Arquivo do Autor: Ivana Moura

Pintando o 7 para crianças e adultos

Tempo de Flor, do Grupo Pé de Vento, de Arcoverde (PE). Foto: Yan Vinicius / Divulgação

Grupo Serelepe, de Belo Horizonte (MG) apresenta Brincanectados. Foto: Florencia Giocon / Divulgação

Luciano Pontes e Íris Macedo, curador e idealizadora do projeto. Fotos:  Lucas Molina e Arnaldo Sete / Divulgação

Estímulo à criatividade, exercícios lúdicos e poéticos entre a criança e a família são propostas da edição deste ano do Pintando o 7 – Edição Digital. Com o tema Real e virtual, Brincar não tem igual, o projeto é formado por cinco webinars (seminários ou conferências), cinco espetáculos virtuais e três lives com a participação de artistas, voltadas para escolas estaduais e municipais. A programação é exibida no YouTube da Fervo Projetos, de 11 a 22 de março incorporando a linguagem literária às artes cênicas.

O Pintando o 7 já teve quatro edições desde 2017. Nesta versão de 2021, a gestora cultural e idealizadora do festival, Iris Macedo, convidou o ator e escritor Luciano Pontes, especializado em literatura infantil e juvenil, para fazer a curadoria.

Pontes pensa que vivemos um momento muito especial, que é tempo de reinventar as infâncias. “As virtualidades apontaram caminhos surpreendentes de interação e conexão entre as crianças, suas famílias”. Muitos desafios.

Aproveitando essas janelas digitais, o Pintando o 7 Digital propõe a apreciação/vivência das experiências estéticas em múltiplas linguagens.

O projeto é uma realização da Fervo Projetos Culturais, com incentivo da Lei Aldir Blanc Pernambuco, FUNDARPE, Secretaria de Cultura, Governo de Pernambuco, no âmbito federal, por intermédio da Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

ESPETÁCULOS

Abertura oficial do Pintando o 7
DIA 11/03/21, 19H

Brincanectados (Grupo Serelepe – BH)
DIA 12/03/21, 16H
As memórias da infância, a formação profissional e o encontro com brincantes forneceram aos integrantes do Serelepe os nutrientes para a formatação de Brincanectados. A peça junta canções e jogos tradicionais do Brasil e de países latino-americanos.
Duração: 30 min
Classificação etária: Livre

Tempo de Flor (Grupo Pé de Vento – ARCOVERDE/PE)
DIA 13/03/21, 16H
O espetáculo de lambe-lambe Tempo de Flor é um desejo de aproximação com a memória adormecida. É um compartilhamento de ideias, transcritas para a cena, relidas nas caixas. Flor está no imaginário, nessa busca incansável do interior.
Duração: 20 min
Classificação etária: crianças acima de 4 anos

Cordel-Animado com as irmãs Mari Bigio e Milla Bigio. Foto: Lara Valenca.

O Cordel Animado (Mari e Milla Bigio – PE)
DIA 14/03/21, 16H
As irmãs Mari Bigio e Milla Bigio (PE), prepararam um repertório onde os brinquedos e a brincadeira são protagonistas. Adivinhas em Cordel, cantigas, e “mungangas”, além de outras histórias brincalhonas, mostram ao público que as palavras e os sons são matéria-prima do brincar.
Duração do espetáculo: 50 min
Classificação etária: Livre

O Matuto (Rapha Santa Cruz – PE)
DIA 20/03/21, 16H
Misto de palhaço e mágico, O Matuto apresenta seu universo de encantamento através das surpresas que vão saindo da sua mala. Trilhas sonoras nordestinas animam esse encontro.
Duração do espetáculo: 50 min
Classificação etária: Livre

O duo Livia & Fred exibem um namoro da música clássica europeia com o cancioneiro popular brasileiro

YOUKALI (Lívia & Fred – RJ)
DIA 21/03/21, 16H
Os artistas conduzem a plateia por uma fantástica viagem norteada pela música clássica, relida em arranjos originais para guitarra e voz. Partindo das canções da tradição europeia de séculos passados, a dupla faz tramas com a prática do cancioneiro do Brasil.
Duração do espetáculo: 40 min
Classificação etária: Livre

