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Artaud arde na Mostra Capiba

Samir Murad traz ao Recife o espetáculo performático Para acabar de vez com o julgamento de Artaud

Samir Murad traz ao Recife o espetáculo performático Para acabar de vez com o julgamento de Artaud

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Fotos: Divulgação

“O Teatro da Crueldade foi criado a fim de devolver ao teatro uma apaixonada e convulsiva concepção da vida, e é neste sentido de violento rigor e de extrema condensação de elementos cênicos que a crueldade em que se baseia deve ser compreendida. Essa crueldade, que será sangrenta quando necessário, mas não de modo sistemático, pode assim ser identificada com uma espécie de pureza moral severa, que não tem medo de pagar a vida o preço que deve ser pago”, escreve Artaud Artaud em O Teatro da Crueldade, de 1968.

Cartas, poemas, manifestos e pensamentos de Antonin Artaud (1896-1948) formam a carne do espetáculo performático Para acabar de vez com o julgamento de Artaud, que o ator Samir Murad apresenta nesta sexta-feira, às 20h, na 9ª Mostra Capiba de Teatro do Sesc de Casa Amarela. A montagem da Cia Cambaleei, Mas Não Caí, explora a trajetória do dramaturgo, ator e diretor francês do início do século XX, que abalou as certezas do teatro e da vida e por conta de suas ideias foi considerado louco e internado de nove anos em manicômio na França.

Durante esse período, Artaud experimentou no corpo o pavor de ser injustiçado pela sociedade. E sentiu a carga violenta como resposta a quem não se enquadra. A psiquiatria impôs tratamentos à base de eletrochoques. E com isso usurpou o potencial criativo nos meses em que ele ficava esvaziado por essas descargas.

O título da performance é inspirado no poema radiofônico de Artaud, na época censurado, Para Acabar de Vez com o Julgamento de Deus. Essa encenação processual é resultado da tese de mestrado de Murad e se propõe a provocar uma mobilização criativa no espectador. Samir é formado no Centro de Letras e Artes da Uni-Rio, fez pós-graduação em teatro na UFRJ e defendeu a Influência de Antonin Artaud sobre o trabalho do ator Rubens Corrêa.

A encenação busca exibir facetas de Artaud, como sua relação com o movimento surrealista, o teatro, as drogas, a política e o misticismo. Murad usa elementos musicais, das artes plásticas e técnicas orientais psicofísicas – yoga, o tai-chi-chuan, danças xamânicas e mantras. A peça expande a reflexão sobre o espaço do artista na sociedade.

Samir Murad. Foto Divulgação

Artista anda abraçado com Artaud há mais de uma década

SERVIÇO

Para Acabar de Vez com o Julgamento de Artaud – (Cia. Cambaleei, mas não caí…) – Rio de Janeiro – RJ
Quando: Nesta sexta, às 20h
Onde: Teatro Capiba. SESC Casa Amarela (Av. Professor José dos Anjos, 1190. Bairro: Mangabeira) ​
Ingressos: R$ 20 e R$ 10
teatrocapiba@gmail.com
81 – 3267-4410
Duração: 60’
Classificação etária: 16 anos
Sinopse:

Ficha técnica
Textos: Antonin Artaud
Concepção, Atuação e Trilha Sonora: Samir Murad
Supervisão: Paulo Cerdeira
Cenário original: Milena Vugman
Figurino: Pamela Vicenta
Reazlização: Cia. Cambaleei, mas não caí…

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Mostra Capiba chega à 9ª edição

Atriz Augusta Ferra ministra oficina de . Foto:Reprodução do Facebook

Atriz Augusta Ferraz ministra oficina A Narrativa do Contador de Histórias na Construção da Personagem

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Fotos: Reprodução do Facebook

A extensão do ator solitário e a amplitude ensejada pelo palco são ganchos da 9ª Mostra Capiba de Teatro, do Sesc Casa Amarela, que aglutina nove espetáculos de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Sergipe. Em comum, as questões que pulsam na contemporaneidade na construção dessas figuras que abarcam universos tão distintos. O braço formativo do evento é destaque com o oferecimento de três oficinas, duas delas voltadas para o intérprete, além de uma aula-espetáculo. A atriz Augusta Ferraz vai tratar de A Narrativa do Contador de Histórias na Construção da Personagem, que vislumbra compreensão psicológica e afetiva da alma da personagem, entre os dias 18 e 21. O investimento é de R$ 20.

