Arquivo mensais:julho 2012

Diretor de teatro resolve fazer cobrança pública

Francisco Carlos apresentou repertório no Recife, mas até agora não recebeu pagamento

Recebemos a seguinte carta por e-mail, assinada pelo diretor de teatro Francisco Carlos e sua equipe:

Caro Coordenador do descoordenado Festival Recife do Teatro Nacional, Vavá Paulino.

Esta nossa correspondência tem duas finalidades: cobrança e denúncia.

Pois se tornou insuportável a espera do pagamento referente a nossa apresentação no desrespeitoso Festival de Recife no final de novembro de 2011, com a peça JAGUAR CIBERNÉTICO no Teatro Marco Camarotti do SESC-Recife. Nos apresentamos no XIV Festival Recife do Teatro Nacioal, em novembro com a promessa de que receberíamos em dezembro (um mês depois no máximo) e até a presente data, mais de 6 meses após não fomos pagos. Já não sabemos o que fazer para que que a Secretária Municipal de Cultura de Recife pague o que nós deve. Nos próximos dias estarei dando uma entrevista num programa de televisão, de grande repercussão nacional, e aproveitarei com toda a raiva teatral consciente, para denunciar pública e nacionalmente a Secretaria Municipal de Cultura de Recife e seu vergonhoso e caloteiro Festival de Recife do Teatro Nacional, o Brasil inteiro vai ficar sabendo do qual desrespeitoso é o festival de Recife com os artistas, dignos, reconhecidos e grandemente respeitados que ele(o indigno Festival) convida, fecha contrato e não paga.

Gostaríamos que o Sr. Coordenador do Festival que ficou por meses sumido e que há dois meses reapareceu com desculpas telefônicas esfarrapadas e mentirosas se pronunciasse publicamente a respeito de nosso pagamento, pois essa carta que lhe envio já está sendo tornada pública, através da internet, imprensa escrita falada e televisada. Inclusive já estamos promovendo uma campanha contra a Secretaria Municipal de Cultura do Recife e seu horrendo Festival, aconselhando os artistas de teatro a não participarem desse desrespeitoso Festival. Em todos os meus discursos públicos inclusive nos que fiz no RJ durante a nossa programação na Rio+20, do qual participamos, disparei essa denuncia. Não dá mais, passou dos limites.

E o pior de tudo é que temos que passar por humilhações. Há três semanas atrás o Sr. Sérgio Farias, se dizendo Assessor da Secretaria Municipal de Cultura do Recife, entrou em contato com nossa produção pedindo documentação que provasse a nossa participação no festival. Só o que nos faltava Sr. Sérgio Farias, o SR. invertendo a situação. Quem tem que provar alguma coisa é o SR. e sua Secretaria Municipal de Cultura, provar e pagar já e urgente. Se o Sr. tivesse o mínimo de trabalho daria uma olhada no site de seu Festival.

Num país como o nosso em que as verbas para a cultura são irrisórias, mínimas e miseráveis, os órgãos oficiais de cultura ainda ficam com o pouco que de direito é nosso. Assalto público.

Sabemos que o secretário de Cultura da época do Festival saiu para se candidatar a alguma vaga nas próximas eleições municipais de Recife. Quem vai votar nesse Sr.? Ele vai defender que cultura e que forma de gerencia publica da Cultura caso por infelicidade coletiva seja eleito? E a Sra. que assumiu no lugar dele, o que anda fazendo que faz vistas grossas as dividas absurdas da Secretaria.

Então a nossa pergunta é muito simples. VÃO PAGAR? NÃO VÃO PAGAR? QUAL O MOTIVO REAL DE NÃO PAGAREM? PARA ONDE FOI A VERBA QUE PARA O NOSSO PAGAMENTO ESTAVA DESTINADO?

Sr. Vavá Paulino nos pague, não nos venha com desculpas esfarrapadas que somos artistas mas não somos tontos, e nos pague mais que imediatamente que já estamos cansados de tanto desrespeito vosso e de sua Secretaria-de-calotes-e-mentiras. Sejam corretos, como fomos artisticamente com vocês.

E MAIS VERBAS PARA A CULTURA, PARA A ARTE E PARA O TEATRO NO BRASIL. VERBAS, RESPEITO, ÉTICA, DEVERES E DIREITO, DIGNIDADE E DECÊNCIA.

Em protesto.

Francisco Carlos, equipe, elenco, parceiros, publico e simpatizantes.

