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Programação teatral no Recife
em intenso movimento
neste fim de setembro

Focus Cia de Dança celebra marco histórico de 25 anos . De Bach a Nirvana. Foto: Dan Coelho / Divulgação

Carlota. Foto: Cristina Granato

Trupe. Foto: Babi-Furtado

A cena teatral no Recife se mexe em diversidade artística que contempla dança contemporânea, humor, experimentação, teatro infantil e produções nacionais. A programação demonstra vitalidade cultural que posiciona Recife como importante centro de produção e circulação das artes cênicas no país.

Celebrando marco histórico de 25 anos de trajetória artística, a Focus Cia de Dança traz ao Recife uma programação especial dentro do Cena Cumplicidades. A companhia carioca, que possui reconhecimento internacional tendo se apresentado em mais de 100 cidades brasileiras e países como Colômbia, México, Canadá, Estados Unidos, França, Alemanha e Itália, oferece três espetáculos gratuitos que demonstram a maturidade de um dos grupos mais respeitados da dança contemporânea brasileira.

Com 26 obras e 16 espetáculos em repertório, a Focus, sob direção de Alex Neoral, consolidou linguagem coreográfica única que combina técnica refinada com experimentação estética.

Trupe evoca tradição dos artistas mambembes através de cortejo coreográfico onde dez bailarinos fazem um cortejo para transformar espaço urbano em palco. De Bach a Nirvana realiza encontro improvável entre épocas musicais distintas, conectando música barroca de Johann Sebastian Bach (1685-1750) com rock visceral do Nirvana de Kurt Cobain (1967-1994) através de coreografia. Carlota – Focus Dança Piazzolla, criação de 2023, homenageia Carlota Portella (1940-2024) utilizando 11 tangos de Astor Piazzolla para reconfigurar matrizes tradicionais do ritmo argentino, explorando melancolia, abandono e paixão através de linguagem corporal que celebra o corpo como obra de arte suprema.

Anjo Negro combina dança contemporânea, artes circenses, balé clássico e teatro físico

Ave, Guriatã! encerra o festival

O Festival Estudantil de Teatro e Dança de PernambucoFETED representa importante plataforma de formação artística que revela novos talentos enquanto aborda temas urgentes da sociedade brasileira. De 24 a 28 de setembro no Teatro Apolo, sete espetáculos resultam de processos formativos que incluem trabalhos de conclusão de cursos e criações coletivas, evidenciando o caráter pedagógico fundamental do festival.

O Sequestro da Leitura funciona como julgamento cênico onde a “Escola” é acusada de sequestrar a Leitura, questionando métodos educacionais tradicionais. Anjo Negro combina dança contemporânea, artes circenses, balé clássico e teatro físico através de dez cenas intensas com liras e tecidos acrobáticos para explorar trajetória de mulher negra em busca de identidade. Canto de Negro celebra ancestralidade afro-brasileira percorrendo trajetória “dos porões dos navios aos terreiros, quilombos e ruas”, criando diálogo temporal que ressalta resistência cultural.

Para o público infantil, As Crônicas dos Gatos Sem Lar apresenta Sophia, gatinha com autismo que ensina sobre amizade, empatia e respeito às diferenças, funcionando como ponte educativa. Escolinha de Bruxas, resultado do Curso de Iniciação Despertar Teatral da Cênicas Cia de Repertório, adapta Maria Clara Machado para abordar bullying e empatia através da história de Ângela, jovem bruxa bondosa. “Ave Guriatã“, emerge do Curso de Interpretação para Teatro do Sesc sob direção de José Manoel Sobrinho e Samuel Bennaton, baseando-se em Guriatã, um Cordel para Menino de Marcus Accioly para celebrar cultura brasileira através de narrativa poética sobre menino em busca de identidade.

Sala de Jantar. Foto Mônica Maria

A experimentação teatral encontra uma expressão delicada e envolvente em Sala de Jantar, criação onde Ruy Aguiar realiza alquimia cênica transformando o ordinário em extraordinário. Neste universo, pratos, talheres, toalhas e guardanapos abandonam sua condição de utensílios para se transformar em personagens dotados de desejos, ansiedades e sonhos próprios. O elenco formado por Edivane Bactista, Adilson Di Carvalho, Fabiana Coelho, Ryan Rodrigues e o próprio Ruy Aguiar desenvolve técnica de manipulação que exige simultaneamente precisão e sensibilidade artística aguçada, conferindo alma e personalidade a cada objeto durante preparativos para jantar elegante orquestrado por figura enigmática do lacaio misterioso.

A dramaturgia desenvolve narrativa onde os objetos aguardam ansiosamente a chegada dos convidados, transformando arrumação doméstica em jornada emocional. Lailson Cavalcante desenvolve pesquisa musical que dialoga harmoniosamente com cada metamorfose cênica, criando paisagem sonora que amplifica a magia inerente aos momentos de transformação, enquanto Saulo Uchoa assina desenho de luz buscando dramaticidade essencial aos instantes em que objetos inanimados ganham vida pulsante.

Esta experiência de 45 minutos com classificação a partir de 8 anos acontece no Espaço Cultural Métron Produções (Rua Tabira, 109, Boa Vista) para 30 espectadores por sessão, criando intimidade que potencializa o impacto emocional. Estreada em 2017, a montagem integra o repertório da Métron Produções e foi contemplada pela Lei Paulo Gustavo através do Edital Multilinguagens Recife Criativo. Todas as apresentações contam com interpretação em Libras, garantindo acesso democrático a esta experiência que encontra magia nos elementos mais familiares do cotidiano.

Nega do Babado e Violetas da Aurora. Foto: Renato Filho

A Casa de Alzira sedia Palhacinhas do Brega – Vibrando no Babado, proposta artística inédita que une palhaçaria contemporânea e tradição musical pernambucana. Este evento conecta o coletivo Violetas da Aurora – consolidado através de oito anos de atividades e produções emblemáticas como Violetas da Aurora – o Encontro (2018), Mesa de GlosaR (2019) e Violetas no Parque (2021) – com Nega do Babado (Adriana Araújo da Silva), ícone do brega recifense com mais de duas décadas de trajetória que inclui sucessos populares como Milkshake e consolidação como uma das vozes mais potentes do cenário musical pernambucano.

