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Três dicas de teatro no Recife

e Cláudio Lira em A Rã. Ffoto: Ralph Fernandes.

Diego Lucena e Cláudio Lira na peça A Rã. Foto: Ralph Fernandes.

O medo esteriliza os abraços já avisou Carlos Drummond de Andrade. No espetáculo A Rã, o medo gera o terror, o descompasso com a realidade e trava a ação. A Companhia Animatus Invictus prossegue com a montagem inspirada no conto homônimo de Hermilo Borba Filho, até domingo, às 20h, no Teatro que leva o nome do teatrólogo pernambucano. A experiência paralisante é vivenciada por uma mulher, que vê o objeto que lhe causa pavor crescer de tamanho até enredá-la por inteiro. A encenação marca a estreia de Luiz Manuel na direção e conta no elenco com Diego Lucena e Cláudio Lira.

O diretor utiliza várias técnicas para projetar fobias, dores, sofrimento e ansiedade. O realismo fantástico operado por HBF no texto é explorado na encenação, que leva para a cena aspectos sombrios e de terror para projetar labirintos. A dramaturgia é uma combinação do conto A Rã, na íntegra, com textos de Shakespeare, Lorca, Osman Lins, Poe, e outros de Hermilo.

A Animatus Invictus eliminou a separação palco e plateia, na perspectiva de envolver os espectadores. Ainda participam da montagem Charles de Lima, como diretor de arte e cenotécnico; Alexandre Henrique, na sonoplastia; Evandro Mesquita, na contrarregragem e Natalie Revorêdo, na iluminação.

SERVIÇO
A Rã, espetáculo teatral inspirado na obra de Hermilo Borba Filho.
Direção: Luiz Manuel
Atuação: Claudio Lira e Diego Lucena
Lotação do espetáculo: 30 pessoas
Duração: 1h
Classificação: 16 anos
Quando: 3, 4, 5, 6 e 10, 11, 12 e 13 de março, às 20h
Ingressos: R$ 20 (inteira) R$ 10 (meia)

 Micheli Arantes, Natali Assunção e Marcos Medeiros dividem a cena em Amar é crime. Geraldo Monteiro (Divulgação).

Micheli Arante, Natali Assunção e Marcos Medeiros dividem a cena em Amar é crime. Foto: Geraldo Monteiro.

A peça Amar é crime, inspirada no livro homônimo de Marcelino Freire, prossegue em temporada no Espaço O Poste. A montagem marca a estreia de Isabelle Barros na direção e coletivo AMARÉ Grupo de Teatro, formado em 2014 por ex-alunos do curso de interpretação para teatro do Sesc Santo Amaro. Nos quatro contos que compõe a peça – Acompanhante, Crime, Mariângela e Vestido longo – o amor aparece de mãos dadas com a violência.

As facetas distorcidas desse sentimento apontam para uma cuidadora de idosos que enfrenta uma situação constrangedora, em Acompanhante; ou da menina que sofre humilhações da própria mãe pelo fato de ser obesa, em Mariângela. A encenação investe no despojamento da cena e no trabalho do ator.

SERVIÇO
AMAR É CRIME
Onde:: Espaço O Poste (Rua da Aurora, 529, Boa Vista).
Quando: de 20 de fevereiro a 20 de março. Sábados e domingos, às 20h.
Ingresso: R$ 20 e R$ 10 (meia).
Informações: 97914-4306.

 Cláudio Ferrário Olga Ferrário em A invenção da palavra. Foto: Divulgação

Olga Ferrário e Cláudio Ferrário em A invenção da palavra. Foto: Divulgação

No princípio era o Verbo; está nas escrituras bíblicas. No espetáculo A Invenção da palavra a disputa fica em torno de quem é o autor dessa façanha, Deus ou o Capeta? Com a montagem, o ator pernambucano Cláudio Ferrário comemora 40 anos de carreira e divide a cena com sua filha, Olga Ferrário.

