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A dança sacode o Recife

Balé Teatro Guaíra abre a programação da 13ª Mostra Brasileira de Dança. foto-Kraw-Penas-SEEC

Balé Teatro Guaíra inicia a 13ª Mostra Brasileira de Dança com Orikis e Trânsito. Foto: Kraw Penas/SEEC

Música percussiva, movimentos ritualísticos, dimensões antagônicas e complementares do Céu e da Terra são urdidas na coreografia Orikis, do Balé Teatro Guaíra.  ORI é a cabeça, onde estão concentradas todas as características dos Orixás e sua mitologia.  Desse universo, a coreógrafa baiana, radicada no Rio de Janeiro, Ana Vitória explora uma gestualidade carregada de signos e sentidos. Já Trânsito investe no cruzamento entre culturas, a partir da investigação de ritmos tribais de etnias distintas. Ana Vitória embaralha cartografias afetivas para compor um rico caleidoscópio gestual, que tem trilha sonora do músico Cláudio Dauelsberg. Os dois trabalhos do BTG abrem a 13° Mostra Brasileira de Dança, programa que ocorre  entre os dias 29 de julho e 7 de agosto, em 10 espaços cênicos do Recife. A apresentação do Balé Teatro Guaíra (PR) será no Teatro Santa Isabel, às 20h, na sexta-feira (29).

Este ano, a MBD presta homenagem à bailarina, coreógrafa e diretora pernambucana Mônica Lira.  Três obras do repertório do Grupo Experimental, dirigidas por Mônica, integram a mostra: Breguetu, Pontilhados e Zambo. Impregnada pelas ideias do movimento Mangue em sua estética, Zambo, de 1997, foi remontada especialmente para a Mostra, com a participação dos bailarinos que já passaram pelo elenco do espetáculo, incluindo Gilson Santana, o Mestre Meia-Noite.

O Núcleo Viladança (BA) vem com uma montagem voltada para o público juvenil: Da Ponta da Língua à Ponta do Pé – uma viagem desde a Pré-História até os palcos contemporâneos da dança e o impacto do trabalho de Isadora Ducan. Também estão na programação o Coletivo Incomum e a Qualquer um dos 2 Companhia de Dança, ambos de Petrolina; o Stúdio de Danças (PE) e o Coletivo Lugar Comum (PE).

As Mostras Coreográficas de Grupos em Formação e de Grupos Profissionais reservam pauta para criações de curta duração de artistas independentes e grupos pernambucanos.

Entre os dias 1° e 5 de agosto a MBD prossegue com seu projeto de formação. Este ano estão agendadas as Oficinas de Aperfeiçoamento Profissional Corpo dinâmico/Corpo Fluante, com o dinamarquês Peter Dietz (Portugal); Danças do Oriente (de diferentes regiões) para alunos em iniciação, com a dançarina Zuzu Leiva (SP) e  As danças do Maracatu Rural e Cavalo-Marinho na construção de um corpo, com Fábio Soares, integrante do Cavalo Marinho Estrela de Ouro e do Maracatu de Baque Solto Leão de Ouro, de Condado (PE).

O Seminário Dança e Sustentabilidade reúne representantes do Balé Guaíra (PR), Teatro Villa (BA), Focus Cia de Dança (RJ), Balé Popular do Recife (PE), Academia Fátima Freitas (PE) e artistas independentes da cidade para um debate no dia 1° de agosto.

Visita Guiada, com o Balé Teatro Guaíra. Foto: Octávio Nassur

Visita Guiada, com o Balé Teatro Guaíra. Foto: Octávio Nassur

Nesta edição o COMPAZ do Alto Santa Terezinha é agregado como espaço pedagógico (sede da oficina As danças do Maracatu Rural e Cavalo Marinho na construção de um corpo) e de apresentações. No dia 30, o Centro recebe a intervenção Visita Guiada, do Balé Teatro Guaíra, e abriga no domingo (7) o encerramento da Mostra, com o fechamento da campanha Adote Um Bailarino, exibições de grupos e entrega de artigos de dança arrecadados durante o período da MBD.

Os ingressos variam entre R$ 30, R$ 15, R$ 10 e R$ 5. O projeto Vá de Bike! promove 50% de desconto no valor dos ingressos mediante uso da bicicleta como meio de transporte para chegar aos teatros.

A Mostra conta com incentivo do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura -PE), com o apoio da Prefeitura do Recife e Cepe.

Serviço
13° Mostra Brasileira de Dança do Recife
De 29 de julho e 07 de agosto
Ingressos:  R$ 30,00 (inteira) | R$ 15,00 (meia-entrada) | R$ 10,00 (artistas e técnicos com a carteira do SATED/PE) | R$ 5,00 (artistas participantes do evento)

Formas de pagamento:  Dinheiro, cartão de crédito e débito (visa, master e cielo).
Onde comprar:  Call Center (81) 2626 2605 |  Pelo site www.compreingressos.com | Na bilheteria dos teatros, conforme disponibilidade, 2 horas antes de cada sessão (excetuando o Teatro de Santa Isabel, cuja bilheteria abre das 9 às 12h e das 14 às 17h).

Programação completa e mais informações: www.mostrabrasileiradedanca.com.br
*Doação de artigos de dança para a campanha Adote uma Bailarina ou um Bailarino podem ser feitas em todos as casas de espetáculos que fazem parte da MBD.

PROGRAMAÇÃO PEDAGÓGICA

Seminário Dança e Sustentabilidade
1° de agosto, 18h às 21h30
Onde: Espaço Compassos (Rua da Moeda, 93 – Bairro do Recife Antigo – térreo)
Vagas: 80

A Roda de Conversa Dança e Sustentabilidade tem como proposta discutir iniciativas de sustentabilidade de companhias, escolas e instituições de dança diante do atual cenário econômico e político brasileiro. Representantes do Balé Guaíra (PR), Teatro Villa (BA), Focus Cia de Dança (RJ), Balé Popular do Recife (PE), Academia Fátima Freitas (PE) e artistas independentes da cidade estratégias e alternativas para manter as ações de dança e os trabalhos artísticos.


OFICINAS DE INICIAÇÃO*

Zuzu Leiva, atriz, cantora e bailarina. Foto: Reprodução do Facebook

Zuzu Leiva, atriz, cantora e bailarina. Foto: Reprodução do Facebook

Danças do Oriente
Com Zuzu Leiva (SP)
1° à 5 de agosto, das 10h às 12h
Onde: Paço do Frevo (Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Bairro do Recife)
Carga horária: 15 horas
Vagas: 30 – Idade mínima de 10 anos. Não é necessária experiência anterior e os participantes podem ser de ambos os sexos.
Recomendações: dançar descalço e trajar roupas confortáveis que permitam liberdade de movimentos.
A oficina aborda danças antigas de diferentes regiões do Oriente terrestre: Índia (Dança Clássica Odissi); Israel (Dança Tradicional Hebraica); Países Árabes (Dança Folclórica); Macedônia (Dança Tradicional Cigana) e Japão (Dança Tradicional Odori).
Zuzu Leiva é Atriz, dançarina e cantora do grupo MAWACA. Bacharel em Comunicação Social (FAAP), tem formação em Teatro (Macunaima), Astronomia (CASP), Danças Indianas (Odissi, Kathak), Dança do Ventre, Flamenco e Danças Étnicas.

Fábio Soares. Foto: Wellington Dantas/ Divulgação

Fábio Soares é brincante de cavalo-marinho e maracatu. Foto: Wellington Dantas/ Divulgação

As danças do Maracatu Rural e Cavalo-Marinho na construção de um corpo
Com Fábio Soares (PE)
2 à 5 de agosto, das 10h às 12h
Onde: COMPAZ (Av. Aníbal Benévolo, S/N – Alto Santa Terezinha)
Carga horária: 10 horas
Vagas: 20 – Público em geral, artistas, bailarinos, estudantes das artes cênicas.
A oficina de dança parte da essência e dos princípios físicos e energéticos que fundamentam os brinquedos tradicionais do Cavalo-Marinho e do Maracatu Rural. A qualidade de energia, os passos, o jogo e o ritmo são abordados a partir da experiência adquirida ao longo dos anos por Fábio Soares como brincador tradicional destas danças.
Fábio Soares é integrante do Cavalo-Marinho Estrela de Ouro e do Maracatu de Baque Solto Leão de Ouro, ambos os grupos são de Condado e são liderados pelo seu avô Mestre Biu Alexandre. No Cavalo-Marinho Estrela de Ouro desempenha a função de Figureiro (pessoa que bota as figuras – personagens), também confecciona máscaras e adereços. No Maracatu de Baque Solto Leão de Ouro, desempenha a função de Vice-Presidente e Puxador de Cordão (um dos “cobocos”- caboclos da linha de frente do maracatu). Em 2005 recebeu convite para integrar o elenco de bailarinos do Grupo Grial de Dança onde permaneceu até o ano de 2012.

OFICINA DE APERFEIÇOAMENTO*

Peter Michael Dietz. Foto: Play Beu

Peter Michael Dietz. Foto: Play Beu

Corpo dinâmico/Corpo flutuante
Com Peter Dietz (Portugal)
1° à 05 de agosto, das 10h às 13h
Onde: Espaço Compassos (Rua da Moeda, 93 – Bairro do Recife Antigo – 1° andar)
Carga horária: 10 horas
Vagas: 20 – voltada para dançarinos, performers, e artistas do corpo com experiência.
Corpo dinâmico/Corpo flutuante busca trazer a compreensão incorporada do movimento em seus elementos estruturais, desenvolvendo as habilidades de execução, articulação e deslocamento no espaço em uma abordagem prática, baseando-se em diferentes técnicas de movimento como o Release Technique e o Contact Improvisation.
Peter Michael Dietz nasceu na Dinamarca. É performer, bailarino, criador, designer, orientador, coreógrafo, professor. Estudou na European Dance Development Center (EDDC) onde vivenciou as mais variadas técnicas e formas de dança como release technique e contacto improvisação. Tem trabalhado em várias instituições em Portugal, no Brasil e em diferentes zonas da Europa desde 1989. Trabalha e pesquisa no ‘c.e.m – Centro em Movimento’ orientado por Sofia Neuparth.

*No dia 5 de agosto haverá o encerramento das oficinas no Paço do Frevo, das 10h às 13h, reunindo todos os alunos.

PROGRAMAÇÃO ESPETÁCULOS

Coreografia Trânsito, com o Balé Teatro Guaíra (PR). Foto: Cayo Vieira

Coreografia Trânsito, com o Balé Teatro Guaíra (PR). Foto: Cayo Vieira

Dia 29 e 30 de julho de 2016; Sexta-feira, às 20h; Sábado, às 20h30
Okiris e Trânsito, com o Balé Teatro Guaíra (PR)
Onde: Teatro Santa Isabel
Ingressos: R$ 30, R$ 15, R$10 e R$ 5*
Duração: 40 min.
Intervalo: 10min.
Classificação: livre

Orikis Concebido originalmente para quatro homens, a peça foi reorganizada para o Balé Teatro Guaíra, com oito bailarinos/solistas. A coreógrafa Ana Vitória partiu do princípio de que ORI é a cabeça e nela estão concentradas todas as características dos Orixás e sua mitologia. Explorando uma gestualidade carregada de signos e sentidos, Orikis se desenvolve ao som da música percussiva, do espaço ritualístico e do universo masculino que carrega um tônus próprio, singular e potente. Neste trabalho, céu e terra, como duas dimensões antagônicas e complementares são exaustivamente explorados, privilegiando hora a unidade inferior e hora a unidade superior do corpo, detalhe que é priorizado nesta criação, sobretudo quando apresenta-se o dorso nu, natural e primitivo em contraste com a cintura pélvica, vestida em calças jeans, numa alusão explícita do homem contemporâneo.
Ana Vitória retorna em 2016 à Cia para reatualizar sua obra, injetando novos caminhos de escuta e presença e recuperando os afetos tão singulares que mobilizaram sua construção, para que outras e novas gerações de artistas-intérpretes possam continuar dando voz aos seus corpos e à nossa história.
Coreografia: Ana Vitória
Música: Manuel Vandji
Figurino: Ney Madeira
Iluminação: Milton Giglio
Ensaiadora: Soraya Felicio
Elenco: André Neri, Cesar Nunes/Fabio Valladão, Daniel Siqueira, Rene Sato/Leandro Vieira, Reinaldo Pereira/Natanael Nogueira, Nelson Mello, Raphael Ribeiro, Rodrigo Castelo Branco/Patrich Lorenzetti
*Obra composta em 1998 com a Companhia de Dança Carlota Portella
*2001 remontada para o BTG