WEBINARS
TEMA CENTRAL: Infâncias em territórios interativos

DIA 15/03/21, 19h
Tema: O bebê e os estímulos sensíveis para o simbólico
Convidada: Tetê Brandão (PE) – Pesquisadora e especialista em Educação Infantil; autora do livro: O brincar, a vida dos bebês, da editora Vacatussa. Atua como mediadora de oficinas para e com bebês há 3 anos.
Mediação: Luciano Pontes

DIA 16/03/21, 19h
Tema: As dimensões afetivas, sociais e culturais do brincar livre
Convidada: Camila Domingues (PE) – Pedagoga, gestora educacional da rede privada de ensino, Fundadora da Casa das Asas, mãe de Miguel de 9 anos.
Mediação: Luciano Pontes

DIA 17/03/21, 19h
Tema: Diversidade cultural e identidade na infância
Convidada: Kemla Baptista (PE) – Contadora de histórias, escritora, mãe, professora e empreendedora social. Responsável pelo Caçando Estórias, iniciativa de arte e educação que apresenta as tradições afro-brasileiras através da contação de histórias.
Mediação: Luciano Pontes

DIA 18/03/21, 19h
Tema: Apreender o mundo – os bebês e a pedagogia dos começos
Convidado: Paulo Fochi (RS) – Atua no assessoramento de escolas privadas além de redes municipais de ensino e produções culturais e artísticas para crianças. Colunista do Portal Lunetas. Tem publicações no campo da pedagogia da infância, educação infantil, bebês, documentação pedagógica e formação de professores.
Mediação: Luciano Pontes

DIA 19/03/21, 19h
Tema: Os espaços do brincar na vida, na escola, na rua e na tela
Convidada: Gabriela Romeu (SP) – Escritora, pesquisadora da infância, documentarista e crítica de teatro infantil. Durante 20 anos, ela escreveu sobre e para crianças, no jornal Folha de S. Paulo, veículo no qual editou o caderno Folhinha.
Mediação: Luciano Pontes

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Salve, salve Cacilda!, guerreira

Atriz Isabella Lemos Foto: Luísa Bonin

“Uma pura chama ardendo diante de nós”, certificou o crítico Décio de Almeida Prado, sobre o impacto de várias atuações de Cacilda Becker Yáconis (Pirassununga, São Paulo, 1921 – São Paulo, São Paulo, 1969). O diretor italiano Ruggero Jaccobi comentou “que havia, por assim dizer, uma espécie de eletricidade na palavra e no gesto de Cacilda. Ela se movia pelo palco desencadeando uma série de choques elétricos… A isso veio se acrescentar a grande versatilidade, aquela curiosidade intelectual pela qual queria continuamente experimentar-se em alguma coisa diferente, da tragédia à comédia de humor, do drama sentimental a certas formas de vanguarda, dos papéis de velha ao de menino – como o famoso Pega Fogo. Não ficava satisfeita nunca”. O depoimento de Jaccobi está registrado no livro Uma atriz Cacilda Becker (organizado por Maria Thereza Vargas e Nanci Fernandes).

O monólogo Viva Cacilda! Felicidade guerreira! investiga algumas facetas dessa atriz brasileira. O filme-teatro é roteirizado e dirigido pela fotógrafa Lenise Pinheiro, inspirado no texto da montagem Cacilda!, de 1998, com dramaturgia e encenação de José Celso Martinez Corrêa. A iniciativa do Coletivo Takamakina de Teatro faz curta temporada online e gratuita a partir desta segunda-feira, Dia Internacional da Mulher.

O trabalho foi gestado durante a pandemia e gravado nas dependências do Teatro do Pequeno Ato, em São Paulo. O interlúdio, como a diretora prefere chamar, celebra os cem anos de nascimento de Cacilda Becker no próximo 6 de abril.

A atriz Isabella Lemos interpreta Cacilda numa narrativa intervalada por registros de áudios feitos pelo ator Marco Ricca, que assume várias vozes , dentre elas a do ator e diretor polonês Zbigniew Ziembinski (1908-1978). As músicas originais são de autoria do maestro Marcelo Pellegrini.

