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As conexões entre arte e ciência ganham protagonismo na segunda edição do Cena Agora

Das Águas que Atravesso: Um Diário de Vida que Ancoro, da médica Renata Meiga e do ator Jhoao Junnior; um diário fílmico sobre os apontamentos de doulagem. Foto: Jhoao Junnior

Flávia Pinheiro apresenta In Vitro. Foto: Tom Oliver Jacobson /Divulgação

Surgido no período geológico do Pleistoceno, o Homo sapiens (termo que deriva do latim “homem sábio” – será, será, será???) se esparramou pelo mundo no Holoceno. Como força onipresente chegou ao Antropoceno (termo formulado por Paul Crutzen, Prêmio Nobel de Química de 1995), deixando suas marcas de destruição. Esse período mais recente do planeta Terra teve seu início no crepúsculo do século 18 (não há consenso entre especialistas), quando as ações humanas passaram a gerar impactos consideráveis no clima, no progresso demoeconômico e nos andamentos dos ecossistemas. A Terra debate-se num espiral de morte. A ameaça de extinção não é ficção, mas urgência. O prazo para reverter essa situação planetária está se esgotando.

Depois de refletir sobre o Nordeste, a nova série do Cena Agora, do Itaú Cultural, se dedica à relação da ciência com as artes, no programa que acontece até o dia 18 de julho. Com cenas curtas e inéditas de dança, teatro e performance, serão exibidos ao público trabalhos que têm a ciência tanto como tema quanto como método criativo para as artes.

Corpxs reagentes, existências em crise é a provocação temática dessa safra do Cena Agora – Arte & Ciência. Duas mesas e 12 cenas de no máximo 15 minutos estão na pauta. Artistas convidados expõem diferentes olhares sobre o diálogo entre esses dois segmentos, em uma  pulsação com as preocupações atuais.

As atividades on-line e gratuitas são realizadas dentro do Palco Virtual do Itaú Cultural, com sessões de quinta-feira a sábado, às 20h, e no domingo, às 19h, pela plataforma Zoom. Todas as apresentações são seguidas por conversas com os elencos e mediadores, que nesta edição do Cena Agora acompanharam o processo criativo dos artistas para a elaboração de cenas inéditas. Os ingressos podem ser reservados via Sympla – mais informações em www.itaucultural.org.br.

No intuito de provocar um pensamento sobre uma atuação coletiva entre a arte e a ciência, a mesa Como pensar arte e ciência em um mundo complexo? reúne a artista visual Rejane Cantoni, doutora e mestre em Comunicação e Semiótica pela Universidade Católica de São Paulo, e a biomédica Helena Nader, vice-presidente da Academia Brasileira de Ciência (ABC). A mediação é de Jader Rosa, gerente do Núcleo do Observatório Itaú Cultural.
Duas criações por noite são apresentadas de sexta-feira a domingo, a partir do dia 9,  com mediação da artista-pesquisadora Walmeri Ribeiro.

A pernambucana Flávia Pinheiro expõe In Vitro, performance que, em analogia às formações da natureza, aborda o conhecimento que os elementos trazem em si e como são produzidas as verdades criadas para narrar as histórias ensinadas. A paulista Júlia Abs faz em Dez uma celebração à vida no planeta Terra, numa partitura coreográfica, que sugere uma mandala a ser ativada.

Núcleo Arte e Ciência no Palco. Foto Adriana Carui / Divulgação

Dois grupos que tem como proposta relacionar arte e ciências se apresentam no sábado. O Núcleo Arte e Ciência no Palco, de São Paulo, exibe A Extinção é a Regra. A Sobrevivência é a Exceção, combinando atores com criações visuais, histórias de descobertas com provocações anti-negacionistas.

O grupo carioca Ciênica mostra a cena Sua Companhia: encontro de quatro amigos após mais de um ano de distanciamento. A conversa com os elencos após as exibições tem mediação da atriz, produtora, dramaturga e diretora Thais Medeiros.

Domingo é a vez da ciência presente no teatro de bonecos. Após as cenas, o diretor audiovisual Ricardo Laganaro conduz o bate-papo com os convidados. Os mineiros do grupo Pigmalião Escultura que Mexe apresentam Fábulas Antropofágicas para Dias Fascistas: A Raposa no Divã, inspirada em peça teatral da filósofa Márcia Tiburi.

