Arquivo mensais:maio 2015

Versão pernambucana do melodrama Obsessão

Simone Figueiredo (segunda da direita para a esquerda) volta ao palco depois de 15 anos. Crédito: João Rogério Filho/Divulgação

Simone Figueiredo (loura) volta ao palco depois de 15 anos. Foto: João Rogério Filho

A vingança desperta forças inimagináveis. Confidentes de uma vida, Lívia e Marina nutrem uma pela outra um sentimento ambíguo que mistura amor e ódio. Nada nessa relação é simples. Elas compartilham venturas e desventuras do amor, experiências do dia a dia, expostas em cenas curtas que embaralham o tempo cronológico. A traição muda a consistência dessa amizade.

Quando Livia se apaixona por Marcelo, Marina passa a acompanhar (e cobiçar) a felicidade da amiga. Chega à conclusão que também deseja o rapaz.

Obsessão é uma comédia de costumes escrita por Carla Faour; um melodrama como diz o diretor Henrique Tavares. O texto foi construído e postados nas páginas do www.dramadiario.com — site que reúne nomes da nova dramaturgia carioca.

A peça faz sucesso no Rio de Janeiro há três anos e recebeu o prêmio APTR 2012 de Melhor Autor; e duas indicações ao Prêmio Shell. Uma encenação pernambucana, com direção de Henrique Tavares, o mesmo que assina a versão carioca, estreia amanhã, no Teatro Boa Vista.

O espetáculo traz de volta aos palcos a atriz Simone Figueiredo, afastada da ribalta há 15 anos. Simone, que foi secretária de cultura do Recife, interpreta Marina. Ao seu lado, rivalizando pelo mesmo homem está Nilza Lisboa como Lívia. As duas mergulham no universo feminino e amoroso, repleto de sutilezas e perversões. Também estão no elenco os atores Silvio Pinto, Diógenes D. Lima e Tarcísio Vieira.

A direção de arte está sob responsabilidade de Célio Pontes e a assistência é assinada por Henrique Celibi. A produção do espetáculo está a cargo das duas atrizes Simone e Nilza junto com Silvio Pinto e Ulisses Dornelas.

SERVIÇO
Espetáculo Obsessão
Quando: De 22 de maio a 14 de julho; sextas e sábados, às 21h e domingos, às 19h30
Onde: Teatro Boa Vista – Rua Dom Bosco, 551, Boa Vista
Ingresso: R$ 60 e R$ 30 (meia), à venda de segunda a sexta, das 10h às 17h, e nos dias do espetáculo, na bilheteria do teatro
Informações: 2129-5961

Postado com as tags: , , , , , , , , , ,

Glauber fala para Jomard e Arraes

Atores Júnior Aguiar e Márcio Fecher incendiados pela obra, e vida, de Glauber Rocha. Foto: Divulgação

Atores Júnior Aguiar e Márcio Fecher incendiados pela obra, e vida, de Glauber Rocha. Foto: Divulgação

O espetáculo h(EU)stória – o tempo em transe chega à quarta temporada. São dez apresentações no Teatro Arraial Ariano Suassuna, às sextas e sábados, começando amanhã. A partir das cartas escritas pelo cineasta baiano Glauber Rocha para o poeta e educador Jomard Muniz de Britto e o ex-governador Miguel Arraes, a montagem junta vozes e “eus” que como um caleidoscópio projeta tantos “Glauberes” possíveis. E com esse discurso incendiário traça o retrato de um Brasil, ainda em busca da democracia verdadeira e libertária.

No palco, os atores Júnior Aguiar e Márcio Fecher discorrem sobre utopias e desilusões; incorporam o antigo desejo de transformar o mundo num lugar melhor para viver e falam daquilo que nos oprime ou confisca a liberdade.

A encenação recebeu seis indicações ao prêmio APACEPE (espetáculo, diretor, ator (Júnior Aguiar e Márcio Fecher), trilha sonora e iluminação) 20º Festival Internacional das Artes Cênicas de Pernambuco – Janeiro de Grandes Espetáculos. Levou dois troféus, de melhor espetáculo e trilha sonora.

h(EU)stória – o tempo em transe faz parte do projeto da Trilogia Vermelha em que participam os atores Júnior Aguiar, Márcio Fecher e Daniel Barros. Os outros dois espetáculos pa(IDEIA) – pedagogia da libertação (sobre Paulo Freire) tem estreia agendada para setembro e pro(FÉ)ta – o bispo do povo (sobre D. Helder Câmara), tem previsão para 2016.

