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A dança sacode o Recife

Balé Teatro Guaíra abre a programação da 13ª Mostra Brasileira de Dança. foto-Kraw-Penas-SEEC

Balé Teatro Guaíra inicia a 13ª Mostra Brasileira de Dança com Orikis e Trânsito. Foto: Kraw Penas/SEEC

Música percussiva, movimentos ritualísticos, dimensões antagônicas e complementares do Céu e da Terra são urdidas na coreografia Orikis, do Balé Teatro Guaíra.  ORI é a cabeça, onde estão concentradas todas as características dos Orixás e sua mitologia.  Desse universo, a coreógrafa baiana, radicada no Rio de Janeiro, Ana Vitória explora uma gestualidade carregada de signos e sentidos. Já Trânsito investe no cruzamento entre culturas, a partir da investigação de ritmos tribais de etnias distintas. Ana Vitória embaralha cartografias afetivas para compor um rico caleidoscópio gestual, que tem trilha sonora do músico Cláudio Dauelsberg. Os dois trabalhos do BTG abrem a 13° Mostra Brasileira de Dança, programa que ocorre  entre os dias 29 de julho e 7 de agosto, em 10 espaços cênicos do Recife. A apresentação do Balé Teatro Guaíra (PR) será no Teatro Santa Isabel, às 20h, na sexta-feira (29).

Este ano, a MBD presta homenagem à bailarina, coreógrafa e diretora pernambucana Mônica Lira.  Três obras do repertório do Grupo Experimental, dirigidas por Mônica, integram a mostra: Breguetu, Pontilhados e Zambo. Impregnada pelas ideias do movimento Mangue em sua estética, Zambo, de 1997, foi remontada especialmente para a Mostra, com a participação dos bailarinos que já passaram pelo elenco do espetáculo, incluindo Gilson Santana, o Mestre Meia-Noite.

O Núcleo Viladança (BA) vem com uma montagem voltada para o público juvenil: Da Ponta da Língua à Ponta do Pé – uma viagem desde a Pré-História até os palcos contemporâneos da dança e o impacto do trabalho de Isadora Ducan. Também estão na programação o Coletivo Incomum e a Qualquer um dos 2 Companhia de Dança, ambos de Petrolina; o Stúdio de Danças (PE) e o Coletivo Lugar Comum (PE).

As Mostras Coreográficas de Grupos em Formação e de Grupos Profissionais reservam pauta para criações de curta duração de artistas independentes e grupos pernambucanos.

Entre os dias 1° e 5 de agosto a MBD prossegue com seu projeto de formação. Este ano estão agendadas as Oficinas de Aperfeiçoamento Profissional Corpo dinâmico/Corpo Fluante, com o dinamarquês Peter Dietz (Portugal); Danças do Oriente (de diferentes regiões) para alunos em iniciação, com a dançarina Zuzu Leiva (SP) e  As danças do Maracatu Rural e Cavalo-Marinho na construção de um corpo, com Fábio Soares, integrante do Cavalo Marinho Estrela de Ouro e do Maracatu de Baque Solto Leão de Ouro, de Condado (PE).

O Seminário Dança e Sustentabilidade reúne representantes do Balé Guaíra (PR), Teatro Villa (BA), Focus Cia de Dança (RJ), Balé Popular do Recife (PE), Academia Fátima Freitas (PE) e artistas independentes da cidade para um debate no dia 1° de agosto.

Visita Guiada, com o Balé Teatro Guaíra. Foto: Octávio Nassur

Visita Guiada, com o Balé Teatro Guaíra. Foto: Octávio Nassur

Nesta edição o COMPAZ do Alto Santa Terezinha é agregado como espaço pedagógico (sede da oficina As danças do Maracatu Rural e Cavalo Marinho na construção de um corpo) e de apresentações. No dia 30, o Centro recebe a intervenção Visita Guiada, do Balé Teatro Guaíra, e abriga no domingo (7) o encerramento da Mostra, com o fechamento da campanha Adote Um Bailarino, exibições de grupos e entrega de artigos de dança arrecadados durante o período da MBD.

Os ingressos variam entre R$ 30, R$ 15, R$ 10 e R$ 5. O projeto Vá de Bike! promove 50% de desconto no valor dos ingressos mediante uso da bicicleta como meio de transporte para chegar aos teatros.

A Mostra conta com incentivo do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura -PE), com o apoio da Prefeitura do Recife e Cepe.

Serviço
13° Mostra Brasileira de Dança do Recife
De 29 de julho e 07 de agosto
Ingressos:  R$ 30,00 (inteira) | R$ 15,00 (meia-entrada) | R$ 10,00 (artistas e técnicos com a carteira do SATED/PE) | R$ 5,00 (artistas participantes do evento)

Formas de pagamento:  Dinheiro, cartão de crédito e débito (visa, master e cielo).
Onde comprar:  Call Center (81) 2626 2605 |  Pelo site www.compreingressos.com | Na bilheteria dos teatros, conforme disponibilidade, 2 horas antes de cada sessão (excetuando o Teatro de Santa Isabel, cuja bilheteria abre das 9 às 12h e das 14 às 17h).

Programação completa e mais informações: www.mostrabrasileiradedanca.com.br
*Doação de artigos de dança para a campanha Adote uma Bailarina ou um Bailarino podem ser feitas em todos as casas de espetáculos que fazem parte da MBD.

PROGRAMAÇÃO PEDAGÓGICA

Seminário Dança e Sustentabilidade
1° de agosto, 18h às 21h30
Onde: Espaço Compassos (Rua da Moeda, 93 – Bairro do Recife Antigo – térreo)
Vagas: 80

A Roda de Conversa Dança e Sustentabilidade tem como proposta discutir iniciativas de sustentabilidade de companhias, escolas e instituições de dança diante do atual cenário econômico e político brasileiro. Representantes do Balé Guaíra (PR), Teatro Villa (BA), Focus Cia de Dança (RJ), Balé Popular do Recife (PE), Academia Fátima Freitas (PE) e artistas independentes da cidade estratégias e alternativas para manter as ações de dança e os trabalhos artísticos.


OFICINAS DE INICIAÇÃO*

Zuzu Leiva, atriz, cantora e bailarina. Foto: Reprodução do Facebook

Zuzu Leiva, atriz, cantora e bailarina. Foto: Reprodução do Facebook

Danças do Oriente
Com Zuzu Leiva (SP)
1° à 5 de agosto, das 10h às 12h
Onde: Paço do Frevo (Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Bairro do Recife)
Carga horária: 15 horas
Vagas: 30 – Idade mínima de 10 anos. Não é necessária experiência anterior e os participantes podem ser de ambos os sexos.
Recomendações: dançar descalço e trajar roupas confortáveis que permitam liberdade de movimentos.
A oficina aborda danças antigas de diferentes regiões do Oriente terrestre: Índia (Dança Clássica Odissi); Israel (Dança Tradicional Hebraica); Países Árabes (Dança Folclórica); Macedônia (Dança Tradicional Cigana) e Japão (Dança Tradicional Odori).
Zuzu Leiva é Atriz, dançarina e cantora do grupo MAWACA. Bacharel em Comunicação Social (FAAP), tem formação em Teatro (Macunaima), Astronomia (CASP), Danças Indianas (Odissi, Kathak), Dança do Ventre, Flamenco e Danças Étnicas.

Fábio Soares. Foto: Wellington Dantas/ Divulgação

Fábio Soares é brincante de cavalo-marinho e maracatu. Foto: Wellington Dantas/ Divulgação

As danças do Maracatu Rural e Cavalo-Marinho na construção de um corpo
Com Fábio Soares (PE)
2 à 5 de agosto, das 10h às 12h
Onde: COMPAZ (Av. Aníbal Benévolo, S/N – Alto Santa Terezinha)
Carga horária: 10 horas
Vagas: 20 – Público em geral, artistas, bailarinos, estudantes das artes cênicas.
A oficina de dança parte da essência e dos princípios físicos e energéticos que fundamentam os brinquedos tradicionais do Cavalo-Marinho e do Maracatu Rural. A qualidade de energia, os passos, o jogo e o ritmo são abordados a partir da experiência adquirida ao longo dos anos por Fábio Soares como brincador tradicional destas danças.
Fábio Soares é integrante do Cavalo-Marinho Estrela de Ouro e do Maracatu de Baque Solto Leão de Ouro, ambos os grupos são de Condado e são liderados pelo seu avô Mestre Biu Alexandre. No Cavalo-Marinho Estrela de Ouro desempenha a função de Figureiro (pessoa que bota as figuras – personagens), também confecciona máscaras e adereços. No Maracatu de Baque Solto Leão de Ouro, desempenha a função de Vice-Presidente e Puxador de Cordão (um dos “cobocos”- caboclos da linha de frente do maracatu). Em 2005 recebeu convite para integrar o elenco de bailarinos do Grupo Grial de Dança onde permaneceu até o ano de 2012.

OFICINA DE APERFEIÇOAMENTO*

Peter Michael Dietz. Foto: Play Beu

Peter Michael Dietz. Foto: Play Beu

Corpo dinâmico/Corpo flutuante
Com Peter Dietz (Portugal)
1° à 05 de agosto, das 10h às 13h
Onde: Espaço Compassos (Rua da Moeda, 93 – Bairro do Recife Antigo – 1° andar)
Carga horária: 10 horas
Vagas: 20 – voltada para dançarinos, performers, e artistas do corpo com experiência.
Corpo dinâmico/Corpo flutuante busca trazer a compreensão incorporada do movimento em seus elementos estruturais, desenvolvendo as habilidades de execução, articulação e deslocamento no espaço em uma abordagem prática, baseando-se em diferentes técnicas de movimento como o Release Technique e o Contact Improvisation.
Peter Michael Dietz nasceu na Dinamarca. É performer, bailarino, criador, designer, orientador, coreógrafo, professor. Estudou na European Dance Development Center (EDDC) onde vivenciou as mais variadas técnicas e formas de dança como release technique e contacto improvisação. Tem trabalhado em várias instituições em Portugal, no Brasil e em diferentes zonas da Europa desde 1989. Trabalha e pesquisa no ‘c.e.m – Centro em Movimento’ orientado por Sofia Neuparth.

