Arquivo mensais:agosto 2015

A encantada cantiga de trabalho

Ilumiara, de Minas Gerais, é formado por músicos-pesquisadores

Ilumiara, de Minas Gerais, é formado por músicos-pesquisadores

Cantos de trabalho traduzem o profundo pacto entre a arte e a vida. Essas canções estão espalhadas pelo mundo todo e acompanham atividades produtivas manuais agrícolas ou urbanas, coletivas ou individuais. Músicas que embalam a lida, diminuem o esforço físico e trazem alegria para as ações. Há canções de tudo que é tipo: de fiar, de quebrar pedra, de plantar e colher, de remar, de chamar o gado, de apregoar, e muitas outras. O Museu Cais do Sertão recebe, a partir de hoje, a Mostra Recife com o circuito Sonora Brasil 2015/2016, realizado pelo Sesc.

O tema desta 18ª edição é justamente Sonoros Ofícios – Cantos de Trabalhos. Quatro grupos se apresentam até o dia 24 de agosto: Ilumiara (MG), Cantadeiras do Sisal e Aboiadores de Valentes (BA), Quebradeiras de Coco do Babaçu (MA) e Destaladeiras de Fumo de Arapiraca e Mestre Nelson Rosa (AL).

O grupo Ilumiara, de Minas Gerais, abre o programa às 15h30, na Sala Sertão Mundo. O bando é composto pelos músicos e pesquisadores Alexandre Gloor, Carlinhos Ferreira, Leandro César, Letícia e Marcela Bertelli.

O repertório traz a contextualização histórico-social dos cantos do trabalho no país, com interpretações de vissungos, cantigas de ninar e cantos de lavadeiras, em arranjos elaborados a partir de uma visão contemporânea.

As Cantadeiras do Sisal e Aboiadores de Valentes, da Bahia, mostram sua arte amanhã. Esse grupo de mulheres já se envolveram na produção de fibra, do plantio até a fabricação. Atualmente elas são artesãs. O coletivo é composto por Izabel, Alda, Ivamarcia, Carminha, Marisvalda e Cássia. Elas trazem cantigas falando de questões cotidianas, fazendo alusão a esse trabalho. Já os Aboiadores de Valentes, Ailton Aboiador e Ailton Jr., apresentam aboios e toadas. A dupla é reconhecida na cidade de Valente, a 240 quilômetros de Salvador, pelo repertório.

Quebradeiras de Coco do Babaçu,  do Maranhão,

Quebradeiras de Coco do Babaçu, do Maranhão,

As Quebradeiras de Coco do Babaçu, grupo criado em 2004, vem do Maranhão e se apresentam no domingo. Oito mulheres trazem a sonoridade relacionada à luta política, articulando temas voltados à valorização do trabalho, da mulher, dos direitos das minorias, da luta pelo acesso aos babaçuais localizados em grandes latifúndios. Elas trabalham desde a infância até hoje na quebra do coco babaçu.

As Destaladeiras de Fumo de Arapiraca e o Mestre Nelson Rosa encerram a Mostra Recife na segunda-feira (24). O grupo composto por cinco mulheres da região de Sítio Fernandes, zona rural do agreste de Alagoas: Josefa Correia Lima dos Santos, Isabel Cipriano dos Santos, Regineide Rosa dos Santos, Rosália Gomes e Rosinalva Fárias, além de Nelson Rosa. O conjunto vai entoar cantigas de barreiro e tapagem de casa, rojões de entoados nas tarefas da roça, além de pagode. Os cantos têm como característica serem arrastados e sem acompanhamento instrumental.

Boa oportunidade para conhecer melhor esse Brasil e seus artistas.

Serviço
Mostra Recife
Quando: De 21 a 24 de agosto, às 15h30
Onde: Museu do Cais do Sertão, Recife Antigo
Entrada gratuita para o visitantes do museu

Programação

Recife

21/08 – Grupo Ilumiara (MG)
22/08 – Cantadeiras do Sisal e Aboiadores de Valentes (BA)
23/08 – Quebradeiras de Coco do Babaçu (MA)
24/08 – Destaladeiras de Fumo de Arapiraca e Mestre Nelson Rosa (AL)

Garanhuns
22/08 – Grupo Ilumiara (MG)
23/08 – Cantadeiras do Sisal (BA)
24/08 – Quebradeiras de Coco do Babaçu (MA)
25/08 – Destaladeiras de Fumo de Arapiraca e Mestre Nelson Rosa (AL)