SERVIÇO
h(EU)stória – o tempo em transe – 4º temporada.
Onde: Teatro Arraial Ariano Suassuna (Rua da Aurora – Boa Vista)
Quando: Sexta e Sábado, 20h, de 22 de maio a 20 de junho
Ingressos: R$ -30,00 (inteira) e R$ – 15,00 (meia)
Informações: 8588.1388 (Aguiar) ou 8493.1650 (Fecher)

Postado com as tags: , ,

Cia Armazém leva ética para centro do palco

O dia em Sam morreu faz três sessões no Recife. Foto: João Gabriel Monteiro

O dia em Sam morreu faz três sessões no Recife. Foto: João Gabriel Monteiro

O que se espera do teatro hoje é que ele ressignifique o contemporâneo. As questões urgentes e atuais que martelam nossa cabeça, nosso coração e bate à nossa porta. Mas que também chegam como gigantes monstros a provocar, amedrontar ou intimidar o coletivo. A trajetória de mais de 20 anos da Armazém Cia de Teatro, do Rio de Janeiro, é pontuada por enfrentar corajosamente esses desafios. Em O dia em que Sam morreu, dirigido por Paulo de Moraes, a reflexão ética vai para primeiro plano. Com uma narrativa não linear, o texto de Paulo de Moraes e Maurício Arruda Mendonça ausculta as mazelas humanas, a partir de colocações dos papeis desempenhados na sociedade, que também reflete o quadro socioeconômico do país.

O espetáculo enquadra os poderes (podres poderes???) e a ação se passa quase que o tempo todo em um hospital. Em volta do paciente na mesa de cirurgia ou na relação entre eles, essa equipe médica se digladia pelo poder, declarada ou secretamente.

Um cargo de chefia no hospital é que aspira o cirurgião Benjamin (Otto Jr.). Outro médico, o Dr. Arthur (Ricardo Martins) quer burlar a fila de transplante de coração para favorecer sua esposa, a juíza Samantha (Patrícia Selonk). A juíza, lógico, tem pressa e sua preocupação é ter coração novo para continuar vivendo. Sophia (Lisa Eiras) busca cuidados médicos para o seu pai, Samir (Marcos Martins), que sofre de Alzheimer. Samir sonha com a vida no circo, como quis no passado. Samuel (Jopa Moraes), o Sam do título, planeja mudar o mundo.

O dia em que Sam morreu faz curta temporada no Recife, no Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu), de sexta(22/05) a domingo(24/05). (Confira serviço abaixo)

Espetáculo tem direção de Paulo de Morais

Espetáculo tem direção de Paulo de Morais

Todos buscam resolver seus problemas e defender seus interesses pessoais. E eles fazem coisas para conseguir o que querem. Desde ser conivente com erros médicos, passando por favores sexuais à invasão de um hospital com uma arma em estado alucinado para livrar o mundo da corrupção e da desonestidade. Há muitas partes podres numa República jovem.

A peça tem cenário de Carla Berri e Paulo de Moraes e a trilha sonora é interpretada ao vivo por Ricco Viana. A iluminação é de Maneco Quinderé. Samantha, Samir e Samuel e também pode ser os três. Esta é uma encenação que convoca o espectador a refletir.

Serviço
Espetáculo O dia em que Sam morreu, com Armazém Cia de Teatro (RJ)
Onde: Teatro Luiz Mendonça/Parque Dona Lindu
Quando: Sexta(22/05) e sábado(23/05) às 20h; Domingo(24/05) às 19h
Ingressos: R$ 40 inteira e R$ 20 meia-entrada
Ponto de venda: quiosque ingresso Prime no Shopping RioMar(térreo)
Informações: 3039.4042/3355.9821

