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Quem seria Genet?

Santo Genet e As flores da Argélia faz nova temporada. Foto: Li Buarque

Santo Genet e As flores da Argélia faz nova temporada. Foto: Li Buarque

Muitas vezes, o trabalho na gestão cultural engessa os artistas que enveredam pela administração. Toma-lhes tempo, energia e disposição para criar. Ainda bem que isso não é regra. Breno Fittipaldi, supervisor de Cultura do Sesc Casa Amarela e amante de Caio Fernando Abreu, Angela Ro Ro e Jean Genet, conseguiu arregimentar um grupo numeroso de jovens atores na empreitada de montar o espetáculo Santo Genet e As flores da Argélia. A peça estreou em março e faz agora uma segunda temporada com oito apresentações no Teatro Hermilo Borba Filho.

Assinando dramaturgia, encenação e sonoplastia, Breno Fittipaldi se inspira no romance autobiográfico Diário de um ladrão, do romancista, poeta e dramaturgo francês Jean Genet (1910-1986). As histórias de traição, furto e pederastia presentes no romance se misturam aos relatos pessoais, principalmente com relação à sexualidade, dos jovens do elenco: Alcides Córdova, André Xavier, Binha Lemos, Dara Duarte, Diôgo Sant’ana, Fábio Alves, Giovanni Ferreira, Hypolito Patzdorf, Ito Soares, Lucas Ferr, Luiz Carlos Filho, Marcos Pergentino, Natália Oliveira, Pedro Arruda, Shica Farias e William Oliveira (e ainda Diogo Gomes e Roberio Lucado no elenco de apoio). A dramaturgia tenta fazer aproximações e questionar o que significaria ser Genet nos dias de hoje.

Ficha técnica
Dramaturgia, encenação e sonoplastia: Breno Fittipaldi
Elenco: Alcides Córdova, André Xavier, Binha Lemos, Dara Duarte, Diôgo Sant’ana, Fábio Alves, Giovanni Ferreira, Hypolito Patzdorf, Ito Soares, Lucas Ferr, Luiz Carlos Filho, Marcos Pergentino, Natália Oliveira, Pedro Arruda, Shica Farias e William Oliveira
Elenco de apoio: Diogo Gomes e Roberio Lucado
Assistentes de encenação: Alcides Córdova, Hypólito Patzdorf e Nelson Lafayette
Preparação corporal: Hálison Santana e Hypolito Patzdorf
Preparação vocal e execução de sonoplastia: Nelson Lafayette
Preparação vocal e direção musical: Lucas Ferr
Assistentes de direção musical: Giovanni Ferreira e Natália Oliveira
Figurino: Paulo Pinheiro
Assistente de figurino: Natália Oliveira
Calçado: Jailson Marcos
Maquiagem: Vinícius Vieira
Assistente de maquiagem: Julienne de Sá, Pétala Felix e Sabrina França
Iluminação: Dara Duarte
Execução de luz: Aline Rodrigues / Tomaz Manzzi
Identidade visual / Plano de mídia artística: Alberto Saulo, Alcides Córdova e William Oliveira
Fotografias: Li Buarque e Maria Laura Catão
Ações formativas: Alberon Lemos
Equipe de Apoio: Adriane Lacerda, Helen Calucsi, Lorenna Rocha, Paulo César Pereira, Pétala Felix, Rafael Motta e Talita Paloma
Produção executiva: Alcides Córdova e Binha Lemos
Produção geral: Grupo Cênico Calabouço

Serviço:
Santo Genet e As flores da Argélia
Quando: De quinta a sábado, às 19h; domingo, às 18h, de 3 a 13 de agosto
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho (Bairro do Recife)
Quanto: R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada)
Classificação indicativa: 18 anos

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Possíveis transgressões em Genet

Foto: Lígia Buarque / Divulgaçao

Santo Genet e as Flores da Argélia faz curta temporada no Teatro Hermilo Borba Filho. Foto: Lígia Buarque 

Jean Genet (1910-1986) dizia que sua existência de roubos, exercícios homoafetivos e traições era um pretexto para a poesia. Figura verdadeiramente transgressora, ele recusou o trabalho, o “direito de propriedade”, rejeitou regras e horários, e deu vazão à sexualidade reprimida. Ao abraçar a liberdade, Genet propõe outra “ética” e outra “estética” alimentadas no (i)mundo dos abismos.

No Diário de um Ladrão (1949), sua autobiografia com traços de ficção, o escritor registra a trajetória repleta de crimes, paixões e escatologia. Lá habitam prostitutas, homossexuais, travestis e marginais de alçados à categoria de heróis.

O romancista, poeta e dramaturgo francês é apontado como uma das principais vozes da então chamada literatura marginal do século XX. E ele viveu intensamente a delinquência, a ladroagem, os pequenos crimes, a vagância como mendigo pela Europa e as traições com seus amantes malandros.  

Inspirado nesta obra literária, o espetáculo Santo Genet e as Flores da Argélia se ergue sobre os pilares da pederastia, furto e traição para vasculhar as relações de poder – opressores e oprimidos; religiosidade e santificação; violência e miséria.

A encenação assinada por Breno Fittipaldi é composta de quadros/cenas, com os relatos projetados na atualidade, mas também com a evocação do próprio Genet e os personagens que conviveram com o escritor naquela época. O diretor articula as possíveis transgressões de Genet na contemporaneidade e vamos conferir esse alcance.

Santo Genet e as Flores da Argélia faz curta temporada no Teatro Hermilo Borba Filho, de hoje até o dia 19 de março, de sexta a domingo.  

Foto: Lígia Buarque / Divulgaçao

Montagem do Grupo Cênico Calabouço. Foto: Lígia Buarque / Divulgação

Ficha técnica
Elenco – Alcides Córdova, Alexia Silva, André Xavier, Binha Lemos, Diogo Gomes, Diôgo Sant’ana,  Fábio Alves, Giovanni Ferreira,  Hypolito Patzdorf, Ito Soares, Lucas Ferr, Luiz Carlos Filho, Marcos Pergentino, Natália Oliveira, Roberio Lucardo, Shica Farias, William Oliveira
Dramaturgia, encenação e sonoplastia – Breno Fittipaldi
Assistentes de encenação – Hypólito Patzdorf e Nelson Lafayette
Preparação corporal – Hypolito Patzdorf
Assistente de preparação corporal – Hálison Santana
Preparação vocal e execução de sonoplastia – Nelson Lafayette
Figurino – Paulo Pinheiro
Assistente de figurino – Natália Oliveira
Maquiagem – Vinícius Vieira
Assistente de maquiagem – Sabrina França
Iluminação – Dara Duarte
Execução de luz – Dom Dom Almeida / Tomaz Mazzi
Identidade visual / Plano de mídia artística – Alberto Saulo e Alcides Córdova
Fotografias – Li Buarque
Ações formativas – Alberon Lemos
Equipe de Apoio – Adriane Lacerda, Lorenna Rocha, Nayara Cybelle e Paulo César Pereira e Rafael Motta
Produção executiva – Alcides Córdova, Binha Lemos e Luiz Carlos Filho
Produção geral – Grupo Cênico Calabouço
Classificação indicativa – 18 anos

SERVIÇO
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho
Quando: De sexta a domingo, Dias 10,11, 17 e 18 de março, às 19h e 12 e 19 de março, às 18

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