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Uma festa para o Vivencial

Atriz Stela Maris Saldanha em Puro lixo, o espetáculo mais vibrante da cidade. Foto: Ana

Atriz Stella Maris Saldanha em Puro lixo, o espetáculo mais vibrante da cidade. Foto: Ana Araújo

Stella Maris Saldanha é uma atriz e produtora de talento e coragem. E a partir deste sábado encara a terceira parte do projeto Transgressão em 3 atos com a estreia de Puro lixo, o espetáculo mais vibrante da cidade, homenagem ao grupo Vivencial. A montagem, com direção de Antonio Cadengue, fica em cartaz – para apenas 10 apresentações, de 13 de agosto a 4 de setembro, no Teatro Hermilo Borba Filho.

O projeto Transgressão em 3 atos começou em 2008 com uma pesquisa dos professores Stella Maris, Alexandre Figueiroa e Cláudio Bezerra, que investigaram três importantes coletivos pernambucanos: o Teatro Hermilo Borba Filho, o Teatro Popular do Nordeste e o grupo de teatro Vivencial. O trabalho cultural rendeu a publicação de um livro (2011) e a encenação das peças Os Fuzis da Senhora Carrar (2010), com direção de João Denys, e O auto do Salão do Automóvel (2012), com direção de Kleber Lourenço.

Puro lixo, o espetáculo mais vibrante da cidade celebra o Vivencial, grupo que funcionou em Olinda de 1974 a 1983 e deixou marcas profundas na forma de produzir teatro, com irreverência, sob a influência do tropicalismo e da contracultura. Muita gente esteve no Vivencial, dirigido por Guilherme Coelho, entre eles Fábio Coelho, Ivonete Melo, Suzana Costa, Américo Barreto e Henrique Celibi.

A trupe utilizava procedimentos de ambiguidade, poesia, paródia, alta cultura misturada ao pop-chulo, carnaval e política, crueldade, inocência e ingenuidade, como investigou Stella Maris. Esses elementos são incorporados à dramaturgia de Luis Augusto Reis. O texto-roteiro foi inspirado no artigo Vivencial Diversiones apresenta frangos falando para o mundo, publicado pelo jornal Lampião na Esquina, em 1979, época da inauguração do espaço próprio do grupo, o Vivencial Diversiones, que ficava na fronteira entre Recife e Olinda.

João Silvério Trevisan, autor do artigo, localiza o Vivencial no quadro da cultura homossexual no Brasil, posterior ao “boom-guei” dos anos 1970, como uma das experiências mais fascinantes e originais na transfiguração do lixo em beleza. “Um dia o Vivencial acabou. Sua ambiguidade se esgotara, sua originalidade também. Não sei até que ponto o sucesso foi responsável por seu fim. Arrisco a dizer que o Vivencial Diversiones não conseguiu sobreviver porque se aproximou demais dos centros de poder e, com isso, abandonou a difícil arte da corda bamba que a marginalidade lhe permitia. Secou. Ao absorver sua proposta, a sociedade cooptou o grupo e transformou-o num modismo rapidamente exaurido. Assim confiscou-lhe o passaporte para a poesia”.

A montagem é realizada através de recursos do Funcultura. No elenco, além de Stella Maris Saldanha estão Eduardo Filho, Gil Paz, Marinho Falcão, Paulo Castelo Branco e Samuel Lira.

Serviço
Puro lixo, o espetáculo mais vibrante da cidade
Quando: De 13 de agosto a 4 de setembro, sempre aos sábados a partir das 18h (No dia 13 serão duas sessões: às 18h e às 20h)
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho
Quanto: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00
Indicação: Para maiores de 16 anos
Recursos de áudio-descrição: espetáculos encenados nos dias 20 e 21