O interlúdio de Lenise, costura textos da peça de Zé Celso à visão feminina de Cacilda Becker na política e na vida doméstica. Nomes como o da encenadora Bia Lessa, da dramaturga Consuelo de Castro (1946-2016), da escritora Maria Clara Machado (1921-2001), e da dramaturga Leilah Assumpção são convocados na cena.

A encenadora arremata o trabalho com ensaios fotográficos autorais de seu arquivo e imagens inéditas capturadas no início dos anos 1990 no apartamento, então desocupado na Avenida Paulista, onde viveram Cacilda, Walmor Chagas, seus filhos e o cachorro Fió.

Lenise é fotógrafa especializada em teatro, uma das mais respeitada no país, e atua no campo desde 1982. É também iluminadora, cenógrafa e mantém um blog na Folha, Cacilda! Dirigiu em 2020 a peça Uma lei chamada mulher, de Consuelo de Castro, baseada na vida de Maria da Penha, que esteve em cartaz no Sesc Ipiranga, com Isabella no elenco.

Peça faz apresentações pelo canal Youtube. Foto: Luísa Bonin / Divulgação

Viva Cacilda! Felicidade guerreira!
Temporada de seis apresentações de 08 a 13 de março às 19hs.
Quando: De 8 a 13 de março, às 19h
Onde No YouTube
https://m.youtube.com/channel/UCKrZF3Y8K9Qj9E3Q5PcSYsA
Quanto: Grátis
Classificação 16 anos
Elenco Isabella Lemos
Direção Lenise Pinheiro
Duração 55 min.

Cacilda Becker e Filho. Foto: Chico Albuquerque (1955) In: Enciclopédia Itaú Cultural

Quando Cacilda Becker morreu, aos 48 anos, Carlos Drummond escreveu escreveu um comovente poema:

ATRIZ (Para Cacilda Becker)

“A morte emendou a gramática.
Morreram Cacilda Becker.
Não era uma só. Era tantas.
Professorinha pobre de Piraçununga
Cleópatra e Antígona
Maria Stuart
Mary Tyrone
Marta de Albee
Margarida Gauthier e Alma Winemiller
Hannah Jelkes a solteirona
a velha senhora Clara Zahanassian
adorável Júlia
outras muitas, modernas e futuras
irreveladas.
Era também um garoto descarinhado e astuto: Pinga-Fogo
e um mendigo esperando infinitamente Godot.
Era principalmente a voz de martelo sensível
martelando e doendo e descascando
a casca podre da vida
para mostrar o miolo de sombra
a verdade de cada um dos mitos cênicos.
Era uma pessoa e era um teatro.
Morrem mil Cacildas em Cacilda.”
Carlos Drummond de Andrade. junho de 1969.

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Medusa contra o Feminicídio

Fabiana Pirro em Medusa. Foto Renato Filho

Em todo o mundo houve aumento de violência doméstica desde o início das medidas de isolamento social provocados pelo novo coronavírus. No Brasil, os números são alarmantes. Por dia, em 2020, pelo menos cinco mulheres foram assassinadas ou vítimas de violência, segundo dados da Rede de Observatório da Segurança. Os casos de feminicídio (quando as vítimas foram mortas por serem mulheres) aumentaram 2,2% em relação ao ano anterior.

A atriz Fabiana Pirro entra em cena a performance #MedusaMusaMulher

Porque somos constantemente assediadas, boicotadas, erotizadas, exploradas, mutiladas, desumanizadas, silenciadas, invisibilizadas, traficadas, estupradas e assassinadas— por homens. Ela diz basta!

Porque é uma injustiça culpabilizar a vítima em caso de estupro. Isso produz raiva e revolta, sentimentos que são combustíveis para a luta. Ela reage.

Porque a mulher não pode ser incriminada por ser bonita, desejável, por não corresponder às cobiças, por não se deixar enquadrar como objeto, pelo fato de ser mulher. Ela quer cura.

A artista levanta sua voz, avança com seu corpo para apontar os horrores e usa sua potência interpretativa para combater a violência de gênero. Pirro assume de forma furiosa uma posição de combate, pelo resgate da beleza, da força e da esperança.

