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Um Shakespeare acessível

Gustavo Gasparani interpreta Ricardo III e mais de 20 personagens. Fotos: Rômulo Juracy

Gustavo Gasparani interpreta Ricardo III e mais de 20 personagens. Foto: Rômulo Juracy

log-cena-bsbAo revelar a potência da maldade humana, Richard III se tornou uma das figuras mais fascinantes da galeria de William Shakespeare. Explorada pelos mais diversos ângulos e distintas abordagens, essa tragédia pelo trono da Inglaterra já rendeu montagens e filmes memoráveis. A encenação com Gustavo Gasparani, um dos fundadores da Cia dos Atores, com direção de Sergio Módena, é reduzida a um único intérprete, que narra e abarca os principais papéis.

A cena de Ricardo III é despojada. Uma extensa lousa ao fundo exibe a árvore genealógica dos Plantageneta. Enquanto o público se ajeita no auditório, Gustavo fala feito um professor sobre a Guerra das Rosas – o confronto de trinta anos (1455-1485) que contrapôs as castas dos York (cujo símbolo era a rosa branca) e os Lancaster (a rosa vermelha). Gasparani também avisa que vai precisar da participação da plateia em algumas cenas e que conta com a imaginação dos espectadores para preencher os trechos narrados, da Inglaterra na Idade Média, com seus castelos, trajes palacianos e batalhas sangrentas.

O protagonista shakespeariano quer ser rei. Mas entre ele e o trono existem algumas figuras como prioridade. O rei Edward IV e George, Duque de Clarence, seus irmãos, os dois filhos do rei, ainda meninos.

Além do quadro branco, o cenário, assinado por Aurora dos Campos, é constituído por um cabideiro, uma mesa, uma cadeira, uma luminária e uma dúzia de canetas pilotos. Esses objetos podem assumir função de personagem em algum momento. A iluminação de Tomás Ribas rompe um pouco o clima de sala de aula. O figurino, assinado por Marcelo Olinto, é composto por uma calça básica, uma blusa cinza e tênis.

Com algumas nuances, gestos, movimentações de palco e inflexões de voz, Gasparani assume as principais figuras do espetáculo, do vilão principal às suas vítimas. E narra na acepção do narrador benjaminiano, de sugerir experiências, aproximando inclusive da realidade brasileira, atual ou remota. Ao destrinchar os bastidores da política, o ator ironiza que aquelas intrigas, imoralidade, lutas pelo poder são coisas da Idade Média. Até parece.

Movido pela egolatria, vingança e perversidade e usando da sedução, dissimulação e cinismo, o personagem-título faz de sua inteligência e habilidade de manipular as pessoas armas robustas para chegar ao seu destino. Para compor o invejoso e corcunda Duque de Gloucester o ator inclina o quadril, manca ao andar, torce uma das mãos.

Pilotos azul e vermelho representam os exércitos inimigos

Pilotos azul e vermelho representam os exércitos inimigos

É corajosa a iniciativa de erguer a difícil história de Ricardo III com recursos mínimos. E nisso há vantagens e desvantagens. O intérprete consegue prender a atenção da plateia que acompanha e vez por outra é questionada se está entendendo a trama. É uma montagem que atende bem a grupos não iniciados na complexidade da peça. Também fascinante é a experimentação entre espaços, os diálogos dramáticos e os comentários e reflexões aproximando da contemporaneidade. Desse contraponto entre diegese e mimese.

A tradução em verso de Ana Amélia Carneiro de Mendonça rasga o palco praticamente vazio de beleza em várias ocasiões. E é muito bom que Ricardo III chegue numa linguagem acessível. Inclusive sustentar que a natureza humana, em seu lado mais sombrio, é muito suscetível perante o mais insignificante vislumbre de poder até hoje.

