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Um Leão de Prata
para Carolina Bianchi
e a internacionalização do teatro brasileiro

 

Carolina Bianchi mostra a força de uma trajetória construída na persistência. Foto Mayra Azzi./ @may_azzi

Bienal de Dança de Veneza, Em 19 de julho de 2025 Carolina Bianchi recebeu o Leão de Prata no prestigioso Salão das Colunas de Ca’ Giustinian. Foto: Andrea Avezzù / Official photographer of the Venice Biennale

Coreógrafa norte-americana Twyla Tharp (D) revolucionou a dança do século XX;, enquanto Bianchi  forja novas linguagens para o século XXI. Foto: Andrea Avezzù / Official photographer of the Venice Biennale

“Extraordinária artista, diretora, escritora e criadora de imagens que frequentemente utiliza seu corpo como elemento central de seu trabalho, desenvolvendo experiências profundamente pessoais, viscerais e coreográficas que nos atravessam e interpelam”. Foi assim que Wayne McGregor, diretor artístico da Bienal de Dança de Veneza, definiu Carolina Bianchi ao entregar-lhe o Leão de Prata em 19 de julho de 2025, durante a cerimônia realizada no prestigioso Salão das Colunas de Ca’ Giustinian.

As palavras de McGregor capturam a essência de um trabalho que transforma vulnerabilidade em potência criativa, estabelecendo Carolina como uma das vozes mais intransigentes da performance contemporânea mundial. O reconhecimento veneziano posiciona a artista brasileira entre os nomes que estão redefinindo as fronteiras entre teatro, dança e arte corporal.

A premiação de Carolina ocorreu no mesmo evento em que a lendária coreógrafa norte-americana Twyla Tharp foi agraciada com o Leão de Ouro pelo conjunto de sua carreira. McGregor exaltou Tharp destacando que “suas contribuições revolucionárias para a ecologia global da dança são incomparáveis em seu trabalho, que combina rigor e ludicidade, disciplina clássica e técnica de balé, misturando gêneros com facilidade audaciosa e expandindo nossa compreensão das capacidades desta ferramenta extraordinária que todos possuímos: o corpo humano”.

A simultaneidade dos prêmios cria um diálogo geracional fascinante: de um lado, Tharp, que revolucionou a dança do século XX; do outro, Carolina, que forja novas linguagens para o século XXI. Ambas utilizam o corpo como território de investigação, mas Carolina adiciona uma dimensão política e autobiográfica que ressignifica completamente a tradição da performance feminina.

O festival veneziano, que se estendeu de 17 de julho a 2 de agosto de 2025, ratificou assim a relevância internacional de uma geração de artistas que redefinem os limites da arte corporal. Conforme destacado por McGregor, os premiados “recebem um prêmio financeiro para apoiar seu próximo grande projeto” – suporte material que pode ser decisivo para que Carolina continue desenvolvendo uma arte que exige recursos consideráveis e tempo de maturação.

Avignon 2023: O Momento de Inflexão Internacional

A Noiva e o Boa Noite Cinderela estreou no Festival de Avignon de 2023. Foto @christophe.raynauddelage

O Festival de Avignon de 2023 marcou definitivamente a inserção de Carolina Bianchi no circuito artístico europeu. A Noiva e o Boa Noite Cinderela, primeiro capítulo da Trilogia Cadela Força, causou profundo impacto em públicos e críticos, estabelecendo uma nova referência para a performance contemporânea feminina.

Como testemunha direta daquele momento histórico – estive presente em Avignon cobrindo o festival para o site Satisfeita, Yolanda? -, posso afirmar que o espetáculo criou uma reverberação única no ambiente artístico francês. A obra, que investiga a violência sexual através do próprio corpo da artista em estado de inconsciência farmacológica, investiu numa linguagem inédita que dialoga com pioneiras como Marina Abramović e Gina Pane, estabelecendo territórios completamente novos de investigação cênica.

Leia AQUI a crítica do espetáculo A Noiva e o Boa Noite Cinderela, que estreou em Avignon, publicado em 23 de julho de 2023, escrito por Ivana Moura.

Confira AQUI a entrevista feita por Ivana Moura durante o festival de Avignon 2023 com Carolina Bianchi e postado em 24 de julho de 2023.

O sucesso francês abriu as portas do circuito europeu, levando a obra aos principais festivais do continente e culminando com o Prix du Syndicat de la Critique, que elegeu a montagem A Noiva e o Boa Noite Cinderela – Cadela Força – Capítulo I como Melhor Estreia Internacional da temporada 2023/24 da França.

Longe de ser um fenômeno súbito, o reconhecimento internacional da dramaturga e performer gaúcha reflete mais de uma década de trabalho árduo e investigação artística que começou em Porto Alegre, passou pelos palcos alternativos de São Paulo e encontrou na Europa o terreno fértil para florescer plenamente.

A Irmandade (The Brotherhood)
Teatro como confissão e investigação

Segundo capítulo da Trilogia Cadela Força investiga os mecanismos da masculinidade tóxica. Foto Mayra Azzi

Mesmo sendo uma ode ao teatro, The Brotherhood questiona também as origens históricas da misoginia no próprio teatro. Foto: Mayra Azzi / Dvivulgação

Em maio de 2025, nos palcos do Kunstenfestivaldesarts em Bruxelas, Carolina Bianchi apresentou A Irmandade (The Brotherhood), segundo capítulo da Trilogia Cadela Força. A obra, posteriormente apresentada em Viena, Amsterdã em Barcelona e em Veneza, volta-se para os mecanismos da masculinidade tóxica.