#MedusaMusaMulher, é a versão escrita por Cida Pedrosa e dirigida por Breno Fittipaldi, que vem sacudindo as mentes e corações no protesto contra o feminicídio e todas as violações da integridade das mulheres.  

A apresentação online de #MedusaMusaMulher tem o apoio da Lei Aldir Blanc de Pernambuco. A programação começa nesta segunda-feira (8 de Março) com o debate Medusa Agora. Do Mito À Mulher e se estende até 15 de Março, com a performance ao vivo pelo Instagram e Facebook @fabianapirro. As exibições são gratuitas.

O debate vai abordar o dia a dia do enfrentamento ao Feminicídio em Pernambuco, numa conversa entre a atriz Fabiana Pirro, o diretor Breno Fitipaldi e a promotora de Justiça, Henriqueta de Belli, que projetam a tragédia da Medusa para os dias atuais. A mediação é da jornalista Ana Nogueira.

Peça é baseada no mito grego. Foto Renato Filho

A concepção de #MedusaMusaMulher tem como base o mito grego de Medusa, que narra que a sacerdotisa foi castigada por um crime que não cometeu. Por ser um mito, há várias versões. Em essência, os deuses gregos estavam embutidos de suas características divinas, mas pareciam com os humanos em desejos, defeitos e virtudes; tudo maximizado, sem limites.

Medusa, sacerdotisa do tempo da deusa Atena, cidade grega de Hélade, era cobiçada por muitos. Ela despertou o desejo de Posseidon, o deus dos mares. Medusa o recusou. Posseidon não admitiu a rejeição. Invadiu o templo, quando Medusa estava sozinha, e a estuprou. 

Em cólera com a profanação de seu templo, Atena decidiu punir o culpado por tal injúria: Medusa. Parece quem tem alguma coisa errada aqui, não? Pois bem, a sacerdotisa foi culpabilizada por ter sido estuprada. Atena arrancou de Medusa toda a beleza e seus cabelos viraram um ninho de serpentes e ela foi condenada a rastejar. E quem a encarasse diretamente nos olhos seria subitamente petrificado. Medusa foi transfigurada em uma criatura monstruosa chamada Górgona. Em seu fim, Medusa teve sua cabeça decepada por um semideus, Perseu, filho de Zeus.

Medusa que se tornou o avatar perfeito na luta contra a violência sofrida pelas mulheres, seja física, sexual ou psicológico. #MedusaMusaMulher é uma batalha constante pelo humano e sua humanidade.

Fabiana Pirro apresenta #MedusaMusaMulher desde 2018. Foto Renato Filho / Divulgação

A estreia de #MedusaMusaMulher ocorreu em setembro de 2018 na programação do Festival Transborda do SESC Pernambuco, numa exibição a bordo do catamarã sobre as águas do rio Capibaribe. Seguiram-se apresentações na Mostra de Música Leão do Norte, do SESC Arcoverde, no I Festival Chama Violeta, na Ingazeira, ambos no Sertão pernambucano, e no Festival Ojuobá de Esporte e Cultura, em Icaraizinho de Amontada, no litoral do Ceará.

Em 2019, a performance percorreu vários palcos e eventos, levantando o debate sobre o feminicídio, destaque para a apresentação em comemoração aos 13 anos da Lei Maria da Pena, a convite da Comissão da Mulher Advogada (CMA) da OAB Pernambuco. Desde o início da pandemia, tem realizado apresentações on line, como no Festival Ocupa Maravilhas e na Mostra Marcos Freitas – Território das Artes, do SESC Garanhuns.

FICHA TÉCNICA
#MedusaMusaMulher
Direção e criação: Breno Fittipaldi
Performance e concepção: Fabiana Pirro
Texto: Cida Pedrosa
Trilha sonora: Cannibal Santos e Pierre Leite
Figurino: Eduardo Ferreira
Adereços: Maria Teresa Pontes (@terafeitoamao)
Sandália: Jailson Marcos
Maquiagem: Henrique Mello
Fotos: Renato Filho
Produção: Ellyne Peixoto e Fabiana Pirro
Assessoria de Imprensa: Ana Nogueira

