Inscrições abertas para o Filo

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Kazuo Ohno se apresentou no Festival Internacional de Londrina em 1992. Foto: Divulgação

Antunes Filho considera Kazuo Ohno (27 de outubro de 1906 – 1º de junho de 2010) um expoente da arte, juntamente com Charles Chaplin e Picasso. O diretor paulista conheceu a obra de Kazuo em 1981 e isso provocou uma mudança no seu teatro. “Ele vai muito mais a fundo nas questões da vida”. Antunes adotou o japonês como seu guru cênico. Em 1992 Kazuo Ohno fez uma histórica participação no Festival Internacional de Londrina (FILO). E voltou ao palco mais 15 vezes para ser ovacionado pelo público.

O Filo nasceu em 1968 e é considerado o mais antigo da América Latina. Esse festival permitiu que o a cidade do Paraná ocupasse um importante lugar no roteiro cultural do país. Atenção gestores: A arte também pode gerar renda e riqueza. Apostem!!!

Esse festival que tem como diretriz a escolha de espetáculos de reconhecido valor artístico, estético e de reflexão crítica está com inscrições abertas até amanhã, dia 31 de março, para propostas de espetáculos nacionais e internacionais de teatro, dança e circo, nas categorias adulto, infantil e infanto-juvenil. A inscrição é gratuita. Companhias, produtoras e artistas interessados podem fazer o cadastro no site e preencher o formulário on-line.

Como deveria ocorrer em outros editais, os interessados não precisam ser cúmplices da derrubada de muitas árvores. Não é necessário enviar material por correio. Os formulários com todos dados do espetáculo (responsáveis, participantes,  especificações técnicas) podem ser preenchidas on-line. E anexar fotos em alta resolução, link do vídeo do espetáculo e riders técnicos.

As informações completas estão no regulamento FILO 2016, também disponível no site: http://104.131.97.73/

O evento é realizado pela Associação dos Amigos da Educação e Cultura Norte do Paraná e Universidade Estadual de Londrina, o FILO 2016, está programado para o período de 19 de agosto a 4 de setembro. Além dos selecionados, o Festival que completará 48 anos, contará com montagens convidadas e uma agenda de atividades formativas.

Informações: contato@filo.art.br.

 

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O apavorante golpe de 1964

Espetáculo Nem mesmo todo o Oceano. Foto: Glaudio Gil

Espetáculo Nem mesmo todo o Oceano. Foto: Glaudio Gil

As obras artísticas também são contaminadas pelas circunstâncias em que são exibidas. Elas incorporam um determinado tempo e são ressignificadas por ele. Isso pode ocorrer no próprio objeto ou em sua recepção. O espetáculo Nem mesmo todo o Oceano, da Cia OmondÉ , estreou em 2013, antes da reeleição para o segundo mandato da presidenta Dilma Russeff. E apesar dos ânimos tensos, não era possível vislumbrar com clareza a crise institucional, jurídica e política que o país atravessa atualmente, com uma ameaça real de um golpe, comandada pela plutocracia, a partir dos seus ferozes representantes situados em pontos estratégicos.

Nem mesmo todo o oceano expõe a história fictícia de um médico, sua infância pobre no interior de Minas Gerais, seu período de estudante em pensões no Rio de Janeiro, as desilusões amorosas, as frustrações e a batalha por sobrevivência. Uma forma de encarar. Outra, a trajetória de um arrivista e sua ambiciosa, deslumbrada e abominável escalada até assumir o cargo de médico legista do DOI-CODI.

A partir da narrativa dessa figura, o espetáculo explora os momentos que antecederam o golpe militar (1964), seus modelos de repressão desvelando os “porões” da ditadura.