Fruto de um intercâmbio artístico com o diretor espanhol Moncho Rodriguez, o trabalho faz uma viagem pela história da humanidade e a necessidade de criar histórias.

SERVIÇO
INVENÇÃO DA PALAVRA
Onde:: Caixa Cultural (Av. Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife)
Quando: 3, 4, 5, 10, 11, 12, 17, 18, 19 de março.  20h.
Ingresso: R$ 10 e R$ 5 (meia)
Informações: 3425-1915.

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Parábolas sobre o sentido da vida

Montagem de Nossa Cidade , com a turma do Curso de Interpretação para Teatro do Sesc Santo Amaro

Você sabia, pergunta um rapazinho, que a luz dessas estrelas demorou milhõesde anos para chegar até nós? Vemos o cintilar de mundos que, provavelmente, estão mortos há muito tempo… 

Talvez seja o contrário, rebate a menina. Talvez nós é que estejamos mortos para eles…

Nossa Cidade é uma peça que amplia sentimentos de coisas miúdas, de episódios cotidianos. do norte-americano Thornton Wilder (1897-1975), que retrata o dia-a-dia de uma pacata cidade, Grover’s Corners, no início do século 20. O foco vai para o cotidiano de duas famílias locais, os Gibbs e os Webb. Escrito em 1938, o texto de Wilder é uma busca de superação das contradições do drama moderno.

A montagem de Nossa Cidade, com elenco da turma de conclusão do Curso de Interpretação de Teatro (CIT) do SESC Santo Amaro, faz as últimas apresentações neste fim de semana. Hoje e amanhã, às 19h, no Teatro Marco Camarotti. São 16 atores no elenco.

Antunes Filho assinou uma montagem que rasga o nervo sobre a transitoriedade da vida recentemente. O Teatro de Amadores de Pernambuco – TAP encenou o mesmo texto em 1949.

Com o texto Nossa Cidade, o dramaturgo Thornton Wilder ganhou um dos três prêmios Pulitzer

Com o texto Nossa Cidade, o dramaturgo Thornton Wilder ganhou um dos três prêmios Pulitzer

A direção de Malú Bazán, trabalha com diversos gêneros teatrais, do épico ao drama. O próprio enredo de Thornton Wilder propõe um jogo metateatral, a partir da atuação do Diretor de Cena, que relata como tudo irá acontecer, expõe a cidade e comenta como vive a população.

Homens e mulheres da classe média norte-americana conservadora e protestante levam suas vidas. Um médico, um leiteiro, o organista da igreja, o professor, o regente do coral, a professora, o entregador de jornais, o guarda, uma vizinha. Criaturas do passado e do presente. As famílias casam seus filhos. Eles vivem felizes até a separação pela morte de um deles.

A peça tem três atos com temáticas diferentes: A Vida Diária, Amor e Casamento e Morte. A encenação  utiliza alguns objetos de como escada, cadeiras e mesas. No elenco estão Analice Croccia, Ane Lima, Caíque Ferraz, Enny Mara, Isabelle Barros, Ludmila Pessoa, Luís Bringel, Marcos Medeiros, Micheli Arantes, Natali Assunção, Nataly Sousa, Paulo Castelo Branco, Pollyanna Cabral, Raphael Bernardo, Romildo Júnior e Wilamys Rosendo.

Ficha técnica
Espetáculo Nossa Cidade
Texto: Thornton Wilder
Direção: Malú Bazán
Elenco: Analice Croccia, Ane Lima, Caíque Ferraz, Enny Mara, Isabelle Barros, Ludmila Pessoa, Luís Bringel, Marcos Medeiros, Micheli Arantes, Natali Assunção, Nataly Sousa, Paulo Castelo Branco, Pollyanna Cabral, Raphael Bernardo, Romildo Júnior e Wilamys Rosendo

Serviço
Quando: Sábados e Domingos, às 19h (última semana)
Quanto: Grátis
Onde: Teatro Marco Camarotti, Sesc Santo Amaro do Recife (Rua Marquês do Pombal, 455, Santo Amaro
Fone: (81) 3216-1609

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