 20 vagas e as inscrições podem ser feitas até 12 de junho de 2017, pelo email gentearteirape@gmail.com

FICHA TÉCNICA
Direção, dramaturgia e cenografia: Alexandre Fávero
Atores-sombristas: Thiago Bresani e Soledad Garcia
Trilha sonora original: Mateus Ferrari
Designer de Som: Marcelo Da Col
Iluminação: Alexandre Fávero
Criação figuras e cenários: Alexandre Fávero e Soledad Garcia
Pesquisa, recortes, pinturas, cenotécnica e produção executiva: Thiago Bresani e Soledad Garcia
Fotografia: Diego Bresani
Arte gráfica: Jana Ferreira
Produção: Thiago Bresani
Produção Local: Tadeu Gondim – Atos Produções Artísticas
Assessoria de imprensa: Moinho Conteúdos Criativos (André Brasileiro e Tiago Montenegro)

SERVIÇO
IARA – O ENCANTO DAS ÁGUAS
Onde: CAIXA Cultural Recife (Avenida Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife, Recife)
Telefone: (81) 3425-1915
Quando: 09, 10, 11, 16, 17 e 18 de junho de 2017
Horário: 09 e 16/06 às 19h | 10 e 17/06 às 16h e 19h | 11 e 18/06 às 10h30
Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia para estudantes, professores, funcionários e clientes CAIXA e pessoas acima de 60 anos) – a partir das 10h do dia 8/06, para as apresentações de 9 a 11/05, e do dia 15/06, para as apresentações de 16 a 18/06/2017
Classificação indicativa:Livre

OFICINA DE TEATRO DE SOMBRAS
Local: CAIXA Cultural Recife
Instrutores: Thiago Bresani e Soledad Garcia
Período: 16 e 17 de junho de 2017, das 9h às 13h
Vagas: 20 pessoas
Período de inscrições: 29 de maio a 12 de junho de 2017
Seleção por ordem de inscrição pelo email  gentearteirape@gmail.com

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Performance de Edson Cordeiro

Edson Cordeiro apresenta o espetáculo The Countertainer, na Caixa Cultural. Foto: Edu Lopes

Edson Cordeiro apresenta o espetáculo The Countertainer, na Caixa Cultural. Foto: Edu Lopes

Ópera barroca, samba, MPB, pop, dance e rock’n’roll são algumas paradas musicais que o contratenor brasileiro Edson Cordeiro faz no espetáculo The Countertainer. É uma boa viagem musical que esse performer eclético traz ao Recife – de quinta a sábado, na Caixa Cultural. Serão quatro apresentações, sempre às 20h, sendo que no sábado, haverá também uma sessão extra às 17h. Os ingressos começam a ser vendidos a partir das 10h desta quarta-feira (4), a R$ 20 e R$ 10 (meia).

Considerado um fenômeno vocal, um dos cantores mais versáteis da atualidade, ele ostenta uma impressionante amplitude vocal e uma enorme variedade tímbrica. Com esse talento, Edson fica bem à vontade tanto na ópera, música clássica, música latina, jazz, rock, pop e dance music e por aí vai..

O cantor vem acompanhado pelo pianista Antonio Vaz Lemes. Juntos, eles interpretam canções clássicas brasileiras de Tom Jobim, como Modinha e Por toda minha vida, passando por Pixinguinha, com Carinhoso, e Azulão de Jaime Ovalle e Manoel Bandeira. Enveredam por Lovesong, de Adele. Passeiam pelo lado cômico e pop, com hits como Dancing Queen, do ABBA.

Edson Cordeiro apresenta o espetáculo The Countertainer, na Caixa Cultural. Foto: site Edson Cordeiro

Cordeiro começou em coro de igreja e fez teatro nos anos 1980. Foto: site Edson Cordeiro

Os números da carreira de Cordeiro impressionam. Em 25 anos de profissão já pisou em palcos de boa parte do mundo. Tem 12 álbuns de vários estilos no currículo – entre eles, dois discos de ouro e uma nomeação para o Grammy Latino.

