Arquivo mensais:novembro 2014

Calvário de Frei Tito

Wiliam Mendonça e Maria Vitória  interpretam Tito e sua irmã Nildes de Alencar. Foto: Gustavo Portela

Wiliam Mendonça e Maria Vitória interpretam Tito e sua irmã Nildes de Alencar. Foto: Gustavo Portela

X Festival de Teatro de Fortaleza

Por uma hora e meia o público faz uma viagem no tempo. A um passado recente e cruel da história brasileira. Da época da ditadura militar, do massacre, das ameaças, do confisco dos direitos individuais, de mortes e torturas. E também das resistências, das utopias, da dignidade de algumas criaturas como o frade Tito de Alencar Lima (1945-1974), dominicano cearense, militante político, que foi preso, torturado, exilado e cometeu suicídio na França. Frei Tito: Vida, paixão e morte é uma oportunidade de conhecer e se emocionar com essa personalidade. O espetáculo fez uma sessão domingo, no Teatro Universitário Paschoal Carlos Magno. A segunda apresentação dentro do X Festival de Teatro de Fortaleza é nesta terça-feira (25/11), no Teatro Dragão do Mar, às 20h.

Frei Tito é uma figura histórica que lutou pela liberdade e pagou com a própria vida. A trajetória do religioso já inspirou o filme Batismo de sangue, de 2007, do cineasta Helvécio Ratton, baseado no livro homônimo de Frei Betto. A montagem Frei Tito: Vida, paixão e morte, em Fortaleza, traz uma proximidade com as primeiras batalhas do visionário, com o local onde nasceu e onde ainda moram seus familiares.

A estrutura dramatúrgica está fincada no chamado teatro documental ou drama documentário, uma combinação de texto teatral com jornalismo, depoimentos, relatos, pesquisas, baseado em fatos reais. E foi assim que o dramaturgo e ator Ricardo Guilherme construiu seu texto, contextualizando o percurso do frei. A peça obteve menção honrosa no Concurso Internacional de Obras Teatrais do Terceiro Mundo, da Unesco, em 1987. Alguns ajustes foram feitos depois.

A encenação do grupo Formosura de Teatro tem direção de Graça Freitas e tem um cenário minimalista. O Teatro Universitário Paschoal Carlos Magno, com suas paredes escuras, já contribuiu para criar um ambiente soturno proposto pela encenação. A diretora utiliza como principal objeto de cena um armário de aço, com quatro gavetas, utilizado em repartições públicas, inclusive em delegacias. O objeto tem várias utilidades no espetáculo, reforçando a ideia de prisão, mas também servindo como mala, por exemplo.

A história por si só já é de grande apelo dramático. O dramaturgo Ricardo Guilherme faz contrapontos com a situação do país naquela época, das propagandas utilizadas pelo governo, e que ele declama ou canta no pequeno tablado. Ele também faz comentários, como uma espécie de locutor, a pontuar o que aconteceu ano a ano, canções exploradas no período e até o clima do futebol e do país gigante.

Passado terrível da história brasileira é contado em montagem do grupo Formosura de Teatro. Foto: Jotacílio Martins

Passado terrível da história brasileira é mostrado pelo grupo Formosura de Teatro. Foto: Jotacílio Martins

A força do texto é defendida com vigor pelo elenco. A interpretação do ator Wiliam Mendonça, como Frei Tito, é primorosa. Ele trabalha as nuances do caçula de uma família de 14 irmãos, criado pela mana Nildes de Alencar Lima. Do despertar para a política e para o bem-comum, até a militância contra o regime militar, a prisão, torturas, exílio e as feridas emocionais que geraram alucinações da perseguição do carrasco, que o levou ao suicídio na cidade de Lyon, na França, aos 28 anos de idade.

O público acompanha o calvário do cearense, que sai de Fortaleza para estudar no Recife, e depois segue para Minas Gerais e São Paulo, para cursar Filosofia, na Universidade de São Paulo (USP). Ele foi preso junto com outros militantes no lendário XXX Congresso da União Nacional dos Estudantes (Une), em Ibiúna, interior de São Paulo, em 1968.

Maria Vitória interpreta a irmã amorosa e protetora Nildes de Alencar, preocupada com a ousadia política do irmão idealista. As várias facetas dessa mulher determinante na vida de Tito são defendidas com dignidade pela atriz, com densidade. O ator Leonardo Costa interpreta três personagens, sendo um deles, o torturador.