O Violetas da Aurora, protagonizado por Ana Nogueira (Dona Pequena), Fabiana Pirro (Uruba), Mayra Waquim (Maroca) e Silvia Góes (Sema Roza Madalena), desenvolve ao longo de quase uma década linguagem cênica que articula palhaçaria, crítica social e celebração de encontros com artistas de diferentes linguagens. Colaborações anteriores com poetas como Graça Nascimento e Anaíra Mahin demonstram compromisso do coletivo em criar pontes entre expressões artísticas diversas, fortalecendo redes colaborativas que enriquecem cenário cultural pernambucano através de protagonismo feminino em campos tradicionalmente dominados por vozes masculinas.

Nega do Babado representa transformação paradigmática no universo do brega, gênero que nas últimas décadas assistiu ao surgimento de figuras femininas que redefinem códigos estéticos e narrativos. Reconhecendo conexões naturais entre sua performance musical e elementos da palhaçaria, declara: “No meu Brega, a palhaçaria está sempre presente. Eu tenho essa felicidade de ser palhaça também”. Esta declaração revela consciência artística sobre hibridismos que caracterizam sua estética, onde irreverência, humor e autenticidade popular se fundem criando linguagem única que dialoga naturalmente com propostas do Violetas da Aurora.

DJ Vibra (Virgínia Brasil) atua como ponte criativa fundamental entre universos aparentemente distintos, assumindo simultaneamente funções de diretora artística e produtora musical. Reconhecida nacionalmente por trilhas sonoras que transitam entre eletrônico, popular e afro-diaspórico, coidealizou o selo Discopreta, consolidando-se como voz criativa fundamental da cena independente brasileira. Atualmente conduzindo processo de expansão artística da Nega do Babado rumo à construção de carreira latina, Vibra preserva simultaneamente a força popular que caracteriza a artista, criando equilíbrio entre inovação estética e autenticidade regional.

A narrativa cômica satiriza oportunismo no meio artístico através de personagens que, cansadas de financiar turnês através de vaquinhas, enxergam no sucesso do brega recifense oportunidade de ascensão rápida. Convidando Nega do Babado para colaboração, descobrem que conquistar espaço na cena musical exige muito mais que simples boa vontade, revelando camadas de reflexão sobre legitimidade artística, reconhecimento profissional e complexidades envolvidas na construção de carreiras sólidas no cenário cultural brasileiro.

Inaugurando a noitada, Flávia Gomes apresenta Sarau Eroticuzinho, explorando territórios da poesia erótica que dialogam tematicamente com ousadia proposta pelo encontro principal. Completando a experiência musical, D Mingus participa como convidado especial, ampliando diversidade sonora da celebração através de performance que conecta diferentes vertentes musicais presentes na cena recifense contemporânea.

A Casa de Alzira, localizada no terceiro andar do Museu de Artes Afro-Brasil Rolando Toro (MUAFRO), ocupa Sala Inaldete Pinheiro, espaço com capacidade para 70 pessoas equipado com recursos técnicos completos, camarim, cantina e lojinha colaborativa. O espaço funciona como laboratório cultural que incentiva experimentação e encontros transformadores entre linguagens artísticas diversas.

Tradição Cultural e Identidade Pernambucana

Canto e Encanto Pernambuco: Folia e Foliões, Carnaval de Alegria representa trabalho do Núcleo Musical Irmã Scheilla, vinculado à Fraternidade Peixotinho, organização que desenvolve atividades de ensino musical utilizando a música como ferramenta de educação e preservação cultural. O espetáculo combina batuques, orquestras, sopros e cordas com encenações teatrais em apresentação que celebra diversidade cultural pernambucana focando em ritmos e tradições carnavalescas. A entrada gratuita para crianças até 10 anos facilita acesso familiar, consolidando função social e educativa da proposta.

Teatro de Rua e Urgência Climática

Grupo Bote de Teatro faz apresentações na Praça do Sebo

Recife, cidade historicamente construída sobre ilhas e aterros, enfrenta destino inexorável ligado às águas que a constituem e ameaçam. Esta geografia insular torna ainda mais urgente a reflexão sobre crise climática numa metrópole que, segundo relatório da ONU, figura como 16ª cidade mais vulnerável do mundo ao aumento do nível do mar. Diante desta realidade alarmante, o Bote de Teatro compreende que abordar tema tão crucial exige proximidade radical com a população: “sendo uma cidade considerada uma ilha, para falar de um tema como a crise climática, não haveria outra forma a não ser ir para a rua, ir para perto das pessoas e ocupar um espaço urbano”.

Ilha:Dois materializa esta urgência transformando a Praça do Sebo em laboratório de teatro de rua, dirigido por Rafael Bacelar com dramaturgia de David Maurity, ambos integrantes da Toda Deseo, companhia mineira de teatro que desde 2013 pesquisa temas LGBTQIAPN+. Esta parceria entre Toda Deseo – com sua experiência consolidada em teatro político e narrativas de resistência – e o Bote de Teatro, do Recife, busca sensibilizar sobre a urgência climática numa perspectiva que conecta lutas identitárias com sobrevivência coletiva.

O espetáculo atua como “confrontação à cidade”, buscando “dizer à população que é preciso se ocupar em pensar sobre a crise climática”. Esta urgência se justifica pelos estudos científicos que apontam Recife como uma das primeiras metrópoles brasileiras a “desaparecer do mundo por conta do nível do mar”. A montagem utiliza estes dados científicos alarmantes para construir narrativa que conecta política, poesia e sobrevivência urbana através de Cardo Ferraz, Daniel Barros, Inês Maia e Pedro Toscano, quatro pessoas reunidas em torno de mesa de bar discutindo tempo de cidade ameaçada.

As conversas, atravessadas por copos de cerveja e cigarros, incorporam memórias locais como a enchente histórica de 1975 e os alagamentos anuais que marcam cotidiano recifense, criando ponte temporal entre experiência vivida e projeções científicas. A dramaturgia entrelaça nostalgia (consciência de que o passado se perdeu), esperança (ousadia de inventar futuros) e presente que se impõe com suas urgências climáticas e sociais.

A equipe técnica revela colaboração multidisciplinar: Aura do Nascimento (direção de arte), Vibra (sonoplastia), Joice Paixão (consultoria ambiental e política), Priscila Siqueira (coordenação de acessibilidade), com participação especial de Nega do Babado e tradução em Libras. Esta configuração demonstra compromisso com acessibilidade integral e conhecimento especializado sobre questões ambientais.