Já os gaúchos do De Pernas Pro Ar apresentam Memórias Enferrujadas. Nesse teatro de máquinas, resta a um velho inventor esquecido a rotina de desenferrujar movimentos, sentimentos e engrenagens.

Memórias Enferrujadas, com o grupo De Pernas Pro Ar. Foto Tayhu Wieser

Segunda semana

No dia 15 de julho, um debate sobre a fricção entre arte e ciência abre a atividade com a participação de três convidados. A química baiana Kananda Eller, conhecida como Deusa Cientista nas redes sociais, trabalha com referências negras dentro de uma afroperspectiva. A carioca Letícia Guimarães, que atua no Museu da Vida –Fiocruz, criando e dirigindo espetáculos teatrais com o objetivo de promover a saúde e popularizar a ciência com um viés político-social. E o cearense Marcus Vale, fundador da Seara da Ciência, museu dedicado ao tema na Universidade Federal do Ceará (UFC), onde coordena o grupo de teatro e outras atividades de divulgação científica. A mesa Experiências artísticas, obras científicas tem mediação do ator, diretor e mestre em Ciências Leonardo Moreira.

Na sexta-feira, 16, o diretor, dramaturgo e ator Fabiano Dadado de Freitas e o dramaturgo Ronaldo Serruya apresentam O Futuro não é Depois: Uma Performance Palestrativa sobre Cazuza e Herbert Daniel. Na mesma noite é exibida a cena Das Águas que Atravesso: Um Diário de Vida que Ancoro, da médica Renata Meiga e do ator Jhoao Junnior; um diário fílmico sobre os apontamentos de doulagem de Renata Meiga. Dodi Leal, líder do Grupo de Pesquisa Pedagogia da Performance: visualidades da cena e tecnologias críticas do corpo, da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) media o debate.

Corpos Aleatórios ou Sobre a Aparente Aleatoriedade da Vida. Foto: Divulgação

Figura Humana, do grupo chileno-brasileiro Tercer Abstracto. Foto: Brendo Trolesi / Divulgação

A ciência também pulsa nos processos de criação do grupo chileno-brasileiro Tercer Abstracto, em Figura Humana, uma investigação do corpo humano como mobilizador da arquitetura social. A outra cena do sábado é Corpos Aleatórios ou Sobre a Aparente Aleatoriedade da Vida, do AntiKatártiKa Teatral (AKK), com o ator, diretor e autor teatral Nelson Baskerville, Cau Vianna e Raimo Benedetti. Eles usam a autoficção como expediente na orientação dos atores – Dani D’eon, Larissa Nunes, Michelle Bráz, Ronaldo Fernandes e o próprio Baskerville –, onde cada um narra em um minuto, cada fase de sua própria experiência.

No encerramento, no domingo, 18, tem o coletivo carioca Territórios Sensíveis. O trabalho Em Não se Pode Tocar, Está em Mim, Está em Nós investe na questão estético-política dos danos, impactos e sensações geradas pelas ruínas derivadas do extrativismo mineral – uma sobrevivência por entre as veias e rastros abertos do antropoceno.

Enquanto a artista capixaba Castiel Vitorino Brasileiro reflete sobre a relação do seu corpo com os minerais. Na cena Espaços Perecíveis de Liberdade, as luminosidades e as escuridões, em Boituva, são entendidas como presságios. A partir daí foram criados templos efêmeros, para se cultuar o acaso. O bate-papo conduzido pelo artista visual indígena paraense Emerson Uýra.

Não se pode tocar, mas está em mim, está em nós. Foto: Territórios Sensíveis

Novos cientistas

Ainda dentro da temática, o Itaú Cultural traz no Palco Virtual para Crianças a websérie infantil
inédita Olho Mágico, da Companhia Delas. A cada episódio, duas garotas que adoram
ciência descobrem, durante o isolamento, que a câmera do computador as conecta com essas
personagens que realizaram grandes feitos, como a antropóloga Niède Guidon, a ativista
feminista e bióloga Bertha Maria Júlia Lutz; a socióloga e primeira não médica a ser
reconhecida como psicanalista Virgínia Leone Bicudo e a bióloga e professora Marta Vannucci.
Os episódios entram no ar semanalmente, de 4 a 25 de julho. Eles ficam disponíveis até 29 de
agosto, no Youtube do Itaú Cultural www.youtube.com/user/itaucultural.