Graça Freitas conduz as cenas com segurança e equaliza bem a emoção. Explora imagens poéticas, cria metáforas no interior das cenas. Outro trunfo da montagem é a música de Rami Freitas, que acompanha a trama. Essa trilha ao vivo cria o clima, modela as cenas, intensifica movimentos e intensões. E joga a plateia a lidar com uma batida do que seria uma tortura.

Frei Tito: Vida, paixão e morte é uma experiência inesquecível. Emocionante e que permite ao espectador vivenciar o que foram aqueles episódios sombrios.

Memória das atrocidades cometidas durante a ditadura  militar brasileira. Foto:  Jotacílio Martins

Memória das atrocidades cometidas durante a ditadura militar brasileira. Foto: Jotacílio Martins

Serviço:
Frei Tito: Vida, paixão e morte
Grupo Formosura de Teatro
Direção: Graça Freitas
Texto: Ricardo Guilherme
Elenco: Wiliam Mendonça, Maria Vitória, Leonardo Costa, Ricardo Guilherme e Rami Freitas (músico)
Quando: dia 25/11/14, às 20h
Onde: Teatro Dragão do Mar (Rua Dragão do Mar, 81 – Praia de Iracema, Fortaleza – CE)
Informações: (85) 3488-8600

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Crimes contra a cidade

Quase nada, um drama psicológico, remete ao tônus épico da metrópole

Quase nada, um drama psicológico, remete ao tônus épico da metrópole. Foto: Ivana Moura

X Festival de Teatro de Fortaleza

Quase nada. O título da peça já convoca para a banalidade de algo sem importância. O fato “irrelevante”, no caso, é o assassinato de um menino de rua no semáforo de uma grande cidade. Um casal de classe média alta foi abordado, se assustou com a presença do garoto e o marido atirou à queima-roupa. O pivete morreu e foi largado no asfalto. Alguns jornais noticiam esse tipo de crime, mas nem sempre são apontados os culpados. A violência tornou-se tão corriqueira que a dor da perda e o valor da vida caíram de cotação no imaginário do brasileiro, principalmente quando o alvo são esses seres invisíveis.

O texto do dramaturgo cearense Marcos Barbosa é de 2002 (ele tinha 20 e pouco anos quando criou a peça) e já foi encenado em Londres, Itália, EUA, São Paulo e Bahia. A montagem que participa da 10ª edição de Teatro de Fortaleza é assinada por Altemar di Monteiro, com o grupo Nóis de Teatro.

A primeira apresentação dentro do festival foi no sábado, no Cuca Barra; e a segunda será no Centro Cultural Banco do Nordeste, na quinta-feira (27/11), às 19h.

Personagens sofrem com o crime cometido, mas não o suficiente para pagar por ele

Personagens sofrem com o crime cometido, mas não o suficiente para pagar por ele

Para discutir a violência urbana, a montagem mostra uma intricada conexão com a impunidade, a consciência individual e a falta de senso de coletividade. E ainda traz ideias de superioridade baseada no poderio econômico, desrespeito às leis e negação de cidadania. Todo esse arcabouço poderia cair num panfletário social. Mas a montagem, apesar de apregoar toda a questão política, vai por outro caminho. Percorre a trilha psicológica.

Os personagens estão metidos em espaços claustrofóbicos, que alimentam o sentido dos diálogos. As frases curtas e os silêncios ecoam. Os atores se encarregam de modificar o cenário formado basicamente por módulos de persianas que delimitam o espaço.

Temos três posições nesse drama. O casal amedrontado em ser descoberto; uma mulher que diz ter presenciado o homicídio e é supostamente a mãe da vítima, que aceita dinheiro para ficar calada; e um pistoleiro profissional, que se oferece para apagar as pistas do crime. Compra-se consciência, passa-se por cima das leis ou de convenções sociais.

O espaço público é negado como lugar democrático e se mostra um território perigoso. Mas isso é exibido a partir do ambiente doméstico, de cômodos do apartamento em que o público também exerce esse olhar indiscreto, acusador. A apresentação ocorreu no palco do Teatro Cuca Che Guevara (Cuca Barra, um dos Centros Urbanos de Cultura, Arte, Ciência e Esporte que funcionam na periferia de Fortaleza), com a plateia em volta da cena. Isso contribuiu para criar um clima intimista.

Cena de ameaças e chantagem entre o casal e a suposta mãe do garoto assassinado

Cena de ameaças e chantagem entre o casal e a suposta mãe do garoto assassinado

O espetáculo Quase nada abre e fecha com um vídeo. Antônio e Sara na madrugada. O tiro. Com medo da marginalidade, o marido comete um crime. Abandona o corpo. E eles aparecem em casa. A opressão da violência urbana se volta por algum tempo contra os autores em forma de depressão.

