Arquivo mensais:dezembro 2012

Os espaços bem delimitados entre ficção e realidade

Fátima Pontes e Leidson Ferraz em Olivier e Lili: Uma história de amor em 900 frases. Foto: Pollyanna Diniz

O que o espectador de hoje busca no teatro? No tempo das emoções afloradas, da “felicidade” estampada virtualmente, do simultâneo? Em Olivier e Lili: Uma história de amor em 900 frases, montagem com direção de Rodrigo Dourado e Fátima Pontes e Leidson Ferraz no elenco, há uma projeção de universos particulares no palco. O tom autobiográfico e confessional permeia o espetáculo, que vi quase no fim da temporada no Teatro Hermilo Borba Filho e agora mais recentemente na VI Mostra Capiba.

O texto base é da atriz francesa Elizabeth Mazev; ela conta, desde a infância, a sua relação com o diretor Olivier Py. Os dois estudaram na mesma escola, descobriram o teatro juntos, viveram perdas e amores. A partir das memórias evocadas pelos personagens, surgiram aquelas dos próprios atores e do diretor, que também foram transformadas em dramaturgia, numa tentativa de trilhar os limites da ficção-realidade.

Estão em cena a infância de Leidson Ferraz e Fátima Pontes, os aniversários, as lembranças da casa de quando criança, o colégio, o teatro, a morte de alguém muito querido. E aí preciso fazer um adendo: é bom explicar que esta é uma apreciação escrita sem imparcialidade; muitas daquelas memórias, principalmente as Leidson, me são muito próximas. Tanto eu quanto ele somos de Petrolina; e ele fala da cidade, do colégio tradicional de freiras, do padre Bernardino. Além disso, nós nos conhecemos desde que entrei no curso de Jornalismo; então a narrativa dele me cativa muito.

Independente disso, da maneira como foi construída a dramaturgia, em algum momento você vai se sentir tocado – e me parece muito deliberada e perceptível ao espectador essa intenção de fazer o público se emocionar, se reconhecer no palco em alguma daquelas histórias.

O que queria discutir é o quanto a montagem se tornou muito mais autobiográfica do que qualquer outra coisa. Em determinado momento cheguei a me questionar: mas e Olivier e Lili? Quem são esses personagens? O tratamento dado à dramaturgia, por exemplo, é claramente distinto.

Quando Olivier e Lili estão no primeiro plano, as frases são mais telegráficas (como imaginei que seria a proposta do espetáculo como um todo); há um distanciamento perceptível entre ator-personagem. Quando no momento seguinte vira vida pessoal, o texto é longo, há um desprendimento de emoção, outra energia se instaura. Claro, estão falando de si mesmos. Mas isso provoca quebras na encenação.

A montagem participou da VI Mostra Capiba

Além disso, as relações são estabelecidas de forma muito clara e cúmplice com o espectador. É diferente, por exemplo, para dar uma referência próxima, do que faz o Grupo Magiluth em Aquilo que meu olhar guardou para você. Ali há uma fusão – o público não sabe o que é ficção e realidade. Em Olivier e Lili as cartas estão postas na mesa: bom, aqui estou vendo o personagem (que também é ‘real’, mas distante de mim, então personagem) e aqui é Leidson e Fátima, o que eles falam aconteceu de verdade. Talvez por isso o diretor tenha optado por colocar em cena também vídeos de Elizabeth Mazev e Olivier Py. Mas que são longos por demais, cansativos, necessários apenas para justificar essa questão do real-ficcional. Para a dramaturgia e para a montagem acrescentam muito pouco ou quase nada. E eles ainda aumentam o tempo da peça – que já é longa. Parece ter sido difícil para a direção o exercício da síntese. Vi pelo menos um momento em que a plateia se perguntou se aquele não seria o final da peça.

