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Dança contemporânea no Dona Lindu

Lua Cambará faz última sessão antes de turnê . Foto: Fernando Azevedo

Já que estamos falando em dança, vamos aproveitar para dar uma dica para esta terça-feira à noite. O Ária Social apresenta o musical Lua Cambará às 20h, no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu.

O elenco é formado por 52 jovens e conta ainda com a participação da bailarina Cecília Brennand, que assina a coordenação geral da montagem. A coreografia e a direção são de Ana Emília Freire e Carla Machado e a direção musical e a regência de Rosemary Oliveira.

Lua Cambará, que estreou em agosto do ano passado, é inspirada na obra de Ronaldo Correia de Brito e Assis Lima, com música de Antonio Madureira. A coreografia traduz em dança contemporânea a história de uma mulher apaixonada que, envolvida em assassinatos, é condenada a vagar eternamente.

Depois da apresentação no Dona Lindu, o grupo segue para a sua primeira temporada fora do Recife. O Ária Social se apresenta no Rio de Janeiro no dia 06 de julho, no Teatro Carlos Gomes; em São Paulo, nos dias 09 e 10, no Teatro Paulo Autran, no SESC Pinheiros; em São João Del Rey (MG), no dia 12 de julho, no Teatro Municipal de São João Del Rey; e em Ouro Preto (MG), no dia 14, no Teatro de Ouro Preto.

Lua Cambará
Quando: nesta terça (14), às 20h
Onde: Teatro Luiz Mendonça, Parque Dona Lindu, Avenida Boa Viagem
Quanto: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada)
Informações: (81) 3355-9823

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Resumo da ópera deste fim de semana

Caetana abre Palco Giratório às 19h30. Foto: Roberta Guimarães

O Palco Giratório começa hoje. Decidi então postar um resumo das opções “giratórias” para este fim de semana. A abertura da maratona é com a rezadeira Benta, que encomendou muitas almas aos santos, mas não estava preparada para encarar a própria morte. Essa é a sinopse da peça Caetana, que será encenada pelas atrizes Lívia Falcão e Fabiana Pirro. A apresentação única e gratuita será hoje, às 19h30, no recém-inaugurado Teatro Luiz Mendonça, que fica no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem. A sessão contará com o recurso da audiodescrição, para pessoas com deficiência visual.

Depois de Caetana e da pré-estreia de Essa febre que não passa, no Hermilo (off Palco),vamos conferir a Cena bacante, no Espaço Muda. Lá, as meninas da Cia Animé apresentam As levianas. Tem ainda as comidinhas da Cena Gastrô e vinho Rio Sol.

Ceronha Pontes e Hermila Guedes em Essa febre que não passa. Foto: Ivana Moura

Já no sábado, o Palco começa a sua programação com a Cia Polichinello, de São Paulo, que apresenta Frankenstein no Teatro Marco Camarotti, no Sesc Santo Amaro, reduto do teatro infantil neste festival, às 16h30. A peça será reapresentada no domingo, no mesmo horário. O grupo, que pesquisa o teatro de bonecos, traz a história do cientista Victor Frankenstein, que abandona a sua criação.

Frankenstein faz duas apresentações no Marco Camarotti

À noite, às 20h, no Hermilo Borba Filho, o Coletivo Angu de Teatro estreia o seu quarto espetáculo: Essa febre que não passa (a gente vê hoje e conta tudo por aqui amanhã. Ivana Moura esteve no ensaio ontem para tirar fotos!), baseado em contos do livro homônimo da jornalista e escritora Luce Pereira. Também no sábado, no Teatro Capiba, às 20h, no Sesc Casa Amarela, o grupo Teatro Independente apresenta Rebú. O texto de Jô Bilac mostra o sufoco de Bianca, obrigada a receber em casa a problemática cunhada Vladine e ainda um “protegido” dela. No domingo, a montagem será reapresentada às 20h, com os recursos da audiodescrição. Também no domingo, mas em São Lourenço da Mata, na Praça Senador Carlos Wilson, o grupo Grial de Dança apresenta gratuitamente o espetáculo A barca, às 17h.

No domingo, outra opção de teatro adulto é a peça A galinha degolada, da Persona Cia de Teatro & Teatro em Trâmite, de Santa Catarina. A montagem conta a história de um casal que tem quatro filhos portadores de uma doença mental incurável; a rotina é alterada quando eles têm uma menina que não sofre do mesmo mal. A encenação será no Teatro Apolo, às 19h. Os ingressos para as peças custam R$ 10 e R$ 5.