A atmosfera é dos filmes noir, uma guerra de nervos. A direção utiliza desse clima claustrofóbico para situar o estado de penúria psicológica do casal. Tudo é uma ameaça. Inclusive a relação dos dois.

Eles se estranham, não se reconhecem. A violência cometida detona algo dentro deles. A peça está dividida em três movimentos. Nesse primeiro momento, os dois tentam aceitar a situação. A pouca iluminação contribui para o clima opressivo. Dois outros atores leem rubricas ao microfone e complementam falas, grunhidos.

Há uma ligação com roteiro de cinema e plano-sequência. Silêncios secos ou amplificados, desconfortantes, que intercalam as falas dos personagens. Houve um crime. O autor que não deseja pagar por seus atos. A sociedade está anestesiada. E o casal busca assegurar o lugar de conforto e segurança. Para falar de uma cidade em crise, do tônus épico, a montagem investe no miudinho da relação interpessoal.

O jogo cênico é bastante intrigante enquanto possibilidade de levantar a dúvida. Os atores Edna Freire, Magno Carvalho, Kelly Enne Saldanha e Henrique Gonzaga defendem com garra os papeis. De marido e esposa que passam por um turbilhão de emoções, mas se agarram à impunidade do crime cometido para seguir a vida. Da provável mãe do garoto que comete a chantagem e tem pouca articulação verbal. E do pistoleiro mestre da intimidação. O elenco é jovem e trabalha com desenvoltura seus personagens. Talvez falte um pouco mais de repertório gestual e vocal para verticalizar em densidade as questões. Mas o que apresentam já é de grande valia, com os recursos metalinguísticos estruturados a partir do uso das rubricas do autor.

Um espetáculo que ajuda a pensar no jogo de aparências, no ambiente familiar que esconde ações puníveis. E da responsabilidade ética de cada um com seu território urbano.

Boas atuações dos jovens atores do Nóis de Teatro, de Fortaleza

Boas atuações dos jovens atores do Nóis de Teatro, de Fortaleza

Serviço:
Quase nada
Nóis de Teatro
Direção: Altemar di Monteiro
Texto: Marcos Barbosa
Elenco: Edna Freire, Magno Carvalho, Kelly Enne Saldanha e Henrique Gonzaga
Quando: dia 27/11/14, às 19h
Onde: Centro Cultural Banco do Nordeste (Av. Conde d’Eu, 560 – Centro, Fortaleza – CE)
Informações: (85) 3464-3108

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Para que serve a consciência de Till

Inês Peixoto (centro) interpreta Till com graça e humor. Foto: Ivana Moura

Inês Peixoto (centro) interpreta Till com graça e humor. Foto: Ivana Moura

X Festival de Teatro de Fortaleza

Já fazia dias, semanas até, que não caia uma gota de chuva em Fortaleza. Mas ontem, durante a apresentação do espetáculo Till, a saga de um herói torto, choveu o suficiente para interromper por duas vezes a exibição do grupo Galpão. O que poderia ser um desastre transformou-se num detalhe de congraçamento entre palco e plateia. O público buscou se proteger do aguaceiro colocando cadeiras na cabeça ou fugindo para qualquer abrigo ali por perto. Aquilo parecia provocação de São Pedro, talvez para assegurar o interesse dos espectadores. A plateia ficou por ali, e quando a chuva cessou pediu com palmas ao elenco para que voltasse para concluir a sessão. Foram momentos de comunhão do teatro, em ato encarado pelos presentes como algo precioso. Bonito de ver.

Till, a saga de um herói torto, abriu ontem a 10ª edição Festival de Teatro de Fortaleza (Ceará), ao ar livre no Estoril, na praia de Iracema. É uma montagem do Galpão de tradição mambembe, popular, de rua, fincada na comédia com doses cavalares de reflexões sobre questões contemporâneas – da necessidade de se pensar sobre a exclusão dos que já nascem enjeitados, à vontade da ressurreição das utopias para um mundo melhor. A encenação é de 2009, com direção de Júlio Maciel, um dos integrantes do grupo mineiro; e já rodou o mundo. E isso traz a vivência do palco, mas também um desgaste do que poderíamos chamar do frescor do espetáculo. Talvez por isso, o fator surpresa do vento, da chuva, e principalmente da reação do público agregou valor de experiência única à exibição.