Ficha Técnica
Elenco: Eduardo Filho, Gil Paz, Marinho Falcão, Paulo Castelo Branco, Samuel Lira, Stella Maris Saldanha
Texto: Luís Augusto Reis
Consultoria: João Silvério Trevisan
Encenação: Antonio Cadengue
Dramaturgismo e Assistência de Direção: Igor de Almeida Silva
Figurinos, Adereços e Maquiagem: Manuel Carlos de Araújo
Consultoria de Figurinos: Anibal Santiago
Cenografia: Otto Neuenschwander
Trilha Sonora Original e Gravação: Eli-Eri Moura
Música ao vivo (acordeão): Samuel Lira
Voz Off 1: Valdir Oliveira
Voz Off 2: Cássio Uchôa
Voz Off 3: José Mário Austregésilo
Técnico de som (gravação e edição): Francisco Rocha
Iluminação: Luciana Raposo (Coletivo Lugar Comum)
Coreografias, Direção de Movimentos e Preparação Corporal: Paulo Henrique Ferreira>
Preparação Vocal: Leila Freitas
Programação Visual: Claudio Lira
Fotos para o Programa: Yêda Bezerra de Mello
Fotos para Registro e Divulgação: Ana Araújo
Filmagem e Fotografias (Registro): Antônio Rodrigo Moreira
Cenotécnica: Israel Marinho e Ernandes Ferreira
Confecção dos Figurinos: Helena Beltrão
Confecção de Adereços: Jerônimo Barbosa, Charly Jadson e Tarcísio Andrade
Operação de Som: Igor de Almeida Silva
Operação de Luz: Luciana Raposo e Sueides Leal
Contrarregra e Camareira: Madelaine Eltz
Maquinaria: Gaguinho
Audiodescrição: COM Acessibilidade Comunicacional
Roteiro: Liliana Tavares e Túlio Rodrigues
Narração: Liliana Tavares
Consultoria: Roberto Cabral
Técnico dos aparelhos de AD: Eduardo Eugênio
Assistência de Produção Executiva: Antonio Cadengue, Manuel Carlos de Araújo
Produção Executiva: Clara Angélica e Jô Conceição
Produção: Stella Maris Saldanha

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A barra pesa na prisão

Sistema25 aborda a vida na prisão. Na foto de Camila Sergio, Will Cruz e Ricardo Andrade

Sistema 25 aborda a vida na prisão. Na foto de Camila Sergio, os atores Will Cruz e Ricardo Andrade

Sistema 25 é um experimento cênico no sentido mais potente desse termo. Que vai se transformando. Que encara o risco para não cair na acomodação. Com um elenco de 25 atores, com direito a revezamento de papeis e com entradas e saídas de vários integrantes. O espetáculo foi urdido em 12 meses de ensaios para a construção de 30 cenas e 7 canções originais. Os intérpretes compartilham a situação de encarceramento com 25 espectadores que ocupam a mesma geografia. O sistema prisional brasileiro é a camada macro exposta nesta montagem dos grupos Cênico Calabouço e Teatral Risadinha, com direção de José Manoel Sobrinho.

Num dia de visitas no presídio ocorre uma rebelião. E é nesse ambiente tenso, opressor, que esses personagens revelam suas individualidades contaminadas pelo coabitação tão próxima em celas minúsculas.

“Vinte e cinco homens empilhados, espremidos, esmagados de corpo e alma entre grades de ferro e paredes úmidas e frias, num cubículo onde mal caberiam oito pessoas e seus desesperos, seus tédios, suas desesperanças e o tenebroso ócio”, escreveu o dramaturgo Plínio Marcos em texto que inspirou a peça.

A “Cena da Origem” da encenação é o conto Em Osasco, do livro Inútil Canto e Inútil Pranto pelos Anjos Caídos, que forneceu o mote para a criação das narrativas. E para encorpar essa dramaturgia foram somadas pesquisas sobre homens presos. Para criar esse estado-limite de intimidade e de desumanidade

A encenação foi erguida sem patrocínio. Foram mais de 12 meses de ensaios, idas e vindas. Já fez algumas curtas temporadas no Teatro Marco Camarotti, no Espaço Experimental. Faz 16 apresentações na CAIXA Cultural Recife, de quinta a sábado, de 4 a 27 de agosto.

