Arquivo da tag: Chiara Bersani

Fuga artística para a natureza
Crítica de Paysages partagés 7 pièces entre champs et forêts
Festival de Avignon

Paysages partagés – 7 pièces entre champs et forêts (Paisagens compartilhadas – sete peças entre campos e florestas), está acontecendo na floresta Pujaut, na cidade de mesmo nome, nos arredores de Avignon. Foto: Ivana Moura

Caroline Barneaud e Stefan Kaegi fizeram a proposta da criação das sete peças aos artistas, numa experiência de sete horas de duração. Foto: Christophe Raynaud de Lage 

Peça dos artistas portugueses Sofia Dias e Vitor Roriz. Foto: Foto: Christophe Raynaud de Lage 

A paisagem é um grande teatro. E, nesse ambiente, o que vale é a experiência coletiva. Em Paysages partagés – 7 pièces entre champs et forêts (Paisagens compartilhadas – sete peças entre campos e florestas), a curadora e produtora Caroline Barneaud (diretora de projetos artísticos e internacionais do Théâtre Vidy-Lausanne) e o diretor Stefan Kaegi (integrante fundador da Rimini Protokoll), propõem uma viagem ambiciosa.

Uma dezena de artistas participam com sete formas artísticas que vibram e refletem sobre a vida no planeta e inevitavelmente tocam nas questões sobre alterações climáticas. Esse tour artístico aglutina peças de Chiara Bersani e Marco D’Agostin, El Conde de Torrefiel, Sofia Dias e Vítor Roriz, Begüm Erciyas e Daniel Kötter, Ari Benjamin Meyers, Émilie Rousset e do próprio Stefan Kaegi.

A palavra peça expande-se em outras transversalidades – da filosofia à fisioterapia, geopolítica, antropologia, política dos corpos, teatro documental.

O clima em Avignon está extremamente quente durante esse julho do festival. Esse calor intenso é uma das reações da desastrosa ação humana no Antropoceno. Os recursos da natureza exigem de nós outra consciência crítica e, lógico, outra postura nessa interdependência.

Nesse passeio multissensorial, os procedimentos são variados para estimular reflexões sobre a atuação humana na Terra e as consequências catastróficas que estamos colhendo: esculturas musicais, audioguia coreográfico, piquenique, peças filosóficas, criações sonoras, realidade virtual, fragmento de teatro documentário, instalação audiovisual.

São sete horas de caminhada ao ar livre, com algumas paradas para conferir os espetáculos, quando a própria paisagem aparece como protagonista. As peças acontecem basicamente em francês e inglês, com tradução sonora simultânea para ambas as línguas.

No Festival d’Avignon, o programa ocorre na floresta Pujaut, situada na cidade homônima nos arredores de Avignon. Entre maio e junho, o projeto foi desenvolvido em Chalet-à-Gobet, em Lausanne, onde fica o Jorat, um grande espaço florestal na Suíça.

Depois do Festival d’Avignon, Paysages partagés segue por Berlim, Milão, Eslovênia, Espanha, Áustria e Portugal, com estruturas e apoio de muitas instituições europeias.

Na floresta. Foto: Christophe Raynaud de Lage 

Em alguns momentos dessa experiência, os grupos estão juntos, noutras são separados por cores das pulseiras e das pequenas bandeiras sinalizadoras, verdes, azuis, amarelas, rosas. As divisões formam movimentos coreográficos na imensidão do campo. Por vezes, parecem turistas que seguem o guia para desbravar algum lugar ou até uma colônia de férias.

Cobertores e banquinhos foram emprestados em algumas situações. Não há cenas de violência ou linguagem imprópria nos trabalhos e algumas crianças estavam presentes acompanhadas por algum adulto.

O ponto de encontro para partir para floresta é o Parking Relais L’île Piot. Como estou hospedada próximo à Avignon Université, Campus Hannah Arendt, eu teria algumas opções para chegar ao centro. O ônibus iria demorar 40 minutos, então fiz a pé o primeiro trecho.

Com o sol derretendo os miolos, cheguei à Rua de La Republique e resolvi me informar com um guarda estrangeiro que movimentava a cancela para os carros. Ele disse no seu francês ruim que eu deveria pegar o ônibus por trás da estação.

Com a moleira cansada do calor, resolvi pegar um táxi, para não perder o horário. Ele, muito solícito, falou que chamaria o taxi. Que gentil, pensei. Resumo: ele chamou alguém que não tinha a bandeira do táxi e que me cobrou 25 euros por uma corrida de cerca de 2 quilômetros. Reclamei com o motorista. Mas, voilà, paguei com todos os 20 euros que tinha na carteira e apostei que tudo daria certo na volta. E deu.