O espetáculo dialoga diretamente com o conceito de “fraternidade” desenvolvido pela antropóloga argentina Rita Segato em sua obra La Guerra contra las Mujeres (2016). Para Segato, a “fraternidade” ou “corporação masculina” representa um sistema de pactos entre homens que opera como estrutura fundamental do patriarcado. Segundo a pesquisadora, essa irmandade masculina funciona através de “lealdades horizontais” que unem os homens independentemente de outras diferenças sociais, criando um front comum para manter o controle sobre as mulheres e perpetuar a violência de gênero.

Para compreender a dimensão e o impacto desta encenação que aprofunda a investigação iniciada com A Noiva e o Boa Noite Cinderela – Cadela Força – Capítulo I , selecionei quatro críticas de veículos especializados de diferentes países: Theaterkrant (Holanda), Revista Rialta (Espanha), Libération (França) e Sceneweb.fr (França). Foram escolhas aleatórias, a partir do que tive acesso na internet. Juntas, essas análises revelam como A Irmandade se estabeleceu como um marco desestabilizador no teatro europeu contemporâneo, questionando as estruturas de poder masculino tanto na sociedade quanto nas artes.

A Anatomia da Fraternidade Masculina

Os homens têm liberdade…Foto: Mayra Azzi / Dvivulgação

“O purgatório de sua jornada dantesca” – assim Karin Veraart, do Theaterkrant holandês, contextualiza A Irmandade, onde Carolina “examina diversas expressões de masculinidade, ‘virilidade’, inclusive em relação à arte, e também como um sistema de linguagem perpetua o patriarcado”. Uma cena em particular impressiona Veraart: “a fraternidade de rituais como iniciações, trotes, homenagens e brincadeiras compartilhadas. Aqui, os oito homens da companhia têm liberdade: eles dançam, brincam e gesticulam com uma vingança, irritantemente identificável, quase impossível de assistir”.

Em outro aprofundamento, Martha Luisa Hernández Cadenas, da Revista Rialta espanhola, observa que “Bianchi apresenta a fraternidade como um pacto intransigente; é praticamente o presente que ‘protegerá’ cada criança ao longo da vida”. Para Cadenas, a obra expõe “a performatividade do masculino como irmandade, o fascínio pelos gênios, a mentira, a violência e o estupro”, criando uma investigação que vai além da denúncia para questionar as estruturas fundacionais da cultura patriarcal.

“Como é possível que olhemos e escutemos com tanta admiração e deferência aqueles que eles chamam de ‘mestres’?” A pergunta de Nadja Pobel, do Sceneweb.fr francês, identifica o cerne mais perturbador de A Irmandade: o desmonte da adoração aos “grandes mestres” da história teatral. Pobel destaca como Carolina “coloca em cena com força a aniquilação das mulheres pelos homens, qualquer que seja o grau de predação (…) em nome da arte”.

Anne Diatkine, do Libération, descreve uma cena emblemática onde Carolina “brande um imenso pênis fúcsia que coloca entre as pernas e se masturba com gritos altos, durante a transmissão de um arquivo de rádio de um grande mestre particularmente confuso”. A crítica observa o “constrangimento não pela cena de masturbação, mas por seu paralelo com as palavras de Kantor”, revelando como a obra expõe a obscenidade oculta na veneração acrítica dos “gênios” masculinos.

Duas “cenas-chave” identificadas pela crítica espanhola Cadenas aprofundam essa análise: a entrevista com um diretor fictício alemão e o painel de intelectuais. No diálogo com o diretor de sucesso, emergem “os relacionamentos abusivos com as atrizes de seu elenco, a exploração do corpo feminino e a omissão de créditos que as mulheres merecem”. O arquétipo criado por Carolina é “tão fiel que parece real”, funcionando como uma síntese devastadora dos mecanismos de poder no teatro contemporâneo.

O que torna A Irmandade particularmente desestabilizadora é a honestidade brutal de Carolina em expor seus próprios paradoxos. Pobel elogia essa dimensão: “como ela pôde amar tanto Jan Fabre? Como ela pode lidar, agora, com o fato de ser parte integrante dessa irmandade teatral da qual recebe ‘recompensas’?” Esta autocrítica impede que o trabalho se torne “banal” ou um simples “acerto de contas”, elevando-o a uma reflexão mais complexa sobre cumplicidade e resistência.

Veraart observa que Carolina “indica que certamente não está isenta de pecados. São as contradições, os conflitos, as consequências que ela quer expor e questionar”. A artista não se posiciona como vítima pura, mas como alguém que reconhece estar inserida nas mesmas estruturas que critica, criando uma camada de complexidade que desafia tanto o público quanto a própria artista.

Essa radicalidade intransigente coloca Carolina em uma linhagem específica do teatro europeu contemporâneo, próxima a artistas como Angélica Liddell. Como a performer catalã, Carolina desenvolve uma proposta radical e excessiva que pode polarizar reações: ou cativar completamente, ou ser rejeitada sem meio-termo.

A Dramaturgia da Violência Histórica

Carolina Bianchi expõe uma genealogia da violência contra as mulheres que atravessa séculos. Foto: Mayra Azzi 

A Irmandade constrói uma genealogia da violência contra as mulheres que atravessa séculos. Cadenas destaca como Carolina evoca “Ana Mendieta, Sylvia Plath, Gisèle Pélicot, Perséfone e, especialmente, Sarah Kane”, criando não “um catálogo, mas tecendo, sem gritos ou fúria, com força e clareza, uma história da violência de uns contra os outros”.

A crítica espanhola conecta o trabalho de Carolina com casos contemporâneos devastadores: “Ana Mendieta caiu do 34º andar do apartamento que dividia com seu parceiro, o também artista Carl Andre, que foi absolvido da acusação de feminicídio e desfrutou da cumplicidade da comunidade artística”. Esses casos históricos e contemporâneos se entrelaçam na dramaturgia de Carolina, revelando a continuidade da violência patriarcal através dos tempos.

