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Vamos ao teatro com as crianças

Bailarina, teatro para bebês, com o Grupo Sobrevento

Ogroleto, do Pavilhao da Magnolia. Foto: Paula Yemanjá

Historias para Voar. Foto: Jair Ferreira / Divulgação

Chapeuzinho Vermelho. Foto: Sayonara Freire / Divulgação

Muita infância já foi embalada, estimulada, acarinhada, aguçada a criticidade por esse festival conduzido há quase duas décadas por Edivane Bactista e Ruy Aguiar. No mês de férias, o evento está ali firme, como ato de resistência e alimento da ludicidade para o coração dos pequenos, e porque não dizer, dos seus pais. Neste 2022, o 18º Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco oferece um cardápio de adaptações de clássicos da literatura universal, textos autorais de dramaturgos contemporâneos e uma peça para bebê.

O FTCP conta com 25 espetáculos e 42 sessões nos finais de semana até 31 de julho. Companhias teatrais de Pernambuco, Ceará e São Paulo estão na programação.

Para contar a jornada do boneco de madeira que sonha em ser um menino de verdade, em Pinóquio e suas Desventuras, a Cênicas Cia. de Repertório utiliza da linguagem das histórias em quadrinhos e desenhos animados, da metateatralidade e do teatro de bonecos.

Com dramaturgia da canadense Suzanne Lebeau e direção de Miguel Vellinho o espetáculo Ogroleto, do grupo cearense Pavilhão da Magnólia trata da aceitação das diferenças na infância e amplia os limites do que se pode dizer às crianças.

Em Mateus, o Sonhador,  da Cia. Tanto de Teatro, o brincante usa de suas artimanhas para ajudar seu amigo boi Mimoso Estrela, ameaçado de ter a língua devorada por Catirina grávida e cheia de desejos. Já os contadores de Histórias para voar, do Centro de Criação Galpão das Artes, de Limoeiro, apostam na leveza para melhorar o mundo. Assim, A história do brinquedo Mané Gostoso se encontra com a da Menina do Laço de Fita e cantarolam com A Cigarra e a Formiga.

Bailarina – Teatro para Bebês, do Grupo Sobrevento, de São Paulo, destinado a crianças de seis meses a 3 anos de idade, é um espetáculo delicado, que valoriza as mínimas ações, os silêncios e od pequenos objetos. Em cena, a atriz Sandra Vargas interpreta uma mãe que recebe de presente uma caixinha de música com uma bailarina. Com isso, sonhos esquecidos são despertados. Ela reflete sobre equilíbrio físico e emocional que a afastou do risco e aponta que o medo pode paralisar as pessoas de sentir emoções mais profundas.

A versão de Chapeuzinho Vermelho, da Roberto Costa Produções, é a única montagem desse fim de semana do Festival com tradução em libras. Outras sete sessões também têm  acessibilidade em Libras: Haru – A Primavera do Aprendiz (16/07, 16h30 / Teatro do Parque),
Um Menino Num Rio Chamado Tempo (16/07, 16h30 / Teatro Barreto Júnior), O Soldadinho de Chumbo (17/07, 16h30 / Teatro Luiz Mendonça), Ogroleto (23/07, 16h30 / Teatro de Santa Isabel), Meu Reino Por Um Drama – O Musical das Abelhinhas (24/07, 16h30 / Teatro do Parque), Pluft, o Fantasminha (30/07, 16h30 / Teatro Luiz Mendonça), Palhaçada – Histórias De Um Circo Sem Lona (31/07, 16h30 / Teatro do Parque).

Mais de uma centena de companhias de várias regiões do Brasil já se apresentaram no FTCP, ao logo dos 18 anos, engajando um público de mais de 120 mil espectadores. A expectativa da produção para 2022 é de um público de 10 mil pessoas.

Os homenageados do evento deste ano são os produtores culturais Ivanildo dos Anjos e Roberto Oliveira. O 18º Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco é uma realização da Métron Produções (Edivane Bactista e Ruy Aguiar), com patrocínio da Secretaria de Cultura do Recife, Fundação de Cultura Cidade do Recife e Prefeitura do Recife e apoio cultural da CEPE (Companhia Editora de Pernambuco), SESC Pernambuco – Fecomércio, Rede Globo, rádios Nova Brasil e Music FM, Virtual Filmes, Masartes – Oficina de Sonhos, PJ Eventos e Vision Mídia.