Enxergo tanto em Leidson quanto em Fátima muitas possibilidades interpretativas que ainda não se instauraram efetivamente. Faltam nuances e a transição para a adolescência e para a fase adulta na história também não parece muito bem resolvida. Mas são dois atores que se entregam, inteiros em cena; é como se esse projeto também fosse uma declaração de amor deles dois não só à amizade, mas a tudo que o teatro os proporcionou, ao próprio teatro.

Muitos dos elementos do teatro contemporâneo estão na montagem, desde a importância da musicalidade, a profusão de signos, o depoimento, os microfones no palco. Símbolos que juntos constróem uma obra que reverbera muita afetividade e consegue atrair o público.

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Brincadeiras de Natal

Espetáculo junta várias manifestações populares. Foto: Inaldo Menezes/PCR

Todo Natal tinha aquela alegria na praça: os folguedos populares. O auto marítimo desse ciclo chamado fandango com seus marujos de roupas branquinhas fazia a imaginação voar para longe, em busca de terras desconhecidas.

Conta-se que o Fandango original já fez parte de peças teatrais da marujada, e da nau catarineta. O termo suscita versões controversas. Há pesquisadores para explicar a origem árabe da manifestação e outros que garantem que ela vem da Península Ibérica. Existem outras vertentes.

O fandango sobrevive em Alagoas. E um dos grupos de lá, do Pontal da Barra, do mestre Vavá, participa da montagem Brincadeiras de Natal. O elenco veste as roupas branquinhas e bem passadas que lembram outras trupes que olhos mais verdes viram no passado.

A futura secretária de Cultura do Recife, Leda Alves, estava lá, sentada na primeira fileira, acompanhando ontem o espetáculo Brincadeiras de Natal, na Praça do Arsenal, no Bairro do Recife. A encenação reúne o Reisado da Boa Vista (Garanhuns), Fandango do Pontal Barra das Alagoas, Guerreiro do Sol Nascente (Água Fria, Olinda), Pastoril Estrela Brilhante (Água Fria, Olinda) e Boi Estrela (Prazeres, Jaboatão dos Guararapes).

Neste domingo haverá mais uma sessão, às 18h. O cantor Geraldo Maia interpreta as jornadas dos vários folguedos e o ator Júnior Aguiar é uma espécie de mestre de cerimônias, que anuncia os brincantes. A direção é de Marcondes Lima e a direção musical de Dinara Pessoa.

SERVIÇO

Brincadeiras de Natal
Quando: hoje (23), a partir das 18h
Onde: Praça do Arsenal, Bairro do Recife
Quanto: Gratuito

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No risco surpreendente da palavra

Na solidão dos campos de algodão, na VI Mostra Capiba. Foto: Pollyanna Diniz

“É impossível, compreendo, penetrar na solidão de outra pessoa. Se é verdade que sempre podemos vir a conhecer outro ser humano, ainda que em um grau pequeno, isso só acontece na medida em que o outro quiser se fazer conhecido (…). Onde tudo é intratável, onde tudo é hermético e evasivo, não se pode fazer nada senão observar. Mas se a pessoa consegue ou não extrair algum sentido do que observa é uma outra história” (Paul Auster)

Encontrei essa citação de Paul Auster lendo um artigo de Antonio Paulo Rezende, professor de história da UFPE. E relutei, diante de tanta força que salta ao texto da peça Na solidão dos campos de algodão, de Bernard Marie-Koltès (1948-1989), em usá-lo logo no início desta apreciação crítica. Mas as palavras vão se impondo…e é justamente delas que podem sair embates surpreendentes.

Na Mostra Capiba já era a terceira vez que eu via a montagem de Na solidão…, dirigida por Antonio Guedes. Mas não parecia. Claro que o jogo de cena já não era inédito para mim; mas como o texto pode se fazer novo! De novo! Até porque talvez seja imprescindível dizer que trata-se de um teatro em que a palavra se estabelece em primeiro plano – claro que há outros elementos fundamentais; mas a base é a palavra, que não necessariamente se mostra em sua plenitude logo no primeiro encontro. Por isso mesmo, mais uma vez foi tão bom “ouvir” esse espetáculo. São várias as leituras que podem se desprender desse texto, inclusive uma que diz respeito a uma tensão sexual entre os personagens.

