Peça Amores difíceis testa ambiente virtual

Montagem, com três monólogos, é baseada no livro de Ítalo Calvino e tem apresentações ao vivo no mês de maio na plataforma Zoom. Com as atrizes Andrea Serrano e Isadora Petrin. Fotos: Divulgação

Amores Difíceis, peça do grupo Arte Simples de Teatro, inspirada no livro Os Amores Difíceis, de Ítalo Calvino, esteve em cartaz em 2017 em São Paulo. A trupe se preparava para reestrear agora em 2020, quando a pandemia e quarentena pararam praticamente todas as atividades artísticas no mundo. O distanciamento social mudou os rumos e o Arte Simples se dispôs a investigar a natureza, características e alcance de exibir Amores Difíceis ao vivo pela plataforma Zoom, aplicativo de videochamadas. A prática começa neste sábado, dia 2 de maio, às 18h com sessões até 28 de maio (sábados e domingos às 18h e terças e quintas-feiras às 21h).

A atriz e diretora Tatiana Rehder explica que junto com as atrizes Isadora Petrin e Andrea Serrano deslocaram os “ensaios para o formato da plataforma, sempre com a ideia de que a apresentação não perdesse a teatralidade, a interação com a plateia e a comicidade”. Algumas alterações foram feitas no trabalho, transformado em três pequenos monólogos: Julieta, A banhista e A viajante.

Ela avalia que não se trata de teatro filmado. “Estamos descobrindo um jeito novo de encenar, mesmo confinados. A plateia recebe o link e assiste à montagem ao vivo direto da casa das atrizes”, considera Tatiana, que prevê até interações com a plateia. Interessados em conferir como fica a experiência podem seguir o link da plataforma Zoom, disponibilizado pelo direct do instagram @amoresdificeis.

Julieta, com Isadora Petrin, exibe o desejo da atriz em viver a célebre personagem de Shakespeare, com apresentações nos dias 2, 3, 5, 7, 23 e 24 de maio. Em A banhista (dias 9, 10, 12, 14, 26 e 28 de maio), Isadora se vê às voltas com as sensações da personagem que foi nadar no mar, perde o biquíni novo, descobre seu corpo e faz uma análise das convenções sociais.

A cena A viajante trata do encontro num passeio de navio e a tentativa da protagonista em seduzir o que ela considera o seu futuro amor. Interpretado pela atriz Andrea Serrano nos dias 16, 17, 19 e 21 de maio.

As apresentações são gratuitas. Mas quem quiser colaborar pode adquirir um ingresso opcional por R$ 20 – a venda pelo site sympla. O valor arrecadado será dividido meio a meio entre a produção de Amores difíceis e  o fundo Marlene Colé de apoio a técnicos e artistas das artes cênicas.

SERVIÇO
Amores difíceis
Estreia dia 2 de maio, sábado, às 18h
Onde: Plataforma Zoom
Baseado no livro Os Amores Difíceis, de Ítalo Calvino
Texto:Tatiana Rehder, Isadora Petrin, Andrea Serrano e Marcela Arce
Direção: Tatiana Rehder
Elenco: Isadora Petrin e Andrea Serrano 
Assessoria de Imprensa: Nossa Senhora da Pauta
Produção: Tatiana Rehder, Isadora Petrin e Andrea Serrano
Temporada: Até 28 de maio. Sábados e domingos às 18h e terças e quintas-feiras às 21h Duração: 25 minutos
Classificação etária: Livre
Ingressos: Opcional no valor de R$ 20 pelo site sympla.
O link da plataforma Zoom será disponibilizado pelo direct do instagram @amoresdificeis.
Apresentações:
Dias 2, 3, 5, 7, 23 e 24 de maio – Julieta com Isadora Petrin
Dias 9, 10, 12, 14, 26 e 28 de maio – A banhista com Isadora Petrin
Dias 16, 17, 19 e 21 de maio – A viajante com Andrea Serrano

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Prêmio Ariano Suassuna é prorrogado

O escritor, roteirista, redator e ator Cleyton Cabral e o escritor, professor e ator Raphael Gustavo conquistaram três prêmios cada um nas edições anteriores do concurso Ariano Suassuna de Dramaturgia

O 5º Prêmio Ariano Suassuna de Cultura Popular e Dramaturgia está com inscrições abertas até 8 de maio. Seria até 28 de abril, mas foi prorrogado. Portanto, mais um prazo para autores pernambucanos ou residentes no estado, limite geográfico do concurso.  

O prêmio é um dos poucos concursos de dramaturgia no Brasil. Nesta edição, serão distribuídos até 10 prêmios de R$ 5.100, nas categorias Teatro Adulto e Teatro para Infância.