Espetáculo Mateus, o Sonhador. Foto: Ruy Aguiar/Divulgação

SERVIÇO
18º Festival Para Crianças De Pernambuco

Programação:

Teatro de Santa Isabel – Praça da República, s/n, Santo Antonio – Recife

  • 09 e 10/07 – Pinóquio e suas Desventuras (Cênicas Cia. de Repertório – Recife-PE)
  • 16 e 17/07 – Os Saltimbancos (Roberto Costa Produções – Paulista-PE)
  • 23 e 24/07 – Ogroleto (Pavilhão da Magnólia – Fortaleza-CE)
  • R$ 60 e R$ 30 (meia)

Teatro do Parque – Rua do Hospício, 81, Boa Vista – Recife

  • 16 e 17/07 – Haru – A Primavera do Aprendiz (Rapha Santa Cruz Produções Artísticas – Recife – PE)
  • 23 e 24/07 – Meu Reino Por Um Drama – O Musical das Abelhinhas (Métron Produções – Recife – PE)
  • 30 e 31/07 – Palhaçadas – Histórias de Um Circo Sem Lona (Cia. 2 Em Cena – Recife – PE)

Teatro Marco Camarotti (Sesc Santo Amaro – Rua Treze de Maio, 455, Santo Amaro – Recife – PE

  • 9 e 10/07 – Bailarina – Teatro para Bebês (Grupo Sobrevento – São Paulo – SP)
  • 16 e 17/07 – Seu Rei Mandou (Cia. Meias Palavras – Recife – PE). O ingresso para este espetáculo custa R$ 40 e R$ 20 (meia)
  • 23 e 24/07 – Mundo em Busca do Coração da Terra (Tropa do Balacobaco – Arcoverde – PE)
  • 30 e 31/07– A Batalha da Vírgula Contra o Ponto Final (Omoiós Companhia de Teatro – Recife – PE)
  • R$ 30 e R$ 15 (meia)

Teatro Barreto Júnior – Rua Jeremias Bastos, s/n, Pina – Recife – PE

  • 9/07 – Mateus, o Sonhador (Cia. Tanto de Teatro – Recife – PE)
  • 10/07 – Histórias Para Voar (Centro de Criação Galpão das Artes – Limoeiro – PE)
  • 16 e 17/07 – Um Menino Num Rio Chamado Tempo (Nupeti – Núcleo de Pesquisa de Teatro para Infância – Recife – PE)
  • 23/07 – Folclore – Será Que é História? (Q-Riso Teatro de Bonecos – Igarassu – PE)
  • 24/07 – Grande Circo das Maravilhas (Companhia Maravilhas de Teatro – Recife – PE)
  • 30 e 31/07 – João e Maria (Ditirambos Produções – Camaragibe – PE)
  • R$ 30 e R$ 15 (meia)

Teatro Luiz Mendonça – Parque Dona Lindu – Av. Boa Viagem, s/n, Boa Viagem – Recife – PE

  • 9 e 10/07 – Chapeuzinho Vermelho ( Roberto Costa Produções – Paulista – PE)
  • 16 e 17/07 – O Soldadinho de Chumbo (Capibaribe Produções – Recife – PE)
  • 23 e 24/07 – O Segredo da Arca de Trancoso (Cênicas Cia. de Repertório – Recife – PE). O ingresso para este espetáculo custa R$ 30 e R$ 15 (meia)
  • 30 e 31/07 – Pluft, o Fantasminha (Cênicas Cia. de Repertório – Recife – PE)
  • R$ 50 e R$ 25 (meia)

Serviço

18º Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco

Sábados e domingos, de 2 a 31 de julho

Ingressos: De 15 a 60 à venda na Sympla e na bilheteria do teatro. Meia-entrada para crianças a partir de 2 anos, estudantes, professores e idosos, mediante a apresentação da carteira.

A meia entrada é para crianças a partir de 2 anos, estudantes, professores e idosos
com apresentação da carteira.
Mais informações: www.teatroparacrianca.com.br | 81.98859.0777 | 81.99418.0025

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Meu Seridó entre a realidade, o delírio e a nostalgia

Meu Seridó faz temporada no Sesi da Avenida Paulista

Os sonhos e as lutas das mulheres sertanejas guiam o primeiro espetáculo da Casa de Zoé. Meu Seridó foi gestado a partir do desejo da atriz Titina Medeiros de investigar e levar à cena o seu lugar de origem, a região do Seridó, no sertão do Rio Grande do Norte.

Pensado inicialmente como uma montagem solo, a peça foi redimensionada com o engajamento do dramaturgo Filipe Miguez e do diretor César Ferrario.

Meu Seridó conta com a participação dos atores Nara Kelly, Igor Fortunato, Caio Padilha e Marcílio Amorim, além de Titina.

Com músicas e canções executadas ao vivo e doses generosas de humor, a peça discute a condição da mulher no sertão, a desertificação e a luta diária pela sobrevivência.

A equipe fez uma pesquisa histórica conduzida pela historiadora Leusa Araújo. Mas o diretor Ferrario avisa que a narrativa não se amarra a um compromisso histórico. O autor Filipe Miguez atesta que o enredo acontece em algum lugar “entre a realidade, o delírio e a nostalgia”.

A peça fabula no plano mítico do Seridó, quando o Sol e a Terra disputam o amor de Chuva. E segue em espelhamentos de chegadas: do homem andino, do vaqueiro e do português.

Desde sua estreia em 2017, Meu Seridó percorreu 23 estados, 48 cidades, realizou algumas temporadas em Natal e tem um público estimado de 50 mil espectadores.