Postado com as tags: , , ,

Boticário patrocina dança

Os coreógrafos Shaun Evaristo, dos EUA, e Grichka R.A.F NY Madrootz, da França, no Complexo do Alemão. Foto: Little Shao

Os coreógrafos Shaun Evaristo, dos EUA, e Grichka R.A.F NY Madrootz, da França. Foto: Little Shao

Num tempo de crise, com os financiamentos escasseando para a arte, quando aparece um edital é um alento para os artistas. É verdade que não dá para contemplar a demanda. Mas são as regras do capitalismo. Os interessados devem se apressar. Até 6 de setembro, o programa O Boticário na Dança aceita propostas de patrocínio específicas nas categorias montagem de festivais, mostras, espetáculos, manutenção de companhias, circulação, produção de vídeos, livros e periódicos, sites, cursos, workshops, oficinas, palestras, fóruns, exposições fotográficas, exibições de vídeos e filmes. As inscrições estão abertas para projetos de todo o país que buscam apoio para 2016. Detalhes no site www.boticario.com.br/danca. A divulgação dos resultados está prevista para o início de outubro.

O edital O Boticário na Dança prioriza projetos aprovados, inscritos ou que pretendam se inscrever em leis de incentivo à cultura, em processo de aprovação. O regulamento completo está disponível no site, em Inscreva seu Projeto.

Postado com as tags:

Irreverência pouca é bobagem

Henrique Celibi, ao centro, é autor, diretor, figurinista do espetáculo

Henrique Celibi, ao centro, é autor, diretor, figurinista do espetáculo

“Sobre o Vivencial, só quem vivenciou de fato sabe que de sagrada subversão, e de hoje serem tão santificadas pelos vossos nomes, as ‘vivecas’, santas? Não foram nunca. Santas só do pau oco. Na verdade elas eram acostumadas a cutucar o cão com varas curtas e longas também. Amassaram o pão que o diabo comeu, viviam como o diabo gosta, estavam sempre com o diabo no corpo. Faziam até o que Deus duvidava, mas o diabo sempre teve a certeza do que elas eram capazes. E as ‘vivecas’ eram capazes de mamar em onça e de tirar leite de pedras. Sabiam que dos fracos não reza a história e não há mal que se perdure e nem bem que não se acabe. Como roupa suja se lava em casa, a união fez a força e a ocasião também fez o ladrão. Elas criaram fama e deitaram na cama e o hábito fez o monge. E como ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão, elas tiveram perdão perpétuo. Como águas passadas não movem moinhos, não adianta chorar o leite derramado. Até por que, elas eram o cão chupando monga… Quero dizer; o cão chupando manga.”

Elenco do Cabaré Diversiones

Elenco do Cabaré Diversiones

O espetáculo Cabaré Diversiones foi gerado de fluxos de todas as direções, referências de várias tradições, do lugar-comum, dos provérbios populares, de uma manchete de jornal, de uma notícia que passou na TV, de uma conversa na sala do dentista. A montagem festeja os 40 anos Vivencial, sob direção de Henrique Celibi. Nesta curtíisssima temporada, as sessões são hoje e amanhã, e nos dias 27 e 28 do mês, no Teatro Hermilo Borba Filho.

O grupo pernambucano de teatro foi marco transgressor nos tempos da ditadura e inspirou o premiado longa-metragem Tatuagem, do cineasta Hilton Lacerda.

Cria do Vivencial, Henrique Celibi traz para o Cabaré Diversiones o clima daquela trupe irreverente, que alegrou, questionou, debochou, instigou, inventou, satirizou a dura realidade brasileira. Em uma hora e meia traz cenas apresentadas originalmente pelo Vivencial, atualizados pelo diretor.

A trama começa com uma aula sobre a história do teatro e do Brasil. E entram textos de Celibi (que é autor dentre outras de Cinderela, a estória que sua mãe não contou), sobre o convívio coletivo com as vivecas, além trechos de Carlos Eduardo Novaes, Glauco Matoso, Fernando Pessoa, Luiz Fernando Veríssimo e Guilherme Coelho, mentor do grupo e que junto com o irmão Fábio Coelho, acompanharam o desenvolvimento da encenação, auxiliando informalmente, como na confecção do cenário e figurino.