Todas as críticas destacam a dimensão acadêmica rigorosa do trabalho. Veraart observa que Carolina “documentou meticulosamente sua pesquisa; na primeira parte de Irmandade, ela carrega seu livro de 500 páginas pelo palco”. Pobel complementa: “O pensamento predomina sobre as ações. As palavras constituem a estrutura fundamental deste capítulo, amplamente apoiadas por sua pesquisa acadêmica”.

Diatkine descreve a cena onde “sete garotos (…) engolirão suas palavras, sua tese de 500 páginas rasgada”, criando uma metáfora poderosa sobre como o conhecimento produzido por mulheres é sistematicamente desvalorizado e destruído pelos homens que detêm o poder de legitimação acadêmica e artística.

As quatro críticas convergem ao descrever o impacto visceral da obra. Veraart define “A Irmandade” como “dolorosa, mas é assim que deveria ser: uma catarse”. Diatkine fala de um “monólogo denso e proteico de três horas e quarenta minutos” que “produz uma sensação de pavor”. Pobel conclui que se trata de “um espetáculo intenso que deixará marcas duradouras”.

Cadenas oferece uma síntese poética do impacto: A Irmandade está repleta de vozes, flashes, horas no chuveiro, suicídios em sua vingança prematura, balbucios, mulheres anônimas em fitas de vídeo onde são violentamente penetradas (…) Bianchi transforma sua dor em linguagem; ele não apenas a autotematizou, mas também construiu seu próprio artifício”.

LINKS DAS CRÍTICAS
Theaterkrant – Holanda – Crítica de Karin Veraart Theaterkrant
Revista Rialta – Espanha Crítica Martha Luisa Hernández Cadenas Rialta
Libération – França – Crítica Anne Diatkine Libération
Sceneweb.fr – França – Crítica Nadja Pobel –Sceneweb.fr

Entretanto, A Irmandade desenvolve uma camada reflexiva inesperada que transforma o trabalho numa verdadeira carta de amor ao próprio teatro. Ao dissecar os mecanismos de poder masculino inscritos na arte teatral, a obra simultaneamente se volta para dentro, questionando o teatro como instituição e celebrando-o como possibilidade transformadora. Em seu perfil no Instagram, Carolina revelou essa dimensão metateatral do trabalho, definindo-o como uma “declaração sensual, confusa, sombria, perversa e totalmente complexa” ao teatro.

Esta dimensão amorosa do espetáculo emerge da própria metodologia de investigação da artista, que não se limita a denunciar estruturas opressivas, mas busca compreender como a arte pode simultaneamente reproduzir e subverter essas mesmas estruturas. O teatro torna-se, assim, objeto de desejo e crítica, paixão e resistência, revelando a complexidade de uma artista que ama profundamente aquilo que também precisa destruir para reconstruir.

O Coletivo Cara de Cavalo: Dez Anos de Resistência Criativa

Coletivo Cara de Cavalo desenvolveu uma pesquisa consistente na cena paulistana. Foto: Mayra Azzi  

A história de Carolina Bianchi está intimamente conectada ao coletivo Cara de Cavalo, que completa dez anos em 2025. Durante uma década, o grupo desenvolveu uma pesquisa consistente na cena independente paulistana, enfrentando as limitações estruturais e financeiras que caracterizam a produção cultural brasileira.

Em post recente no Instagram, Carolina celebrou essa trajetória: “Cara de Cavalo completa 10 anos este ano. Comemoro e continuo a trabalhar duro com este grupo de pessoas que admiro profundamente.” A reflexão da artista sobre o prêmio veneziano também revela sua consciência sobre a dimensão coletiva do trabalho: “Na semana passada tivemos um Leão de Prata na Bienal de Veneza – que alegria violenta! Sinto-me profundamente honrada e sinto-me inegavelmente pequena.”

Em 2017, durante o Festival TREMA! no Recife, Carolina já demonstrava a radicalidade de sua pesquisa artística em Utopyas For Every Day Life, uma instalação performática de três horas realizada em parceria com Flávia Pinheiro. O trabalho, que questionava as fronteiras entre vida e arte, utilizava o corpo como arma de combate contra o machismo e a violência de gênero numa sociedade heteronormativa. Durante 180 minutos ininterruptos, as artistas exploravam estados de resistência e criação, permitindo ao público movimentar-se livremente pelo espaço e participar da experiência. Em minha crítica, destaquei como a dupla “gritava com o suor dos poros contra o machismo” e “avançava em pernadas para forjar nos deslocamentos a relevância da produção feminina”, antecipando questões que se tornariam centrais na Trilogia Cadela Força.

Lobo, que estreou em São Paulo em 2019, já sinalizava a potência investigativa do grupo. Na peça, Carolina dividia o palco com 16 homens em sequências performáticas intensas que combinavam corrida, queda, sexo e poesia de Emily Dickinson.

A mudança de Carolina para Amsterdã em 2020, para cursar mestrado, criou uma dinâmica transnacional que hoje permite ao grupo operar simultaneamente entre Brasil e Europa, mantendo suas raízes enquanto explora novas possibilidades de criação e circulação. Fundamental nesse processo tem sido o trabalho de produção de Carla Estefan e da Metro Gestão Cultural, responsáveis pela viabilização da complexa logística internacional que permite ao coletivo manter sua presença em festivais e palcos europeus.

O reconhecimento de Carolina Bianchi em Veneza integra um movimento crescente de artistas brasileiros que conquistam espaço no circuito internacional através da especificidade de suas pesquisas. Não se trata de um fenômeno massivo, mas de trajetórias individuais (ou de companhias) que, somadas, começam a desenhar novas possibilidades para a arte cênica nacional em contexto global.