EQUIPE TÉCNICA MEU SERIDÓ:
Direção: César Ferrario
Dramaturgia: Filipe Miguez
Elenco: Titina Medeiros, Nara Kelly, Caio Padilha, Marcílio Amorim e Igor Fortunato.
Stand in: Manu Azevedo e Ananda khrishna,
Direção de arte: João Marcelino
Direção musical: Caio Padilha
Produção executiva: Arlindo Bezerra
Produção artística: Titina Medeiros
Assistência de produção: Talita Yohana
Historiadora: Leusa Araújo
Design de luz: Ronaldo Costa
Cenotécnico: Rogério Ferraz
Assistente de direção e direção de movimento: Dudu Galvão
Fotografia: Brunno Martins e Carito Cavalcanti
Equipe de cenotécnica e montagem: Janielson Silva, Sandro Paixão e Yngrew Rafael.
Operação de luz: Janielson Silva
Operador de som: Yngrew Rafael
Cenotécnico e contraregra: Sandro Paixão
Assistência de figurino: Pierre Keyth
Modelista e costureira: Fátima Rocha
Costureira: Sigeane Borges da Silva
Designer gráfico: Filipe Anjo.
Comunicação: Nossa Senhora da Pauta.

Serviço:
Meu Seridó
Onde: Teatro do Sesi-SP – Centro Cultural Fiesp. 
Endereço: Avenida Paulista, 1313 (em frente ao metrô Trianon-Masp)
Temporada: De 7 de julho a 31 de julho de 2022. Quintas, sextas e sábados, às 20h. Domingos, às 19h.
Ingressos Gratuitos. Reservas pelo Meu Sesi.
Duração: 65 minutos. 
Classificação: Livre
 

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Sete peças, dentre muitas, para ver em São Paulo

 

Manifesto Transpofágico, com Renata Carvalho. Foto Danilo Galvão / Divulgação

Maria de Escócia, com  Kátia Naiane e Bete Dorgam

Kleber Lourenço em Pedreira!

Para quem gosta de teatro, como as Yolandas, São Paulo é um verdadeiro banquete. Muitas opções em vários gêneros, dos espaços mais tradicionais aos alternativos. Escolhemos sete da oferta generosa deste mês de junho. São peças que queremos ver e trazem questões que nos interessam.

Maria de Escócia recua até o século 16 para fazer um debate sobre domínios, duas rainhas, muitos súditos e conspirações para pensar sobre o poder e seus tentáculos.

Da obra homônima de João do Rio, situada no Rio de Janeiro do início do século 20, a Coletiva Rainha Kong busca investe nas questões de gênero para salientar a perseguição da polícia e do estado a determinadas corpas em O Bebê de Tarlatana Rosa.

O solo A Idade da peste, com atuação e direção de Cácia Goulart a partir de texto de Reni Adriano, aborda o racismo e disseca o mal-estar da branquitude 

Um filme de terror de baixo orçamento, de apelo cômico está no centro do espetáculo O Mistério Cinematográfico de Sendras Berloni. Com a peça, Extemporânea explora o potencial artístico do conceito de pós-verdade, falso e dublê.  

A Brava Companhia faz uma crítica contundente ao sistema capitalista em ruínas, com o espetáculo Terra de Matadouros. A montagem é livremente inspirada no texto Santa Joana dos Matadouros, do dramaturgo alemão Bertolt Brecht (1898-1956).

Com direção de Fábio Resende, o elenco – formado por Ademir de Almeida, Elis Martins, José Adeir, Márcio Rodrigues, Max Raimundo e Paula da Paz –  se reveza na interpretação de dezenas de personagens, na operação técnica e na execução de músicas originais, que são tocadas e cantadas ao vivo.

O espetáculo Manifesto Transpofágico, da atriz Renata Carvalho é dividido em dois momentos: O primeiro é a apresentação do corpo travesti, suas historicidades, “transcestralidade” e as construções que rodeiam corpos trans/travestis. No segundo momento, Carvalho está na plateia e propõe uma conversa com o público expondo questionamentos pessoais e temas como cisgeneridade, passabilidade e perguntas de qualquer ordem.

O movimento que aciona a memória do corpo em Pedreira!, espetáculo de dança de Kleber Lourenço, é ao mesmo tempo pessoal e coletivo. O trabalho dançado sobre existências e ancestralidade tem a mitopóetica de Xangô como ponto de partida para uma releitura que tematiza a relação do homem negro com os territórios em que habita: a cidade, a natureza e suas ações de luta por justiça. 

 

Maria da Escócia – Teatro Cacilda Becker

Maria de Escócia, com Bete Dorgam e Kátia Naiane. Foto: Divulgação

O encontro fictício entre as rainhas Elizabeth I e Mary Stuart ocorre de 17 a 26 de junho (às sextas e aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h). no Teatro Cacilda Becker. O espetáculo Maria da Escócia discute as relações de poder e os mecanismos de sustentação. Com texto de Fernando Bonassi e direção de Alexandre Brazil, a peça é interpretada por por Bete Dorgam e Kátia Naiane. Maria da Escócia é inspirada no texto Mary Stuart (1800), do alemão Friedrich Schiller.

Elizabeth I precisa lidar com muitas questões para se manter no poder, inclusive mandar cortar a cabeça da prima, Maria, acusada de conspiração. As duas rainhas estão cercadas por homens manipuladores e a mais poderosa das duas não consegue refletir sobre o contexto e exercer a sororidade com a parenta.