Celibi é múltiplo e assume várias funções na montagem. Assina a direção geral, preparação de elenco, trilha sonora, figurino, cenografia e direção de arte. São de Celibi também o roteiro final e as adaptações dos quadros encenados pelo Vivencial. Os cenários, figurinos e objetos de direção de arte foram confeccionados com material reciclado do lixo e refugos de outras peças, prática que ocorria no Vivencial. O elenco foi selecionado sem audições e é formado por intérpretes de várias formações.

SERVIÇO
Cabaré Diversiones
Quando: 20, 21, 27 e 28 de Agosto, às 20h
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho (Rua do Apolo, 121 – Bairro do Recife)
Quanto: R$20 e R$ 10 (Estudante e Idosos)

Ficha técnica
Direção, Roteiro, Cenário, Direção de Arte, Figurino, Trilha Sonora: Henrique Celibi
Iluminação: Beto Trindade
Preparação Vocal: Cindy Fragoso
Intérprete de Libras: Jaqueline Martins
Operador de Som e Luz: Renato Parentes
Elenco em ordem alfabética: Carlos Mallcom, Cássio Bomfim, Carol Paz, Cindy Fragoso, Filipe Enndrio, Flávio Andrade, Henrique Celibi, Ítalo Lima, Robério Lucado, Sharlene Esse; com participação especial de Ágatha Simões.

Este post foi publicado em por .

Espetáculos no Luiz Mendonça

Atores Geysa Barlavento e Luiz Veloso em Como a lua. Foto: Laryssa Moura

Atores Geysa Barlavento e Luiz Veloso em Como a Lua. Foto: Laryssa Moura

Começou nesta quinta-feira (20/08) o projeto Hoje Tem Espetáculo, no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem. A programação segue até o dia 3 de setembro, com quatro montagens: Como a Lua, da Mambembe Produção Artística, Espectro da Gesttus Grupo de Dança, A Mandrágora da Galharufas Produções e Flicts – A História de uma cor, do grupo Arte em Movimento. Os espetáculos foram selecionados através do edital do Teatro Luiz Mendonça, que é um equipamento da Prefeitura do Recife. Dirigido às montagens de artes cênicas (circo, dança, ópera e teatro), o edital é lançado semestralmente para a ocupação nos meses de abril e agosto.

Hoje e nas quintas-feiras, 28 de agosto e 3 de setembro, às 15h, a pauta está reservada para a peça Como a Lua. O texto do paulista Vladimir Capella (falecido em abril deste ano) apresenta a paixão do índio Payá pela índia Colón e também toca em temas mais intricados para crianças, como perda, morte e mudança, de forma poética. Com direção de José Manoel, que já ergueu a peça anos atrás, o elenco é formado por oito atores ganhou trilha sonora de Samuel Lira. O espetáculo vai participar da programação do festival Porto Alegre em Cena, em setembro.

Espetáculo de dança Espectro. Foto:  Matheus Wanderley / Divulgação

Espetáculo de dança Espectro. Foto: Matheus Wanderley / Divulgação

As sextas-feiras, 21 e 28 de agosto, às 20h, estão reservadas o espetáculo de dança Espectro, com direção de Larissa Porto e Vannina Porto. A montagem de dança moderna é fundamentada em estudos aprofundados do psicanalista Carl G. Jung e tem trilha sonora da obra de Billie Holiday. Quinze bailarinos se lançam sobre o tema do ego humano, a afinação da personalidade, a individuação, destacando os tons escuros, sombras e trevas. A montagem tem duração de 45 minutos.

A Mandrágora foi deslocada para o Sertão nordestino. E mosra os ardis de Calímaco para conquistar Lucrécia, a leal esposa do Coronel Nício Calfúcio. Temas caros a Maquiavel, como deterioração civil e religiosa, corrupção e perversão de valores morais são explorados com humor na adaptação de Guilherme Vasconcelos com encenação de Marcondes Lima. Nos sábados 22 e 29 de agosto, às 20h.

Flicts sugere reflexão sobre a intolerância. Foto: Pedro Portugal / Divulgação

Flicts sugere reflexão sobre a intolerância. Foto: Pedro Portugal / Divulgação

Flicts – A História de uma Cor fecha o quarteto de peças do projeto. A adaptação de Aderbal Junior do texto de Ziraldo, acompanha procura de reconhecimento na cidade grande de uma cor que não se encaixilha nos padrões. A montagem sugere uma reflexão sobre intolerâncias. As apresentações são nos dias 23 e 30 de agosto às 16h.

