Bordados de vida

 

 

Agri Melo confessa suas memória em espetáculo, acompanhada por Cacau. Foto Ivana Moura

Agri Melo confessa suas memórias em espetáculo, acompanhada por Cacau Nóbrega. Foto Ivana Moura

Histórias Bordadas em Mim flutua com as marcas da leveza e do carisma da atriz Agrinez Melo. Ela repassa com delicadeza suas memórias pessoais de mulher, negra, mãe, guerreira e trabalhadora no espetáculo que faz uma sessão hoje, às 20h30, Espaço O Poste, dentro da programação do Outubro ou Nada.

Em tom confessional Agri vai desfiando suas experiências da casa dos pais, dos amores antigos, dos atuais. Carrega a ancestralidade e a oralidade nos gestos e na voz, que se desdobram em  outros personagens.

Neste primeiro solo, a intérprete, que também assinada produção, direção, dramaturgia, figurino e cenografia, contou com o apoio dos consultores Ana Paula Sá – na assessora em dramaturgia, Samuel Santos, Quiercles Santana e Naná Sodré.

Acompanhada por Cacau Nóbrega, ao violão, e atuando nos efeitos sonoros, a atriz ganha o espectador com a simplicidade de quem já correu de pés descalços em chão batido, arranhou os joelhos e levantou muitas vezes com dignidade e alegria de viver.

É um encontro prazeroso com aquela figura magra e longilínea que oferece junto com a brejeirice e seus tarecos uma narrativa que traduz uma forma mais tranquila de encarar os desafios da vida,

O trabalho prossegue ainda na costura pela dramaturgia mais amarrada, por experimentações de episódios e supressão de outros, na busca pela construção do léxico mais preciso do discurso. Mas é um espetáculo tocante, singelo, de quem quer e merece um abraço. E os aplausos.

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Histórias bordadas em mim, com Agri Melo. foto Ivana Moura

FICHA TÉCNICA
Atuação, Produção, Dramaturgia, Figurino, Cenografia e Direção: Agrinez Melo
Assessoria em Dramaturgia: Ana Paula Sá
Assessoria em Direção: Naná Sodré, Quiercles Santana e Samuel Santos
Concepção Musical e Sonoplastia: Cacau Nóbrega
Assessoria em toadas: Maria Helena Sampaio (YaKêkêrê do Terreiro Ilê Oba Aganju Okoloyá)
Maquiagem: Vinicius Vieira
Aderecista: Álcio Lins
Cenotécnico: Felipe Lopes
Foto, Áudio e Filmagem: Lucas Hero
Direção e edição de vídeo: Taciana Oliveira (Zest Artes e Comunicação)
Assistente de produção: Nayara Oliveira
Designer: Curinga Comuniquê
Execução de figurino: Agrinez Melo e Vilma Uchoa
Assessoria de imprensa: Alessandro Moura

Serviço
Histórias bordadas em mim – dentro da programação Outubro ou Nada
Quando: Nesta sexta, às 20h30
Onde: Espaço O Poste Soluções Luminosas – Rua da Aurora, 529, Boa Vista
Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (estudantes, professores e idosos)

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Uma voz contra a misoginia

Christiane Tricerri faz duas apresentações gratuitas no Festival de Teatro do Agreste – FETEAG. Foto: Gal Oppido

Christiane Tricerri faz duas apresentações gratuitas no Festival de Teatro do Agreste – FETEAG. Fotos: Gal Oppido

Provocação para pensar sobre a contemporaneidade

Provocação para pensar sobre a contemporaneidade

Um grito contra a violência

Um grito contra a violência

Apesar de que tudo que já foi feito pela liberdade feminina, com a atuação de feministas e o sacrifício de militantes, parece (e espero que esteja enganada) que a história em muitos lugares está dando uma marcha ré em muitas conquistas. A violência é uma ameaça real ao direito de ir e vir das mulheres. O pensamento arcaico, conservador e sufocante ganha terreno no Brasil e em outras partes do mundo. Nesses momentos, encenar um texto que discute o lugar do feminino na sociedade, que combate o machismo com a força da palavra é muito oportuno. Contra a misoginia uma voz que não se dobra. A atriz Christiane Tricerri encena nesta quinta-feira (6), no Teatro Santa Isabel, e sexta-feira (7), no Rui Limeira Rosal, em Caruaru, o espetáculo A Merda (La Merda)com texto do italiano Christian Ceresoli. A peça integra a programação do 26º Festival de Teatro do Agreste – Feteag, que neste ano ocorre no Recife e em Caruaru.