SERVIÇO: 
Cena Agora – Arte & Ciência: corpxs reagentes, existências em crise
Semana 1:
De 8 a 10 de julho (quinta-feira a sábado), às 20h
Dia 11 de julho (domingo), sempre às 19h
Semana 2:
De 15 a 17 de julho (quinta-feira a sábado), às 20h
Dia 18 de julho (domingo), sempre às 19h

LINK DIRETO PARA AS SINOPSES E RESERVA DE INGRESSOS.

PROGRAMAÇÃO

Semana 1
8 de julho, quinta-feira, às 20h

Mesa Como pensar arte e ciência em um mundo complexo?
Com Helena Nader (SP) e Rejane Cantoni (SP). Mediação de Jader Rosa (SP)
No livro Design para um Mundo Complexo, o professor Rafael Cardoso provoca os designers a saírem de seus lugares de criação solitário, mercadológico e material, para atuarem com trabalhos em rede e coletivo. A abertura desse programa parafraseia o título do livro para também pensar a virtualidade e a imaterialidade, em visada ambiental para que possamos refletir politicamente e buscar soluções para uma sociedade mais igualitária.

9 de julho, sexta-feira, às 20h

In Vitro
Com Flávia Pinheiro (PE). Após a apresentação, acontece um bate-papo com o elenco. Mediação de Walmeri Ribeiro
A pesquisa de Flavia Pinheiro detecta fabulas guardadas nas formações de cavernas, nas relações entre as espécies e as cosmologias. Esses conhecimentos e as articulações de produção de verdades são explorados na performance da artista, que relaciona a invenção de mundos visíveis e invisíveis, de humanos e não-humanos e o que pode resultar desses deslocamentos.
Ficha técnica:
Criação e performance: Flávia Pinheiro
Colaboração: Tom Oliver
Imagens: Udo Akemman
Edição de imagens: Pedro Barros
Áudio: Diogo Tode
Figurino: Richard John Jones

Júlia Abs exibe Dez. Foto: Divulgação

Dez
Com Júlia Abs (SP). Após a apresentação, acontece um bate-papo com o elenco. Mediação de Walmeri Ribeiro
Celebrar a vida no planeta Terra, a partir da dança e da coreografia. É uma mensagem de paz, de harmonia, de consideração por cada ser humano vivo agora, cada ser vivente, animado ou inanimado. A cena propõe a ideia de universo como uma estrutura comum a todas as culturas em constante diálogo.
Ficha técnica:
Coreografia e performance: Júlia Abs
Criação do vídeo: Júlia Abs e Renata Mosaner
Desenhos: Cecília Abs e Júlia Abs
Realização: JAPA (Júlia Abs Performing Arts)

10 de julho, sábado, às 20h

A Extinção é a Regra. A Sobrevivência é a Exceção
Com Núcleo Arte e Ciência no Palco (SP). Após a apresentação, acontece um bate-papo com o elenco. Mediação de Thais Medeiros
A cena aponta que há ciência no teatro, desde sempre. Que os raciocínios científicos estão na dramaturgia e na encenação. E questiona onde se localiza o centro dessa dinâmica da evolução da arte cênica. A proposta fragmentária combina atores com criações visuais, histórias de descobertas com provocações anti-negacionistas, num passeio pelo tempo com humor e poesia.
Ficha técnica:
Atores: Adriana Dham, Carlos Palma e Oswaldo Mendes
Roteiro e direção: Coletivo
Produção audiovisual/edição: Adriana Carui
Trilha sonora especialmente composta por: André Martins
Ilustrações e maquetes: Carlos Palma

Sua Companhia
Com Ciênica (RJ). Após a apresentação, acontece um bate-papo com o elenco. Mediação de Thais Medeiros
Mais de um ano de pandemia, o distanciamento social forçado. Em meio a enxurradas de informações, emoções, ciências, tecnologias e incertezas, quatro amigos resgatam seus vínculos, memórias e afetos.
Ficha técnica:
Argumento: Leonardo Moreira
Texto: Cássia Gomes e Leonardo Moreira
Música: Cássia Gomes e Leonardo Moreira
Personagens: Atila (Leonardo Moreira), Miguel (Nico Serrano), Jaqueline (Carol Haber)
e Natália (Cássia Gomes)
Direção: Leonardo Moreira
Edição de vídeo: Nico Serrano