Do Parking Relais L’île Piot, nós, espectadores com os bilhetes do espetáculo, partimos em ônibus para a floresta.

Por volta das 16h, nos deitamos sob as árvores, com cobertores emprestados e fones de ouvidos para aguardar as instruções. A imensidão do campo e o canto feérico das cigarras provocam os deslocamentos para outras dimensões; dentro da cabeça, rupturas momentâneas do stress do cotidiano.

Nesse embalo, iniciamos o percurso com a primeira obra, a peça sonora assinada por Stefan Kaegi. Olhando as copas das árvores, as nuvens, o horizonte, ou de olhos fechados, ouvimos a gravação de um grupo formado por uma criança, um psicanalista, um agente florestal.

A natureza é um ponto do debate, mas também assuntos da psicanálise como o inconsciente, medos ou projeção. A atuação do agente florestal entra na pauta e a expertise do profissional. As cigarras me chamam para outro lugar e aquela conversa vai se distanciando da minha escuta, apesar de estarem nos meus ouvidos. Minha mente vagueia.

Proposta de Begüm Erciyas e Daniel Kotter. Foto: Christophe Raynaud de Lage   

Seguimos… Uma pedra segura um livrinho que está pousado sobre um banco portátil. Somos convidados a folhear o impresso que contém o trabalho da artista turco-belga Begüm Erciyas e do realizador alemão Daniel Kötter. É uma breve ação individual do público com a obra, fotografias e textos curtos que exploram a política espacial do território do Cáucaso, numa zona de conflito entre a Arménia e Azerbaijão.

Após algum tempo, somos convidados a deixar o livrinho e a pedra sobre o banquinho, andar alguns metros para encarar outra experiência, utilizando capacetes virtuais. Com esses óculos, temos a sensação de sair do chão, subir e fazer o passeio de olhar o território do alto e depois traçar o zoom de aproximação. Essa subida panorâmica da realidade virtual projetada por Begüm Erciyas e Daniel Kötter desperta muitas sensações, entre elas a de que o mundo é imenso e nós….

Numa etapa seguinte, a dupla de artistas portugueses Sofia Dias e Vítor Roriz chama para a dinâmica dos corpos e o exercício de imaginação. Rodas são formadas a partir das instruções do audioguia poético e coreográfico da dupla, com direito a interações entre as pessoas, saudações aos pássaros e imitações de ações de bichos da floresta ou dos que existem dentro de nós. O corpo se move no espaço amplo para revelar coisas, a reivindicar as marcas do tempo e dos gestos construídos na trajetória humana.

Músicos tocam no meio da mata. Foto: Christophe Raynaud de Lage 

De repente, do meio da mata, dos arbustos, surgem músicos que executam interlúdios de Ari Benjamin Meyers. Eles tocam deitados no chão ou confundindo-se com a paisagem, numa atitude que salienta um dos atos da pesquisa performativa de Meyers, de destacar o caráter efêmero da música na relação entre intérprete e público.

Peça de Chiara Bersani e Marco D’Agostin, com irmãos gêmeos. Foto: Christophe Raynaud de Lage 

Andamos mais um pouco, nos encostamos e sentamos perto das árvores. Um telão está armado. Um rapaz numa cadeira de rodas vai se ajeitando para perto da tela. Ele é Guillaume Papachristou.

Clément e Guillaume Papachristou são gêmeos. Guillaume tem deficiência motora (paralisia cerebral) desde o nascimento. Os irmãos protagonizam um piquenique improvisado na floresta.

O quadro dirigido pelos italianos Chiara Bersani e Marco d’Agostin ganha texturas e um tempo impregnado pelo desafio na realização do gesto. Guillaume conta com a ajuda do irmão para fazer algumas atividades, como servir chá e biscoitos. Há uma profunda confiança entre os dois, que exploram o espaço da ficção, o teatro da alteridade e o conceito de corpo político de que fala Chiara Bersani. No final da tarde, sem pressa, os artistas brindam à vida, que exige muitos mais sentidos de respeito à especificidade de todas as formas.

Peça de Emilie Rousset. Foto: Christophe Raynaud de Lage 

É feita uma pausa para o piquenique de todos, ou de quem reservou com a produção do evento o alimento ou levou algum lanchinho. Depois desse breve intervalo, três atores discutem a política agrícola europeia, o não financiamento para a transição para o orgânico, numa cena em meio aos vinhais.