 Ficha Técnica
De Fernando Bonassi
Inspirado e baseado na obra Mary Stuart de Friedrich Schiller
Idealização e Direção: Alexandre Brazil
Co-Direção: Cacau Merz
Elenco: Bete Dorgam e Kátia Naiane
Cenário/Cenografia e Adereços: Mateus Fiorentino Nanci e Megamini
Música Original: Dan Maia
Iluminação: Felipe Tchaça
Figurino: Alexandre Brazil
Gola Rufo: Marichilene Artisevskis 
Visagismo: Sergio Gordin e Carmen Silva 
Assistente de Visagismo: Leninha Uckerman
Costura de Figurinos: Judite de Lima, Glória Amaral, Lili Santa Rosa e Maria Lúcia  
Fotografia: Philipp Lavra
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Produção Gráfica e Mídias Socias: Felipe Apolo 
Produção Executiva: Escritório das Artes 
Coordenação de Produção: Maurício Inafre
Direção de Produção: Alexandre Brazil
Gestão de Produção: Escritório das Artes
Realização: Alexandre Brazil da Silva – “Este projeto foi contemplado pelo EDITAL DE APOIO A PROJETOS CULTURAIS DESCENTRALIZADOS DE MÚLTIPLAS LINGUAGENS — Secretaria Municipal de Cultura”

Serviço
Maria da Escócia, de Fernando Bonassi
Temporada: 17 a 26 de junho
Às sextas e aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h.
A estreia é gratuita. 
Teatro Cacilda Becker – Rua Tito, 295, Lapa
Ingressos: R$10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia-entrada)
Vendas online: através do site Sympla e 1 horas antes do início do espetáculo diretamente na bilheteria.
Duração: 60 minutos
Classificação: 14 anos
Capacidade: 198 lugares
 
Encontros:
Dia 19 de junho, às 20h15 – bate-papo com as atrizes;
Dia 25 de junho, às 17h  –  bate-papo sobre a direção artística e o processo do espetáculo com Alexandre Brazil e Cacau Merz;
Dia 25 de junho, às 18h – bate-papo sobre produção e o processo de montagem com Alexandre Brazil e Mauricio Inafre.
 

O Bebê de Tarlatana Rosa – Sesc Pinheiros – Espaço Expositivo (2º andar)

Aleph antialeph, Helena Agalenéa, Jaoa de Mello e Vitinho Rodrigues em O Bebê de Tarlatana Rosa. Foto: Karen Mezza

Livremente inspirado no conto homônimo de João do Rio (1881-1921), O Bebê de Tarlatana Rosa leva dados da vida dos artistas LGBTs em cena para ampliar o debate sobre questões de gênero.

Situada no Rio de Janeiro do início do século 20, a peça fala de um Brasil em fase de transição. Do processo de higienização no centro do Rio de Janeiro, e o enaltecimento de tudo que era europeu, branco e cisgênero.

Coletiva Rainha Kong traça um paralelo com dois Brasis, o do passado e o do presente, para levantar a pergunta dos corpos eleitos e de corpos mirados pela necropolítica.

Ficha Técnica
Direção: Rainha Kong
Dramaturgia: criação coletiva livremente inspirada em texto de João do Rio
Elenco: Aleph antialeph, Helena Agalenéa, Jaoa de Mello, Vitinho Rodrigues
Desenho e operação de luz: Felipe Tchaça
Sonoplastia: Rainha Kong e Nãovenhasemrosto
Operação de som: Nãovenhasemrosto
Arte: Aleph antialeph
Material fotográfico e videográfico: Karen Mezza, Natt Fejfar, Normélia Rodrigues, Thomas BF” e VM Filmes
Produção: RK Produção
Coordenação de produção: Iza Marie Miceli
Assessoria de imprensa: Canal Aberto

SERVIÇO
O Bebê de Tarlatana Rosa
De 16 a 25 de junho de 2022
No dia 16, às 19h, e nos dias 17, 18, 23, 24 e 25, às 20h30
Duração: 60 minutos
Classificação: 14 anos
Local: Sesc Pinheiros – Espaço Expositivo (2º andar) – R. Pais Leme, 195 – Pinheiros
Ingressos: R$30 (inteira), R$15 (meia-entrada) e R$9 (credencial plena), compre aqui ou direto nas bilheterias do Sesc

O Mistério Cinematográfico de Sendras Berloni – Espaço Cultural A Próxima Companhia

O Mistério Cinematográfico de Sendras Berloni, com Alexandre Marchesini e Giovana Telles. Foto: Sue Adur

Em O Mistério Cinematográfico de Sendras Berloni, quatro personagens tentam desvendar o desaparecimento misterioso do dublê Sendras Berloni durante as filmagens do longa-metragem Uma Noite Para Não Esquecer, em 1999. Cada um vai tentar trazer o dublê de volta “aos pedaços”, através da evocação de diferentes partes do seu corpo (rosto, voz, alma e joelhos).

A Cia. Extemporânea Investiga o conceito da pós-verdade com o crescimento das fakes news e da realidade virtual a partir do espetáculo.