SERVIÇO
8 de MARÇO (segunda-feira): MEDUSA AGORA. DO MITO À MULHER – debate com a
promotora de Justiça, Henriqueta de Belli, às 17h
15 de MARÇO (segunda-feira): apresentação da performance #MedusaMusaMulher, às
17h
Onde: INSTAGRAM e FACEBOOK @fabianapirro

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Antônio Abujamra, o eterno provocador

Antônio Abujamra é festejado com debates, show, espetáculo e leitura no Itaú Cultural

Ator e diretor paulista Antônio Abujamra (1932-2015) deixou marcas de irreverência nos palcos e nas telas; na história do teatro brasileiro. O Itaú Cultural inicia suas atividades cênicas de 2021 com uma homenagem a esse homem do teatro com Antônio Abujamra – A Voz do Provocador. A programação online ocorre de 18 a 21 e de 25 a 28 de fevereiro, de quinta-feira a domingo, com conversas, encenações inéditas e música. O legado de Abujamra é celebrado no ano em que se comemora três décadas de fundação da Cia Os Fodidos Privilegiados, criada pelo ator e diretor no Rio de Janeiro.

Abu, de Cabo a Rabo é a mesa que abre a programação – no dia 18 (quinta-feira), às 20h, e conta com a participação do crítico teatral e professor Edélcio Mostaço para distinguir a trajetória desse artista influenciado pelo dramaturgo alemão Bertolt Brecht (1898-1956), de inteligência brilhante, sensível, de humor ácido e que não renunciava à autoironia. A conversa será mediada pela diretora, roteirista e produtora de teatro e eventos Márcia Abujamra, sobrinha do ator, que idealizou essa mostra junto com o Itaú Cultural.

Cia Os Fodidos Privilegiados – Exorbitâncias e O Casamento, a Renovação do grupo é o tema da segunda mesa (sexta-feira, 19, também às 20h), com as atrizes Filomena Mancuzzo, Guta Stresser e Paula Sandroni, e o diretor João Fonseca. Eles apresentam histórias e gravação de cenas de espetáculos.

Fundada em 1991, no Rio de Janeiro, a Cia Os Fodidos Privilegiados montou três peças naquele ano: Um Certo Hamlet, A Serpente e Phaedra. Em 1995, juntou 60 atores em cena no espetáculo Exorbitâncias. Em 1997, o grupo estreou O Casamento, de Nelson Rodrigues.

O Casamento, montagem de 1997. Foto Chico Lima / Divulgação

Coroa para o povo

O Veneno do Teatro, espetáculo criado Antônio Abujamra e interpretado por ele por mais de 10 anos, ganha nova versão, interpretado pelo ator Elias Andreato e com roteiro e direção de Marcia Abujamra, nos dias 20 e 21 (sábado e domingo), às 20h. A encenação junta trechos de histórias biográficas da encenação original com trecho de vídeos de espetáculos que Abujamra dirigiu e depoimentos de arquivo de alguns artistas, a exemplo de Antunes Filho, Alcides Nogueira e Felipe Hirsch.

Crítico teatral e professor Edélcio Mostaço e diretor e dramaturgo Sérgio de Carvalho. Fotos: Reprodução do Facebook

A mesa Antônio Abujamra e o teatro épico no Brasil ocorre na quinta-feira, dia 25, às 20h, conduzida pelo dramaturgo e encenador Sérgio de Carvalho, fundador da Companhia do Latão. Carvalho vai focar na importância do trabalho de Antônio Abujamra em diálogo com o movimento de renovação da cena brasileira.

A leitura online de Um outro Hamlet, com companhia Os Fodidos Privilegiados, avança para a montagem do espetáculo Hamleto – que o grupo prepara para 2021, para celebrar seus 30 anos de fundação – dá prosseguimento ao programa Antônio Abujamra – A Voz do Provocador, na sexta-feira e no sábado, dias 26 e 27, às 20h.

Com direção de João Fonseca e de Johayne Ildefonso, Hamleto se baseia no texto escrito em 1972 pelo italiano Giovanni Testori (1923-1993), com adaptação de Antônio Abujamra, que dá novos rumos à história de Hamlet, de Shakespeare, com ingredientes políticos e de deboche. Sugere uma relação homossexual entre Hamlet e Horácio, e permite que o protagonista ceda as riquezas da coroa para o povo no ato de sua morte.