O Ator no Século XXI – Uma proposta de encontro entre o Ocidente e o Oriente, comandada por Samir Murad, combina as técnicas de yoga, taichichuen, kempô e meditações ativas na busca de proporcionar novas experiências corporais, vocais e emocionais nos intérpretes.  Nos dias 22 e 23 de outubro. O investimento também é de R$ 20. Samir também participa da programação de espetáculo com a encenação Para Acabar de Vez com o Julgamento de Artaud.

A terceira oficina desta edição do Capiba é o Ateliê de Crítica e Reflexão Teatral, com as jornalistas e críticas Luciana Romagnolli e Ivana Moura. Busca fomentar o olhar crítico a partir de exercícios práticos e da teoria teatral. O programa ocorre entre os dias 17 a e 21. Neste a inscrição é gratuita. As vagas para todas as atividades são limitadas.

Além das três oficinas, haverá a aula-espetáculo Como era bonito lá, na segunda-feira (17), às 14h, com a atriz, diretora, pesquisadora e professora Nara Keiserman. A entrada é gratuita e a ação acontece no Teatro Capiba.

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Espetáculo é uma ode aos textos de amor de Caio Fernando Abreu. Foto: Demetrio Nicolau / Divulgação

A Mostra começa na sexta-feira (14/10) com No Se Puede Vivir Sin Amor, da companhia carioca Atores Rapsodos. Na peça, a atriz Nara Keiserman celebra a obra de seu amigo e conterrâneo, Caio Fernando Abreu (1948-1996), e como sugere o título tem os escritos de amor como foco. A atriz reúne textos como Metâmeros, Mergulho II, Como Era Verde Meu Vale, Fotografias e Creme de Alface, além de textos inéditos escritos especialmente para ela. A direção é de Demétrio Nicolau.

“A Mostra Capiba surgiu sem grandes pretensões, para agregar valor à programação do Teatro Capiba, do Sesc Casa Amarela. Um teatro pequeno, de estrutura técnica limitada. Mas, aos poucos foi ganhando dimensão, recebendo a produção do estado e do Brasil”, explica o encenador José Manoel Sobrinho, gerente de Cultura do Sesc Pernambuco. “Na última versão serviu como espaço para a pré-estreia do espetáculo Ledores do Breu, da paulistana Companhia do Tijolo. Uma Mostra para espetáculos solo, espaço para experimentações mais individuais. Local de trocas e vivências e que tem servido como ambiente para se pensar o teatro em seus vários aspectos” pontua o diretor.

A programação prossegue com O Açougueiro, defendido por Alexandre Guimarães, sobre sonhos individuais e o poder do preconceito social para empurrar pessoas para o abismo e destruir vidas;  A Mulher Monstro, inspirada em texto de Caio Fernando Abreu e que trata dos demônios conservadores, discriminatórios e a visão equivocada (para melhor) de si mesma. A protagonista interpretada por José Neto Barbosa transita por esse Brasil atual, tão potente de ódio e hipocrisias.

Também estão na programação Histórias Bordadas em Mim, em que a atriz Agrinez Melo passeia por sua biografia com leveza e humor. Já Soledad – A Terra é Fogo Sob Nossos Pés, com a atriz Hilda Torres, leva ao palco a trajetória da militante paraguaia Soledad Barrett Viedma (1945-1973), que foi morta no Recife durante o regime militar. A Receita, com Naná Sodré, percorre as inquietações de uma mulher oprimida, que na cozinha prepara sua libertação. Com elementos de teatro de objetos, Diógenes D. Lima faz de Olinda e Recife um casal muito engraçado em O Mascate, a Pé Rapada e os Forasteiros.

Abalo sensorial 

O dramaturgo, ensaísta, ator e diretor de teatro, o francês Antonin Artaud compreendia que arte e vida estão emaranhadas pela mesma força metafísica. A arte para ele é algo para ser vivido. O ator Samir Murad, da companhia carioca Cambaleei, Mas Não Caí, segue essa vertente no monólogo performático Para Acabar de Vez com o Julgamento de Artaud.  A peça mistura cartas, poemas, manifestos e pensamentos do artista, que por suas ideias foi internado por nove anos em manicômios na França. A peça explora sua relação com o movimento surrealista, o teatro, as drogas, a política e o misticismo.