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Teatros latino americano e africano no Distrito Federal

Dani Barros ganhou prêmio Shell com Estamira. Foto: Luis Alberto Gonçalves

Ano passado, o Satisfeita, Yolanda? acompanhou um fim de semana do festival Cena Contemporânea, de Brasília. E foi muito bom não só conferir os espetáculos, conversar com artistas e diretores, mas perceber o quanto a cidade se envolve com o festival. Os teatros são lotados e o festival monta um palco na Praça do Museu Nacional da República que serve como ponto de encontro para os artistas e reúne o público – aquele que vai ou (ainda) não ao teatro. É uma mostra que, ao que parece, consegue se renovar; o desafio que hoje enfrenta o Festival Recife do Teatro Nacional.

Em sua 13ª edição, o Cena Contemporânea está realizando um festival especial, em parceria com o FLAAC – Festival Latino Americano e Africano de Arte e Cultura, da Universidade de Brasília. A programação começa hoje e segue até o dia 29 de julho. Serão 20 espetáculos de teatro e dança e sete shows. As montagens são de países como México, Espanha e África do Sul e de vários lugares do país.

Começando por uma que já foi apresentada aqui no Recife: Foi Carmen, uma homenagem de Antunes Filho a Carmem Miranda e ao mestre do butô, Kazuo Ohno. É um espetáculo difícil, quase videoarte no palco. Do Brasil ainda tem montagens como Estamira, trabalho pelo qual Dani Barros ganhou o prêmio Shell de melhor atriz; Porque a criança cozinha na polenta e Luis Antonio – Gabriela, do grupo Munguzá; Trabalhos de amores quase perdidos, de Pedro Brício; e (Des)conhecidos, de Igor Angelkorte.

Trabalhos de Amores Quase Perdidos, de Pedro Brício. Foto: Cabéra

Dos internacionais, queria ver Villa y discurso, do chileno Guilhermo Calderón. O release diz que são dois espetáculos num só: “no primeiro uma discussão sobre o que fazer com o prédio que abrigou o principal centro de tortura e extermínio da ditadura Pinochet; no segundo, um fictício discurso de despedida da ex-presidenta Michelle Bachelet, ela mesma perseguida e torturada, tentando entender por que não havia conseguido implementar seus planos de justiça social num mundo dominado pelo livre mercado”.

O Cena Contemporânea tem direção e curadoria de Guilherme Reis. O patrocínio é da Petrobras, Caixa, Centro Cultural Banco do Brasil e Fundo de Apoio à Cultura.

Segue a programação:

17/07(terça):
20h – Estamira (Dani Barros/RJ) – Teatro Eva Herz – Livraria Cultura – Shopping Iguatemi
21h – Mi vida después (Lola Arias/Argentina) – Teatro Plínio Marcos – Funarte
21hFoi Carmen Miranda – Grupo de Teatro Macunaíma & Centro de Pesquisa Teatral do SESC (SP) – Sala Martins Pena – Teatro Nacional Claudio Santoro

18/07 (quarta)
19h às 22h – Outra Frequência – Audio-performance para Dois (BiNeural MonoKultur – Alemanha/Argentina) – Praça do Museu Nacional da República
19h30 – Sobre Trutas, Cibalenas e Olhares – BR S.A. Coletivo de Artistas (DF) – CCBB – Teatro II
20h – Criolina champagne – Praça do Museu Nacional da República
20h – Estamira (Dani Barros/RJ) – Teatro Eva Herz – Livraria Cultura – Shopping Iguatemi
21h – Mi vida después (Lola Arias/Argentina) – Teatro Plínio Marcos – Funarte
21h – Foi Carmen Miranda – Grupo de Teatro Macunaíma & Centro de Pesquisa Teatral do SESC (SP) – Sala Martins Pena – Teatro Nacional Claudio Santoro
21h30 – Qualquer coisa eu como um ovo – Companhia Setor de Áreas Isoladas (DF) – Teatro Goldoni

19/07 (quinta):
19h às 22h – Outra Frequência – Audio-performance para Dois (BiNeural MonoKultur – Alemanha/Argentina) – Praça do Museu Nacional da República
19h30 – Sobre Trutas, Cibalenas e Olhares – BR S.A. Coletivo de Artistas (DF) – CCBB – Teatro II
21h –Mi vida después (Lola Arias/Argentina) – Teatro Plínio Marcos – Funarte
21h30 – Qualquer coisa eu como um ovo – Companhia Setor de Áreas Isoladas (DF) – Teatro Goldoni
22h – Sistema Criolina – Praça do Museu Nacional da República

