Arquivo mensais:março 2011

Prêmio Shell do Rio de Janeiro

Premiados do Shell, Rio de Janeiro. Fotos: Marcos Issa/Argosfoto

Sem as provocações que marcaram a cerimônia de São Paulo, a entrega na 23ª edição do Prêmio Shell de Teatro, do Rio de Janeiro, realizada na noite de ontem, no Jockey Club da Gávea, consagrou o espetáculo Pterodátilos. A montagem arrebatou os troféus em todas as categorias em que concorreu: Marco Nanini e Mariana Lima por suas atuações e Daniela Thomas pelo cenário, formado por um palco móvel, que gira e se desmonta “como a família”. Pterodátilos é uma encenação que comemora os 45 anos de profissão de Nanini.

A comédia ácida, do norte americano Nicky Silver, critica a exarcebação do consumo e expõe a decadência familiar. Sob direção de Felipe Hirsch, Nanini interpreta dois personagens. Artur é presidente de um banco e chefe de uma família que está desmoronando e Ema, a filha desnorteada, carente de afeto e que se julga grávida. Já Mariana Lima faz Grace, a mãe alcoólatra e consumista.

A elegante Nathalia Timberg, homenageada da noite, foi aplaudida de pé em seu discurso: “Vida no teatro é um sonho vivido em estado de vigília. Hoje estou vivendo o sonho do reconhecimento pelos meus pares”. A atriz dedicou o prêmio, emocionada, ao amigo e produtor Marcos Montenegro.

Jô Bilac venceu a disputa na categoria melhor autor, por Savana glacial. Também estavam concorrendo o pernambucano Newton Moreno, com o texto Maria do Caritó, Pedro Brício por Comédia russa e Denise Crispun e Melanie Dimantas por A carpa. João Fonseca foi considerado o melhor diretor por Maria do Caritó.

O Shell criado em 1989 e que oferece uma premiação individual de R$ 8 mil, também foi destacado como importante para a classe. “O teatro precisa muito disso”, comentou Nanini, referindo-se à longevidade do prêmio.

Participaram do júri a atriz e bailarina Fabiana Valor, o diretor do grupo AfroReggae João Madeira, o iluminador Jorginho de Carvalho, o dramaturgo, diretor e ator Sergio Fonta e a pesquisadora e professora de História do Teatro Brasileiro Tânia Brandão.

Vencedores do 23º Prêmio Shell de Teatro do Rio de Janeiro

Música:
Marcelo Alonso Neves por As conchambranças de Quaderna

Iluminação:
Tomás Ribas por Rock Antygona

Figurino:
Marcelo Pies por Hair

Cenário:
Daniela Thomas por Pterodátilos

Categoria especial:
André Curti e Artur Ribeiro pela singular linguagem corporal aplicada no espetáculo Fragmentos do desejo

Direção:
João Fonseca por Maria do Caritó

Autor:
Jô Bilac por Savana glacial

Ator:
Marco Nanini por Pterodátilos

Atriz:
Mariana Lima por Pterodátilos

Homenagem:
Nathalia Timberg pela magnitude de sua carreira teatral, pródiga em desempenhos construídos com densidade, elegância e competência.

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Boas vindas ao Dona Lindu

A gente ainda não conheceu o espaço, mas os mistérios que rondavam a inauguração dos equipamentos culturais do Parque Dona Lindu – o Teatro Luiz Mendonça e a galeria Janete Costa – parecem que, finalmente, começam a ser desfeitos. Como antecipamos esta manhã, a abertura será com um show de Lenine e da Orquestra Sinfônica do Recife, no sábado (26), mas apenas para convidados. No dia seguinte, às 18h, o show será virado para o pátio do Parque (já que o teatro moderníssimo permite apresentações tanto no espaço interno quanto externo).

O prefeito disse que tinha sim a ideia de inaugurar o teatro com um espetáculo de artes cênicas, mas que isso não teria sido possível por conta de agendas. Bom, a programação de teatro começa no domingo, às 10h, com O fio mágico, do Mão Molenga Teatro de Bonecos; às 16h30, estão previstas intervenções de artistas circenses. Na terça-feira (29) e na quarta (30), às 20h, é a vez da peça O amor de Clotilde por um certo Leandro Dantas, a peça vencedora – na categoria teatro adulto – do último Janeiro de Grandes Espetáculos.

Ainda vai ter o Grial apresentando Travessia, Palhaços em conSerto, dança de rua com o projeto Ubi Zulu Bambaataa, Decripolou, totepou, Polo Marginal – Opereta de rua e Auto da Compadecida. Na programação de música, no dia 2, tem ainda show de Silvério Pessoa, lançando o álbum No grau.

A mostra que abre a galeria Janete Costa é mesmo uma retrospectiva de Abelardo da Hora.

Segundo o prefeito, a coletiva de imprensa não foi realizada já no Dona Lindu porque Lenine e a Orquestra estavam ensaiando no Santa Isabel. Mas garantiu que está tudo pronto para a abertura.

Renato L, por sua vez, disse que será aberta pauta para o teatro e, quando questionado sobre as condições principalmente de iluminação dos outros teatros, disse que tanto o Apolo quanto o Barreto Júnior vão passar por reformas para resolver quaisquer problemas.