No encerramento, a Mostra terá Vulcão em que Diane Velôso defende o papel de uma cantora de punk rock que tem um surto mental dissociativo durante um show e mergulha em delírios poéticos, misturando lembranças, desejos e a dura realidade. A direção é do carioca, Sidnei Cruz e a dramaturga é de Lucianna Mauren.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA

Nara. Foto: Demétrio

Atriz Nara Keiserman. Foto: Demetrio Nicolau / Divulgação

14/10 – (Sex) – No Se Puede Vivir Sin Amor – (Atores Rapsodos) – Rio de Janeiro –   RJ
Quando: Nesta sexta, às 20h
Onde: Teatro Capiba. SESC Casa Amarela (Av. Professor José dos Anjos, 1190. Bairro: Mangabeira)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10
teatrocapiba@gmail.com
81 – 3267-4410
Duração: 60’
Classificação etária: 16 anos
Sinopse:
O espetáculo é uma homenagem da atriz Nara Keiserman ao seu amigo e conterrâneo, Caio Fernando Abreu. O trabalho nasceu de pesquisa artística e acadêmica conectada ao tema Teatro e Espiritualidade.
A amizade entre a atriz e o autor determinou alguns aspectos do trabalho, como a predominância do tom afetivo e a escolha dos textos, tematizando o amor e seus derivativos.
No se puede vivirsin amor promove um momento para além do cotidiano, em que a energia promovida pela imantação da cena alcança o espectador. Nara Keiserman pontua: “É claro que sei de cor (de coração) os textos do Caio que escolhi e que são os que mais gosto. Mas os movimentos que vou fazer, o modo como vou falar, como vou cantar melodias que são como sortilégios, são resultado do aqui-agora e acredito que o que partilhamos durante o acontecimento teatral corresponde ao que todos nós, juntos, estamos precisando viver naquele momento preciso.”
Ficha Técnica
Textos: Caio Fernando Abreu
Dramaturgia e atuação: Nara Keiserman
Direção, Iluminação e Arte: Demetrio Nicolau
Cinografia e Figurino: Carlos Alberto Nunes
Orientação Musical: Alba Lírio
Maquiagem: Mona Magalhães
Fotos: Demetrio Nicolau
Filmagem: Daniel Ribeiro
Assessoria de Imprensa: Sheila Gomes
Mídias Sociais: Marina Murta
Produção e Realização: Atores Rapsodos

Alexandre Guimarães. Foto:

Ator Alexandre Guimarães. Foto: Divulgação

15/10 – (Sab) – O Açougueiro – (Alexandre Guimarães) – Recife – PE
Quando: Sábado, às 20h
Onde: Teatro Capiba. SESC Casa Amarela (Av. Professor José dos Anjos, 1190. Bairro: Mangabeira)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10
teatrocapiba@gmail.com
81 – 3267-4410
Duração: 45’
Classificação etária: 16 anos
Sinopse:
Boi de cercado, boi de abate, carro de boi e o amor proibido entre o açougueiro Antônio, homem simples, cujo sonho de infância era ter um açougue para matar a fome, e a jovem Nicinha. O ator se desdobra em sete personagens para narrar, entre aboios e toadas, uma história de paixão e intolerância que pode se passar na aridez do sertão pernambucano ou, em qualquer lugar, onde a dor e o preconceito são o prato principal das relações.
Ficha Técnica
Intérprete: Alexandre Guimarães
Texto, encenação e plano Luz: Samuel Santos
Preparação vocal: Nazaré Sodré
Preparação corporal e figurino: Agrinez Melo
Maquiagem: Vinicius Vieira
Fotos/Ilustração: Lucas Emanuel