Neste ano, excepcionalmente, serão reservados quatro prêmios para a Categoria Teatro Adulto e três para a Categoria Teatro para Infância. Serão destinados dois prêmios para dramaturgias escritas por mulheres cis ou trans, independente. Será destinado um prêmio para o gênero teatro de animação, independente da classe de cadastro, que pode ser feita no site www.mapacultural.pe.gov.br/oportunidade/242/

Ano passado e nos anos anteriores, o valor do prêmio individualmente chegou a R$ 10 mil, para o primeiro colocado e R$ 7 mil, para o segundo. A mudança, segundo o assessor de Teatro e Ópera da Secretaria de Cultura de Pernambuco, José Neto Barbosa, é resultado do plano de contingenciamento, que é uma resolução do governo que corta gastos ou amplia ações que não sejam exatamente da saúde. “A ideia de democratizar o acesso aos recursos surgiu na Comissão Setorial de Teatro de Pernambuco, que é uma instância de diálogo entre governo e sociedade civil”.

Segundo Neto, a alteração é pontual e foi motivada para democratizar os recursos num momento tão delicado. A Comissão Setorial, que foi eleita na conferência de Cultura e é presidida por Paula de Renor – “acredita que não é o momento para reforçar qualquer teor meritocrático. O melhor é redistribuir os recursos alcançando mais artistas”

Dois dramaturgos têm se destacado nas quatro edições do Prêmio Ariano Suassuna de Dramaturgia, criado em 2015 pelo Governo do Pernambuco. O escritor, roteirista, redator e ator Cleyton Cabral e o escritor, professor e ator Raphael Gustavo.

Foto: Alex Ribeiro/ divulgação

ENTREVISTA // CLEYTON CABRAL

Cabral conquistou o primeiro lugar na categoria teatro adulto, com Talvez sim, talvez não (2016); segundo lugar também em teatro adulto, com Desculpe o atraso, eu não queria vir (2018) e primeiro lugar, em texto de teatro de animação, com Hélio, o balão que não consegue voar (2019). Ele é autor do livro de contos Planta baixa, lançado ano passado pela Editora Patuá, de São Paulo.

Alguns escritos de Cleyton já foram para a cena. Em 2010, os contos do seu blog inspiraram o espetáculo Para caber no teu sorriso, com direção de Rodrigo Cunha. Escritos do blog também renderam outros experimentos, como a leitura dramatizada Hoje quero falar de amor, sob direção de Rafael Almeida e cenas de um espetáculo do Coletivo Angu de Teatro (Projeto Abuso – Rumos Itaú Cultural).

O menino da gaiola foi encenado no Recife, sob direção de Samuel Santos em 2013. Em 2017,  o ator estreou seu primeiro monólogo, Solo de Guerra. E, no ano passado, a Cia. Paradóxos (SP) montou Desculpe o atraso, eu não queria vir, sob direção de Mário Goes e Fábio Mráz. Hélio, o balão que não consegue voar tem projeto de montagem por um grupo carioca.

Como você situa sua dramaturgia?
No teatro para a infância e juventude venho pesquisando temas tabus. No teatro adulto, temas como identidade, gênero, sexualidade e o próprio teatro atravessados de afeto têm me movido.

Existe algum segredo para conquistar tantos prêmios?
Acredito que seja pela temática, pela originalidade, não sei. Nunca peço os pareceres da comissão que avalia os textos.

Quem são seus mestres e / ou quais são suas referências na escrita dramatúrgica?
Luiz Felipe Botelho, Cícero Belmar, André Filho, Newton Moreno, Rafael Martins, Henrique Fontes, Grace Passô, Jô Bilac, Leonardo Moreira, Tiago Rodrigues.

O prêmio Ariano Suassuna cumpre seu papel? Qual é?
Olha, se a gente puder contar com o Prêmio Ariano Suassuna, já será um avanço. É o único prêmio voltado para dramaturgos no estado. É um incentivo para continuar escrevendo e ser reconhecido pelo trabalho.

Existe incentivo para a dramaturgia no Brasil?
Desconheço. Criar políticas culturais com um olhar para quem escreve para teatro seria um caminho interessante.

Tenho visto uma discussão nas redes sociais sobre a natureza do teatro. Se lives transmitidas pela internet são teatro ou não. O que você pensa sobre isso? O que é teatro?
Vou fazer a Glória Pires, prefiro não opinar. rs. Vamos lá: em meio à pandemia, nós artistas, nos vimos num beco sem saída. Não podemos lançar livros, encenar peças, abrir exposições etc. Inclusive, muitos de nós estamos disponibilizando nossos trabalhos para apreciação do público em casa. O isolamento é um momento de repensarmos nossas relações e, o fazer teatral, não fica de fora. A gente sabe que o teatro se dá pelo encontro do ator com o público dividindo o mesmo espaço, mas independente da área, vamos ter que encontrar novas soluções, modos de fazer, estratégias de sobrevivência.