SERVIÇO

Projeto Hoje Tem Espetáculo
Onde: Teatro Luiz Mendonça, Parque Dona Lindu, Boa Viagem
Informações: 3355 9821/ 9822 

Como a Lua
Quando: 20, 27/08 e 03/09 (quintas-feiras), às 15h
Ingresso: R$ 30,00 (inteira) R$ 15,00 (meia)

Espectro
Quando: 21 e 28/08 (sextas-feiras), às 20h
Ingresso: R$ 20,00 (inteira) R$ 10,00 (meia).

As hipocrisias são esquadrinhadas em A Mandrágora. Foto:  Roberto Ramos / Divulgação

As hipocrisias são esquadrinhadas em A Mandrágora. Foto: Roberto Ramos / Divulgação

A Mandrágora
Quando: 22 e 29/08 (sábados), às 20h
Ingresso:  R$ 20,00 (inteira) R$ 10,00 (meia)

Flicts – A História de uma cor
Quando: 23 e 30/08 (domingos), às 16h
Ingresso:R$ 20,00 (inteira) R$ 10,00 (meia)

Postado com as tags: , , , , ,

Festival para revelar talentos

Clássicos da dramaturgia mundial são ingredientes da peça A mesa, com direção de  Samuel Santos. Foto: Samuel Santos.

Clássicos da dramaturgia mundial são ingredientes de A mesa. Foto: Samuel Santos.

A intérprete Fabiana Karla – hoje uma celebridade com passagens pela TV, teatro e cinema – foi revelada em um festival de teatro amador, promovido pela professora e artista Lourdes Rossiter. Fabiana adolescente apresentou um quadro com a personagem Lucicreide. O papel da faxineira desbocada lhe rendeu o prêmio de melhor atriz do Festival Arte Viva Elo, em 1991, no Recife. Nesse mesmo festival, o cineasta Pablo Polo também teve uma atuação de destaque. Iniciativas como essa são importantes e dessas ações saem os futuros artistas profissionais.

O Festival Estudantil de Teatro e Dança, que chega à 13ª edição, tem exatamente esse objetivo: revelar talentos.   A programação vai de 19 a 30 de agosto, no Teatro Apolo (confira calendário abaixo). De caráter não competitivo, a programação completa reúne produções estudantis de algumas cidades pernambucanas. O festival é realizado sem nenhum edital para bancar os custos e este ano acontece graças à obstinação do produtor Pedro Portugal, que dirige o evento.

O ator Jeison Wallace (intérprete da personagem Cinderela), que começou sua carreira participando do extinto Tebo – Festival de Teatro de Bolso, é um dos homenageados da mostra. O Tebo foi um programa com características semelhantes, que reunia produções do teatro amador e estudantil. Na área de dança, as honras vão para a dançarina do ventre e coreógrafa Hannah Costa.

O 13º Festival Estudantil de Teatro e Dança conta com apoio do Centro de Formação das Artes Cênicas Apolo-Hermilo.

Programação 2015 TEATRO

Homenagem ao malandro. Foto: Leila Freitas

Homenagem ao malandro. Foto: Leila Freitas

Quarta-feira, 19 de agosto de 2015, 19h
Homenagem ao Malandro (Curso de Interpretação Para Teatro do SESC Piedade – Jaboatão dos Guararapes/PE)
Texto: livre adaptação da obra Ópera do Malandro, de Chico Buarque de Holanda. Direção: Winy Mattos e codireção coletiva do grupo.

Meados dos anos 1940. Um cafetão enfrenta problemas com sua filha, apaixonada por um malandro que, junto a um grupo de capangas, vive de golpes e conchavos com a polícia. Com canções icônicas e tom burlesco, a montagem brinca com arquétipos sociais.

Quinta-feira, dia 20 de agosto de 2015, 19h
Estação Vida (Curso Básico de Teatro – Escola Municipal de Arte João Pernambuco – Recife/PE)
Texto: Fred Nascimento, a partir do universo de Eduardo Galeano. Direção: Fred Nascimento.

Uma mulher fala de pessoas que conheceu no passado, mas todas já podem estar mortas. À medida que a narrativa acontece, as referidas personagens vão tomando vida numa sequência de cenas que remetem aos ambientes que viveram e em meio a acontecimentos importantes de suas histórias.

Sexta-feira, 21 de agosto de 2015 ), 19h
A Mesa (Curso de Interpretação Para Teatro do SESC Piedade – Jaboatão dos Guararapes/PE)
Texto: recorte de textos teatrais clássicos. Adaptação e direção: Samuel Santos.