Foto: Ivana Moura

Ator José Neto Barbosa. Foto: Ivana Moura

16/10 – (Dom) – A Mulher Monstro – (S.E.M Cia. de Teatro – Sentimento, Estética e Movimento) – Natal/Recife – RN/PE
Quando: Domingo, às 20h
Onde: Teatro Capiba. SESC Casa Amarela (Av. Professor José dos Anjos, 1190. Bairro: Mangabeira)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10
teatrocapiba@gmail.com
81 – 3267-4410
Duração: 60’
Classificação etária: 16 anos
Sinopse:
Uma mulher perseguida pela sua própria visão intolerante da sociedade, com características infelizmente não singulares a milhares de brasileiros. Racista, machista, sexista, gordofóbica, homofóbica, reacionária e fundamentalista religiosa são alguns dos adjetivos que descrevem a burguesa decadente. Apesar de seu pensamento político equivocado, A Mulher Monstro ainda sim é uma humana com suas inquietudes e peculiaridades como qualquer pessoa.
A protagonista apresenta dificuldades nas relações, sem saber lidar com a solidão. Vive uma traição e rejeição do marido diagnosticado com câncer. Além de não superar a morte do único filho, vítima de seu preconceito. Ela insiste em não aceitar emergências sociais, as questões políticas ou até mesmo pessoais: como por exemplo, sua própria idade, um governo progressista ou sua atual condição financeira.
A obra é baseada no conto Creme de Alface, de Caio Fernando Abreu, escrita em 1975, em plena ditadura militar, mas só publicado em 1995.
Ficha Técnica
Dramaturgia, encenação e atuação: José Neto Barbosa
Iluminação: Sergio Gurgel Filho e José Neto Barbosa
Maquiagem: Diógenes e José Neto Barbosa
Cenografia e figurino: José Neto Barbosa
Assistência de cenografia: Anderson Oliveira e Diego Alves
Sonoplastia: Diógenes, Mylena Sousa e José Neto Barbosa
Registro: Mylena Sousa
Produção: SEM Cia de Teatro

Agri Melo em tom confessional. Foto: Rubens Henrique/ Divulgação

Agri Melo em tom confessional. Foto: Rubens Henrique/ Divulgação

17/10 – (Seg) – Histórias Bordadas em Mim – (Agrinez Melo – Doceagri) – Recife – PE
Quando: Segunda, às 20h
Onde: Teatro Capiba. SESC Casa Amarela (Av. Professor José dos Anjos, 1190. Bairro: Mangabeira)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10
teatrocapiba@gmail.com
81 – 3267-4410

Duração: 60’
Classificação etária: Livre
Sinopse:
Um baú, uma borboleta e uma conversa… é assim que se inicia Histórias Bordadas em Mim. Um convite para um chá acompanhado de tareco e um alinhavar de histórias reais, vividas no passado e no presente. A personagem é por acaso a própria atriz e sentada em um baú conta histórias que viveu em sua vida, bebe da fonte de uma pesquisa no griot, povo ancestral que passava conhecimento através da oralidade, vai através da narrativa e numa proposta de encenação enxuta, incluindo o público em suas histórias. Uma pausa para um chá, uma musica e um mergulho nas histórias de alegrias, amor, dor, morte, vida e saudade…

Ficha técnica
Atuação, Produção, Dramaturgia, Figurino, Cenografia e Direção: Agrinez Melo
Assessoria em Dramaturgia: Ana Paula Sá
Assessoria em Direção: Naná Sodré, Quiercles Santana e Samuel Santos
Concepção Musical e Sonoplastia: Cacau Nóbrega
Assessoria em toadas: Maria Helena Sampaio (YaKêkêrê do Terreiro Ilê Oba Aganju Okoloyá)
Maquiagem: Vinicius Vieira
Execução Figurino: Agrinez Melo e Vilma Uchôa
Aderecista: Álcio Lins
Cenotécnico: Felipe Lopes
Foto, Áudio e Filmagem de teaser campanha do catarse: Lucas Hero
Direção e edição de vídeo teaser campanha catarse: Taciana Oliveira (Zest Artes e Comunicação)
Assistente de produção: Nayara Oliveira
Designer: Curinga Comuniquê
Filmagem do espetáculo na integra:Aratu Produções
Fotografia: Rubens Henrique

Naná Sodré. Foto: Thais Lima.

Naná Sodré defende papel que engloba as mulheres humilhadas do mundo. Foto: Thais Lima.

18/10 – (Ter) – A Receita – (O Poste Soluções Luminosas) – Recife – PE
Quando: Terça, às 20h
Onde: Teatro Capiba. SESC Casa Amarela (Av. Professor José dos Anjos, 1190. Bairro: Mangabeira)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10
teatrocapiba@gmail.com
81 – 3267-4410

Duração: 40’
Classificação etária: 16 anos
Sinopse
A todas as mulheres do mundo! Grita com o corpo a atriz Naná Sodré, na obra tragicômica que descreve um universo de uma mulher num processo de libertação. Num acerto de contas, a anônima confessa como passou a maior parte do tempo temperando suas ilusões com sal, alho e coentro com cebolinha… até mesmo em momentos desatinados. O espetáculo funciona como um refletor que revela as situações vividas no ambiente domiciliar/social de várias mulheres pelo mundo a fora.

