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Chet Baker, Apenas um Sopro,
faz apresentações em São Paulo

O músico Paulo Miklos estreou no teatro com o espetáculo Chet Baker, Apenas Um Sopro, em 2016. Foto Victor Iemini / Divulgação

Os gênios não são perfeitos. A trajetória do trompetista norte-americano Chet Baker sinaliza para essa conjectura. Do jovem cobiçado por mulheres e homens, comparado em beleza a James Dean, – o ator de Juventude Transviada –, à decrepitude em vida são 58 anos e uma mistura explosiva de jazz, drogas, estrelato, violência. Esse arco começa em 23 de dezembro de 1929, em Yale, Oklahoma, EUA, e encerra com uma “queda” fatal de um quarto de hotel em Amsterdã em 13 de maio de 1988.

Como pessoa, o músico foi se tornando um caco pelo consumo de heroína e por todos os malabarismos feitos para consumir a droga. A partir de uma suposta briga com viciados, Baker perdeu os dentes e a embocadura para atingir notas mais altas no seu trompete ficou prejudicada.

Paulo Miklos, vocalista da Banda Titãs, encarna esse grande do jazz, um branco que pode ser comparado a figuras como Miles e Coltrane, no espetáculo Chet Baker, Apenas Um Sopro. A peça já fez várias temporadas e vem de um novo circuito por Salvador, Vitória, Curitiba e Porto Alegre. Agora, faz apresentações em São Paulo até 25 de agosto, no Teatro da Faap.

Com direção de José Roberto Jardim e dramaturgia de Sérgio Roveri, o espetáculo é livremente inspirado na vida do lendário trompetista norte-americano Chet Henry Baker Jr. (1929-1988) e tem no elenco Anna Toledo, Jonathas Joba, Piero Damiani e Ladislau Kardos.

Apontado como precursor da bossa nova, por seu cantar com voz aveludada e suavidade no tocar, o músico tinha um temperamento difícil. Muitos livros tentam desvendar a personalidade de Baker. No Fundo de um Sonho – A Longa Noite de Chet Baker, de James Gavin, e a novela policial No Rastro de Chet Baker, de Bill Moody, mostram que, irresponsável e encrenqueiro, Chet foi preso várias vezes preso por porte de drogas.

Baker gravou mais de 150 discos. Casado três vezes, teve 4 filhos e muitas amantes. Suas grandes paixões foram a música e a heroína.

Encenação

A droga que tanto maltratou Baker está no centro do episódio em que o artista foi violentamente espancado em uma rua de São Francisco. Há versões que a agressão foi motivada por dívidas com traficantes, briga entre viciados ou até envolvimento da política. O resultado é que com os lábios rachados, e a perda de alguns dentes, Chet Baker interrompeu a carreira.

A trama mostra Chet Baker na primeira sessão de gravação após o acidente. A insegurança paira no ar e é compartilhada pelos outros quatro companheiros de estúdio: um contrabaixista, um baterista, um pianista e uma cantora.

A ações ocorrem em um estúdio de gravação, com cenário do Grupo Academia de Palhaços, figurinos do estilista João Pimenta, iluminação de Aline Santini e direção musical de Piero Damiani.

Ficha Técnica
Dramaturgia: Sergio Roveri
Direção: José Roberto Jardim
Elenco: Paulo Miklos, Anna Toledo, Jonathas Joba, Piero Damiani e Ladislau Kardos
Idealizador: Fábio Santana
Diretora de Produção: Renata Galvão
Produção Geral: Taís Somaio
Produção Executiva: Marina Aleixo
Direção Musical: Piero Damiani
Figurinista: João Pimenta 
Cenografia: ultraVioleta_s
Desenho de Luz: Aline Santini
Desenho e Operação de Som: Rafael Thomazini
Técnico de Palco: Rogério Febraio
Assistente de luz e operação: Michelle Bezerra
Visagista: Fabio Namatame
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio

Serviço:
Chet Baker, Apenas Um Sopro
Onde:
Teatro Faap (Rua Alagoas, 903, Higienópolis)
Quando: 22, 23, 24 e 25 de agosto, de quinta a sábado, às 21h, e no domingo, às 18h
Ingressos: R$60 (inteira) e R$30 (meia-entrada)
Classificação: 14 anos
Duração: 1h20
Capacidade: 500 lugares
Informações: (11) 97185-9332

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