A montagem faz uma curta temporada na CAIXA Cultural Recife, de 31 de março a 9 de abril. É uma adaptação da diretora Inez Viana do romance homônimo de 800 páginas do escritor, dramaturgo e pensador mineiro Alcione Araújo (1945-2012).

foto: carlos cabera

O protagonista acompanhava torturas durante a ditadura militar. Foto: Carlos Cabera

Os atores Leonardo Brício, Iano Salomão, Jefferson Schroeder, Junior Dantas, Luis Antonio Fortes e Zé Wendell se revezam nos diversos personagens, inclusive os femininos.  O elenco está metido em calças sociais entre o cinza e o azul marinho, sapatos pretos e camisetas de física, no figurino assinado por Flávio Souza. O espaço utiliza poucos objetos de cena. A diretora Inez Viana busca com isso valorizar o trabalho do ator e o jogo teatral.

O livro de Alcione Araújo reconstitui uma época adversa da História do Brasil (1950 a 1975). A cena mostra o protagonista, que narra sua biografia, atravessada por seus filtros cognitivos e por suas emoções. O médico assistia torturas durante a ditadura militar brasileira. Acusado de ter estuprado uma das prisioneiras, ele sente novamente a hostilidade do mundo diante desse seu crime abominável. Ameaçado de morte, ele tenta se explicar a um grupo de jornalistas.

A peça embaralha fatos reais  e ficção. Entre facínoras e torturadores cruéis, o médico tenta se convencer, e nos convencer, enquanto a grande angular  expõe o processo de perversão espiritual do ser humano.

Se há dois anos discutir artisticamente essa passagem dos 50 anos do Golpe Militar de 1964 era uma necessidade, hoje se tornou urgente conhecer – de verdade, com todas contradições – essa parte da história horrenda desse Brasil. Para não permitir que nunca mais isso se repita.

Espetáculo fica em cartaz na Caixa Cultura Recife, de 2 a 10 de abril. Foto: Rodinelle de Paula

Espetáculo fica em cartaz na Caixa Cultura Recife, de 31 de março a 9 de abril. Foto: Rodinelle de Paula

FICHA TÉCNICA
Autor: Alcione Araújo
Adaptação e Direção: Inez Viana
Consultoria Dramatúrgica: Pedro Kosovski
Elenco: Cia OmondÉ – Leonardo Bricio, Iano Salomão, Jefferson Schroeder, Junior Dantas, Luis Antonio Fortes e Zé Wendell
Figurino: Flávio Souza
Direção Musical: Marcelo Alonso Neves
Iluminação: Renato Machado
Assessoria de Imprensa: Ney Motta
Programação Visual: Dulce Lobo
Assistentes de Direção: Carolina Pismel, Debora Lamm e Juliane Bodini
Produção Executiva: Jéssica Santiago e Rafael Faustini
Direção de Produção: Claudia Marques
Projeto da Cia OmondÉ
Patrocínio CAIXA

SERVIÇO:
Nem mesmo todo o oceano
Onde: CAIXA Cultural Recife (Avenida Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife, Recife/PE)
Quando: 31/03 a 02/04 e de 07 a 09/04/2016, de Quinta a sábado, às 20h.
Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia)
Vendas: a partir das 10h do dia 30 (para as apresentações de 31/03 a 2/04) e do dia 06 (para as apresentações de 07 a 09/04)

Informações: (81) 3425-1915 / 3425-1900
Classificação Indicativa: 16 anos
Duração: 80 minutos

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Na contracorrente do capitalismo

A Enchente, espetáculo dirgido por Flávia Pinheiro. Foto: Danilo Galvão

Talvez fosse preciso mais tempo para ruminar sobre A enchente, que assisti ontem no Teatro Hermilo Borba Filho. Mas é urgente que outros vejam, já que a curta temporada termina hoje (27). E talvez esse texto ajude. O espetáculo é inspirado em conto homônimo de Hermilo Borba Filho. É uma narrativa curta, com toques surrealistas, que trata da luta de uma mulher durante uma inundação. Ela, um morto no caixão, e os animais (cavalos, cachorro, ovelha) são surpreendidos com o dilúvio. A chuva cai incessantemente, enquanto cada um tenta sobreviver nesse provisório mundo líquido. As palavras evocam imagens potentes. A diretora Flávia Pinheiro materializa as sensações sugeridas pelo texto em gestos e movimentos, performance, vídeo e som em frenesi.