Ficha Técnica
Direção: Paulo de Moraes
Dramaturgia: Maurício Arruda Mendonça e Paulo de Moraes
Elenco: Jopa Moraes, Lisa Eiras, Marcos Martins, Otto Jr., Patrícia Selonk e Ricardo Martins
Iluminação: Maneco Quinderé
Cenografia: Paulo de Moraes e Carla Berri
Figurinos: Rita Murtinho
Direção Musical: Ricco Viana
Cartaz: Jopa Moraes
Material Gráfico: Jopa Moraes e João Gabriel Monteiro
Produção de vídeos: José Luiz Jr., João Gabriel Monteiro e Ricco Viana
Assistente de Direção: José Luiz Jr
Assistente de Iluminação: Felício Mafra
Assistente de Cenografia: Rodrigo
Assistente de Figurinos: Rafaela Rocha
Assistente de Produção: Iza Lanza
Técnico de Montagem: Regivaldo Moraes
Preparação Corporal: Fred Paredes e Rafael Barcellos
Preparação Vocal: Jane Celeste Guberfain
Produção Executiva: Flávia Menezes
Produção: Armazém Companhia de Teatro

Postado com as tags: , , , , , , , , , , , , ,

Do lixo à magia com a Caravana Tapioca

Caravana Tapioca estreia novo espetáculo. Foto: Renata Pires

Dupla Anderson Machado e Giulia Cooper estreia novo espetáculo. Foto: Renata Pires

O público recifense já conhece a alegria e inventividade da Caravana Tapioca, trupe formada pela dupla de atores, circenses e músicos, Giulia Cooper e Anderson Machado, paulistanos radicados na capital pernambucana há cinco anos. Nesta sexta-feira o dueto estreia o espetáculo Flor do Lixo, a partir das 19h, na área externa do Parque Dona Lindu (Boa Viagem).

Essa montagem direciona suas preocupações com o destino do lixo e a riqueza que é possível tirar do material reciclado.

Dois artistas e amigos descobrem o Beco da Ilusão e resolvem desenvolver seu trabalho no local. Uma série de contratempos os obriga a usar a imaginação e improvisar com coisas descartáveis para superar os problemas. Garrafas plásticas são usadas como malabares, bolas de papel e sacos de lixo se transformam em objetos animados.

Ilusionismo, malabarismo, música, humor e poesia são substâncias desse espetáculo sem palavras.

A Caravana Tapioca já montou Brincando no Picadeiro, Cavaco e Sua Pulga Adestrada e O Circo de Lampezão e Maria Botina. E também assinou a realização, em 2013, do I Festival de Circo a Céu Aberto, com nova edição programada ainda para este ano.

A montagem Flor do Lixo foi concebida desde 2013 e tem roteiro e direção de Anderson Machado e supervisão cênica de Marcelo Oliveira. “Queremos tratar desses seres invisíveis, garis, pedintes, moradores de rua, etc., e propondo também uma reflexão sobre o consumo desenfreado que nos faz gerar tanto lixo. Outro ponto importante é a necessidade de valorizarmos mais os espaços que temos na nossa cidade, lugares esquecidos que podem, sim, ganhar outra utilidade, outra vida”, explica Giulia Cooper.

flor do lixo com a caravana tapioca foto renata pires
AGENDA DE APRESENTAÇÕES GRATUITAS NO RECIFE E OLINDA
Dia 15/05 – Parque Dona Lindu, 19h
Dia 16/05 – Parque 13 de Maio, 16h30
Dia 17/05 – Praça do Arsenal da Marinha, 16h
Dia 18/05 (segunda-feira) – Ilha de Deus, no Centro Educacional Saber Viver, 17h
Dia 20/05 (quarta-feira) – Escola Governador Barbosa Lima, 9h
Dia 21/05 (quinta-feira) – Escola Vidal de Negreiros, 10h30
Dia 21/05 (quinta-feira) – Comunidade de Santo Amaro, no Largo do Albuquerque, ONG Pé no Chão, 17h30
Dia 22/05 (sexta-feira) – Rua da Alfândega, 21h
Dia 23/05 (sábado)- Praça de Boa Viagem, 17h e 20h
Dia 24/05 (domingo) – Parque da Jaqueira, 10h
Dia 24/05 (domingo) – Alto da Sé/Olinda, 16h30
Classificação indicativa: livre para todas as idades e públicos.