Mas por outro lado estar sozinho para se multiplicar em tantos personagens traz limites. Ao compor a personagem corcunda, deformada e maquiavélica de Shakespeare dividido com dezenas de papeis, inclusive os femininos, utilizando tão poucos elementos compromete a intensidade. O ritmo exigido pela multiplicação dilui a vilania, a maldade do protagonista. Ao exibir esse “horrendo conto” Gustavo Gasparani exerce mais sedução do que seu protagonista.

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Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é

Montagem A geladeira, da Companhia AntiKatártiKa Teatral (AKK). Fotos: Junior Aragão

Montagem A geladeira, da Companhia AntiKatártiKa Teatral (AKK). Fotos: Junior Aragão

log-cena-bsbNelson Baskerville, diretor de A geladeira, argumentou em uma entrevista que qualquer obra que se posicione a favor dos “direitos LGBT é de extrema importância, pois o preconceito é um erro e não apenas uma piada. Ele mata”. Copi, pseudônimo do franco-argentino Raúl Natalio Roque Damonte Botana, (1939-1987) impregnou seu trabalho de um caráter transgressor e advogou pela plena liberdade de se ser o que é. Esse dado contra o preconceito aufere relevância no Brasil em que grupos fundamentalistas ganham espaços de poder e carregam atrás de si fiéis que acreditam nas asneiras preconceituosas, inclusive na “cura gay”.

A crítica ao preconceito é uma linha de uma rede dessa montagem da companhia AntiKatártiKa Teatral (AKK), com o ator Fernando Fecchio. Mas não é a única. A geladeira envereda por questões caras da nossa modernidade líquida, de identidades estilhaçadas e de solidão que beira ao absoluto.

“O texto traz a marca da caricatura, do desenho cômico, que busca marcar o gestual, ‘fixar’ expressões ou situações, como se o tempo congelasse neste quadro, mas se seguisse o gesto pela sua retomada no quadro imediatamente seguinte. Certo ‘exagero’, típico da caricatura, é artifício para se vislumbrar a realidade aumentada, potencializada em todas as possibilidades.” Atesta a poeta e pesquisadora pernambucana Renata Pimentel sobre a obra do escritor, dramaturgo, cartunista e ator travesti, em seu livro Copi – Transgressão e Escrita Transformista (Editora: Confraria do Vento, 2011).

A produção de Copi é difícil por estar revestida de grossas camadas culturais. Baskerville aponta para alguns fundos falsos na peça. O primeiro plano de A Geladeira explora o lado engraçado e cheio de clichês da situação vivida pela protagonista. Ao atingir uma certa profundidade, outra cava é desvendada para provocar outras reflexões. A cena mostra complexidades, em meio a tiradas irônicas, sarcásticas, mordazes.

O sociólogo polonês Zygmunt Bauman nos indica que a “‘identidade’ só nos é revelada como algo a ser inventado, e não descoberto” na modernidade líquida. E que “as identidades ganharam livre curso, e agora cabe a cada indivíduo capturá-las em pleno voo”.

Essas questões de Bauman são projetadas no espetáculo. O ator Fernando Fecchio se desdobra em vários personagens da peça. Um ser andrógino, L. se apresenta como homossexual em estado de esgotamento ao completar 50 anos e ser presenteado com uma geladeira; sua psicóloga – A pastora/psiquiatra; a criada Goliasta, a sua própria Mãe, vozes do telefone – como o amigo Hugh, da Autrália; e do relógio da sala, ou o fantasma de si mesmo. No texto L., mostra-se um ser andrógino

Baskerville dispõe na beirada do palco de cubos de formar palavras, a frase “Todo mundo é gay”. Isso norteia o eixo do personagem homossexual, que se desdobra em outros. De ex-modelo histérico, que busca escrever sua autobiografia, que é estuprada pelo seu chofer, que é chantageado por sua mãe.

peça A geladeira do Companhia AntiKatártiKa Teatral (AKK). Foto: Junior Aragão

Espetáculo tem direção de Nelson Baskerville

A figura se desconstrói e se transforma em ações non senses, que ressignificam o mundo contemporâneo. Desses tempos marcados pela fragmentação do indivíduo. O ator transita com propriedade pelos personagens, dança, modula vozes, desnorteia o espectador.