Com direção de Ines Bushatsky e dramaturgia conjunta de Bruno Conrado, Clara Martins Hermeto e João Mostazo, a encenação junta as linguagens teatral e cinematográfica.

Ficha técnica
Direção: Ines Bushatsky.
Assistência de direção: João Mostazo.
Dramaturgismo: Bruno Conrado, Clara Martins Hermeto, João Mostazo.
Elenco: Alexandre Marchesini, Débora Gomes Silvério, Giovana Telles, Henrique Natálio.
Participação: Beatriz Silveira e Letícia Calvosa.
Audiovisual: Clara Martins Hermeto, Sue Adur.
Video mapping: Sue Adur. Luz: Francisco Turbiani.
Cenografia e Arte Gráfica: Cenogram.
Produção de vídeo: Cabograma, Extemporânea.
Realização: Extemporânea.

Serviço:
O Mistério Cinematográfico de Sendras Berloni
Temporada de 18 de junho a 3 de julho – Sábados às 21h e domingos 20h.
Duração: 80 min
Ingressos: Inteira: R$40,00; Meia: R$20,00; Ingresso Solidário R$5,00; Ingresso Apoie o Espetáculo R$ 80,00
Classificação etária: 14 anos
Onde: Espaço Cultural A Próxima Companhia: Rua Barão de Campinas, 529 – Campos Elíseos. Capacidade 40 lugares.
Vendas online: https://www.sympla.com.br/ciaextemporanea

Terra de Matadouros – Centro Cultural de Santo Amaro

Terra de Matadouros, com A Brava Companhia. Foto: Jardiel Carvalho / Divulgação

Dirigida e adaptada por Fábio Resende, a peça Terra de Matadouros é livremente inspirada no texto Santa Joana dos Matadouros, do dramaturgo alemão Bertolt Brecht (1898-1956).

Em cena, aparecem duas tramas se desenrolam na peça. De um lado está um grande industrial da carne enlatada, que inventa artimanhas para prosseguir lucrando diante da crise financeira em Chicago, nos Estados Unidos, dos anos de 1930. Do outro, a ingênua Joana Dark batalha para abrandar o sofrimento dos desempregados e desalentados. 

A montagem cria uma aproximação com o contexto atual do Brasil, considerado um dos maiores produtores de carne do mundo. 

Terra de Matadouros
Ficha Técnica:
Criação: Brava Companhia. 
Texto original: Bertolt Brecht. 
Adaptação:  Fábio Resende, com colaboração de Ademir de Almeida. 
Elenco: Ademir de Almeida, Elis Martins, José Adeir, Márcio Rodrigues, Max Raimundo e Paula da Paz. 
Direção: Fábio Resende. 
Direção de arte, criação e confecção de cenários, adereços e figurinos: Márcio Rodrigues
Assessoria de arte e pintura do cenário: Peu Pereira Direção musical: Max Raimundo. 
Assessoria musical: Lucas Vansconcelos. 
Assessoria vocal: Gleiziane Pinheiro. 
Músicas originais e arranjos: Max Raimundo, Lucas Vasconcelos e Brava Companhia. 
Trilha sonora: Max Raimundo e Lucas Vansconcelos. 
Iluminação: Fábio Resende e Márcio Rodrigues. 
Arte gráfica: Ademir de Almeida e Bora Lá! Agência Popular de Comunicação e Marketing. 
Fotos: Fábio Resende e Jardiel Carvalho. 
Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. 
Produção: Kátia Alves.

Serviço:
TERRA DE MATADOUROS, COM A BRAVA COMPANHIA
Classificação: 12 anos
Duração: 105 minutos
Ingressos: grátis, são distribuídos uma hora antes de cada apresentação nos teatros. Nas apresentações na rua, basta chegar ao local no horário marcado.
Centro Cultural de Santo Amaro – Avenida João Dias, 822, Santo Amaro
Dia 16 de junho de 2022, quinta-feira (feriado) às 16h e às 19h.
Dia 18 de junho de 2022, sábado, às 20h.
Dia 19 de junho de 2022, domingo, às 18h.

Dias 1º e 3 de julho de 2022 – Sexta às 10h30 e 20h. Domingo às 18h.
Dia 2 de julho de 2022, sábado às 16h30 e às 20h.
Dia 3 de julho de 2022, domingo às 18h.
Apresentações para escolas e grupos: Dias 15, 22, 29 e 30 de junho, às 10h30.

Manifesto Transpofágico – Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho

Manifesto Transpofágico, com Renata Carvalho. Foto Danilo Galvão / Divulgação

A atriz, diretora, dramaturga e ativista Renata Carvalho convida, em cena, o público a olhar o seu corpo travesti. A artista fala baixo, pausada e ao microfone para “acalmar os olhos e os ouvidos cisgêneros” ao verem ou ouvirem a palavra travesti, repetida e iluminada diversas vezes, e pergunta: “Alguém quer me tocar?”.

 

No espetáculo Manifesto Transpofágico Renata Carvalho “se veste” com seu próprio corpo para narrar a historicidade da sua corporeidade. Se alimenta da sua “transcestralidade”. Come-a, digere-a. Uma transpofagia. O Corpo Travesti como um experimento, uma cobaia. Um manifesto de um Corpo Travesti. O letreiro pisca TRAVESTI. TRAVESTI. TRAVESTI.