Tudo se passa durante uma refeição numa mesa, onde personagens de peças como A Gaivota, Entre Quatro Paredes, Um Bonde Chamado Desejo e Eles Não Usam Black-Tie, entre outras obras, vão se revelando. Bem próximo, o público é convidado a acompanhar as sensações propostas e o desenrolar de cada trama.

Sábado, 22 de agosto de 2015, 16h
A Mulher Que Subiu ao Céu Pelos Olhos do Sertão e Pela Boca do Milagre (Cia. Experimental de Teatro – Vitória de Santo Antão/PE)
Texto: Raphael Gustavo, a partir da inspiração livre do cordel A Mulher Que Subiu ao Céu, de Célia Cris Silva. Direção: Raphael Gustavo.

Tereza recebe um milagre de Nossa Senhora ao ficar grávida. Dois anos depois, o seu filho fica muito doente e ela decide sair de casa à procura de um posto de saúde distante centenas de léguas. Nesta jornada, muitas surpresas do mundo fantástico deste grandioso Sertão.

Domingo, 23 de agosto de 2015, 16h
O Cavalinho Azul (Grupo Muvuca de Teatro e Grupo Magiluth/Oficina de Iniciação Teatral Arte do Presente – Limoeiro e Recife/PE)
Texto: Maria Clara Machado. Direção: Lucas Torres.

João de Deus é o narrador desta fábula que conta a história de Vicente, um garoto pobre e sonhador, encantado por um pangaré que acredita ser um belo cavalo azul capaz de cantar, dançar e voar. Quando seus pais vendem o animal, o menino decide sair pelo mundo à sua procura numa viagem cheia de emoções.

The Celio Cruz show tem texto de Newton Moreno. Foto: Luciana Lemos

The Celio Cruz show tem texto de Newton Moreno. Foto: Luciana Lemos

Domingo, 23 de agosto de 2015, 20h
The Célio Cruz Show (Máquina de Sonhos Cia. de Teatro e Ateliê do Ator – Recife/PE)
Texto: Newton Moreno. Direção: Wellington Júnior.

A história cômica se passa em um programa de auditório cujo tema do debate é a homossexualidade. Durante a gravação, surgem as mais diferentes formas de sexualidade e, no fim, há uma grande surpresa. Além de refletir sobre os direitos humanos, a montagem investiga o processo de jogo no trabalho do ator.

(não há programação na segunda-feira, dia 24 de agosto de 2015)

Terça-feira, 25 de agosto de 2015, 19h
DEBACOABETE (Grupo de Teatro Dose Humana e Colégio Marista São Luís – Recife/PE)
Texto: César Amorim. Direção: Fátima Aguiar.

No gênero da farsa, esta obra transforma a plateia numa imensa sala de aula onde a proposta é apresentar a história do teatro pelo próprio teatro, desde os gregos até o nossos dias, utilizando o gênero drama como metalinguagem de forma muito bem humorada.

Quarta-feira, 26 de agosto de 2015, 19h
Homens de Pedra e Osso (Grupo Arte Em Movimento e Núcleo de Arte e Cultura do Instituto Federal de Pernambuco – Campus Recife – Recife/PE)
Texto: Criação coletiva. Direção: Adilson Di Carvalho.

Se as estátuas de personalidades espalhadas pelo Recife, como Clarice Lispector, Manuel Bandeira e João Cabral de Melo Neto, ganhassem vida, o que nos diriam sobre os dias atuais? Este espetáculo propõe uma narrativa onírica pela ótica destas estátuas, revelando os encantos e mazelas sociais da “Veneza Brasileira”.

Quinta-feira, 27 de agosto de 2015 , 19h
Memórias Sobreviventes (Coletivo Loucura Roubada e Laboratório de Aprofundamento Cênico – Escola Municipal de Arte João Pernambuco – Recife/PE)
Texto: criação coletiva. Direção: Fred Nascimento.

O espetáculo mostra seis personagens que tiveram suas vidas marcadas pela ditadura militar, entre elas, uma ex-presa política, um ex-carteiro, uma negra militante e uma atriz feminista. São monólogos em sequência, com histórias que correm em paralelo tendo a repressão e suas consequências como fio condutor.

Sexta-feira, 28 de agosto de 2015, 19h
Gota d’Água – Fragmentos e Outras Canções (VI Turma de Iniciação Teatral Cênicas Cia. de Repertório – Recife/PE)
Texto: livre adaptação da obra de Chico Buarque. Adaptação e direção: Antônio Rodrigues.