*No dia 5 de agosto haverá o encerramento das oficinas no Paço do Frevo, das 10h às 13h, reunindo todos os alunos.

PROGRAMAÇÃO ESPETÁCULOS

Coreografia Trânsito, com o Balé Teatro Guaíra (PR). Foto: Cayo Vieira

Coreografia Trânsito, com o Balé Teatro Guaíra (PR). Foto: Cayo Vieira

Dia 29 e 30 de julho de 2016; Sexta-feira, às 20h; Sábado, às 20h30
Okiris e Trânsito, com o Balé Teatro Guaíra (PR)
Onde: Teatro Santa Isabel
Ingressos: R$ 30, R$ 15, R$10 e R$ 5*
Duração: 40 min.
Intervalo: 10min.
Classificação: livre

Orikis Concebido originalmente para quatro homens, a peça foi reorganizada para o Balé Teatro Guaíra, com oito bailarinos/solistas. A coreógrafa Ana Vitória partiu do princípio de que ORI é a cabeça e nela estão concentradas todas as características dos Orixás e sua mitologia. Explorando uma gestualidade carregada de signos e sentidos, Orikis se desenvolve ao som da música percussiva, do espaço ritualístico e do universo masculino que carrega um tônus próprio, singular e potente. Neste trabalho, céu e terra, como duas dimensões antagônicas e complementares são exaustivamente explorados, privilegiando hora a unidade inferior e hora a unidade superior do corpo, detalhe que é priorizado nesta criação, sobretudo quando apresenta-se o dorso nu, natural e primitivo em contraste com a cintura pélvica, vestida em calças jeans, numa alusão explícita do homem contemporâneo.
Ana Vitória retorna em 2016 à Cia para reatualizar sua obra, injetando novos caminhos de escuta e presença e recuperando os afetos tão singulares que mobilizaram sua construção, para que outras e novas gerações de artistas-intérpretes possam continuar dando voz aos seus corpos e à nossa história.
Coreografia: Ana Vitória
Música: Manuel Vandji
Figurino: Ney Madeira
Iluminação: Milton Giglio
Ensaiadora: Soraya Felicio
Elenco: André Neri, Cesar Nunes/Fabio Valladão, Daniel Siqueira, Rene Sato/Leandro Vieira, Reinaldo Pereira/Natanael Nogueira, Nelson Mello, Raphael Ribeiro, Rodrigo Castelo Branco/Patrich Lorenzetti
*Obra composta em 1998 com a Companhia de Dança Carlota Portella
*2001 remontada para o BTG

Trânsito trata da diversidade rítmica e formal dos cruzamentos entre culturas, a partir da investigação de ritmos tribais de etnias distintas. Ana Vitória discorre pela poética dos territórios e geografias, utilizando-se das cartografias afetivas para compor um rico caleidoscópio gestual, organizados também na trilha sonora composta especialmente pelo músico Cláudio Dauelsberg. A coreógrafa acredita que o trânsito é movimento inexorável e que é impossível não se submeter a ele. O deslocamento dos corpos promove, assim e sempre, uma nova composição dos corpos no espaço. Reconfigura-se o Ser e sua Experiência no mundo, aproxima-se e repulsa, afeta e distancia-se, imprime e apaga-se nossas pegadas. Criada especialmente para o Balé Guaíra em 2001, Trânsito inaugura uma nova experiência nos corpos dos seus intérpretes ao interrogar sobre suas heranças culturais, portanto, formais e expressivas. Os fluxos e refluxos, arquivos e repertórios de outras etnias são aqui experenciados, investindo na aproximação entre corporeidades e diálogos afetivos.
Coreografia: Ana Vitória
Música: direção musical, criação, arranjo, piano e teclados: Cláudio Dauelsberg
Participações: Mamur Ba e Nusrat Fateh Ali Kahn (vozes), Peter Dauelsberg (solo violoncelo)
Gravação e mixagem: Joá Estúdios
Figurino: Ney Madeira
Iluminação: Milton Giglio
Ensaiadoras: Regina Kotaka e Soraya Felício
Elenco: André Neri, Fábio Valladão/Cesar Nunes, Daniel Siqueira, Leandro Vieira, Natanael Nogueira/Reinaldo Pereira, Nelson Mello, Patrich Lorenzetti, Raphael Ribeiro/Rene Sato, Rodrigo Castelo Branco, Ane Adade, Patrícia Machado, Deborah Chibiaque, Juliana Rodrigues, Karin Chaves, Luciana Voloxki, Malki Pinsag, Marcela Pinho, Nayara Santos, Karin Chaves/Deborah Chibiaque (Solo).

30 de julho de 2016, Sábado, às 11h
Visita Guiada, com Balé Teatro Guaíra (PR)
Onde: COMPAZ,
Gratuito
Classificação livre
A intervenção propõe uma reflexão acerca da espetacularização das obras de arte, em especial do corpo do artista. No trabalho, os bailarinos estarão expostos para visitação em territórios não convencionais. Os visitantes interessados terão o auxílio de áudio guides para explorar as obras. Através desse sistema de locução, o público entra na cena e tem autonomia para escolher, interagir e assim saber mais sobre a obra/bailarino de seu interesse.
Ao serem transportadas do teatro para outros ambientes, as intervenções borram as fronteiras entre espectador e obra, redesenhando uma nova relação espaço-social.
Direção e Concepção: Patrícia Machado
Criação:
Elenco
Elenco:
Ane Adade, Patrícia Machado, Soraya Felício, Cesar Nunes, Raphael Ribeiro, Reinaldo Pereira
O Balé Teatro Guaíra, criado pelo Governo do Estado do Paraná em 1969, é uma das mais importantes companhias oficiais do país graças a sua representatividade histórica, com obras consagradas. Durante seu percurso, o BTG realizou mais de 140 coreografias e atualmente a Cia. apresenta um repertório focado na diversidade da dança contemporânea. Com a atual direção de Cintia Napoli (2012), o Balé Teatro Guaíra traz propostas ousadas e autênticas, porém sem perder de vista a tradição.

Que corpo é esse?, espetáculo de Petrolina. Foto: Rubens Henrique

Que corpo é esse?, espetáculo do Coletivo Incomum, de Petrolina. Foto: Rubens Henrique

Dia 30 de julho de 2016, Sábado, 19h
Que Corpo é Esse?
Coletivo Incomum (Petrolina/PE)
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho,
Ingressos: R$30, R$15, R$10 e R$5*
Duração:
40 min
Indicado para maiores de 16 anos

Segundo espetáculo do Coletivo Incomum, Que Corpo é Esse? carrega consigo o desejo e as inquietudes amordaçadas pela ditadura dos padrões, questionando a busca por vezes inconsequente das formas imperfeitas estampadas nas mais diversas e variadas telas. O solo de Carol de Andrade reflete sobre o uso do instrumento corpo, suas formas, seus prazeres, suas limitações e sobretudo, seu valor em uma época onde a moda dita que o belo é ter uma “barriga negativa” e os empreendimentos Fitness tomam conta do mercado.  A criação desse trabalho é uma resposta para um questionamento que há muito se repetia para a bailarina: “existe um corpo ideal para a dança?”.
Interprete Criadora e Direção: Carol Andrade
Criação e Execução de Iluminação: Carlos Tiago
Figurino: Diego Ravelly
Criação e Execução de Trilha sonora: Ítalo Miranda
Preparação Corporal: Gracy Marcus
Cenário e Arte Gráfica: André Vitor Brandão
Produção: Antônio Manoel

VILADANÇA_ Foto: Lígia Rizério

VILADANÇA_ Foto: Lígia Rizério

Dia 31 de julho de 2016, Domingo, 16h30
Da Ponta da Língua à Ponta do Pé, com o Núcleo Viladança (BA)
Onde: Teatro Santa Isabel,
Ingressos: R$ 30, R$ 15, R$ 10 e R$ 5*
Duração: 50 min.
Classificação livre
Da Ponta da Língua à Ponta do Pé é um musical que conta a história de Zé, um garoto que faz de tudo para conquistar o amor da bailarina Isadora numa aventura que o leva a desvendar e se apaixonar pelo mundo da Dança. Com a ajuda de uma professora ele viaja desde a Pré-História até os palcos contemporâneos, passando pelas mudanças provocadas pelo trabalho de Isadora Duncan e pelo estabelecimento da Dança como profissão, com várias áreas de atuação. A montagem se desenvolve a partir de uma narrativa de comédia romântica.
O Viladança foi criado em abril de 1998 pela coreógrafa Cristina Castro e é um núcleo de atividades em dança residente no Teatro Vila Velha, uma casa de espetáculos de Salvador com 50 anos de história. Além da diversidade técnica e estética, o trabalho do Viladança também envolve ações de cunho social e educacional como projetos de interação com comunidades, escolas públicas e particulares, que promovem a formação de plateia. O grupo possui 11 espetáculos no repertório.
Direção Geral: Cristina Castro
Coreografia: Cristina Castro em colaboração com elenco original
Texto: Cristina Castro e João Sanches
Pesquisa histórica: Lúcia Matos
Elenco: Barbara Barbará, Jorge Oliveira, Ridson Reis, Mariana Gottschalk, Janahiana Cavalcante e Sérgio Diaz
Ensaiador: Marcelo Galvão
Músicas: Jarbas Bittencourt
Vozes dos bonecos: Camilo Fróes e Jarbas Bittencourt
Operação de Luz: Marcos Dedé
Operação de Som: Bergson Nunes
Figurino e Adereços: Luiz Santana
Cenografia: Rodrigo Frota
Produção: Núcleo Viladança