Ficha Técnica
Direção, autoria, adereços, sonoplastia e iluminação: Samuel Santos
Atuação, figurino e maquiagem: Naná Sodré
Técnica em rolamento: Mestre Sifu Manoel

Hilda Torres. Foto: Rick de Eça

Hilda Torres assume papel de guerrilheira paraguaia. Foto: Rick de Eça

19/10 – (Qua) – Soledad – A Terra é Fogo Sob Nossos Pés – (Cria do Palco) – Recife – PE19.10 –
Quando: Quarta, às 20h
Onde: Teatro Capiba. SESC Casa Amarela (Av. Professor José dos Anjos, 1190. Bairro: Mangabeira)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10
teatrocapiba@gmail.com
81 – 3267-4410
Duração: 70’
Classificação etária: 14 anos
Sinopse:
O espetáculo conta a história de Soledad Barrett Viedma (1945-1973), militante paraguaia, que após ter lutado na América Latina, vem militar no Brasil. No Recife, teve sua história de luta contra as opressões de classes sociais e em busca de liberdade e igualdade, interrompida. A obra, não assume tão somente um caráter memorialista e de denúncia, mas sobre algo que se quer contar hoje, traçando uma analogia com os períodos políticos do regime militar e o presente.

Ficha Técnica:
Atriz, idealizadora e coordenadora do Projeto: Hilda Torres
Direção: Malú Bazán
Dramaturgia: Hilda Torres e Malú Bazán
Pesquisa histórica: Hilda Torres, Márcio Santos e Malú Bazán
Pesquisa cênica: Hilda Torres e Malú Bazán
Concepção de cenário e figurino: Malú Bazán
Execução de cenário e figurino: Felipe Lopes e Maria José Lopes (Lopes Designer)
Iluminação: Eron Villar
Operação de luz: Eron Villar, Gabriel Feliz e Nadjecksom Lacerda
Direção musical: Lucas Notaro
Operação de som: Márcio Santos
Arte visual: Ñasaindy Lua (filha de Soledad)
Teaser: Ivich Barrett (neta de Soledad)
Vídeo: Flávia Gomes
Diagramação: Pedro Xavier
Assessoria de imprensa: Márcio Santos
Consultoria do idioma guarani: Adrián Morínigo Villalba
Produção: Márcio Santos
Realização: Cria do Palco.

Foto: Tony Rodrigues

Diógenes D. Lima Foto: Tony Rodrigues

20/10 – (Qui) – O Mascate, a Pé Rapada e os Forasteiros – (Cia. de Artes Cínicas com Objetos) – Recife – PE
Quando: Quinta, às 20h
Onde: Teatro Capiba. SESC Casa Amarela (Av. Professor José dos Anjos, 1190. Bairro: Mangabeira)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10
teatrocapiba@gmail.com
81 – 3267-4410
Duração: 60’
Classificação etária: 16 anos
Sinopse:
O Mascate, a Pé rapada e os Forasteiros é um espetáculo que utiliza-se da linguagem do teatro de objetos para contar uma versão histórica/fictícia sobre as cidades de Olinda e Recife. Na trama, estas cidades são um casal (Olinda, a mulher e Recife, o homem) que com a chegada de forasteiros exploradores (Portugal e Holanda), se vêem corrompidos por sentimentos de ganância e cobiça.
Ficha Técnica
Texto e Atuação: Diógenes D. Lima
Supervisão Artística: Marcondes Lima e Jaime Santos
Coreografias: Jorge Kildery
Adereços: Triell Andrade e Bernardo Júnior
Iluminação: Jathyles Miranda
Execução de Iluminação: Rodrigo Oliveira
Execução de sonoplastia: Junior Melo
Programação Visual: Arthur Canavarro
Fotografia: Ítalo lima, Toni Rodrigues, Sayonara Freire e Sócrates Guedes
Cenotécnico: Gustavo Oliveira
Assessoria de impressa: Cleyton Cabral
Coordenação de Produção: Luciana Barbosa