Trânsito trata da diversidade rítmica e formal dos cruzamentos entre culturas, a partir da investigação de ritmos tribais de etnias distintas. Ana Vitória discorre pela poética dos territórios e geografias, utilizando-se das cartografias afetivas para compor um rico caleidoscópio gestual, organizados também na trilha sonora composta especialmente pelo músico Cláudio Dauelsberg. A coreógrafa acredita que o trânsito é movimento inexorável e que é impossível não se submeter a ele. O deslocamento dos corpos promove, assim e sempre, uma nova composição dos corpos no espaço. Reconfigura-se o Ser e sua Experiência no mundo, aproxima-se e repulsa, afeta e distancia-se, imprime e apaga-se nossas pegadas. Criada especialmente para o Balé Guaíra em 2001, Trânsito inaugura uma nova experiência nos corpos dos seus intérpretes ao interrogar sobre suas heranças culturais, portanto, formais e expressivas. Os fluxos e refluxos, arquivos e repertórios de outras etnias são aqui experenciados, investindo na aproximação entre corporeidades e diálogos afetivos.
Coreografia: Ana Vitória
Música: direção musical, criação, arranjo, piano e teclados: Cláudio Dauelsberg
Participações: Mamur Ba e Nusrat Fateh Ali Kahn (vozes), Peter Dauelsberg (solo violoncelo)
Gravação e mixagem: Joá Estúdios
Figurino: Ney Madeira
Iluminação: Milton Giglio
Ensaiadoras: Regina Kotaka e Soraya Felício
Elenco: André Neri, Fábio Valladão/Cesar Nunes, Daniel Siqueira, Leandro Vieira, Natanael Nogueira/Reinaldo Pereira, Nelson Mello, Patrich Lorenzetti, Raphael Ribeiro/Rene Sato, Rodrigo Castelo Branco, Ane Adade, Patrícia Machado, Deborah Chibiaque, Juliana Rodrigues, Karin Chaves, Luciana Voloxki, Malki Pinsag, Marcela Pinho, Nayara Santos, Karin Chaves/Deborah Chibiaque (Solo).

30 de julho de 2016, Sábado, às 11h
Visita Guiada, com Balé Teatro Guaíra (PR)
Onde: COMPAZ,
Gratuito
Classificação livre
A intervenção propõe uma reflexão acerca da espetacularização das obras de arte, em especial do corpo do artista. No trabalho, os bailarinos estarão expostos para visitação em territórios não convencionais. Os visitantes interessados terão o auxílio de áudio guides para explorar as obras. Através desse sistema de locução, o público entra na cena e tem autonomia para escolher, interagir e assim saber mais sobre a obra/bailarino de seu interesse.
Ao serem transportadas do teatro para outros ambientes, as intervenções borram as fronteiras entre espectador e obra, redesenhando uma nova relação espaço-social.
Direção e Concepção: Patrícia Machado
Criação:
Elenco
Elenco:
Ane Adade, Patrícia Machado, Soraya Felício, Cesar Nunes, Raphael Ribeiro, Reinaldo Pereira
O Balé Teatro Guaíra, criado pelo Governo do Estado do Paraná em 1969, é uma das mais importantes companhias oficiais do país graças a sua representatividade histórica, com obras consagradas. Durante seu percurso, o BTG realizou mais de 140 coreografias e atualmente a Cia. apresenta um repertório focado na diversidade da dança contemporânea. Com a atual direção de Cintia Napoli (2012), o Balé Teatro Guaíra traz propostas ousadas e autênticas, porém sem perder de vista a tradição.

Que corpo é esse?, espetáculo de Petrolina. Foto: Rubens Henrique

Que corpo é esse?, espetáculo do Coletivo Incomum, de Petrolina. Foto: Rubens Henrique

Dia 30 de julho de 2016, Sábado, 19h
Que Corpo é Esse?
Coletivo Incomum (Petrolina/PE)
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho,
Ingressos: R$30, R$15, R$10 e R$5*
Duração:
40 min
Indicado para maiores de 16 anos

Segundo espetáculo do Coletivo Incomum, Que Corpo é Esse? carrega consigo o desejo e as inquietudes amordaçadas pela ditadura dos padrões, questionando a busca por vezes inconsequente das formas imperfeitas estampadas nas mais diversas e variadas telas. O solo de Carol de Andrade reflete sobre o uso do instrumento corpo, suas formas, seus prazeres, suas limitações e sobretudo, seu valor em uma época onde a moda dita que o belo é ter uma “barriga negativa” e os empreendimentos Fitness tomam conta do mercado.  A criação desse trabalho é uma resposta para um questionamento que há muito se repetia para a bailarina: “existe um corpo ideal para a dança?”.
Interprete Criadora e Direção: Carol Andrade
Criação e Execução de Iluminação: Carlos Tiago
Figurino: Diego Ravelly
Criação e Execução de Trilha sonora: Ítalo Miranda
Preparação Corporal: Gracy Marcus
Cenário e Arte Gráfica: André Vitor Brandão
Produção: Antônio Manoel

VILADANÇA_ Foto: Lígia Rizério

VILADANÇA_ Foto: Lígia Rizério

Dia 31 de julho de 2016, Domingo, 16h30
Da Ponta da Língua à Ponta do Pé, com o Núcleo Viladança (BA)
Onde: Teatro Santa Isabel,
Ingressos: R$ 30, R$ 15, R$ 10 e R$ 5*
Duração: 50 min.
Classificação livre
Da Ponta da Língua à Ponta do Pé é um musical que conta a história de Zé, um garoto que faz de tudo para conquistar o amor da bailarina Isadora numa aventura que o leva a desvendar e se apaixonar pelo mundo da Dança. Com a ajuda de uma professora ele viaja desde a Pré-História até os palcos contemporâneos, passando pelas mudanças provocadas pelo trabalho de Isadora Duncan e pelo estabelecimento da Dança como profissão, com várias áreas de atuação. A montagem se desenvolve a partir de uma narrativa de comédia romântica.
O Viladança foi criado em abril de 1998 pela coreógrafa Cristina Castro e é um núcleo de atividades em dança residente no Teatro Vila Velha, uma casa de espetáculos de Salvador com 50 anos de história. Além da diversidade técnica e estética, o trabalho do Viladança também envolve ações de cunho social e educacional como projetos de interação com comunidades, escolas públicas e particulares, que promovem a formação de plateia. O grupo possui 11 espetáculos no repertório.
Direção Geral: Cristina Castro
Coreografia: Cristina Castro em colaboração com elenco original
Texto: Cristina Castro e João Sanches
Pesquisa histórica: Lúcia Matos
Elenco: Barbara Barbará, Jorge Oliveira, Ridson Reis, Mariana Gottschalk, Janahiana Cavalcante e Sérgio Diaz
Ensaiador: Marcelo Galvão
Músicas: Jarbas Bittencourt
Vozes dos bonecos: Camilo Fróes e Jarbas Bittencourt
Operação de Luz: Marcos Dedé
Operação de Som: Bergson Nunes
Figurino e Adereços: Luiz Santana
Cenografia: Rodrigo Frota
Produção: Núcleo Viladança

Breguetu, com o Grupo Experimental. Foto: Rogéerio Alves

Breguetu, com o Grupo Experimental. Foto: Rogéerio Alves

Dia 31 de julho de 2016, Domingo, 18h e 20h
Breguetu
Grupo Experimental (PE)
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho,
Ingressos: R$30, R$15, R$10 e R$5*
Duração: 60 min.
Indicado para maiores de 14 anos

Brega! Ritmo, dança, estilo de se vestir. Essa palavra e seu conteúdo carregam significados, história, classe social e rótulos distintivos. Brega, geralmente, se diz de tudo aquilo que se rejeita ou que se acha feio, no caso das roupas. E na música e dança há certa aproximação, já que muitos intitulam o que não gostam de brega, cafona. Independentemente do que se pense e de onde parta este pensamento, brega é brega e se sustenta como tal. Amor, o maior sentimento, é brega! É o romântico popular, um chinelo de dedo no final de uma festa de salto. Alguns recusam-se a receber este título sem ao menos levar em conta que todos somos bregas em alguma coisa na vida, porque brega, no final das contas, é aquilo que faz sorrir, seja lá de qual forma for. O brega é meu, seu, de quem quiser. Brega sou eu, breguetu. Brega é brega!
Concepção e Direção: Mônica Lira (Grupo Experimental)
Intérpretes Criadores: Lilli Rocha, Jorge Kildery, Rebeca Gondim, Rafaella Trindade, Gardênia Coleto e Márcio Filho
Projeto de Iluminação: Beto Trindade
Produção musical: Marcelo Ferreira e João Paulo Oliveira
Design Gráfico: Carlos Moura
Produção: Emeline Soledade
Assessoria de Comunicação: Paula Caal
Figurino: Carol Monteiro
Concepção e produção de cabelo e maquiagem: Jennyfer Caldas
Cenotécnico: Eduardo Autran
Ator convidado: Adriano Cabral
Sonoplasta: Adelmo do Vale
Colaboração cenográfica: Henrique Celibi

Pontilhados Foto: Rogério Alves

Pontilhados Foto: Rogério Alves

|| Dia 1° e 2 de agosto de 2016, Segunda e terça-feira, 16h
Pontilhados, com Grupo Experimental (PE)
Onde: Espaço Experimental
Ingressos: R$ 30, R$ 15, R$ 10 e R$ 5*
*Espetáculo na rua com disponibilidade de 50 fones de ouvido
Duração: 60 min.
Classificação livre
Sussurros de memórias habitam cada gota de silêncio, alterando um lugar que nos altera. Traçar o próprio caminho, pontilhando cada esquina, transformando cada pedaço de chão em história, memória. Neste Recife de amores antigos, passaram muitas Das Neves, Doras e até Madonas, todas representadas e representantes de mãos que batem e que argolam dedos que apontam nortes, neste porto de tantos recifes. Por aqui elas ainda passam, ficam, fincam seus sentimentos mais extremos em cada ponte, em cada casa de ponta que um dia vestiram seus corpos de sonhos. Nessa ilha solitária de tantos braços, os abraços parecem refúgios. Ali, onde teu olhar alcança, meu corpo descansa. Aqui, onde nos vestimos de memórias, nos despimos em dança.
Concepção e direção: Mônica Lira
Núcleo de criação: Mônica Lira, Lilli Rocha e Jorge Kildery
Intérpretes-Criadores: Lilli Rocha, Gardênia Coleto, Jorge Kildery, Márcio Filho, Rafaella Trindade e Rebeca Gondim.
Participação especial: Jennyfer Caldas
Bailarinos convidados: Adelmo do Vale, Priscila Araújo, Marcela Rabelo, Henrique Braz, Deyvson Vicente, Joelma Tavares, Jares Santos
Montagem trilha sonora: Guille Ceballos
Montagem de texto áudio-guia: Silvia Góes
Narração: Lilli Rocha e Zoraide Coleto
Produção: Emeline Soledade
Assistente de produção: Rafael FX, Natali Revorêdo e Caio Trindade
Figurino: Carol Monteiro
Projeto Gráfico: Carlos Moura
Assessoria de comunicação: Paula Caal

Onde ele anda é outro céu, Foto: Rubens Henrique

Onde ele anda é outro céu, Foto: Rubens Henrique

Dia 2 de agosto de 2016, Terça-feira, às 19h
Onde ele anda é outro céu?, com Qualquer um dos 2 companhia de Dança (Petrolina/PE)
Onde: Teatro Arraial,
Ingressos: R$ 30, R$ 15, R$ 10 e R$ 5*
Duração: 40 min.
Classificação livre
Inspirado no conto O Homem Cadente, do escritor africano Mia Couto e nas pinturas do pintor surrealista belga René Magritte. Obra coreográfica que transita pela literatura, artes visuais e dança entendendo que o corpo do intérprete na contemporaneidade transita por diversos territórios. O trabalho, levanta ainda a discussão sobre a possibilidade de ver o cotidiano de outras maneiras, de que é possível construir outras lógicas, outros ares e, assim, ver o mundo com olhos de sonho. O solo é uma fabulação contemporânea sobre um homem que decide buscar outros céus, outras realidades para si, um convite à reinvenção do tempo, das leis gravitacionais; um chamado à lúdica e indispensável capacidade humana de travessia, perplexidade, encanto e solidariedade.
Concepção, Coreografia e bailarino: André Vitor Brandão
Direção Artística: Jailson Lima
Dramaturgia: Renata Pimentel
Direção de movimento: Renata Camargo
Trilha Sonora Original: Eugênio Cruz
Designer de Luz: Fernando Pereira
Figurino: Orlando Dantas
Cenotécnica: Carlos Tiago e Deborah Harummy
Sonoplastia: Lucylene Lima
Assessoria em Rapel: Eugênio Junior

Epílogo, com o Grupo de Ballet Stúdio de Danças. Foto: Rogério Alves

Epílogo, com o Grupo de Ballet Stúdio de Danças. Foto: Rogério Alves

Dia 3 de agosto de 2016, Quarta-feira, 19h
Epílogo, com o Grupo de Ballet Stúdio de Danças (PE)
Onde: Teatro Apolo,
Ingressos: R$ 30, R$ 15, R$ 10 e R$ 5*
Duração: 40 min.
Classificação livre

O termo epílogo significa conclusão. Indica a parte final de um discurso ou onde é apresentado e desfecho da história. Nele estarão presentes todos os fatos que dão por encerrada a intriga. É a parte do texto em que se descreve o destino das personagens que constituem a trama. No epílogo também podem ser revelados fatos que complementam o sentido da ação. Numa peça de teatro, o epílogo é a última cena, a última fala ou o último ato que dá por encerrada a ação.
Direção do Grupo de Ballet Stúdio de Danças: Ruth Rozenbaum e Lúcia Helena Gondra
Direção de EPÍLOGO: Luiz Roberto
Coreografia: Luiz Roberto
Figurinos e Cenário: Xuruca Pacheco
Iluminação: Martiniano Almeida
Músicas: Hughes De Courson, Pierre Akendengué, Osvaldo Cala, Tomas Gubitsch, Sami Ateba e Nana Vasconcelos.
Bailarinos: Ariana Lima, Beatriz Gondra, Brenda Schettini, Carolina Paiva, Cecília Wanderley,      Isabela Loepert, Isabela Severi, Julia Franca, Juliana Siqueira, Marcio Filho, Maria Cecília Vilela.