Fernando Fecchio opera o jogo, a sobreposição, a aglutinação e o confronto em uma cena frenética, em que muda de papéis com um ou outro adereço cênico, ou manipulação de uma boneca de tamanho humano.

O ritmo é acelerado, num jogo de diálogos aparentemente ilógicos. Carregados de estranhamento, com toques grotesco, imagens de distorções, elementos kitsch, exageros. O intérprete se estica com potência nesse jogo entre personagens, em que essas figuras da cena buscam esconder o fator precário, às vezes dolorido da existência, típico da criatura contemporânea.

É interessante que o título e o elemento propulsor seja um refrigerador, objeto de consumo comum a todos e que remete para o paradigma do gasto da pós-modernidade em batimento com a ideia de produção da modernidade. Esse sujeito plural, heterogêneo está fraturado por carências, falhas, urgências.

Fernando Fecchio se multiplica em vários papéis

Fernando Fecchio se multiplica em vários papéis

O fotógrafo David LaChapelle – com sua leitura escrachada “de contrastes assustadores e nuances surrealistas”, que para suas imagens capta o clima da excitada sociedade de consumo é uma referência na concepção visual do espetáculo. As cores vibrantes do cenário e a tentativa desesperada de glamour para o personagem da peça traz esse toque de beleza e bizarro. Em algumas fotos de LaChapelle, o mundo desmorona e um elemento na imagem tenta manter o charme.

Mas se o diálogo com o fotógrafo puxa para o universo pop o século 21, a geladeira vermelha instalada no meio da cena é vintage, e sobrevive entre outros adereços que parecem sucatas e que conferem um clima de decadência.

A trilha sonora reforça o ambiente entre os anos 1970 e 1980, com clássicos de artistas como Barry Manilow, Queen e Love Unlimited Orchestra e números típicos das boates gays.

Os apontadores setecentistas e oitentistas também colocam um pé no freio no vigor do texto de Copi com suas bizarrarices e contradições, de traços extravagantes. É como se a audácia e o universo avassalador de Copi se perdesse um pouco pelo caminho em planos estilísticos já repetidos à exaustão.

O dramaturgo franco-argentino Copi vem sendo descoberto no Brasil

O dramaturgo franco-argentino Copi vem sendo descoberto no Brasil

Ficha Técnica

Autor: Copi.
Direção: Nelson Baskerville.
Assistente de direção: Thais Medeiros.
Assistente de movimento: Erika Puga.
Elenco: Fernando Fecchio.
Preparação corporal: Tutto Gomes.
Figurino: Marichilene Artisevskis.
Cenário: Amanda Viera e Nelson Baskerville.
Aderecista: Amanda Vieira.
Boneca adereço: Marcela Donato.
Visagismo: Emi Sato .
Iluminação: Wagner Freire.
Trilha Sonora: Daniel Maia e Nelson Baskerville.
Assistente Técnico: Felipe Jóia.
Fotos: Sossô Parma e Raul Zito.
Apoio teórico: Renata Pimentel.
Produção: Fernando de Marchi -De Marchi Produções.
Criação: AntiKatártiKa Teatral (AKK).
Duração: 50 minutos

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Provocações do Cena Contemporânea

Salina (A última vértebra), em montagem da Amok Teatro, Junior Aragão

Salina (A última vértebra), em montagem da Amok Teatro. Foto: Junior Aragão

log-cena-bsbÉ uma alegria voltar ao Cena Contemporânea, um ano depois com a programação mais robusta. A 16ª edição do Cena Contemporânea – Festival Internacional de Teatro de Brasília começou terça-feira passada (18/08) e abriga 27 espetáculos cênicos, sendo nove internacionais, outros nove de seis estados brasileiros e mais nove produzidos no Distrito Federal. A edição de 2015 comemora os 20 anos de festival.  E neste ano voltaram as oficinas teatrais, os debates e os shows musicais. A maratona do Satisfeita Yolanda para acompanhar as peças começa hoje, com A geladeira, com o Antikartátika Teatral, direção de Nelson Baskerville e atuação de Fernando Fecchio.