No centro do palco, sozinha e nua sob os holofotes do teatro e munida de um microfone, a atriz desfia freneticamente a trajetória de uma mulher fora das normas dominantes. E chega para provocar. Ativar pontos adormecidos, sacolejar ideias preconcebidas, numa concepção quase musical.

A montagem A Merda (La Merda) faz uma crítica à ditadura da beleza a partir de uma personagem que faz de tudo para se tornar uma celebridade. E também rechaça a violência contra as mulheres e o machismo.

A atriz da peça Christiane Tricerri atua no Teatro do Ornitorrinco há três décadas, ao lado de Cacá Rosset. Na montagem de Sonho de Uma Noite de Verão, – que estreou em Nova York, no New York Shakespeare Festival, no Central Park, em 1991 – apareceu nua no papel do Titânia, a rainha das fadas e causou frisson entre os norte-americanos. Atualmente a nudez no palco é algo bastante comum no teatro contemporâneo, mas ainda chama atenção dos conservadores para esse detalhe. A atriz participou recentemente do filme Sangue Azul (2014) do pernambucano Lírio Ferreira.

A entrada para assistir ao espetáculo A Merda (La merda) é grátis, com retirada de senhas uma hora antes na bilheteria do teatro.

Serviço
Espetáculo A Merda (La Merda)
Onde: Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n, Santo Antônio) RECIFE
Quando: Nesta quinta-feira (6), às 20h
Quanto: Gratuito
Informações: (81) 3355-3323

Onde: Teatro Rui Limeira Rosal (Sesc Caruaru) CARUARU
Quando: Nesta Sexta-feira (7), às 20h
Quanto: Gratuito

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Sensualidade e fé em peça de Vitória

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Ator Raphael Gustavo estreia solo na sede da Fiandeiros. Foto: Lucivânio Moura

O solo A Última Cólera no Corpo de Meu Negro, com interpretação e dramaturgia de Raphael Gustavo, investiga o racismo, a sexualidade, a cultura e a fé. O espectro é amplo. Mas para trabalhar todas essas questões o atuador nos conduz a uma senzala, onde encontramos Bastião trancado com outro ser humano escravizado (presente de seu pai). Em meio a um jogo de humilhações e luta algo estranho é construído. O personagem relembra desse passado em que ódio e amor se enroscam num território onde religiosidade e sensualidade duelam. Há segredos que precisam ser liberados para libertação dos sentimentos que enclausuram.

A história ocorreu no século passado e atravessa o tempo para revelar os fios que ainda ligam os mesmos conflitos. “Eles pensavam que estavam sozinhos naquela senzala. Mas os orixás e os deuses não dormem. Exu não dorme. Estavam o tempo todo ali, dançando e girando naquele lugar, enquanto os observavam. Dois falos, dois meninos, dois homens e o desespero. Um tinha cal no couro, o outro tinha café. Um falava a língua dos bichos, o outro se desfazia de sua fé”.

A Última Cólera no Corpo de Meu Negro, da Cia. Experimental de Teatro de Vitória – PE, faz sua estreia nesta quarta-feira, às 19h, no Espaço Fiandeiros, dentro da programação do
Outubro ou Nada – 1º festival de Teatro Alternativo do Recife. Volta a se apresentar no 21 de Outubro, às 19h no Espaço O POSTE.

A Cia. Experimental de Teatro desenvolve os seus trabalhos há 14 anos. Fundada pelo ator e diretor, César Leão, atualmente é formada por Arlan Brum, Bianca Lira, Cecília Lopes, César Leão, Fabiano Falcão e Raphael Gustavo. Eles mantêm a Cia sem qualquer ajuda governamental.