Segunda pele. Foto: Ju Brainer

Segunda pele. Foto: Ju Brainer

Dia 3 de agosto de 2016, Quarta-feira, 19h
Segunda Pele, com o Coletivo Lugar Comum (PE)
Onde: Espaço Coletivo Lugar Comum,
Ingressos: R$ 30, R$ 15, R$ 10 e R$ 5*
Duração: 70 min.
Indicado para maiores de 16 anos

Quantas vestes precisamos deixar pelo caminho para completar cada um dos nossos ciclos singulares de desnudamentos gerúndios? O que significa desnudar-se? Aquilo que usamos sobre o corpo, o que nos adorna ou o que vestimos, também traz em si as informações culturais, sociais, políticas, os gritos, silêncios, prisões e liberdades, a identidade de um povo, de uma época ou de um homem, de uma criança, de uma mulher. O que veste o espaço além do corpo? Que desenhos a vestimenta imprime no ambiente compartilhado entre a presença e o ar? Plástico, elástico, arame, vidro, velcro, poliestireno celular rígido, como a nossa pele, o nosso corpo e o outro reagem ao contato? A memória também é uma roupa que usamos? Tecido, costura, cor, vento, textura, raízes, asas, o que tudo isso provoca da superfície ao avesso? É essa reflexão que o Coletivo Lugar Comum leva para cena em Segunda Pele.
Concepção: Liana Gesteira, Maria Agrelli, Maria Clara Camarotti , Renata Muniz e Silvia Góes
Interpretes-criadoras: Liana Gesteira, Maria Agrelli, Maria Clara Camarotti e Renata Muniz
Concepção e criação de figurino: Juliana Beltrão, Maria Agrelli e Maria Ribeiro
Execução de figurino: Xuxu e Fatima Magalhães
Colaboração na execução de figurino: Ilka Muniz e Maria Lima
Trilha sonora original: Rua (Caio Lima e Hugo Medeiros) + convidados (Cyro Morais e Paulo Arruda) + letra de Silvia Góes
Criação e execução de iluminação: Luciana Raposo
Operação de Luz: Luciana Raposo
Assistente de iluminação/ cenotécnico: Sueides Leal (Pipia)
Execução de cenário/estrutura: Gustavo Araújo e Marcos Antônio
Preparação corporal: Silvia Góes
Produção geral: Vi Laraia
Design gráfico: Thiago Liberdade
Fotos: Ju Brainer
Realização: Coletivo Lugar Comum

Mostra de Coreografias de Grupos em Formação (PE)

Dia 4 de agosto de 2016Quinta-feira, 20h
Onde: Teatro Luiz Mendonça,
Ingressos: R$30, R$15, R$10 e R$5*
Classificação livre para todos os trabalhos

Frevariando, com Cia de Frevo do Recife
Duração: 15 min.
Tem como principal objetivo agregar outras linguagens da dança à prática do frevo, inovando as movimentações sem perder a origem dos passos. Sua composição coreográfica tem como principal influência o frevo e secundariamente outros gêneros da dança, como o contemporâneo, dança de salão e jazz, entre outros. Desafiar o óbvio, quebrar a formalidade, assim como causar inquietação faz parte do objetivo da montagem.
Direção: Bruna Renata e Rennê Cabral
Elenco: Bruna Renata, Taina Karolaine, Rayara Suyene, Victoria Morais, Rennê Cabral, Wanderley Aires, João Vieira, Daniel Albuquerque e Junior Lopes

SUÍTE LA FILLE MAL GARDÉE, com Maysa Club
Duração: 10 min.
La fille mal gardée é um balé cômico que se passa numa aldeia de camponeses, na França. Foi representado pela primeira vez em Bordéus, em 1786, e produzido e coreografado por Jean Dauberval, um importante coreógrafo do século 18. La Fille Mal Gardée ou A filha mal criada é o ballet mais antigo no repertório atual dançado.
Direção e remontagem: Simone Monteiro
Elenco: Flávio Henrique (Colas), Julia Hertz (Lise), Mauricio Zazar (Alan), Gustavo Albuquerque (Simone), Louise Candiotto, Helena Avelar, Gabriela Lopes, Leticia Oliveira, Thalia Souza e Camila Lins (Amigas de Lise).

Eu vim de lá, com Coletivo Recbeats
Duração: 7 a 8 min.

A coreografia retrata a chegada dos africanos na América e suas fusões culturais. Dança, canto e interpretação mostram a riqueza que existe na simplicidade da cultura negra ao longo do tempo.
Direção: Rany Hilston
Intérprete: Rany Hilston
Ajudante de palco: Duda

Entre Sombrinhas, , com Studio Viégas de Dança
Duração: 10 min.

Frevo. Trabalhando dois elementos referenciais da dança, o passo e a sombrinha, a coreografia tem o intuito de levar à cena passistas que têm por objetivo desafiar seus próprios corpos através de passos mais elaborados, com foco na sombrinha. Os passistas/bailarinos tem por objetivo tirar o público da cadeira, vibrando e vivendo a cultura do nosso estado que se tornou Patrimônio da Humanidade.
Diretor e Produtor: Jorge Viégas
Coreógrafo: Bhrunno Henryque
Elenco: Arylson Matheus, Stephany Santiago, Moisés Jefferson, Kézia Giles, Jonathan Carneiro, Luana Conceição, João Pedro Araujo, Ruanny de Cássia, Junior Souza e Maria Lucrécia.

Le Jardin Animé, com Academia Fátima Freitas
Duração: 8 min.
Le Corsaire, conhecido em português como O Corsário, é um Ballet de Repertório, baseado no poema de Lord Byron, com música de Adolphe Adam (com peças adicionais) e coreografias de Marius Petipa. O trecho a ser apresentado, Le Jardin Animé, se refere à Cena II do Ato III, quando Medora, Gulnare e as mulheres do harém vão juntas a um jardim repleto de flores e fontes mágicas, celebrar a beleza, graça e harmonia.
Direção Geral: Fátima Freitas
Coreografia: Márius Petipá
Adaptação: Dayvison de Albuquerque
Música: Adolphe Adam
Elenco: Anna Júlia Xavier, Anna Luisa Aquino, Gabriela Baltar, Laila Farias, Mariana Santoro, Marta Guedes, Maria Eduarda Moreira, Monique Vilella, Nayanne Ramalho, Paula Torres.
Solista: Luanna Gondim

PAVÃO, com Babi Johari
Duração: 4:58 min.
A coreografia Pavão une movimentos de dança do ventre e étnico fusionados. A montagem é uma representação da atual problemática política em que se encontra o país em forma de poesia em dança.
Figurino e coreografia: Babi Johari

Suíte Clássica Marius Petipa, com Ballet Cláudia São Bento
Duração: 9 min.
Suíte Clássica é composta por trechos de três balés de repertório originalmente coreografados por Marius Petipa: Harlequinade (1900) – variação feminina, Arábia (1892) – Pas de Deux do Ballet O Quebra Nozes e Paquita (1846) – variação VI.
Direção: Cláudia São Bento
Variação Harlequinade – Bailarina: Bruna Fernanda | Música: Ricardo Drigo
Pas de Deux Arabia do ballet Quebra Nozes: Bailarinos:  Everton Câmara e Nayanne Ramalho | Música: Piotr Ilitch Tchaikovsky
Variação 6 de Paquita – Bailarina: Maria Marina São Bento | Música: Edouard Delvedez

Zuzuê<, com Gesttus Grupo de Dança
Duração: 5 min.
Zuzuê retrata a beleza e simplicidade da mulher nordestina, que ao mesmo tempo encanta por sua delicadeza, comove e inspira por sua força.
Direção geral e concepção:  Larissa Porto e Vannina Porto
Coreografia: Larissa Porto
Elenco: Aline Costa Pinheiro, Amanda Oliveira, Diana Lóris, Mayara Mesquita, Priscilla Andrade, Sabrina Arruda, Thais Wanderley.

Brâman, com Gesttus Grupo de Dança
Duração: 3 min.
Brâman é o termo que designa o princípio divino para o hinduísmo, celebra as oito divindades indianas: Brahama, Vishinu, Shiva, Ganesha, Durga, Rama, Lakshmi e Saraswati, as suas particularidades e como juntos eles equilibram as forças do mundo.
Direção geral e concepção:  Larissa Porto e Vannina Porto
Coreografia: Vannina Porto
Elenco: Aline Costa Pinheiro, Amanda Oliveira, Priscilla Andrade, Sabrina Arruda, Thais Wanderley, Marina Petribú, Debora Tavares e Victor Félix

Chicago, com Ballet Fernanda D’angelo
Duração: 3 min.
Coreografia apresentada no espetáculo Musicais Inesquecíveis…Canções Eternas! em homenagem a um dos musicais mais clássicos da Broadway. É uma história sobre o pecado, a corrupção, os escândalos e a fama em Chicago na década de 20 do século passado.
Coreografia: Marcelo Pereira e Fernanda D’angelo
Elenco: Amanda Lopes, Alane Rebêlo, Arthur Victor, Beatriz Raposo, Claudio Rodrigues, Déborah Evelyn, Giovanna Araújo, Kayo Alcantara, Luiza Aymar, Maria Antônia Massau,  Marcela Costa, Mariana Martins, Sarah Mesquita, Mikely Santos.
Diretora/Ensaiadora: Fernanda D’angelo
Maquiadora/Apoio: Erica Fernandes
Responsável técnico projeção: Joselito Fernandes

Manguesoul, com Gesttus Grupo de Dança
Duração: 4 min.
A coreografia é uma homenagem ao Manguebeat, movimento que injetou energia na lama e estimulou a fertilidade nas veias do Recife, propôs misturas de ritmos e soma de culturas.
Direção: Larissa Porto e Vannina Porto
Coreografias e concepção: Larissa Porto
Elenco: Diana Loris e Victor Félix

Variações clássicas, com o Grupo Aria clássico
Duração: 10 min.
O grupo Aria clássico apresenta 4 variações do seu repertório clássico. A primeira é Gulnara do balé o Corsário, que combina aventura e romantismo. A segunda é Flor de lis, do balé Esmeralda, uma história de amor cheia de empecilhos e triângulos amorosos. Já a terceira mostra a sensualidade do tango, e a quarta é a variação Esmeralda, do balé de mesmo nome.
Variação Gulnara – Balé O Corsário
Bailarina: Alícia Cohim
Variação Flôr de Lis – Balé Esmeralda
Bailarina: Tereza Augusta
Variação Tango – Coreografia da escola Vaganova
Bailarina: Fernanda Viegas
Variação Esmeralda – Balé Esmeralda
Bailarina: Nataly Araújo

Frida<, com Renata Botelho
Duração: 5 min.
Criado a partir de elementos da dança e teatro, o solo desenvolvido por Renata Botelho é inspirado na artista mexicana Frida Kahlo e enfatiza a expressão e representação dramática.
Intérprete criadora: Renata Botelho
Música: Trilha sonora do filme Frida Kahlo

Do Gélido Silêncio Sem Cor, Thiago Barbosa
Duração: 5 min.
Converge dança e performance para criar um cenário de metáforas e subjetivações sobre o que é estar no mundo e sentir-se arrastado pelo curso das multidões, consumido pelo sistema sócio-político-econômico-cultural vigente, e imerso em uma virtualidade de onde faz-se necessário escapar.
Bailarino-performer e coreógrafo e concepção: Thiago Barbosa.