A integração com ambiente natural da praça, onde bares funcionam durante as apresentações, busca dissolver fronteiras entre ficção teatral e realidade urbana. Espectadores são convidados a chegar cedo para garantir mesa, fazendo da experiência teatral parte orgânica do cotidiano do espaço.

Murilo Freire em Esquecidos por Deus. Foto Divulgação

Esquecidos por Deus marca 40 anos de carreira teatral de Murilo Freire, que iniciou aos 7 anos tornando-se profissional aos 8. Com especialização em Arts du Spectacle na Universidade de Paris-8 durante cinco anos de residência na França, atualmente atua como Professor de Teatro no SESC, Supervisor de Cultura e Psicoterapeuta Holístico Integrativo. O monólogo baseia-se em “O Livro das Personagens Esquecidas” de Cícero Belmar, membro da Academia Pernambucana de Letras, abordando memória, identidade, patrimônio, tradição, apagamentos e cancelamentos. A interpretação utiliza “Arquetipia Humanimal”, pesquisa prática de 20 anos que combina pré-expressividade (Barba) e trabalho sobre ações físicas (Stanislavski/Grotowski). A técnica parte da observação de animais domesticados que mimetizam comportamentos humanos, criando hipótese de que humanos podem reproduzir hábitos de outras espécies animais através de reprodução da corporeidade animal (respiração, impulsos físicos, ritmos) até alterar a corporeidade humana, criando arquétipos claramente identificáveis. Com encenação, dramaturgia e iluminação de José Manoel Sobrinho, direção musical de Fellipe Barnabé e figurinos de Ivone Nunes, representa formato intimista que preza proximidade com plateia.

Formação Continuada e Protagonismo Negro

Cecilia Chá, Larissa Lira, Sthe Vieira e Thallis Ítalo compõem elenco

O Espaço O Poste apresenta resultado concreto de política de formação artística continuada através de Àwọn Irúgbin (Sementes em iorubá), resultado de dois anos de Residência O Postinho. Seis jovens pretos das periferias participaram de processo formativo gratuito que inclui interpretação teatral, voz e preparação corporal, danças afrodiaspóricas, história do teatro negro, dramaturgia a partir de escrevivências, elaboração de projetos culturais, economia criativa e letramento étnico-racial. A equipe pedagógica conta com Naná Sodré (preparação corpo ancestral), Agrinez Melo (preparação poética matricial), Darana Nagô (danças afrodiaspóricas), Jeff Vitorino e Matheus Amador (história do teatro negro-africano). Cecilia Chá, Larissa Lira, Sthe Vieira e Thallis Ítalo compõem elenco que também assina dramaturgia e produção, demonstrando formação completa em criação teatral. A montagem aborda identidade racial, transformação social e visibilidade da mulher negra, incluindo cenas sobre Bailes Charme, com operação de som e luz ao vivo realizada pelo próprio elenco. O projeto integra Ocupação Espaço O Poste, fomentado pelo Programa FUNARTE de Apoio a Ações Continuadas 2023.

Teatro Infantil e Educação Ambiental

Floresta dos Mistérios utiliza 20 bonecos de diferentes tamanhos criados por Márcio de Pontes. Foto: Silvia Machado

A CAIXA Cultural Recife recebe criação de Márcio Araújo, um dos criadores do programa Cocoricó que marcou gerações na TV Cultura. Floresta dos Mistérios utiliza 20 bonecos de diferentes tamanhos criados por Márcio de Pontes para contar história sobre três crianças – Bel, Rafa e Duda que descobrem planos do prefeito Lúcio Fernando para desmatar área florestal e construir maior fábrica de celulares do mundo na cidade de Micrópolis. Com ajuda de seres encantados do folclore brasileiro como Saci Pererê, Iara e Boitatá, lutam para salvar a Floresta dos Mistérios. As canções originais, compostas por Tato Fischer e Márcio Araújo, são interpretadas ao vivo pelos manipuladores-cantores Clayton Bonardi, Daniela Schitini, Débora Vivan, Joaz Campos, Marcio Araújo, Matilde Menezes e Thalita Passos, com arranjos e direção musical de Gabriel Moreira. Todas as sessões são bilíngues e acessíveis, com tradução em LIBRAS e audiodescrição integradas à dramaturgia, representando abordagem inclusiva que faz parte da concepção artística. Paralelamente, acontece Workshop de Gestão e Produção Cultural Criativa ministrado pela produtora Bia Ribeiro, destinado a artistas, produtores e profissionais culturais maiores de 18 anos.

 

Teatro de urgência: espetáculo sobre violência infantil 

Ator potiguar José Neto Barbosa protagoniza peça com tema sensível

Uma obra que dialoga com uma das realidades mais dolorosas da sociedade contemporânea, Um Depoimento Real faz duas apresentações no Recife nos dias 28 e 30 de setembro, tendo como assunto o abuso infantil através da perspectiva de uma criança.

O ator potiguar José Neto Barbosa é dirigido pela argentina Monina Bonelli, do Teatro Bombón de Buenos Aires, na adaptação do texto Los Titanes, criado pela dramaturga Paola Traczuk.

A diretora define o trabalho como o resultado de um abraço artístico, político e afetivo entre artistas latino-americanos, que se propõem a abordar um tema sobre o qual a sociedade prefere não falar. Segundo ela, trata-se de um assunto doloroso que as pessoas gostariam que estivesse distante de suas realidades, mas que está presente no Brasil, na Argentina e no mundo inteiro, sem distinção de classe, gênero, raça ou povo, exigindo que seja discutido através da arte e outras linguagens.

O espetáculo apresenta a narrativa de uma criança que conta sua experiência. A montagem denuncia a negligência, expõe os silenciamentos e reforça a fundamental importância das redes de proteção na vida das crianças.

José Neto Barbosa, conhecido pelo premiado espetáculo A Mulher Monstro, que se tornou destaque no teatro pernambucano, protagoniza esta urgente discussão social. A classificação indicativa é de 14 anos, considerando a delicadeza do tema abordado.

Todas as sessões contarão com interpretação em Libras. Cada apresentação será seguida de um debate mediado por uma psicóloga especializada.

O acesso ao espetáculo é gratuito, mas requer a doação de 1kg de alimento não perecível, que será destinado a instituições de acolhimento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. Os ingressos estão disponíveis na plataforma Sympla.