Ficha técnica
Texto: Raphael Gustavo
Direção: César Leão
Preparação Corporal: Cleiton Santiago
Preparação De Ator: O Poste- Soluções Luminosas (Samuel Santos, Naná Sodré)
Sonoplastia: Fabiano Falcão
Cartazes: Ian de Andrade
Fotos: Lucivânio Moura

SERVIÇO
A Última Cólera no Corpo de Meu Negro, com a Cia Experimental de Teatro
Dia 5 de Outubro, às 19h, na FIANDEIROS, Matriz da Boa Vista, 46;
Dia 21 de Outubro, às 19h no Espaço O POSTE, Rua da Aurora, 529
Quanto: R$ 20 e R$ 10

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Outubro ou nada larga com peça Na beira

Nínive Caldas lê manifesto. Reprodução da Internet

Nínive Caldas lê manifesto do 1º Festival Alternativo do Recife. Foto: reprodução da Internet

Espaço entre as Ruas da Aurora e Princesa Isabel vai abrigar outras peças. Foto: Reprodução da internet

Reprodução da internet

Abertura do festival Outubro ou Nada foi na sede d’O Poste. Foto: Reprodução da internet

Um aglomerado de gente alegre na esquina das Ruas da Aurora e Princesa Isabel chamava a atenção no final da tarde/começo da noite de ontem. Entre fotos, conversas e a própria produção do evento, eclodia um movimento que guarda fôlego para dar outros rumos para as artes cênicas de Pernambuco. Ali naquele ponto funciona o Espaço O Poste, que desenvolve uma pesquisa continuada há anos e sobrevive graças à garra de seus integrantes. É mais que simbólico que a abertura do Outubro ou Nada – 1º Festival de Teatro Alternativo do Recife – uma iniciativa que aglutina na programação 35 espetáculos durante todo o mês – tenha ocorrido naquele local.

Mesmo que seja um trabalho de formiguinha, não tem como não chamar atenção para essa maratona com peças montadas por artistas locais, na maioria das vezes no sacrifício. São 24 grupos/ companhias/ coletivos e produtores independentes, chegando a 60 artistas pernambucanos envolvidos para levantar a bola da representatividade do teatro na nossa sociedade contemporânea.

Uma das questões atacadas pelo festival é falta de pautas nos teatros municipais e os problemas desses equipamentos, como é o caso do Teatro do Parque, fechado há anos. Mas o movimento de ocupação de espaços independentes iniciado na cidade há dois, já absorveu as questões estética e política.

Às margens do Rio Capibaribe, com o cenário deslumbrante dessa cidade repleta de contradições sociais, flertando com o Teatro de Santa Isabel, foi lançada também a Revista Trema na sua edição – O GOLPE!.

No texto manifesto, escrito por Márcia Cruz e lido por Nínive Caldas, foram convocados a força e o talento de muitos, inclusive os que vieram antes de nós. “A despeito de todo desprezo dos atuais governantes, de todas as esferas – estadual, municipal e federal – a despeito de toda tentativa perversa de destituir na população o apreço que eles têm ao teatro. Nós estamos aqui e vamos resistir! Va-mos E-XIS-TIR!!”

E o documento compartilhado pelo movimento arremata “O teatro vive em nós! Estamos pulsando nossa arte e exigimos de todos os governantes políticas públicas que garantam a permanência do teatro no cotidiano das cidades, tanto no que toca às pesquisas, quanto aos espaços públicos, e até mesmo às subvenções de sedes e festivais. OUTUBRO OU NADA não é vento! OUTUBRO OU NADA é essencial!”. Está dito. Bem dito.

Plínio Foto: Ivana Moura

Plínio Maciel em pleno domínio de sua história. Foto: Ivana Moura

Participação da plateia. Foto: Ivana Moura

Na Beira segue os passos do biodrama. Foto: Ivana Moura

O Poste não estava lotado em sua capacidade física, mas contava com multiplicadores e detonadores de inspiração. E lá fomos mergulhar nas lembranças de Plínio Maciel. Esse artista com pleno domínio de sua história, um performer convincente e cativante na sua arte. É senhor de uma teatralidade que ganha relevo nos pequenos detalhes, na liberdade e simplicidade de se comunicar com o público, de envolver a plateia.