Fala como você está enfrentando a quarentena? Está trabalhando em casa? Ou só nas suas criações?
Não tem sido fácil para uma pessoa superativa e inquieta como eu. Gosto de estar em movimento, transitando, flanando por aí. Imagine o tédio e a impaciência convivendo em 70m2? Ok, tenho um namorado parceiro, duas gatas lindas e “tempo de sobra”. Tempo para fazer o quê? O isolamento afetou diretamente meu único ganha-pão no momento, as oficinas que ministro de Escrita Criativa. Tinha uma turma fechada para o final de março e teve de ser cancelada. Sim. Tenho aproveitado esse “tempo de sobra” para ler e escrever. Nesse intervalo organizei dois livros inéditos (um de contos e um de poesia) e estou criando uma nova dramaturgia. Em paralelo, sigo na pós em Escrita Criativa da PUCRS/UNICAP, como aluno, em aulas por videoconferência.

Quais as estratégias de sobrevivência?
Como meus livros não estão em livrarias e ainda tenho umas dezenas deles em casa, estou divulgando nas minhas redes (@cleytoncabral) para entregas em todo o Brasil, via Correios. Também tenho pensado em fazer um projeto literário com financiamento coletivo, além de oferecer meus serviços de redator publicitário.

O que está fazendo para não endoidecer?
Regando as plantas, conversando com os bichos, cozinhando, tomando um vinhozinho, falando com os amigos.

Você tem medo da Covid-19? Numa escala de 1 a 10, quanto?
Quem não tem? Hahaha de 1 a 10? 11. E se eu já peguei esse vírus e não sei? Minha preocupação maior é minha mãe, que está com 74 anos.

Raphael Gustavo em sua casa em Vitória de Santo Antão. Foto: Ângelo Azuos

ENTREVISTA // RAPHAEL GUSTAVO

Raphael Gustavo brilhou em três edições do Ariano Suassuna. Em 2016, com Um Caso de Marias Ou de Maria Flor; O Gaioleiro, em 2017 e Conto de Passarinha, em 2019. Além dos Ariano Suassuna ganhou o Prêmio Mostev de dramaturgia adulta com Andarilhos da Poesia Pernambucana; Marcus Accioly de Poesia, com Encruzilhada e Manuel Bandeira de Poesia, com Havia um Pássaro.

Raphael Gustavo atesta a “extrema importância” das premiações como incentivo aos artistas que precisam de reconhecimento para produzir. “Muitos ainda estão invisíveis por falta de oportunidades”, pensa.

O núcleo pernambucano está montando o último vencedor do Ariano, Conto de Passarinha. O Gaioleiro é o projeto atual de seu grupo, A Cia Experimental de Teatro, e a Cia. Fiandeiros montou Um Caso de Marias Ou de Maria Flor.

Como você situa sua dramaturgia?
É bem difícil entender como eu faço isso. Cada texto vem por inspiração num tipo diferente de provocação. Uns surgem de minhas experiências familiares, outros da educacional com meus alunos, outros por ideias a partir do que leio e assisto. Mas, o mais forte é a defesa sobre temas ainda mal refletidos socialmente: A valorização da cultura popular, saúde mental, pedofilia, racismo, adoção, filosofias sobre o que é relacionamento…  E assim segue.

Quem são seus mestres e / ou quais são suas referências na escrita dramatúrgica?
Leio muitas coisas. Gosto das dramaturgias do César Leão, do Cleyton Cabral, do Samuel Santos. Fernanda Torres é uma inspiração de boa escrita também. De mestres, apenas os bons professores que me estimularam muito e me nortearam como eu poderia desenvolver uma boa escrita a partir do olhar da sensibilidade.O

O prêmio Ariano Suassuna cumpre seu papel?
O Prêmio Ariano Suassuna cumpre o seu papel muito bem, pois abre o edital contemplando todas as regiões e todos os artistas e escritores que queiram colocar suas obras na competição. A análise é por pseudônimos. Então a surpresa do mérito é legal.

Existe incentivo para a dramaturgia no Brasil?
Existe sim. Mas é pouco. Muito pouco. Sempre em editais competitivos. Isso é bom, mas limita muitas obras de obterem reconhecimento e recompensa pra custear esses autores. Precisamos de editais para literatura, fora de competições.

Existe uma discussão nas redes sociais sobre a natureza do teatro. Se lives transmitidas pela internet são teatro ou não. O que você pensa disso? O que é teatro?
Live de espetáculo não é Teatro! Ator odeia vídeo de espetáculo. Simples e pontual. Liberar gravações de peças no YouTube é desmerecedor. Chamem de recreação, contação de história, do que for. Mas a mídia do Teatro só existe para produção de material que faz sua divulgação. Teatro é ritual da presença. Do cheiro, do calor, da luz presencial, da energia. Se não podemos ir aos teatros nesses tempos, acho importante e válido que os atores demonstrem coisas para essas mídias. Mas não chamem de peça ou espetáculo. Muito menos, Teatro.