São apenas dois atores – Edjalma Freitas e Tay Lopez – que travam um diálogo, um embate ferrenho. Um deles tem algo para vender; e o outro é o “cliente”. Não são personagens facilmente identificados pelos trejeitos, pelo jeito de vestir, pelo vocabulário. Distinguem-se basicamente pelo discurso, o que retira não só o espectador da sua zona de conforto, mas também o ator. Não há uma composição de personagem no sentido tradicional – mas como lidar com a palavra pura e fazer com que ela chegue ao público? Os olhos podem dizer muito neste momento; a expressão de surpresa ou de raiva. É um lugar de interpretação diferente.

Como se estivessem dentro de um ringue, os atores travam lutas incorpóreas. Há uma distância “regulamentar” muito bem definida pelo encenador, além de uma postura corporal. Sem aproximações, toques, tapas. É um obra muito plástica, quase uma instalação. A cenografia de Doris Rollemberg nos leva a este mundo isolado do encontro; mas também nos distancia. Diante de um texto que já não é de uma assimilação instantânea, da ausência do contato físico entre os atores, talvez o público pudesse se sentir mais próximo; como júri que não pode exprimir sua intenção, mas não quer perder uma expressão dos advogados de defesa ou acusação.

Para mim, a montagem de Na solidão dos campos de algodão foi uma das melhores produções pernambucanas do ano. Uma ótima surpresa, assim como foi anos atrás Encruzilhada Hamlet, também da Cia do Ator Nu, com Edjalma Freitas e Henrique Ponzi no palco; e texto e direção de João Denys.

São criadores que se permitem optar por um caminho que não é o mais fácil, que pode até afastar o espectador, ávido por emoções fortes e pasteurizadas, rir ou chorar. Em Na solidão, ao contrário, o palco é o lugar do risco; a interpretação é o lugar do risco. É preciso ter paciência para ouvir, para digerir, para encarar um texto que não corresponde, geralmente, aos nossos desejos frívolos. “Não que eu tenha adivinhado o que você deseja, e nem tenho pressa de saber…”

Edjalma Freitas e Tay Lopez, com direção de Antonio Guedes

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Mia Couto na Zona da Mata

São só quatro atores-brincantes-bailarinos em cena. Mas parece que eles conseguem extrapolar os limites do palco. Cheguei esbaforida no Teatro Capiba depois de pegar um trânsito gigante; quando entrei, o Grupo Peleja já estava apresentando Gaiola de moscas (#coisafeiachegandoatrasada). E aquela presença no palco, o trabalho de corpo, a forma de contar a história simplesmente me encantaram de cara. Não foi aos pouquinhos não! É de uma lapada só que você diz: “que negócio bom é esse?!”.

Não há quebras – música, dança e interpretação andam juntos. O conto homônimo de Mia Couto casa perfeitamente com a musicalidade do grupo que nasceu em Campinas, mas funciona em Pernambuco e, mais do que isso, bebe nas raízes da Zona da Mata, nas brincadeiras populares, nas nossas tradições, no cavalo-marinho, no frevo para compor um trabalho sólido. Como eles mesmos dizem: não levam ao palco o cavalo-marinho; o que vemos é a recriação, um trabalho que do terreiro do interior chega ao mais contemporâneo dos universos.

Ano passado, também na Mostra Capiba, eu tinha visto Guarda-sonhos, solo da bailarina Tainá Barreto, do Grupo Peleja. Mas naquele era muito mais dança do que exatamente teatro. Em Gaiola de moscas não. As coisas são equilibradas e a ideia é contar uma história, que passa pelo comerciante que vende moscas na vila, por outro que chega de fora e encanta as moças comercializando batom. Interessante que mesmo que o grupo tenha optado por não “traduzir” algumas expressões utilizadas pelo moçambicano Mia Couto, o linguajar não soa estranho. É como poesia.