A montagem foi selecionada pelo projeto O solo do outro, uma iniciativa do Centro Apolo/ Hermilo. Além de Flávia, idealizadora do trabalho, estão envolvidos no espetáculo Leandro Oliván (desenho de imagem e som), Maria Paula Costa Rêgo (dramaturgista corporal), Pedro Vilela (desenho de luz), Guilherme Luigi (diretor de arte), e as três bailarinas/ performers Gardênia Coleto, Marcela Aragão e Marcela Filipe.

E aqui vale um parêntese. Ao final da apresentação as bailarinas reportaram ao público que o pagamento do valor de R$ 22.300 previsto no edital do projeto O Solo do Outro, só saiu na sexta-feira, 18 de março. O outro selecionado, A rã, da Cia. Aninatus Invictus, entrou e saiu de cartaz sem receber o dinheiro. Elas pontuaram que é preciso mais respeito e compromisso do poder público com os criadores. A verba deveria ter saído em outubro, segundo elas.

A enchente. Foto Ivana Moura

Jogo com um pedaço de madeira. Foto: Ivana Moura

Entre a correnteza do conto de HBF e a crise migratória na Europa são erguidas pontes de significados nos movimentos das bailarinas. O mundo enfrenta mal suas catástrofes naturais e humanas. O capitalismo faz o serviço sujo de categorizar, excluir e eliminar indivíduos. A enchente pulsa da revolta. Os procedimentos de criação amplificam restrições e obstruções de movimentos, utilizando jogos que se assemelham aos esportes de bola com as mãos (mas no caso são tábuas). Desses atritos entre corpos, o espetáculo reconstrói narrativas que abarcam a miséria do mundo. Ou traz o mundo para o corpo impregnado da própria linguagem.

Na cena inicial, os corpos traçam posições de obstáculos, que podem remeter para o sentido de represas, comportas para curso das águas volumosas do título ou para processo de contenção de gente nas fronteiras dos países desenvolvidos. Em alguns momentos, com o vídeo ao fundo, os movimentos de derrubada dos bailarinos remetem à barbárie, indiferença e intolerância.

As projeções mostram criaturas tentando ultrapassar muros e sendo derrubadas por soldados; soldados que observam indiferentes e enchentes destruidoras em várias camadas. De costas, nuas da cintura para cima, elas apresentam gestuais repetitivos e grande esforço de dorsos, que formam grafismos, como as posições perpendiculares e de queda. Depois elas animam o jogo com um pedaço de madeira.

O medo de uma mulher que enfrenta a força da água a move em busca de salvação. De transcender os próprios limites. Esse desejo segue entre a música de Leandro Oliván e o silêncio, o deslocamento agitado e breves movimentos de imobilidade. A iluminação de Pedro Vilela aquece as ações, preenchendo espaços ou abrindo para o vazio.

No palco, tábuas estão ancoradas nas paredes. Dispostas para construção de espaço que são derrubados. As bailarinas desenham um habilidoso jogo de contradições na composição do redemoinho. A Terra ferida grita de dor e reage com fúria. Os oprimidos do mundo são barrados nas fronteiras. Mas até quando eles serão contidos com essa violência sem sentido pelos países ricos?

Áudio e vídeo selecionados e reconfigurados por Leandro Oliván alcançam outras dimensões e circunstâncias de uma nova estupidez. Ele utilizada trechos de obras de cineastas experimentais como o lituano Jonas Mekas, a performer norte-americana Carolee Schneemann, o palestino Mustafa Abu Ali, o francês Chris Marker, a soviética Esfir Shub, o norte-americano Stan Brakhage. A escolha de trechos desses artistas para explosão de limites criativos já indica posições de Flávia Pinheiro e Leandro Oliván. Eles também se valeram de arquivos em vídeo tanto da Fundação Joaquim Nabuco quanto da Fundarpe, com cenas de inundações no Recife e no Interior.