Fala como você está enfrentando a quarentena? Está trabalhando em casa? Ou só nas suas criações?
Estou enfrentando bem a quarentena. Moro só com meus gatos e faço meus próprios rituais de limpeza, comidas e cuidados. É mais saudável que dividir espaço. Em casa tenho trabalhado na produção de textos para minha página no Instagram @raphaelgustavo.writer e afinando dramaturgias, dando curso online, fazendo lives sobre arte e cuidados com a saúde mental e passando atividades para os meus alunos de Português e Teatro.

Quais as estratégias de sobrevivência?
Ficar em casa, higiene total e aumentar a imunidade com boa alimentação e exercícios físicos para liberar toxinas.

O que está fazendo para não endoidecer?
Interagindo com meus alunos e cuidando de minha casa. Isso tem sido essencial para eu me manter bem.

Você tem medo da Covid-19? Numa escala de 1 a 10, quanto?
Tenho medo sim. Escala 8.

O que é importante dizer agora, nestes tempos de isolamento social?
É importante dizer que o amor pelo próximo é a chave para S-o-b-r-e-v-i-v-e-r. É a partir disso que queremos nos cuidar e cuidar do outro. Desenvolver cura, alimentar os que precisam e escrever obras que os faça entender o quanto esse amor ainda precisa ser refletido e exercitado.

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Vagas para os cursos Dramaturgia e Cultura no Itaú

A dramaturga Dione Carlos ministra curso Dramaturgia Negra. Foto: Athos Souza.

A segunda turma do curso Dramaturgia Negra: a Palavra Viva vai funcionar de 11 de maio a 23 de junho de 2020, oferecida em plataforma on-line para interessados de todo o país. É uma prática do Núcleo de Artes Cênicas do Itaú Cultural em parceria com o Observatório Itaú Cultural. As aulas serão ministradas pela dramaturga Dione Carlos, autora de 15 textos encenados. As inscrições ficam abertas por apenas dois dias, terça, 28, e quarta-feira, 29 de abril, até às 23h59 – horário de Brasília. A submissão deve ser feita exclusivamente pela internet, mediante preenchimento de formulário, disponível no site itaucultural.org.br, e carta de interesse.

São disponibilizadas 40 vagas dirigidas a artistas, dramaturgos, pesquisadores e estudantes em geral, com experiência profissional ou amadora nas artes cênicas. A lista dos selecionados será divulgada, também no site do Itaú Cultural, no dia 8 de maio de 2020.

O programa gratuito propõe encontros e exercícios para pensar a dramaturgia negra numa configuração ampla, multicultural, articulando influências do teatro egípcio à dramaturgia negra contemporânea, além das heranças indígenas-afro-brasileiras. Além do panorama histórico do teatro negro no Brasil, o curso mergulha na obra de três dramaturgas contemporâneas: Fernanda Júlia Onisajé, da Bahia; Viviane Juguero, do Rio Grande do Sul; e Cristiane Sobral, do Distrito Federal.

Do conteúdo temático constam As Matrizes Negras da Dramaturgia, Entre Teatros e Dramas: Universos Cênicos, Teatro Brasileiro: Indígenas e Negros como os Primeiros Atores e Dramaturgias e Escrevivências.

Cultura e Desenvolvimento

Com o intuito de analisar maneiras de incluir a cultura na agenda política de desenvolvimento e dirigido a produtores, agentes culturais, artistas, pesquisadores e professores com experiência profissional na área cultural, o programa Cultura e Desenvolvimento cultiva o debate inesgotável da relação entre os dois conceitos que qualificam o curso. Professores de diferentes segmentos e formações na área cultural vão conduzir os trabalhos: Adriana Barbosa, gestora de eventos e idealizadora da plataforma Feira Preta, Alfons Martinell, professor emérito da Universidade de Girona, o sociólogo mexicano Enrique Glockner, a jornalista e ativista cultural Marta Porto, e Paula Moreno, ex-ministra da Cultura da Colômbia.

As inscrições podem ser feitas pelo site www.itaucultural.org.br , a partir de quarta-feira (29 de abril), às 10h, até se esgotarem as vagas. As aulas de Cultura e Desenvolvimento serão realizadas nos dias 12, 19 e 26 de maio e 2 e 9 de junho (terças-feiras). No dia 12 de maio será também lançada a edição 27 da Revista Observatório Itaú Cultural, que traz reflexões sobre como a cultura pode ser capaz de influenciar de forma relevante a Agenda 2030 – conjunto de objetivos e metas criado em 2015, em encontro na sede da ONU, e que integram um plano de ação para erradicar a pobreza e proteger o planeta.