Adaptação da tragédia grega “Medéia”, a protagonista aqui se transforma na sofrida e vingativa Joana, abandonada por um Jasão prestes a se casar com a filha do dono dos imóveis do conjunto habitacional onde a história se passa. Com trilha sonora ao vivo, a peça une ao mito o samba e os ritos das religiões africanas.

Sábado, 29 de agosto de 2015, 16h
A Menina Que Buscava o Sol (Núcleo de Pesquisa Cênica de Pernambuco e Conselho Escolar Professora Amélia Coelho – Vitória de Santo Antão)
Texto: Maria Helena Kühner. Direção: Thamiris Mendes e Wedson Garcia.

A história de Putz, uma menina que não quer ter sua cor imposta e para escolher as cores que quiser, atravessa os reinos da terra, do ar, do fogo e das águas em busca do Sol, que possui todas as cores juntas. No caminho, vai se deparar com estranhos habitantes e suas escolhas de vida.

Sábado, 29 de agosto de 2015, 20h
Um Carnaval do Princípio ao Fim (Oficina de Atores – Recife/PE)
Texto: releitura da obra de Millôr Fernandes. Direção: Rodrigo Cunha.

A peça, uma releitura da obra O Homem do Princípio ao Fim, aponta vários aspectos do ser humano e sua trajetória ao longo dos tempos, numa colagem de textos de diversos outros autores, como Bertolt Brecht e Molière, entre outros, com viés carnavalizado, pois tudo se passa no período momesco.

Programação 2015 DANÇA
Reunindo coreografias de diversos estilos, que vão do afro ao moderno e contemporâneo, do ballet clássico ao tango e o frevo rasgado.

Dia 30 de agosto de 2015 (domingo), 17h

Banzomotriz (Cia. de Dança e Teatro Luardat – Recife/PE)
Coreografia: Claudineide Rodrigues. Direção: Erick Pinto (8 min.)

Beatles (Elo Grupo de Dança – Recife/PE)
Coreografia e direção: Mayara Mesquita (4’31”)

Carmen (Aria Social – Jaboatão dos Guararapes/PE)
Coreografia e direção: Ana Emília Freire. Direção geral: Cecília Brennand (3’45”)

Amor Solitário (Pantomima Grupo de Dança – Recife/PE)
Coreografia e direção: Taynanda Carvalho e Viviane Lira (3 min.)

Dançando Tom (Grupo NAP de Dança – Recife/PE)
Coreografia e direção: Viviane Lira (7 minutos)

O Que Restou (Elo Grupo de Dança – Recife/PE)
Coreografia e direção: Mayara Mesquita (4’10”)

Amor Submisso (Pantomima Grupo de Dança – Recife/PE)
Coreografia e direção: Taynanda Carvalho e Viviane Lira (5 min.)

Ubanco? (Aria Social – Jaboatão dos Guararapes/PE)
Coreografia e direção: Ana Emília Freire. Direção geral: Cecília Brennand (6’30”)

Epifania (Grupo Arte em Movimento. Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) – Campos Recife – Recife/PE)
Coreografia e direção: Roberto Silveira (10 min.)

(intervalo)

Vermelho – Várias Formas de Amar (Pantomima Grupo de Dança – Recife/PE)
Coreografia e direção: Taynanda Carvalho e Viviane Lira (9 min.)

Em Nossas Mãos (Elo Grupo de Dança – Recife/PE)
Coreografia e direção: Mayara Mesquita (3’36”)

Último tango, com o aria social. Foto: Fernando Azevedo

Último tango, com o aria social. Foto: Fernando Azevedo

Último Tango (Aria Social – Jaboatão dos Guararapes/PE)
Coreografia e direção: Ana Emília Freire. Direção geral: Cecília Brennand (7’48”)

Amores Em Encontros (Pantomima Grupo de Dança – Recife/PE)
Coreografia e direção: Taynanda Carvalho e Viviane Lira (4 min.)

Encontro e Desencontro (Equipe de Dança e Colégio Equipe – Recife/PE)
Coreografia e direção: Taynanda Carvalho e Viviane Lira (5 min.)

Dúvido (Aria Social – Jaboatão dos Guararapes/PE)
Coreografia e direção: Ana Emília Freire. Direção geral: Cecília Brennand (10 min.)

Entre Passos e Sombrinhas (Studio Viégas de Dança – Recife/PE)
Coreografia: Bhrunno Henrique. Direção: Jorge Viégas (10 min.)

Postado com as tags: ,