A enchente é um espetáculo poderoso, rico de significados, com uma direção que investe na capacidade de pensar. Em que as bailarinas levam para seus corpos os questionamentos desses movimentos contemporâneos excludentes e perigosos. Em que usam técnica e força para criar beleza. Uma beleza nervosa por tudo que ela significa.

FICHA TÉCNICA
Concepção, direção e dramaturgia:  Flavia Pinheiro
Desenho de Imagem e  Som: Leandro Oliván
Performers: Gardênia Coleto, Marcela Aragão e Marcela Filipe
Dramaturgista Corporal: Maria Paula Costa Rêgo
Desenho de Luz: Pedro Vilela
Diretor de Arte: Guilherme Luigi
Duração: 45 minutos
Fotografia: Danilo Galvão

SERVIÇO
A enchente, de Flávia Pinheiro
Quando: 17, 18, 19, 20, 24, 25, 26 e 27 de março, sempre às 20h
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho – Cais do Apolo, s/n, Bairro do Recife
Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia)
Informações: 3355-3320

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Em cada estação muitos flashs

Paixão de Cristo de Nova Jerusalém. Foto: Divulgação

Paixão de Cristo de Nova Jerusalém. Foto: Divulgação

Desde 1997 que o papel principal da Paixão de Cristo encenado na cidade-teatro de Nova Jerusalém é interpretado prioritariamente por atores famosos, especialmente globais. Este ano, e em 2015, o papel principal é defendido por e Igor Rickli. Também estão no elenco a atriz Bianca Rinaldi (Maria), Fiuk (apóstolo João), Antonio Calloni (Herodes) e Odilon Wagner (Pilatos). Entre os pernambucanos, José Barbosa (Judas), Ricardo Mourão (Caifás) e Eduardo Japiassu (profeta Elias).

A encenação é realizada há 49 anos no município de Brejo da Madre de Deus, no Agreste pernambucano. A via crucis, morte e ressurreição de Cristo é apresentada em onze cenas que passam por nove palcos-plateia.

A Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, encerra sua temporada neste sábado (26). Tudo é espetacular na cidade-teatro, para o bem e para o mal. A arrojada cenografia que replica os ambientes o Fórum Romano, o Palácio de Herodes e o Monte do Calvário. A sonoplastia, iluminaçao e efeitos especiais buscam garantir a dramaticidade do evento.

A direção artista está a cargo da dupla Carlos Reis e Lúcio Lombardi. Além disso, a Paixão agrega cerca de 600 profissionais incluindo técnicos, eletricistas, sonoplastas, contra regras, maquiadores, cabeleireiros, e costureiras, entre outros.

No Fórum de Pilatos, vivido por Odilon Wagner

No Fórum de Pilatos, vivido por Odilon Wagner

No início era o Drama do Calvário, organizado pelo comerciante e político Epaminondas Mendonça na década de 1950. A encenação reunia familiares, amigos do patriarca da família Mendonça, e moradores do vilarejo e municípios vizinhos que exibiam as cenas sacras nas ruas empoleiradas e sem calçamento do vilarejo.

O sucesso do espetáculo correu o Brasil e chegou aos ouvidos de um outro idealista, o comunicador gaúcho Plínio Pacheco. Ele foi levado por seu amigo Luiz Mendonça (que empresta seu nome ao teatro localizado no Parque Dona Lindu), diretor teatral, que interpretava Jesus Cristo. Plínio ficou encantado com o evento e com Diva, a irmã caçula de Luiz.

Por volta de 1956 veio a ideia de erguer uma réplica de Jerusalém, inspirada no que foi feito na cidade alemã de Oberammergau, na Baviera. A cidade-teatro pernambucana, com 100 mil metros quadrados, foi aberta ao público em 1968, e desde lá ostenta o título de maior teatro ao ar livre do mundo.
 