O texto de Luís Alberto de Abreu resgata Till Eulenspiegel da cultura popular da Idade Média. Essa figura do folclore alemão conserva parecença com Gargantua e Pantagruel, personagens de François Rabelais (1493-1553), na crítica aos pequenos poderes e na referência ao grotesco e ao escatológico, mas sem a radicalidade do autor francês. A cena em que o anão escafandrista é enfiado dentro da mãe do protagonista para arrancar o preguiçoso Till lá de dentro é “tempero Rabelais”, mas as ações na sequência são suavizadas e suas estripulias o aproximam de João Grilo, do Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna.

O diabo é sempre sedutor, defendido por Chico Pelúcio

O diabo é sempre sedutor, defendido por Chico Pelúcio

Till nasce de uma aposta entre o Demônio e Deus. O Belzebu joga que o humano é criação falida e que bastaria tirar algumas de suas qualidades para a criatura cair em perdição. Till é a cobaia. O coitado já chega desprovido de qualquer inteligência útil e perde sua Consciência numa negociação com o Demônio.

Nessa peleja entre o Altíssimo e o Diabo, só o segundo aparece. Ele está vestido de vermelho e porta chifres que acendem. É defendido por Chico Pelúcio com graça e humor. Entra e sai do Inferno com estardalhaço e os efeitos de gelo seco.

As interpretações são propositalmente exageradas, para destacar o teor grotesco das personagens. Inês Peixoto interpreta esse presepeiro encantador, com desenvoltura explorando as facetas de tolo/esperto, poético mas com doses escatológicas.

Os três cegos que peregrinam em busca de Jerusalém. Foto: Ivana Moura

Os três cegos que peregrinam em busca de Jerusalém. Foto: Ivana Moura

Paralelamente ao percurso de Till, na sua luta pela sobrevivência e seus encontros com o diabo, também é mostrada a história de três cegos andarilhos (Alceu, Borromeu e Doroteu) que sonham em chegar a Jerusalém. O elenco trabalha com mais de uma chave interpretativa, incluindo a narração, com quebra da ilusão no interior da cena com a exposição da artesania teatral e da tradição do teatro épico.

O cenário, de Márcio Medina, traz alçapões de onde sai o diabo, deslizam Till ou emerge o anão escafandrista. Isso provoca efeitos que dão ritmo e agilidade na movimentação, que conquistam a plateia. Mas toda a estrutura está fincada na relação frontal.

Da competência do elenco já sabemos e do domínio da arte da representação. Os atores compõem figuras hilárias, grotescas, mas com algum toque de dignidade. O figurino esfarrapado é de impacto e robustece a ambiência da história, associada à maquiagem pesada.

Com humor, a peça investe na necessidade da utopia. E indica quão frágil e pequeno é esse humano formado de corpo, alma e consciência. A ação do trio de cegos capricha nas fissuradas relações humanas com suas disputas por poder, onde cabem dependência, ciúme, inveja e falsa bondade, entre outras coisitas.

Foi uma noite memorável. A saga foi tão bem recebida em Fortaleza que até o Diabo, que teoricamente perdeu a batalha para Deus e teve que devolver a Consciência de Till, conseguiu uma voluntária para subir ao palco e conhecer o seu cantinho quente.

Teuda Bara, Mãe de Till

Teuda Bara, Mãe de Till

FICHA TÉCNICA
Elenco

Antonio Edson (Borromeu / Povo / Anão)
Arildo de Barros (Parteira / Juiz / Camponês / Carrasco / Padre / Miserável)
Beto Franco (Parteira / Português / Padre / Camponês / Miserável)
Chico Pelúcio (Demônio / Camponês / Voz do Soldado)
Eduardo Moreira (Doroteu / Povo)
Inês Peixoto (Till)
Lydia Del Picchia (Parteira / Consciência / Cozinheira / Menino)
Simone Ordones (Alceu / Povo)
Teuda Bara (Mãe / Miserável)
Direção: Júlio Maciel
Texto: Luís Alberto de Abreu
Cenografia e Figurino: Márcio Medina
Direção musical – arranjos, adaptações e composições: Ernani Maletta
Preparação corporal para cena: Joaquim Elias
Iluminação: Alexandre Galvão, Wladimir Medeiros
Caracterização: Mona Magalhães
Adereços: Luiza Horta, Marney Heitmann, Raimundo Bento
Sonorização: Alexandre Galvão
Cenotécnica e contra-regragem: Helvécio Izabel
Assistente de figurino: Paulo André
Assistentes de cenografia: Poliana Espírito Santo, Amanda Gomes
Preparação vocal: Babaya
Técnica de Pilates: Waneska Carvalho
Construção do palco: Tecnometal
Ajudante de cenotécnica: Nilson Santos
Costureiras: Taires Scatolin, Idaléia Dias
Fotos: Guto Muniz / Casa da Foto
Projeto gráfico: Lápis Raro
Consultoria de planejamento: Romulo Avelar
Assessoria de planejamento: Ana Amélia Arantes
Assessoria de comunicação: Paula Senna
Estagiários de comunicação: Ana Alyce Ly e João Luis Santos
Consultoria de patrocínio: Mauro Maya
Assistente de produção: Anna Paula Paiva
Produção executiva: Beatriz Radicchi
Direção de produção: Gilma Oliveira
Produção: Grupo Galpão
Patrocínio: Petrobras