Estamos muito curiosas para conhecer o espaço! Esta manhã, tentei conhecer o teatro, mas não consegui entrar. Depois de algumas combinações, o fotógrafo Júlio Jacobina, aqui do DP, foi tirar fotos do teatro (ainda não deixaram entrar na galeria). E ele chegou aqui na redação dizendo que o teatro é muito bonito, tem dois elevadores para o palco, mas que o chão é de alcatifa. “Como vai ser a manutenção? Vai grudar chiclete!”, observou Jacobina.

Foto: Carlos Oliveira/Prefeitura do Recife

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Lenine e OSR no Dona Lindu

Vai ter show de Lenine no Dona Lindu

A exposição que vai inaugurar a galeria de arte Janete Costa, do Parque Dona Lindu, é uma retrospectiva dos 60 anos da primeira exposição do artista plástico Abelardo da Hora. Isso já estava no script há mais de um ano. Um homenagem justa ao nosso Abelardo da Hora.

Contrariando as expectativas de que o palco do teatro Luiz Mendonça fosse inaugurado com um espetáculo de teatro, a honra ficou para Lenine e para a Orquestra Sinfônica do Recife.

A confirmação está no blog do João, do Diario de Pernambuco. A apresentação do sábado será só para convidados. No domingo, o mesmo show será exibido na área externa do parque, com entrada franca, aberta ao público em geral.

Antes do carnaval ventilou-se que o espetáculo As centenárias, com texto do pernambucano Newton Moreno e direção do Aderbal Freire-Filho e com Marieta Severo e Andrea Beltrão no elenco, abririam o teatro. Mas aparentemente elas não tinham agenda.

Na coletiva de hoje, o prefeito João da Costa e a gestora do parque, Simone Figueirêdo, ex-diretora do Santa Isabel, devem anunciar a programação da temporada.

No ano passado, durante as comemorações dos 160 anos do Teatro de Santa Isabel, a produção do teatro local ficou de fora da agenda e fez um protesto, abraçando o teatro.

Desta vez, já se sabe que alguns espetáculos estão programados para pisar no palco novinho do Dona Lindu.

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Aguardando Dona Lindu

Quase todo mundo sabe que o prefeito do Recife, João da Costa (PT) tenta pavimentar a própria reeleição, em 2012. Tarefa árdua. Mas na área da política tudo é possível.

No fim de semana, a TV exibiu uma mudança de estratégia. Com uma propaganda institucional da Prefeitura mais ofensiva, o slogan do prefeito agora é “Primeiro a gente faz, depois a gente mostra”.

Será por isso que a novela Dona Lindu está rodeada de mistérios nos seus capítulos finais? O prefeito e seus asseclas vão dar uma entrevista coletiva sobre o novo e polêmico equipamento hoje, no final da manhã. Mas marcou a conversa com a imprensa no Teatro de Santa Isabel.

O que não deixa de ser estranho, já que o equipamento que será inaugurado sábado próximo, quer dizer, daqui a quatro dias, é o Parque Dona Lindu, com o Teatro Luiz Mendonça e o Pavilhão de exposições Janete Costa. A imprensa também vem sendo proibida de coletar imagens no local. Que grande surpresa eles nos reservam?

Hoje finalmente deve sair a programação do teatro. Atrasadinha essa Dona Lindu…

Parque Dona Lindu. Foto: Marta Teles

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Que tal uma visitinha a São José do Rio Preto?

O Festival de São José do Rio Preto, em São Paulo, está encerrando a montagem da sua grade de programação. Os espetáculos adultos nacionais, os locais e os infantis, que vão se apresentar entre os dias 6 e 16 e julho, já foram divulgados. Agora só faltam os espetáculos de rua e os internacionais. A curadoria da mostra é formada por nomes como Marici Salomão (Coordenador do Curso de Dramaturgia da SP Escola de Teatro e do Núcleo de Dramaturgia Sesi-British) e José Fernando Peixoto dramaturgo e diretor da Cia. Teatro de Narradores e pesquisador do Departamento de Filosofia da USP).

Entre as montagens nacionais, já vimos por aqui, por exemplo, o espetáculo Savana glacial, da Cia. Físico de Teatro, do Rio de Janeiro, um texto de Jô Bilac. Mas ainda tem Hospital da gente, do grupo Clariô de Teatro (SP); Manter em Local Seco e Arejado, da [pH2] Estado de Teatro (SP); Banal, da Diga Sim Produções (RJ); Oxigênio, da Cia. Brasileira de Teatro (PR); Meire Love, do Grupo Bagaceira de Teatro (CE); Triptico, do Club Noir (SP); A Dócil, do Grupo Folias (SP); e Navalha na carne, da Bateia Cultura Produção Artística (RJ).

Foto: Val Lima/ Montagem carioca participará do FIT

Na seleção dos infantis, tem, por exemplo, a Cia. de Teatro Artesanal, do Rio de Janeiro, com O homem que amava as caixas; e A revolução dos bichos, da Cia. Fractal de Teatro (SP).

Navegando por aqui vi que o FIT (Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto) já está na sua 11ª edição, mas, até fevereiro, das 385 inscrições de grupos de 14 estados brasileiros para participar do festival, apenas uma tinha sido de Pernambuco. O Estado de São Paulo teve o maior número de inscrições – 198 – seguido por Rio de Janeiro (51) e Paraná (20). Também se inscreveram 47 montagens internacionais, da Espanha, França, Portugal, Itália, Argentina, México, Peru, Venezuela, Equador e Bélgica.

Vamos ficar ligadas por aqui..assim que sair a grade completa, postamos! E aí?! Alguém pretende visitar São José do Rio Preto no mês de julho?!

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