 

FICHA TÉCNICA
Dramaturgia e atuação: Renata Carvalho
Direção: Luiz Fernando Marques (Lubi)
Luz: Wagner Antônio
Video Art: Cecília Lucchesi
Operação e adaptação de luz: Juliana Augusta
Produção: Rodrigo Fidelis / Corpo Rastreado
Co-produção: Risco Festival, MITsp e Corpo Rastreado.
Difusão: Corpo a Fora e FarOFFa

SERVIÇO
Manifesto Transpofágico
Temporada: De 15 a 19 de junho de 2022
Quarta a sábado, 21h; e domingo, 20h
Ingressos: Grátis
Local: Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho
Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso, São Paulo – SP
Capacidade: 321 lugares
Classificação indicativa: 16 anos
Informações: (11) 3397-4002

A idade da peste – Sesc Pinheiros

A Idade da Peste, com Cácia Goulart. Foto de Cacá Bernardes / Divulgação

A Senhora C. assiste ao assassinato do filho da empregada, pela polícia, dentro da sua casa de classe média alta, no espetáculo A idade da peste. Esse fato desencadeia na protagonista um exame de consciência de sua posição e os desejos inconfessados da branquitude. 

O conceito de justiça é convocado, mas a partir de que leis e de que parâmetros? 

A figura branca não se autoelogia “antirracista” nem performa mea culpa ou comiseração. Ela não ostenta o “complexo de Princesa Isabel”. Ela sabe da infâmia do lugar racial que ocupa.

Com texto de Reni Adriano, um dramaturgo negro, e atuação de Cácia Goulart, uma atriz branca, o solo A idade da peste mobiliza e tensiona os marcadores identitários raciais para apontar a perversão da branquitude. Em cartaz até 2 de julho, no Auditório do Sesc Pinheiros.

FICHA TÉCNICA
Texto: RENI ADRIANO
Direção e Atuação: CÁCIA GOULART
Voz OFF: SAMUEL DE ASSIS
Assistente de Direção: INÊS ARANHA
Desenho de Luz: WAGNER PINTO
Música original e Sound Design: MARCELO PELLEGRINI
Cenário e Figurino: CÁCIA GOULART
Colaboradores: JOSÉ GERALDO JR./EDMILSON CORDEIRO
Captação Imagens Vídeo: NELSON KAO
Edição e Videomapping: ANDRÉ GRYNWASK/PRI ARGOUD (Um Cafofo)
Fotos: CACÁ BERNARDES
Operador de Luz: FELIPE MIRANDA
Operador de Som e Vídeo: PEDRO RICCO NOCE
Assessoria de Imprensa: MÁRCIA MARQUES (Canal Aberto)
Produção executiva: JOSÉ GERALDO JR.
Direção de Produção: CÁCIA GOULART
Produção: NÚCLEO CAIXA PRETA da Cooperativa Paulista de Teatro
Realização: SESC

SERVIÇO
A IDADE DA PESTE
Com CÁCIA GOULART
De 9 de Junho a 2 de Julho de 2022.

Quinta, sexta e sábado, às 20h.
Ingressos: R$ 30,00 (inteira), R$ 15,00 (meia-entrada) e R$ 9,00 (credencial plena)
Local: Auditório (3º andar) SESC PINHEIROS (Rua Paes Leme, 195, Pinheiros, São Paulo, SP)
Duração: 70 minutos.
Classificação: 16 anos. 
*Informações sobre venda de ingressos no site www.sescsp.org.br
Tel.: 11 3095-9400.

Pedreira – Sesc Belenzinho

Pedreira!, com Kleber Lourenço. Foto: Felipe Sales / Divulgação

 O ator e dançarino Kleber Lourenço explora a dureza e a leveza da pedra como metáfora para investigar os caminhos abertos (e fechados) da justiça. O projeto Pedreira! surgiu em 2019 como pesquisa de criação. Prossegue com as investigações com dança, performance e manifestações culturais afro-diaspóricas.

Pedreira! carrega uma expressão verbal de força. No espetáculo, o artista convoca corpos que que se deslocam em diáspora do terreiro para a cidade, em ações de luta e sobrevivência.

Pedreira! maneja uma confluência de forças: presenças e ausências que se organizam na ação. Xangôs deste tempo cortando o espaço de agora. Dança de evocação.    

Pedreira!, espetáculo de dança, com Kleber Lourenço
Quando: De 17 a 26 de junho; Sextas – sábados às 20h e Domingos às 17h
Onde: Sesc Belenzinho Sala de espetáculos II
Duração: 60 minutos
Ingressos de R$ 12 a R$ 40
classificação etária 16 anos.

