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Programe-se para o fim de semana

A noite dos palhaços mudos, da Cia La Mínima. Foto: Carlos Gueller

A noite dos palhaços mudos – Da Cia La Mínima. A história é uma adaptação retirada do álbum Os piratas do Tietê e outras barbaridades, de 1994. A montagem é regida pela lógica do absurdo e o humor sem palavras, transportando para o palco tanto o universo das histórias em quadrinhos quanto os problemas do cotidiano dos grandes centros urbanos, cercados de intolerância e opressão. Sexta, sábado e domingo, às 20h, no Teatro Apolo (Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife). Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada).

Cuia – Do Grupo Oficarte (CE). Direção: Frank Lourenço. Espetáculo ritual que narra a origem do mundo, a criação e saga do homem, contada pela ótica da cultura afro-brasileira; a relação do homem-ancestral com os deuses ou orixás, tendo a cuia como elo de ligação. Sexta-feira, às 19h, no Espaço Coletivo (Rua Tomazina, Bairro do Recife). Entrada gratuita.

Texto de Arrabal em cartaz no Teatro Joaquim Cardozo

Piquenique no front – Com a Cia de Teatro Eu, tu, nós e bando. Texto: Fernando Arrabal. Direção: Charles Firmino. O espetáculo conta, de forma bem humorada, original e absurda a história do soldado incompetente Zapo. Em combate, ele recebe num domingo a inesperada visita dos seus pais para um piquenique em sua trincheira. Sem entender a situação de seus pais, Zapo acompanha essa atividade familiar com acontecimentos insólitos, um piquenique no meio de uma guerra, entre bombas, tiros e rajadas, como a prisão do soldado inimigo Zepo e a visita de farejadores à procura de feridos. Sábados e domingos, às 20h, no Teatro Joaquim Cardozo (Centro Cultural Benfica). Ingressos: R$ 10 (preço único).

Dança

Buquê, com o grupo Margaridas Dança. Foto: Patrick Grosner

Buquê – Do grupo Margaridas Dança (DF). Coreografia e direção: Laura Virgínia. A obra – que estreou em outubro de 2011 na capital federal – é baseada no livro homônimo da coreógrafa, diretora, bailarina e escritora, Laura Virgínia, e, além de possibilitar emoções mescladas com a palavra propriamente dita, promove uma divertida mistura de estilos, do balé clássico, moderno, contemporâneo e jazz – influências de sua trajetória –, que resulta numa estética bem própria intitulada “dança kitsch”, tendo como ponto de partida estados energéticos diversos como fúria, prazer, leveza, amor e paixão. Sexta-feira, às 20h, no Teatro Arraial (Rua da Aurora, 457, Boa Vista). Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada). No sábado, o grupo apresenta Mostra de Videodança Dança Para Tela, dividida em duas sessões de uma hora cada. Na primeira parte, exibição dos videodanças dirigidos pela coreógrafa do Margaridas Dança, Laura Virgínia: De água nem tão doce; Retina; Abs8 -S3-x0, eixo monumental dos prazeres, saída sorte e a série Pequenas Criaturas, quatro videodanças realizados pela coreógrafa em várias residências artísticas em Portugal e no Brasil. E, na segunda parte, exibição dos videodanças dos criadores: Entre Passos – Gustavo Fataki (São José dos Campos/SP); Súbito – Cia. Etc. (Recife/PE); Só no Sapatinho, de Luna Dias (Salvador/BA); e Borboleta, de Camila Oliveira e Olívia Aprigliano Orthof (Brasília/DF).

Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco

Algodão doce – Do Mão Molenga. Direção: Marcondes Lima. Espetáculo de teatro de animação e dança, onde atores-manipuladores, bailarinos, bonecos e objetos ilustram o processo de construção da chamada civilização do açúcar. As situações dramáticas e as criações coreográficas estão inspiradas nesse rico imaginário. São três histórias narradas: Comadre Fulozinha, As desventuras de Ioiozinho e O Negrinho do Pastoreio. Sábado e domingo, às 16h30, no Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n). Ingressos: R$ 24 e R$ 12 (meia-entrada).