Breguetu, com o Grupo Experimental. Foto: Rogéerio Alves

Breguetu, com o Grupo Experimental. Foto: Rogéerio Alves

Dia 31 de julho de 2016, Domingo, 18h e 20h
Breguetu
Grupo Experimental (PE)
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho,
Ingressos: R$30, R$15, R$10 e R$5*
Duração: 60 min.
Indicado para maiores de 14 anos

Brega! Ritmo, dança, estilo de se vestir. Essa palavra e seu conteúdo carregam significados, história, classe social e rótulos distintivos. Brega, geralmente, se diz de tudo aquilo que se rejeita ou que se acha feio, no caso das roupas. E na música e dança há certa aproximação, já que muitos intitulam o que não gostam de brega, cafona. Independentemente do que se pense e de onde parta este pensamento, brega é brega e se sustenta como tal. Amor, o maior sentimento, é brega! É o romântico popular, um chinelo de dedo no final de uma festa de salto. Alguns recusam-se a receber este título sem ao menos levar em conta que todos somos bregas em alguma coisa na vida, porque brega, no final das contas, é aquilo que faz sorrir, seja lá de qual forma for. O brega é meu, seu, de quem quiser. Brega sou eu, breguetu. Brega é brega!
Concepção e Direção: Mônica Lira (Grupo Experimental)
Intérpretes Criadores: Lilli Rocha, Jorge Kildery, Rebeca Gondim, Rafaella Trindade, Gardênia Coleto e Márcio Filho
Projeto de Iluminação: Beto Trindade
Produção musical: Marcelo Ferreira e João Paulo Oliveira
Design Gráfico: Carlos Moura
Produção: Emeline Soledade
Assessoria de Comunicação: Paula Caal
Figurino: Carol Monteiro
Concepção e produção de cabelo e maquiagem: Jennyfer Caldas
Cenotécnico: Eduardo Autran
Ator convidado: Adriano Cabral
Sonoplasta: Adelmo do Vale
Colaboração cenográfica: Henrique Celibi

Pontilhados Foto: Rogério Alves

Pontilhados Foto: Rogério Alves

|| Dia 1° e 2 de agosto de 2016, Segunda e terça-feira, 16h
Pontilhados, com Grupo Experimental (PE)
Onde: Espaço Experimental
Ingressos: R$ 30, R$ 15, R$ 10 e R$ 5*
*Espetáculo na rua com disponibilidade de 50 fones de ouvido
Duração: 60 min.
Classificação livre
Sussurros de memórias habitam cada gota de silêncio, alterando um lugar que nos altera. Traçar o próprio caminho, pontilhando cada esquina, transformando cada pedaço de chão em história, memória. Neste Recife de amores antigos, passaram muitas Das Neves, Doras e até Madonas, todas representadas e representantes de mãos que batem e que argolam dedos que apontam nortes, neste porto de tantos recifes. Por aqui elas ainda passam, ficam, fincam seus sentimentos mais extremos em cada ponte, em cada casa de ponta que um dia vestiram seus corpos de sonhos. Nessa ilha solitária de tantos braços, os abraços parecem refúgios. Ali, onde teu olhar alcança, meu corpo descansa. Aqui, onde nos vestimos de memórias, nos despimos em dança.
Concepção e direção: Mônica Lira
Núcleo de criação: Mônica Lira, Lilli Rocha e Jorge Kildery
Intérpretes-Criadores: Lilli Rocha, Gardênia Coleto, Jorge Kildery, Márcio Filho, Rafaella Trindade e Rebeca Gondim.
Participação especial: Jennyfer Caldas
Bailarinos convidados: Adelmo do Vale, Priscila Araújo, Marcela Rabelo, Henrique Braz, Deyvson Vicente, Joelma Tavares, Jares Santos
Montagem trilha sonora: Guille Ceballos
Montagem de texto áudio-guia: Silvia Góes
Narração: Lilli Rocha e Zoraide Coleto
Produção: Emeline Soledade
Assistente de produção: Rafael FX, Natali Revorêdo e Caio Trindade
Figurino: Carol Monteiro
Projeto Gráfico: Carlos Moura
Assessoria de comunicação: Paula Caal

Onde ele anda é outro céu, Foto: Rubens Henrique

Onde ele anda é outro céu, Foto: Rubens Henrique

Dia 2 de agosto de 2016, Terça-feira, às 19h
Onde ele anda é outro céu?, com Qualquer um dos 2 companhia de Dança (Petrolina/PE)
Onde: Teatro Arraial,
Ingressos: R$ 30, R$ 15, R$ 10 e R$ 5*
Duração: 40 min.
Classificação livre
Inspirado no conto O Homem Cadente, do escritor africano Mia Couto e nas pinturas do pintor surrealista belga René Magritte. Obra coreográfica que transita pela literatura, artes visuais e dança entendendo que o corpo do intérprete na contemporaneidade transita por diversos territórios. O trabalho, levanta ainda a discussão sobre a possibilidade de ver o cotidiano de outras maneiras, de que é possível construir outras lógicas, outros ares e, assim, ver o mundo com olhos de sonho. O solo é uma fabulação contemporânea sobre um homem que decide buscar outros céus, outras realidades para si, um convite à reinvenção do tempo, das leis gravitacionais; um chamado à lúdica e indispensável capacidade humana de travessia, perplexidade, encanto e solidariedade.
Concepção, Coreografia e bailarino: André Vitor Brandão
Direção Artística: Jailson Lima
Dramaturgia: Renata Pimentel
Direção de movimento: Renata Camargo
Trilha Sonora Original: Eugênio Cruz
Designer de Luz: Fernando Pereira
Figurino: Orlando Dantas
Cenotécnica: Carlos Tiago e Deborah Harummy
Sonoplastia: Lucylene Lima
Assessoria em Rapel: Eugênio Junior

Epílogo, com o Grupo de Ballet Stúdio de Danças. Foto: Rogério Alves

Epílogo, com o Grupo de Ballet Stúdio de Danças. Foto: Rogério Alves

Dia 3 de agosto de 2016, Quarta-feira, 19h
Epílogo, com o Grupo de Ballet Stúdio de Danças (PE)
Onde: Teatro Apolo,
Ingressos: R$ 30, R$ 15, R$ 10 e R$ 5*
Duração: 40 min.
Classificação livre

O termo epílogo significa conclusão. Indica a parte final de um discurso ou onde é apresentado e desfecho da história. Nele estarão presentes todos os fatos que dão por encerrada a intriga. É a parte do texto em que se descreve o destino das personagens que constituem a trama. No epílogo também podem ser revelados fatos que complementam o sentido da ação. Numa peça de teatro, o epílogo é a última cena, a última fala ou o último ato que dá por encerrada a ação.
Direção do Grupo de Ballet Stúdio de Danças: Ruth Rozenbaum e Lúcia Helena Gondra
Direção de EPÍLOGO: Luiz Roberto
Coreografia: Luiz Roberto
Figurinos e Cenário: Xuruca Pacheco
Iluminação: Martiniano Almeida
Músicas: Hughes De Courson, Pierre Akendengué, Osvaldo Cala, Tomas Gubitsch, Sami Ateba e Nana Vasconcelos.
Bailarinos: Ariana Lima, Beatriz Gondra, Brenda Schettini, Carolina Paiva, Cecília Wanderley,      Isabela Loepert, Isabela Severi, Julia Franca, Juliana Siqueira, Marcio Filho, Maria Cecília Vilela.

Segunda pele. Foto: Ju Brainer

Segunda pele. Foto: Ju Brainer

Dia 3 de agosto de 2016, Quarta-feira, 19h
Segunda Pele, com o Coletivo Lugar Comum (PE)
Onde: Espaço Coletivo Lugar Comum,
Ingressos: R$ 30, R$ 15, R$ 10 e R$ 5*
Duração: 70 min.
Indicado para maiores de 16 anos

Quantas vestes precisamos deixar pelo caminho para completar cada um dos nossos ciclos singulares de desnudamentos gerúndios? O que significa desnudar-se? Aquilo que usamos sobre o corpo, o que nos adorna ou o que vestimos, também traz em si as informações culturais, sociais, políticas, os gritos, silêncios, prisões e liberdades, a identidade de um povo, de uma época ou de um homem, de uma criança, de uma mulher. O que veste o espaço além do corpo? Que desenhos a vestimenta imprime no ambiente compartilhado entre a presença e o ar? Plástico, elástico, arame, vidro, velcro, poliestireno celular rígido, como a nossa pele, o nosso corpo e o outro reagem ao contato? A memória também é uma roupa que usamos? Tecido, costura, cor, vento, textura, raízes, asas, o que tudo isso provoca da superfície ao avesso? É essa reflexão que o Coletivo Lugar Comum leva para cena em Segunda Pele.
Concepção: Liana Gesteira, Maria Agrelli, Maria Clara Camarotti , Renata Muniz e Silvia Góes
Interpretes-criadoras: Liana Gesteira, Maria Agrelli, Maria Clara Camarotti e Renata Muniz
Concepção e criação de figurino: Juliana Beltrão, Maria Agrelli e Maria Ribeiro
Execução de figurino: Xuxu e Fatima Magalhães
Colaboração na execução de figurino: Ilka Muniz e Maria Lima
Trilha sonora original: Rua (Caio Lima e Hugo Medeiros) + convidados (Cyro Morais e Paulo Arruda) + letra de Silvia Góes
Criação e execução de iluminação: Luciana Raposo
Operação de Luz: Luciana Raposo
Assistente de iluminação/ cenotécnico: Sueides Leal (Pipia)
Execução de cenário/estrutura: Gustavo Araújo e Marcos Antônio
Preparação corporal: Silvia Góes
Produção geral: Vi Laraia
Design gráfico: Thiago Liberdade
Fotos: Ju Brainer
Realização: Coletivo Lugar Comum