O paulista de Santo André nascido em 9 de fevereiro de 1967, começou a cantar aos seis anos, no coro de uma igreja evangélica, onde ficou até os 16 anos. Em 1983, participou da ópera-rock Amapola, de Miguel Briamonte. Em 1988, atuou e cantou na terceira montagem brasileira da ópera-rock Hair!, dirigida por Antônio Abujamra. Na sequência veio O doente imaginário, de Molière (Jean-Baptiste Poquelin, 1622-1673), dirigida por Cacá Rosset, com a qual viajou pela Europa, EUA, México e América Central.

O primeiro show solo foi em agosto de 1990, no Rio de Janeiro. Gravou oito CDs pela Sony: Edson Cordeiro (1992), Edson Cordeiro (1994), Terceiro sinal (1996), Clubbing (1997), Disco Clubbing ao vivo (1998) Disco Clubbing ao Vivo, Mestre de Cerimônias (1999) e Dê-se ao luxo (2001). Os prêmios são muitos.

O seu último trabalho lançado no Brasil foi o Contratenor (2005), pela Paulus. Desde abril de 2007, o cantor, radicado na Alemanha, excursiona pela Europa intercalando dois formatos de shows. Um mix de jazz, música erudita e popular. No outro, apresenta sucessos de sua carreira e passeia pela ópera de Mozart, pela bossa nova de Tom Jobim, e o pop de Madonna e Michael Jackson. Em 2009 gravou The woman’s voice (A voz da mulher), no qual homenageia grandes divas da música, como Billie Holiday, Edith Piaf, Madonna, Carmen Miranda, Elis Regina e Dalva de Oliveira. Em 2012, rodou o mundo com os projetos My collection, Lounge Disco e Samba Deluxe. Ano passado, chegou ao mercado seu 11º álbum, Paradiesvogel, que foi gravado na Alemanha.

Ficha Técnica
Edson Cordeiro – Voz
Antonio Vaz Lemes – Piano
Produção Executiva – Robson Abreu
Coordenação de Produção – Vander Lopes, Leticia Trindade e Glauker Bernardes
Produção Local – João Araujo e Beatriz Campos

Serviço
Show The Countertainer, de Edson Cordeiro
Quando: Quinta (5) e na sexta (6), às 20h; Sábado (7), às 17h e 20h
Onde: Caixa Cultural Recife: Av. Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) – à venda a partir das 10h da quarta-feira (4), na bilheteria do teatro
Informações: (81) 3425-1915

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Enrique Diaz encena Cine Monstro

Ator e diretor interpreta 13 personagens. Foto: Guto Muniz

Ator e diretor interpreta 13 personagens. Foto: Guto Muniz

O ator e diretor Enrique Diaz finalmente traz ao Recife a peça Cine Monstro, texto do canadense Daniel MacIvor. Essa é a terceira incursão de Diaz nos textos do dramaturgo. Nas duas primeiras encenações, já apresentadas em terras pernambucanas, ele foi responsável pela direção: In on it (2000) e A primeira vista (2006). Dessa vez, o próprio Enrique Diaz interpreta 13 personagens dessa trama que alia drama, comédia e suspense.

A peça começa com uma voz pedindo silêncio, porque o filme já vai começar. E, a partir dali, a violência de um filho esquartejando o pai, por exemplo, é construída na mente do próprio espectador, sem a necessidade de cenários ou imagens prontas como apoio. A narrativa fragmentada, presente nas outras obras de MacIvor, também se mostra em Cine Monstro que, no original, era somente Monster.

É uma peça com mistério, suspense e humor, explorada por um intérprete com anos de estrada. Enrique Diaz era integrante de uma das mais importantes companhias dos anos 1990, a Cia dos Atores (que comemorou 25 anos recentemente com o espetáculo Conselho de classe, texto de Jô Bilac).

Na direção de Cine Monstro, Diaz contou com a colaboração de Marcio Abreu, da Cia Brasileira. Como ator, Henrique Diaz foi premiado com o Shell.

Serviço:
Cine Monstro
Quando: Quinta (15), Sexta (16) e Sábado (17), às 20h
Onde: Caixa Cultural Recife (Praça do Marco Zero)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada). Os ingressos começam a ser vendidos nesta quarta-feira (14), às 12h, na Caixa Cultural
Informações: (81) 3425-1900

Confira depoimento de Enrique Diaz sobre os textos de Daniel MacIvor:

E um teaser do espetáculo:

Cine Monstro versão 1 min from enrique diaz on Vimeo.

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