Uma pesquisadora em etologia, ciência do comportamento animal, conta sobre a linguagem inerente de alguns deles na comunicação e na importância da biodiversidade. A direção é de Émilie Rousset, que utiliza arquivos e pesquisa documental para levantar peças, instalações e filmes e fazer sobreposição entre o real e o ficcional.

Depois de todas essas paradas, a natureza se manifesta numa tela preta, numa pastagem menos verde, com projeções de frases firmes e voz distorcida. Ao mesmo tempo em que faz um diagnóstico das características humanas, assume uma postura extremamente crítica, num monólogo virulento sobre a separação entra natureza e cultura. É carga pesada no Antropoceno que colapsou, está colapsando a biodiversidade. Criada pela suíça Tanya Beyeler e pelo espanhol Pablo Gisbert, do El Conde de Torrefiel, o discurso mira e acerta no alvo nos questionamentos urgentes desses tempos.

Para que o derradeiro ato não seja o sermão corretivo da natureza, os músicos de Ari Benjamin Meyers voltam a tocar, dessa vez enfileirados, de pé, na despedida da luz natural daquele dia. Para que essa experiência sensorial intensa prossiga ressoando no tempo vindouro, marcada pela cartografia do sensível visível e invisível, que desloca percepções insustentáveis.

Paysages partagés 7 pièces entre champs et forêts (Paisagens compartilhadas, sete peças entre campos e florestas)
Conceito e curadoria: Caroline Barneaud e Stefan Kaegi
Peças de Chiara Bersani e Marco D’Agostin, El Conde de Torrefiel, Sofia Dias e Vítor Roriz, Begüm Erciyas e Daniel Kötter, Stefan Kaegi, Ari Benjamin Meyers, Émilie Rousset
ComCorentin Combe, Thomas Gonzalez, Emmanuelle Lafon, Clément e Guillaume Papachristou, os músicos Maxime Atger alternando com Anton Chauvet, Amandine Ayme (saxofones), Julien Berteau (trombone), Téoxane Duval (flauta), Leïla Ensanyar (trompete) , Ulysse Manaud (tuba), e as vozes de Henri Carques, Febe Fougère, Charles Passebois, Sylvie Prieur, Oksana Zhurauel-Ohorodnyx
Apoio dramatúrgico ao projeto: Emilie Rousset e Elise Simonet
Direção musical: Daniel Malavergne
Figurinos: Machteld Vis
Adereços: Mathieu Dorsaz
Coordenação de paisagem cênica: Chloé Ferro, Monica Ferrari e Lara Fischer (Rimini Protokoll)
Assistente artística: Giulia Rumasuglia
Produção: Rimini Apparat (Alemanha) e Théâtre Vidy-Lausanne (Suíça)
Produção local: Festival d’Avignon
Co-produção: Bunker e Festival Mladi Levi (Eslovénia), Culturgest e Rota Clandestina – Câmara Municipal de Setúbal (Portugal), Tangente St. Pölten – Festival für Gegenwartskultur (Áustria), Temporada Alta (Espanha), Zona K e Piccolo Teatro di Milano Teatro d’Europa (Itália), Berliner Festspiele (Alemanha), Festival d’Avignon
Com o apoio da cidade de Pujaut
Com o apoio de Centro Camões Cultura portuguesa em Paris para a 77ª edição do Festival d’Avignon
Cofinanciado pela União Europeia
Em parceria com o INVR para os óculos de realidade virtual

Este texto integra o projeto arquipélago de fomento à crítica, com apoio da Corpo Rastreado.

Postado com as tags: , , , , , , , , , , , , , , , ,

Protagonismo feminino na Cena Italiana Contemporânea

Gentle Unicorn. Foto: Alice Brazzit / Divulgação

Tiresias. Foto: Divulgação

A 2ª edição da Semana da Cena Italiana Contemporânea – SCENA traça um recorte da produção atual daquele país europeu, com evidente entusiasmo no protagonismo feminino e assuntos relacionados ao corpo e suas diversidades, ao pertencimento, migrações e o combate à violência contra a mulher. Quatro trabalhos são apresentados de terça-feira (10/05) até domingo (15/05) no Sesc Pompeia, em São Paulo. 

 O foco da programação é formado pelos espetáculos, inéditos no Brasil,  Gentil Unicórnio (Gentle Unicorn) e O Animal (L’Animale), ambos de Chiara Bersani, Tiresias, de Giorgina Pi, e Curva Cega (Curva Cieca), de Muna Mussie; além de rodas de conversas após as apresentações. É de uma pequena amostra do que vem sendo apresentado nos palcos italianos. 

