Palco Giratório mais enxuto no Recife

Programação do Palco Giratório Recife foi anunciada durante coletiva no Teatro Marco Camarotti. Foto: Pollyanna Diniz

Programação do Palco Giratório Recife foi anunciada durante coletiva no Teatro Marco Camarotti. Foto: Pollyanna Diniz

Palco Giratório

A edição 2014 do festival Palco Giratório Recife será mais enxuta do que a do ano passado. Em 2013, por exemplo, além dos espetáculos que estavam circulando nacionalmente, a curadoria local convidou outros 11 grupos de estados como Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro para compor a programação; agora serão somente dois grupos de outros estados (Porto Alegre e Rio Grande do Norte). No total, o festival 2013 contou com 46 espetáculos de 42 companhias. Em 2014 serão 36 espetáculos de 33 companhias.

“Não houve alteração no número de montagens que estão na circulação nacional do projeto Palco Giratório. Esse permanece o mesmo. Alguns diálogos que fizemos ano passado também tinham um caráter temporário, como o Diálogo Capixaba, ação que trouxe cinco grupos do Espírito Santo”, explica Galiana Brasil, coordenadora geral do Palco Giratório em Pernambuco. Também não houve diminuição na participação pernambucana: 12 grupos locais integram a mostra.

Ações que enriqueciam e movimentavam o festival, no entanto, foram interrompidas. Este ano não acontecerão a Cena Bacante, a Cena Gastrô, e o jornal Ponte Giratória não será editado. “Foi um norte dado pelos curadores locais, por uma questão de prioridades. O conceito do projeto permanece o mesmo. Só que esse ano vamos tentar dessa forma”, avaliou José Manoel Sobrinho, gerente de cultura do Sesc Pernambuco.

Montagem para infância e juventude de Minas Gerais abre o festival Palco Giratório Recife. Foto: Anna Campos / divulgação

Montagem para infância e juventude de Minas Gerais abre o festival Palco Giratório Recife. Foto: Anna Campos

Serviço – A principal novidade deste ano no festival é de ordem prática: assim como aconteceu com o Janeiro de Grandes Espetáculos, os ingressos para os espetáculos também serão vendidos pelo site www.ingressorapido.com.br, o que privilegia o público que se organiza para comprar os tíquetes com antecedência. “Nós temos uma troca de experiências e de processos com os outros festivais. Vimos como funcionou bem com o Janeiro e não poderíamos deixar de implementar”, complementou Galiana.

Também serão montadas duas centrais de vendas, que aceitarão cartão de crédito: uma no térreo do Shopping RioMar e outra no Teatro Marco Camarotti. As bilheterias de cada teatro vão abrir com duas horas de antecedência para vender os ingressos ainda disponíveis para o dia. Os ingressos custam R$ 14 e R$ 7 (meia-entrada). Somente o espetáculo de abertura, no Teatro de Santa Isabel, será gratuito. Os ingressos podem ser retirados a partir das 14h, na bilheteria do próprio teatro.

Menu de heróis, espetáculo do Núcleo do Dirceu, de Teresina. Foto: Victor Gabriel

Menu de heróis, espetáculo do Núcleo do Dirceu, de Teresina. Foto: Victor Gabriel

Programação – Pela primeira vez, o festival Palco Giratório (e possivelmente isso se aplica também aos festivais de âmbito nacional, excetuando-se os voltados para as crianças, que acontecem no Recife) será aberto com uma montagem para infância e juventude. O mistério da bomba H_ é do Grupo Oriundo de Teatro, de Belo Horizonte, criado em 2007. A montagem será encenada no Teatro de Santa Isabel, uma questão quase de militância. “Sabemos que o Teatro de Santa Isabel passou alguns anos sem receber teatro infantil”, lembrou Galiana.