SERVIÇO
Curso Dramaturgia Negra: A Palavra Viva
Inscrições: Dias 28 e 29 de abril (terça-feira e quarta-feira)
Pelo site www.itaucultural.org.br
Número de vagas: 40
Anúncio dos selecionados: 8 de maio
Curso: De 11 de maio a 23 de junho

Curso Cultura e Desenvolvimento
Inscrições: A partir de 29 de abril (quarta-feira), às 10h, até se esgotarem as vagas
Pelo site www.itaucultural.org.br
Número de vagas: 350
Anúncio dos selecionados: 6 de maio
Curso: Dias 12, 19 e 26 de maio e 2 e 9 de junho (terças-feiras)

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Valdi Coutinho vai atuar em outros palcos

Valdi Coutinho, animador cultural no Recife, incentivador principalmente do teatro, morreu nesta terça-feira

Durante as filmagens do documentário Múltiplo Valdi, de Rafael Coelho

De espírito inquieto, Valdi Coutinho se pluralizou. Jornalista esportivo, crítico de teatro, dramaturgo, ator, escritor, professor, pintor, carnavalesco e religioso. No início deste ano foi lançado seu biodocumentário Múltiplo Valdir, dirigido, roteirizado e montado por Rafael Coelho, com produção de Cláudia Moraes, e de Amaro Filho, da Página 21, projeto aprovado pelo Funcultura.

Aos 77 anos, Valdi Coutinho morreu no começo da tarde desta terça-feira (14), no seu apartamento, no bairro de Santo Amaro, no Recife.

Vítima de três AVCs, Valdi se locomovia nos últimos tempos com dificuldade, mas mantinha sua conexão com o mundo através da redes sociais, onde deixava sua posição política mais conservadora ou treinava sua verve cômica.

Em 2015 foi o homenageado do 17º Festival Recife do Teatro Nacional e não perdeu a ironia para atestar que quase não acreditou, pois “as pessoas sempre lembram de quem está no poder (da mídia, do sucesso, da gestão pública, das finanças, etc) e eu estou tão apagadinho, há sete anos, depois que fiquei semiparaplégico em função das sequelas de dois AVCs que tive em 2009”, comentou na ocasião.

Valdi manteve uma coluna diária sobre artes cênicas no Diario de Pernambuco, Cena Aberta,  um espaço de prestígio que muito contribuiu para a difusão e o fortalecimento do teatro em Pernambuco. Sempre que falava dos 30 anos de labuta no Diario não deixava de agradecer às pessoas que lhe deram apoio: “quero dividir este mérito e reconhecimento com a jornalista Lêda Rivas, minha editora do Caderno Viver por duas décadas, os jornalistas Antônio Camelo, Adonias de Moura e José Maria, este último quem me entregou a missão de fazer a coluna de artes cênicas (substituindo Adeth Leite, quando ele faleceu), todos os três de saudosa memória”.

Por pouco, ele não foi padre. Duas tias investiram para que seguisse a carreira eclesiástica, mas faltou talento para o destino clerical, o que sobrava para as atividades artísticas e de comunicação. Começou a fazer teatro aos 10 anos no Seminário de Nazaré da Mata, depois, no Seminário de São Pedro, em Natal, e vários musicais na cidade de Gurupi, Goiás.

No Recife, estreou com o elenco dos aspirantes ao TAP, na peça A Falecida, de Nelson Rodrigues, com direção de Valter de Oliveira. Depois vieram Hoje É Dia de Rock, direção de Marcus Siqueira; Os Mistérios do Sexo, de Coelho Neto, com direções de Alex Gomes e Carlos Bartolomeu; Natal na Praça, direção de Clênio Wanderley; Jogos na Hora da Sesta, direção de Geninha Rosa Borges; As Tias, direção de Guilherme Coelho; O Beijo da Mulher Aranha, direção de José Francisco Filho; A Louca do Jardim, direção de Romildo Moreira; Cabaré Brazil¸ direção de Carlos Bartolomeu; O Buraco É Mais Embaixo, direção de Fábio Costa e Américo Barreto, entre outros.

Dirigiu dezenas de montagens entre elas, Pluft, o Fantasminha, de Maria Clara Machado, com George Meireles, Feliciano Felix; Os Mistérios do Sexo, de Coelho Neto, com Sharlene Esser. Também escreveu textos dramáticos tais como Os Coronéis Morrem Tarde; Paulete, Danação e Anjo Azul (inspirado num conto de Cícero Belmar)

Protagonizou dois curtas, um de Fernando Spencer, O Último Bolero no Recife, e outro de Ricardo Spencer, Força Brasil.

Como carnavalesco, assumiu o Baile dos Artistas depois de dois anos de assessoria de imprensa. No jornalismo esportivo, Valdi registra a façanha de cobrir quatro Copas do Mundo e uma Olimpíada. 