20/07 (sexta)
19h às 22h – Outra Frequência – Audio-performance para Dois (BiNeural MonoKultur – Alemanha/Argentina) – Praça do Museu Nacional da República
20h – Villa y Discurso (G. Calderón/Chile) – Teatro Eva Herz – Livraria Cultura do Shopping Iguatemi
21h – Every year, every day, I’m walking (Magnet Theatre/África do Sul) – Teatro CCBB
21h – EnOtra Parte (L’Explose/Colômbia) – Sala Martins Penna – Teatro Nacional Claudio Santoro
22h – Criolina Brasil – Praça do Museu Nacional da República

21/07 (sábado)
18h – O Corpo é a Mídia da Dança? – Outras Partes (Vanilton Lakka/MG) – Teatro II CCBB
19h às 22hOutra Frequência – Audio-performance para Dois (BiNeural MonoKultur – Alemanha/Argentina) – Praça do Museu Nacional da República
20h – Villa y Discurso (G. Calderón/Chile) – Teatro Eva Herz – Livraria Cultura do Shopping Iguatemi
21h – EnOtra Parte (L’Explose/Colômbia) – Sala Martins Penna – Teatro Nacional Claudio Santoro
21h – Every year, every day, I’m walking (Magnet Theatre/África do Sul) – Teatro CCBB
21h30 – A Carne do Mundo – Companhia B de Teatro (DF) – Teatro Goldoni
22h – Criolina Brasil – Praça do Museu Nacional da República

Every day, every year, I'm walking. Foto: Eric Nathan

22/07 (domingo)
18h – O Corpo é a Mídia da Dança? – Outras Partes (Vanilton Lakka/MG) – Teatro II CCBB
19h – Villa y Discurso (G. Calderón/Chile) – Teatro Eva Herz – Livraria Cultura do Shopping Iguatemi
19h às 22hOutra Frequência – Audio-performance para Dois (BiNeural MonoKultur – Alemanha/Argentina) – Praça do Museu Nacional da República
20h – Every year, every day, I’m walking (Magnet Theatre/África do Sul) – Teatro CCBB
21h30 – A Carne do Mundo – Companhia B de Teatro (DF) – Teatro Goldoni

23/07 (segunda):
18h – O Corpo é a Mídia da Dança? – Outras Partes (Vanilton Lakka/MG) – Teatro II CCBB
19h às 22h – Outra Frequência – Audio-performance para Dois (BiNeural MonoKultur – Alemanha/Argentina) – Praça do Museu Nacional da República
21h – Trabalhos de Amores Quase Perdidos – Pedro Bricio (RJ) – Sala Martins Pena – Teatro Nacional Claudio Santoro

24/07 (terça):
19h às 22hOutra Frequência – Audio-performance para Dois (BiNeural MonoKultur – Alemanha/Argentina) – Praça do Museu Nacional da República
21h – Trabalhos de Amores Quase Perdidos (Pedro Brício/RJ) – Sala Martins Penna – Teatro Nacional Claudio Santoro

25/07 (quarta):
19h às 22h – Outra Frequência – Audio-performance para Dois (BiNeural MonoKultur – Alemanha/Argentina) – Praça do Museu Nacional da República
19h30 – (Des) Conhecidos – Probástica Cia. de Teatro (RJ) – CCBB – Teatro II
21h – Apple Love – Cia. Iker Gómez (Espanha) – CCBB – Teatro
22h – Ilê Aiyê – (Bahia) + Paula Lima (SP) – Praça do Museu Nacional da República
23h30 – Sistema Criolina (DF) e BerlinLOOPBrasil (Alemanha) – Praça do Museu Nacional da República

El Rumor del Incendio. Foto: Andrea López

26/07 (quinta):
19h às 22h – Outra Frecuencia – Audio-performance para Dois – BiNeural MonoKultur (Argentina/ Alemanha) – Praça do Museu Nacional da República
19h30 –
(Des) Conhecidos – Probástica Cia. de Teatro (RJ) – CCBB – Teatro II
21h – Apple Love – Cia. Iker Gómez (Espanha) – CCBB – Teatro
21h – Por Que a Criança Cozinha na Polenta – Cia. Mugunzá de Teatro (SP) – Complexo Cultural da Funarte (Teatro Plínio Marcos)
21h30 – El Rumor del Incendio – Lagartijas Tiradas al Sol (México) – Sala Multiuso – Espaço Cultural 508 Sul
22h – GOG (DF) e Batalha de Rimas (DF) – Praça do Museu Nacional da República
23h30 – Sistema Criolina (DF) e BerlinLOOPBrasil (Alemanha) – Praça do Museu Nacional da República