As sessões acontecem às 19h nas quintas e sextas-feiras e às 15h e 19h aos sábados. Os ingressos custam R$ 10 e R$ 5 (meia) e estarão à venda nas quartas-feiras que antecedem o primeiro dia de apresentação da semana, respectivamente: 3, 10, 17, e 24 de agosto. O espetáculo dura 2h40 minutos.
Espetácuo faz 16 apresentações na Caixa Cultural Recife. Foto. Camila Sergio

As partituras de ação foram edificadas pelos atores-dramaturgos-narradores, sob o comando do encenador José Manoel Sobrinho continua em processo.

Criaturas que em condições indignas mas que mantém códigos de honra. Entre lutas por pequenos e podres poderes, os encarcerados expõem também suas fragilidades, afeto, desejo de proteção, medo, lealdade, cumplicidade, traição. Há de tudo, exposto com uma lupa da degradação do ser humana.

A direção musical é de Samuel Lira, e no elenco estão atores Alberto Braynner, André Xavier, Beto Nery, Breno Fittipaldi, Bruno Britto, Cláudio Siqueira, Eddie Monteiro,Edinaldo Ribeiro, Emanuel David D´Lúcard, Flávio Santos, Geraldo Cosmo, Guto Kelevra, Hypolito Patzdorf, Marcílio Moraes, Neemias Dinarte, Nelson Lafayette, Nildo Barbosa, Normando Roberto Santos, Otacilio Júnior, Paulo André Viana, Pedro Dias, Ricardo Andrade, Robson Queiroz, Samuel Bennaton e Will Cruz.

Seminários –  A encenação agrega a ações de debate político-social sobre os sistemas existentes dentro e fora das grades, com três encontros, sempre às 19h. Ensaio sobre o Amor, no dia 10/08, Ensaio sobre a Força, dia 17/08 e Ensaio sobre a Dor, no dia 24/08. Haverá trechos da peça para incitar o debate com especialistas. A entrada é gratuita, com senhas distribuídas a partir das 18h.

Ficha técnica:

Encenação José Manoel Sobrinho
Assistente Direção Breno Fiitipaldi e Neemias Dinarte
Dramaturgia Beto Nery, Breno Fittipaldi, Billé Ares, Bruno Britto, Cláudio Siqueira, Edinaldo Ribeiro, Eddie Monteiro, Emanuel David D´Lúcard, Geraldo Cosmo, José Manoel Sobrinho, Marcílio Moraes, Neemias Dinarte, Robson Queiroz, Samuel Bennaton, Will Cruz
Direção Musical Samuel Lira
Músicas André Filho, Eduardo Espinhara e Geraldo Maia
Letras André Filho, Eduardo Espinhara, Emanuel David D´Lúcard, Marcílio Moraes, Romildo Luis, Samuel Bannaton, Thyago Ribeiro e Will Cruz
Coreografia do Tango Rogério Alves
Elenco Alberto Braynner, André Xavier, Beto Nery, Breno Fittipaldi, Cláudio Siqueira, Eddie Monteiro, Edinaldo Ribeiro, Emanuel David D´Lúcard, Flávio Santos, Gleison Nascimento, Geraldo Cosmo, Guto Kelevra, Hypolito Patzdorf, João Neto, Marcílio Moraes, Neemias Dinarte, Nelson Lafayette, Nildo Barbosa, Normando Roberto Santos, Otacilio Júnior, Paulo André Viana, Pedro Dias, Ricardo Andrade, Robson Queiroz, Samuel Bennaton, Sandro Sant´na e Will Cruz
Design e operação de Iluminação Luciana Raposo
Assis de Operação Júnior Brow
Arte VisualBeto Saulo
Produção Executiva de Carminha Lins, Virginia Grécia e Paulo Ferrera.