A jornalista Lêda Rivas, escreveu nas redes sociais: “Nosso companheiro estava, há muito tempo, afastado do dia a dia da redação. Acometido de problemas de saúde (sofreu três AVCs e tinha dificuldades de mobilidade) não foi esquecido pelos companheiros, os quais, eventualmente o cercavam de atenções e tentavam minimizar a crise financeira que enfrentava. Faz poucos anos, contei com a participação dele na confraternização em prol do Natal da APAE, que promovo junto com os coleguinhas. Ocasião em que partilhamos gratas e divertidas memórias e em que, ele, emocionado, agradeceu-nos o carinho demonstrado nas horas difíceis. Chorou: ‘Obrigado por se importarem.’ Não sei as circunstâncias da sua morte. E, nestes tempos cruéis de pandemia, lastimo que não possamos lhe prestar as últimas homenagens e dizer-lhe o quanto o seu espírito inquieto e os seus arrebatamentos nos ensinaram. Vai na paz de Deus, amigo. Qualquer dia, a gente vai se encontrar”.

Em novembro de 2015, postamos aqui no Satisfeita, Yolanda? essa entrevista com Valdi Coutinho, que reproduzimos aqui. 

ENTREVISTA // VALDI COUTINHO

Valdi, você trabalhou muito anos no Diario de Pernambuco. Você fez parte da editoria de Esportes também? Como eram divididas suas tarefas?
Passei quase 30 anos no DP e durante algum tempo me dividi entre Esportes, com o editor Adonias de Moura, e Viver – artes cênicas – com a editora Leda Rivas, o que não criava problema nenhum, pois os dois editores compreendiam minha simbiose entre o futebol e o teatro. Quando viajava, – e viajei muito, conheci toda a América do Sul, Estados Unidos, e fiz quatro Copas do Mundo (Argentina, Espanha, México e Itália), passando dois meses em cada um desses países,- era substituído na coluna diária de artes cênicas por jornalistas-colegas maravilhosos, tais como Sanelvo Cabral, Inês Cunha, Marilourdes Ferraz, entre outros, e nunca houve problemas. Grato, então a Leda Rivas e ao saudoso Adonias de Moura. José Maria, esse último foi quem me entregou  a missão de fazer a coluna de artes cênicas (substituindo Adeth Leite, quando ele faleceu), todos os dois de saudosa memória.

No período em que você atuou, o teatro pernambucano era mais vibrante? Tinha mais projeção?
Não, quando eu comecei a escrever sobre artes cênicas só havia o TAP, chamado de Jardim dos Oliveiras, o Tucap, Leandro Filho e seu teatro infantil. Aí eu fui incentivando, abrindo espaço, dando notícias sobre outras produções e começou o rebuliço, e passamos a ter um movimento teatral, chegando o Recife a ser o 3º polo de produção teatral. Enfim, sem falsa modéstia, o Recife começou a ter projeção nacional.

Como foi o seu encontro com o teatro? Como ator, diretor, crítico?
Naquela época não existia Internet nem redes sociais. O jornalista tinha que estar por dentro de tudo, bem informado sobre o que ia escrever, e eu estava até demais, só assim tinha informações, críticas e resenhas para escrever sobre teatro, diariamente. Aos 10 anos já fazia teatro interpretando Tarcísio, o mártir da Eucaristia, no Seminário de Nazaré da Mata, sob a direção do professor Higino. Depois, no Seminário de São Pedro, em Natal, comandava o show Xô Arara, Arara Show, aos domingos, para fugirmos da sala de estudos, à noite. Aos 16 anos, na cidade de Gurupi, Goiás, dirigi vários espetáculos musicais apresentados no Cine Boa Sorte, de sr. Moisés, com coreografias, esquetes dramáticos e cômicos, etc, que lotavam a casa. Quando jornalista, no Recife, fiz estreia na peça A Falecida, de Nelson Rodrigues, pelo elenco dos aspirantes ao TAP, direção de Valter de Oliveira. Depois fui presidente do Teatro Ambiente, do MAC, substituindo Petrúcio Nazareno, fundei o Teatro Experimental de Olinda, TEO, onde despontaram inúmeros talentos, como o hoje famoso José Manoel.E não parei mais, fazendo e escrevendo sobre teatro.

Uma crítica de teatro ainda tem alguma serventia?
Uma crítica de teatro ainda tem incomensurável valor não só para o público mas especialmente para os que fazem teatro.

Você ainda escreve críticas? O que você acha importante analisar?
Não escrevo mais críticas. Mas, acho tudo muito importante na crítica, desde a análise do texto até da contrarregragem.

Como se forma um bom crítico de teatro?
Um bom crítico, ao meu ver tem que compreender tudo, desde os bastidores até o produto final de uma encenação.