Ficha Técnica

A Irmandade – Trilogia Cadela Força – Capítulo II
Concepção, textos e direção: Carolina Bianchi
Elenco: Chico Lima, Flow Kountouriotis, José Artur, Kai Wido Meyer, Lucas Delfino, Rafael Limongelli, Rodrigo Andreolli, Tomás Decina, Carolina Bianchi
Colaboradora de dramaturgia e pesquisa: Carolina Mendonça
Diálogo teórico e dramatúrgico: Silvia Bottiroli
Tradução para o inglês: Marina Matheus
Tradução para o francês: Thomas Resendes
Direção técnica, criação sonora e música original: Miguel Caldas
Assistente de direção: Murilo Basso
Cenografia: Carolina Bianchi, Luisa Callegari
Direção de arte e figurinos: Luisa Callegari
Iluminação: Jo Rios
Vídeos e projeções: Montserrat Fonseca Llach
Ressurreição coreográfica do prólogo e assessoria de movimento: Jimena Pérez Salerno
Câmera ao vivo e apoio artístico: Larissa Ballarotti
Estagiária: Fernanda Libman
Direção de palco e apoio à produção: AnaCris Medina
Direção de Produção, Gerência de Tournee e Comunicação: Carla Estefan
Produção: Metro Gestão Cultural; Carolina Bianchi Y Cara de Cavalo
Coprodução: KVS Koninklijke Vlaamse Schouwburg -Brussels, Theater Utrecht, La Villette –Paris, Festival d’Automne à Paris, Comédie de Genève, Internationales Sommer Festival Kampnagel, Les Célestins –Théâtre de Lyon, Kunstenfestivaldesarts, Wiener Festwochen, Holland Festival, Frascati Producties HAU Hebbel am Ufer -Berlin, and Maillon, Théâtre de Strasbourg – Scène européenne.

Agenda de Apresentações

Volkstheater, Viena – Wiener Festwochen
1 e 2 de junho de 2025

Holland Festival, Amsterdã
18 a 20 de junho de 2025

GREC, Barcelona
11 e 12 de julho de 2025

Bienal de Dança de Veneza
18 a 20 de julho de 2025

Kampnagel Sommerfestival, Hamburgo
14 a 16 de agosto de 2025

HAU, Berlim
30 de outubro e 1º de novembro de 2025

Les Célestins, Teatro Lyon
6 a 8 de novembro de 2025

Maillon, Teatro de Estrasburgo
13 a 15 de novembro de 2025

La Villette – Festival de Outono em Paris
19 a 30 de novembro de 2025

Comédie de Genève
22 a 25 de abril de 2026

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O Brasil na MitSp

Bruno Parmera, em Dinamarca. Foto: Ivana Moura

Bruno Parmera, em Dinamarca. Foto: Ivana Moura

Além de importar, exportar. Uma ação para dar visibilidade e fomentar a circulação internacional de espetáculos brasileiros contemporâneos ganha espaço na quinta Mostra Internacional de Teatro de São Paulo – MITsp 2018. Trata-se do eixo MITbr – Plataforma Brasil, que neste projeto piloto aglutina montagens de grupos e artistas de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Pernambuco, Brasília e Minas Gerais. A curadoria é assinada pelos especialistas em artes cênicas Wellington Andrade, Christine Greiner e Felipe Assis e contempla 13 produções, que terão na plateia programadores de festivais nacionais e internacionais.

Pulsam nessas encenações, urgências sobre o Brasil, reconfigurações e confrontos de mentalidades. O Grupo Magiluth, de Pernambuco, comparece com Dinamarca, montagem que dilacera o conceito de felicidade a partir de uma ideia predominante de perfeição daquele país nórdico e traça outros fios para convocar Shakespeare e seu Hamlet.

Giordano Castro, um dos atores e dramaturgo de Dinamarca tenta explicar em cena o conceito de “hygge”, que não tem uma tradução precisa, mas tem a ver com conforto, bem-estar. “Nada de falar de política, religião, questões raciais, questões de gênero ou questões de superioridade biológica…”, determina. Isso é uma ironia???

O imperativo da ideia de felicidade também está nos questionamentos criativos de Nós, os Outros Ilesos, primeira montagem brasileira do dramaturgo japonês Toshiki Okada e direção de Carolina Mendonça.

Ao todo s]ao 11 espetáculos e dois ensaios abertos. Da panorâmica crítica até o osso de Leite Derramado, uma evolução carnavalizada do Brasil, de golpes e contragolpes, inspirada no livro de Chico Buarque de Holanda, com direção de Roberto Alvim. Passando pela maior tragédia ambiental brasileira, retratada do ponto de vista do relato de suas vítimas, em Hotel Mariana.

Também estão na MITbr Caranguejo Overdrive, que questiona como as políticas públicas direcionam as exclusões e o adoecimento da população, com a transformação das cidades. A programação também inclui a exuberância interpretativa de Grace Passô em Vaga Carne. A lenda urbana de um episódio recifense sobre o emparedamento de uma jovem dançado por Eliana Santana.

Confira a programação.

CARANGUEJO OVERDRIVE

Foto: Leandro Lima / Divulgação

Peça extrapola temporalidades, indo da Guerra do Paraguai aos processos políticos recentes. Foto: Leandro Lima / Divulgação

“Caranguejo Overdrive, espetáculo da carioca Aquela Cia. de Teatro, é fruto da potência da reverberação até os dias de hoje das ideias do Manguebeat, surgido na capital pernambucana, Nordeste do Brasil, na década de 1990. No movimento que teve como propulsores nomes como Chico Science, Nação Zumbi, Fred Zero Quatro e Renato L, a música assumiu caráter político, de manifestação e denúncia social. As letras estavam cheias de referência ao Recife; em 1991, segundo uma pesquisa do Instituto de Washington, a quarta pior cidade do mundo para se viver. “É só uma cabeça equilibrada em cima do corpo / Escutando o som das vitrolas que vem dos mocambos / Entulhados à beira do Capibaribe / Na quarta pior cidade do mundo”, dizia Antene-se, de Chico Science”.