Sob direção de Rodrigo Dourado, Na Beira também aposta no acaso ao planejar algumas narrativas que serão escolhidas por um e outro espectador nos envelopes pendurados. O contador de causos, narrador e atuador da história desliza com habilidade pelos becos e avenidas largas da revisitação da sua vida.

Na fronteira entre real e ficção

Caldinho e cerveja são oferecidos à plateia e ajudam a quebrar qualquer clima mais formal, chamando à cumplicidade.

O artista leva à cena elementos reais, como roupas da época em que era criança e muitas fotos tiradas do fundo do baú, para revelar situações banais, mas que ganham distinção na voz do bom fabulador. Plínio Maciel borra esses elementos e cria brechas para o público especular sobre verdades e ficções.

Paricicipação da plateia. foto Ivana Moura

Participação da plateia. Foto Ivana Moura

O próprio protagonista carrega aquela verdade dos personagens populares, com os quais podemos esbarrar nas feiras livres, nos interiores do Nordeste do Brasil. E dá um tratamento de leveza, beirando a pilhéria nas situações mais constrangedores. Lembra dos personagens do dramaturgo pernambucano Luiz Marinho.

Nesse solo autobiográfico, a teatralidade do real aflora dos mínimos detalhes, no clima popular, circense, interiorano, quase ingênuo nas alusões às safadezas dos Mazzaropis inventados.

Não há nada de excepcional nessas histórias. Sua tia que gostava de laços de fitas para meninas, resolveu fantasiar Plínio bebê de garotinha e saiu a exibir pelas redondezas de Surubim o seu sobrinho. Bem, mas isso é muito comum, não é mesmo?! Ou as presepadas a que ele se submeteu nos carnavais. Ou mesmo a sua experiência como educador de escola pública. No fundo, tudo é muito estimulante porque transborda de vida.