As cenas se constróem permeadas por muita música e dança. A trilha sonora pensada por Alexandre Lemos e João Arruda é executada ao vivo por esse último e por Pedro Romão. Uma das cenas mais lindas é o embate final entre os dois comerciantes.

A poesia e o humor do conto de Mia Couto são muito naturais ao universo de cores saturadas criado pelo Grupo Peleja. A direção e concepção desse espetáculo, que é de 2007, é de Ana Cristina Colla, do Lume Teatro, de Campinas, local onde o grupo se reuniu. No elenco atual estão Carolina Laranjeira, Eduardo Albergaria, Lineu Gabriel e Tainá Barreto. Não é preciso formalizações, definições rígidas para este grupo. Mas se é na dança que está a raiz, no teatro e, especificamente, na palavra o grupo encontrou um pouso seguro e ao mesmo tempo encantador aos olhos do público.

Confira a crítica de Guarda sonhos, solo de Tainá Barreto, outro espetáculo do repertório do grupo.

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Janeiro de Grandes Espetáculos divulga internacionais

Montagem realizada em parceria entre Portugal e Pernambuco abre Janeiro de Grandes Espetáculo. Foto: Rui Pitaes/divulgação

Foi divulgada hoje a grade completa dos espetáculos internacionais do Janeiro de Grandes Espetáculos. O Satisfeita, Yolanda? é parceiro do festival – a comemoração de dois anos do blog, inclusive, será dentro da programação paralela do festival, como foi ano passado.

Serão sete atrações internacionais, entre elas a montagem que abre o Janeiro: O desejado – Rei D. Sebastião anunciada por Paulo de Castro com um ano de antecedência, na festa de premiação da Apacepe. É uma co-produção entre Pernambuco e Portugal. (Confira aqui a matéria que fizemos sobre o espetáculo)

Da programação, o blog já viu o espetáculo Las tribulaciones de Virgínia, no Cena Contemporânea, em Brasília. É uma peça dos irmãos Oligor, da Espanha, que nasceu na oficina de casa – são várias traquitanas, bonecos, cordas, rodas, e um enredo bem delicado.

A lista de espetáculos locais que participam do Janeiro já foi anunciada. Confira aqui.

Programação Internacional do 19º Janeiro de Grandes Espetáculos

Dias 08 e 09 de janeiro, às 20h30, no Teatro de Santa Isabel, R$ 20 e R$ 10
Dias 11 e 12 de janeiro, às 20h, no Sesc Caruaru (Teatro Rui Limeira Rosal), R$ 20 e R$ 10
Dia 17 de janeiro, às 20h, no Sesc Arcoverde (Teatro Geraldo Barros), R$ 10 e R$ 5

O Desejado – Rei D. Sebastião (Centro de Criatividade Póvoa de Lanhoso e Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco/Apacepe – Póvoa de Lanhoso/Portugal e Recife/PE/Brasil)

A montagem reúne atores pernambucanos e portugueses. No enredo, um grupo de cômicos ambulantes, comediantes de feiras antigas, conta esta fabulosa história sobre o sebastianismo luso-brasileiro. Nela, misturam-se imaginários de um Rei encantado, que vive adormecido, presente e vivo, como se de verdade fosse, e no seu castelo se guardasse à espera de um novo alvorecer. Desencantado, voltará para redimir o seu povo e um mar bravo se levantará e tudo e todos serão arrastados para a Ilha do Fim do Mundo… Pícara e burlesca, a montagem brinca com a poética do imaginário de dois povos. Indicação: a partir dos 12 anos.