Nem sempre Lila – Do grupo Quadro de Cena. Era uma vez Lila, uma menininha (não tão menininha), que caiu num buraco depois de viver uma história sem “o feliz pra sempre” dos contos de fadas: a separação dos pais. Num dia de domingo, guiada por pensamentos e questionamentos, Lila embarca na brincadeira de ser a história: ela mergulha no universo das princesas, da Moura Torta e do Amor entre Recife e Olinda, entrelaçando e costurando esses contos com a sua própria vida. Sábado e domingo, às 16h30, no Teatro Marco Camarotti (Sesc Santo Amaro). Ingressos: R$ 24 e R$ 12 (meia-entrada). A sessão do sábado contará com audiodescrição e tradução em libras.

Nem sempre Lila, do grupo Quadro de Cena. Foto: Rodolfo Araújo

Minha cidade – Do Grupo Teatro Marco Zero. A plateia é convidada pelos personagens Luana e Gabriel para participar da criativa e divertida construção de uma cidade imaginária. Na trama, cada aspecto da vida da cidade é posto em questão como peça dessa construção: paisagem natural, paisagem transformada, moradia, transporte, trabalho, governo, escola, lazer. O espetáculo utiliza formas animadas. Sábado e domingo, às 16h30, no Teatro Barreto Júnior (Rua Estudante Jeremias Bastos, s/n, Pina). Ingressos: R$ 24 e R$ 12 (meia-entrada).

Protocolo Lunar – Uma história contada por atores, bonecos e objetos. Do Grupo Os Imaginários (BA). Encenação e direção: Sonia Rangel. A história se desenvolve a partir do encontro entre uma menina e uma velha. A velha traz em suas malas uma biblioteca inusitada, com livros que nem parecem livros. Dentre os que a velha mostra, encontra-se o pergaminho Protocolo Lunar, no qual se lê sobre a origem da Lua e histórias de amor – com a própria Lua em papel de destaque. A velha narra histórias de quando a Lua ficava tão perto da Terra, mas tão perto, que se podia chegar até ela por uma escada portátil que se desenrolava no céu. O fio condutor é uma história de amor que vai evoluindo e se transformando em novas e intrigantes situações, todas elas representadas cenicamente por objetos, bonecos, cenas filmadas, efeitos de computação gráfica e outros materiais. Sábado e domingo, às 16h30, no Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu). Ingressos: R$ 24 e R$ 12 (meia-entrada).

Espetáculo Protocolo lunar será encenado no Luiz Mendonça

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Garotinha filósofa

Mania de explicação, montagem da Cia Canguru de Teatro de Bolso e Bonecos, de Belo Horizonte

Filosofia é parar um pouco de ver televisão e escutar os próprios pensamentos. Dificuldade é a parte que vem antes do sucesso. Desculpa é uma frase que pretende ser um beijo. Essas são algumas das definições dadas pela garotinha Isabel, personagem principal da montagem Mania de explicação, da Cia Canguru de Teatro de Bolso e Bonecos, de Belo Horizonte. A peça foi uma das atrações do último fim de semana do Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco.

No sábado, o Santa Isabel estava lotado de crianças e pais que viram uma produção bem cuidada, caprichada, que consegue surpreender e ao mesmo tempo ser didática. É também um ótimo exemplo de como uma montagem infantil pode abarcar muitos temas – tem desde o nome das frutas e verduras, os animais e como tratar a dor, para as mais pequenas, até o meio-ambiente, conflitos com os pais, amizade, preconceitos, medo. Poderia ter virado só um “amontoado” de assuntos, mas a maneira como a peça se desenrola dá fluidez aos temas, que aparecem de forma natural.

Esteticamente, é de encher os olhos. O grupo, que fez uma adaptação do livro homônimo da escritora e roteirista Adriana Falcão, usa o teatro de bonecos, muita cor e delicadeza. A garotinha ruiva acordando, um lindo banho com muitas bolhas de sabão, um galo, uma tartaruga, uma centopéia, um cachorro brigão.