Fundada em Natal e com atuação também em Recife, a S.E.M. Cia. de Teatro completa 13 anos de atividades voltadas para a arte militante e formação cultural. Sob a direção artística de José Neto Barbosa, a companhia já alcançou mais de 70 mil pessoas em 15 estados brasileiros. Entre suas produções de destaque estão os espetáculos Borderline, Quando a Vela Apaga, Acordo de Paz e o premiado monólogo A Mulher Monstro.

Apoio institucional
O projeto conta com o apoio da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Secretaria de Cultura e Prefeitura do Recife, através da Lei Paulo Gustavo, uma iniciativa do Ministério da Cultura e Governo Federal para fomento das artes cênicas no país.

Universidade Federal: Meio Século de Formação

A 15ª Semana de Cênicas celebra 50 anos do curso de Licenciatura em Teatro da UFPE, meio século de formação de profissionais que atuam como professores, diretores, atores e pesquisadores em todo o Estado. O evento funciona como espaço de resistência cultural reunindo estudantes, professores, artistas e comunidade para discutir desafios e perspectivas do teatro pernambucano. A temática “Raízes Pernambucanas” conecta tradições ancestrais com práticas teatrais contemporâneas, evidenciando continuidade e transformação da arte cênica local através de seis apresentações que transitam entre experimento autobiográfico, teatro histórico, experiência imersiva, dramaturgia indígena, performance feminina e narrativa de resistência.

Humor e Musical para a família

O Teatro Barreto Júnior acolhe propostas distintas. A Fantástica Fábrica de Chocolates reúne elenco misto de amadores e profissionais incluindo crianças e adultos em três atos inspirados nos três filmes do Willy Wonka, seguidos de agradecimentos, sorteio de rifa e sessão de fotos com elenco. Plantão dos Técnicos marca encontro inédito entre Camila Cardoso (técnica de enfermagem) e Gabriel Castanheira (Tequim de Enfermagem), influenciadores com mais de 1 milhão de seguidores que transformam experiências do cotidiano médico em narrativas cômicas, rapidamente esgotando ingressos. A Vida é uma Choice apresenta Scarlat Caluête, reconhecida por timing cômico impecável e sarcasmo inteligente, transformando palco em talk show ao vivo através de stand-up interativo onde cada piada convida à gargalhada e público protagoniza momentos únicos.

O vendedor de sonhos

O Vendedor de Sonhos no Teatro RioMar representa primeira obra de Augusto Cury – psiquiatra mais lido no mundo atualmente – a receber adaptação teatral. O livro, traduzido para mais de 60 idiomas e também transformado em filme, foi adaptado pelo próprio autor com direção de Luciano Cardoso (33 anos de experiência). A montagem, vista por mais de 300 mil pessoas em mais de 400 apresentações, aborda saúde mental e prevenção ao suicídio – tema crescente na sociedade atual – através da proximidade entre atores e plateia que potencializa impacto positivo da obra. A narrativa conecta Júlio César (Mateus Carrieri), que tenta suicídio, com Mestre (Milton Levy), mendigo que lhe vende vírgula para continuar escrevendo sua história, junto a Bartolomeu (Adriano Merlini) na missão de vender sonhos e despertar sociedade doente.

VEM AÍ

Sagração. Foto: Flavio Colker

Sagração é uma releitura ousada de A Sagração da Primavera de Stravinsky, obra que em 1913 causou um dos maiores escândalos da história cultural em Paris. Deborah Colker, Prêmio Laurence Olivier (2001), Prix Benois de la Danse de Moscou (2018) e primeira mulher a criar espetáculo para o Cirque du Soleil (Ovo, 2009), além de dirigir movimento da cerimônia de abertura das Olimpíadas Rio 2016 transmitida para mais de 2 bilhões de pessoas, transforma sacrifício eslavo em cosmogonia indígena brasileira. A inspiração veio de viagem ao Xingu e encontro com cineasta indígena Takumã Kuikuro. 170 bambus de quatro metros (criações de Gringo Cardia) operam como elementos coreográficos ativos desafiando 15 bailarinos. A direção musical de Alexandre Elias propõe arqueologia sonora mantendo estrutura rítmica stravinskyana enquanto sobrepõe sons indígenas, maracá, caxixi e “paus de chuva” tocados pelos bailarinos, criando composição onde boi bumbá, coco, afoxé e samba dialogam com orquestra sinfônica.

Jeison Walace como Cinderela. Foto: Divulgação

Cinderela em: Toda Cidade Tem celebra fenômeno cultural de mais de três décadas. Jeison Wallace se confunde com criação que o tornou famoso: Cinderela não era princesa, mas menina sonhadora de um dos morros do Recife – mal educada, desaforada e engraçada – criada em 1991 na peça Cinderela, a História que sua mãe não contou. Popular em todas as classes sociais e habituado a lotar plateias, o comediante construiu mais de 30 anos de carreira transitando entre rádio, teatro, cinema, TV e sitcom. O espetáculo utiliza esquetes hilárias e interação intensa para abordar peculiaridades do cotidiano encontradas em qualquer cidade brasileira, desde fofocas de bairro até personagens marcantes do dia a dia, mesclando tradicional e contemporâneo através da irreverência que consolidou a personagem como ícone da comédia nacional.

PROGRAMAÇÃO 

SERVIÇOS
FOCUS CIA DE DANÇA – 25 ANOS
Trupe 📅 24/09, 19h – Centro de Artes UFPE | 28/09, 11h30 – Parque da Jaqueira
🎫 Gratuito | ⏱️ 35min | 👨‍👩‍👧‍👦 Livre

De Bach a Nirvana 📅 26/09, 20h – Teatro Luiz Mendonça
🎫 Gratuito – teatroluizmendonca.byinti.com | ⏱️ 90min | 👨‍👩‍👧‍👦 Livre

Carlota – Focus Dança Piazzolla 📅 27/09, 20h – Teatro Luiz Mendonça
🎫 Gratuito – teatroluizmendonca.byinti.com | ⏱️ 75min | 👨‍👩‍👧‍👦 12 anos

FETED 2025
📍 Teatro Apolo – Rua do Apolo, 121
🎫 R22,50(R 20 + R2,50taxa)∣💳4xR 6,12

24/09 (19h) – O Sequestro da Leitura
25/09 (19h) – Anjo Negro
26/09 (19h) – Canto de Negro
27/09 (16h) – As Crônicas dos Gatos Sem Lar
27/09 (19h) – Auto da Barca do Inferno
28/09 (16h) – Escolinha de Bruxas
28/09 (19h) – Ave, Guriatã!