Fábulas Antropofágicas para Dias Fascistasm, do Pigmalião Escultura que Mexe. Foto: Eduardo Felix

11 de julho, domingo, às 19h

Fábulas Antropofágicas para Dias Fascistas: A Raposa no Divã
Com Pigmalião (MG). Após a apresentação, acontece um bate-papo com o elenco. Mediação de Ricardo Laganaro (SP)
Cruzamentos fabulescos do Brasil dos últimos tempos. A raposa não gosta de direitos humanos, a lebre bate panela, o corvo é o moralista da história. Livremente inspirado na obra de Márcia Tiburi e na subversão de fábulas de Esopo, o trabalho recria animais antropomórficos para refletir sobre os dias atuais.
Ficha técnica:
Direção: Eduardo Felix
Dramaturgia: Marina Viana, livremente inspirada na obra de Esopo e de Márcia Tiburi
Direção de fotografia: Daniel Ferreira
Elenco: Igor Godinho, Liz Schrickte e Eduardo Felix
Construção dos bonecos: Mauro de Carvalho e Eduardo Felix
Iluminação: Marina Arthuzzi
Cenografia: Eduardo Felix e Raphael Vianna
Construção de cenografia e adereços: Antônio Martins e Mariana Teixeira
Edição de imagens e som: Eduardo Felix

Memórias Enferrujadas
Com De Pernas Pro Ar (RS). Após a apresentação, acontece um bate-papo com o elenco. Mediação de Ricardo Laganaro (SP)
Um velho inventor vive das ilusões e lembranças provocadas por suas próprias criações! É como se tivesse construído pistas para deixar vivas, em sua mente, as memórias de sua vida. Trata-se de um teatro de máquinas, um teatro de animação, que faz parte da pesquisa sobre a dramaturgia expandida das máquinas de cena do espetáculo A Última Invenção, um desdobramento de suas próprias criações.
Ficha técnica:
Dramaturgo e diretor geral: Luciano Wieser
Ator, criador, construtor: Luciano Wieser
Produção, figurinos, maquiagem, dramaturgia e captação de Imagens: Raquel Durigon
Direção de audiovisual, captação e edição de vídeo, design gráfico, dramaturgia e ator
animador das tecnologias digitais e robôtica: Tayhú Durigon Wieser
Audiovisual e design gráfico: Isadora Fantini Rigo
Música original: Jackson Zambelli e Sérgio Olivé
Trilha Sonora: Tayhú Wieser (Epidemic Sound)

Semana 2

15 de julho, quinta-feira, às 20h

Mesa Experiências artísticas, obras científicas – um debate sobre a fricção entre arte
e ciência
Com Kananda Eller (BA), Letícia Guimarães (RJ) e Marcus Vale (CE). Mediação de
Leonardo Moreira (RJ)

16 de julho, sexta-feira, às 20h

O futuro não é depois: uma performance palestrativa sobre Cazuza e Herbert Daniel
Com Fabiano Dadado de Freitas (RJ) e Ronaldo Serruya (SP). Após a apresentação, acontece um bate-papo com o elenco. Mediação de Dodi Leal (BA)
Na marca dos 40 anos do início da epidemia de HIV-AIDS, os artistas bixas Fabiano Dadado de Freitas e Ronaldo Serruya promoveram o encontro de suas pesquisas sobre os corpos dissidentes com as reflexões a partir da chegada do vírus que mudou a história. Outra epidemia… juntos Freitas e Serruya acessam alguma ancestralidade positiva através do pensamento-ação de Cazuza e Herbert Daniel. Os artistas procuram realizar um chamamento que parte do passado, mas aponta para o futuro, numa ideia espiralar sobre o tempo.
Ficha técnica:
Concepção, pesquisa e atuação: Fabiano Dadado de Freitas e Ronaldo Serruya

Das Águas que Atravesso: Um Diário de Vida que Ancoro
Com Renata Meiga (SP) e Jhoao Junnior (RN/SP). Após a apresentação, acontece um bate-papo com o elenco. Mediação de Dodi Leal (BA)
Diário fílmico retrata a experiência de doulagem da médica Renata Meiga junto aos seus pacientes. O amparo na vida enquanto a morte não chega. Há essência nessa travessia que é ancorada por uma doula desse momento da vida. No trabalho, relatos e depoimentos que foram escritos ao longo da prática com diversos pacientes emolduram as imagens que fabulam a presença dos mortos.
Ficha técnica:
Direção e Roteiro: Jhoao Junnior
Com: Renata Meiga
Montagem, Colorismo e Som: Milena Medeiros
Cinegrafistas: Alicia Rovath e Milena Medeiros
Participação: Amir Charruf
Realização: O teatro da Mente e Renata Meiga

