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Curadoria será de Lúcia Machado

Ainda não chegou o “momento oportuno” para a entrevista de Simone Figueiredo, mas ontem à noite mesmo já recebemos da Prefeitura do Recife outra nota sobre o Festival Recife do Teatro Nacional. De acordo com o texto, a curadoria será só de Lúcia Machado.

Publicamos a nota na íntegra:

“Nota sobre o Festival Recife do Teatro Nacional

A Secretaria de Cultura do Recife reafirma que o Festival Recife do Teatro Nacional é um evento de grande relevância para a gestão municipal. Por isso, tem buscado a cada ano valorizar e investir cada vez mais na
realização do evento já consolidado na cidade. No Festival deste ano, a curadoria será da atriz e diretora, Lúcia Machado. O evento já está em fase de pré-produção, na qual já foi realizada uma ouvidoria pública, que elegeu um grupo de trabalho formado por André Filho, Ana Medeiros, Maria Clara Camaroti, Roberto Lúcio e Lúcia Machado. Além disso, já foi lançada uma chamada pública nacional para a seleção dos espetáculos e foram definidas algumas mudanças como a realização da mostra paralela de teatro popular e maior investimento na área de formação.

Com relação à pendência com o grupo que encenou a peça Jaguar Cibernético em novembro de 2011, a Secretaria volta a informar que o pagamento será efetuado dentro de 15 dias. A Secretaria tem honrado os pagamentos aos grupos que se apresentam nos eventos desenvolvidos com apoio da gestão municipal e em 14 edições do Festival Nacional nunca houve problemas com documentação e pagamentos dos grupos participantes.”

Lúcia Machado assume curadoria. Na foto, Lúcia em 2009, quando era coordenadora do mesmo festival. Foto: Val Lima/divulgação

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Festival de Teatro do Recife tem novos curadores… Esqueceram de avisar ao “antigo”

Nesta semana (mais precisamente na quinta-feira) a Prefeitura do Recife anunciou que estava com as inscrições abertas para os espetáculos pernambucanos que desejam participar do 15º Festival Recife do Teatro Nacional. O que me chamou a atenção foi a frase: “O material das peças será apresentado à curadoria do festival, responsável pela programação do evento, que acontece de 25 de novembro a 2 de dezembro deste ano”. Fica claro que o período do festival já está definido. E que existe uma curadoria do festival, que não estava nominada na nota.

Para quem acompanha mais de perto os festivais de teatro sabe que o curador apalavrado por dois anos pelo então secretário de cultura, Renato L, era o jornalista e pesquisador paulista Valmir Santos. Ele foi o curador do ano passado e avaliador no ano anterior.

Pouco tempo depois soube que os curadores deste ano são o diretor paulista Francisco Medeiros e a atriz pernambucana Lúcia Machado, que já foi diretora do Teatro Apolo-Hermilo e do próprio festival.

Francisco Medeiros já trouxe algumas de suas direções ao Recife. Foto: Facebook/Reprodução

Francisco Medeiros já esteve entre nós, com pelo menos três trabalhos. Com o grupo paulista Pode Entrar que a Casa é Sua trouxe o espetáculo O que morreu mas não deitou, apresentada no Forte do Brum na 7ª edição do festival recifense. Na 10ª esteve na cidade com O pupilo quer ser tutor, texto de Peter Handke, com produção da Cia. Teatro Sim… Por que não?!!! , de Santa Catarina. Veio também com a Cia. Lazzo em 2009 com Réquiem. Francisco Medeiros é um artista respeitadíssimo e muito gente boa.

Lúcia Machado já foi coordenadora do festival e agora será curadora. Foto: Val Lima/Divulgação

Em maio, durante o festival Palco Giratório, promovido pelo Sesc, o até então curador Valmir Santos esteve no Recife e conversou com a secretária de Cultura, Simone Figueiredo, e com o presidente da Fundação Cultura André Brasileiro. Estamos em julho e até ontem, quando falei com o Valmir pelo telefone, ninguém da Secretaria de Cultura do Recife ou da Fundação da Cidade do Recife teve a dignidade de avisá-lo que ele estava dispensado. Nem o diretor do festival Vavá Schön-Paulino ou ninguém da coordenação de teatro. O que, no meu entendimento, é mais que lamentável – é uma falta de respeito com um profissional sério, que já havia feito um planejamento para este ano com alguns espetáculos desde 2011.

Então temos de um lado um problema de ética, de não avisar ao curador Valmir Santos que ele está dispensado de seus serviços e do outro lado um novo curador com pouquíssimo tempo para compor a grade de um festival que chega ao 15º ano. Além de problemas pendentes tanto da Secretaria quando da FCCR que deixaram de fazer o pagamento a alguns grupos, que reclamam até hoje. A atuação de Renato L, na Cultura e de Luciana Felix, na Fundação de Cultura, é apontada pelos trabalhadores e consumidores de cultura como a pior dos últimos tempos.

Talvez seja o momento de cobrar dos candidatos propostas mais transparentes e compromissos mais firmes com a área. E espero que o silêncio não impere sobre o assunto.

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