Samir. Foto: Reprodução da Internete

Samir Murad leva Artaud ao palco. Foto: Reprodução da Internet

21/10 – (Sex) – Para Acabar de Vez com o Julgamento de Artaud – (Cia. Cambaleei, mas não caí…) – Rio de Janeiro – RJ
Quando: Sexta, às 20h
Onde: Teatro Capiba. SESC Casa Amarela (Av. Professor José dos Anjos, 1190. Bairro: Mangabeira)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10
teatrocapiba@gmail.com
81 – 3267-4410
Duração: 60’
Classificação etária: 16 anos
Sinopse:
Solo-performático-processual, que tem como argumento básico, a narrativa de algumas passagens de distintos momentos da vida de Antonin Artaud, supostamente reveladores de sua trama pessoal, que são transportados para a cena a partir de possibilidades de linguagem vislumbradas pelo próprio Artaud.
A valorização do trabalho do intérprete, toma forma a partir de experimentações corporais e textuais que se inspiraram em técnicas e conceitos orientalistas e se desdobra em outros elementos da cena, tais como os objetos, as projeções e a música, que devem funcionar com extensão do universo simbólico, proposto pelo foco inicial centrado no ator.
Ficha técnica
Textos: Antonin Artaud
Concepção, Atuação e Trilha Sonora: Samir Murad
Supervisão: Paulo Cerdeira
Cenário original: Milena Vugman
Figurino: Pamela Vicenta
Reazlização: Cia. Cambaleei, mas não caí…

Foto: Marcelino Hora

Atriz Diane Velôso. Foto: Marcelino Hora

22/10 – (Sab) – Vulcão – (Grupo Caixa Cênica) – Aracaju – SE
Quando: Sábado, às 20h
Onde: Teatro Capiba. SESC Casa Amarela (Av. Professor José dos Anjos, 1190. Bairro: Mangabeira)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10
teatrocapiba@gmail.com
81 – 3267-4410
Duração: 40’
Classificação etária: 14 anos
Sinopse:
Os 20 cantos que compõem a cerimônia teatral Vulcão podem ser apreciados como fotogramas descontínuos, como flaches autônomos de um diário sobre o subterrâneo da alma humana no purgatório do teatro. Oferecemos ao público uma experiência de vivência de uma espécie de teatro primordial – um meio de expansão do imaginário através do corpo, do som, da palavra, da respiração, do silêncio e da música – onde os espectadores entram em contato com a matéria da poesia, cujo mistério transborda pelas veias do sublime.

Ficha Técnica:
Atuação: Diane Velôso
Direção: Sidnei Cruz
Assistência de Direção: Olga Gutierrez e Amanda Steinbach
Texto: Lucianna Mauren
Iluminação: Sergio Robson
Produção: Nah Donato e Diane Velôso
Figurino: Vivy Cotrim e Roberto Laplagne
Sombrinha: Luna Safira
Adereço de cabeça: Roberto Laplagne
Cenário: Sidnei Cruz, Denver Paraízo e Manoel Passos Filho
Arte plástica: Fábio Sampaio
Fotografia de espetáculo e foto design: Marcelinho Hora
Arte design: Gabi Etinger
Trilha sonora: Alex Sant’Anna e Leo Airplane
Operador de luz: Audevan Caiçara
Operação Audiovisual, Vídeo e Assessoria: Manoela Veloso Passos Colaboração: Maicyra Leão
Produção PE: Fabiana Pirro

  • Todos os espetáculos acontecem no Teatro Capiba, no SESC Casa Amarela, às 20h.

AÇÕES FORMATIVAS

Aula-Espetáculo

Como Era Bonito Lá – Nara Keiserman
A Aula-Espetáculo parte de uma versão sintetizada do espetáculo Como Era Bonito Lá, em que são expostos os modos de criação e antecedentes do trabalho e trechos encenados dos contos e cartas relacionadas.

