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Mostra Cenas do Nordeste exibe registros de
18 espetáculos e uma rodada de conversa sobre crítica

Utopyas to every day life, com Flavia Pinheiro (PE), foto,  e Carolina Bianchi (SP). Imagem: Danilo Galvão / 

Medeia negra, com Marcia Limma. Foto: Adeloya Magnoni / Divulgação

Uma mostra bem interessante com peças de teatro, dança e performance de grupos e artistas nordestinos começa hoje e segue até 10 de abril. Cenas do Nordeste é o nome do evento realizado pela Ardume Produções, do Rio Grande do Norte. Esta segunda edição, virtual, conta com 18 registros audiovisuais de espetáculos (15 para o público adulto e três destinados ao público infanto-juvenil) dos estados do Piauí, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Bahia, Maranhão, Ceará e Rio Grande do Norte.

As exibições ocorrem de forma gratuita através da plataforma de conferências Zoom e ao final das apresentações o público pode participar do bate-papo com os grupos, mediado pelos artistas-pesquisadores convidados Franco Fonseca (RN) e Daniela Beny (AL). Os ingressos estão disponíveis através do site Sympla, no Instagram do evento @cenasdonordeste.

Neste ano, um grupo de críticos convidados acompanham a mostra e realizarão uma live no dia 10 de abril, às 19h, no canal da Ardume Produções no Youtube, encerrando o evento Cenas do Nordestee com um Panorama Crítico. Participam os críticos Lorenna Rocha (PE), Lili Lucca (AL), Daniel Guerra (BA) e Ítalo Rui (AM).

Atenas Mutucas, Boi e Body (MA). Foto: Divulgação

Atenas: mutucas, boi e Body, com a Santa Ignorância Cia De Artes, do Maranhão, ergue-se na triangulação tragédia, bumba-meu-boi e justiçamentos urbanos (linchamento), para discutir as relações cívico-mítico-religiosas das cidades com seus cidadãos, tendo os heróis anônimos do folguedo como porta-vozes dos trágicos conflitos contemporâneos. O espetáculo junta referências no estudo do trágico, dos tragediógrafos clássicos e dos elementos ritualísticos, físicos, sonoros e visuais do bumba meu boi do Maranhão, na perspectiva de desenvolver dramaturgias e método de preparação física de atores a partir de personagens da manifestação popular maranhense.

Medeia Negra, espetáculo baiano que já circulou por algumas cidades e festivais, recria a tragédia grega para o corpo e o pensamento de uma mulher negra. A peça, dirigida por Tânia Farias, traz a interculturalidade e referências afro diaspóricas, por meio dos itãs (relatos míticos da cultura iorubá) e arquétipos das divindades como Nanã, Iansã, Exu e Omolu.

Os movimentos de Flavia Pinheiro (PE) e Carolina Bianchi (SP) buscam agarrar a imaterialidade do presente em Utopyas to every day life. É uma instalação performática obsessiva, com 3 horas de duração. Nesse espaço-tempo as artistas desconstroem-se, vibram de vitalidade, se afetam com violência, se transformam em objetos de arte daquela paisagem, tentam flutuar carregam-se, escorregam, dançam, cantam trechos de algumas canções. Escrevemos uma crítica sobre o trabalho. Confira!

De Sergipe temos Vulcão, um teatro da alquimia da intimidade, um monólogo autoral feito com material biográfico da atriz Diane Velôso com direção de Sidnei Cruz. Já Mi Madre, de Pernambuco, é um solo de dança-teatro, criado pela artista Jhanaina Gomes para falar sobre sua ancestralidade, sobre seu clã de mulheres,  sobre as histórias de suas matriarcas.

Entre Rio e Mar Há Lagoanas (AL). Foto: Nivaldo Vasconcelos / Divulgação

Entre Rio E Mar Há Lagoanas (Al) perscruta as mulheres que crescem ao redor da Lagoa. A fábula que recria o nascimento da Lagoa através do cotidiano e da memória de mulheres que cresceram as suas margens e dentro dela.

A bússola de Pra Frente O Pior (CE) é ser coletivo, mesmo com as dificuldades dos pactos de convivência , permanecer como grupo, comunidade, tribo, sociedade… Seguir adiante, criando , lutando, mesmo com o corpo sinalizando sucumbir. Adiante, mesmo que a esperança fuja.

O evento Cenas do Nordeste conta com recursos da Lei Aldir Blanc Rio Grande do Norte, Fundação José Augusto, Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal .

Serviço
Cenas do Nordeste – 2ª Edição Virtual

De 02 a 10 de abril de 2021
Mais informações: Instagram @cenasdonordeste

Programação completa:

Dia 02 de abril, Sexta-Feira.
17h – Medeia Negra, de Márcia Limma (BA)
21h – Pele Negra, Máscaras Brancas, do Grupo de Teatro da UFBA (BA)

Dia 03 de abril, Sábado.
10h – No Coração da Lua, do grupo Estação de Teatro (RN)
17h – Os Cavaleiros da Triste Figura, do Grupo Boca de Cena (SE)
21h – Vulcão, do Grupo Caixa Cênica (SE)

Dia 04 de abril, Domingo.
10h – Para Onde Voam os Pássaros, da Sociedade T (RN)
17h – Mi Madre, do Corpo Semente Sagrada (PE)
21h – Pra Frente o Pior, da Inquieta Cia. (CE)

Dia 05 de abril, Segunda-Feira.
17h – Atenas: Mutucas, Boi e Body, da Santa Ignorância Cia. de Artes (MA)
21h – Sonhoridades para Desadormecer Serpentes, de Elton Panamby (MA)

Dia 06 de abril, Terça-Feira.
17h – Utopyas to Everyday Life, de Flávia Pinheiro e Carolina Bianchi (PE/SP)
21h – Terreiro Envergado, do Coletivo Tanz (PB)

Dia 07 de abril, Quarta-Feira.
17h – Plantas e Fantasmas, de Bruno Moreno (PI/SP)
21h – Nebulosa, de Vanessa Nunes e Arthur Doomer (PI)

Dia 08 de abril, Quinta-Feira.
17h – Entre Rio e Mar Há Lagoanas, do Coletivo de Teatro Hetéaçã (AL)
21h – Dança Anfíbia, da Cia. dos Pés (AL)

Dia 09 de abril, Sexta-Feira
17h – Circo Alegria, do Grupo Garajal (CE)
21h – Instruções para Ser Humano, do Grupo Graxa (PB)

Dia 10 de abril, Sábado.
19h ­– Live Cenas do Nordeste: Panorama Crítico, com Lorenna Rocha (PE), Daniel Guerra (BA), Lili Lucca (AL) e Ítalo Rui (AM).

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