Texto, encenação, figurinos, cenografia e iluminação: Moncho Rodriguez. Música: Narciso Fernandes e Pedro Gracindo. Elenco: Pedro Giestas, Júnior Sampaio, Marta Carvalho, Eunice Correia, Catarina Rodriguez, Gilberto Brito, Márcio Fecher, Mário Miranda, Rafael Amâncio e Júnior Aguiar. Contato: ccriatividade.com

Las Tribulaciones de Virgínia, da Espanha. Foto: Leonardo Moreira/Cena Contemporânea

Dias 10, 11 e 12 de janeiro, às 21h, no Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu), R$ 20 e R$ 10 – Espetáculo com capacidade para 55 pessoas por sessão.

Las Tribulaciones de Virginia (Hnos. Oligor – Espanha)

Por mais de três anos e meio os irmãos Oligor estiveram fechados em um porão inventando traquitanas, máquinas, bonecos, brinquedos mecânicos e automatas animados por roldanas e pedais, envolvendo sua cidade na aventura desta criação. Só depois de muito tempo e graças a um curador do Festival de Barcelona, que se maravilhou com eles, os irmãos começaram a rodar o mundo com grande sucesso, contando a história de Virginia e Valentin. Também no seu porão, este casal nos confidencia uma história pessoal e verdadeira, de amor e desamor.

1h30 Indicação: a partir dos 12 anos. Idioma: não verbal. Uma verdadeira instalação vai ser montada no palco do Teatro Luiz Mendonça.

Ator e diretor: Jomi Oligor. Apresentador e técnico: Pepe Oligor. Produção: Lucia Erceg. Contato: oligor.org

Dia 12 de janeiro, às 17h, no Teatro Marco Camarotti. R$ 20 e R$ 10
Dia 24 de janeiro, às 20h, no Sesc Arcoverde (Teatro Geraldo Barros), R$ 10 e R$ 5

Tranquilli!!! (Teatro C’art – Itália)

Direcionado a todas as idades, o espetáculo parte do conceito universal de tranquilidade para fazer rir e refletir sobre o ser humano que vive em função de uma sociedade estressante. Através de um personagem cômico, a obra rompe com o cotidiano frenético revelando seus momentos românticos e poéticos, extraídos do amor pela vida. Paulistano radicado na Itália desde 1995, e com estudos sobre a comicidade não verbal, André Casaca já foi levou este trabalho solo para vários países.

Indicação: livre. Idioma: não verbal

Direção e atuação: André Casaca. Assistente de direção: Fabrizio Neri e Teresa Bruno. Efeitos de vídeo: Julio Frediani. Equipamento cênico: Silvano Costagli. Contato: teatrocart.com

Dia 10 de janeiro, às 20h, no Sesc Caruaru (Teatro Rui Limeira Rosal), R$ 20 e R$ 10
Dias 12 e 13 de janeiro, respectivamente às 21h e 19h, no Teatro Barreto Júnior, R$ 20 e R$ 10

Bambolenat (Compañía Sombras de Arena – Buenos Aires/Argentina)

Espetáculo de teatro de sombras que apresenta desenho ao vivo e mistura dança com música eletrônica e étnica. Narrando o nascimento do homem e o surgimento de novos mundos tangíveis e intangíveis, a montagem convida o espectador a acompanhar o protagonista em uma viagem repleta de mistério, cor e sensações, onde o conflito primordial é entre o criador e o destruidor ou as tensões entre o homem e a natureza ou entre o humano e o divino. Com artistas de distintas áreas, o grupo investiga esta fusão híbrida como linguagem.

Indicação: a partir dos 6 anos. Idioma: não verbal.

Direção: Juan Pablo Sierra. Ator: Matías Haberfeld. Bonecos: Natalia Gregório. Desenhos: Ale Bustos. Música: Germán Cantero e Gabi Landolfi. Músico convidado: Douglas Felis. Técnica: Ale Naviliat. Voz: Nayma Garcia. Figurino: Lidia Benitez. Contato: sombrasdearena@yahoo.com.ar

Branca como o jasmim, com Iben Nagel. Foto: Francesco Galli

Dias 19 e 20 de janeiro, às 19h, no Teatro Apolo, R$ 20 e R$ 10

Branca Como o Jasmin (Odin Teatret – Dinamarca)

Indicação: a partir dos 12 anos. Idioma: concerto vocal espanhol/português.