Nara Keiserman
É atriz, diretora, pesquisadora e professora na Escola de Teatro da UNIRIO. Atriz e co-fundadora do Núcleo Carioca de Teatro (1991 – 2001), dirigido por Luís Artur Nunes. Diretora artística do grupo Atores Rapsodos (desde 2000). Preparadora Corporal e Diretora de Movimento da Companhia Pop de Teatro Clássico (desde 1999), no Rio de Janeiro.
Mestre em Teatro pela USP, com a dissertação A preparação corporal do ator – uma proposta didática e Doutora pela UNIRIO, com a tese Caminho pedagógico para a formação do ator narrador. Pós-doutorada na Universidade de Lisboa, com pesquisa sobre Aspectos da cena narrativa portuguesa contemporânea.
Desenvolve Pesquisa Institucional na UNIRIO, denominada Ator rapsodo: pesquisa de procedimentos para uma linguagem gestual. Professora Associada  na Escola de Teatro da UNIRIO, responsável pelas disciplinas de Movimento na Graduação e professora efetiva na Pós-Graduação.
Tem artigos publicados em revistas especializadas e ministra Cursos, Oficinas e Workshops sobre o Teatro Narrativo e sobre o Corpo Infinito do Ator.

Quando: 17/10 – (seg), às 14h
Local: Teatro Capiba

OFICINAS

A Narrativa do Contador de Histórias na Construção da Personagem – Augusta Ferraz

Oficina direcionada para o ator-narrador. O ator contador de histórias. O intérprete que se utiliza das três pessoas do singular (eu, tu e ele), do tempo presente, para narra/contar a mesma história por óticas diferenciadas. O foco é buscar na narrativa do contador de histórias a compreensão psicológica e afetiva da alma da personagem.

Quando: 18 a 21 – (ter a sex), das 9h às 12h
Local: Sala de Dança
Vagas: 10 alunos
Publico dirigido: estudantes e artistas de teatro
Inscrição pelo Link:
https://docs.google.com/forms/d/12-UZ3s2JLGQuUGIwWZoMeD535kOTnDkz33VqbmowHOo/edit

O ATOR NO SÉCULO XXI – Uma proposta de encontro entre o Ocidente e o Oriente – Samir Murad

É a partir dessa premissa artaudiana que o curso será pautado. Com  um intenso trabalho físico e vocal utilizando técnicas psicofísicas direcionadas para o trabalho do Ator, tais como Yoga, Taichichuen, kempô e meditações ativas, tendo como referências os trabalhos desenvolvidos por Peter Brook, Grotowski, Eugenio Barba e Tadeus Kantor, o aluno-ator será levado a experienciar novas possibilidades expressivas corporais, vocais e emocionais, estabelecendo novos limites, desconstruindo barreiras e edificando uma nova base interna mais íntegra e essencial para a sua atuação.

Quando: 22 e 23 – (sab e dom), das 9h às 12h
Local: Sala de Dança – Sesc Casa Amarela
Vagas: 15 alunos
Público dirigido: estudantes e artistas de teatro
Inscrição pelo Link:
https://docs.google.com/forms/d/1nuPQ4Hbdld0UKuxqYRybjtXDCBuRxsQ5j3Io1BqSfRk/edit

Ateliê de Crítica e Reflexão Teatral – Luciana Romagnolli e Ivana Moura

O Ateliê de Crítica e Reflexão Teatral é um espaço de encontro para a discussão crítica sobre teatro e para o exercício da escrita de textos críticos a partir da programação da Mostra Capiba de Teatro, realizada pelo Sesc Casa Amarela, no Recife. O objetivo do ateliê é desenvolver o pensamento crítico e teórico sobre teatro, propiciar olhares sobre a produção cênica pernambucana e proporcionar experiências práticas de crítica que possam reverberar para além dos encontros. As discussões contemplam apontamentos sobre a história e o presente da crítica de teatro no Brasil, o contexto recifense, a função da crítica, os problemas dos juízos de valor, da verdade e da produção de subjetividade, e questões sobre o teatro contemporâneo e o lugar do espectador.

Quando: 17 a 21 – (seg e sex), das 14h às 18h
Local: Cineclube Coliseu
Vagas: 15 alunos
Publico dirigido: artistas de teatro, curadores, programadores, jornalistas, estudantes
Inscrição pelo Link:
https://docs.google.com/forms/d/1383c1symrs2ByZrCFvMJdTqBVuBv6zxmEOxPEZAYnms/edit

SERVIÇO

Mostra Capiba – De 14 a 22 de outubro

Onde: Teatro Capiba. SESC Casa Amarela (Av. Professor José dos Anjos, 1190. Bairro: Mangabeira)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10
teatrocapiba@gmail.com
81 – 3267-4410

teatrocapiba@gmail.com

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