Trecho da crítica de Pollyanna Diniz Da lama ao caos (Carioca Aquela Cia. de teatro revisita Manguebeat e Josué de Castro para tratar de história, desejo e impossibilidadespara o  MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos / SESC SP. Disponível no link http://mirada.sescsp.org.br/2016/critica/da-lama-ao-caos/

Quando: Dia 06/03, às 16h e às 18h30
Onde: Teatro Sesi SP
Duração: 60 min – com legenda
Classificação indicativa: Acima de 12 anos

Ficha Técnica

Texto: Pedro Kosovski
Direção: Marco André Nunes
Com Carolina Virguez, Alex Nader, Eduardo Speroni, Fellipe Marques, Matheus Macena
Músicos em cena: Felipe Storino, Maurício Chiari e Samuel Vieira
Direção Musical: Felipe Storino
Iluminação: Renato Machado
Instalação Cênica: Marco André Nunes
Ideia Original: Maurício Chiari
Produção: Núcleo Corpo Rastreado
Produção Executiva: Thaís Venitt
Realização: Aquela Cia. De Teatro

 

LEITE DERRAMADO

Foto: Edson Kumasaka / Divulgação

O personagem gagá é defendido de forma brilhante pela atriz Juliana Galdino. Foto: Edson Kumasaka / Divulgação

“O som de Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, ocupa a cena propondo emoções contraditórias: de um ufanismo arraigado e de um profundo desprezo por tudo que está instalado no país. A cada verso as camadas de pele são arrancadas à força, numa ação brutal de descolar carnes da formação brasileira; dando um jeito de contrabandear parentescos e fazer sumir irmandades. Essa afecção de identidades como linguagem só me alcançou ao final da sessão da estreia nacional do espetáculo Leite derramado, versão cênica do romance de Chico Buarque de Hollanda (publicado em 2009), adaptado e dirigido por Roberto Alvim (…)  Eulálio d’Assumpção é um velho decrépito, que ostenta no corpo, na voz e nos gestos ressonâncias do antepassado aristocrata e da decadência dos descendentes (…) O oligarca centenário falido enverga o ocaso de sua linhagem de filhos únicos, o fim da fileira de excessos, ele mesmo derramado no corredor de um leito de hospital público”.

Trecho da crítica de Ivana Moura Alves (eu) Quebra de pactos no país dos Eulálios (Espetáculo Leite Derramado, versão cênica do romance de Chico Buarque, convoca a memória delirante do protagonista centenário para falar do Brasil de hoje) para o  MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos / SESC SP. Disponível no link http://mirada.sescsp.org.br/2016/critica/critica-quebra-de-pactos-no-pais-dos-eulalios/

Quando: Dia 06 e 07/03 às 18h
Onde: Teatro João Caetano
Duração: 60 min – Com legenda
Classificação indicativa:  Acima de 16

Ficha Técnica

Texto Original: Chico Buarque
Adaptação, Direção e Cenografia: Roberto Alvim
Com Juliana Galdino, Filipe Ribeiro, Taynã Marquezone, Caio D’aguilar, Lenon Sebastian, Luis Fernando Pasquarelli, Nathalia Manocchio e Luiz Otavio Vizzon
Trilha Sonora Original: Vladimir Safatle
Iluminação: Domingos Quintiliano
Figurinos: João Pimenta
Desenho de Som: LP Daniel
Cenotecnia e Adereços: Fernando Brettas
Programação Visual: Vicka Suarez
Fotos e Vídeos: Edson Kumasaka
Crítico Interno: Welington Andrade
Assistente de Direção: Steffi Braucks
Técnico de som e Microfonista: Dug Monteiro
Técnico de luz: Luiz Fernando Vaz Junior
Direção de Palco: Alex Peixoto
Produção: Dani Angelotti
Realização: Cubo Produções e Cia. Club Noir

 

NÓS, OS OUTROS ILESOS

Foto: Mayra Azzi / Divulgação

Primeira montagem no Brasil de um texto do dramaturgo japonês Toshiki Okada. Foto: Mayra Azzy / Divulgação

As apreensões da classe média às vésperas de uma importante eleição são exploradas a partir do pensamentos, ações e dúvidas de um casal prestes a se mudar para um apartamento recém-construído. Borrando as fronteiras entre ação e narração, discurso direto e indireto, e de uma linguagem que oscila entre o coloquial e o estranho, os atores revezam-se em diferentes papéis, do marido e esposa, uma amiga e um desconhecido. A ideia de felicidade, o medo diante do outro, a precariedade das relações sociais e a ansiedade em relação ao futuro são temas levantados em Nós, os outros ilesosprimeira montagem no Brasil de um texto do dramaturgo japonês Toshiki Okada, 45, diretor do grupo Chelfitsch.

Direção: Carolina Mendonça
Quando: Dia 06/03 às 19h e às 21h
Onde: Casa do Povo
Duração: 55 min – Com legenda
Classificação indicativa:  Acima de 14

Ficha Técnica

Dramaturgia: Toshiki Okada
Tradução: Rita Kohl
Direção: Carolina Mendonça
Atores: Fernanda Raquel, Lúcia Bronstein, Rodrigo Andreolli e Rodrigo Bolzan Cenografia: Theo Craveiro
Criação de som: Miguel Caldas
Criação de luz: Alessandra Domingues
Figurinos: Ozenir Ancelmo
Produção: Fernanda Raquel
Fotos: Mayra Azzy

 

HOTEL MARIANA

Foto: Custodio Coimbra / Divulgação

Os depoimentos retratam a simplicidade de pessoas que perderam tudo o que tinham. Foto: Custodio Coimbra / Divulgação

O desastre de Mariana, Minas Gerais, ocorreu em 5 de novembro de 2015, no vale do Rio Doce e é considerada a maior tragédia ambiental do Brasil. O rompimento da barragem do Fundão, da mineradora Samarco, despejou cerca de 55 bilhões de litros de lama espessa que se espalhou por 650 quilômetros entre Minas Gerais e Espírito Santo. Deixou 19 mortos, cerca de 300 famílias desalojadas. O distrito de Bento Rodrigues (em Mariana) ficou submerso, os de Paracatu de Baixo (também em Mariana) e Gesteira (em Barra Longa) ficaram destruídos. Fora os prejuízos imateriais, afetivos.