Mostra de Coreografias de Grupos em Formação (PE)

Dia 4 de agosto de 2016Quinta-feira, 20h
Onde: Teatro Luiz Mendonça,
Ingressos: R$30, R$15, R$10 e R$5*
Classificação livre para todos os trabalhos

Frevariando, com Cia de Frevo do Recife
Duração: 15 min.
Tem como principal objetivo agregar outras linguagens da dança à prática do frevo, inovando as movimentações sem perder a origem dos passos. Sua composição coreográfica tem como principal influência o frevo e secundariamente outros gêneros da dança, como o contemporâneo, dança de salão e jazz, entre outros. Desafiar o óbvio, quebrar a formalidade, assim como causar inquietação faz parte do objetivo da montagem.
Direção: Bruna Renata e Rennê Cabral
Elenco: Bruna Renata, Taina Karolaine, Rayara Suyene, Victoria Morais, Rennê Cabral, Wanderley Aires, João Vieira, Daniel Albuquerque e Junior Lopes

SUÍTE LA FILLE MAL GARDÉE, com Maysa Club
Duração: 10 min.
La fille mal gardée é um balé cômico que se passa numa aldeia de camponeses, na França. Foi representado pela primeira vez em Bordéus, em 1786, e produzido e coreografado por Jean Dauberval, um importante coreógrafo do século 18. La Fille Mal Gardée ou A filha mal criada é o ballet mais antigo no repertório atual dançado.
Direção e remontagem: Simone Monteiro
Elenco: Flávio Henrique (Colas), Julia Hertz (Lise), Mauricio Zazar (Alan), Gustavo Albuquerque (Simone), Louise Candiotto, Helena Avelar, Gabriela Lopes, Leticia Oliveira, Thalia Souza e Camila Lins (Amigas de Lise).

Eu vim de lá, com Coletivo Recbeats
Duração: 7 a 8 min.

A coreografia retrata a chegada dos africanos na América e suas fusões culturais. Dança, canto e interpretação mostram a riqueza que existe na simplicidade da cultura negra ao longo do tempo.
Direção: Rany Hilston
Intérprete: Rany Hilston
Ajudante de palco: Duda

Entre Sombrinhas, , com Studio Viégas de Dança
Duração: 10 min.

Frevo. Trabalhando dois elementos referenciais da dança, o passo e a sombrinha, a coreografia tem o intuito de levar à cena passistas que têm por objetivo desafiar seus próprios corpos através de passos mais elaborados, com foco na sombrinha. Os passistas/bailarinos tem por objetivo tirar o público da cadeira, vibrando e vivendo a cultura do nosso estado que se tornou Patrimônio da Humanidade.
Diretor e Produtor: Jorge Viégas
Coreógrafo: Bhrunno Henryque
Elenco: Arylson Matheus, Stephany Santiago, Moisés Jefferson, Kézia Giles, Jonathan Carneiro, Luana Conceição, João Pedro Araujo, Ruanny de Cássia, Junior Souza e Maria Lucrécia.

Le Jardin Animé, com Academia Fátima Freitas
Duração: 8 min.
Le Corsaire, conhecido em português como O Corsário, é um Ballet de Repertório, baseado no poema de Lord Byron, com música de Adolphe Adam (com peças adicionais) e coreografias de Marius Petipa. O trecho a ser apresentado, Le Jardin Animé, se refere à Cena II do Ato III, quando Medora, Gulnare e as mulheres do harém vão juntas a um jardim repleto de flores e fontes mágicas, celebrar a beleza, graça e harmonia.
Direção Geral: Fátima Freitas
Coreografia: Márius Petipá
Adaptação: Dayvison de Albuquerque
Música: Adolphe Adam
Elenco: Anna Júlia Xavier, Anna Luisa Aquino, Gabriela Baltar, Laila Farias, Mariana Santoro, Marta Guedes, Maria Eduarda Moreira, Monique Vilella, Nayanne Ramalho, Paula Torres.
Solista: Luanna Gondim

PAVÃO, com Babi Johari
Duração: 4:58 min.
A coreografia Pavão une movimentos de dança do ventre e étnico fusionados. A montagem é uma representação da atual problemática política em que se encontra o país em forma de poesia em dança.
Figurino e coreografia: Babi Johari

Suíte Clássica Marius Petipa, com Ballet Cláudia São Bento
Duração: 9 min.
Suíte Clássica é composta por trechos de três balés de repertório originalmente coreografados por Marius Petipa: Harlequinade (1900) – variação feminina, Arábia (1892) – Pas de Deux do Ballet O Quebra Nozes e Paquita (1846) – variação VI.
Direção: Cláudia São Bento
Variação Harlequinade – Bailarina: Bruna Fernanda | Música: Ricardo Drigo
Pas de Deux Arabia do ballet Quebra Nozes: Bailarinos:  Everton Câmara e Nayanne Ramalho | Música: Piotr Ilitch Tchaikovsky
Variação 6 de Paquita – Bailarina: Maria Marina São Bento | Música: Edouard Delvedez

Zuzuê<, com Gesttus Grupo de Dança
Duração: 5 min.
Zuzuê retrata a beleza e simplicidade da mulher nordestina, que ao mesmo tempo encanta por sua delicadeza, comove e inspira por sua força.
Direção geral e concepção:  Larissa Porto e Vannina Porto
Coreografia: Larissa Porto
Elenco: Aline Costa Pinheiro, Amanda Oliveira, Diana Lóris, Mayara Mesquita, Priscilla Andrade, Sabrina Arruda, Thais Wanderley.

Brâman, com Gesttus Grupo de Dança
Duração: 3 min.
Brâman é o termo que designa o princípio divino para o hinduísmo, celebra as oito divindades indianas: Brahama, Vishinu, Shiva, Ganesha, Durga, Rama, Lakshmi e Saraswati, as suas particularidades e como juntos eles equilibram as forças do mundo.
Direção geral e concepção:  Larissa Porto e Vannina Porto
Coreografia: Vannina Porto
Elenco: Aline Costa Pinheiro, Amanda Oliveira, Priscilla Andrade, Sabrina Arruda, Thais Wanderley, Marina Petribú, Debora Tavares e Victor Félix

Chicago, com Ballet Fernanda D’angelo
Duração: 3 min.
Coreografia apresentada no espetáculo Musicais Inesquecíveis…Canções Eternas! em homenagem a um dos musicais mais clássicos da Broadway. É uma história sobre o pecado, a corrupção, os escândalos e a fama em Chicago na década de 20 do século passado.
Coreografia: Marcelo Pereira e Fernanda D’angelo
Elenco: Amanda Lopes, Alane Rebêlo, Arthur Victor, Beatriz Raposo, Claudio Rodrigues, Déborah Evelyn, Giovanna Araújo, Kayo Alcantara, Luiza Aymar, Maria Antônia Massau,  Marcela Costa, Mariana Martins, Sarah Mesquita, Mikely Santos.
Diretora/Ensaiadora: Fernanda D’angelo
Maquiadora/Apoio: Erica Fernandes
Responsável técnico projeção: Joselito Fernandes

Manguesoul, com Gesttus Grupo de Dança
Duração: 4 min.
A coreografia é uma homenagem ao Manguebeat, movimento que injetou energia na lama e estimulou a fertilidade nas veias do Recife, propôs misturas de ritmos e soma de culturas.
Direção: Larissa Porto e Vannina Porto
Coreografias e concepção: Larissa Porto
Elenco: Diana Loris e Victor Félix

Variações clássicas, com o Grupo Aria clássico
Duração: 10 min.
O grupo Aria clássico apresenta 4 variações do seu repertório clássico. A primeira é Gulnara do balé o Corsário, que combina aventura e romantismo. A segunda é Flor de lis, do balé Esmeralda, uma história de amor cheia de empecilhos e triângulos amorosos. Já a terceira mostra a sensualidade do tango, e a quarta é a variação Esmeralda, do balé de mesmo nome.
Variação Gulnara – Balé O Corsário
Bailarina: Alícia Cohim
Variação Flôr de Lis – Balé Esmeralda
Bailarina: Tereza Augusta
Variação Tango – Coreografia da escola Vaganova
Bailarina: Fernanda Viegas
Variação Esmeralda – Balé Esmeralda
Bailarina: Nataly Araújo

Frida<, com Renata Botelho
Duração: 5 min.
Criado a partir de elementos da dança e teatro, o solo desenvolvido por Renata Botelho é inspirado na artista mexicana Frida Kahlo e enfatiza a expressão e representação dramática.
Intérprete criadora: Renata Botelho
Música: Trilha sonora do filme Frida Kahlo

Do Gélido Silêncio Sem Cor, Thiago Barbosa
Duração: 5 min.
Converge dança e performance para criar um cenário de metáforas e subjetivações sobre o que é estar no mundo e sentir-se arrastado pelo curso das multidões, consumido pelo sistema sócio-político-econômico-cultural vigente, e imerso em uma virtualidade de onde faz-se necessário escapar.
Bailarino-performer e coreógrafo e concepção: Thiago Barbosa.

MOSTRA DE COREOGRAFIAS PROFISSIONAIS (PE)

Dia 5 de agosto de 2016, Sexta-feira, às 19h
Onde: Teatro Apolo
Ingressos: R$ 30, R$ 15, R$ 10 e R$ 5*

Suíte La Bayadère, com Ballet da Cidade do Recife
Duração: 16 min.
Classificação Livre
La Bayadère é um ballet de Khudenov, com música de Ludwig Minkus e coreografia de Marius Petipa. Teve estréia mundial em 1877 no Theatro Mariinsky de São Petesburgo. O ballet narra a história de Nikiya, uma dançarina do templo de Solor (um jovem guerreiro). Esta Suíte retrata cenas do Ato II, onde ocorre a celebração do noivado de Solor e Ganzatti.
Direção Geral: Fátima Freitas
Coreografia: Márius Petipá
Adaptação: Dayvison de Albuquerque, Isabel Ferreira
Música: Ludwig Minkus
Cenário e Figurino: Marcondes Lima
Adereços: Henrique Celibi e Fábio Andrade
Elenco: Dayvison de Albuquerque, Isabel Ferreira, Thereza Rachel Freitas, Roberta Cunha, Márcio Filho, Jefferson Figueiredo, Flávio Henrique, Fernanda Lobo, Jeanne Freitas, Monique Vilella.