MOSTRA DE COREOGRAFIAS PROFISSIONAIS (PE)

Dia 5 de agosto de 2016, Sexta-feira, às 19h
Onde: Teatro Apolo
Ingressos: R$ 30, R$ 15, R$ 10 e R$ 5*

Suíte La Bayadère, com Ballet da Cidade do Recife
Duração: 16 min.
Classificação Livre
La Bayadère é um ballet de Khudenov, com música de Ludwig Minkus e coreografia de Marius Petipa. Teve estréia mundial em 1877 no Theatro Mariinsky de São Petesburgo. O ballet narra a história de Nikiya, uma dançarina do templo de Solor (um jovem guerreiro). Esta Suíte retrata cenas do Ato II, onde ocorre a celebração do noivado de Solor e Ganzatti.
Direção Geral: Fátima Freitas
Coreografia: Márius Petipá
Adaptação: Dayvison de Albuquerque, Isabel Ferreira
Música: Ludwig Minkus
Cenário e Figurino: Marcondes Lima
Adereços: Henrique Celibi e Fábio Andrade
Elenco: Dayvison de Albuquerque, Isabel Ferreira, Thereza Rachel Freitas, Roberta Cunha, Márcio Filho, Jefferson Figueiredo, Flávio Henrique, Fernanda Lobo, Jeanne Freitas, Monique Vilella.

Dor de Pierrot. Foto: Ju Brainer

Dor de Pierrot. Foto: Ju Brainer

Dor de Pierrot – 80 aos pedaços, com Gardênia Coleto (artista independente/PE)
Duração: 15 a 20 min.
Classificação livre
A partir de registros do movimento artístico-político ocorrido nos anos 1980, na cidade do Recife, a reperformance constrói um novo olhar sobre a obra Dor de Pierrot, criada em 1984 pelo bailarino Bernot Sanches. A composição se dá através de fragmentos coreográficos e discursivos de obras e textos feitos na década de 80. A obra traz, ainda, uma reflexão sobre as repetições e transformações concernentes ao tratamento do artista da dança na capital pernambucana.
“as coisas vão indo de mal a pior, e nós, bailarinos, homens e mulheres que acreditamos realmente no trabalho, precisamos nos unir por uma organização em busca dos nossos direitos…” (Bernot Sanches).
Dançarina-Criadora:  Gardênia Coleto
Orientação: Roberta Ramos
Colaboradores Artísticos: Luiz Roberto Silva, Marcela Aragão e Adelmo do Vale
Figurino cedido pelo Acervo Recordança.
Inspirado na obra Dor de Pierrot de Bernot Sanches

A Pele da Luz, com Luciana Freire D’Anunciação (PE)
Duração: 15 min.
Classificação livre

E se nosso olhar tocasse o mundo? Tudo o que rebatesse luz e nos fizesse visível aos olhos também tocaria nossa pele numa reciprocidade mútua de toques e sensações. É justamente pensando na qualidade tátil da luz que Luciana Freire D’ Anunciação cria o espetáculo A Pele da Luz, um solo de dança que interage e é unicamente iluminado por uma vídeo-projeção.
Performance, conceito: Luciana D’Anunciação
Montagem do video mapping/projeção: Parjad Sharifi
Música: Alex Mah
Cinematografia: Sepehr Samimi
Assistente de câmera: Marc-Olivier Harvey
Performers do vídeo-projeção: Valerie Christian, Rachael Helten, Emilio Rojas, Nicola Awang, Nicholas Masato, Karley Kyle-Moffat
Edição: Luciana D’Anunciação

Dia 6 de agosto de 2016, Sábado, 20h

Zambo, com o Grupo Experimental (PE)
Onde: Teatro Luiz Mendonça (Av. Boa Viagem, s/n, Boa Viagem),
Ingressos:
R$ 30, R$ 15, R$ 10 e R$ 5*
Duração:
45 min.
Classificação:
Livre
O Grupo Experimental
celebra a dança como ato de resistência a partir da reconstrução do espetáculo Zambo (1997), uma das obras inaugurais do Grupo, convidando todos àqueles que construíram a história de luta por uma arte feita no coletivo, em meio à exaltação às individualidades correntes na contemporaneidade.
O espetáculo traduz esteticamente as ideias do movimento Mangue, tanto nos figurinos e na coreografia, quanto nos cenários e, em especial, na trilha sonora, também executada ao vivo.
Ficha técnica:
Zambo/Gerações
Concepção e Coreografia:
Mônica Lira e Sonaly Macedo
Figurino:
Período Fértil
Iluminação:
Beto Trindade
Concepção Maquiagem e Penteados:
Ivan Dantas
Cenário:
Evêncio Vasconcelos
Músicas:
Nusrat Fateh Ali Khan, DJ Spooky, Geoffrey Oryema, Antúlio Madureira, Jorge Du Peixe, Gilson Santana e Gustavo Oliveira
Elenco Primeira Montagem (1997):
Ana Emília Freire, Eduardo Góes, Ivan Dantas, Fernanda Lisboa, Gilson Santana (mestre meia noite), Gustavo Oliveira, Mônica Lira e Renata Lisboa, Mônica Lira, Renata Lisboa, Sonaly Macedo, Jorge Du Peixe (músico convidado).
Elenco Segunda Montagem (2007):
Anne Costa, Calixto Neto, Lilli Rocha, Kleber Candido, Gilson Santana (mestre meia noite), Maria Agrelli, Renata Muniz, Silvio Barreto, Valéria Vicente, Tarcísio Resende (musico convidado).
Elenco Terceira Montagem (2012):
Daniel Silva, Everton Gomes, Januária Finizola, Jennyfer Caldas, Lilli Rocha, Patrícia Pina, Rafaella Trindade, Ramon Milanez.
Elenco Quarta Montagem (2016- Mostra Brasileira de Dança):
Gardênia Coleto, Jorge Kildery, Lilli Rocha, Márcio Filho, Rafaella Trindade, Rebeca Gondim
Artistas convidados:
Ana Emília Freire, Eduardo Góes, Fernanda Lisboa, Mônica Lira, Renata Lisboa, Anne Costa, Maria Agrelli, Renata Muniz, Silvio Barreto, Everton Gomes, Januária Finizola, Jennyfer Caldas, Ramon Milanez.
Musico Convidado:
Tarcísio Resende (Grupo de Percussão Quebra-Baque)
Participação especial:
Gilson Santana (mestre meia-noite) e Orun Santana
Texto:
Gardênia Coleto
Design gráfico:
Carlos Moura
Produção:
Emeline Soledade
Consultoria
Técnica: Danilo Carias
Figurino:
Período Fértil
Iluminação:
Beto Trindade
Assistente de coreografia:
Lilli Rocha e Rafaella Trindade
Ensaiador/fotógrafo (registro ensaios):
Ivan Dantas
Vídeo (produção e edição):
Diego Cruz

Dia 7 de agosto de 2016, Domingo, das 10h às 12h

ENCERRAMENTO

Dança Solidária
Apresentação com grupos locais e encerramento da campanha ‘Adote uma bailarina ou um bailarino’, com entrega dos artigos de dança doados durante a MBD.

Onde: Compaz (Av. Aníbal Benévolo, S/N – Alto Santa Terezinha)
Gratuito
Classificação: Livre

13ª Mostra Brasileira de Dança
29 de julho a 07 de agosto de 2016.

FICHA TÉCNICA

DIREÇÃO: Iris Macedo e Paulo de Castro
REALIZAÇÃO:: IM – Desenvolvimento de Ideias e Projetos e Paulo de Castro Produções
ASSESSORIA DE IMPRENSA E COMUNICAÇÃO: Hayla Cavalcanti
CURADORIA NACIONAL E INTERNACIONAL: Iris Macedo e Paulo de Castro
CURADORIA – ESPETÁCULOS E COREOGRAFIAS DE PERNAMBUCO: Airton Tenório, Ivana Moura e Maria Paula Costa Rêgo
CURADORIA – AÇÕES FORMATIVAS: Liana Gesteira
PRODUÇÃO EXECUTIVA : Andréa Silva e Hudson Wlamir
COORDENAÇÃO DE TEATROS: Carla Navarro, Danilo Carias e Rogério Alves
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA: Liana Gesteira
COORDENAÇÃO TÉCNICA: Luciana Raposo
APOIO DE PRODUÇÃO: Júlio Antonio
MOTOQUEIRO: Evandro Alves

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O Janeiro de grandes espetáculos se garante

Matheus Nachtergaele abres festival com Processo de Conscerto do Desejo.Foto Marcos Hermes

Matheus Nachtergaele abres festival com Processo de Conscerto do Desejo.Foto Marcos Hermes

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De 8 a 24 de janeiro vai acontecer a 22ª edição do Janeiro de Grandes Espetáculos – Festival Internacional de Artes Cênicas de Pernambuco. Até a semana passada, a realização do programa era incerta por conta de uma crise, que ouço falar todos os anos para a cultura, mas este ano parece que agravou-se. Serão ao todo 36 espetáculos, entre shows, peças teatrais para adultos e crianças e produções de ópera e dança, além de oito concertos por Recife, Olinda, Goiana e Caruaru pelo Circuito BNDES de Música – Do Erudito ao Popular.

A realização é da Associação de Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco (Apacepe), sob o comando dos produtores Paula de Renor, Paulo de Castro e Carla Valença, com patrocínio do BNDES, Prefeitura do Recife, Empetur e Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco/ Fundarpe.

Quatro espetáculos brasileiros (de outros estados do país) participam do festival. Processo de Conscerto do Desejo, solo com Matheus Nachtergaele (RJ), abre o festival. Sua mãe, Maria Cecília morreu quando o ator ainda era bebê e os poemas dela são para ele um elo de ligação e um oásis afetivo. A partir da obra do poeta Manoel de Barros, o diretor Moacir Chaves ergueu Inutilezas, da Inutilezas Produções e Arte Limitada (RJ), com os intérpretes Bianca Ramoneda e Gabriel Braga Nunes.

Questionamentos sobre identidades e investigação com recursos do metateatro marcam a peça Maria que Virou Jonas ou A Força da Imaginação, da Cia. Livre (SP), dirigida por Cibele Forjaz, com Lúcia Romano e Edgar Castro. E a estreia nacional de O Lugar Escuro, na qual três gerações de mulheres da mesma família precisam enfrentar o Mal de Alzheimer. Estão no elenco, as atrizes Sandra Dani, Vika Schabbach e Gabriela Poester, sob direção de Luciano Alabarse.

Os ingressosvariam de R$ 10 a R$ 50 (estarão à venda pelo site www.compreingressos.com em breve), mas há apresentações gratuitas também.

Espetáculo espanhol Uma casa na Ásia. Foto: Nacho Gómez

Espetáculo espanhol Uma casa na Ásia. Foto: Nacho Gómez

O projeto Janela Espanhola, traz dois convidados da cena contemporânea Da Espanha. Uma Casa na Ásia toma episódio da invasão à casa de Osama Bin Laden  para compor uma visão pop da década recheada de atentados. Os integrantes do Agrupación Señor Serrano utilizam  maquetes, videoprojeções, manipulação de vídeo em tempo real, videojogos, mundos virtuais e performance.

O outro é Por Favor, Continue (Hamlet), de Roger Bernat e Yan Duvyendak, que leva Hamlet a ser julgado em um tribunal, depois de ter matado Polônio, pai de sua noiva Ofélia. As apresentações dos dois espetáculos no Janeiro recebem o apoio da Acción Cultural Española em seu Programa de Internacionalização da Cultura Espanhola (PICE).