27/07 (sexta):
17h – Café Frágil – La Casa Incierta (Espanha/Brasil) – Teatro Eva Herz da Livraria Cultura (Shopping Iguatemi)
19h às 22h Outra Frecuencia – Audio-performance para Dois – BiNeural MonoKultur (Argentina/ Alemanha) – Praça do Museu Nacional da República
19h30 – Vestida de Mar – AUGE Produções Artísticas (DF) – Teatro Goldoni
19h30 – (Des) Conhecidos – Probástica Cia. de Teatro (RJ) – CCBB – Teatro II
21h – La Beauté del Diable – Koffi Kôkô (Benim) – Sala Martins Pena – Teatro Nacional Claudio Santoro
21h – Luis Antonio – Gabriela – Cia. Mugunzá de Teatro (SP) – Complexo Cultural da Funarte (Teatro Plínio Marcos)
21h – (Des) Conhecidos – Probástica Cia. de Teatro (RJ) – CCBB – Teatro II
21h30 – El Rumor del Incendio – Lagartijas Tiradas al Sol (México) – Sala Multiuso – Espaço Cultural 508 Sul
21h30 – Mobamba (O que eu sou quando sou samba?) – Cia. Márcia Duarte/UnB (DF)- Praça do Museu Nacional da República
22h30 – Puerto Candelaria (Colômbia) – Praça do Museu Nacional da República
23h30 – Sistema Criolina (DF) e BerlinLOOPBrasil (Alemanha) – Praça do Museu Nacional da República

28/07 (sábado):
17h – Café Frágil – La Casa Incierta (Espanha/Brasil) – Teatro Eva Herz da Livraria Cultura (Shopping Iguatemi)
19h às 22h – Outra Frecuencia – Audio-performance para Dois – BiNeural MonoKultur (Argentina/ Alemanha) – Praça do Museu Nacional da República
19h30 – Vestida de Mar – AUGE Produções Artísticas (DF) – Teatro Goldoni
19h30 (Des) Conhecidos – Probástica Cia. de Teatro (RJ) – CCBB – Teatro II
21h – La Beauté del Diable – Koffi Kôkô (Benim) – Sala Martins Pena – Teatro Nacional Claudio Santoro
21h – Luis Antonio – Gabriela – Cia. Mugunzá de Teatro (SP) – Complexo Cultural da Funarte (Teatro Plínio Marcos)
21h – AMASSA! – Cia. Contém Glúten (DF) – CCBB – Teatro
21h30 – El Rumor del Incendio – Lagartijas Tiradas al Sol (México) – Sala Multiuso – Espaço Cultural 508 Sul
22h – Gaby Amarantos (PA) – Praça do Museu Nacional da República
23h30 – Sistema Criolina (DF) e BerlinLOOPBrasil (Alemanha) – Praça do Museu Nacional da República

29/07 (domingo):
17h – Café Frágil – La Casa Incierta (Espanha/Brasil) – Teatro Eva Herz da Livraria Cultura (Shopping Iguatemi)
17h – Mágicas – Lona Circo Teatro/Palhaça Matusquela (DF)
17h – Programação especial em parceria com o projeto TODOS OS SONS – DOMINGO CCBB – Marakamundi (DF), Ellen Oléria (DF) e Yusa (Cuba) – Praça do Museu Nacional da República
18h30 – (Des) Conhecidos – Probástica Cia. de Teatro (RJ) – CCBB – Teatro II
19h – Luis Antonio – Gabriela – Cia. Mugunzá de Teatro (SP) – Complexo Cultural da Funarte (Teatro Plínio Marcos)
19h – La Beauté del Diable – Koffi Kôkô (Benim) – Sala Martins Pena – Teatro Nacional Claudio Santoro
20h – AMASSA! – Cia. Contém Glúten (DF) – CCBB – Teatro

Café frágil. Foto: Carlos Laredo

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Festival de Teatro do Recife tem novos curadores… Esqueceram de avisar ao “antigo”

Nesta semana (mais precisamente na quinta-feira) a Prefeitura do Recife anunciou que estava com as inscrições abertas para os espetáculos pernambucanos que desejam participar do 15º Festival Recife do Teatro Nacional. O que me chamou a atenção foi a frase: “O material das peças será apresentado à curadoria do festival, responsável pela programação do evento, que acontece de 25 de novembro a 2 de dezembro deste ano”. Fica claro que o período do festival já está definido. E que existe uma curadoria do festival, que não estava nominada na nota.