Postado com as tags: , , ,

Teatro de Santa Isabel faz 165 anos

Vista interna do teatro. Foto: Marcelo Lyra

Vista interna do teatro. Foto: Marcelo Lyra

O Teatro de Santa Isabel, que já foi palco de ações libertárias no seu passado glorioso, comemora 165 anos com uma programação amena. Lá o poeta-cidadão Castro Alves levantou sua voz, com “um punhado de versos” pela defesa dos excluídos e proscritos. Contra a injustiça, a barbárie e a tirania. Bem, os tempos são outros. E as batalhas importantes, como o Ocupe Estelita, são travadas nas ruas – e tem como armas (entre outras) vídeos e filmes inteligentes e demolidores por seu humor como Novo Apocalipse Recife (Ocupe Estelita contra GeJu) – e nas redes sociais.

Bem, mas o Teatro de Santa Isabel completa 165 anos no dia 18 de maio. E para a data não passar em branco, a Secretaria de Cultura do Recife juntou algumas atrações para serem exibidas sábado (16) e domingo (17), a partir das 15h, com entrada franca.

A programação de sábado começa com Contação de Histórias. A atriz Kika Farias defende Dona Mocinha no vaivém da vida, sobre uma andarilha que coleciona contos e distribui sua riqueza com quem encontra pelo caminho. Em seguida, o ator Flávio Renovatto, acompanhado dos músicos André Eugênio (percussão) e Rafael Meira (flauta e violão), comanda o recital O Guardador de Poetas. O espetáculo reúne literatura, teatro e música durante 60 minutos e é apoiado nos textos de Cecília Meireles, Mario Quintana e Manoel Bandeira.

Cara da Mãe, com o Coletivo Cênico Tenda Vermelha completa as apresentações de sábado. As bailarinas Ana Luiza Bione, Íris Campos e Janaína Gomes conduzem o público por reflexões sobre a maternidade, suas inquietudes e conquistas no mundo contemporâneo.

Histórias Cantadeiras. Foto:  Janela Fotografia

Histórias Cantadeiras. Foto: Janela Fotografia

Os contos populares brasileiros O macaco e a viola, O cabra cabrês e A sopa de pedra, além de Histórias à brasileira, da escritora Ana Maria Machado compõem a apresentação Histórias Cantadeiras, que a Companhia “Agora eu era …” exibe domingo. Participam a contadora Nanda Melo e a musicista Cacau Nóbrega.

Odília Nunes como a encantadora Bandeira. Foto: Divulgação

Odília Nunes como a encantadora Bandeira. Foto: Divulgação

Decripolou Totepou é um afogo no coração, com a artista Odília Nunes. Ela buscou na magia do circo os ingredientes para compor a fábula de Bandeira, uma brincante que anda pelo mundo seduzindo a todos com suas narrativas.

Sebastiana e Severina leva ao palco os anseios de duas rendeiras solteironas, que depositam no mesmo forasteiro a esperança de amor. E isso abala a amizade delas. A direção de Cláudio Lira.

Na Beira, com Plínio Maciel. Foto: Ricardo Maciel

Na Beira, com Plínio Maciel. Foto: Ricardo Maciel


Plínio Maciel encerra a programação de aniversário com a performance Na Beira, a ser apresentada no Camarim Coletivo para 30 pessoas apenas. A direção é de Rodrigo Dourado e faz parte do projeto do Teatro de Fronteira.

Serviço
Aniversário de 165 anos do Teatro de Santa Isabel
Quando: sábado (16) e domingo (17)
Horário: a partir das 15h
Onde: Teatro de Santa Isabel, Praça da República, s/n, bairro de Santo Antônio, Recife
Informações: 3355.3323/3322
Entrada franca

PROGRAMAÇÃO

Sábado – 16 de maio
15h – CONTAÇÃO DE HISTÓRIASDona Mocinha no vaivém da vida
Saguão do TSI
Classificação: Livre
16h40 – O GUARDADOR DE POETAS
Anfiteatro
Classificação: Livre
20h – CARA DA MÃE
Palco
Classificação: Livre

Domingo, 17 de maio
15h – CONTAÇÃO DE HISTÓRIASHistórias Cantadeiras
Saguão do TSI
Classificação: Livre
16h – DECRIPOLOU TOTEPOU
Anfiteatro
Classificação: Livre
17h – SEBASTIANA E SEVERINA
Palco
Classificação: Livre
18h30 – NA BEIRA
Camarim Coletivo
(Lotação: 30 pessoas)
Classificação: 12 anos

Postado com as tags: , , , , , , , , , , , ,