Montagem pernambucana O açougueiro. Foto: Lucas Emanuel-Curinga Comunique

Montagem pernambucana O açougueiro. Foto: Lucas Emanuel-Curinga Comunique

PROGRAMAÇÃO

Processo  de  Conscerto  do  Desejo  (Pássaro  da  Noite  Produções  –  Rio  de  Janeiro/RJ)
Quando: Dias 8 e 9 de janeiro de 2016 (sexta e sábado), 21h
Onde: Teatro de Santa Isabel
Ingressos: R$ 50 e R$ 25

Sabores e Saberes do Milho (Comedoria Popular Arte e Gastronomia – Recife/PE)
Quando: Dias 9 e 10 de janeiro de 2016 (sábado e domingo), 16h30,
Onde: Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10

Musical o Abraço - Nunca Estaremo Sós, Foto: Fernanda Acioly

Musical o Abraço – Nunca Estaremo Sós, Foto: Fernanda Acioly

Abraço – Nunca Estaremos Sós (Dispersos Cia. de Teatro – Recife/PE)
Quando: Dia 9 de janeiro de 2016 (sábado), 20h
Onde: Teatro Apolo
Ingressos: R$ 20 e R$ 10

Saudosiar… A Noite Insone de Um Palhaço…(Paulo de Castro Produções Artísticas  e Fafe Cidade das Artes – Recife/Brasil/Fafe/Portugal)
Quando: Dias 9 e 10 de janeiro de 2016 (sábado, 20h, domingo, 18h)
Onde: Teatro Capiba (SESC Casa Amarela)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10

Passo (Compassos Cia. de Danças – Recife/PE)
Quando: Dia 10 de janeiro de 2016 (domingo), 17h
Onde: Passo do Frevo
Quanto: R$ 6 e R$ 3 (entrada no local)

Fraturas, com o coletivo trippé (PE). Foto: Fernando Pereira

Fraturas, com o coletivo trippé (PE). Foto: Fernando Pereira

Fraturas (Coletivo Trippé – Petrolina/PE)
Onde: Teatro Apolo
Quando: Dia 10 de janeiro de 2016 (domingo), 20h,
Quanto: R$ 20 e R$ 10

Obsessão (Produção: Nilza Lisboa, Simone Figueiredo e Sílvio Pinto – Recife/PE)
Quando: Dia 10 de janeiro de 2016 (domingo)
Onde: Teatro de Santa Isabel
Quanto: 20h, R$ 20 e R$ 10

Please,  Continue  (Hamlet)  /  Por  Favor,  Continue  (Hamlet)  (Roger  Bernat  –  Espanha) Quando: Dias  12  e  13  de  janeiro  de  2016  (terça  e  quarta),  19h30,
Onde: Local a confirmar
Quanto: gratuito  (distribuição  de  senhas a partir de 2h antes)

Cabaré Diversiones (Produção: Henrique Celibi – Olinda/PE)
Quando: Dia 12 de janeiro de 2016 (terça), 20h,
Onde: Teatro Apolo
Quanto: R$ 20 e R$ 10

A Visita, com o ator Severino Florêncio (PE). Foto: Marcos Nascimento

A Visita, com o ator Severino Florêncio (PE). Foto: Marcos Nascimento

A Visita (Grupo de Teatro Arte­Em­Cena – Caruaru/PE)
Quando: Dias 12 e 13 de janeiro de 2016 (terça e quarta), 20h
Onde: Teatro Capiba (SESC Casa Amarela)
Quanto: R$ 20 e R$ 10

Sistema  25  (Grupo  Cênico  Calabouço  e  Grupo  Teatral  Risadinha  –  Recife/Camaragibe/PE) Quando: Dia 13 de janeiro de 2016 (quarta), 17h,
Onde: Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro)
Quanto: R$ 20 e R$ 10

Cante Comigo – Ayrton Montarroyos (Produção: Rita Chaves – Recife/PE)
Quando: Dia 13 de janeiro de 2016 (quarta), 20h
Onde: Teatro de Santa Isabel
Quanto: R$ 40 e R$ 20

A House in Asia / Uma Casa na Ásia (Agrupación Señor Serrano – Espanha)
Quando: Dias 14 e 15 de janeiro de 2016 (quinta e sexta), 20h
Onde: Teatro Apolo
Quanto: R$ 20 e R$ 10

(L)a (P)lage (Grupo Acaso, Apacepe e Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto –  Recife/ Brasil/ Basto/ Portugal)
Quando: Dias 14 e 15 de janeiro de 2016 (quinta e sexta), 20h
Onde: Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro)
Quanto: R$ 20 e R$ 10

O Ano Em Que Sonhamos Perigosamente (Grupo Magiluth – Recife/PE)
Quando: Dia 14 de janeiro de 2016 (quinta-­feira), 21h
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho
Quanto: R$ 20 e R$ 10

A  Invenção  da  Palavra  (Parêa Teatro, Janela  Projetos e  Fafe Cidade  das  Artes –  Recife/ Brasil/Fafe/ Portugal)
Quando: Dias 15 e 16 de janeiro de 2016 (sexta e sábado), 20h
Onde: Teatro Capiba (SESC Casa Amarela)
Quanto: R$ 20 e R$ 10

Inutilezas (RJ) - Foto: Marco Terra Nova

Inutilezas (RJ) – Foto: Marco Terra Nova

Inutilezas (Inutilezas Produções e Arte Limitada – Rio de Janeiro/RJ)
Quando: Dias 15 e 16 de janeiro de 2016 (sexta e sábado), 21h
Onde: Teatro de Santa Isabel
Quanto: R$ 40 e R$ 20

Luzia no Caminho das Águas (Grupo Engenho de Teatro – Recife/PE)
Quando: Dias 16 e 17 de janeiro de 2015 (sábado e domingo), 16h30
Onde: Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro)
Quanto: R$ 20 e R$ 10

Maria Que Virou Jonas ou A Força da Imaginação (SP), com direção de Cibele Forjaz. Foto: Cacá Bernardes

Maria Que Virou Jonas ou A Força da Imaginação (SP), com direção de Cibele Forjaz. Foto: Cacá Bernardes

Maria Que Virou Jonas ou A Força da Imaginação (Cia. Livre – São Paulo/SP)
Quando: Dias 16 e 17 de janeiro de 2016 (sábado e domingo), 19h
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho
Quanto: R$ 20 e R$ 10

Salmo 91 (Cênicas Cia. de Repertório – Recife/PE)
Quando:Dia 16 de janeiro de 2016 (sábado), 20h
Onde: Espaço Cênicas (Av. Marquês de Olinda, 199, sala 201, 2º andar, Bairro do Recife)
Quanto: R$ 20 e R$ 10

Ópera Cordelista Lua Alegria (Paulo Matricó – Recife/PE)
Quando: Dias 16 e 17 de janeiro de 2016 (sábado, 21h,  domingo
Onde: Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)
Quanto: R$ 20 e R$ 10

Elke Canta e Conta, com Elke Maravilha (SP) - Foto: Estúdio Mandala

Elke Canta e Conta, com Elke Maravilha (SP) – Foto: Estúdio Mandala

Elke Canta e Conta (Produção: Maurílio Domiciano – São Paulo/SP)
Quando: Dia 17 de janeiro de 2016 (domingo), 20h
Onde: Teatro de Santa Isabel
Quanto: R$ 50 e R$ 25

Soledad – A Terra é Fogo Sob Nossos Pés (Cria do Palco – Recife/PE)
Quando: Dia 18 de janeiro de 2016 (segunda), 20h
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho
Quanto: R$ 20 e R$ 10

Luas de Há Muito Sóis (Papelão Produções e Fafe Cidade das Artes – Recife/Brasil/  Fafe/ Portugal)
Quando: Dias 18 e 19 de janeiro de 2016 (segunda e terça), 20h
Onde: Teatro Capiba (SESC Casa Amarela)
Quanto: R$ 20 e R$ 10

O Açougueiro (Alexandre Guimarães – Recife/PE)
Quando: Dia 19 de janeiro de 2016 (terça), 19h
Onde: Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro)
Quanto: R$ 20 e R$ 10

Quarteto Encore (Produção: Rafaela Fonsêca – Recife/PE)* *Integrando o Circuito BNDES de Música – Do Erudito ao Popular
Quando: Dia 20 de janeiro de 2016 (quarta), 20h
Onde: Teatro de Santa Isabel
Quanto: gratuito

Jr. (Operários de Teatro – OPTE – Recife/PE)
Quando: Dias 20 e 21 de janeiro de 2016 (quarta e quinta), 20h
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho
Quanto: R$ 20 e R$ 10

Bailaora, com a Cia. Karina Leiro (PE). Foto: Lane Hans

Bailaora, com a Cia. Karina Leiro (PE). Foto: Lane Hans

Bailaora (Cia. Karina Leiro – Recife/PE)
Quando: Dia 20 de janeiro de 2016 (quarta), 20h30
Onde: Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)
Quanto: R$ 20 e R$ 10

Gota  d’Água  –  Fragmentos  e  Outras  Canções  (VI  Turma  de  Iniciação  Teatral  Cênicas Cia. de Repertório –Recife/PE) Dia 21 de janeiro de 2016 (quinta), 20h
Onde: Teatro Apolo
Quanto: R$ 10 (preço único promocional)

Homenagem ao Malandro (Curso de Interpretação para Teatro do SESC Piedade – Jaboatão dos Guararapes/PE)
Quando: Dia 22 de janeiro de 2016 (sexta), 20h
Onde: Teatro Apolo
Quanto: R$ 10 (preço único promocional)

Grito de Guerra, Grito de Amor (Duas Companhias, Coletivo Grão Comum, Apacepe e Fafe Cidada das Artes – Recife /Brasil / Fafe /Portugal)
Quando: Dias 22 e 23 de janeiro de 2016 (sexta e sábado), 20h
Onde: Teatro Capiba (SESC Casa Amarela)
Quanto: R$ 20 e R$ 10

Cavaco e Sua Pulga Adestrada (Caravana Tapioca – Recife/PE)
Quando: Dia 23 de janeiro de 2016 (domingo), 16h30
Onde: Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro)
Quanto: R$ 20 e R$ 10

O Lugar Escuro (Artworks Produções – Porto Alegre/RS)
Quando: Dias 23 e 24 de janeiro de 2016 (sábado e domingo), 19h
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho
Quanto: R$ 20 e R$ 10

Angelicus Prostitutus (Grupo  Matraca  de Teatro  e SESC Piedade  –  Jaboatão  dos  Guararapes/PE)
Quando: Dia 23 de janeiro de 2016 (sábado), 21h
Onde: Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)
Quanto: R$ 20 e R$ 10

Pernambuco Sonoro (P Castro Produções – Recife/PE)
Quando: Dia 23 de janeiro de 2016 (sábado), 21h
Onde: Teatro de Santa Isabel
Quanto: R$ 40 e R$ 20

Sebastiana e Severina(Teatro Kamikaze – Olinda/PE)
Onde: Dia 24 de janeiro de 2016 (sábado), 16h30
Onde: Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro)
Quanto: R$ 20 e R$ 10

Quatro Pianos no Choro (Paulo de Castro Produções Artísticas – Recife/PE)* *Integrando o Circuito BNDES de Música – Do Erudito ao Popular
Quando: Dia 24 de janeiro de 2016 (domingo), 18h
Onde: Teatro de Santa Isabel
Quanto: Gratuito

Em Nome do Pai (PE). Crédito: Zé Barbosa

Em Nome do Pai (PE). Crédito: Zé Barbosa

Em Nome do Pai (REC Produtores Associados – Recife/PE)
Quando: Dia 24 de janeiro de 2016 (domingo), 21h,
Onde: Teatro Apolo
Quanto: R$ 20 e R$ 10

Circuito BNDES de Música – Do Erudito ao Popular Programação no interior pernambucano

Caruaru (local e horário a confirmar)

Dia 10 de janeiro de 2016 (domingo)
Orquestra de Câmara de Pernambuco

Dia 11 de janeiro de 2016 (segunda)
Spock Quinteto

Goiana (local e horário a confirmar)

Dia 12 de janeiro de 2016 (terça)
Spock Quinteto

Dia 13 de janeiro de 2016 (quarta)
Quarteto Encore

Olinda (local e horário a confirmar)

Dia 14 de janeiro de 2016 (quinta)
Orquestra de Câmara de Pernambuco

Dia 15 de janeiro de 2016 (sexta)
Spock Quinteto

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O Recife dança com desenvoltura

Grupo mineiro abre programação com espetáculo Entre os Céus e as Serras. Foto: Guto Muniz

Grupo mineiro abre programação com espetáculo Entre os Céus e as Serras. Foto: Guto Muniz

mbd-22233A 12ª edição da Mostra Brasileira de Dança começa hoje com uma programação que inclui mais de 30 apresentações de grupos e companhias de nove estados brasileiros. A abertura oficial no Santa Isabel, às 20h, conta com o espetáculo Entre os Céus e as Serras, com direção cênica de Cristina Machado. A Cia. de Dança Palácio das Artes explora diversas referências culturais do período barroco e da formação da identidade do povo mineiro. A religiosidade, o domínio português e a resistência da cultura negra, o contato do homem com a natureza e os desdobramentos dessas vivências ganham forma nos corpos dos bailarinos e nas coreografias do grupo.