A galinha degolada faz apresentação única no Apolo

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Caminhando ao passado

Filha da anistia. Fotos: Vítor Vieira

Quando decidiram montar Filha da anistia, os atores da Caros Amigos Cia. de Teatro, de São Paulo, não queriam uma peça datada ou histórica sobre a época em que o Brasil vivenciou uma ditadura militar. Por isso mesmo, nas quatro apresentações gratuitas que o grupo fará no Recife – de hoje a domingo, sempre às 20h, no Teatro Apolo – não espere música de Geraldo Vandré ou cenas de tortura.

A intenção dos atores era trazer uma história em que as pessoas, de todas as idades, se interessassem, se identificassem e pudessem, aí sim, refletir sobre o passado. “É uma inquietação enquanto artistas e cidadãos, de olhar para o nosso passado tão recente e ver parte da história que não está esclarecida, não é conhecida de verdade”, explica o ator Alexandre Piccini, que divide a cena e a autoria do texto com Carolina Rodrigues. A direção é de João Otávio.

No enredo, Clara também não conhece a sua história. Foi criada pelos avós, ouvindo que a mãe havia morrido no parto. Quando os avós morrem, ela vai em busca do pai e descobre que tudo que sabia sobre si mesma não era bem verdade. “Criamos uma ficção, mas que é um recorte de muitas histórias de pessoas que viveram nessa época”, conta o ator.

Ele e Carolina passaram três anos pesquisando em arquivos públicos, livros, documentos e ouvindo depoimentos para montar a dramaturgia da peça, que recebeu incentivo do Programa de Ação Cultural da Secretaria de Cultura de São Paulo em 2009, estreou em 2010, e agora estabeleceu uma parceria com o projeto Marcas da memória, da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Através dessa parceria, a peça vai passar por lugares como Porto Alegre, Rio de Janeiro, Teresina e Brasília, além de Pernambuco.

Clara não sabe a sua própria história

Depois de cada apresentação, é realizado um debate com os atores, convidados e o público. “Já tivemos conversas maravilhosas, porque na plateia acontece o encontro de gerações que nos interessa muito. E assim conhecemos o nosso presente. Porque a nossa educação, cultura, segurança pública, a maneira de se comportar dentro de uma democracia, foram moldados a partir do período da ditadura”, finaliza o ator.

CURTINHAS:

Muita coisa rolando hoje na cidade. Aí vão outras dicas:

1 Torto, do Magiluth, será apresentado no Teatro Arraial, na Rua da Aurora, às 20h. O texto e a encenação são de Giordano Castro e a direção é de Pedro Wagner. O grupo propõe um jogo cênico com o cotidiano de um personagem que vive procurando palavras para dizer quem é e não consegue domar o coração. Pode ser brega e até prolixo; mas é, sobretudo, um cara comum. Aproveitem porque, por agora, esa será uma das últimas oportunidades de ver a peça, já que, por estes dias, a companhia estreia O canto de Gregório. Ingressos: R$ 10.

Giordano Castro protagoniza 1 Torto. Foto: Val Lima

– O espetáculo Separação amigável faz, nesta quinta (31) e sexta-feira (01), às 20h, as duas últimas apresentações da temporada no Teatro Valdemar de Oliveira, na Boa Vista. A montagem traz Renata Phaelante, Pascoal Filizola, Sandra Rino e Valdir Oliveira no elenco e tem direção de Kleber Lourenço. O texto é de Renata Phaelante (estreando na dramaturgia), que começou a carreira de atriz aos nove anos, em 1982, com a peça A capital federal, uma montagem do Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP). A montagem traz um casal em crise, depois que o marido foi “flagrado” com a vizinha piriguete no elevador. Só que ela tem um marido ciumento e muito estranho, que veio cobrar satisfação! Ingressos: R$ 10 e R$ 5.

Pascoal Filizola e Renata Phaelante interpretam casal em crise. Foto: Val Lima

-O Grupo Grial de Dança apresenta, hoje e amanhã, o espetáculo Travessia, às 20h, no recém-inaugurado Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu. Se você ainda não conheceu a nova casa, está aí uma ótima oportunidade! Segunda etapa da trilogia Uma história, duas ou três – iniciada em maio, com A barca, na Praça do Arsenal – o espetáculo celebra os contadores de histórias da atualidade, a partir do legado de Dona Militana, romanceira potiguar falecida em junho, aos 85 anos. A coreografia contempla desde as pinturas rupestres e itaquatiaras (pedra pintada, em tupi) que registram o início da história da humanidade, até as histórias transmitidas oralmente, nos dias atuais. A cantadeira Nice Teles, do Cavalo Marinho Estrela Brilhante, de Condado, canta ao vivo durante Travessia, que teve cenários criados por Dantas Suassuna. Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados com duas horas de antecedência.