O teatro contemporâneo, com as possibilidades de intervenções tecnológicas e diálogos com o cinema, e o chamado “teatro puro” são vértices da programação. Uma epopeia africana sobre exílio, ódio e perdão da companhia Amok Teatro foi uma das atrações. Levou ao palco o Salina (A última vértebra), com texto inédito no Brasil, do francês Lurent Gaudé, um espetáculo com mais de três horas e apenas atores negros em cena. Outro destaque foi a exibição de The mother, um texto de Stanislaw Ignacy Witkiewicz também inédito no Brasil, com a célebre atriz polonesa Jolanta Juszkiewicz.

Também já passaram por aqui os delicados e instigantes Jacy, do Grupo Teatro Carmin, de Natal e Isso te interessa?, da companhia brasileira de teatro. Uma adaptação do texto Bon, Saint Cloud, da dramaturga francesa Noëlle Renaude, com direção de Marcio Abreu.

E se elas fossem para Moscou?, foto: Junior Arag

E se elas fossem para Moscou?. Foto: Junior Aragão

A abertura foi E se elas fossem pra Moscou?, da Cia Vértice, do Rio de Janeiro, obra que mescla teatro e cinema ao produzir, simultaneamente, uma peça e um filme.  Sob direção de Cristiane Jatahy, o trabalho de intercâmbio entre as linguagens cênica e fílmica é inspirado em As três irmãs, de Anton Tchekhov.

Alaôr Rosa, um dos coordenadores do Cena Contemporânea, na abertura do festival. Foto: Junior Aragão

Alaôr Rosa, um dos coordenadores do Cena Contemporânea, na abertura do festival. Foto: Junior Aragão

A provocação do cena a partir do palco começou em 25 de agosto de 1995, por iniciativa do ator, diretor Guilherme Reis, que assumiu a Secretaria de Cultura no começo do ano. Quem coordena o evento em 2015 é o produtor Alaôr Rosa ao lado de Michele Milani. Alaôr divide a curadoria do festival com o diretor Francis Wilker.

A DocumentaCena – Plataforma de Crítica, que articula ideias e ações dos blogs Horizonte da Cena e Satisfeita, Yolanda?, da Questão de Crítica – Revista eletrônica de críticas e estudos teatrais e do site Teatrojornal – Leituras de Cena participa do 16º Cena Contemporânea. As críticas referentes aos espetáculos da programação são postadas no site do festival e também nos blogs que integram a plataforma do DocumentaCena:

www.cenacontemporanea.com.br

www.satisfeitayolanda.com.br/blog

www.horizontedacena.com

www.teatrojornal.com.br

www.questaodecritica.com.br

The Mother, com a célebre atriz polonesa. Foto: Rômulo Juracy

The Mother, com a célebre atriz polonesa Jolanta Juszkiewicz . Foto: Rômulo Juracy

Programação Completa – Cena 2015
18/08 – TERÇA

20h – Teatro Sesc Newton Rossi – Ceilândia
Albert Herring – Casa da Cultura Brasília (DF)

19h e 21h30 – Teatro Funarte Plínio Marcos
E Se Elas Fossem Pra Moscou? – Cia Vértice (RJ)

19/08 – QUARTA

20h – Teatro Sesc Newton Rossi – Ceilândia
Albert Herring – Casa da Cultura Brasília (DF)

21h – Teatro SESC Garagem
Quarteto – Teatro NU (BA)