Dor de Pierrot. Foto: Ju Brainer

Dor de Pierrot. Foto: Ju Brainer

Dor de Pierrot – 80 aos pedaços, com Gardênia Coleto (artista independente/PE)
Duração: 15 a 20 min.
Classificação livre
A partir de registros do movimento artístico-político ocorrido nos anos 1980, na cidade do Recife, a reperformance constrói um novo olhar sobre a obra Dor de Pierrot, criada em 1984 pelo bailarino Bernot Sanches. A composição se dá através de fragmentos coreográficos e discursivos de obras e textos feitos na década de 80. A obra traz, ainda, uma reflexão sobre as repetições e transformações concernentes ao tratamento do artista da dança na capital pernambucana.
“as coisas vão indo de mal a pior, e nós, bailarinos, homens e mulheres que acreditamos realmente no trabalho, precisamos nos unir por uma organização em busca dos nossos direitos…” (Bernot Sanches).
Dançarina-Criadora:  Gardênia Coleto
Orientação: Roberta Ramos
Colaboradores Artísticos: Luiz Roberto Silva, Marcela Aragão e Adelmo do Vale
Figurino cedido pelo Acervo Recordança.
Inspirado na obra Dor de Pierrot de Bernot Sanches

A Pele da Luz, com Luciana Freire D’Anunciação (PE)
Duração: 15 min.
Classificação livre

E se nosso olhar tocasse o mundo? Tudo o que rebatesse luz e nos fizesse visível aos olhos também tocaria nossa pele numa reciprocidade mútua de toques e sensações. É justamente pensando na qualidade tátil da luz que Luciana Freire D’ Anunciação cria o espetáculo A Pele da Luz, um solo de dança que interage e é unicamente iluminado por uma vídeo-projeção.
Performance, conceito: Luciana D’Anunciação
Montagem do video mapping/projeção: Parjad Sharifi
Música: Alex Mah
Cinematografia: Sepehr Samimi
Assistente de câmera: Marc-Olivier Harvey
Performers do vídeo-projeção: Valerie Christian, Rachael Helten, Emilio Rojas, Nicola Awang, Nicholas Masato, Karley Kyle-Moffat
Edição: Luciana D’Anunciação

Dia 6 de agosto de 2016, Sábado, 20h

Zambo, com o Grupo Experimental (PE)
Onde: Teatro Luiz Mendonça (Av. Boa Viagem, s/n, Boa Viagem),
Ingressos:
R$ 30, R$ 15, R$ 10 e R$ 5*
Duração:
45 min.
Classificação:
Livre
O Grupo Experimental
celebra a dança como ato de resistência a partir da reconstrução do espetáculo Zambo (1997), uma das obras inaugurais do Grupo, convidando todos àqueles que construíram a história de luta por uma arte feita no coletivo, em meio à exaltação às individualidades correntes na contemporaneidade.
O espetáculo traduz esteticamente as ideias do movimento Mangue, tanto nos figurinos e na coreografia, quanto nos cenários e, em especial, na trilha sonora, também executada ao vivo.
Ficha técnica:
Zambo/Gerações
Concepção e Coreografia:
Mônica Lira e Sonaly Macedo
Figurino:
Período Fértil
Iluminação:
Beto Trindade
Concepção Maquiagem e Penteados:
Ivan Dantas
Cenário:
Evêncio Vasconcelos
Músicas:
Nusrat Fateh Ali Khan, DJ Spooky, Geoffrey Oryema, Antúlio Madureira, Jorge Du Peixe, Gilson Santana e Gustavo Oliveira
Elenco Primeira Montagem (1997):
Ana Emília Freire, Eduardo Góes, Ivan Dantas, Fernanda Lisboa, Gilson Santana (mestre meia noite), Gustavo Oliveira, Mônica Lira e Renata Lisboa, Mônica Lira, Renata Lisboa, Sonaly Macedo, Jorge Du Peixe (músico convidado).
Elenco Segunda Montagem (2007):
Anne Costa, Calixto Neto, Lilli Rocha, Kleber Candido, Gilson Santana (mestre meia noite), Maria Agrelli, Renata Muniz, Silvio Barreto, Valéria Vicente, Tarcísio Resende (musico convidado).
Elenco Terceira Montagem (2012):
Daniel Silva, Everton Gomes, Januária Finizola, Jennyfer Caldas, Lilli Rocha, Patrícia Pina, Rafaella Trindade, Ramon Milanez.
Elenco Quarta Montagem (2016- Mostra Brasileira de Dança):
Gardênia Coleto, Jorge Kildery, Lilli Rocha, Márcio Filho, Rafaella Trindade, Rebeca Gondim
Artistas convidados:
Ana Emília Freire, Eduardo Góes, Fernanda Lisboa, Mônica Lira, Renata Lisboa, Anne Costa, Maria Agrelli, Renata Muniz, Silvio Barreto, Everton Gomes, Januária Finizola, Jennyfer Caldas, Ramon Milanez.
Musico Convidado:
Tarcísio Resende (Grupo de Percussão Quebra-Baque)
Participação especial:
Gilson Santana (mestre meia-noite) e Orun Santana
Texto:
Gardênia Coleto
Design gráfico:
Carlos Moura
Produção:
Emeline Soledade
Consultoria
Técnica: Danilo Carias
Figurino:
Período Fértil
Iluminação:
Beto Trindade
Assistente de coreografia:
Lilli Rocha e Rafaella Trindade
Ensaiador/fotógrafo (registro ensaios):
Ivan Dantas
Vídeo (produção e edição):
Diego Cruz

Dia 7 de agosto de 2016, Domingo, das 10h às 12h

ENCERRAMENTO

Dança Solidária
Apresentação com grupos locais e encerramento da campanha ‘Adote uma bailarina ou um bailarino’, com entrega dos artigos de dança doados durante a MBD.

Onde: Compaz (Av. Aníbal Benévolo, S/N – Alto Santa Terezinha)
Gratuito
Classificação: Livre

13ª Mostra Brasileira de Dança
29 de julho a 07 de agosto de 2016.

FICHA TÉCNICA

DIREÇÃO: Iris Macedo e Paulo de Castro
REALIZAÇÃO:: IM – Desenvolvimento de Ideias e Projetos e Paulo de Castro Produções
ASSESSORIA DE IMPRENSA E COMUNICAÇÃO: Hayla Cavalcanti
CURADORIA NACIONAL E INTERNACIONAL: Iris Macedo e Paulo de Castro
CURADORIA – ESPETÁCULOS E COREOGRAFIAS DE PERNAMBUCO: Airton Tenório, Ivana Moura e Maria Paula Costa Rêgo
CURADORIA – AÇÕES FORMATIVAS: Liana Gesteira
PRODUÇÃO EXECUTIVA : Andréa Silva e Hudson Wlamir
COORDENAÇÃO DE TEATROS: Carla Navarro, Danilo Carias e Rogério Alves
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA: Liana Gesteira
COORDENAÇÃO TÉCNICA: Luciana Raposo
APOIO DE PRODUÇÃO: Júlio Antonio
MOTOQUEIRO: Evandro Alves

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Movimentos contraditórios da cidade

Foto: Rogério Alves

Tijolos do Esquecimento, do Acupe Grupo de Dança. Foto: Rogério Alves

As Cidades invisíveis, de Ítalo Calvino, é o detonador para reflexões do fenômeno urbano no espetáculo Tijolos de Esquecimento, do Acupe Grupo de Dança. A montagem está em cartaz no Teatro Hermilo Borba Filho.

A urbe feita de pedra é também formada de outras substâncias imateriais exuberantes e subversivas. Nos faz crer o escritor italiano (nascido em Santiago de las Vegas, Cuba), que cada cidade é única em sua composição e idiossincrasias, no embate e sonhos de seus habitantes. O lugar do indivíduo é indagado pelo diretor e coreógrafo Paulo Henrique Ferreira, do Acupe, nos passos e gestos dos bailarinos.

A poeta Flávia Gomes desenvolveu a dramaturgia de Tijolos de Esquecimento e propôs uma imersão no imaginário urbano.

O “encantamento” com um passado melhor é erguido como uma “armadilha” da memória. As coreografias exploram essas e outras contradições, em movimento de atração e repulsão do espaço físico, retorcendo-se contra a opressão. E alegre-se com a motivação inconsciente do desejo nos caminhos infinitos produzidos por nossas escalações.

As Cidades Invisíveis, de Calvino expõe as urbes imaginárias que Marco Polo descreveu ao imperador Kublai Khan. Os lugares carregam nomes de mulheres como: Esmeraldina, Leônia, Cecília. A história ocorre durante o século 13. O escritor inventa um diálogo fantástico entre o imperador dos tártaros (Kublai Khan) e Marco Polo, apontado como o maior viajante de todos os tempos.

As teias de palavras e elucubrações fantásticas do escritor ganham os corpos dos bailarinos Anne Costa, Henrique Braz, Jadson Mendes, Silas Samarky e Valeria Barros.

O território da peça coreográfica não é explicitado. Seus personagens vagueiam ansiosos, entre angustias e desejos, memória afetiva e dinâmicas reais ou dissimuladas. Mobilidade e mutabilidade urbanas na esteira do ser mutante da cidade e do cidadão. Esses atores exploram as camadas desse espaço urbano, a tessitura da plaga, num embate constante entre rotina e mutação.