Desde o dia 27 de julho que a Mostra Brasileira de Dança (MBD) realiza algumas atividades culturais como parte da movimentação pré-Mostra. Até 15 de agosto serão totalizadas cerca de 50 atividades culturais em nove equipamentos da cidade. Confira as programação completa dos espetáculos abaixo.

Paulo de Castro e Íris Macedo, produtores da MBD. Foto: Rogério Alves

Paulo de Castro e Íris Macedo, produtores da MBD. Foto: Rogério Alves

Nesse momento de crise é um feito manter a estrutura do festival, organizado pela diretora Íris Macedo e pelo produtor cultural Paulo de Castro. A iniciativa conseguiu R$ 650 mil em dinheiro e em serviços: Patrocínio master dos Correios, no valor de R$ 350 mil, e apoios em serviços da Prefeitura do Recife (R$ 40 mil) e do Governo do Estado (R$ 30 mil), além de incentivo da Fundação Nacional de Arte (Funarte).

O evento preza pela diversidade, inclui na programação grupos locais e grandes companhias que têm dificuldade de acesso e circulação. A maior característica da mostra é não ter caráter competitivo. A expectativa de público é de 15 mil pessoas, contra 12 mil do ano passado. Os ingressos para todos os espetáculos custam R$ 20 e R$ 10 (meia).

Saudades de mim é dirigido pelo coreógrafo da comissão de frente da Unidos da Tijuca, Alex Neoral Foto: Paula Kossatz

Saudades de mim é dirigido pelo coreógrafo Alex Neoral Foto: Paula Kossatz

Saudade de mim, é uma montagem que faz parte das celebrações de 15 anos da Focus Cia de Dança. Nessa encenação, o coreógrafo Alex Neoral junta vários personagens de várias músicas de Chico Burarque. Pedro, Maria, Bárbara, Juca, Nina, entre outros que passam a se relacionar entre as canções Construção, Olha Maria, Trocando em miúdos, Valsinha. O espetáculo cruza pinturas históricas de Cândido Portinari – como O espantalho, Casamento na roça e O mestiço – para construir a narrativa.

Cantata é inspirada na cultura italiana. Foto: Mauro Bigonzetti / Divulgação

Cantata é inspirada na cultura italiana. Foto: Mauro Bigonzetti / Divulgação

O Balé da Cidade de São Paulo comparece com três coreografias: Uneven, do catalão Cayetano Soto; o duo O Balcão de Amor, do israelense Itzik Galili; e Cantata, do italiano Mauro Bigonzetti. Convite praticamente irresistível. Uneven apresenta o sentimento de estar fora do eixo, esboçando o sentido de desequilíbrio físico. O Balcão de Amor é peça cheia de energia, um dueto sexy e com ingredientes absurdos, inspirada pela música homônima, do cantor cubano Pérez Valdez (1916-89). Já Cantata é uma explosão coreográfica com as cores vibrantes do sul da Itália. A relação amorosa é repleta de gestos apaixonados que evocam uma beleza selvagem do Mediterrâneo.

A MBD também é uma oportunidade de conferir espetáculos pernambucano que estiveram por pouco tempo em cartaz. Três Mulheres e Um Bordado de Sol, da Compassos Cia. de Danças investe em três personalidades femininas da música, das artes plásticas e da literatura. Uma pernambucana nascida na Ucrânia, Clarice Lispector; a francesa Edith Piaf e Frida Kahlo, que transformou sua dor em cores do México.

O Grupo Experimental de dança faz sessões do Breguetu (brega é tu). O espetáculo investiga, a partir de uma narrativa de dança-teatro o universo brega na música, moda ou dança, buscando também despertar um pensamento crítico sobre o gênero.

Imagens Não Explodidas, da Cia. Etc. com direção de Marcelo Sena (E)

Imagens Não Explodidas, da Cia. Etc. com direção de Marcelo Sena (E)

Imagens Não Explodidas, da Cia Etc tem como uma das inspirações o livro Filosofia da Música, do filósofo Giovanni Piana. O espetáculo busca estabelecer um diálogo entre o pensamento musical e o coreográfico, a partir das experiências e estudos do bailarino Marcelo Sena.

A religiosidade do compositor baiano Dorival Caymmi, filho de Xangô, menino abandonado pela mãe quando contava três anos e que foi educado num terreiro de candomblé para ser o obá (um tipo de coordenador do terreiro), são ingredientes do espetáculo Dorival Obá. A coreografia do grupo Vias da Dança é assinada pelo ator e bailarino Juan Guimarães. No elenco estão Thomas de Aquino Leal, Júlia Franca, Natália Brito, Rayssa Carvalho e Simone Carvalho.

PROGRAMAÇÃO

Entre o céu e as serras tem direção de . Foto: Guto Muniz

Entre o Céu e as Serras tem direção de Cristina Machado. Foto: Guto Muniz

05/08 – 20h
Onde: Teatro de Santa Isabel
Entre o Céu e as Serras
Cia. de Dança Palácio das Artes (Belo Horizonte/MG)
Direção: Cristina Machado

06/08- 19h
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho
Três Mulheres e Um Bordado de Sol
Compassos Cia. de Danças (Recife/PE)
Direção: Raimundo Branco

06/08 – 20h30
Onde: Teatro de Santa Isabel
Entre o Céu e as Serras
Grupo: Cia. de Dança Palácio das Artes (Belo Horizonte/MG)
Direção: Cristina Machado

07/08 – 19h
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho
Caminhos
Grupo:Fábio Soares (Condado/PE)
Direção: Fábio Soares (Fabinho)

Dança embalada pelos sons de Chico e os tons de Portinari. Foto: Bel Acosta

Dança embalada pelos sons de Chico e os tons de Portinari. Foto: Bel Acosta

07/08 – 21h
Onde: Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)
Saudade de Mim
Grupo:Focus Cia. de Dança (Rio de Janeiro/RJ)
Direção: Alex Neoral

08/08- 19h
Onde: Teatro Apolo
Toque
Grupo: Aria Social (Jaboatão dos Guararapes/PE)
Direção: Carla Machado

08/08- 19h
Onde: Teatro Apolo
Les Sylphides
Grupo: Academia Fátima Freitas (Recife/PE)
Direção: Fátima Freitas

08/08- 19h
Onde: Teatro Apolo
Pé de Raiz
Grupo: Step Evolution (Recife/PE)
Direção: Levi Costa

08/08 – 19h
Onde: Teatro Apolo
Mostra Coreográfica de Grupos Em FormaçãoTudo Em Um Corpo Por Liberdade
Grupo: Grupo InterCruzados (Recife/PE)
Direção: Carla Santana

08/08 – 19h
Onde: Teatro Apolo
Mostra Coreográfica de Grupos Em FormaçãoLa Fille Mal Gardée / II Ato
Grupo: Ballet Cláudia São Bento (Recife/PE)
Direção: Cláudia São Bento

08/08 – 19h
Onde: Teatro Apolo
Nêga, Que Baque é Esse?
Grupo: Núcleo de Formação de Bailarinos da Cia. Nós em Dança (Paulista/PE)
Direção: Élide Leal

08/08- 19h
Onde: Teatro Apolo
Alegria Em Movimento
Grupo: Rafael Guimarães (Recife/PE)
Direção: Rafael Guimarães

08/08 – 19h
Onde: Teatro Apolo
Suíte Clássica
Grupo: Grupo de Ballet Stúdio de Danças (Recife/PE)
Direção: Cláudia São Bento

08/08 – 19h
Onde: Teatro Apolo
Catirinada
Grupo: Cia. Pé-Nambuco de Dança (Recife/PE)
Direção: Wagner Max

08/08 – 19h
Onde: Teatro Apolo
O Duelo
Grupo: Cia. Cadências (Recife/PE)
Direção: Liliana Martins

08/08 – 19h
Onde: Teatro Apolo
Muito Obrigado Axé
Grupo: Cia. Malungo (Recife/PE)
Direção: Marina Souza

08/08 – 19h
Onde: Teatro Apolo
Graciosa
Grupo: Babi Johari (Recife/PE)
Direção: Babi Johari

08/08 – 19h
Onde: Teatro Apolo
Mostra Coreográfica de Grupos Em FormaçãoVariações Clássicas
Grupo: Aria Social (Jaboatão dos Guararapes/PE)
Direção: Maria Inêz Lima

08/08 – 20h30
Onde: Teatro de Santa Isabel
Uneven – O Balcão do Amor – Cantata
Grupo: Balé da Cidade de São Paulo – BCSP (São Paulo/SP)
Direção: Iracity Cardoso

09/08 – 16h30
Onde: Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)
Lágrimas da Lua – Um Musical Villa-Lobos
Grupo: Cia. Sopro-de-Zéfiro/Cecília Brennand e Aria Social (Jaboatão dos Guararapes/PE)
Direção: Cecília Brennand

09/08 – 18h e 20h
Onde:: Espaço Experimental
Breguetu
Grupo: Grupo Experimental (Recife/PE)
Direção: Mônica Lira

09/08 – 20h
Onde: Teatro de Santa Isabel
Uneven – O Balcão do Amor – Cantata
Grupo: Balé da Cidade de São Paulo – BCSP (São Paulo/SP)
Direção: Iracity Cardoso

12/08 – 19h
Onde: Teatro Apolo
Imagens Não Explodidas
Grupo: Cia. Etc. (Recife/PE)
Direção: Marcelo Sena

12/08 – 20h
Onde: Teatro de Santa Isabel
Plagium?
Grupo: Cia. Dançurbana (Campo Grande/MS)
Direção: Marcos Mattos

13/08 – 19h
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho
Dorival Obá
Grupo: Cia. Vias da Dança (Recife/PE)
Direção: Juan Guimarães

13/08 – 20h
Onde: Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)
Naipí & Tarobá – A Lenda das Cataratas do Iguaçú
Grupo: Cia. Eliane Fetzer de Dança Contemporânea (Curitiba/PR)
Direção: Eliane Fetzer

14/08 – 19h
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho
Diafragma: Dispositivo Versão Beta
Grupo: Coletivo Mazdita (Recife/PE)
Direção: Flávia Pinheiro

14/08 – 21h
Onde: Teatro de Santa Isabel
A Sagração da Primavera
Grupo: Corpo de Dança do Amazonas – CDA (Manaus/AM)
Direção: Getúlio Lima

15/08 – 19h
Onde: Teatro Apolo
Mostra Coreográfica de Grupos Profissionais Suíte Clássica
Grupo: Ballet Cláudia São Bento (Recife/PE)
Direção: Jane Dickie

15/08 – 19h
Onde: Teatro Apolo
Mostra Coreográfica de Grupos Profissionais8 BITZ
Grupo: Animatroonicz (Recife/PE)
Direção: Will Robison da Silva

15/08 – 19h
Onde:: Teatro Apolo
Mostra Coreográfica de Grupos Profissionais – Trecho do espetáculo Pangeia
Grupo: Grupo Acaso (Recife/PE)
Direção: Bárbara Aguiar e Fran Nunez

15/08 – 19h
Onde: Teatro Apolo
Mostra Coreográfica de Grupos ProfissionaisAusências
Grupo: Grupo Peleja (Recife/PE)
Direção: Tainá Barreto

15/08 – 19h
Onde: Teatro Apolo
Mostra Coreográfica de Grupos ProfissionaisClown
Grupo: Cia. de Dança Fátima Freitas (Recife/PE)
Direção: Fátima Freitas

15/08 – 20h
Onde: Área externa do Parque Dona Lindu
Performance Reflexos
Grupo: Acupe Grupo de Dança (Recife/PE)
Direção: Paulo Henrique Ferreira

15/08 – 21h
Onde: Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)
Zhu
Grupo: Cia. Mário Nascimento (Belo Horizonte/MG)
Direção: Mário Nascimento

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Entidades discutem crise na cultura

Desde que a Prefeitura do Recife divulgou oficialmente, no dia 29 de outubro, a notícia de que o Festival Recife do Teatro Nacional (FRTN) não seria realizado em 2014 e passaria a acontecer em edições bienais, sendo alternado com o Festival Internacional de Dança, muita coisa já se passou. A Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2015, por exemplo, foi aprovada na Câmara de Vereadores com uma redução de 16% nos recursos conjuntos da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife (FCCR), o que significa R$ 17 milhões a menos para a cultura. Por outro lado, finalmente o prefeito Geraldo Júlio assinou a autorização para o início das obras no Teatro do Parque, fechado desde 2010.

