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Peça “Quanto mais eu vou, eu fico” rejeita a caricatura do Nordeste único, atrasado e miserável

Quanto mais eu vou, eu fico faz uma live especial neste 29 de abril, às 20h, no canal do grupo no Youtube.

Preconceitos velados e explícitos serviram de disparadores para o trabalho

Elenco compõe um mosaico de personagens

Busca por trabalho, melhores condições de vida, reconhecimento são motivações para migrações do nordestino para a região Sudeste. A concentração dos conglomerados de televisão, produtoras de cinema e de publicidade, além de uma oferta substanciosa de cursos de formação tem sido um chamariz quase irresistível para muitos jovens. Às vezes dá certo. Quanto mais eu vou, eu fico, aborda esse desejo de duas atrizes pernambucanas, Endi Vasconcelos e Maria Laura Catão, (na temporada presencial eram três), que seguiram para o Rio de Janeiro para investir na carreira artística. Neste 29 de abril a peça é exibida no canal do grupo no youtube .

Relatos reais são misturados à ficção na peça que expõe os investimentos emocionais, obstáculos, expectativas das artistas numa jornada de ida e volta, com música, dança e humor. O trabalho busca acentuar a existência de um Nordeste contemporâneo, descolado da caricatura de terra rachada, seca, pobreza, fome, tons pastéis.

O Nordeste não é só isso, elas defendem no espetáculo, repercutindo os versos irônicos do cantor cearense Belchior (1946 – 2017): Nordeste é uma ficção! / Nordeste nunca houve! … Não sou do sertão dos ofendidos!”

As intérpretes foram em busca de sonho no Sudeste, mas não em paus de arara, como ocorreu com migrantes nordestinos pobres em décadas passadas, mas se deslocaram em aviões, nutrindo as redes sociais com suas experiências registradas em imagens de seus smartphones .

A direção geral do espetáculo é de Samuel Santos, a direção musical de Juliano Holanda, com músicas de Thiago Martins e Zé Barreto, canção inédita Cinemascópio, de Marcello Rangel, do disco Quanto mais eu vou, eu fico (que dá nome à peça), dramaturgia de Gleison Nascimento e direção de movimento de Hélder Vasconcelos.

Quando mais eu vou, eu fico é uma idealização do Grupo Bubuia, tem apoio da Lei Aldir Blanc, com gravação no Teatro Luiz Mendonça, em Boa Viagem, no Recife.

SERVIÇO
Espetáculo Quanto mais eu vou, eu fico
Quando: 29 de abril (quinta-feira), 20h
Onde: https://cutt.ly/kvpXgD8
Instagram: @bubuiacia

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