17 de julho, sábado, às 20h

Figura Humana
Com Tercer Abstracto (Brasil/Chile). Após a apresentação, acontece um bate-papo com o elenco. Mediação de Cau Vianna (SP)
Pesquisa e criação a partir do manifesto Homem e Figura Artística (1925), de Oskar Schlemmer, que apresenta os princípios metodológicos da prática cênica da oficina de Teatro da Bauhaus. O projeto elabora uma releitura do corpo humano como mobilizador da arquitetura social, a partir do contexto político destes tempos.
Ficha técnica:
Conceito: Tercer Abstracto
Direção: David Atencio (CH)
Produção: Jota Rafaelli (BR)
Voz: Constanza Espinoza (CH), David Atencio (CH) e Mateus Fávero (BR)
Sonoplastia: Pablo Serey (CH)
Performers: Felipe Rocha (BR), Isabel Monteiro (BR) e Mateus Fávero (BR)
Audiovisual: Julio Lobos (CH) e Matheus Brant (BR)
Fotografia: Brendo Trolesi (BR)

Corpos Aleatórios ou Sobre a aparente aleatoriedade da vida
De AntiKatártiKa Teatral (AKK), com Cau Vianna, Nelson Baskeville e Raimo Benedetti. Após a apresentação, acontece um bate-papo com o elenco. Mediação de Cau Vianna (SP)
Para explicitar o caráter de aleatoriedade da construção narrativa, o trabalho explora estudos de mecanismos e estruturas matemáticas. O experimento junta histórias de cinco artistas de características e vivências bem diferentes entre si. Cada um narra suas experiências divididas em quatro partes: Infância – CABEÇA, Adolescência – TRONCO, Vida Adulta – CINTURA e A vida em 1minuto – PERNAS. Com as ferramentas da autoficção, cada ator narra, em 1 (um) minuto, cada fase de sua própria experiência.
Ficha técnica:
Direção geral: Nelson Baskerville
Elenco: Dani D’eon, Larissa Nunes, Michelle Bráz, Nelson Baskerville e Ronaldo
Fernandes
Estudo de mecanismos e estruturas matemáticas e provocação: Carlos Vianna
Direção e Produção dos Videos: Raimo Benedetti
Música para Dani D’eon: Rodolfo Shwenger
Realização: AntiKatártiKa Teatral (AKK)
Classificação indicativa: 14 anos

18 de julho, domingo, às 19h

Não se Pode Tocar, Está em Mim, Está em Nós
Com Territórios Sensíveis (RJ). Após a apresentação, acontece um bate-papo com o elenco. Mediação de Emerson Uýra (PA)
Criação em processo realizada pelo projeto Territórios Sensíveis, a cena traz como questão estético-política central os danos, impactos e sensações geradas pelas ruínas criadas pelo extrativismo mineral – um (sobre)viver por entre as veias e rastros abertos do antropoceno. Nesta proposição, o projeto se lança ao campo da memória corporificada, na construção poética de dizeres outros, juntamente e para além de nós.
Ficha Técnica:
Criação: Walmeri Ribeiro, Ana Emerich, Sofia Mussolin e Eloisa Brantes
Performance: Walmeri Ribeiro
Composição sonora: Ana Emerich
Direção de cena e dramaturgia: Eloisa Brantes
Imagens: Sofia Mussolin e Walmeri Ribeiro
Montagem e finalização: Sofia Mussolin
Realização: Territórios Sensíveis

Espaços Perecíveis de Liberdade
Com Castiel Vitorino Brasileiro (ES). Após a apresentação, acontece um bate-papo com o elenco. Mediação de Emerson Uýra (PA)
Em Boituva, as luminosidades e as escuridões são presságios. Então, foram criados
alguns templos efêmeros, para se cultuar o acaso.
Ficha técnica:
Templos, direção e montagem: Castiel Vitorini Brasileiro
Fotografia: Castiel Vitorino Brasileiro e Roger Ghil
Produção, finalização: Roger Ghil
Indumentária: Rainha F
Agradecimento: Família Alves Avila

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