19h e 21h30 – Teatro Funarte Plínio Marcos
E Se Elas Fossem Pra Moscou? – Cia Vértice (RJ)

21h – Teatro da Caixa
D’eux #2 E Gravité – Fabrice Lambert (França)

20h – Teatro Sesc Paulo Gracindo – Gama
2 + 2 = 2 – Akhmeteli Theatre/Rodrigo Fischer (Geórgia/Brasil)

19h – Teatro Goldoni
The Mother – Kropka Theatre (Polônia/Austrália)

21h – Teatro Dulcina
Casaverde – Cia de Teatro O Bando (Portugal)

20/08 – QUINTA

21h – Teatro SESC Garagem
Quarteto – Teatro NU (BA)

21h – Teatro da Caixa
D’eux #2 E Gravité – Fabrice Lambert (França)

20h – Teatro Sesc Newton Rossi – Ceilândia
2 + 2= 2 – Akhmeteli Theatre/Rodrigo Fischer (Geórgia/Brasil)

19h – Teatro Goldoni
The Mother – Kropka Theatre (Polônia/Austrália)

19h – Teatro Funarte Plínio Marcos
Salina (A Última Vértebra) – Amok Teatro (RJ)

21h – Teatro Dulcina
Casaverde – Cia de Teatro O Bando (Portugal)

21/08 – SEXTA

20h – Teatro Sesc Paulo Gracindo – Gama
Albert Herring – Casa Da Cultura Brasília (DF)

20h – Espaço Pé Direito da Vila Telebrasília
Uma História Simples – Trapusteros Teatro (DF)

20h – Teatro Sesc Paulo Autran – Taguatinga
Iara – O Encanto Das Águas – Cia. Lumiato Teatro De Formas Animadas (DF)

19h – Teatro Funarte Plínio Marcos
Salina (A Última Vértebra) – Amok Teatro (RJ)

21h – Teatro Dulcina
2 + 2 = 2 – Akhmeteli Theatre/Rodrigo Fischer (Geórgia/Brasil)

22/08 – SÁBADO

20h – Teatro Sesc Paulo Gracindo – Gama
Albert Herring – Casa Da Cultura Brasília (DF)

20h – Centro Social Comunitário Zilda Arns – Varjão
Quando O Coração Transborda – Esquadrão Da Vida (DF)

19h – Teatro Goldoni
Jacy – Grupo Teatro Carmin (RN)

21h – Teatro da Caixa
Isso Te Interessa? – companhia brasileira de teatro (PR)

20h – Teatro Sesc Paulo Autran – Taguatinga
2 + 2= 2 – Akhmeteli Theatre/Rodrigo Fischer (Geórgia/Brasil)

21h – Teatro SESC Garagem
Staying Alive – Matarile Teatro (Espanha)

19h – Local Secreto
En Contra #experimento 1 – Teatro do Instante (DF)

23/08 – DOMINGO

19h – Teatro Funarte Plínio Marcos
Iara – O Encanto Das Águas – Cia. Lumiato Teatro De Formas Animadas (DF)

20h – Teatro Dulcina
Desbunde – Juliana Drummond (DF)

18h – Teatro Goldoni
Jacy – Grupo Teatro Carmin (RN) 

20h – Teatro da Caixa
Isso Te Interessa? – companhia brasileira de teatro (PR)

20h – Teatro SESC Garagem
Staying Alive – Matarile Teatro (Espanha)

19h – Local Secreto
En Contra #experimento 1 – Teatro do Instante (DF)

25/08 – TERÇA

20h – Teatro Sesc Paulo Autran – Taguatinga
Albert Herring – Casa Da Cultura Brasília (DF)

21h – Teatro Dulcina
Ricardo III – Gustavo Gasparani (RJ)

20h – Espaço Usina – Centro de Arte e Entretenimento
A Geladeira – Antikatártika Teatral – AKK (SP)