Aos 85 anos, a bailarina Angel Vianna é um dos destaques da programação deste ano. Ao Recife ela trará o espetáculo Qualquer coisa a gente muda, coreografado por João Saldanha, e ainda participa de uma conversa com o público, o pensamento giratório, no dia 19, às 16h, no Teatro Marco Camarotti.

Experimento coreográfico celebra os 85 anos de Angel Vianna

Experimento coreográfico celebra os 85 anos de Angel Vianna

Duas montagens vistas no último Janeiro voltam a Pernambuco: Sargento Getúlio, da Bahia, que é uma adaptação do romance homônimo de João Ubaldo Ribeiro; e O controlador de tráfego aéreo, da Cia Alfândega 88, com direção de Moacir Chaves. Ainda da Bahia vem O segredo da arca de Trancoso, com texto do dramaturgo, diretor e professor pernambucano Luiz Felipe Botelho. O Núcleo do Dirceu, de Teresina, um centro importante de pesquisa em dança contemporânea criado pelo bailarino e diretor Marcelo Evelin, traz Menu de heróis. A Cia Solas de Vento, de São Paulo, apresenta Homens de solas de vento, trabalho de circo que leva ao palco dois viajantes impedidos de seguir adiante.

Texto de Luiz Felipe Botelho ganhou montagem baiana. Foto: João Meirelles

Texto de Luiz Felipe Botelho ganhou montagem baiana. Foto: João Meirelles

Entre os pernambucanos, o festival vai possibilitar ao público conferir espetáculos que tiveram pouquíssimas sessões, como A troiana Hécuba, que reúne um elenco de várias atrizes importantes do teatro pernambucano sob direção de Júnior Sampaio, e A arte de trepar, de Augusta Ferraz, que estreou na Mostra Capiba do ano passado. Também há estreias, como O silêncio e o caos, solo de Dielson Pessoa coreografado por Maria Paula Costa Rêgo; Dorotéia, com direção de Antonio Cadengue; Cordelina, da atriz Odília Nunes; e Trueque, da Cia Animée, com Enne Marx e Tâmara Floriano.

Programação:

Dias 10 e 11, às 16h, no Teatro de Santa Isabel:
O mistério da Bomba H (Grupo Oriundo de Teatro – Belo Horizonte/MG)

Dia 11, às 16h, no Teatro Marco Camarotti:
Salada Mista (Cia 2 em Cena de Teatro – Recife/PE)

Dia 11, às 16h, às 19h, no Teatro Barreto Júnior:
Menu de Heróis (Núcleo do Dirceu – Teresina/PI)

Dia 11, às 19h, no Teatro Capiba (Sesc Casa Amarela):
Barrica Poráguabaixo (Palhaça Barrica – Chapecó/SC)

Dia 13, às 16h, na Praça do Campo Santo (em frente ao Sesc Santo Amaro):
Luiz Lua Gonzaga (Grupo Magiluth – Recife/PE)

Dias 13 e 14, às 19h, no Teatro Marco Camarotti:
Sargento Getúlio (Teatro Nu – Salvador/BA)

Dia 13, às 20h, no Teatro Barreto Júnior:
Para Sempre Teu (Qualquer um dos 2 cia de dança – Petrolina/PE)

Para sempre teu. Foto: Divulgação

Para sempre teu. Foto: Divulgação

Dia 14, às 16h, na Praça do Campo Santo:
Romeu e Julieta (Grupo Garajal – Maracanaú/CE)

Dia 14, às 20h, no Teatro Capiba:
Gaiola de Moscas (Grupo Peleja – Recife/PE)

Gaiola de moscas. Foto: Pollyanna Diniz

Gaiola de moscas. Foto: Pollyanna Diniz

Dia 15, às 20h, no Teatro Capiba:
Guerra, Formigas e Palhaços (Estação de Teatro – Natal/RN)

Dia 16, às 20h, no Teatro Capiba:
Homens de Solas de Vento (Cia Solas de Vento – São Paulo/SP)