Foto: Rogério Alves

Espetáculo tem direção de Paulo Henrique Ferreira. Foto: Rogério Alves

Tijolos de Esquecimento
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho (Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife)
Quando: 15, 16 e 17/7, às 20h.
Informações: 3355-3320.

Direção: Paulo Henrique Ferreira
Coreografias: O grupo (processo colaborativo )
Dramaturgia: Flávia Gomes
Intérpretes criadores: Anne Costa, Henrique Braz, Jadson Mendes, Silas Samarky e Valeria Barros.
VJ e criação de vídeos: Alberto Saulo
Sonoplastia: Rodrigo Porto Cavalcanti
Iluminação: Luciana Raposo
Classificação: 16 anos

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Amor ao teatro através da crítica

Sábato Magaldi faleceu aos 89 anos. Foto: Bob Souza/colaboração para o blog

Sábato Magaldi faleceu aos 89 anos. Foto: Bob Souza/colaboração para o blog

Sábato Antonio Magaldi atestou que as qualidades fundamentais ao exercício da crítica seriam o amor ao teatro e a boa-fé. Isso é grande. O escritor, ensaísta, crítico, autor de livros de referência na área teatral, professor e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) desde 1995, ocupante da cadeira 24, que já foi de Manuel Bandeira, e antes de Sábato pertenceu ao escritor Cyro dos Anjos, tinha o teatro como profissão de fé. Ele pertencia à geração de críticos de teatro da qual também faziam parte Décio de Almeida Prado, Anatol Rosenfeld e Yan Michalski.

Magaldi morreu aos 89 anos, por volta das 23h desta quinta-feira (14), em São Paulo. Ele estava internado desde o dia 2 de julho no Hospital Samaritano com quadro de choque séptico e comprometimento pulmonar. Seu corpo foi cremado em cerimônia no Cemitério Memorial Parque Paulista, no Embu das Artes, na Grande São Paulo, nesta sexta-feira (15). A causa da morte foi insuficiência renal e comprometimento pulmonar. Suas cinzas ficarão no mausoléu da ABL, no Cemitério São João Batista, no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro.

Mineiro de Belo Horizonte (MG), Sábato nasceu em 9 de maio de 1927. Antes dos 20 anos de idade escreveu o primeiro artigo publicado no Brasil sobre uma peça de Jean Paul Sartre. Em 1948, aos 21 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro onde concluiu, no ano seguinte, o curso de Direito iniciado na Universidade de Minas Gerais.

Por coincidência, seu primeiro emprego foi como chefe de gabinete do Departamento de Assistência do Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado, conduzido pelo escritor Cyro dos Anjos, que ele viria a suceder na cadeira na ABL décadas depois.

Crítico do Diário Carioca de 1950 a 1953, ele sucedeu Paulo Mendes Campos. Em 1952 foi estudar estética na Universidade de Sorbonne, em Paris, como bolsista do governo francês. Na volta, em 1953, foi convidado por Alfredo Mesquita para lecionar História do Teatro na Escola de Arte Dramática, fundada por Mesquita em 1948. Mudou-se para São Paulo e, no mesmo ano, passou a colaborar para o jornal O Estado de S.Paulo como redator e tornou-se, em 1956, titular da coluna de Teatro do Suplemento Literário, trabalhando ao lado de Décio de Almeida Prado, diretor do Suplemento. Quando o Jornal da Tarde foi fundado, em 1966, começou a escrever crítica para o periódico, até 1988. Na EAD criou, em 1962, a disciplina de História do Teatro Brasileiro. Nos jornais Estado e JT atuou como crítico teatral durante 32 anos.

Dizem as boas línguas que parte dos críticos executava o papel de divulgadores dos espetáculos, alguns recebendo gorjetas das companhias teatrais. Vale lembrar que, naquela época, a crítica tinha um papel preponderante para o sucesso ou fracasso de bilheteria das temporadas.

Magaldi. Foto: Edições Sesc/ Divulgação

Magaldi. Foto: Edições Sesc/ Divulgação

Magaldi é autor de Panorama do teatro brasileiro (1962 e 1997, ed. Perspectiva), Moderna dramaturgia brasileira (1998), Nelson Rodrigues: dramaturgia e encenações (1987, ed. Perspectiva), O texto no teatro (1989, ed. Perspectiva), Cem anos de teatro em São Paulo (2000, com Maria Thereza Vargas, ed. Senac), Depois do espetáculo (2003, ed. Perspectiva), Teatro da ruptura: Oswald de Andrade (2004, Global Editora), Teatro sempre (2006, ed. Perspectiva) e Amor ao teatro (2015, Edições Sesc), entre outros.

Foi um dos primeiros a reconhecer o talento de Nelson Rodrigues, nos anos 1950, quando a obra rodriguiana recebia ataques da crítica moralista e conservadora. Em 1980, a pedido de Nelson Rodrigues, de quem era amigo pessoal, organizou uma edição do teatro completo do dramaturgo. O crítico alinhou as 17 peças levando em conta os estilos e procedimentos dramáticos. As peças de Nelson Rodrigues passaram a ser categorizadas como psicológicas, míticas e tragédias cariocas.

Não era um crítico dono da verdade. O teor relativo de suas análises às vezes estava no próprio texto. Sobre a obra rodriguiana publicou uma autocritica em Dramaturgia e Encenações, revendo a apreciação publicada anteriormente no Panorama: “Formado na estética da sobriedade europeia, eu não admitia os extravasamentos, para mim de mau gosto. Hoje, estou convencido de que o melodramático dos textos rodriguianos corresponde à permanência de uma estética popular, que vai da oratória e da frase feita à chanchada. Sou obrigado a reconhecer que também nesse particular o dramaturgo revelava sua profunda brasilidade”.

Também reconheceu o engano quanto a Oswald de Andrade – o modernista foi tema de sua tese de Doutoramento pela Universidade de São Paulo, depois publicada em livro com o título Teatro da Ruptura: Oswald de Andrade. No seu Panorama do Teatro Brasileiro atestava que O Rei da Vela era impraticável de ser levado palco por suas características literárias.

Foi o primeiro secretário municipal de Cultura de São Paulo, quando o cargo foi criado na gestão do prefeito Olavo Setúbal (1975-1979).

Casado por 38 anos com a escritora catarinense Edla Van Steen, era pai de dois filhos. “Ele era casado com o teatro”, comentou Edla várias vezes, que o acompanhava a todos os espetáculos.

Sábayo tinha um olhar apurado para reconhecer talentos de diretores, dramaturgos e atores. Na década de 1960 apontou Plínio Marcos, Leilah Assunção José Vicente, Antônio Bivar e Consuelo de Castro como figuras que ajudaram na renovação da dramaturgia no Brasil. José Wilker, em começo de carreira, recebeu os elogios de Magaldi em O Arquiteto e o Imperador da Assíria (1970, direção de Ivan de Albuquerque,): “já aparece como ator completo, e dominando como poucos a expressão corporal. Dotado de espantosa agilidade, ele é bem o arquiteto de Arrabal, ser primitivo que reina sobre os elementos na ilha deserta”.

A geração de Sábato Magaldi apostou na crítica teatral como instrumento de reflexão a partir de sólida formação humanista. Ele gostava de afirmar que, se acertou em 10% do que escreveu, estava satisfeito.

Ano passado, lançou o livro Amor ao teatro, organizado por Edla Van Steen, reunindo 783 textos críticos, escritos para o Jornal da Tarde entre 1966 e 1988. São 1.224 páginas. Sábato foi crítico teatral desse jornal paulista por 22 anos.

No artigo Sobre a crítica (Teatro em foco. São Paulo: Perspectiva, 2008), Sábato apontava critérios que, a seu ver, deveriam nortear o crítico teatral. Entre elas: identificar a proposta do espetáculo e avaliar se ela foi concretizada a contento em todos os aspectos da encenação: o diretor, os intérpretes, o dramaturgo, o cenógrafo, o figurinista, iluminação, etc.

Clareza, objetividade e honestidade são preceitos básicos na sua visão. Isso acompanhado de um comportamento ético. O crítico não deveria se influenciar por amizades ou desafetos e, para ele, era imprescindível deixar a ranzinzice fora do teatro e longe da mente da hora de escrever. Também alertava que um comentário mais severo não precisa ser rude ou grosseiro. Enfim, uma prática intelectual que deveria ser exercida por pessoas capacitadas, como deveriam ser a profissão de políticos e outras funções públicas que exercem influência nos destinos do país.

Quando Amor ao Teatro foi lançado, o jornalista e crítico teatral Nelson de Sá, da Folha de S.Paulo, enviou para alguns blogs e sites perguntas sobre Sábato Magaldi, para reportagem que foi publicada no jornal paulistano. A seguir as perguntas e respostas do Satisfeita, Yolanda?, sobre esse intelectual que escrevia com elegância, acuidade analítica e generosidade.