A atriz dinamarquesa Iben Nagel Rasmussen evoca os espetáculos feitos pelo Odin Teatret de 1966 até os dias de hoje. Ela recorda e experimenta as várias mudanças vividas por sua voz, desde a “sala fechada” (que deixa os atores expressarem seu mundo interior) e os espetáculos de rua (o encontro com o mundo exterior), até o espaço criado pelas palavras através de seus significados e sonoridades. Na sua trajetória, constam 29 espetáculos do Odin Teatret Nordisk Teaterlaboratorium, além da direção de 14 outras montagens.

Direção: Eugenio Barba. Atuação: Iben Nagel Rasmussen. Contato: odinteatret.dk

Dias 22 e 23 de janeiro, às 20h30, no Teatro de Santa Isabel, R$ 20 e R$ 10
Dia 25 de janeiro, às 20h, no Sesc Caruaru (Teatro Rui Limeira Rosal), R$ 20 e R$ 10

Darkness Poomba e Awake (Modern Table – Seul/Coreia do Sul)
*São duas coreografias num só espetáculo.

Criações do coreógrafo, compositor e ex-rapper Kim Jae-duk, de apenas 23 anos, são duas obras em um só espetáculo, que trabalham com reinterpretações de melodias tradicionais, como o Poomba sul-coreano, ligadas a movimentos e sonoridades contemporâneas. O resultado combina dança e música interpretada ao vivo, com guitarra, base e drum set em tom geralmente melancólico. As performances são cativantes, passionais e até agressivas, transformando o teatro ora em estádio de rock, ora em festival de música e dança.

Indicação: a partir dos 12 anos.

Darkness Poomba (23 min.)
Coreografia, direção, letra e composição: Kim Jae-duk. Bailarinos: Kim Jae-duk, Lee Pil-seung, Jeon Hwan-sung, Lee Jung-in, Choi Jung-sik, Kim Mi-young, Kim Mi-kyoung. Músicos: Yoon Suk-gui (voz/Pansori), Heo Sung-eun (percussão), Hong Seung-yun (baixo) e Jeon Cha-in (guitarra). Iluminação: Shin Hyun-sun. Áudio: Park Sun-tae

Darkness Poomba, do Modern Table. Foto: Park Sang Yun

Awake (30 min.)
Coreografia, direção, letras e composição: Kim Jae-duk. Bailarinos: Kim Jae-duk e Lee Jung-in.Iluminação: Shin Hyun-sun. Contato: blog.naver.com/moderntable

Dia 19 de janeiro, às 20h, no Sesc Arcoverde (Teatro Geraldo Barros), R$ 10 e R$ 5
Dia 27 de janeiro, às 20h, no Sesc Caruaru (Teatro Rui Limeira Rosal), R$ 20 e R$ 10

Labirinto de Amor e Morte (Centro de Criatividade Póvoa de Lanhoso – Portugal)

O universo feminino desvendado como num sonho. A mulher numa história sem história de um amor morto. Do universo denso e úmido, profundo e cálido do amor feminino. A exposição crua da alma de uma mulher e da grandeza do seu amor… O desvendar da alma, o sacrifício e a purificação. A poética oculta do amor, da morte e ressurreição, das águas e das luas… Uma mulher só, diante do abismo do ser mulher.

Indicação: a partir dos 12 anos

Texto: Nomar D’Alcantara. Encenação e design de luz, figurinos e cenografia: Moncho Rodriguez. Música e design de som: Narciso Fernandes. Voz e canto: Ana Farias. Execução de figurinos: Marília Martins. Contrarregra: Vítor Cruz. Iluminação: Francisco Briz. Imagens: Rui Pitães. Interpretação: Marta Carvalho. Contato: ccriatividade.com

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