Ficha Técnica
Criação, Dramaturgia e Atuação: Kleber Lourenço
Orientação Corporal e Dramatúrgica: Wellington Duarte
Criação de Trilha e Direção Musical: Missionário José
Criação e Operação de luz: Dedê Ferreira
Operação de som: Clevinho Ferreira
Direção de arte (cenografia e figurino): Su Martins
Designer (peças gráficas): Anapê Maich
Fotografias (divulgação): Felipe Sales
Produção executiva: Bia Machado
Redes sociais: Ayla Ketlen
 

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Lula vai ao teatro

Artistas intepretram as cartas escritas ao ex-presidente quando ele estava preso em Curitiba. Capa do livro da Boitempo

Zélia Duncan, Denise Fraga, Camila Pitanga, Preta Ferreira, Cleo Pires, Maria Ribeiro, Monica Iozzi, Celso Frateschi, Grace Passô, Erika Hilton, Deborah Duboc, Leandro Santos, Cida Moreira, Tulipa Ruiz e Cassia Damasceno são alguns artistas que dão voz às correspondências enviadas ao ex-presidente no ano e meio em que esteve detido. O espetáculo Querido Lula: cartas do povo brasileiro marca o lançamento do livro Querido Lula: cartas a um presidente na prisão (Boitempo), que também vai contar com a participação de missivistas vindos de todo o país para ler suas próprias cartas. O livro é uma seleção de 46 das mais de 25 mil cartas que foram mandadas ao político no período de sua detenção em Curitiba.

A peça é apresenta no dia do lançamento do livro, no palco do Tuca, em São Paulo, nesta terça-feira, 31/05. O trabalho cênico é dirigido pelo brasileiro Márcio Abreu e pelo francês Thomas Quillardet, realizado pela Boitempo em parceria com a PUC-SP e com apoio da Universidade Gustave Eiffel, Fundação Friedrich Ebert e Instituto Lula.

A presença de Lula está confirmada e isso faz subir a temperatura do evento. São esperados alguns políticos ligados a Lula, como o pré-candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad. Os ingressos para o espetáculo estão esgotados.

Durante os 580 dias que ficou preso arbitrariamente na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PF) – de 7 de abril de 2018 a 8 de novembro de 2019, o ex-presidente Lula recebeu muitas manifestações de apoio, de carinho e solidariedade.

A vigília Lula Livre – um acampamento em frente à prisão – deu uma sustentação psicológica. As cartas enviadas do Brasil e exterior – na maioria por gente pobre agradecida por todas as mudanças que os governo petistas proporcionaram – renovaram de esperança o espírito do presidente.

 O material publicado foi selecionado pela historiadora Maud Chirio e procura representar a diversidade contida nas cartas, contemplando autores de diferentes origens sociais e regiões do país, em suas histórias de vida, tons e abordagens. A edição tem prefácio do rapper Emicida e orelha da escritora Conceição Evaristo. A obra também apresenta um caderno de imagens com fotos de diferentes objetos enviados ao ex-presidente.

“A partir de 2003, comecei a ver seu poder de transformação. Paulatinamente, vi a miséria no meu Estado regredir, vi diminuir o número de pedintes nas ruas, vi o pobre ter acesso a curso superior, vi gente comemorando a chegada de energia elétrica em sua casa, vi o pobre descortinar seus horizontes, pegando um avião e descobrindo que o mundo a ele também pertencia. Vi direitos assegurados a nossas domésticas, que de nossas casas tiveram a feliz oportunidade de sair com seus diplomas em mãos. E vi que pra isso tudo, minha vida não tinha piorado. Pelo contrário, só melhorou. Daí que ainda não consigo compreender a raiva que a maioria das pessoas pertencentes a minha classe sente por conta de tais conquistas”. 
– Ana Carolina, Teresina, 13 de abril de 2018.

“Não há, até onde sabemos, nenhum movimento equivalente na história, ao menos na mesma escala”, avalia a organizadora do livro Querido Lula: cartas a um presidente na prisão, a historiadora e brasilianista francesa Maud Chirio, que é professora e pesquisadora na Universidade Gustave Eiffel, França, onde Querido Lula foi publicado este ano.

Para a pesquisadora, as cartas têm valor histórico “excepcional” por expressarem vozes que não costumam ser ouvidas. Por isso, em 2018, da França, Maud Chirio voluntariou-se para ajudar a catalogar e digitalizar as cartas. Montou uma equipe de sete profissionais, seis deles historiadores e historiadoras.

O livro é o quarto projeto liderado por Maud para fazer ecoar essas vozes. A professora e a equipe organizaram uma exposição virtual multilíngue, disponível em www.linhasdeluta.org. Em 2019, promoveram uma apresentação teatral, Abril / Abril, dirigida por Thomas Quillardet, que reuniu mais de 500 pessoas em um teatro de Paris, com presenças de artistas como Chico Buarque e a atriz portuguesa Maria de Medeiros. E criaram uma série de podcasts veiculada pela emissora de rádio Universidade Nacional General Sarmiento (Argentina).