Uma das grandes polêmicas da produção pernambucana foi a estreia, e a curta temporada, da montagem Um Bonde chamado desejo, da qual você era assessor de imprensa. A crítica, num caso raríssimo, foi publicada duas vezes em página inteira no JC, porque trocaram a assinatura do autor da matéria. E não era uma crítica favorável ao espetáculo. O que diria sobre isso?
Naquela época existia uma guerra demolidora, amarga, azeda, de bastidores. Conheço produtores que ligavam para os teatros a fim de saber quantas pessoas tinham ido ver o outro espetáculo em cartaz para compará-lo com o seu. Um Bonde Chamado Desejo foi vítima dessa discórdia, sobrou até pra mim, foram pedir minha cabeça no jornal porque eu fiz assessoria de imprensa do espetáculo. Sofri muito na época. Foi uma baixaria. Saímos incólumes dessa violência, o espetáculo fez sucesso e eu permaneci escrevendo sobre artes cênicas. Não mexe comigo, eu não ando só…

O que acha da cena teatral brasileira contemporânea? Estamos mais ricos ou mais pobres artisticamente
Acho que estamos mais pobres. O valor comercial do espetáculo prevalece, o público adora ver pintas no palco. Mas isso está passando graças a uma nova geração que está chegando com excelentes espetáculos

Na sua carreira de crítico tem algum texto que você se arrependeu de ter escrito. Por quê? Ou alguma crítica que você lamentou não ter escrito. Por quê?
Não, não. Quando eu achava que o espetáculo era pobre demais eu simplesmente não fazia crítica para não prejudicá-lo.

Quais as melhores peças que você já conferiu?
As melhores que conferi são muitas, mas eu destacaria as dirigidas por Antonio Cadengue, Carlos Bartolomeu, José Pimentel, Guilherme Coelho, José Francisco Filho, Geninha Rosa Borges, entre outros, os citados são os melhores encenadores para mim.

Você tem alguma mágoa do teatro ou do jornalismo pernambucanos?
Não tenho. Mágoas e ressentimentos provocam câncer, infarto, depressão, já não sei o que são esses sentimentos. Se houve, passaram, hoje eu vivo o presente e cada dia como se fosse o último.

O que você faz do seu tempo?
Amo. A Deus, à vida, ao mundo, antenado e animado pelas redes socais, pela Internet.

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A arte possível depois do fim do mundo

Estudo nº1: Morte e Vida, processo do grupo Magiluth, emblemático em tempos de pandemia. Foto: Vitor Pessoa

Tinham acabado de se mudar para uma casa nova. Estavam submersos no movimento de criação. A vida corria como sempre corre, havia muitas coisas de ordens diversas para dar conta. De repente, sem que ninguém se apercebesse com propriedade dos avisos que vinham de outros lugares, depois de um carnaval intenso, pararam. Foram parados. Seguindo as recomendações de quem junta lé com cré, o grupo Magiluth obedece à quarentena por conta dessa pandemia que nos assola. Inseridos numa realidade ampla, complexa e cruel de desemparo às artes no país, os pernambucanos estão preocupados com a sobrevivência como grupo e como indivíduos.

A primeira estratégia de resistência à crise foi articulada rapidamente. Como estavam em pleno processo de criação de um novo trabalho, intitulado Estudo nº1: Morte e Vida, inspirado na obra de João Cabral de Melo Neto, com direção de Rodrigo Mercadante, jogaram na internet os materiais produzidos e venderam ingressos antecipados para a temporada de estreia. Giordano Castro, ator e dramaturgo do grupo, diz que “apelamos para o carinho que o público tem com o Magiluth, como um voto de credibilidade. Fizemos uma venda de ingressos antecipada sem saber ainda qual será a data de estreia. (…) Não conseguiu sanar a situação, mas no ajudou no mês de abril”.

A situação do grupo é mais crítica porque, em janeiro, a companhia inaugurou o Casarão Magiluth, um espaço cultural na Rua da Glória, na Boa Vista, bairro central da cidade do Recife. Além de servir de terreira para a trupe, a ideia é que o local abrigue eventos, espetáculos, shows, performances, lançamento de livros, cursos e o que mais a imaginação possa permitir. O Casarão de número 465 está revestido de memórias e histórias. De 1993 a 2014, funcionou lá o Espaço Inácia Rapôso Meira, tocado na base da perseverança e da dedicação pela atriz Socorro Rapôso, que interpretou Nossa Senhora na primeira montagem do Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, em 1956. Ela também integrou o elenco de outra montagem da peça, que ficou em cartaz por quase 20 anos. Devido a um aneurisma que a mantém acamada há anos, Socorro se afastou das atividades do espaço.

Casarão na Rua da Glória foi inaugurado em janeiro. Foto: Estúdio Orra

O Magiluth investiu todo o caixa do grupo na empreitada. “Tudo que tínhamos entrou no Casarão.  Foram R$ 76 mil gastos.  E agora é viver dia após dia e esperar as notícias”, conta o ator Mário Sérgio Cabral. “Fizemos um acordo com a proprietária para paralisar o aluguel e conseguimos pagar as contas no dia 5 de abril. Quando chegar 5 de maio, não sabemos como será nossa vida”, complementa.

