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Festival reúne espetáculos de 11 cidades

Vicência, com a Troupe Azimute. Foto: Clara Gouvea

O Festival Estudantil de Teatro e Dança, que começa hoje e segue até o dia 28 na capital pernambucana, é uma oportunidade de conferir novas produções, atores e diretores. Serão 89 apresentações (ano passado foram 44) de 11 cidades pernambucanas, como Garanhuns, Goiana, Cabo de Santo Agostinho, Igarassu e até Manari, considerado um dos municípios mais pobres do país. São espetáculos com elenco de alunos de escolas públicas ou particulares, ONGs ou cursos livres de teatro e dança.

As apresentações teatrais serão até o dia 27 no Teatro Apolo; as performances de dança no Teatro Boa Vista entre 22 e 28; e a festa de premiação será no dia 28, a partir das 18h, no Santa Isabel. Os ingressos custam R$ 5 (preço único). Os grupos recebem uma cota para vender antecipadamente e ficam com R$ 4, uma forma de estimular novas produções.

Confira as atrações deste fim de semana:

Hoje, às 19h30:
Vicência (Troupe Azimute e Curso Livre de Iniciação ao Teatro – Projeto Vem Ver Teatro / Garanhuns).
Texto adaptado do conto Paisagem Perdida, de Luís Jardim, autor de Garanhuns, por Julierme Galindo. A peça surgiu para comemorar os 110 anos de nascimento do escritor. Direção: Julierme Galindo. A paixão da jovem Vicência, mulher sertaneja e jovem, por um vaqueiro, João Toté, a contragosto do pai da moça, que a havia prometido em casamento ao filho do seu irmão para tentar manter a unidade na família. Indo de encontro às convenções e tradições familiares, e mesmo vivendo num tempo em que mulher não tinha voz alguma, Vicência vai até as últimas consequências para viver esse amor. Com trilha sonora original e executada ao vivo, a montagem mistura um contexto dramático com pitadas de humor. A cenografia é móvel – com paredes sendo montadas como num jogo de peças – e manipulada por todo o elenco. É a primeira vez que o grupo participa do Festival.

Amanhã, às 19h30:
Strega (Projeto Lugar Comum e Centro de Diversidade Cultural Teatro Armazém / Recife)
Criação coletiva da Companhia Maria Sem-Vergonha de Teatro e Circo. Direção: Andrêzza Alves
A peça trata das distâncias e aproximações entre o “ser” e o “parecer” a partir de uma interação lúdica com a plateia e tendo como referencial a história de um lugar onde pessoas desaparecem. A equipe é formada por jovens do bairro de Santo Amaro.

Strega, projeto Lugar Comum. Foto: Damiano Massaccesi

Dia 13 de agosto (sábado), às 16h30
De bobo, bravo e vilão se faz um faz de conta (Grupo Diocesano de Artes e Colégio Diocesano de Garanhuns / Garanhuns)
Texto: Carlos Janduy. Direção: Sandra Albino. Com trilha sonora original, o espetáculo é uma aventura com personagens de um reino, onde há bobo da corte enamorado, serviçal metido a herói e rei e rainha que acabaram de ter um menino bebê e tentam salvar uma princesa raptada por um desconhecido e famigerado vilão. Elementos dos contos de fada estão presentes na montagem, que brinca com a ideia do vilão clássico. O grupo já foi premiado algumas vezes no Festival, com outros trabalhos.

Dia 14 de agosto (domingo), às 16h30:
O sumiço da abelha rainha (Grupo Teatral ARTDOM e Colégio DOM / Olinda)
Texto e direção: Thina Neves. Composta por crianças e adolescentes, dos seis aos 17 anos, a peça revela uma abelha rainha que desaparece sem deixar pistas, para desespero de toda a sua colmeia. Os zangões e abelhinhas começam a se desentender e alguns querem, inclusive, tomar o cargo da rainha. A desorganização e desunião é tanta, que insetos invasores aproveitam-se da situação, e até um grande urso aparece para abusar da colmeia. O grupo foi criado em maio de 2010 e este é seu primeiro exercício cênico.

Dia 14 de agosto (domingo), às 20h:
A Partida (Cia. Experimental de Teatro e Escola José Joaquim da Silva Filho / Vitória de Santo Antão). Texto e direção: César Leão. Nesta comédia dramática, dois irmãos, ainda pequenos, após perderem a mãe e o pai e terem como única herança um pedaço de carne seca e um pote com farinha, ainda têm dúvidas se partem em busca de uma vida nova ou se só lhes resta continuarem juntos, apesar da tumultuada relação que mantêm. É a primeira vez que a companhia participa do Festival.

A partida, da Cia. Experimental de Teatro. Foto: Cesar Leão

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