Serviço
Lançamento-espetáculo

Espetáculo Querido Lula: cartas do povo brasileiro
Livro Querido Lula: cartas a um presidente na prisão
Dia 31 de maio, das 19h às 21h
Teatro Tuca (Rua Monte Alegre, 1024, São Paulo SP)
Os ingressos estão esgotados

Apoiam este evento:
Universidade Gustave Eiffel
PUC-SP
Fundação Friedrich Ebert
Instituto Lula

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Suingue, ginga e síncope com Jacksons do Pandeiro

Jacksons do Pandeiro. Foti: Renato Mangolin

Jacksons do Pandeiro Foto: Renato Mangolin

“Eu só boto bebop no meu samba quando Tio Sam tocar um tamborim. Quando ele pegar
no pandeiro e no zabumba. Quando ele aprender que o samba não é rumba. Aí eu vou misturar, Miami com Copacabana. Chiclete eu misturo com banana, E o meu samba vai ficar assim”… E bota suingue, ginga e síncope nesse caldeirão rítmico criado pelo genial Jackson do Pandeiro.

A Barca dos Corações Partidos que montou em sua trajetória de 10 anos as peças Gonzagão – A Lenda (2012), Ópera do Malandro (2014), Suassuna – O Auto do Reino do Sol e Macunaíma – Uma Rapsódia Musical, apresenta Jacksons do Pandeiro, direção de Duda Maia, texto de Braulio Tavares e Eduardo Rios e direção musical de Alfredo Del-Penho e Beto Lemos.

 A temporada paulista ocorre no Teatro Paulo Autran, no Sesc Pinheiros, de19 a 29 de maio, com sessões às quintas, sextas e sábados às 20h, e aos domingos, às 18h.

O cantor, compositor e multi-instrumentista paraibano Jackson do Pandeiro (1919-1982), ficou conhecido como ‘Rei do Ritmo’ por suas manobras sonoras em mais de 400 canções de vários gêneros como samba, forró, coco, baião e frevo.

A montagem não faz uma biografia cênica do homenageado, mas traça linhas de episódios da vida e das músicas de Jackson com a experiência dos atores. O elenco leva para a cena fragmentos de suas histórias pessoais, que coincidem em muitos pontos com a história de Jackson.

O autor paraibano Braulio Tavares ressalta que falar de Jackson é também falar de nordestinos anônimos. “Às vezes, o texto do espetáculo aparece em forma de música, às vezes como uma poesia ou um poema musicado. Cada vez que ele aparece, ele propõe uma nova brincadeira rítmica – mesmo não tendo uma métrica de poesia – por meio de um jogo de palavras ou outro mecanismo. A nossa ideia é fazer isso para dialogar com as músicas do Jackson, que tinham poesia, brincadeira e alegria”.

A diretora Duda Maia investiu na pesquisa sobre a ideia de ‘corpo-rítmico’ dos atores.Os integrantes da Barca (Adrén Alves, Alfredo Del-Penho, Beto Lemos, Eduardo Rios, Renato Luciano e Ricca Barros) dividem a cena com três artistas convidados: Everton Coroné, Lucas dos Prazeres e Luiza Loroza.

O musical reúne sucessos como Sebastiana, O Canto da Ema, Chiclete com Banana, Cantiga do Sapo e outras composições. Além dessas canções, o musical traz músicas novas. “É um ‘pedir licença’ à obra dele, mas sem deixar de homenageá-lo com todo respeito, carinho e admiração”, conta Eduardo Rios. 

Todos os instrumentos em Jacksons do Pandeiro são tocados pelos atores em cena, como nas montagens anteriores da Barca. “Trazemos a forma sincopada do canto para o jogo de cena o tempo todo. Em nosso título, Jacksons aparece no plural porque são várias histórias que se cruzam e se confundem com a de Jackson”, destaca Duda Maia.

Ficha Técnica
Direção: Duda Maia
Dramaturgia: Braulio Tavares e Eduardo Rios
Direção Musical: Alfredo Del-Penho e Beto Lemos
Idealização e Direção de Produção: Andréa Alves
Com a Cia. Barca dos Corações Partidos: Adrén Alves, Alfredo Del-Penho, Beto Lemos, Eduardo Rios, Renato Luciano e Ricca Barros
Artistas convidados – Everton Coroné, Lucas dos Prazeres e Luiza Loroza
Figurinos: Kika Lopes e Rocio Moure  
Cenário: André Cortez
Iluminação: Renato Machado
Design de som: Gabriel D’Angelo
Visagista: Uirandê de Holanda
Assistente de Direção: Júlia Tizumba, Eduardo Rios e Adrén Alves
Assistente de figurino: Masta Ariane
Assistente de cenografia e produção de arte: Tuca Benvenutti  
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Coordenação de Produção: Rafael Lydio
Produção Local e Executiva: Flávia Primo 
Assistente de Produção: Matheus Castro 
Este projeto conta com o incentivo fiscal da Lei de Incentivo à Cultura
Realização: Sesc SP, Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal
Produção: Sarau Cultura Brasileira

Serviço
Jacksons do Pandeiro, de Barca dos Corações Partidos
Temporada: de 19 a 29 de maio, às quintas, sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h.
Teatro Paulo Autran – Sesc Pinheiros – Rua Paes Leme, 195, Pinheiros
Ingressos: R$ 40,00 (Inteira) R$ 20,00 (Meia) R$ 12,00 (comerciários)
Vendas online a partir do dia 10 de maio (ao meio-dia) no site sescsp.org.br. Nas bilheterias do Sesc a partir do dia 11 de maio (às 17h) 
Classificação: 10 anos
Duração: 120 minutos

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