Uma semana após a tragédia,  o dramaturgo Muniz Pedroza visitou as localidades e gravou depoimentos dos sobreviventes. Os relatos perturbadores e surpreendentes são matéria de criação do espetáculo Hotel Mariana. Na peça, dirigida por Herbert Bianchi, os atores – portando fones de ouvido –  escutam as histórias e as reproduzem para o público.

Quando: Dia 07 e 08/03 às 20h
Onde: Complexo Cultural Funarte SP 
Duração: 70 minutos – com legenda
Classificação indicativa:  Acima de 14

Idealização e pesquisa: Muniz Pedrosa
Direção: Herbert Bianchi
Elenco: Angela Barros, Bruno Feldman, Clarissa Drebtchinsky, Fani Feldman, Isabel Setti, Letícia Rocha, Marcelo Zorzeto, Munir Pedrosa, Rita Batata, Rodrigo Caetano
Dramaturgia: Munir Pedrosa e Herbert Bianchi
Assistente de direção: Letícia Rocha
Designer de luz: Rodrigo Caetano
Cenário: Marcelo Maffei e Herbert Bianchi
Cenotécnico: Marcelo Maffei
Figurinos: Bia Piaretti e Carol Reissman
Direção de produção: Munir Pedrosa
Realização: MUN Cultural

 

VAGA CARNE

Foto: Kelly Knevels / Divulgação

Concepção, atuação e texto de Grace Passô. Foto: Kelly Knevels / Divulgação

Vaga Carne é a  história de uma voz rebelde e errante e um corpo invadido. É difícil fazer uma sinopse da peça. A voz tem a capacidade de invadir matérias líquidas, sólidas ou gasosas. Depois de perambular pelo mundo ocupa o corpo da mulher, vasculha o que existe por dentro. ali e passa a se identificar com a imagem que ocupa. E narra essa experiência: o que sente, o que finge sentir, o que é insondável em si, como repercute sua imagem no outro, o que significa um corpo enquanto construção social. Identidade e pertencimentos são temas que estão presentes e não estão no discurso diretamente. Grace Passô arma desconexões entre gestos e falas, num jogo entre palavra e movimento. Numa “tempestade poética”, a atriz ergue questões feminismo, estereótipo, preconceito, sem concluir raciocínios.

Quando: Dia 06/03  às 21h e às 23h
Onde: Galpão do Folias
Duração: 50 min – Com Legenda
Classificação indicativa:  Acima de 14

Ficha Técnica

Concepção, atuação e texto: Grace Passô
Equipe de criação: Kenia Dias, Nadja Naira, Nina Bittencourt e Ricardo Alves Jr.
Luz: Nadja Naira
Técnico e operador de luz: Edimar Pinto
Trilha sonora | operador de som: Ricardo Garcia
Figurino: Virgílio Andrade
Pesquisa e produção: Nina Bittencourt

 

 

A EMPAREDADA DA RUA NOVA

A Emparedada da Rua Nova, obra literária do escritor pernambucano Carneiro Vilela (1846-1913) foi levada ao palco como uma farsa por um grupo recifense e ganhou as telinhas numa minissérie sensualizada. A montagem pernambucana de 2010 chamada O Amor de Clotilde por um Certo Leandro Dantas investe no melodrama do circo-teatro e abusa dos clichês presentes em folhetins, cinema e novelas. Além disso o grupo insere reviravoltas eletrizantes e dá um novo desfecho para o casal protagonista que viveu um amor proibido no Recife do século 19. A série televisiva aposta na tragédia de um conquistador que seduz de mãe e filha, ambientada num Brasil arcaico.

O solo de dança A Emparedada da Rua Nova, da intérprete e coreógrafa Eliana de Santana parece perseguir o clima original do livro. O texto de Vilela explora o episódio de uma moça que é emparedada viva, por ordem do pai.

Utilizando velas para iluminar o espaço, Eliana de Santana traça evoluções desse corpo murado, num ambiente de mistério. Essa lenda urbana sobre o emparedamento da jovem leva para a cena traços da violência contra a mulher, a situação feminina, num clima sobrenatural de aparições, lembranças e cantos de amor.

Direção: Eliana de Santana
Quando: 07/03, às 20h e 22h
Onde: Teatro do Sesc Ipiranga
Duração: 45 min

Classificação indicativa: Acima de 14

Ficha Técnica

Direção Geral e interpretação: Eliana de Santana
Performer convidado, criação de luz e espaço cênico: Hernandes de Oliveira
Trilha sonora e Figurinos: Eliana de Santana e Hernandes de Oliveira
Operação de luz e som: Rodrigo Eloi Leão
Produção: E² Cia de Teatro e Dança
Fotos: Rodrigo Eloi Leão

 

CANTO PARA RINOCERONTES E HOMENS

Foto Cacá Bernardes

Foto Cacá Bernardes

Canto Para Rinocerontes e Homens é um musical livremente inspirado na peça O Rinoceronte, do dramaturgo franco-romeno Eugène Ionesco (1909-1994). Trata da brutalização do ser humano e a extinção da humanidade. A montagem é do grupo Teatro do Osso, formado por ex-alunos da Escola de Arte Dramática (EAD-USP), com direção: Rogério Tarifa.