Para quem acompanha mais de perto os festivais de teatro sabe que o curador apalavrado por dois anos pelo então secretário de cultura, Renato L, era o jornalista e pesquisador paulista Valmir Santos. Ele foi o curador do ano passado e avaliador no ano anterior.

Pouco tempo depois soube que os curadores deste ano são o diretor paulista Francisco Medeiros e a atriz pernambucana Lúcia Machado, que já foi diretora do Teatro Apolo-Hermilo e do próprio festival.

Francisco Medeiros já trouxe algumas de suas direções ao Recife. Foto: Facebook/Reprodução

Francisco Medeiros já esteve entre nós, com pelo menos três trabalhos. Com o grupo paulista Pode Entrar que a Casa é Sua trouxe o espetáculo O que morreu mas não deitou, apresentada no Forte do Brum na 7ª edição do festival recifense. Na 10ª esteve na cidade com O pupilo quer ser tutor, texto de Peter Handke, com produção da Cia. Teatro Sim… Por que não?!!! , de Santa Catarina. Veio também com a Cia. Lazzo em 2009 com Réquiem. Francisco Medeiros é um artista respeitadíssimo e muito gente boa.

Lúcia Machado já foi coordenadora do festival e agora será curadora. Foto: Val Lima/Divulgação

Em maio, durante o festival Palco Giratório, promovido pelo Sesc, o até então curador Valmir Santos esteve no Recife e conversou com a secretária de Cultura, Simone Figueiredo, e com o presidente da Fundação Cultura André Brasileiro. Estamos em julho e até ontem, quando falei com o Valmir pelo telefone, ninguém da Secretaria de Cultura do Recife ou da Fundação da Cidade do Recife teve a dignidade de avisá-lo que ele estava dispensado. Nem o diretor do festival Vavá Schön-Paulino ou ninguém da coordenação de teatro. O que, no meu entendimento, é mais que lamentável – é uma falta de respeito com um profissional sério, que já havia feito um planejamento para este ano com alguns espetáculos desde 2011.

Então temos de um lado um problema de ética, de não avisar ao curador Valmir Santos que ele está dispensado de seus serviços e do outro lado um novo curador com pouquíssimo tempo para compor a grade de um festival que chega ao 15º ano. Além de problemas pendentes tanto da Secretaria quando da FCCR que deixaram de fazer o pagamento a alguns grupos, que reclamam até hoje. A atuação de Renato L, na Cultura e de Luciana Felix, na Fundação de Cultura, é apontada pelos trabalhadores e consumidores de cultura como a pior dos últimos tempos.

Talvez seja o momento de cobrar dos candidatos propostas mais transparentes e compromissos mais firmes com a área. E espero que o silêncio não impere sobre o assunto.

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Inscrições para Festival de Teatro

Prefeitura do Recife divulgou nota sobre inscrições das produções pernambucanas. Segue na íntegra:

15º Festival Recife do Teatro Nacional abre inscrições para espetáculos pernambucanos

Propostas devem ser inscritas até o dia 24 de agosto

Grupos e companhias de teatro pernambucanas, da capital ou das cidades do interior, podem inscrever espetáculos para a 15ª edição do Festival Recife do Teatro Nacional (FRTN). As propostas devem ser inscritas a partir desta quinta-feira (12) até o dia 24 de agosto. O material das peças será apresentado à curadoria do festival, responsável pela programação do evento, que acontece de 25 de novembro a 02 de dezembro deste ano. Depois da finalização da curadoria, os espetáculos selecionados serão contratados mediante pagamento de cachê.

Para inscrever o espetáculo, a produção deve enviar para o email 15frtn@gmail.com um texto de até 30 linhas com informações sobre o conteúdo da produção, os aspectos formais do trabalho e a ficha técnica completa (a autoria, direção e elenco não poderão sofrer alterações posteriores). O texto ainda deve indicar o formato da apresentação, se é voltada para palco italiano, teatro de arena, áreas ao ar livre ou espaços não-convencionais.

Também é recomendado o envio do texto dramatúrgico e fotos. As produções que possuam DVD da obra podem enviá-lo pelos Correios, endereçado à Coordenação Geral do XV FRTN: Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife, CEP 50030-220, sob código XVFRTN.

SERVIÇO

15ª edição do Festival Recife do Teatro Nacional (FRTN)

Inscrições de espetáculos pernambucanos

De 12 de julho a 24 de agosto

Informações: 81 33553318

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