Grial homenageia Dona Militana, romanceira potiguar

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Enfim, o parque completo!

Vinte e seis de março de 2021. Marque na agenda. Abra o jornal para ler a reportagem. Se os nossos governantes foram eficientes e cumpridores dos seus papeis, essa será a data em que o Teatro Luiz Mendonça e a galeria Janete Costa, no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, estarão completando 10 anos de atividades. O repórter certamente irá ouvir as pessoas que estiveram na inauguração (realizada sábado), e puderam acompanhar um show memorável de Lenine e da Orquestra Sinfônica do Recife e passear pela exposição Amor e solidariedade, de Abelardo da Hora.

Lenine e a Orquestra Sinfônica fizeram show inesquecível. Foto: Ivana Moura

A galeria Janete Costa, por exemplo, tem um espaço físico que possibilita a realização de grandes exposições. “Como noutros locais projetados por Niemeyer, aqui também há uma dificuldade na hora da montagem das exposições, da iluminação, por conta do projeto arquitetônico. Mas o espaço está bem resolvido. O Recife merece uma galeria assim e mamãe certamente estaria muito feliz”, disse no último sábado a galerista e filha de Janete Costa, Lúcia Santos.

A mostra Amor e solidariedade, que comemora os 60 anos da primeira exposição do artista Abelardo da Hora, realizada em 1948, oferece a possibilidade de se conhecer mais de perto a obra desse pernambucano de 86 anos, que vai muito além das famosas esculturas de mulheres espalhadas por edifícios da cidade. O que talvez mais chame atenção seja a preocupação e o retrato social que podem ser resgatados daquelas obras – tanto das esculturas como dos desenhos. Como na série Família, desenhos de 1970, ou da escultura Hiroshima. “Ele é o meu mestre. Precisa mais do que isso?”, questionou a artista Guita Charifker, que conta ter participado do Ateliê Coletivo, ao lado de artistas como Samico e José Cláudio, fundado por Abelardo da Hora.

Na rápida solenidade de abertura dos equipamentos culturais, o prefeito João da Costa subiu ao palco do Luiz Mendonça e disse que sempre defendeu o projeto do parque, desde quando ainda era secretário do ex-prefeito João Paulo. “É um equipamento público que a cidade do Recife reclamava, precisava”.

Galeria Janete Costa foi inaugurada com mostra de Abelardo da Hora. Foto: Nando Chiappetta

Depois, foi a vez de Elba Ramalho fazer um participação muito especial. Contou um pouco da sua própria história ao relembrar o amigo Luiz Mendonça, diretor teatral que ela conheceu na época em que foi para o Rio de Janeiro com o Quinteto Violado e decidiu ficar. “Ele perguntou se eu era atriz, se eu cantava, dançava. Disse que sim. Ele disse então que tinha uma apresentação em Vitória. Perguntei quando era o ensaio e ele disse que não tinha ensaio, tinha estreia”. Depois de interpretar Veja Margarida, Elba deixou o palco para as atrações principais: Lenine e a Orquestra Sinfônica.

Como bem disse Lenine, as suas músicas foram “vestidas de roupa de domingo”. Aquele melhor traje, que a gente só usa em ocasiões especiais, e quer até registrar em foto. Composições de tom tão contemporâneo, que fazem sucesso nas rádios e trilhas de novelas, ganharam o acompanhamento de quase 80 músicos. Os arranjos e o comando do piano foram de Ruriá Duprat, ´meu alter ego sinfônico`, disse Lenine; e a regência da Sinfônica do maestro Osman Gioia. Em Paciência, o público cantou junto; ficou encantado com os arranjos de Silêncio das estrelas; com Leão do Norte, se encheu de orgulho; se balançou ao som de Lavadeira do rio. Ao final, a sensação foi de que essa era apenas uma – de muitas – noites culturais que o Recife ainda pode prestigiar naquele espaço. O recifense pode cobrar.

Teatro Luiz Mendonça. Foto: Nando Chiappetta

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A noite do Lindu

Quer saber como foi a inauguração do Teatro Luiz Mendonça e da Galeria Janete Costa? Preparamos uma galeria de fotos, com imagens de Ivana Moura e Nando Chiappetta. Confira!

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