O Teatro Dissonante de Antônio Abujamra: A Temporada Carioca é o título do último debate, no sábado, 27, às 17h, com participação do professor André Dias.

No domingo, 28, às 20h, o encerramento da programação Antônio Abujamra – A Voz do Provocador é com o show online Abujamra Presente, com o músico André Abujamra, filho caçula do diretor. Cantor, compositor, guitarrista, percussionista, pianista, produtor musical com mais de 70 trilhas feitas para cinema, onde também tem trabalhos como ator e diretor, André Abujamra apresenta um repertório sacado de seus quatro discos – Mafaro, Homem Bruxa, Omindá e Emidoinã.

Antônio Abujamra – A Voz do Provocador acontece pela plataforma Zoom e os ingressos podem ser reservados via Sympla. Informações pelo site www.itaucultural.org.br.

Serviço:

Antônio Abujamra, a Voz do Provocador
Quando: De 18 a 21 e de 25 a 28 de fevereiro (quinta-feira a domingo)
Onde: No site do Itaú Cultural: www.itaucultural.org.br  

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Mais aprendizados sobre teatro brasileiro, iluminação, produção cultural e crítica teatral

Leda Maria Martins. Captura de tela do YouTube

Uma das principais pensadoras do teatro brasileiro, especialmente do teatro negro brasileiro, a poeta, dramaturga, pesquisadora, ensaísta, e rainha de Nossa Senhora das Mercês da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário do Jatobá, Leda Maria Martins vai ministrar o curso Fragmentos e Intensidades no Teatro Brasileiro: Experimentações e Poéticas, de 23 de fevereiro a 25 de março, às terças e quintas-feiras, em ambiente digital, pela plataforma Zoom. O programa está sendo oferecido pelo Centro de Pesquisa Teatral CPT-SESC .

A professora adianta que o conteúdo não segue uma linha histórica, nem cronológica. O foco está direcionado para temas e momentos de experimentações através da história do teatro brasileiro e que trazem, individualmente, propostas e vieses diferenciados.

Os encontros vão salientar os saberes derivados da diversidade de autores e estilos da produção dramatúrgica nacional. Entram no roteiro autoras e autores importantes na dramaturgia brasileira, sejam do século 19 e 20, como Álvares de Azevedo e Oswald de Andrade. Ou contemporâneos, feito Grace Passô, Dione Carlos e Denise Stoklos.

Nos dez encontros, a primeira parte será reservada à exposição e a segunda para reflexão, compartilhamento de experiências e trabalhos conjuntos. Dois dias do curso terão convidados – o diretor Márcio Abreu (na aula 4, sobre o espetáculo Nós) e atriz e diretora Yara de Novaes (na aula 5, falando sobre a peça-jogo Desmemória).

As inscrições ocorrem no dia 16 de fevereiro, no portal Sesc São Paulo. Como praticamente todos os cursos oferecidos pelo Centro de Pesquisa Teatral CPT-SESC acabam em poucos minutos, os interessados devem estar atentos para o horário de abertura dos cadastros virtuais. Boa sorte!

Serviço:
Fragmentos e Intensidades no Teatro Brasileiro: experimentações e poéticas
Curso com Leda Maria Martins
Centro de Pesquisa Teatral CPT-SESC
Quando: de 23 de fevereiro a 25 de março, terças e quintas, das 19h às 21h
Inscrições: de 16 de fevereiro às 14h a 19 de fevereiro, no site sescsp.org.br/cpt
Ingressos: R$24 (credencial plena/trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes), R$40 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) e R$80 (inteira).
Plataforma: Zoom
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 16 anos.
Vagas limitadas

Iluminador Beto Bruel_ Foto: Larissa de Lima / Divulgação

A Trupe Ave Lola de Teatro promove duas palestras dentro do projeto Tempo de Formação Teatral – 2ª Ed – Minha praia é o teatro: História da Iluminação no Paraná, com o iluminador Beto Bruel e Gestão de projetos Culturais, com Dara van Doorn e Laura Tezza. Ambas as atividades são gratuitas e abertas ao público em geral, com vagas limitadas a 80 pessoas por palestra. As inscrições estão abertas até 21 de fevereiro.

