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Marcas do passado escravocrata

Espetáculo A Última Cólera no Corpo de Meu Negro

Espetáculo A Última Cólera no Corpo de Meu Negro

Raphael Gustavo, autor e intérprete de A Última Cólera no Corpo de Meu Negro, expõe o racismo da sociedade brasileira e enfoca as tensões entre casa grande e senzala com os elementos de sexualidade e religiosidade. Nessa história situada no século 19, o protagonista Bastião trava uma luta, um jogo de humilhações com outro ser humano. Amor, ódio e perversidade fazem uma trama de segredos e prisões que o tempo irá cobrar.

O espetáculo faz apresentações neste sábado e domingo, na sede do Poste. A Cia Experimental de Teatro, de Vitória de Santo Antão, interior de Pernambuco, desenvolve há quase uma década trabalhos com a questão da herança afrodescendente. Em A Última Cólera no Corpo de Meu Negro a montagem contou com a colaboração dos artistas d’O Poste Soluções Luminosas, Samuel Santos e Naná Sodré, que também investigam o universo da cultura negra para combater o preconceito. 

Ficha técnica
Texto: Raphael Gustavo
Direção: César Leão
Preparação Corporal: Cleiton Santiago
Preparação De Ator: O Poste- Soluções Luminosas (Samuel Santos, Naná Sodré)
Sonoplastia: Fabiano Falcão
Cartazes: Ian de Andrade
Fotos: Lucivânio Moura

SERVIÇO
A Última Cólera no Corpo de Meu Negro, com a Cia Experimental de Teatro
Onde: Espaço O Poste- Rua da Aurora- 529- Boa Vista
Quando: Sábado, 11/03, às 20h e domingo, 12/03, às 19h
Quanto: R$ 20

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Sensualidade e fé em peça de Vitória

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Ator Raphael Gustavo estreia solo na sede da Fiandeiros. Foto: Lucivânio Moura

O solo A Última Cólera no Corpo de Meu Negro, com interpretação e dramaturgia de Raphael Gustavo, investiga o racismo, a sexualidade, a cultura e a fé. O espectro é amplo. Mas para trabalhar todas essas questões o atuador nos conduz a uma senzala, onde encontramos Bastião trancado com outro ser humano escravizado (presente de seu pai). Em meio a um jogo de humilhações e luta algo estranho é construído. O personagem relembra desse passado em que ódio e amor se enroscam num território onde religiosidade e sensualidade duelam. Há segredos que precisam ser liberados para libertação dos sentimentos que enclausuram.

A história ocorreu no século passado e atravessa o tempo para revelar os fios que ainda ligam os mesmos conflitos. “Eles pensavam que estavam sozinhos naquela senzala. Mas os orixás e os deuses não dormem. Exu não dorme. Estavam o tempo todo ali, dançando e girando naquele lugar, enquanto os observavam. Dois falos, dois meninos, dois homens e o desespero. Um tinha cal no couro, o outro tinha café. Um falava a língua dos bichos, o outro se desfazia de sua fé”.

A Última Cólera no Corpo de Meu Negro, da Cia. Experimental de Teatro de Vitória – PE, faz sua estreia nesta quarta-feira, às 19h, no Espaço Fiandeiros, dentro da programação do
Outubro ou Nada – 1º festival de Teatro Alternativo do Recife. Volta a se apresentar no 21 de Outubro, às 19h no Espaço O POSTE.

A Cia. Experimental de Teatro desenvolve os seus trabalhos há 14 anos. Fundada pelo ator e diretor, César Leão, atualmente é formada por Arlan Brum, Bianca Lira, Cecília Lopes, César Leão, Fabiano Falcão e Raphael Gustavo. Eles mantêm a Cia sem qualquer ajuda governamental.

Ficha técnica
Texto: Raphael Gustavo
Direção: César Leão
Preparação Corporal: Cleiton Santiago
Preparação De Ator: O Poste- Soluções Luminosas (Samuel Santos, Naná Sodré)
Sonoplastia: Fabiano Falcão
Cartazes: Ian de Andrade
Fotos: Lucivânio Moura

SERVIÇO
A Última Cólera no Corpo de Meu Negro, com a Cia Experimental de Teatro
Dia 5 de Outubro, às 19h, na FIANDEIROS, Matriz da Boa Vista, 46;
Dia 21 de Outubro, às 19h no Espaço O POSTE, Rua da Aurora, 529
Quanto: R$ 20 e R$ 10

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