Fotomontagem para o lançamento do livro Amor ao Teatro. Foto: Edições Sesc/Divulgação

Fotomontagem para o lançamento do livro Amor ao Teatro. Foto: Edições Sesc/Divulgação

Entrevista // Ivana Moura, sobre Sábato Magaldi

Sábato serviu de modelo para você em algo específico, na prática? Algum livro dele foi mais significativo? A influência dele sobre você, se houve, foi mais como crítico de jornal, como editor (de Nelson Rodrigues, por exemplo) ou como historiador do teatro?
Como sabemos o teatro é uma arte efêmera, cada sessão é única e nada será exatamente repetido. E se hoje é muito fácil conseguir vídeos, informações imediatas, há 20 ou 30 anos isso era muito complicado. Então os escritos de Décio de Almeida Prado e Sábato Magaldi ganharam além da dimensão histórica, também uma formativa e informativa. Somos todos devedores a ambos. Para quem mora no Nordeste isso ficava mais evidente e esses textos se tornaram valiosos. Eles direcionaram o nosso olhar e colaboraram na construção da subjetividade e do gosto estético. É lógico que os escritos dos dois vinham impregnados pela ruptura do se fez no início do século 20. Estavam antenados com seu tempo. Absorveram uma nova onda de valores estéticos que chegaram aos palcos do país, a partir da década de 1940, na esteira da vinda dos diretores Zbgniev Ziembinski e Louis Jouvet (ambos aportaram no Brasil no final da década de 1930, fugidos da Guerra). Era uma nova forma de análise dos espetáculos, diferente da que se praticava até então. Comprometidos com a renovação teatral, eles lançaram sementes, com seus textos para diretores, atores e grupos, além de estudantes e futuros críticos. Primeiro, Décio, depois Sábato. Primeiro através dos jornais, que chegavam com atraso de um dia, depois dos livros. Eles foram críticos cúmplices, mas pautados por um determinado modelo. A maneira de pensar a cena ampliava o escopo desses profissionais da função de críticos jornalísticos para o papel de historiadores culturais. Todos os livros de Sábato são importantes para mim. Iniciação ao Teatro foi o livro dos primeiros passos. Panorama do Teatro Brasileiro foi fundamental (apesar de sempre achar que essa amplitude de brasileiro não abarcava a multiplicidade do que existia fora do eixo Rio-São Paulo). Aspectos da Dramaturgia Moderna foi livro de cabeceira durante algum tempo. O que mais admiro é o trabalho que ele desenvolveu sobre a obra de Nelson Rodrigues. Foi ele que lançou luz sobre a amplitude da obra do Nelson, dissecou questões, desafiou outras posições, e defendeu esses textos como poucos. É um valioso trabalho.

Sábato detalhou uma fórmula para a crítica teatral: Detectar a proposta da peça, julgar sua qualidade e salientar sutilezas, escrevendo com clareza, honestidade e conhecimento da história do teatro. À luz do que você mesma escreve, hoje, você ainda considera esses conselhos úteis? Alteraria alguma coisa? Priorizaria qual ou quais deles?
Os conselhos de Sábato são úteis, mas para analisar o teatro contemporâneo esse modelo é insuficiente. Todos os pontos da fórmula são válidos. Mas a profusão de significados e ressignificações exigem outras ousadias. Sábato Magaldi é o mais profícuo dos críticos, publicou mais livros sobre história do teatro brasileiro e ainda faz atualização de sua obra. Mas ele mesmo utilizava superlativos e adjetivos que são pouco convincentes para a feitura de uma crítica de espetáculo hoje.

Em suma, o que diferencia o que você faz no Satisfeita, Yolanda? do que ele fazia no JT?
Acho que os críticos de hoje podem até usar as bengalas das fórmulas da crítica moderna, essa que Sábato nos ensinou, mas têm que ampliar horizontes nas contextualizações desse mundo, em que mais ninguém é senhor absoluto de um julgamento estético da cena. Vivemos de incertezas, os riscos são grandes. E não temos nenhuma hegemonia, como ocorreu a vida inteira com o Sábato.

Sábato descrevia Décio de Almeida Prado como “mestre de todos os que o secundaram”, ele inclusive, Sábato. O que os escritos de Sábato têm de diferente em relação a Décio?
Décio de Almeida Prado sempre me pareceu o mais sóbrio, o mais equilibrado dos críticos brasileiros. E com um vocabulário com menos adjetivos. Aquele que nas suas análises criava hipóteses para defender. Seu livro Exercício findo me orientou durante muito tempo, como os jovens artistas plásticos a imitar os mestres nos trabalhos.

Sábato Magaldi sistematizou obra de Nelson Rodrigues. Foto: Carlos/Cedoc/ Funarte

Sábato Magaldi sistematizou obra de Nelson Rodrigues. Foto: Carlos/Cedoc/ Funarte

Depoimentos

“Com a morte do professor Sábato Magaldi fecha-se, ao menos em termos cronológicos (mas não de influência) o ciclo da crítica ao teatro moderno no Brasil. Os dois outros grandes críticos centrais dessa cena (no meu ponto de vista) foram Décio de Almeida Prado e Anatol Rosenfeld. A estes o teatro deve, além da atividade crítica e pedagógica propriamente ditas, a colaboração na construção de uma cena nova, a partir dos anos 40 do século passado. Foram eles os incentivadores e em certa medida os orientadores informais de toda uma geração de artistas, na época em que os sistemas estéticos ainda eram mais firmes e a crítica ainda podia fazer valorações categóricas a partir deles. Sábato Magaldi deixa também obras de referência na área da Historiografia e estudos pontuais ainda hoje indispensáveis, sobretudo em torno da dramaturgia. A compreensão das obras de Nelson Rodrigues e Jorge Andrade, por exemplo, não seria a mesma sem ele. Evoé, jovens críticos vivos! É bom não esquecer que quando se está procurando caminhos novos para o teatro e a crítica é com uma História deste tamanho que querendo ou não se está dialogando. Quem chamou para si a tarefa tem que honrar, do seu modo próprio e autônomo, essa geração.”
Kil Abreu, jornalista e crítico teatral

“Exemplo de grandeza humana e intelectual, a morte de Sábato Magaldi me deixa em completo desalento, sinto-me enlutado. Em 1982 me recebeu para fazer prova de ingresso no mestrado e, desde então, nos tornamos amigos; mais que amigos, tivemos uma relação de mestre-discípulo, sem nenhuma cartilha a ser seguida. Deixava-nos livres para pensar, duvidar. Ele “pegou-me pela mão” e, como um pai, foi muito afetivo. Com sua solidez de conhecimentos e sua tenacidade crítica, apresentou-me um “outro” teatro brasileiro, cheio de nuanças e ambiguidades. Suscitava o desejo permanente de estudarmos a História do Teatro Brasileiro. E, sob sua orientação, pude concluir minha dissertação de mestrado (1989) e a tese de doutorado (1991), sobre o Teatro de Amadores de Pernambuco, cujo resultado foi publicado pela CEPE e SESC Pernambuco, em 2011: TAP – SUA CENA & SUA SOMBRA: O Teatro de Amadores de Pernambuco (1941-1991), para cuja edição escreveu o prefácio. Sou extremamente grato a este homem de teatro, este homem singular, que foi movido pelo amor à docência e ao teatro. Um HOMEM como poucos”.
Antonio Cadengue, encenador

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Dança do Amazonas na Caixa Recife

Cabanagem, com o Corpo de Dança do Amazonas, abre projeto Um Norte Que Dança. Foto: Ruth Jucá

Cabanagem, com o Corpo de Dança do Amazonas, abre projeto Um Norte Que Dança. Foto: Ruth Jucá

Ainda hoje, desconhecemos a magnitude da riqueza da Região Norte do Brasil, a maior em extensão territorial. Segundo o historiador Caio Prado Júnior, no século 19 ocorreu “o mais notável movimento popular do Brasil, o único em que as camadas pobres da população conseguiram ocupar o poder de toda uma província com certa estabilidade”.

Foi a Revolta dos Cabanos ou Cabanagem (1835-40), da província do Grão-Pará (que englobava os atuais estados do Pará, parte do Amazonas, Amapá e Roraima). A diferença de outras rebeliões no período da Regência (1831-1841), – Revolução Farroupilha (1835-1845); Cabanos de Alagoas e Pernambuco (1832-1835), a Sabinada na Bahia (1837-1838); além de outras de menor intensidade – é que os personagens principais foram os povos da selva.

Negros, índios e mestiços, a maioria da população explorada do Grão-Pará, viviam em pequenas ilhas e na beira dos rios em cabanas deploráveis. Revoltados, e com a ajuda de outros grupos revolucionários, armaram uma conspiração para lutar contra a miséria, o latifúndio, a escravidão e os abusos de poder. Em cinco anos de guerrilhas, mais de 30% da população paraense – estimada na época em 100 mil habitantes – foi dizimada.

Cabanagem. Foto: Ruth Jucá

Cabanagem. Foto: Ruth Jucá

Cabanagem espetáculo de Mário Nascimento, com o Corpo de Dança do Amazonas, leva ao palco essa memória de luta e resistência, das batalhas marcadas pela violência e pela ânsia de liberdade. Com movimentos vigorosos que remetem à rebelião, a peça coreográfica lembra a batalha nativista. O espetáculo é inspirado nas obras Uma breve história do Amazonas, de Márcio Souza, e No País das Amazonas, de Marilene Corrêa.

A apresentação de Cabanagem integra o projeto Um Norte Que Dança, formado por três diferentes espetáculos do Corpo de Dança do Amazonas: além de Cabanagem, A Sagração da Primavera e Milongas. A turnê tem ingressos populares a R$ 10 e R$ 5.

Cabanagem tem 45 minutos de duração e será apresentada nesta e na próxima quinta-feira (14 e 21/07), Caixa Cultural Recife. A coreografia foi exibida na programação do Festival Palco Giratório do SESC, no Teatro Luiz Mendonça, em 2011.

A Sagração da Primavera. Foto: Wellington Dantas.

A Sagração da Primavera. Foto: Wellington Dantas.

A Sagração da Primavera, obra icônica dos russos Vaslav Nijinsky e Igor Stravinsky, foi deslocada do ritual pagão eslavo – no qual uma jovem dança até a morte, como oferenda ao Deus da Primavera – para a tribo Tikuna.  A releitura exibe o Ritual da Moça Nova, quando a jovem índia Worecü, ao menstruar pela primeira vez, é apartada do convívio social. Representa a morte do corpo infantil e nascimento do corpo de mulher.

A coreografia assinada pelos bailarinos amazonenses Adriana Góes e André Duarte será mostrada nas sextas-feiras 15 e 22/07. A Sagração da Primavera esteve na programação  da 12ª Mostra Brasileira de Dança e foi apresentada no ano passado, no Teatro de Santa Isabel.