Serviço:
SISTEMA 25
Local: CAIXA Cultural Recife
Endereço: Av. Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife, Recife/PE
Data: 4 a 27 de agosto de 2016, de quinta a sábado.
Horário: 19h nas quintas e sextas-feiras e 15 e 19h nos sábados.
Ingresso: R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia) – vendas nas quartas-feiras que antecedem os dias de apresentação da semana, respectivamente: 3, 10, 17 e 24 de agosto, a partir das 10h e exclusivamente na bilheteria do espaço.
Informações: (81) 3425-1915

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Questão de sobrevivência emocional

Atores Samuel Lira e Jorge de Paula. Fotos: Zé Barbosa

Atores Samuel Lira e Jorge de Paula. Fotos: Zé Barbosa

A estreia da atriz Cira Ramos na função de encenadora merece ser aplaudida. Seu olhar sensível e delicado se faz presente nos pequenos detalhes do espetáculo Em Nome do Pai. A peça iniciou temporada no último sábado (25) para o público; na noite anterior(24), fez uma pré-estreia para convidados, no Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura do Shopping RioMar, Zona Sul do Recife, onde fica em cartaz até o dia 31 de maio. A diretora trabalha como uma maestrina a harmonizar os instrumentos de que dispõe. Do elenco, mantém vivo o embate entre os personagens. E afina os talentos da equipe técnica, priorizando o jogo teatral.

O texto é do mineiro Alcione Araújo, uma referência do teatro brasileiro, autor de, entre outras peças, Há Vagas para Moças de Fino Trato, Doce Deleite, A Prima-Dona, Muitos Anos de Vida, Sob Neblina Use Luz Baixa e A Caravana da Ilusão, essa última montada no Recife anos atrás. Seus trabalhos se fincam em três eixos principais: as relações familiares, as questões sociais e políticas e a metalinguagem. Na peça Em nome do pai o confronto de gerações, os conflitos familiares e a sexualidade são explorados em cruzamento com a metalinguagem como um conduto de resolução dos problemas.

Escrita há mais de 20 anos, a peça aposta no bem querer como canal para superar as dificuldades de uma relação. O autor não escamoteia as fraturas do modelo familiar e mergulha no mar tempestuoso de emoções baratas e caras. Vai meio que na contramão dos padrões comportamentais que ficam na superfície e tem medo de pegar no nervo do sentimento.

O começo do texto, no entanto, é difícil de engrenar. Dois personagens que nunca tinham conversado de verdade: pai e filho. Após o enterro da mãe, elo de ligação entre eles, há uma necessidade de superar diferenças. Mas nesse início da peça, as falas clichês predominam, os devaneios com elucubrações mais rasas jorram de forma bastante infantil. A certa altura isso passa e aí sim o texto ganha um rumo poético no embate entre as duas figuras, suas revelações e lembranças.

O espetáculo ganha fôlego quando o filho resolve ir embora e o pai questiona a decisão. O humor refinado toma espaço na cena e o texto flui com elegância e força nas revelações corajosas e surpreendentes para ambos.

Peça mergulha nos contraditórios sentimentos de pai e filho

Peça mergulha nos contraditórios sentimentos de pai e filho

A encenação arquiteta a sombra da figura da mãe nos diálogos dos dois, que muitas vezes parece um fantasma a aterrorizar, mas também força a aproximação entre pai e filho. São caminhos sobre o viver e conviver com as diferenças, de onde brotam os afetos. Nessa comédia dramática, o enfoque existencial impõe momentos densos. Mas há espaço para o riso, como na cena em que o pai jornalista auxilia o filho a ensaiar uma peça.

O pai, interpretado por Jorge de Paula, é um escritor frustrado. O filho, defendido por Samuel Lira, é um estudante de teatro. As atuações ainda precisam ser equalizadas. O tom adotado por Jorge para demonstrar sofrimento pela perda da esposa soa falso e não convence. Sua interpretação desliza por várias gramaturas e cresce durante a encenação. Jorge de Paula é um ator potente e esses ajustes devem ser resolvidos durante a temporada.

Samuel Lira é uma grata surpresa para um papel tão denso. Ele está no elenco de alguns infantis e faz sua estreia em espetáculos adultos. O ator traz a revolta juvenil, um pouco da vingança contra o pai. Em torno da ausência da mãe, ele reflete o passado, trabalha bem as tensões do personagem e explora o dúbio o que nos oferece uma amostra da riqueza da convivência humana.