Os sete atores da peça cantam em coro para expor a transformação dos homens em rinocerontes. Além do texto de Ionesco.  outras dramaturgias são utilizadas. Cada ator potencializa um tema, como crimes de ódio, violência, queda das utopias, ensino, trabalho e culto a beleza. A obra original, escrita em 1959, é interpretada como uma metáfora para a hegemonia dos regimes totalitários durante a Segunda Guerra Mundial

Quando: Dias 07 e 08/03, às 17h
Onde: Galpão do Folias
Duração: 180 min – Com legenda
Classificação indicativa: Acima de 16

Ficha Técnica

Direção: Rogério Tarifa
Teatro do Osso: Guilherme Carrasco, Isadora Títto, Luísa Valente, João Victor Toledo Murillo Basso, Renan Ferreira, Rubens Alexandre e Viviane Almeida
Dramaturgia: Jonathan Silva, Rogério Tarifa e elenco
Direção Musical e Preparação Vocal: William Guedes
Músicos: Bruno Pfefferkorn e Filipe Astolfi
Composição (Músicas Inéditas): Jonathan Silva
Cenário: Rogério Tarifa
Cenotécnico: Zito Rodrígues
Figurino: Silvana Carvalho, Rogério Tarifa e elenco
Colaboração: Artur Abe
Consciência Corporal e Direção de Movimento: Érika Moura
Desenho de Luz: Rafael Souza Lopes
Operador de Luz: Nara Zocher
Vídeo: Flávio Barollo
Supervisão do Teatro de Animação: Luiz André Cherubini
Fotos: Cacá Bernardes

 

DINAMARCA

Magiluth discute a ideia de hygge, palavra que contém o segredo da felicidade dinamarquesa. Isso é uma ironia??? Foto: Ivana Moura

Magiluth discute a ideia de hygge, palavra que contém o segredo da felicidade dinamarquesa. Isso é uma ironia??? Foto: Ivana Moura

“A montagem atravessa muitas questões urgentes, para uns, como tudo na vida. Como a própria existência. Nada é absoluto. Maneja com habilidade os relativismos. Embrenha-se em círculos de invenções sociais. Com a ironia até a tampa, que às vezes transborda em riso (da plateia inclusive), o espetáculo lacera com palavras e com a articulação sutil das dobraduras da ficção, que se aproxima da realidade dolorosa. A trama de Shakespeare entra na cena de Dinamarca como um trampolim para avistar o Brasil e o mundo de um capitalismo acelerado e excruciante. A montagem é armada para tornar palpável sentimentos molestadores que nos assaltam em 2017/2018. Os golpes invadem o jogo de forma violenta em raios de ironia e cinismo dos discursos dos encastelados”.

Trecho da minha crítica ao espetáculo Dinamarca para o Satisfeita, Yolanda? no link http://www.satisfeitayolanda.com.br/blog/2017/08/05/nao-se-enganem-dinamarca-e-pedreira/ 

Mais Dinamarca no Satisfeita, Yolanda?

http://www.satisfeitayolanda.com.br/blog/2017/08/02/magiluth-no-reino-feliz-da-dinamarca/

http://www.satisfeitayolanda.com.br/blog/2017/08/10/quatro-visoes-sobre-dinamarca-do-magiluth/

Quando: Dia 08 e 09/03 às 21h
Onde: Centro Compartilhado de Criação
Duração: 80 minutos – com legenda
Classificação indicativa: Acima de 18

Ficha Técnica

Direção: Pedro Wagner
Dramaturgia: Giordano Castro
Elenco: Bruno Parmera, Erivaldo Oliveira, Giordano Castro, Mário Sergio Cabral, Lucas Torres
Desenho de Som: Miguel Mendes e Tomás Brandão (Pachka)
Desenho de Luz: Grupo Magiluth
Direção de Arte: Guilherme Luigi
Fotografia: Bruna Valença e Danilo Galvão
Design Gráfico: Guilherme Luigi
Técnico: Lucas Torres
Realização: Grupo Magiluth

 

PROCEDIMENTO 2 PARA LUGAR NENHUM

Foto: MitSp / Divulgação

Trabalho de Vera Sala. Foto: MitSp / Divulgação

Entre o ruir e resistir ao colapso, Vera Sala expõe um corpo em estado alterado de percepção.  No tempo suspenso entre um instante e outro, o corpo se exaure, esvazia, dissolve seus contornos e limites. Elementos como uma placa de vidro, lâmpada piscando, cacos de vidros podem armar conexões com esse corpo repleto de memórias do processo de criação entre derivas, caminhos erráticos e vertigens nesse Procedimento 2 para lugar nenhum. A criadora-intérprete investiga um corpo “instalado”, que produz forma e se reconfigura no ambiente onde se instala.

DireçãoVera Sala
Quando: Dia 09 e 10/03  às 15h
Onde: Oficina Cultural Oswald de Andrade
Duração: 50 min
Classificação indicativa:  Acima de 12

Ficha Técnica

Concepção e direção geral: Vera Sala
Arquitetura e luz: Hideki Matsuka
Desenho de som: Tom Monteiro
Estimulo a auto percepção do movimento: José Antonio Lima
Agradecimento pela colaboração artística: Luiz Päetow
Projeto gráfico: Érico Peretta
Técnico de Luz: Igor Sane
Cenotécnico: Wanderley Wagner da Silva
Assistente de produção: Marcelo Leão
Direção de produção: Dora Leão –PLATÔproduções
Colaborações e compartilhamentos: Diego Alves Marques, Rubia Braga
Agradecimentos: Casa das Caldeiras

 

DNA DE DAN

Foto: Guto Muniz

Concepção e performance de Maikon K. Foto: Guto Muniz

Maikon K opera nas fronteiras entre performance, dança e teatro. DNA de DAN é uma dança-instalação inspirada no arquétipo da serpente. Num ambiente inflável e transparente, criado por Fernando Rosenbaum, o artista recebe uma substância no seu corpo, que quando seca funciona como uma outra pele. Depois desse procedimento, o público entra nesse espaço artificial para acompanhar a performance e as transformações no corpo do performer e a capacidade Maikon K de alterar percepções.