Mas antes que a LOA fosse assinada e o anúncio com relação ao Teatro do Parque realizado, a equipe de Cultura da Prefeitura do Recife precisou apagar um incêndio. A secretária de Cultura, Leda Alves, e o presidente da FCCR, Diego Rocha, além de Carlos Carvalho, responsável pelo Apolo-Hermilo e, consequentemente, pela realização do FRTN, e Romildo Moreira, gestor de artes cênicas, se reuniram, no dia 10 de novembro, com as entidades representantes do setor de Artes Cênicas. Queriam atenuar a crise gerada pelo anúncio da não realização do festival sem que a classe artística fosse, ao menos, ouvida.

Foi depois dessa reunião que o Satisfeita, Yolanda? conversou com os representantes oficiais da classe. Participaram dessa conversa Paulo de Castro, presidente da Associação de Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco (Apacepe), Ivonete Melo, presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão no Estado de Pernambuco (Sated-PE), Feliciano Félix, presidente da Associação de Realizadores de Teatro de Pernambuco (Artepe), e Roberto Xavier, presidente da Federação de Teatro de Pernambuco (Feteape). Na entrevista, eles falaram não só sobre o atual momento na cultura do Recife, mas também se posicionaram com relação à questões polêmicas, como a crise na representatividade das entidades perante os artistas.

Nesta terça-feira (9), as associações e sindicatos vão novamente se reunir com Leda Alves e com Diego Rocha. Garantiram que, depois da conversa, vão convocar a classe artística.

Entidades e associações da classe artística vão conversar com Leda Alves nesta terça-feira. Foto: Ivana Moura

Entidades e associações da classe artística vão conversar com Leda Alves nesta terça-feira. Foto: Ivana Moura

Entrevista // Entidades representativas das Artes Cênicas em Pernambuco

Qual foi o caminho para que essa primeira reunião com a secretária de Cultura e o presidente da Fundação de Cultura tenha acontecido?

Feliciano Félix – Depois que saiu a notícia de que não haveria o festival de teatro do Recife, toda a classe artística começou a se movimentar; começaram a acontecer reuniões em vários segmentos. As próprias entidades se juntaram e fizeram uma nota de repúdio. Foi feita uma reunião no Espaço Caramiolas, com vários artistas de várias linguagens, onde foi tirado um documento contundente. Tudo isso chegou, obviamente, ao conhecimento da secretária. Ela convocou as entidades para conversar. Recebemos ofício por escrito assinado pela própria secretária para todas as entidades de artes cênicas. Na verdade, ela chamou a gente depois que o mal estar e a movimentação estavam instalados na cidade.

Como foi essa reunião?

Feliciano Félix – Na reunião, a secretária, o presidente da Fundação de Cultura do Recife e Carlos Carvalho tentaram explicar, justificar. Mas era para ter feito isso antes de ter dito que o festival seria cancelado. As entidades puderam falar e todas foram contundentes no sentido de que não concordam que os festivais de teatro e de dança sejam bienais.

Houve um pedido de desculpas formal para a classe? A secretária se desculpou por não ter ouvido a classe antes de tomar uma decisão dessas?

Ivonete Melo – Ela se desculpou, dizendo que era uma pessoa democrática, que antes de tudo era atriz, portanto não sabe como isso aconteceu e nem o porquê, já que ela é da área.

Ela disse que vai acatar o pensamento da classe?

Ivonete Melo – Não. Ela marcou uma reunião para o dia 9.

Paulo de Castro – O festival tem que voltar ano que vem. Agora a gente vê que é absurdamente ilógico fazer um festival. A gente compreende. Pela incompetência deles, mas compreendemos. A discussão é que, no próximo ano, as coisas sejam normalizadas. Mas acho que precisamos sair das questões culturais e ir para as questões políticas. Não temos que estar discutindo se é Carvalho (Carlos), se é Leda (Alves), se é aquele presidente que eu não sei nem o nome. A gente tem que focar no prefeito. Está claro que a ideia do prefeito é que ele não tem nada a ver com a cultura. Todas as situações culturais da cidade, e eu não falo só da dança e do teatro, falo da cultura pernambucana, ele cortou tudo, em todos os âmbitos. Até os ciclos! Se era um gasto x, está menos x. Porque isso? Porque a gente não fala, não grita, não chama o prefeito para uma ação mais contundente. O prefeito tem que entender o que é cultura, porque eu sei que ele não entende, e também não é obrigado a entender não. Mas ele é obrigado a compreender. E a gente não pode continuar como na prefeitura anterior. Perdemos quatro anos. Mas também já perdemos dois agora. São seis anos perdidos. É a hora de chegar para o prefeito e dizer: “prefeito, a gente precisa falar com você”. Ainda mais nessa época?! Era bom que ele viesse vestido de Papai Noel, para falar com a gente. Talvez surtisse algum efeito, ele entendesse do quê a cultura precisa. Já que o Natal é uma época tão boa e o Papai Noel um personagem importantíssimo. Eu acho, prefeito, que você deveria convocar os artistas da cidade para uma conversa, até para você entender o processo. Porque você tem uma mulher na secretaria que sabe tudo, mas não tem poder. Aí não adianta, prefeito. Você tem um cara que você colocou na Fundação que é uma pessoa sua, mas não entende do métier. É necessário que você respalde essas pessoas, para que elas tenham um convívio decente com a classe. Principalmente em se tratando de uma mulher como Leda Alves, uma mulher que sabe exatamente o que pode fazer. A questão hoje está centralizada no senhor prefeito. Ele tem que dizer alguma coisa. A gente não pode viver de bicicletas. É preciso ter algo mais do que bicicletas.

Beto Xavier – Teve uma questão colocada na reunião do Conselho Municipal de Cultura que é bem interessante. Essa questão do Festival foi só a cereja do bolo. Porque vem acontecendo várias coisas, teatros fechados, reformas que não tem data nem para começar e nem para terminar, os editais dos ciclos culturais, que não incluem teatro. E nós, enquanto Feteape, temos uma preocupação mais geral. Esse festival sendo transformado em bienal, pode causar o esfriamento e a descontinuidade disso. A Feteape tem como exemplo o projeto Todos Verão Teatro, que sempre aconteceu em janeiro. Depois houve um acordo para que ele fosse para março e, quando chegou março, a prefeitura disse que não tinha dinheiro por causa do carnaval. E deu-se esse esfriamento. Temo que isso aconteça agora.

Qual a posição de vocês na próxima reunião? Já que é uma questão muito mais ampla e não estamos discutindo pessoas?

Feliciano Félix – O posicionamento das entidades é dizer que não concorda que esses festivais sejam bienais. A outra questão que temos que ficar atentos é que existe um Plano Municipal de Cultura para a cidade do Recife, que foi aprovado em 2009. É um plano para dez anos, válido até 2019, e está sendo descumprido pela Prefeitura do Recife. Se você tem um Plano Municipal de Cultura que diz quais são as políticas estruturadoras que devem ser implementadas e lá fala que os festivais não anuais, fora os outros eventos que foram cancelados… Na hora que a Prefeitura não cumpre um plano que é lei, ela corre, inclusive, o risco de ser enquadrada por improbidade administrativa.

Essa é uma questão complicada. Esse plano realmente foi aprovado e sancionado por João da Costa em 2009, mas não há nenhum decreto regulamentando esse plano. Então, juridicamente, esse plano não teria valor. Diante disso, o que vocês pretendem fazer?

Feliciano Félix – Juridicamente é uma questão para ver com quem entende. Mas politicamente é muito ruim descumprir um documento que é fruto da luta, da batalha. Foram muitas reuniões, incansáveis, escutas com o movimento cultural, finais de semana inteiros discutindo, com todas as entidades, não só de artes cênicas. Politicamente, independente dessa questão jurídica, tem uma importância muito grande na construção da política pública de cultura, na democratização do acesso, do fomento, da formação. Isso tem que ser levado em consideração.

Paulo de Castro – E será levado, Félix. Se a gente admitir que nos quatro anos do outro prefeito, ele conseguiu fazer, como é que esse que veio com toda força política, o homem que veio abrir todas as portas do crescimento…eu não acredito! Quando ele for comunicado e entender o que está acontecendo, ele não vai fazer uma besteira desses. O festival de teatro, por exemplo, é insignificante financeiramente, inclusive. Um projeto de R$ 1 milhão, que é nacional, que abre mercado de trabalho. Mas a gente também não disse ao prefeito o mercado de trabalho que a gente abre. O prefeito pode achar que abriu centenas de vagas com as bicicletas. Eu diria a ele que nós abrimos milhares com nossos processos culturais. Muito mais que a Fiat, por exemplo! Quantos empregados tem a Fiat? Quantas pessoas nós empregamos por ano? Então essas coisas, numa discussão aberta, tranquila, sem nenhuma violência, sem nenhum sentido de direita e esquerda, de A ou B. A gente discute cultura. Não quero discutir teatro, quero discutir a cultura como um todo, puxando do Estado o dever que é dele e que está no Plano.

Feliciano Félix – Se existir uma decisão política, vontade política, não precisa Plano nenhum. É só fazer. Outra coisa que a gente observa é que os recursos para a cultura estão diminuindo ano a ano. A gente está até com um documento: Carta ao povo do Recife pela retomada e fortalecimento das políticas públicas de cultura na cidade do Recife. Esse foi o documento escrito a partir da reunião de artistas de várias linguagens no Caramiolas. Foi feito um levantamento e a cultura tem sofrido cortes. E há uma projeção de redução de 16% em relação a esse ano.

Essa situação, já que o próprio Feliciano está dizendo que os valores destinados à cultura foram diminuindo ao longo do tempo, e pensando que essa prefeitura está aí há dois anos, chegamos a essa situação por quê?

Paulo de Castro – Pela fragilidade da própria classe, claro. O governador e o prefeito eles não têm culpa de nada. Porque o foco deles é outro. Até porque eles não entendem de cultura e nem acham que política cultural dá voto. Quem tem que mostrar isso a ele somos nós. Nunca vou dizer que fulano de tal, que é o governador, o prefeito, é culpado das coisas. Eu posso até dizer coisas piores a eles, mas jamais isso. Porque isso é uma questão de discussão própria da categoria e é uma exigência. Afinal de contas, pagamos os tributos normais e somos as pessoas que criamos a cultura desse país. Não é qualquer coisa não. Nós temos um valor que deve ser mensurado, pensado e repensado, e respeitado, antes de tudo.

Feliciano Félix – Concordo, mas há falta de sensibilidade por falta do governo e atenção para a cultura. Porque se eles tivessem atenção, por mais que houvesse a fragilidade da classe…a coisa não estaria como está. Porque a ausência deles na reunião do Conselho Municipal de Cultura?

Paulo de Castro – Porque não interessa! Eles não vêem aí nenhuma motivação. E outra coisa, os secretários vão tomar conta das suas secretarias para criar e deixar as marcas deles, como se as marcas deles fossem uma coisa importante para a cidade, quando muito mais importante seria eles verem o que a população quer e fazer os projetos que a população necessita, seja em qualquer setor, no esgoto ou na cultura, no que for. Mas aí vem um secretário, cria uma história, é eleito com não sei quantos milhões de votos; e a sociedade se abestalha e não diz: não é isso que a gente quer não, pelo amor de Deus, a gente quer outras coisas. Agora a gente tem que dizer, porque senão eles não vão ouvir, não vão saber.

Quero fazer uma pergunta nesse sentido. Vocês esperaram que a Prefeitura divulgasse, e muito mais motivada pela imprensa, quase em novembro, que não haveria festival. Quando todo mundo já falava sobre isso, já havia um burburinho na cidade, isso corria à boca miúda. Porque vocês esperaram ver que o festival não ia acontecer para tomar uma atitude?

Ivonete Melo – Eu mesma só vim saber depois que saiu na imprensa. Até então, nem boca miúda eu tinha escutado.

Então as associações não estão acompanhando o que está acontecendo na cidade…. Porque um festival nacional gera articulações…

Feliciano Félix – A gente não acreditava que houvesse esse descaso.

Paulo de Castro – A questão não é essa. A questão é articulação. As entidades elas não podem estar desarticuladas entre si e elas estão. E não tem problema de dizer isso.

Ivonete Melo – E você sabia que não ia ter o festival através de quem?

Paulo de Castro – Através do jornal, dos amigos.