Os cenários de Marcondes Lima são especialmente criativos, com suas caixas que apontam para utilitários como sofás e malas, em designer arrebatador. Esses objetos-bagagens sugerem partidas (ou chegadas), com ou sem despedidas, e fazem uma conexão com a saída de cena da mulher da vida dos dois homens. A iluminação de Dado Soddi cria os climas, instala claustrofobias, promete libertações, controla o compasso, o ritmo da montagem, instala regiões de sombras e dá destaque até à monotonia de mútuas acusações do passado, que precisam ser superadas.

A trilha sonora, assinada por Fernando Lobo, funciona praticamente como um terceiro personagem. O saxofone provoca, acentua a teatralização das ações, marca os ciclos dessa DR, que vai da revolta, com discussões fervorosas, à reconciliação. O saxofone da trilha foi gravado pelo maestro Edson Rodrigues e o teclado por Fábio Valois.

E, nessa passagem ao tempo, entre picuinhas e ressentimentos a montagem aponta para algo mais luminoso, mesmo com as neuroses de cada um.

Serviço
Em nome do pai
Onde: Teatro Eva Herz (Livraria Cultura do Shopping RioMar)
Quando: De 25 de abril a 31 de maio, sextas e sábados, às 20h; domingos, às 19h. ( Não haverá sessão do espetáculo no feriado do dia 1º de maio. Não haverá venda de ingressos para as sessões dos dias 10, 17, 24 e 31 de maio, pois a peça será destinada à rede pública de ensino, ONGs e instituições sócio-educativas).
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), à venda na bilheteria do teatro
Informações: (81) 3256-7500 / 9157-5555
Classificação: 14 anos

Ficha técnica
Texto: Alcione Araújo
Encenação: Cira Ramos
Elenco: Jorge de Paula e Samuel Lira
Preparação de atores e assistência de direção: Sandra Possani
Direção de arte: Marcondes Lima
Trilha sonora e direção musical: Fernando Lobo
Músicos: Edson Rodrigues (sax) e Fábio Valois (teclado)
Preparação vocal: Leila Freitas
Desenho de luz e execução: Dado Soddi
Assistente e produção de figurino: Natascha Lux
Cenotécnicos: Hemerson Cavalcante e Henrique Celibi
Programação visual e registro fotográfico: Zé Barbosa
Produção executiva: Karla Martins e Alexandre Sampaio
Produção geral: Cira Ramos, Fernando Lobo e Ofir Figueiredo
Direção de produção e elaboração de projeto: Cira Ramos e Karla Martins (Decanter Articulações Culturais)
Realização: REC Produtores Associados

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Vem brincar com o Mané Gostoso

Arilson Lopes e Luciano Pontes, e o músico Samuel Lira no centro, na peça As Travessuras de Mané Gostoso. Foto: Divulgação

Arilson Lopes, Samuel Lira e Luciano Pontes em As Travessuras de Mané Gostoso.

Luciano Pontes e Arilson Lopes são dois atores criativos e luminosos. Ambos participam dos Doutores da Alegria (Recife). E agora estão juntos também no espetáculo As Travessuras de Mané Gostoso, da Cia Meias Palavras. A peça estreia hoje e fica em cartaz aos sábados e domingos de agosto, às 16h30, no Teatro Marco Camarotti, no Sesc de Santo Amaro.

A encenação é de Fernando Escrich e leva ao palco o famoso brinquedo popular e mistura com outras histórias como a mocinha Anarina, o forasteiro e vilão Bibiu, a fofoqueira Comadre Zuzinha e o cabo Zé Firmino. O texto é de Luciano Pontes. Samuel Lira executa a trilha sonora ao vivo.

Os bonecos utilizados na peça foram idealizados por Rai Bento, integrante do grupo mineiro Giramundo, e confeccionados pelo mestre Tonho de Pombos, Bila e Genilda Felix, e o próprio Rai Bento. Os figurinos de Joana Gatis remetem à xilogravura.

A brincadeira inicia antes do espetáculo começar, quando a plateia pode escolher quem vai interpretar Mané Gostoso, Luciano Pontes ou Arilson Lopes.

Serviço
Peça As Travessuras de Mané Gostoso
Quando: Sábados e domingos de agosto, às 16h30
Onde: Teatro Marco Camarotti – Sesc Santo Amaro, Recife
Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia)

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