OS CRISTOS DE FAZENDA NOVA
Carlos Reis (1968 a 1977)
José Pimentel (1978 a 1996)
Fábio Assunção (1997 e 1998)
Herson Capri (1999)
Marcelo Valente (2000, 2001 e 2002)
Luciano Szafir (2003 e 2006)
Vladimir Brichta (2004)
Eriberto Leão (2005 e 2010)
Carmo Dalla Vecchia (2007)
Thiago Lacerda (2008 e 2011)
Murilo Rosa (2009)
José Barbosa (2012 a 2014)
Igor Rickli (2015 e 2016)

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Transbordamentos contemporâneos

A Enchente, espetáculo inspirado no conto de Hermilo Borba Filho, com direção de Flávia Pinheiro

As inquietações do dramaturgo pernambucano Hermilo Borba Filho (1917-1976) reverberam nesses tempos conturbados, sombrios e de muitas exclusões do humano. Do conto A enchente, a artista Flávia Pinheiro criou um trabalho transdisciplinar pelo projeto O Solo do Outro. A peça articula o escrito de HBF, a performance e o vídeo.

Do texto, os artistas envolvidos erguem uma metáfora que expõe em escala maior os flagelos humanos atuais. Das correntes migratórias às vísceras do capitalismo globalizado, que não esconde sua faceta insensível frente aos acontecimentos.

O espetáculo cumpre sua segunda e última semana no Teatro Hermilo Borba Filho, de hoje até domingo, às 20h.

Espetáculo problematiza e amplia a catástrofe natural. Foto:Danilo Galvão/ Divulgação

Espetáculo problematiza e amplia a catástrofe natural. Foto:Danilo Galvão/ Divulgação

O comunismo fracassou! O socialismo fracassou! E o capitalismo? Esse sistema que anula pessoas, transforma gente em números, concebe hierarquia de valores para os seres baseada na capacidade de acumular bens ou de exercer a mais valia. O espetáculo A Enchente busca problematizar e ampliar no palco a catástrofe natural.

Para compor a peça, a diretora utiliza imagens de arquivo pessoal, trechos  de obras de cineastas experimentais como Jonas Mekas, Carolee Schneemann, Mustafa Abu Ali, Chris Marker, Esfir Shub, Stan Brakhage e cenas das inundações na cidade do Recife e dos engenhos no interior do estado, dos aquivos de vídeo da Fundaj e da Fundarpe.

As três bailarinas/ performers Gardênia Coleto, Marcela Aragão e Marcela Filipe exploram contenções e obstruções de movimentos e jogos com regras e materiais. As imagens de corrente, água subindo, redemoinho, o medo do fim estão lá. Essa luta do indivíduo com o mundo líquido, em que tenta nadar, flutuar, e se possível, voar é pescada do conto de Hermilo para transformar em princípios de movimento.

A música é assinada por Leandro Oliván, que utiliza a voz de Hermilo em uma entrevista para criar texturas e sonoridades. A infância do escritor no Engenho Verde é ficcionalizada, a partir de trechos do livro Margem das lembranças.

FICHA TÉCNICA
Concepção, direção e dramaturgia:  Flavia Pinheiro
Desenho de Imagem e  Som: Leandro Oliván
Performers: Gardênia Coleto, Marcela Aragão e Marcela Filipe
Dramaturgista Corporal: Maria Paula CostaRêgo
Desenho de Luz: Pedro Vilela
Diretor de Arte: Guilherme Luigi
Duração: 45 minutos
Fotografia: Danilo Galvão

SERVIÇO
A enchente, de Flávia Pinheiro
Quando: 17, 18, 19, 20, 24, 25, 26 e 27 de março, sempre às 20h
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho – Cais do Apolo, s/n, Bairro do Recife
Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia)
Informações: 3355-3320

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