Texto é uma adaptação do livro homônimo da escritora e roteirista Adriana Falcão\

A manipulação pode ser feita por até três atores por vez – ou por um só, num jogo de cordas que parece muito difícil para dar vida e movimentos a tantos seres. A música também é muito importante na peça (as letras foram criadas por Adélia Nicolete, a partir do argumento do marido dela, Luís Alberto de Abreu), assim como as projeções (talvez o elemento menos bonito da montagem).

Ao apostar na repetição, já que a peça vai acontecendo à medida em que Isabel faz as suas conceituações e conversa com os seus amigos, entre eles um galo, e a cada definição uma lâmpada aparece na tela, a companhia corria o risco de deixar a encenação cansativa. Conseguem superar esse desafio com um ritmo de cena e sincronias perfeitas entre movimento, voz e projeção.

O grupo mineiro estreou a peça, que já foi vista por 70 mil pessoas, há seis anos, sob direção de Rodolfo Vaz. Ao Recife, a companhia trouxe seis atores manipuladores e um técnico. Um belo espetáculo para coroar um festival que conseguiu ampliar os seus horizontes e se consolidar. Representou também um respiro e um sopro de poesia tanto para pais quanto filhos.

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Fim de férias

Está terminando neste fim de semana o 8º Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco. Por isso mesmo, nao percam a oportunidade de levar filhos, sobrinhos, netos ao teatro. A programação tem contemplado peças de muita delicadeza, divertidas, e que dão um panorama do que está sendo produzido em teatro para infância e juventude no país.

Vamos à programação:

Mania de explicação – Texto: Adriana Falcão. Direção: Rodolfo Vaz. Com a Cia. Canguru de Teatro de Bolso e Bonecos (Belo Horizonte – MG). Garotinha busca explicações para várias palavras, apresentadas de forma poética e lúdica. Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n, Santo Antônio). Sábado e domingo, às 16h30. Ingressos: R$ 20 e R$ 10. 2 anos. Informações: (81) 3355-3323.

Mania de explicação será apresentada no Santa Isabel. Foto: Fernanda Nasser

O contrarregra – Texto: Jackson Zambelli e Reveraldo Joaquim. Direção: Jackson Zambelli. Com o Cirquinho do Revirado (Criciúma – SC). Os bastidores de um circo são mostrados através do teatro de bonecos. Teatro Marco Camarotti (Sesc Santo Amaro, Praça do Campo Santo, s/n, em Santo Amaro). Sábado e domingo, às 16h30. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia). 4 anos. Informações: (81) 3216-1721.

O contrarregra, com o Cirquinho do Revirado. Foto: Gilmar Axé

O Urubu Cor-de-Rosa – Texto: Suzany Porto. Direção: Guto Lustosa. Com o Grupo Scenas (Recife-PE). De forma descontraída, a peça trata do preconceito e da convivência harmoniosa com as diferenças. Teatro Barreto Júnior (Rua Estudante Jeremias Bastos, 121, Pina). Sábado e domingo, às 16h30. Ingressos: R$ 20 e R$ 10. Informações: (81) 3355-6398.

O urubu cor de rosa é representante de Pe neste fim de semana. Foto: Williams Uchôa

A céu aberto circo pano de roda lona estrela – Direção: José Manoel Sobrinho. Dramaturgia: Alexsandro Silva. Com a Cia 2 em Cena. Seis palhaços moram num circo e resolvem se disfarçar de patrão, para mudar toda a função. Sítio da Trindade (Estrada do Encanamento, Casa Amarela). Domingo, às 16h. Opção gratuita no festival.

Zé Mané, Primazé e outro Zé – Texto: Tuna Serzedello. Direção: Soledad Yunge. Com a Cia Falbalá (São Paulo-SP). Baseada em contos populares sobre a morte, a peça faz divertida homenagem à vida, através de três personagens. Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu (Avenida Boa Viagem, Boa Viagem). Sábado e domingo, às 16h30. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia). 4 anos. Informações: (81) 3355-9823.

Peça será encenada no Dona Lindu. Foto: Claudio Patto

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