Com um espaço independente em Curitiba há 10 anos, a Ave Lola mantém uma equipe de cerca de 20 pessoas entre produtoras, atrizes, atores, músicos, técnicos, além de artistas aprendizes. Trabalha com pesquisas dramatúrgicas e de linguagem e recebe artistas residentes de várias partes do mundo para ampliação e trocas estéticas e filosóficas.

Serviço:
Tempo de Formação Teatral – 2ª Ed – Minha praia é o teatro | 01 a 25 de FEV/2021
Inscrição: Até 21 de fevereiro, pelo site: http://www.avelola.net.br/agenda/tempo-de-formacao-teatral-2a-ed-minha-praia-e-o-teatro/.
Plataforma: Zoom
Projeto Realizado com o apoio do Programa de Apoio e Incentivo À Cultura – Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba

Diogo Spinelle e Heloisa Sousa ministram oficina de crítica

A crítica teatral é um disparador de diálogo para o pessoal do site Farofa Crítica, de Natal, Rio Grande do Norte. Nessa pisada, a turma propõe uma iniciação no campo da crítica teatral contemporânea, nos dias 20, 21, 27 e 28 de fevereiro, das 14h às 16h30 pela plataforma Zoom. Estão planejadas 15 vagas, sendo oito delas reservadas para moradores do estado nordestino.

O trabalho Oficina Online de Crítica Teatral será desenvolvido por Diogo Spinelli e Heloísa Sousa, a partir da leitura, análise, e produção de críticas. A proposta é que, além das discussões ao longo da oficina, os participantes escrevam seus textos críticos, com chances de serem postados no site Farofa Crítica.

As inscrições podem ser feitas até o dia 17 de fevereiro, pelo Instagram do @farofa crítica ou pelo link https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdj5SySUMkMKbucVhZVMbGrL15zPQj-0j-CtcFWFpZ2fZJm1w/viewform

Serviço:
OFICINA ONLINE DE CRÍTICA TEATRAL, ministrada por Diogo Spinelli e Heloísa Sousa
Inscrições: Até 17/02. Formulário de inscrição no Instagram do @farofa crítica
O projeto é realizado com recursos da Lei Aldir Blanc Rio Grande do Norte. Fundação José Augusto, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

lorenna rdrigo

Lorenna Rocha e Rodrrigo Dourado ministram oficina de crítica teatral 

Investindo num espaço de debates sobre os teatros online e os arquivos audiovisuais de teatro, apostando no tensionamento de visões eurocêntricas em torno das artes cênicas e do exercício crítico, será desenvolvida A Oficina de Crítica Teatral, em sua segunda edição, ministrada por Lorenna Rocha (Quarta Parede) e Rodrigo Dourado (UFPE).

Para incentivar a reflexão crítica, eles convocam diferentes epistemologias para a produção do pensamento, deslocando os olhares para outros territórios criativos que compõem a cena contemporânea. 

Serão realizados exercícios individuais e coletivos de escrita, além de textos norteadores para as discussões propostos pelos ministrantes. A atividade será realizada via Google Meets, nos dias 24, 25 e 26 de fevereiro e 1º, 2 e 3 de março de 2021, em única turma, de 18h30 às 21h30.

 As inscrições estão abertas até o dia 20 de fevereiro e podem ser feitas no link aqui. Os resultados desta atividade poderão ser conferidos no Instagram e Facebook do Quarta Parede (@4.parede), site parceiro da ação. 

Serviço:
Oficina de Crítica Teatral com Lorenna Rocha e Rodrigo Dourado – 2ª edição
Quando: 24, 25 e 25 de fevereiro e 01, 02 e 03 de março (Única turma), das 18h30 às 21h30
Inscrições: Até 20 de fevereiro
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSf_4LQd8QnMQswqgu_GQYb-YvmE2p0FtQmO1xlfB34SkUpp0A/viewform
Informações: oficinadecriticateatral@gmail.com.
Incentivo: Lei Aldir Blanc – Pernambuco / Governo do Estado de Pernambuco / Secretaria de Cultura de Pernambuco
Parceria: Quarta Parede (PE)

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