O Animal Unicórnio Gentil, os dois trabalhos de Chiara Bersani, traçam um contraponto entre si, sendo um mais sombrio e o outro mais luminoso. Ambos levam para o centro da cena a discussão do lugar na sociedade de corpos atípicos, das identidades entre outros pontos.

Com título de um dos personagens mais intrigantes do mito grego de Édipo, Tiresias é um espetáculo a partir de texto da poete e rapper londrina Kae Tempest. A criação de Giorgina Pi, uma icônica e multiartista italiana, da companhia Bluemotion, pulsa nos atravessamentos da sexualidade. Feminista, ativista política, pesquisadora acadêmica, diretora, ela é gestora do espaço independente Angelo Mai, em Roma. A obra recebeu quatro prêmios UBU (o mais importante do teatro italiano). 

O lugar da pessoa negra na cena teatral europeia, invisibilidade e ancestralidade estão na mira dos questionamentos de Curva Cega, da artista Muna Mussie, natural da Eritreia, uma antiga colônia Italiana na África. Falado em tigrínio – um idioma antigo, tanto quanto o aramaico e o hebraico, mas ainda muito praticado na Etiópia e na Eritreia – o espetáculo explora como as palavras são escutadas e entendidas. Em cena estão Muna e a voz de um jovem também de origem eritreia.

Este ano, o foco do Scena é a produção artística feminina italiana, reunindo dramaturgas, diretoras, pensadoras e realizadoras que transitam entre a cena performativa, as artes visuais, a formação artística e acadêmica e o ativismo político e artístico, especialmente os que dizem respeito aos lugares de empoderamento das vozes femininas, protagonismo, lutas e visibilidade.

A curadoria da SCENA – Semana da Cena Italiana Contemporânea é de Rachel Brumana e a produção da Superfície de Eventos. A realização é do Instituto Italiano de Cultura de São Paulo e do Sesc SP.

A primeira edição da mostra SCENA – Semana da Cena Italiana Contemporânea em São Paulo aconteceu em outubro de 2019, também no Sesc Pompeia. Veio com três trabalhos de companhias e artistas do teatro e da dança na Itália: Fanny&Alexander, Alessandro Sciarroni e Marco d’Agostin, expondo as transversalidades entre teatro, literatura, dança e circo, e com especial dedicação nas passagens dos afetos, da amizade e da resiliência.

 

Programação 

10 e 11 de maio  Terça e quarta-feira, às 20h (com intervalo)

Curva Cega (Curva Cieca) 

Curva cega . Foto: Claudia Pajewski / Divulgação

A performance desenvolvida pela artista eritreia radicada em Bolonha, Muna Mussie com Filmon Yemane – um menino eritreu que vive em Bolonha e é cego desde os 12 anos – investiga o aprendizado da língua materna de Muna através de um diálogo feito de palavras, sinais e mudanças de sentido.

Ficha Técnica
Criação e atuação: Muna Mussie
Texto em áudio: Filmon Yemane
Edição de vídeo: Lino Greco
Tradução: Rachel Brumana
Produção: Short Theatre, Zonak, Santarcangelo Festival 2021, SpazioKor e Teatro di Roma
Apoio: Xing

O Animal (L’Animale)

Chiara Bersani. Foto: Rebecca Lena / Divulgação

A dramaturga, diretora e performer Chiara Bersani cria sua performance a partir d’A morte do cisne, solo coreografado por Mikhail Fokine para a bailarina Anna Pavlova no início do século 20,. Ela questiona as possibilidades de reconhecimento íntimo quando mergulhamos na noite profunda e nos sintonizamos com o canto. A performer investiga a alma como um espaço de movimento e transformação. 

Ficha Técnica
Criação e performance: Chiara Bersani
Iluminação e cenário: Valeria Foti, com a colaboração de Richard Gargiulo e Sergio Seghettini
Dramaturgia vocal: Francesca Della Monica
Apoio à dramaturgia: Giulia Traversi
Fotos: Giulia Traversi
Apoio à criação: Marco D’Agostin / Elena Giannotti
Apoio ao processo: Federica Della Pozza
Promoção e curadoria: Giulia Traversi
Logística e organização: Eleonora Cavallo
Administração: Chiara Fava
Produção: corpoceleste c.c.0.0 #
Coprodução: Swans never die, um projeto de Lavanderia a Vapore – Centro di Residenza per la Danza (Piemonte dal Vivo – Circuito Multidisciplinare dello Spettacolo, Coorpi, Didee Arti e Comunicazioni, Mosaico Danza, Zerogrammi); Operaestate Festival Veneto e Centro para a Cena Contemporânea CSC Bassano del Grappa; Trienal Milano Teatro; Fundação Teatro Grande de Brescia; Festival Bolzano Danza – Fondazione Haydn; Festival Gender Bender; “Memória em Movimento. Re-Membering Dance History (Mnemedance)” – Università Ca’ Foscari Venezia; e DAMS – Università degli Studi di Torino, com o apoio da Fabbrica Europa (Firenze, ITA)