Quando: Dia 09/03  às 21h – Sesc Ipiranga
Dia 10/03  às 18h – Galeria Vermelho
Duração: 70 minutos
Classificação indicativa: Acima de 18

Ficha Técnica

Concepção e Performance: Maikon K
Ambiente: Fernando Rosenbaum
Pele: Faetusa Tezelli
Iluminação: Victor Sabbag
Orientação de Movimento: Kysy Fischer
Incentivo: Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna

 

DE CARNE E CONCRETO – UMA INSTALAÇÃO COREOGRÁFICA

Foto Mila Petrillo / Divulgação

Anti Status Quo Companhia de Dança é de Brasília. Foto Mila Petrillo / Divulgação

De Carne e Concreto – Uma Instalação Coreográfica, da Anti Status Quo Companhia de Dança, de Brasília (DF), questiona como viver em sociedade em grandes centros urbanos e a lógica do sistema econômico atual. A peça coreográfica inicia quando o público entra no espaço performático usando sacolas de papel na cabeça, como máscaras. A montagem atua na fronteira entre performance, intervenção urbana, artes visuais, dança contemporânea e experimentos sociais. Os recentes trabalhos do grupo, fundado em 1988, investigam a relação entre corpo e cidade, comportamento social, arte como experiência, arte relacional e participação do espectador.

Quando: Dia 09 e 10/03  às 20h
Onde: Tendal da Lapa
Duração: 140 minutos
Classificação indicativa: Acima de 18

Ficha Técnica

Grupo: Anti Status Quo Companhia de Dança (Brasília – DF)
Direção Artística, Dramaturgia e Conceito: Luciana Lara
Pesquisa e Concepção: Luciana Lara em colaboração com bailarinos e artistas convidados
Elenco: Camilla Nyarady, Cristhian Cantarino, Déborah Alessandra, João Lima, Luciana Matias, Marcia Regina, Raoni Carricondo e Roberto Dagô
Bailarinos Colaboradores do Processo Criativo: Camilla Nyarady, Carolina Carret, Cristhian Cantarino, João Lima, Luara Learth, Raoni Carricondo, Robson Castro e Vinícius Santana
Artistas Convidados Colaboradores do Processo Criativo: Marcelo Evelin, Gustavo Ciríaco e Denise Stutz
Figurino e Máscaras: Luciana Lara e elenco
Assessoria de Iluminação: James Fensterseifer e Marcelo Augusto
Produção: Marconi Valadares
Fotos Divulgação: Mila Petrillo

 

 

 

Riso – ENSAIO ABERTO

A cia. é dirigido por Key Sawao e Ricardo Iazzetta. Foto: Ines Correa / Divulgação

A cia. é dirigido por Key Sawao e Ricardo Iazzetta. Foto: Ines Correa / Divulgação

O que se passa nos corpos e no espaço quando o riso ri?, pergunta o núcleo de dança key zetta e cia., nesse trabalho. O riso se apresenta como proposta política, de tomada de posições, provocação, alívio e felicidade. O riso se materializa no corpo nas coreografias da dança. O riso salta como forma de existir, num território fronteiriço, em que o humor é apenas uma das nuances para criar uma variação de sentidos. Montagem integra o projeto Horizonte, contemplado pelo Programa de Fomento à Dança, da Secretaria Municipal de Cultura São Paulo.

Quando: Dia 08/03  às 14h
Onde: Teatro de Vertigem
Duração: 40 minutos
Classificação indicativa: Acima de 12

*Ingressos distribuídos 1 hora antes no local

Ficha Técnica

Direção: Key Sawao e Ricardo Iazzetta
Criação e Dança: Beatriz Sano, Carolina Minozzi, Key Sawao, Mauricio Florez e Ricardo Iazzetta
Espaço Cênico e Coordenação de Arte: Hideki Matsuka
Encontros intensivos: Nadja Naira, Gustavo Miranda, Luiz Fuganti
Desenho de Luz: Domingos Quintiliano
Design Gráfico: Erico Peretta e Hideki Matsuka (fotos)
Figurinos: Alex Cassimiro
Registro em Vídeo: Doctela
Montagem de vídeo-clipe: Henrique Cartaxo
Produção: Núcleo Corpo Rastreado

 

Imprevisível – ENSAIO ABERTO

Foto: Vitor Vieira / Divulgação

Concepção, direção artística e preparação corporal são assinados por Zélia Monteiro. Foto: Vitor Vieira / Divulgação

O Núcleo de Improvisação aposta na transitoriedade e nas múltiplas possibilidades de conexões da arte no momento em que é criada. Em Improvisação – Ensaio aberto, a dança é composta no presente, na articulação de cada bailarino; no jogo pulsante e imediato com outros elementos da cena como música, luz, espaço, figurinos e principalmente em diálogo com o público.

Quando: Dia 08/03  às 14h
Onde: Teatro da Vertigem
Duração: 40 minutos
Classificação indicativa: Acima de 14

*Ingressos distribuídos 1 hora antes no local

Ficha Técnica

Concepção, Direção Artística e Preparação Corporal: Zélia Monteiro
Criação Dança: Ernesto Filho, Marcela Páez, Mel Bamonte, Paulo Carpino e Zélia Monteiro
Criação Luz: Hernandes de Oliveira
Criação Musical: Felipe Merker Castellani
Criação Figurino: Joana Porto
Produção: Ação Cênica Produções Artísticas
Assistente de Produção: Rafael Petri

 
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