Programação dos ESPETÁCULOS e RODAS DE DIÁLOGO

Dia 3 – ABERTURA (18h-19h30) com o lançamento da Revista TREMA! Edição “o golpe”
Dia 3 – Na Beira (20h) / Local – Espaço O Poste Soluções Luminosas / 60 lugares
Dia 4 – Na Beira (20h) / Local – Espaço O Poste Soluções Luminosas / 60 lugares
Dia 5 – A última cólera no corpo de meu negro (19h) /Estreia – Local – Espaço Fiandeiros / 60 lugares
Dia 5 – Pezinho de Galinha (20h30) / Local – Casa do Acre / 60 lugares
Dia 6 – 1 Torto (20h) / Local – Ed. Texas/Espaço Magiluth / 50 lugares
Dia 7 – Uma Antígona para Lúcia (19h30) / Local – Espaço Fiandeiros / 70 lugares
Dia 7 – Histórias Bordadas em Mim (20h30) / Local – Espaço O Poste Soluções Luminosas / 60 lugares
Dia 7 – O Diário Quase Ridículo de Aurora (20h30) / Local – Bar Teatro Mamulengo / 80 lugares
Dia 8 – Roda de Diálogo: TEATRO ALTERNATIVO 10h Local: Teatro Joaquim Cardozo (CENTRO CULTURAL BENFICA) + lançamento do livro Teatro Para Crianças no Recife – 60 Anos de História no Século XX (Volume 01)”, de Leidson Ferraz
Dia 8 – Ombela (20h) / Reestreia / Local – Espaço O Poste Soluções Luminosas / 60 lugares
Dia 8 – Salmo 91 (20h) / Local – Espaço Cênicas / 70 lugares
Dia 8 – O palhaço de pijama (20h) / Local – Teatro Joaquim Cardozo / 50 lugares
Dia 8 – 4 X Hilda ou Quarteto Obsceno (20h) / Local – Teatro Joaquim Cardozo / 50 lugares
Dia 9 – Tempo Menino (17h) – Espaço Vila / 50 lugares
Dia 9 – Salobre (18h) / Local – Espaço Fiandeiros / 70 lugares
Dia 9 – Ombela (19h) / Local – Espaço O Poste Soluções Luminosas / 60 lugares
Dia 10 – TRILOGIA VERMELHA – pa(IDEIA) – pedagogia da libertação (19h) / Local: Escola PE de Circo (EPC)
Dia 10 – Deu com a pleura (20h) / Local – Espaço O Poste Soluções Luminosas / 60 lugares
Dia 11 – O Velho Diário da Insônia (20h) / Local – Espaço O Poste Soluções Luminosas / 60 lugares
Dia 12 – Acontece Enquanto Você Não Quer Ver (20h) / Local – Ed. Texas / Espaço Magiluth /50 lugares
Dia 13 – O Mascate, a Pé Rapada e os Forasteiros (20h) / Local – Ed. Texas / Espaço Magiluth /50 lugares
Dia 14 – Soledad – A Terra é Fogo Sob Nossos Pés (19h) / Local – Escola PE de Circo / 300 lugares
Dia 14 –Nem Tente (20h) / Local – Espaço Fiandeiros / 70 lugares
Dia 14 – O Diário Quase Ridículo de Aurora (2030h) / Local – Bar Teatro Mamulengo / 80 pessoas
Dia 15 – Salmo 91 (20h) / Local – Espaço Cênicas / 70 lugares
Dia 15 – Ombela (20h) / Local – Espaço O Poste Soluções Luminosas / 60 lugares
Dia 16 – O Palhaço de Pijama (16h) / Local – Galeria Mau Mau (Sala Monstra)
Dia 16 – Aaaaaaah! Histórias de Arrepiar (16h) / Ensaio aberto – espetáculo infantil / Local – Galeria Mau Mau (Sala Monstra)
Dia 16 – (In)Cômodos (18h) / Local – Espaço Fiandeiros / 70 lugares
Dia 16 – Ombela (19h) / Local – Espaço O Poste Soluções Luminosas / 60 lugares
Dia 17 – A Receita (20h) / Local – Espaço O Poste Soluções Luminosas / 60 lugares
Dia 18 – JR. (19h) / Local – Espaço O Poste Soluções Luminosas / 60 lugares
Dia 19 – Pezinho de Galinha (20h30) / Local – Casa do Acre
Dia 20 – Ophélia (20h) / Local – Ed. Texas/Espaço Magiluth / 50 lugares
Dia 21 – A última cólera no corpo de meu negro (19h) / Local – Espaço O Poste / 60 lugares
Dia 21 – Viva La Vida (20h) / Estreia / Local – Escola Pernambucana de Circo / 300 lugares
Dia 21 – A Mulher Monstro (20h30) / Local – Ed. Texas/Espaço Magiluth / 50 lugares
Dia 22 – RODA DE DIÁLOGO: GESTÃO DE ESPAÇOS ALTERNATIVOS (10h) LOCAL: Teatro Joaquim Cardozo
Dia 22 – O Palhaço de Pijama (18h) / Local – Casarão da Várzea / livre
Dia 22 – Bruffa! (18h) / Local – Casarão da Várzea / livre
Dia 22 – Ombela (20h) / Local – Espaço O Poste Soluções Luminosas / 60 lugares
Dia 22 – Salmo 91 (20h) / Local – Espaço Cênicas / 70 lugares
Dia 23 – Ombela (19h) / Local – Espaço O Poste Soluções Luminosas / 60 lugares
Dia 24 – Na Beira (20h) / Local – Escola PE de Circo / 300 lugares
Dia 25 – Andarte Andarilho (20h) / Local – Espaço Cênicas
Dia 26 – Sistema 25 (19h30) / Local – Espaço O Poste Soluções Luminosas / 25 lugares
Dia 26 – TRILOGIA VERMELHA – h(EU)stória – O tempo em transe (20h) / Local – Espaço Cênicas
Dia 27- TRILOGIA VERMELHA – pa(IDEIA) – Pedagogia da libertação (20h) / Local – Espaço Cênicas
Dia 28 – Alguém para fugir comigo (19h) / Ensaio aberto / Local – Escola PE Circo / 300 lugares
Dia 28 – Luzir é Negro! (20h) / Estreia / Local – Espaço O Poste Soluções Luminosas / 60 lugares
Dia 28 – Santo Genet e as Flores da Argélia (20h) / Local – Espaço Experimental / 60 lugares
Dia 29 – Retomada (19h) / Local – Coletivo Lugar Comum / 60 lugares
Dia 29 – Ombela (20h) / Local – Espaço O Poste Soluções Luminosas / 60 lugares