Bate-papo
Dia 10 de maio
Após os espetáculos Curva Cieca e L’Animale 
Muna Mussié conversa com Dione Carlos. Apresentação de Rachel Brumana. Conversa ao vivo no Teatro

12 e 13 de maio Quinta e sexta-feira, às 20h

Gentil Unicórnio (Gentle Unicorn)

Gentle Unicorn. Foto: Alice Brazzit / Divulgação

A partir de sua própria fisicalidade, Chiara Bersani explora a figura fantástica do unicórnio em sua estreia como intérprete e criadora solo. Com uma coreografia de movimentos simples, essa imagem mitológica do unicórnio, incorporada à iconografia pop, se mostra terrivelmente familiar.

Ficha Técnica

Criação e performance: Chiara Bersani
Design de som: Fran De Isabella
Design de luz: Valeria Foti
Diretor técnico: Paolo Tizianel
Consultoria dramatúrgica: Luca Poncetta, Gaia Clotilde Chernetih
Treinadora de movimento: Marta Ciappina
Olhar externo: Marco D’Agostin
Músicos locais: Jo Coutinho, José Máximo Pereira Filho (Pero), Kelly Layher, Marcella Vicentine Cerbara e Ulisses Duo Gitti Flor
Produção: Eleonora Cavallo
Assessoria administrativa: Chiara Fava
Turnê e comunicação: Giulia Traversi
Foto: Roberta Segata
Produção: Associazione Culturale Corpoceleste_C.C.00 #
Co-produção: Festival Santarcangelo e CSC – Centro por la Scena Contemporânea (Bassano del Grappa)
Apoio: Centrale FIES (Dro), Graner (Barcelona), Carrozzerie |N.o.T. (Roma), CapoTrave / Kilowatt (Sansepolcro).
Residências artísticas: ResiDance XL – luoghi e progetti di residenza per creazioni coreografiche azione della Rete Anticorpi XL – Rede Giovane Danza D’autore
coordinata da L’arboreto – Teatro Dimora di Mondaino (Barcellona), Carrozzerie | N.o.T. (Roma), Con il Sostegno di Kilowatt Festival e Bando Siae Sillumina 2018.

Bate-papo

Dia 12 de maio
Após o espetáculo Gentil Unicórnio

Chiara Bersani conversa com Elisa Band. Apresentação de Rachel Brumana. 

14 e 15 de maio – Sábado, às 20h e domingo, às 18h

Tiresias

Foto: Claudia Borgia / Divulgação

Tirésias é o segundo trabalho da diretora Giorgina Pi inspirado na dramaturgia de Kae Tempest, artista inglese não binárie, que mistura rap, poesia, política e música, dando vida a um estilo bem particular. Extraído de Hold your own / Stay yourself, o espetáculo traz a figura de Tirésias, o vidente que carrega muitas vidas em uma, o ser entre o humano e o divino.

Ficha Técnica:
Um projeto de BLUEMOTION
A partir de Hold your own, de Kae Tempest
Direção: Giorgina Pi
Performance: Gabriele Portoghese
Paisagem sonora: Collettivo Angelo Mai
Brilhos: Maria Vittoria Tessitore
Ecos: Vasilis Dramountanis
Figurino: Sandra Cardini
Luz: Andrea Gallo
Tradução para o italiano: Riccardo Duranti
Tradução para o português:
Comunicação: Benedetta Boggio
Produção: Angelo Mai/Bluemotion
Agradecimentos: Massimo Fusillo, Prefeitura de Ventotene, Cecilia Raparelli e Terrazza Paradiso

Bate-papo

Dia 15 de maio de 2022 
Após o espetáculo Tirésias 
Giorgina Pi conversa com Beatriz Sayad. Apresentação de Rachel Brumana. 

Serviço 

SCENA – Semana da Cena Italiana Contemporânea em São Paulo – 2ª edição
de 10 a 15 de maio de 2022
Teatro do Sesc Pompeia
Ingressos: R$20 (credencial plena/trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes, pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino); e R$40 (inteira).
Classificação indicativa: 14 anos
Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93 – Pompeia – São Paulo/SP

Postado com as tags: , , , , , , , , ,