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Janeiro de Grandes Espetáculos divulga selecionados

A coordenação do Janeiro de Grandes Espetáculos divulgou a lista dos espetáculos pernambucanos selecionados para participar da próxima edição do festival, que será realizada entre 14 e 31 de janeiro de 2015. Outros espetáculos pernambucanos devem integrar a grade do festival, mas como convidados.

Confira:

Teatro Adulto:
A dona da história (Duas Companhias)
Doroteia (Companhia Teatro Seraphim)
Frei Molambo (Naldo Venâncio Produções)
Gaiola de Moscas (Grupo Peleja)
Estreia: A Mandrágora (Galharufas Produções)
Comissão de seleção: Marcelino Dias, Ana Nogueira, Moisés Neto, Paulo de Castro

A dona da história. Foto: Renata Pires

A dona da história. Foto: Renata Pires

Frei Molambo

Frei Molambo

Teatro para infância e juventude:
Como a Lua (Elias Vilar e Mambembe Produções)
Haru – A Primavera do Aprendiz (Rapha Santa Cruz Produções Artísticas)
Trueque (Cia Animée)
Comissão de seleção: Paulo de Castro, Paula de Renor, Carla Valença

Como a lua. Foto: Pedro Portugal

Como a lua. Foto: Pedro Portugal

Trueque. Foto: Renata Pires

Trueque. Foto: Renata Pires

Dança:
Anticorpo (Saulo Uchôa)
Frevo de Casa (Hudson Wlamir)
Peba (Iara Sales e e Tonlin Cheng)
Rio de Contas (Cia de Dança do Sesc Petrolina)
Estreia: Cara da Mãe (Coletivo Cênico Tenda Vermelha)
Comissão de seleção: Francini Barros, Adriana gueres, Will Robson e Paula de Renor

Anticorpo. Foto: João Paulo Lira

Anticorpo. Foto: João Paulo Lira

Rio de contas

Rio de contas. Foto: Lizandra Martins

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Prefeitura discute festivais de teatro e dança

*Atualizada às 17h29

Errata:
A assessoria de imprensa da Secretaria de Cultura do Recife entrou em contato para esclarecer que a Prefeitura do Recife ainda não voltou atrás na decisão de tornar os festivais bienais. Segundo a assessoria, a reunião foi de escuta; e isso será decidido entre as representações de classe, a Secretaria de Cultura do Recife e a Fundação de Cultura Cidade do Recife. Uma nova reunião está marcada para o dia 9 de dezembro, às 10h. De acordo com algumas pessoas entrevistas pelo blog, o recuo da Prefeitura ficou subentendido pelo decorrer da reunião.

Confira a nota publicada pelo blog:

A Prefeitura do Recife resolveu recuar. Depois de anunciar que o Festival Recife do Teatro Nacional e o Festival Internacional de Dança do Recife seriam bienais, realizados de forma intercalada, sem que a sociedade civil e a classe artística fossem ouvidas, a decisão foi revista.

Leda Alves, secretária de Cultura do Recife, e o presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Diego Rocha, tiveram uma reunião na manhã de ontem (10), no gabinete da secretária, no prédio da Prefeitura, com representantes da Associação de Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco (Apacepe), da Federação de Teatro de Pernambuco (Feteape), do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão no Estado de Pernambuco (Sated), da Associação de Realizadores de Teatro de Pernambuco (Artepe) e do Movimento Dança Recife.

De acordo com informações, Leda Alves teria pedido desculpas à classe artística por anunciar que os festivais seriam bineais sem nenhuma discussão pública prévia. Mesmo com o recuo, não haveria recursos e tempo hábil para realizar a edição 2014 do Festival Nacional. A promessa é de que novas reuniões devem ser realizadas mensalmente entre os sindicatos e a Prefeitura do Recife.

Leda Alves pediu desculpas à classe artística. Foto: Ivana Moura

Leda Alves pediu desculpas à classe artística. Foto: Ivana Moura

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