21h – Teatro SESC Garagem
Teatro Invisible – Matarile Teatro (Espanha)

26/08 – QUARTA

20h – Teatro Sesc Paulo Autran – Taguatinga
Albert Herring – Casa Da Cultura Brasília (DF)

20h – Teatro Sesc Paulo Gracindo – Gama
Vinil De Asfalto – Edson Beserra E Seu Composto De Ideias (DF)

20h – Teatro Sesc Newton Rossi – Ceilândia
Los Cuerpos – Federico Fontán e Ramiro Cortez (Argentina)

21h – Teatro Dulcina
Ricardo III – Gustavo Gasparani (RJ)

20h – Espaço Usina – Centro de Arte e Entretenimento
A Geladeira – Antikatártika Teatral – AKK (SP) 

21h – Teatro Funarte Plínio Marcos
Brickman Brando Bubble Boom – Agrupación Señor Serrano (Espanha)

21h– Teatro SESC Garagem
Teatro Invisible – Matarile Teatro (Espanha)

27/08 – QUINTA

19h – Teatro Goldoni
Para Acabar Com O Julgamento De Deus – Adeilton Lima (DF)

20h – Teatro Sesc Paulo Gracindo – Gama
Los Cuerpos – Federico Fontán e Ramiro Cortez (Argentina)

21h – Teatro Funarte Plínio Marcos
Brickman Brando Bubble Boom – Agrupación Señor Serrano (Espanha)

28/08 – SEXTA

21h – Teatro Dulcina
Vinil De Asfalto – Edson Beserra E Seu Composto De Ideias (DF)

19h – Teatro Goldoni
Quando O Coração Transborda – ESQUADRÃO DA VIDA (DF)

19h – Teatro Sesc Newton Rossi – Ceilândia
Desbunde – Juliana Drummond (DF)

17h e 21h – Teatro da Caixa
Hamlet – Processo De Revelação – Coletivo Irmãos Guimarães (RJ/DF)

21h – Teatro SESC Garagem
Capivara – Lina do Carmo (Alemanha)

20h – Teatro Sesc Paulo Autran – Taguatinga
Los Cuerpos – Federico Fontán e Ramiro Cortez (Argentina)

29/08 – SÁBADO

20h – Teatro Levino de Alcântara – Escola de Música de Brasília
Albert Herring – Casa Da Cultura Brasília (DF)

20h – Teatro Sesc Paulo Gracindo – Gama
Nó Na Garganta – Estupenda Trupe (DF)

21h – Teatro Funarte Plínio Marcos
Punaré & Baraúna – Ata – Agrupação Teatral Amacaca (DF)

17h e 21h – Teatro da Caixa
Hamlet – Processo De Revelação – Coletivo Irmãos Guimarães (RJ/DF)

21h – Teatro SESC Garagem
Capivara – Lina do Carmo (Alemanha)

19h – Teatro Goldoni
Los Cuerpos – Federico Fontán e Ramiro Cortez (Argentina)

19h – Local Secreto
En Contra #experimento 1 – Teatro do Instante (DF)

30/08 – DOMINGO

20h – Teatro Levino de Alcântara – Escola de Música de Brasília
Albert Herring – Casa Da Cultura Brasília (DF)

20h – Teatro da Caixa
Nó Na Garganta – Estupenda Trupe (DF)

19h – Teatro Sesc Garagem
Uma História Simples – Trapusteros Teatro (DF)

20h – Teatro Funarte Plínio Marcos
Punaré & Baraúna – Ata – Agrupação Teatral Amacaca (DF)

15h e 17h – Teatro Dulcina
GIBI – Grupo Lamira (TO)

18h – Teatro Goldoni
Los Cuerpos – Federico Fontán e Ramiro Cortez (Argentina)

19h – Local Secreto
En Contra #experimento 1 – Teatro do Instante (DF)

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