Sala de Jantar 📅 25, 26, 27/09 – 18h e 20h
📍 Espaço Cultural Métron Produções – Rua Tabira, 109, Boa Vista
🎫 Gratuito –
www.metronproducoes.com.br
| 👥 30 pessoas | ⏱️ 45min | 👨‍👩‍👧‍👦 8 anos
♿ Libras em todas as sessões

Palhacinhas do Brega 📅 27/09, 20h – Casa de Alzira – MUAFRO
🎫 1º lote R30∣2ºloteR 50 | 👨‍👩‍👧‍👦 16 anos | 👥 70 pessoas

Canto e Encanto Pernambuco 📅 28/09, 16h – Teatro do Parque
🎫 R$ 30 (gratuito até 10 anos) | ⏱️ 60min | 👨‍👩‍👧‍👦 Livre

Ilha:Dois 📅 27, 28/09, 19h – Praça do Sebo, Boa Vista
🎫 Gratuito | ♿ Libras | 👨‍👩‍👧‍👦 Livre

Esquecidos por Deus 📅 27, 28/09, 19h30 – SESC Goiana
🎫 Gratuito | ⏱️ 60min

Àwọn Irúgbin – o Poste 📅 27/09, 19h – Espaço O Poste
🎫 Inteira R30∣MeiaR 15 | 💳 3x R$ 6,25

Floresta dos Mistérios 📅 26/09 a 05/10 – CAIXA Cultural
🕒 Sextas 19h | Sáb/Dom 11h
🎫 Inteira R20∣MeiaR 10
♿ LIBRAS e audiodescrição em todas as sessões

SEMANA DE CÊNICAS UFPE – 50 ANOS
📅 23 a 26/09 – Centro de Artes UFPE
🎫 Gratuito – Todas as apresentações

TEATRO BARRETO JÚNIOR
A Fantástica Fábrica de Chocolates” 📅 27/09, 17h45 | 🎫 Inteira R55∣MeiaR 27,50 | 👨‍👩‍👧‍👦 Livre

Plantão dos Técnicos” 📅 28/09, 20h | 🎫 ESGOTADO

A Vida é uma Choice” 📅 01/10, 19h | 🎫 Duplo R27,50∣IndividualR 22,50 | 💳 6x

Um Depoimento Real, com José Neto Barbosa
📅 28/09 (domingo): 18h – Espaço Cênicas, Bairro do Recife
30/09 (terça-feira): 14h e 16h – COMPAZ Dom Helder Camara, Ilha Joana Bezerra
🎟️ Ingressos: Gratuitos no Sympla (doação de 1kg de alimento não perecível) 🔞 Classificação: 14 anos 🧏🏽‍♂️ Acessibilidade: Interpretação em Libras em todas as sessões

VEM AÍ – OUTUBRO

Sagração” – Cia. Deborah Colker 📅 07/10, 20h30 – Teatro Guararapes, Olinda
🎫 R25aR 200 | ⏱️ 70min | 👨‍👩‍👧‍👦 10 anos
⚠️ Contém luzes estroboscópicas

“Cinderela em: Toda Cidade Tem” 📅 04/10, 18h – Teatro do Parque
🎫 Inteira R120∣MeiaR 60 | Social R$ 80 | 💳 12x
⏱️ 70min | 👨‍👩‍👧‍👦 14 anos

📱 Informações gerais: Consultar sites e redes sociais dos teatros
💳 Vendas: Sympla, bilheterias locais e sites específicos

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21º Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco
aposta na criatividade sem limite

Jornada teatral promete encantar público com histórias instigantes como O Segredo da Arca de Trancoso. Foto: Wilson Lima

Pinoquio. Foto: Cesar Almeida

Por que levar as crianças ao teatro?
O teatro é uma arte poderosa para o desenvolvimento infantil. Além de estimular a imaginação e a criatividade, as apresentações teatrais ajudam as crianças a desenvolverem empatia, pensamento crítico e habilidades sociais. Não tem contraindicação. 

“Quando uma criança assiste a um espetáculo teatral, ela não está apenas se divertindo, mas também aprendendo sobre emoções, valores e diferentes perspectivas de vida”, destaca Edivane Bactista, produtora do 21º Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco (FTCPE), que neste 2025 tem como tema Criatividade sem Limite.

O universo lúdico e encantador do teatro infantil ganha as principais casas de espetáculo do Recife a partir deste final de semana e traz 14 espetáculos que prometem transportar o público para mundos de fantasia, aventura e aprendizado.

De 5 a 27 de julho, sempre aos sábados e domingos, os teatros de Santa Isabel, Parque e Barreto Júnior serão palco de montagens que celebram a diversidade cultural brasileira e a imaginação sem fronteiras. A programação reúne companhias de Arcoverde, Moreno, Paulista, Recife, João Pessoa (PB), além de uma montagem luso-brasileira vinda do Rio de Janeiro e uma produção olindense com influências egípcias e espanholas.

“O Festival busca oferecer ao público infantil uma mostra das muitas possibilidades que o teatro proporciona através da dramaturgia, da música, das formas animadas e do circo, linguagens que dialogam naturalmente com o universo da criança”, explica Ruy Aguiar, diretor artístico do evento.

Uma novidade desta edição é que todas as sessões contarão com acessibilidade em Libras, tornando o festival ainda mais inclusivo.

A solenidade de abertura acontece neste sábado (05/07), às 16h30, no Teatro de Santa Isabel, dez minutos antes da apresentação do espetáculo Mundo em Busca do Coração da Terra, da Tropa do Balacobaco de Arcoverde. Na ocasião, serão homenageados três artistas pernambucanos que dedicaram mais de 50 anos às artes cênicas, com destaque para as dramaturgias negras e quilombolas: as atrizes Carmelita Pereira e Juraci Vicente, e o ator, diretor e dramaturgo Didha Pereira.

Os espetáculos selecionados para o 21º FTCPE abordam temas relevantes como amizade, coragem, diversidade cultural e respeito ao meio ambiente, sempre de forma lúdica e acessível ao público infantil.

Em 21 anos de atividade, o Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco consolidou-se como um dos mais longevos do Brasil. Até a edição de 2024, foram realizados 270 espetáculos presenciais em mais de 485 apresentações, alcançando 154 mil espectadores e gerando mais de 5.200 trabalhos diretos e indiretos. Além das apresentações, o Festival também promove o Colóquio do Teatro para Infância e Juventude, que em 2025 completará 11 anos.