“A verdade é que acende uma luz que vai além da vermelha. Víamos o Casarão como uma carta na manga. Entendendo que a política desse governo Bolsonaro para a cultura e para o teatro é muito deficitária, a gente sabia que, em algum momento, iríamos sofrer com esses cortes, cortes de orçamento para festivais, com o corte de orçamento para incentivo à Cultura, com a perseguição que o Governo faz ao Sesc. Sabíamos que, em algum momento, essa corda ia apertar no pescoço. A carta na manga era o Casarão. Aí fomos pegos pela pandemia. Toda a sociedade. É um balde de água fria”, explica Giordano Castro.

Sem que haja uma disputa por prioridades – já que garantir a vida é a maior delas neste momento – os atores pedem atenção dos governos, nos âmbitos do município e do estado para, por exemplo, desburocratizar pagamentos de cachês, inclusive de grandes eventos como o carnaval, e de projetos, como aqueles aprovados pelo Funcultura. “Temos projetos aprovados no Funcultura que ainda não recebemos. Um deles é o projeto de Miró, que é do Funcultura 2017/2018 que ainda não foi pago. Já foi lançado outro edital, premiado outro e esse ainda não foi pago. Isso ajudaria muito o Magiluth a conseguir mais um tempo de vida, conseguir viver de uma forma mais segura dentro dessa quarentena”, explica Giordano. “É difícil não ter um diálogo dentro da Fundarpe para saber: e aí? Como é que é? Quando vem? Uma coisa era presencial, chegar lá no espaço, bater na porta das pessoas e falar. Mas agora você não sabe com quem falar. Onde estão essas pessoas? Quem pode resolver?”, pondera.

Asmáticos, Giordano e Mário Sérgio são considerados grupo de risco para a Covid-19. “Sim, tenho medo. De 1 a 10, com certeza 10. Sou asmático e medroso”, diz Mário Sérgio. Giordano, pai do bebê Gabo, de poucos meses, também sente medo. “Eu tenho muito medo de morrer. Tenho muito medo de que as pessoas ao meu redor morram, que os meus companheiros adoeçam. E eu tenho minha família, meu filho que acabou de nascer, quero curti-lo, quero viver totalmente”.

Há também a ausência da relação mais próxima com o público, o sentimento difícil de saber que pessoas que acompanham o trabalho podem ser afetadas. “Um dos espetáculos mais potentes, que para a gente é muito feliz fazer é Aquilo que o meu olhar guardou para você. Um espetáculo que a gente traz o público todo para o palco, que estamos muitos próximos, nos tocamos, conversamos. É triste não poder fazer o trabalho que a gente gosta de fazer, mas sabemos que é fundamental parar, para que a gente mantenha a vida”, complementa.

Aquilo que o meu olhar guardou para você

Além de esperar pelos “pulos de olhos fechados nas piscinas”, como diz um trecho da dramaturgia de Aquilo, o público pode aguardar – pelo que foi postado nas redes sociais – um trabalho contundente de viés social. Depois de Apenas o fim do mundo, um texto muito voltado às relações humanas, o grupo encara a realidade das migrações, se questiona o que é ser nordestino, pensa sobre a fome, o direito à terra, as desigualdades, a ruína de um sistema capitalista. Realidades que estão ainda mais brutais, escancaradas por uma pandemia. Quando o futuro se fizer presente, certamente o que vivemos nesse tempo também estará no palco do Magiluth, no Casarão da Rua da Glória e em quaisquer outros tablados possíveis.

Resposta da Fundarpe – O Satisfeita, Yolanda? conversou com a assessoria de imprensa da Fundarpe para entender a demora na liberação do projeto sobre Miró, aprovado no Funcultura Geral 2017/2018. “O referido projeto (…) apresentou problema de documentação, o que fez com que o proponente ficasse inadimplente. O mesmo solicitou ao Funcultura uma prorrogação do prazo de entrega da documentação necessária ao empenho, para resolver a situação, mas apenas no final do ano de 2019 a documentação foi regularizada. Já não havia orçamento para empenhar o projeto, condição necessária para seu pagamento. O projeto segue em análise porém, as prioridades de pagamento são para os projetos do ano vigente. Os projetos aprovados nos editais anunciados no final de 2019 receberão os recursos tão logo a Fundarpe receba autorização de pagamento da Secretaria da Fazenda estadual”, diz a nota da Fundarpe.

Com relação ao atendimento aos artistas neste período de pandemia, “enquanto durar o isolamento social, o Funcultura está com a sua Unidade de Atendimento ao Produtor Cultural funcionando com atendimento eletrônico através do e-mail: atendimentosic@fundarpe.pe.gov.br, e telefônico pelos números (81) 9.8327.0979 e (81) 3184.3026, de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h, e das 13h às 17h”.

Houve ainda a reabertura do prazo para inscrição/renovação do Cadastro de Produtor Cultural (CPD) até o dia 17 de abril. “O CPC é necessário para apresentação de projetos para os editais Geral, Música e Microprojeto, que também tiveram suas inscrições prorrogadas. O envio da documentação está sendo exclusivamente através do e-mail: cpc.funcultura@gmail.com”.

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