Festa de Encerramento (22h) / Local – Ed. Texas

AÇÕES FORMATIVAS
Oficinas
“O negro e a dramaturgia no Teatro do Oprimido”
Dias 03, 04, 05, 06 e 07 / 8h as 12h / Mediador: Marcílio de Moraes / Valor: Gratuito
“Da pele pra dentro” – Qualidades do movimento (Iniciação ao Teatro)
Dia 05 / 09h as 12h / Mediadora: Naná Sodré / Valor: R$ 10
“Oficina de Interpretação”
Dia 13 /09h as 12h / Mediador: Samuel Santos / Valor: R$ 10
“Oficina de figurino” – Customização e Transformação
Dia 19 / 09h as 12h / Mediadora: Agri Melo / Valor: R$ 10
“Oficina Introdução ao Jogo do Bufão”
Dia 22 / 08h as 18h / Mediadora: Bruna Florie / Valor: Gratuito

ESPAÇOS e ENDEREÇOS
Espaço O Poste Soluções Luminosas – Rua da Aurora, 529, Boa Vista
Espaço Fiandeiros – Rua da Matriz, 46, Boa Vista
Casa do Acre – Rua da Aurora, 1019, 7º andar, Ed. Iemanjá, Santo Amaro
Ed. Texas/Espaço Magiluth – R. Rosário da Boa Vista, 163, Boa Vista
Bar Teatro Mamulengo – Rua da Guia, 211, Bairro do Recife
Teatro Joaquim Cardozo e Atelier 2 – CENTRO CULTURAL BENFICA – Rua Benfica, 157, Madalena
Espaço Cênicas – Av. Marquês de Olinda, 199, Bairro do Recife (Entrada pela rua Vigário Tenório).
Espaço Vila – Rua Radialista Amarílio Nicéas, 76, Santo Amaro
Escola Pernambucana de Circo (EPC) – Avenida José Américo de Almeida, 5, Macaxeira.
Coletivo Lugar Comum – Rua Capitão Lima, 210, Santo Amaro
Casarão da Várzea – Praça da Várzea, s/n, Várzea
Galeria Mau Mau – Sala Monstra – Rua Nicarágua, 173, Espinheiro
Espaço Experimental – Rua Tomazina, 199, Bairro do Recife

CRÉDITOS
GRUPOS, COMPANHIAS, COLETIVOS E PRODUTORES INDEPENDENTES
REALIZAÇÃO
1. Aratu Produções
2. Cênicas Cia. de Repertório
3. Cia. de Teatro e Dança Pós-Contemporânea D’Improvizzo Gang
4. Cia. Experimental de Teatro – Vitória
5. Cia. de Teatro Omoiós
6. Cia. Maravilhas
7. Coletivo 4 no Ato
8. Coletivo Multus
9. Companhia Fiandeiros de Teatro
10. Coletivo Grão Comum
11. Cria do Palco
12. Doce Agri
13. Grupo Cen@off
14. Grupo Magiluth
15. Grupo O Poste Soluções Luminosas
16. Grupo Cênico Calabouço
17. Grupo Teatral Risadinha
18. Experimental
19. Operários de Teatro – OPTE
20. Peso Coletivo
21. S.E.M. Cia. de Teatro
22. Teatro de Fronteira
23. Trema! Plataforma de Teatro
24. Totem
25. Alessandro Moura
26. Bruna Florie
27. Diógenes D. Lima
28. Eric Valença
29. Flávio Renovatto
30. Marcílio de Moraes
31. Nínive Caldas

GRUPO – assessoria de comunicação
Alessandro Moura
Cleyton Cabral
Cícero Belmar
Isabelle Barros
Java Araújo
Júnior Aguiar
Manuel Constantino

GRUPO – ações formativas
Analice Croccia
Breno Fittipaldi
Daniela Travassos
Fred Nascimento
Hilda Torres
Naná Sodré
Ricardo Maciel
Toni Rodrigues

Grupo – ações paralelas
Eric Valença
Márcia Cruz
Nínive Caldas

GRUPO – articulação
Marconi Bispo
Natali Assunção

Assistência de Coordenação
Marconi Bispo

Coordenação Geral
Rodrigo Dourado

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Jaboatão entra na onda da dança