Se você está em novembro e nada aconteceu…

Paulo de Castro – Se a gente está articulado, a gente sabe disso antes. Quando eles falassem no festival, a gente pediria uma reunião. O que vai ter? A gente tem que estar cobrando. É uma surpresa e o milagre acaba sendo dela, porque foi Leda quem convocou a gente. A gente ia meter o pau no jornal e ia ficar por isso mesmo e não ia ter. Então, nesse ponto, tenho que argumentar que Leda foi a salvação da história, porque ela viu, é uma mulher democrática, uma mulher que respira cultura, da classe, viu: “pô, como é que se faz isso sem nem convocar, para saber o que se pensa?”. O erro é nosso, porque temos que voltar a ter articulação como tínhamos há 20 anos. Nada acontecia nessa cidade sem a gente saber. Quando Jarbas (Vasconcelos) tentou, imaginou, que ia pegar os teatros da cidade para vender, não deu 24 horas, a gente deu uma pressão nele, parou tudo. Agora não adianta se mobilizar só quando tiver o crime. Quer dizer, só depois que uma pessoa morre, nós chegamos? É preciso também que a gente chame a categoria que não está participando, que é a maioria, até porque desacredita, mas se desacredita é um problema deles, eles têm que ver e abrir os horizontes, porque a gente precisa estar junto, presidente de entidade não resolve nada sozinho não.

Os artistas não se vêem representados pelas entidades – tanto é que surgiram vários movimentos, diferentes reuniões aconteceram desde o anúncio que não haveria festival. Como é que vocês vão lidar com essa falta de representatividade?

Ivonete Melo – O sindicato não é só os presidentes não. Paulo tem razão. Porque a classe falar é uma coisa e chegar até as entidades e dizer o que quer, como quer e vamos agir, é outra coisa, entendeu? Os presidentes sozinhos não resolvem nada não. Resolvem com a classe. Por exemplo: se a classe sabia disso há muito tempo, porque não foi lá? A classe não falou lá, na avaliação, quando terminou o festival ano passado?

Mas quem deveria ter permanecido cobrando isso não eram as entidades? Como pessoas jurídicas?

Paulo de Castro – Também. Mas a classe também tem todo o direito, assim como temos de tirar um governante, a classe tem direito de tirar um Paulo de Castro, por exemplo. Mas há também de se dizer que, de uns quinze anos para cá, a classe só pensa no umbigo. O que é que eu tenho? O que é que eu posso? Até porque a situação financeira está ruim. Quero só fazer um parêntese de que a situação financeira do Brasil é realmente muito ruim e ficará pior e quem pensa que é brincadeira vai se dar mal. Voltando à categoria, tenho todas as culpas do mundo, mas estou aberto a discussões. Mas não pode querer só abraçar teatro. Não se resolve política cultural abraçando teatro.

Ivonete Melo – E sozinho, fazendo as coisas sozinho.

Paulo de Castro – E discutindo as questões em mesa de bar. Tem que fazer uma assembleia e chamar quem você acha que está errado. Convoque uma assembléia da Apacepe, do Sindicato, pra ver se nós não fazemos?

Ivonete Melo – Nunca nos negamos.

Paulo de Castro – Mas o mundo hoje é outro. Há 30 anos, não tinha nem o celular. E a gente combinava uma reunião em 24 horas. Hoje a gente tem isso aqui e não consegue juntar cinco pessoas, porque cinco pessoas têm duzentas coisas pra fazer. O mundo virou. Essa tecnologia afastou as pessoas.

Voltando à questão: o que vocês pretendem na próxima reunião na Prefeitura do Recife?

Paulo de Castro A gente vai lá provar por A+B que não há o menor problema da Fundação ou da Secretaria fazer o festival anualmente, porque o problema financeiro não é verdade. O problema é a gestão entender que é importante e colocar a grana na Loa, entendeu? Como quando eles querem, colocam. Quando o governo quer fazer uma ação, o dinheiro chega antes. Quando o governo, seja Prefeitura, Governo do Estado ou Federal, ele quer fazer uma ação que precisa pagar antes as pessoas, ele arruma o dinheiro e paga. Agora, quando não quer, só pode pagar com 60 dias, com 90 dias. Ai vira essa brincadeira. Porque a coisa mais fácil do mundo é dizer que o órgão é emperrado. Claro que o órgão é emperrado. Mas quando a pessoa quer decidir politicamente, desemperra tudo em 24 horas.

Mas e para além dos festivais, as outras questões, como o SIC, o Fomento?

Paulo de Castro Essa é a próxima reunião. A gente não vai discutir só festival não. A gente tem que discutir: “olhe, essa grana que estava aqui e faz tanto tempo que não entra. E agora vocês dizem que vai ser R$ 33 mil?” Não pode ser dessa forma. Então a gente tem que discutir isso. Mas não é só isso não. Tem uma série de coisas que não são mais feitas. Não se faz mais nada, acabou tudo.

Ivonete Melo – O Hermilo mesmo tinha. O Aprendiz Encena, O solo do outro, que isso tudo é formação, oficina. Tem uma série de coisas que nada mais acontece.

Paulo de Castro – Mas veja bem. Lá no Hermilo, tem várias oficinas. Podem não ser as que já estavam na cabeça da gente. Mas está lá. O problema é de quem está no Hermilo e que olhar ele quer pro Hermilo. Isso passa também por quem está dirigindo. E se ele está só e não tem nenhuma cobrança, se a gente não vai atrás, ele vai fazendo, é natural. Dizer: “olha, a gente precisa fazer um curso com os técnicos. Os técnicos estão morrendo aí e não estão repassando para os jovens”. Só que essa coisa toda requer muito tempo da gente e a gente não ganha um tostão pra isso. E chega um momento que, por exemplo, “hoje eu não posso, porque vou fazer um palhaço na casa de alguém pra ganhar 300 contos”. E você na mesma hora dissipa a discussão. Isso acontece direto. Se você colocar uma reunião agora à noite e conseguir juntar 20 pessoas, você sobe aos céus.

Diante dessa falta de mobilização, o que vocês vão fazer? Vocês pretendem acionar o Ministério Público?

Feliciano Félix – O cancelamento dos festivais foi apenas a gota d´água. Tem uma série de problemas que vem há muito tempo. O Teatro do Parque fechado há tanto tempo; o Barreto Júnior não recebe espetáculos por causa do ar condicionado. A gente não tem casas de espetáculo pra fazer nossos espetáculos. Na minha opinião falta planejamento, falta previsão orçamentária para cobrir essas ações. Acho que falta clareza da política pública pensada por essa gestão para que a gente possa entender e acompanhar.

Paulo de Castro – Não tem. O cara está no teatro, faz a política para o lugar. Mas não é um pensamento, uma ideia que seja jogada para a sociedade, esse é o pensamento geral.

Esse não seria um problema da secretária, não seria ela a responsável por pensar ou chamar as pessoas, os estudiosos, a academia, e traçar esse plano para a sociedade discutir?

Feliciano Félix – E não precisa começar do zero, porque já existe o Plano Municipal de Cultura.

Paulo de Castro Porque esse pensamento, do maior grau que é a secretária, ele não é verdade. O pensamento tem que ser o da categoria. O que é que nós queremos que a secretária faça? Eu vejo que é diferente. Não é o que a secretária vai fazer para a gente e sim o que nós queremos que ela faça. Se ela traz uma coisa boa e que nos interessa, claro que a gente vai , mas a gente não tem que ouvir a secretária. Ela é que tem que nos ouvir. Ela é paga para ouvir e fazer o trabalho. Outra coisa: ela não é paga para executar o trabalho não. Ela tem que contratar as pessoas certas da cidade para produzir determinado evento ou espetáculo, porque a qualificação deles lá não é essa.

Vocês pretendem acionar o Ministério Público?

Paulo de Castro – No momento, na minha opinião, de jeito nenhum. O Ministério Público é para pessoa física. Como entidade, tem que pensar, discutir, pra ver quais são as possibilidades. Se for para partir para a briga depois, nós partimos.

Paulo de Castro, Roberto Xavier, Ivonete Meo e Feliciano Félix

Paulo de Castro, Beto Xavier, Ivonete Meo e Feliciano Félix

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Oficinas da Mostra Brasileira de Dança

Kiran de Souza é o coordenador pedagógico da Mostra

Kiran de Souza é o coordenador pedagógico da Mostra

A Mostra Brasileira de Dança (MBD), chega a sua 11ª edição, com apresentações de 1º a 10 de agosto, de grupos profissionais, amadores e escolas de dança, nos mais diversos estilos (balé clássico, dança contemporânea, dança popular, dança de salão, dança de rua, dança árabe e outros). O programa é organizado por Iris Macedo e Paulo de Castro e conta com patrocínio dos Correios, Governo Federal, Funcultura/Governo do Estado de Pernambuco, programa O Boticário na Dança e Prefeitura do Recife. Este ano a homenageada é Mônica Japiassú.

Além da exibição de espetáculos completos e coreografias isoladas, a MBD oferece um série de oficinas de iniciação e reciclagem (no período de 28 de julho a 1º de agosto de 2014 -segunda a sexta-feira), seminários, exposições e exibição de vídeos sobre a arte do dançar.

As oficinas estão com inscrições abertas até sexta-feira, 25 de julho e podem ser feitas no próprio local das aulas ou pelo e-mail: pedagogico@mostrabrasileiradedanca.com.br (com dados e contatos do interessado). A coordenação pedagógica é Giorrdani de Souza – Kiran (PE). Outras informações: (81) 3421 8456 ou www.mostrabrasileiradedanca.com.br

OFICINAS DE INICIAÇÃO

Pele e Ossos – Corpos Fluidos, com José W. Júnior (PE). Número de vagas: 15. No Espaço Experimental (Rua Tomazina, 199, 1º andar, Recife Antigo. Fone: 3224 1482), das 19 às 21h. Gratuita.

Videodança: Contribuições Entre o Corpo e o Vídeo, com Marcelo Sena (PE). Número de vagas: 15. No Espaço Experimental (Rua Tomazina, 199, 1º andar, Recife Antigo. Fone: 3224 1482), das 15 às 17h. Gratuita.

Oficina Contemporânea de Dança Para Jovens Inspiradores, com André Aguiar (PE). Número de vagas: 25. Na sede da Umarle (Rua Deputado Luiz Dias Lins, s/n, Lagoa Encantada. Fone: 8768 5147), das 18 às 20h. Gratuita.

Iniciação à Dança em Cadeiras de Rodas, com Liliana Martins (PE). Número de vagas: 20, entre cadeirantes e andantes. Na Faculdade Uninassau (Rua Fernando Lopes, 778, sala 102, Bloco Capunga, Graças. Fone: 8867 5202), das 16 às 18h. Gratuita.

Andantes e cadeirantes podem participar da Oficina de Iniciação à Dança em Cadeiras de Rodas

Andantes e cadeirantes podem participar da Oficina de Iniciação à Dança em Cadeiras de Rodas

OFICINAS DE APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL (para artistas já experientes)

Técnica Clássica Como Processo de Autoconhecimento, com Valéria Mattos (SP). Número de vagas: 25. No Studio de Danças (Rua das Pernambucanas, 65, Graças. Fone: 3231 4884), das 9 às 12h. Valor: R$ 30,00.

Videodança (Movimentos Para a Câmera), com Sofía Orihuela (Bolívia). Número de vagas: 25. No Teatro Hermilo Borba Filho (Av. Cais do Apolo, s/n, Bairro do Recife. Fones 3355 3321 / 3320), das 14 às 17h. Valor: R$ 30,00.

Danças Entrelaçadas – Dança Moderna (técnica de José Limón) e Dança Contemporânea, com Airton Tenório (PE/RJ). Número de vagas: 25. No Teatro Hermilo Borba Filho (Av. Cais do Apolo, s/n, Bairro do Recife. Fones: 3355 3321 / 3320), das 9 às 12h. Valor: R$ 30,00.

Danças Urbanas, com Octávio Nassur (PR). Número de vagas: 20. Na Academia Fátima Freitas (Rua Desembargador João Paes, 214, Boa Viagem. Fone: 3467 1140), das 9 às 12h. Gratuita, com seleção por currículo. Realizada graças à parceria entre a MBD e o Programa de Oficinas de Capacitação Artística e Técnica em Dança da Funarte 2014.

Professor paranaense Octávio Nassur. Foto: Espelho de Papel.

Professor paranaense Octávio Nassur. Foto: Espelho de Papel.

Dança Contemporânea, com Mário Nascimento (MG). Número de vagas: 20. Na Academia Fátima Freitas (Rua Desembargador João Paes, 214, Boa Viagem. Tel: 3467 1140), das 14 às 17h. Gratuita, com seleção por currículo. Realizada graças à parceria entre a MBD e o Programa de Oficinas de Capacitação Artística e Técnica em Dança da Funarte 2014.

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