MUNDO em busca do coração da Terra – Foto_ Kaian Alves 

Programação do Final de Semana de Abertura

Sábado (05/07)
Teatro de Santa Isabel – 16h30

Mundo em Busca do Coração da Terra (Tropa do Balacobaco/Arcoverde-PE) : Uma aventura emocionante sobre um menino sertanejo que sonha conhecer a noite, em um tempo onde o sol reina sozinho. A jornada o leva a encontrar lendas das cinco macrorregiões do Brasil.
Ingressos: R$ 60,00 (inteira)/ R$ 30,00 (meia-entrada)
Duração: 70 minutos
Classificação: Livre

Teatro do Parque – 16h30

O Segredo da Arca de Trancoso (Cênicas Cia de Repertório/ Recife-PE): A história de um menino que recebe a missão de entregar uma arca misteriosa, enfrentando personagens inusitados e descobrindo que o objeto tem poderes surpreendentes.
Ingressos: R$ 60,00(inteira)/ R$ 30,00 (meia-entrada)
Duração: 60 minutos
Classificação: Livre

Domingo (06/07)
Teatro de Santa Isabel – 16h30

Pinóquio (Roberto Costa Produções/ Paulista-PE): O clássico boneco de madeira que sonha em se tornar um menino de verdade ganha vida no palco, em uma adaptação que encanta gerações.
Ingressos: R$100,00 (inteira) /R$ 50,00 (meia-entrada)
Duração: 50 minutos
Classificação: Livre

O Segredo da Arca de Trancoso. Foto: Wilson Lima

Pinoquio. Foto: Cesar Almeida

PROGRAMAÇÃO POR POLO

Teatro de Santa Isabel (16h30)
13 de julhoJoão por um Fio – (Companhia Boto-Vermelho / Rio de Janeiro–RJ e Lisboa–Portugal) Ingressos: R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia-entrada)

Teatro do Parque (16h30)
12 de julhoPra não dormir – Cutia Coletivo (Recife–PE)
R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia-entrada)

Teatro Barreto Júnior (16h)
12 de julhoO Reizinho Negro – Companhia Fuá de Terreiro (João Pessoa–PB)
R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia-entrada)

13 de julhoO Dia em que a Morte Sambou – Grupo Habib e Valeria (Olinda/Egito/Espanha)
R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia-entrada)

19 de julhoTatu-do-Bem – Catalumari e os Giguiotes (Recife–PE)
R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada)

20 de julhoA Batalha de Botas – Trupe Arlequin (João Pessoa–PB)
R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia-entrada)

Serviço
21º Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco

Data: De 5 a 27 de julho (sábados e domingos)
Locais: Teatro de Santa Isabel e Teatro do Parque (16h30)
Teatro Barreto Júnior (16h)
Ingressos: Preços variados, com meia-entrada para crianças a partir de 2 anos, autistas e acompanhantes, estudantes, professores, doadores regulares de sangue ou de medula óssea e idosos com apresentação da carteira.
Vendas: Plataforma Sympla (link disponível no site
www.teatroparacrianca.com.br) e nas bilheterias dos teatros a partir das 15h nos dias das apresentações (sujeito à lotação).
O 21º Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco é uma realização da Métron Produções, com incentivo cultural do SIC – Sistema de Incentivo à Cultura / Fundação de Cultura Cidade do Recife / Secretaria de Cultura / Prefeitura da Cidade do Recife.

 

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20º Festival de Teatro para Crianças
de Pernambuco ocupa o mês de julho

Hélio o balão que não consegue voar. Foto Ricardo Maciel / Divulgação

Pluft e a menina Maribel Foto Wilson Lima / Divulgação

O 20º Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco (FTCPE) começa neste final de semana. No sábado, 6 de julho, às 16h30, o Teatro de Santa Isabel recebe Brincando no Escuro, da Maktub Teatro e Outras Invencionices, de Caruaru. O espetáculo, com texto de Carlos Antonholi e direção da premiada atriz caruaruense Maria Alves, homenageada do Festival, promete encantar o público com uma narrativa envolvente, que o título já dá pistas. 

No domingo, 7 de julho, também às 16h30, o Teatro de Santa Isabel será a vez de Hélio, o Balão que não Consegue Voar, uma produção do Coletivo de Artistas, do Recife. Escrita por Cleyton Cabral, a peça estreou este ano no Palco Giratório e traz uma história sobre amizade e superação.

Hélio é um balão diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) que vive em uma loja de festas. Hélio pertence a uma rara categoria de balões que não voam. A obra busca utilizar de leveza e sensibilidade para explorar os desafios que Hélio enfrenta no convívio social, destacando suas potencialidades e habilidades que vão além da capacidade de voar. A montagem busca proporcionar uma experiência visual e emocionalmente rica para o público, utilizando técnicas do teatro de formas animadas.

Paralelamente, o clássico Pluft, o Fantasminha, de Maria Clara Machado, será apresentado pela Cênicas Cia. de Repertório, do Recife, no Teatro Luiz Mendonça, localizado no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem. As apresentações ocorrem no sábado (6) e domingo (7), às 16h30. É uma oportunidade para as novas gerações conhecerem uma das obras mais queridas do teatro infantil brasileiro.

O Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco, que se estende até o dia 28 de julho, é uma realização da Métron Produções, de Edivane Bactista e Ruy Aguiar, com a parceria dos grupos teatrais e artistas de Pernambuco. O evento conta com o apoio cultural da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Secretaria de Cultura e Prefeitura do Recife.

Este ano, o tema escolhido pelos curadores Marcondes Lima, Ruy Aguiar e Williams Sant’Anna é “Magia e Encantamento”, na perspectiva de transportar o público para um mundo de sonhos e fantasia.

A programação do festival inclui 15 montagens teatrais criadas exclusivamente para a infância, entre obras clássicas e textos de novos autores, interpretadas por companhias de Olinda, Recife, Paulista, Moreno e Caruaru. Serão ao todo 18 sessões, às 16h ou 16h30, com ingressos que variam entre R$ 30 e R$ 80, à venda no site do Festival https://www.teatroparacrianca.com.br. No site, também estão acessíveis todas as informações sobre os espetáculos, incluindo sinopses, horários e a programação completa.