Dia 17, às 16h e às 17h, no Teatro Capiba:
Louça Cinderella (Cia Gente Falante – Porto Alegre/RS)

Dia 17, às 16h, no Teatro Marco Camarotti:
O tempo perguntou ao tempo (Grupo Acaso – Recife/PE)

Dia 17, às 20h, no Teatro Barreto Júnior:
Plagium (Cia Dançurbana – Campo Grande/MS)

Dia 18, às 16h e às 17h, no Teatro Capiba:
Xirê das águas (Cia Gente Falante – Porto Alegre/RS)

Dia 18, às 20h, no Teatro Marco Camarotti:
Cordelina (Trupe Puxincói – Recife/PE)

Dia 19, às 15h, saindo da Praça do Campo Santo para o Bairro do Recife (intervenção urbana):
Cegos (Desvio Coletivo – São Paulo/SP)

Dia 20, às 16h, na Praça do Campo Santo:
Do Repente (Lamira Artes Cênicas – Palmas/TO)

Dias 20 e 21, às 20h, no Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu):
Qualquer Coisa a Gente Muda (Circuito Angel Vianna – Rio de Janeiro/RJ)

Dia 21, às 19h, no Teatro Marco Camarotti:
In Conserto (Teatro de Anônimo – Rio de Janeiro/RJ)

Dia 21, às 20h30, no Espaço Fiandeiros (Boa Vista):
Cidade dos Outros (Cia Pessoal de Teatro – Cuiabá/MT)

Dia 22, às 19h, no Teatro Marco Camarotti:
Inaptos (Teatro de Anônimo – Rio de Janeiro/RJ)

Dias 22 e 23, às 20h, no Teatro Capiba:
Uma Flor de Dama (Coletivo As Travestidas – Fortaleza/CE)

Dia 24, às 17h, no Parque Dona Lindu:
O Segredo da Arca de Trancoso (Grupo Vilavox – Salvador/BA)

Dias 24 e 25, às 19h, no Teatro Marco Camarotti:
A Troiana Hécuba (Entretanto Teatro – Recife/PE)

Dia 24, às 20h, no Teatro Capiba:
A Arte de Trepar (Pharkas Serthanejaz – Recife/PE)

Dia 25, às 16h, no Teatro Barreto Júnior:
Como a Lua (Mambembe Produções Artísticas – Recife/PE)

Dia 27, às 16h, na Praça do Campo Santo:
i-Mundo (Teatro Mototóti – Porto Alegre/RS)

Dia 27, às 20h, no Teatro Barreto Júnior:
Solamente Frida (Cia Garotas Marotas – Rio Branco/AC)

Dia 28, às 19h, na Praça do Campo Santo:
Terra (Grupo Grial – Recife/PE)

Terra, solo de Maria Paula Costa Rêgo. Foto: Diego Melo - Cria S/A

Terra, solo de Maria Paula Costa Rêgo. Foto: Diego Melo – Cria S/A

Dia 28, às 20h, no Teatro Marco Camarotti:
O Silêncio e o Caos (Solo do bailarino Dielson Pessoa – Recife/PE)

Dia 29, às 19h, no Teatro Marco Camarotti:
O Deus da Fortuna (Coletivo de Teatro Alfenim – João Pessoa/PB)

Dias 29 e 30, às 20h, no Teatro Barreto Júnior:
Dorotéia (Antonio Cadengue e Cia Teatro de Seraphim – Recife/PE)

Dia 30, às 20h, no Teatro de Santa Isabel:
O Controlador de Trafego Aéreo (Alfândega 88 – Rio de Janeiro/RJ)

Dia 31, às 16h, no Teatro Marco Camarotti:
Trueque (Cia Animée – Recife/PE)

Dia 31, às 20h, no Teatro de Santa Isabel:
Labirinto (Alfândega 88 – Rio de Janeiro/RJ)

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