Publicamos no blog sobre A Sagração da Primavera do CDA:
Stravinsky com sotaque amazonense
Sagração da Primavera amazonense

Milongas. Foto: Marcelo Rebouças

Milongas. Foto: Marcelo Rebouças

A terceira peça, Milongas, tem 45 minutos de duração mistura tango tradicional com o eletrônico, e a dança de salão com a dança contemporânea. Mas os diretores artísticos Monique Andrade e Getúlio Lima garantem que essa fusão de técnicas de balé clássico e de tango não destrói a essência das milongas – que surgiu como estilo musical e como dança em Andaluzia (Espanha), no fim do século 19, tornando-se popular no subúrbio de Montevidéu e Buenos Aires e mais tarde foi absorvida pelo tango. As apresentações serão nos sábados 16 e 23/07.

Criado em 1998 pelo Governo do Estado do Amazonas, através da Secretaria de Cultura, o Corpo de Dança do Amazonas (CDA) convida, desde então, artistas do Brasil e exterior para colaborar nas criações.

Com o repertório de três obras, com 16 ou 17 bailarinos em cena, o Corpo de Dança do Amazonas expõe um painel do trabalho desenvolvido pelo grupo. A turnê tem produção executiva de João Fernandes e direção artística de Getúlio Lima.

SERVIÇO
Projeto Um Norte Que Dança
14 e 21 de julho, às 20h, espetáculo Cabanagem;
15 e 22 de julho, às 20h, espetáculo A Sagração da Primavera
16 e 23 de julho, às 20h, espetáculo Milongas
Quanto: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)
Onde: Caixa Cultural Recife (Av. Alfredo Lisboa, 505, Praça do Marco Zero, Bairro do Recife.
Fone: 3425 1906
Ingressos à venda a partir das quartas-feiras.

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O caráter traça destino de Macbeth

6D ©Joao Caldas Fº

Thiago Lacerda no papel de Macbeth. Foto: João Caldas Filho

Uma das características da montagem de Ron Daniels com Thiago Lacerda no papel de Macbeth é a clareza, a transparência do processo de contaminação do mal por uma figura até então aclamada como virtuosa.  Os poderes sombrios rondam e o protagonista debate-se para cometer o monstruoso crime. Essa falha humana atravessa o palco na danação desse homem que vendeu sua alma. Com mais maturidade do que em Hamlet, também dirigido por Daniels, Thiago Lacerda, ergue um general que retorna da guerra atiçado em sua ambição perversa de se tornar rei. Sua atuação vai num cromatismo do grande homem ao diabólico. A tradução e adaptação feitas por Daniels e Marcus Daud, mais coloquial, foca no protagonista.

O espetáculo integra o  Repertório Shakespeare, composto pelas encenações de Macbeth e Medida por Medida, de William Shakespeare, em cartaz no Teatro RioMar. O projeto dá sequência à parceria entre o diretor Ron Daniels e o ator Thiago Lacerda após a montagem de Hamlet. Montar Shakespeare – uma tragédia e uma comédia – já é um arrojo de produção. E viajar com as montagens – com uma equipe de 25 pessoas – uma demonstração de paixão pelo teatro.

Ao voltar da guerra, os generais Macbeth e Banquo (Marcos Suchara) ouvem de três criaturas uma profecia: o primeiro se tornará rei e o segundo será pai de muitos reis. Banquo reconheceu o mal em si mesmo e resistiu. Os sentimentos de ambição inflamam Macbeth, que até pensa em desistir da ideia de matar o rei da Escócia, mas é incitado a seguir em frente por Lady Macbeth. Um série de assassinatos são cometidos para encobrir o crime inicial.

A maquiavélica Lady Macbeth destila crueldade; vai do controle da falsidade ao descontrole. A atriz desliza com elegância pelos humores da personagem que se torna sonâmbula e passa a lavar incessantemente as mãos para tirar manchas imaginárias de sangue. Lady Macbeth se suicida sem que ninguém se importe.

O abuso de poder em Macbeth leva ao delírio e à alucinação, destacado em cenas como a da visão do espectro de Banquo.

É bom ouvir a clareza com que Lacerda diz suas falas, cada significado. Seus solilóquios revelam a natureza do combate interno que enfrenta. Ele mostra a degradação total do ser humano, que se deixa influenciar por forças sinistras e decide, com seu livre arbítrio, pelo mal. Lady Macbeth também expressa seu texto com força. Mas algumas frases, das bruxas e de outros personagens não eram bem entendidas da plateia alta, e não sei se por uma opção da direção de criar distorções e ruídos.

A cenografia de André Cortez, com os painéis de Alexandre Orion – inspirada no quadro Operários (Tarcila do Amaral) – e  cortinas de tiras transparentes, ganha impacto no decorrer da peça, ao virar um mural com caveiras. O efeito está vinculado à luz de Fábio Retti.

O figurino é escuro e acinzentado, mas é reservado para Lady Macbeth um vestido vermelho, anúncio do trono de sangue, da paixão.

O caráter é o destino de Macbeth.

É um espetáculo forte, intenso. Que tem um bom ritmo, mas dilata em algumas cenas.

FICHA TÉCNICA

Com Ana Kutner, André Hendges, Fábio Takeo,  Felipe Martins, Lourival Prudêncio, Lui  Vizotto, Luisa Thiré, Marco Antônio Pâmio, Marcos Suchara, Rafael Losso, Stella de Paula, Sylvio Zilber, Thiago Lacerda

Texto: William Shakespeare
Tradução: Marcos Daud e Ron Daniels
Concepção e Direção: Ron Daniels
Curadoria Artística: Ruy Cortez
Instalação cênica – Painéis: Alexandre Orion
Instalação cênica – Cenografia: André Cortez
Figurinos: Bia Salgado
Desenho de Luz: Fábio Retti
Composição e trilha original: Gregory Slivar
Diretor assistente: Gustavo Wabner
Preparação corporal e direção de movimento: Sueli Guerra
Coordenador de ação: Dirceu Souza
Visagismo: Westerley Dornellas
Preparação vocal: Lui Vizotto
Preparação de luta: Rafael Losso
Cenotécnica: Fernando Brettas | Onozone Studio
Figurinistas assistentes: Alice Salgado e Paulo Barbosa
Indumentária e adereços: Alex Grilli e Ivete Dibo
Costureiras: Francisca Lima Gomes e Marenice Candido de Alcantara
Camareiras: Conceição Telles e Regina Sacramento
Projeto de sonorização: Kako Guirado
Operador de som: Renato Garcia
Operadora de luz: Kuka Batista
Diretor de palco: Ricardo Bessa
Edição de texto: Valmir Santos
Foto de cena: João Caldas
Foto do processo – Still: Adriano Fagundes
Design Gráfico: 6D
Assessoria de Imprensa | SP: Adriana Monteiro
Assessoria de Imprensa | RJ: Vanessa Cardoso
Relações institucionais: Guilherme Marques e Rafael Steinhauser
Administração: Flandia Mattar
Assistente administrativa: Mara Lincoln
Assistência de produção: Claudia Burbulhan, Diego Bittencourt, Marcele Nogueira e
Paulo Franco
Produção Executiva: Luísa Barros
Direção de Produção: Érica Teodoro
Produção: CIT-Ecum, TRL e Pentâmetro
Realização: Sesc, CIT-Ecum, TRL e Pentâmetro

ELENCO – PERSONAGENS

Thiago Lacerda: Angelo (Medida por Medida), Macbeth (Macbeth)

Marco Antônio Pâmio: Duque (Medida por Medida), Macduff (Macbeth)

Luisa Thiré: Isabella (Medida por Medida), Lady Macbeth (Macbeth)

Sylvio Zilber: Éscalo (Medida por Medida), Duncan e Velho Seward (Macbeth)

Marcos Suchara: Lucio (Medida por Medida), Banquo (Macbeth)

Lourival Prudêncio: Pompeu (Medida por Medida), Sargento, Porteiro e Doutor (Macbeth)

Felipe Martins: Cotovelo e Barnabé (Medida por Medida), Feiticeira, Mensageiro, Assassino (Macbeth)

Ana Kutner: Mariana, Freira (Medida por Medida), Feiticeira, Lady Macduff, Enfermeira (Macbeth)

Rafael Losso: Claudio (Medida por Medida), Malcolm (Macbeth)

André Hendges: Superintendente (Medida por Medida), Ross e Oficial (Macbeth)

Fabio Takeo: Frei Thomas, Guarda + Franchão (Medida por Medida), Lennox (Macbeth)

Stella de Paula: Julieta, A Sra. Bem-passada (Medida por Medida), Feiticeira, Fleance e Mensageiro Branquela (Macbeth)

Lui Vizotto: Lelé, Guarda, Frei Pedro (Medida por Medida), Donalbain, Assassinos, filho de Macduff (Macbeth)

Lei Federal de Incentivo à Cultura
Realização: Opus Promoções e Ministério da Cultura, Governo Federal – Brasil, Ordem e Progresso

SERVIÇO
Macbeth: dia 8 de julho (sexta), às 21h30 e 9 de julho (sábado), às 18h
Duração: 1h40
Classificação: 14 anos
Gênero: tragédia
Medida por Medida: dia 9 de julho (sábado), às 21h
Duração: 1h50
Classificação: 14 anos
Gênero: comédia

Teatro RioMar Recife: Av. República do Líbano, 251, 4º piso – RioMar Shopping
www.teatroriomarrecife.com.br

Ingressos:
Balcão Nobre: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia)
Plateia Alta: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia)
Plateia Baixa: R$ 110 (inteira) e R$ 55 (meia)

Canais de vendas oficiais: bilheteria do Teatro RioMar Recife (terça a sábado, das 12h às 21h, e domingos e feriados, das 14h às 20h)
Vendas online: www.ingressorapido.com.br
Televendas: 4003-1212

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