Maria Alves é a homenageada do 20º FTCPE

Nesta edição, o FTCPE presta uma homenagem especial à atriz Maria Alves, que desenvolve um trabalho em defesa da infância e juventude há 40 anos por meio do teatro e da educação. Atuando há 30 anos como professora de teatro no Colégio Diocesano de Caruaru, Maria Alves produziu 23 espetáculos para as infâncias com o Grupo Estudantil de Teatro Ená Iomerê. Sua pesquisa de mestrado virou livro em 2019: Arte e seu Ensino: Sentidos Atribuídos pelas Vozes das Crianças dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, editado e lançado pelo SESC de Pernambuco. Maria Alves é encenadora, arte-educadora, professora de teatro, produtora cultural, pedagoga e mestra em Educação Contemporânea pela Universidade Federal de Pernambuco, Campus Acadêmico do Agreste. Em 2016, fundou a Maktub Teatro e Outras Invencionices.

Serviço: 
20º Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco
Quando: De 6 a 28 de julho (sábados e domingos) 
Onde: Teatro de Santa Isabel, Teatro Luiz Mendonça, Teatro do Parque (16h30) e Teatro Barreto Júnior (16h) 
Quanto: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia); R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia) 
Meia entrada: Para crianças a partir de 2 anos, autistas e acompanhantes, estudantes, professores, doadores regulares de sangue ou de medula óssea e idosos com apresentação da carteira. 
Venda de ingressos: Antecipados pelo site https://www.teatroparacrianca.com.br e nos dias das apresentações nas bilheterias dos teatros a partir das 15h (sujeito à lotação).

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Vamos ao teatro com as crianças

Bailarina, teatro para bebês, com o Grupo Sobrevento

Ogroleto, do Pavilhao da Magnolia. Foto: Paula Yemanjá

Historias para Voar. Foto: Jair Ferreira / Divulgação

Chapeuzinho Vermelho. Foto: Sayonara Freire / Divulgação

Muita infância já foi embalada, estimulada, acarinhada, aguçada a criticidade por esse festival conduzido há quase duas décadas por Edivane Bactista e Ruy Aguiar. No mês de férias, o evento está ali firme, como ato de resistência e alimento da ludicidade para o coração dos pequenos, e porque não dizer, dos seus pais. Neste 2022, o 18º Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco oferece um cardápio de adaptações de clássicos da literatura universal, textos autorais de dramaturgos contemporâneos e uma peça para bebê.

O FTCP conta com 25 espetáculos e 42 sessões nos finais de semana até 31 de julho. Companhias teatrais de Pernambuco, Ceará e São Paulo estão na programação.

Para contar a jornada do boneco de madeira que sonha em ser um menino de verdade, em Pinóquio e suas Desventuras, a Cênicas Cia. de Repertório utiliza da linguagem das histórias em quadrinhos e desenhos animados, da metateatralidade e do teatro de bonecos.

Com dramaturgia da canadense Suzanne Lebeau e direção de Miguel Vellinho o espetáculo Ogroleto, do grupo cearense Pavilhão da Magnólia trata da aceitação das diferenças na infância e amplia os limites do que se pode dizer às crianças.

Em Mateus, o Sonhador,  da Cia. Tanto de Teatro, o brincante usa de suas artimanhas para ajudar seu amigo boi Mimoso Estrela, ameaçado de ter a língua devorada por Catirina grávida e cheia de desejos. Já os contadores de Histórias para voar, do Centro de Criação Galpão das Artes, de Limoeiro, apostam na leveza para melhorar o mundo. Assim, A história do brinquedo Mané Gostoso se encontra com a da Menina do Laço de Fita e cantarolam com A Cigarra e a Formiga.

Bailarina – Teatro para Bebês, do Grupo Sobrevento, de São Paulo, destinado a crianças de seis meses a 3 anos de idade, é um espetáculo delicado, que valoriza as mínimas ações, os silêncios e od pequenos objetos. Em cena, a atriz Sandra Vargas interpreta uma mãe que recebe de presente uma caixinha de música com uma bailarina. Com isso, sonhos esquecidos são despertados. Ela reflete sobre equilíbrio físico e emocional que a afastou do risco e aponta que o medo pode paralisar as pessoas de sentir emoções mais profundas.

A versão de Chapeuzinho Vermelho, da Roberto Costa Produções, é a única montagem desse fim de semana do Festival com tradução em libras. Outras sete sessões também têm  acessibilidade em Libras: Haru – A Primavera do Aprendiz (16/07, 16h30 / Teatro do Parque),
Um Menino Num Rio Chamado Tempo (16/07, 16h30 / Teatro Barreto Júnior), O Soldadinho de Chumbo (17/07, 16h30 / Teatro Luiz Mendonça), Ogroleto (23/07, 16h30 / Teatro de Santa Isabel), Meu Reino Por Um Drama – O Musical das Abelhinhas (24/07, 16h30 / Teatro do Parque), Pluft, o Fantasminha (30/07, 16h30 / Teatro Luiz Mendonça), Palhaçada – Histórias De Um Circo Sem Lona (31/07, 16h30 / Teatro do Parque).

Mais de uma centena de companhias de várias regiões do Brasil já se apresentaram no FTCP, ao logo dos 18 anos, engajando um público de mais de 120 mil espectadores. A expectativa da produção para 2022 é de um público de 10 mil pessoas.

Os homenageados do evento deste ano são os produtores culturais Ivanildo dos Anjos e Roberto Oliveira. O 18º Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco é uma realização da Métron Produções (Edivane Bactista e Ruy Aguiar), com patrocínio da Secretaria de Cultura do Recife, Fundação de Cultura Cidade do Recife e Prefeitura do Recife e apoio cultural da CEPE (Companhia Editora de Pernambuco), SESC Pernambuco – Fecomércio, Rede Globo, rádios Nova Brasil e Music FM, Virtual Filmes, Masartes – Oficina de Sonhos, PJ Eventos e Vision Mídia.