Tijolos de esquecimento. Foto: Rogério Alves

Tijolos de esquecimento. Foto: Rogério Alves

O Festival na Onda da Dança em Jaboatão junta espetáculos de temática feminina e montagens que viajam nas fronteiras artísticas, além das ações formativas. A programação gratuita começa nesta terça-feira (4) e vai até o dia 9 no Sesc Piedade e homenageia o coreografo e bailarino Paulo Henrique Ferreira. A montagem Tijolos do Esquecimento, da Acupe Grupo de Dança abre o evento, às 19h30, no Teatro Samuel Campelo. Inspirada no livro A Cidade Invisível, de Italo Calvino, a peça coreográfica investiga o lugar que cabe ao indivíduo no imaginário urbano. A direção é de Paulo Henrique Ferreira e a dramaturgia assinada por Flávia Gomes.

Cárcere, do Grupo Corpore de Dança, do Sesc Piedade, agendado para quarta-feira (5),leva para cena fatos políticos no Brasil, desde a ditatura militar até os dias de hoje. O processo de criação começou em 2014, marco dos 50 anos do golpe. A montagem dirigida por Ivana Motta mostra a falta de liberdade e a repressão, através dos movimentos das bailarinas Débora Freitas, Graci Costa, Ildete Mendonça, Luara Mendonça, Milla Flor e Vitória Mendes.

Cara de mãe trata da abrangência do universo feminino com ênfase na maternidade e suas inquietudes. O espetáculo de dança contemporânea vai ser apresentado no dia 6. A direção é de Luciana Lyra e no elenco estão as bailarinas Luiza Bione, Íris Campos e Janaína Gomes, do Coletivo Cênico Tenda Vermelha.

No dia 7, o Locomotivo Corredor, do Sesc Arcoverde, sobe ao palco com o espetáculo Carne Viva, questionando a cultura da opressão e da violência contra o gênero feminino. O festival também abriga as encenações Três Mulheres e um Bordado de Sol” (8) e Segunda Pele (9). A entrada é gratuita e os ingressos devem ser retirados com uma hora de antecedência. Os espetáculos podem ser conferidos às 19h30, exceto no último dia, que começa às 18h.

Formação – Entre os dias 5 e 8 de outubro, Raimundo Branco, da Compassos Cia de Dança, ministra a oficina sobre Os processos de Composição e Criação em Dança, das 9h às 12h. No dia 6, será realizado o debate Construindo Pontes – diálogo sobre processos de criação em dança. O encontro contará com a participação de Silvia Góes, Marcelo Sena, Ivana Motta, Almir Martins, Paulo Henrique, Raimundo Branco, Adriana Dantas e Márcia Lima e mediação de Valéria Barros. Ainda neste dia, tem início a conversa de Técnicas em Diálogos, que pretende refletir sobre diferentes caminhos para a construção do corpo expressivo, por meio de vivências que permitem a consciência do potencial físico, energético e sensorial. A primeira é a de Yoga, com Adriana Dantas. No dia 7, tem a de Pilates, e no dia 8, a de Biodança com Márcia Lima. Para participar, os interessados devem enviar os dados pessoais, a atividade de interesse e uma carta de intenção para o e-mail culturasescpiedade@gmail.com.

Homenageado – Paulo Henrique Ferreira é professor de dança, bailarino, coreógrafo, preparador corporal e diretor de movimentos, graduado em Artes Cênicas pela UFPE. Pós-graduado em Ensino de História das Artes e Religiões pela UFRPE e em Sistema Laban/Bartenieff pela FAV (Faculdade Angel Vianna). Fundou em 2007, o Acupe Grupo de Dança, importante grupo da cidade que realiza projetos integrando dança e educação, tais como: Curso Acupe Formação do Intérprete-pesquisador e o Seminário Nacional de Dança e Educação de PE.

SERVIÇO
Festival na Onda da Dança
Quando: de 4 e 9 de outubro, às 19h30, no último dia às 18h
Onde: Teatro Samuel Campelo, Sesc Piedade
Quanto: gratuito

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