Espetáculo Mateus, o Sonhador. Foto: Ruy Aguiar/Divulgação

SERVIÇO
18º Festival Para Crianças De Pernambuco

Programação:

Teatro de Santa Isabel – Praça da República, s/n, Santo Antonio – Recife

  • 09 e 10/07 – Pinóquio e suas Desventuras (Cênicas Cia. de Repertório – Recife-PE)
  • 16 e 17/07 – Os Saltimbancos (Roberto Costa Produções – Paulista-PE)
  • 23 e 24/07 – Ogroleto (Pavilhão da Magnólia – Fortaleza-CE)
  • R$ 60 e R$ 30 (meia)

Teatro do Parque – Rua do Hospício, 81, Boa Vista – Recife

  • 16 e 17/07 – Haru – A Primavera do Aprendiz (Rapha Santa Cruz Produções Artísticas – Recife – PE)
  • 23 e 24/07 – Meu Reino Por Um Drama – O Musical das Abelhinhas (Métron Produções – Recife – PE)
  • 30 e 31/07 – Palhaçadas – Histórias de Um Circo Sem Lona (Cia. 2 Em Cena – Recife – PE)

Teatro Marco Camarotti (Sesc Santo Amaro – Rua Treze de Maio, 455, Santo Amaro – Recife – PE

  • 9 e 10/07 – Bailarina – Teatro para Bebês (Grupo Sobrevento – São Paulo – SP)
  • 16 e 17/07 – Seu Rei Mandou (Cia. Meias Palavras – Recife – PE). O ingresso para este espetáculo custa R$ 40 e R$ 20 (meia)
  • 23 e 24/07 – Mundo em Busca do Coração da Terra (Tropa do Balacobaco – Arcoverde – PE)
  • 30 e 31/07– A Batalha da Vírgula Contra o Ponto Final (Omoiós Companhia de Teatro – Recife – PE)
  • R$ 30 e R$ 15 (meia)

Teatro Barreto Júnior – Rua Jeremias Bastos, s/n, Pina – Recife – PE

  • 9/07 – Mateus, o Sonhador (Cia. Tanto de Teatro – Recife – PE)
  • 10/07 – Histórias Para Voar (Centro de Criação Galpão das Artes – Limoeiro – PE)
  • 16 e 17/07 – Um Menino Num Rio Chamado Tempo (Nupeti – Núcleo de Pesquisa de Teatro para Infância – Recife – PE)
  • 23/07 – Folclore – Será Que é História? (Q-Riso Teatro de Bonecos – Igarassu – PE)
  • 24/07 – Grande Circo das Maravilhas (Companhia Maravilhas de Teatro – Recife – PE)
  • 30 e 31/07 – João e Maria (Ditirambos Produções – Camaragibe – PE)
  • R$ 30 e R$ 15 (meia)

Teatro Luiz Mendonça – Parque Dona Lindu – Av. Boa Viagem, s/n, Boa Viagem – Recife – PE

  • 9 e 10/07 – Chapeuzinho Vermelho ( Roberto Costa Produções – Paulista – PE)
  • 16 e 17/07 – O Soldadinho de Chumbo (Capibaribe Produções – Recife – PE)
  • 23 e 24/07 – O Segredo da Arca de Trancoso (Cênicas Cia. de Repertório – Recife – PE). O ingresso para este espetáculo custa R$ 30 e R$ 15 (meia)
  • 30 e 31/07 – Pluft, o Fantasminha (Cênicas Cia. de Repertório – Recife – PE)
  • R$ 50 e R$ 25 (meia)

Serviço

18º Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco

Sábados e domingos, de 2 a 31 de julho

Ingressos: De 15 a 60 à venda na Sympla e na bilheteria do teatro. Meia-entrada para crianças a partir de 2 anos, estudantes, professores e idosos, mediante a apresentação da carteira.

A meia entrada é para crianças a partir de 2 anos, estudantes, professores e idosos
com apresentação da carteira.
Mais informações: www.teatroparacrianca.com.br | 81.98859.0777 | 81.99418.0025

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Atrações do Teatro para Crianças de PE

Cira Ramos (D) é homenageado do fetival de Edvane Bactista e Ruy Aguiar

Cira Ramos (D) é homenageado do festival de Edivane Bactista e Ruy Aguiar

A programação do XIV Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco prossegue até 30 de julho, com peças infanto-juvenis. Realizado pela Métron Produções, de Edivane Bactista e Ruy Aguiar, a iniciativa também sentiu a retração econômica que atingiu a área cultural. O evento, que começou no início do mês, veio mais enxuto, apenas com grupos locais, que totalizam 23 apresentações. Neste fim de semana, foram selecionados versões cênicas da literatura como O fantástico mistério de Feiurinha, adaptação do livro de Pedro Bandeira, João e o Pé de Feijão, sobre um menino que encontra uma galinha dos ovos de ouro; a clássica história de Antoine de Saint-Exupéry, sobre a relação entre um piloto de avião e uma criança em O Pequeno Príncipe e Três Contos Mágicos sobre anões e maçãs envenenadas.

A homenageada desta edição é a atriz, gestora pública, diretora teatral, locutora, dubladora e preparadora de elenco Cira Ramos, que mesmo com uma carinha de criança, já contabiliza 39 anos de profissão. Entre os espetáculos que atuou estão Maria Borralheira (Papagaios Produções), Avoar (TTTrês Produções Artísticas), A Ver Estrelas (Adriana Falcão / Alexandre Alencar), Caxuxa (Grupo ou Entra no Tom ou sai da Música), Peter Pan no Circo do Chocolate (Chocolate Produções).

PROGRAMAÇÃO

Montagem pernambucana do Pequeno Príncipe

Montagem pernambucana do Pequeno Príncipe

Teatro de Santa Isabel ((Praça da República, s/n, Santo Antônio). Fone: 3355-3323)
22 e 23/07 – O Pequeno Príncipe (Cia. do Riso – Recife/PE)

Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu / Boa Viagem)
22 e 23/07- O Fantástico Mistério da Feiurinha (Cia Individual de Teatro – Recife/PE)
29 e 30/07 – Ariel, Uma História dos 7 Mares (Humantoche Produções – Paulista/PE) 

Teatro Barreto Júnior (Rua Estudante Jeremias Bastos, s/n, Pina. Fone: 3355-6398)
22 e 23/07- Branca de Neve (Humantoche Produções – Paulista/PE)
29 e 30/07- Malévola e Aurora em Uma Bela Adormecida (Capibaribe Produções – Recife/PE)

Teatro Experimental Roberto Costa ((North Way Shopping – Paulista. Fone: 98859-0777).
22 e 23/07- João e o Pé de Feijão (Capibaribe Produções – Recife/PE)
29 e 30/07- Os 3 Super Porquinhos (Roberto Costa Produções – Paulista/PE)

Serviço
XIV Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco
Quando: Sábados e domingos de julho 2017, 16:30h (todos os espetáculos)
Onde: Teatro Santa Isabel, Teatro Luiz Mendonça, Teatro Barreto Junior, Teatro Experimental Roberto Costa
Ingressos: R$20,00 (inteira) e R$10,00 (meia)

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